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INCLUSÃO: UM OLHAR PARA AS HABILIDADES SANTOS, Renata Araujo Inicia o ano e a procura dos pais pela escola ideal para seus filhos começa. Uma escola que entenda e consiga -lhes e que nela se sintam felizes. Porém, muitos desses pais, ao fazer a matrícula, não colocam quais ase possuem alguma dificuldade, que muitas vezes o fizeram tirar da escola anterior. O ano letivo então começa e os professores vão conhecendo seus alunos e logo fazem um diagnóstico de suas dificuldades para serem trabalhadas. Uma avaliação com tudo o que esperam que seus alunos tenham aprendido do ano anterior. Começa a perceber também sua socialização com os outros alunos, pois logo virá a primeira reunião de pais e eles estarão ansiosos para saber como seus filhos estão se saindo. Os professores então, percebem aquele aluno diferente, muito educado, mas que não conseguiu fazer amizades e se irrita muito com o erro dos outros. No intervalo, não costuma brincar, não faz amizades e ficam sozinhos, apreciando um momento só deles, apresenta um jeito diferente de falar e andar que lhes chama a atenção. Com isso, na primeira reunião, conversam com os pais para que procurem um profissional qualificado, a procura de um laudo, para que possam entender melhor essa criança. Algumas crianças, realmente possuem esse jeito diferente de ser e algumas vezes recebem o diagnóstico de transtorno do espectro autista (TEA), que são distúrbios que abalam o desenvolvimento neurológico tendo como principais características a dificuldade de comunicação e de interação social, além de padrões de comportamentos repetitivos e restritivos. Dentro da classificação das pessoas portadoras de TEA, encontramos a síndrome de Asperger, sendo considerada um tipo de autismo leve, tendo os mesmos sintomas do autismo, porém de uma forma mais suave. A criança portadora de Asperger, possui uma dificuldade para se comunicar e um jeito diferente de ser. Quando inserida na sala de aula possui algumas dificuldades como problemas com habilidades sociais na interação com outras pessoas, de coordenação motora, podendo apresentar movimento fisicamente desajeitado ou constrangedor, possuem a capacidade cognitiva preservada e geralmente um interesse quase que obsessivo por determinado assunto no qual lhes faz ser muito bom nele. Assim, acaba sendo o esquisito da sala de aula e às vezes acaba se isolando dos demais alunos da classe, por ter interesses específicos, geralmente não conseguem manter uma conversa com crianças da mesma idade. Segundo Alba e Barreto (2015), as crianças portadoras de Síndrome de Asperger, devem ser inclusas em salas de turmas regulares, porém não possuem recursos emocionais para enfrentar algumas demandas, pois se estressam com facilidade e possuem uma dificuldade em tolerar erros dos colegas. Necessitando do professor a criação técnicas para ajudar em suas dificuldades e paciência. A escola é inclusiva, todos os alunos têm o direito de acesso à educação, inclusive o público-alvo da educação especial que no Brasil, conforme Decreto 7611 de 2011 Art. 1º, segue as seguintes diretrizes: I - Garantia de um sistema educacional inclusivo em todos os níveis, sem discriminação e com base na igualdade de oportunidades; II - Aprendizado ao longo de toda a vida; III - Não exclusão do sistema educacional geral sob alegação de deficiência; IV - Garantia de ensino fundamental gratuito e compulsório, asseguradas adaptações razoáveis de acordo com as necessidades individuais; V - Oferta de apoio necessário, no âmbito do sistema educacional geral, com vistas a facilitar sua efetiva educação; VI - Adoção de medidas de apoio individualizadas e efetivas, em ambientes que maximizem o desenvolvimento acadêmico e social, de acordo com a meta de inclusão plena; VII - Oferta de educação especial preferencialmente na rede regular de ensino; e VIII - Apoio técnico e financeiro pelo Poder Público às instituições privadas sem fins lucrativos, especializadas e com atuação exclusiva em educação especial. (BRASIL, 2011, s/p) A inclusão exige mudanças na formação e na prática docente. É de extrema importância que o educador em sua formação, construa conhecimentos teóricos em relação ao ensino e aprendizagem, que lhe possibilite exercer melhor a sua prática. Montoan (2015) relata que a escola da forma como é organizada, isto é, por disciplinas, separa os conhecimentos dos alunos, fazendo com que alguns professores não tenham contato com as habilidades dos alunos e analisando-os apenas em suas matérias. Relata ainda que os professores não se sentem preparados para lidar com as diferenças nas salas de aula. Izabel Grandinetti Barros, presidente da Associação da Síndrome de Asperger Asa-Tea MG. Conta na revista “nova escola”, que seu filho Henrique, diagnosticado com Síndrome de Asperger aos 9 anos, tinha fascinação por dinossauros e sabia tudo a respeito deles. Em sua primeira escola, os educadores, não conseguiam lidar com o desafio de integrar essas habilidades com outras desenvolvidas em sala de aula, fala que os professores, não estavam preparados, era difícil ensinar um conteúdo diferente quando o aluno só queria saber dos seus interesses e com isso houve a necessidade da troca de escola. Com isso, pode-se perceber que investir na formação dos professores e profissionais para que haja uma inclusão e não uma exclusão escolar, pois, quando se conhece as dificuldades e o como trabalhá-las fica mais fácil de evidenciar suas habilidades, trabalhar com os outros alunos e fazer da inclusão um ganho para todos. Uma escola inclusiva não procura eliminar as diferenças; para estabelecer uma igualdade, faz das diferenças um complemento, uma harmonia, ensinando seus alunos a trabalhar a cidadania e respeito. O professor ao incluir um aluno, precisa se ter um olhar, não de como vai ensinar e sim de como esse aluno aprende. Além disso, é muito importante entender que se pode fazer combinados por esses alunos, fazendo-lhe trocas, em um momento ele aprende o que o professor tem a lhe ensinar e em outro ele pode ensinar os amigos tudo aquilo que ele sabe. É importante também, o professor analisar o que realmente é importante que o aluno aprenda, dentro daquilo que precisa ser ensinado. Será que meu aluno com uma grande dificuldade em matemática (discalculia), precisa ter decorado a tabuada, ou o importante é que ele entenda o raciocínio dele e consiga fazer toda vez que precisar? Ele precisa aprender dizimas periódicas ou aprender a lidar com dinheiro, somar suas compras, entender o que é entrada com o restante em pagamentos parcelados? Quando a formação do professor, além de ensinar quais as dificuldades existem, ensinarem como lidar com elas. A inclusão será mais em cima de como posso ajudar meu aluno e não qual o problema que ele tem. REFERENCIAS ALBA, G. O. BARRETO, F. O. Um olhar inclusivo sobre a síndrome de Asperger na educação para a cidadania. In: XII Congresso Nacional de Educação. EDUCERE, Curitiba, 2015. p. 17404-17414. Disponível em: https://educere.bruc.com.br/arquivo/pdf2015/17759_8000.pdf. Acesso em 25 mai. 2021. BARBA, M. D. Asperger: como a escola deve acolher o aluno e os pais. Nova Escola: Inclusão, São Paulo, v. 102, n. 10, p. 1-7, 07 mar. 2018. Disponível em: https://novaescola.org.br/conteudo/10102/asperger-como-a-escola-deve-acolher-o-aluno-e-os-pais?download=truevoltar=/conteudo/10102/asperger-como-a-escola-deve-acolher-o-aluno-e-os-pais?download=true#_=_. Acesso em: 25 maio 2021. MANTOAN, M. T. E. Inclusão Escolar: O que é? Por quê? Como fazer? São Paulo: Summus Editora, 2015. I NCLUSÃO: UM OLHAR PARA AS HABILIDADES SANTOS, Renata Araujo Inicia o ano e a procura dos pais pela escola ideal para seus filhos começa . Uma escola que entenda e consiga - lhes e que nela se sintam felizes . Porém, muitos desses pais, ao fazer a matrícula, não colocam quais a se po s s uem alguma dificuldad e , que muitas vezes o fizeram tirar da escola anterior. O ano letivo então começa e os professores vão conhecendo seus alunose logo fazem um diagnóstico de suas dificuldades para serem trabalhadas. Uma avaliação com tudo o qu e esperam que seus alunos tenham aprendido do ano anterior. Começa a perceber também sua socialização com os outros alunos, pois logo virá a primeira reunião de pais e eles estarão ansiosos para saber como seus filhos estão se saindo. Os professores então, percebem aquele aluno diferente, muito educado, mas que não conseguiu fazer amizades e se irrita muito com o erro dos outros. No intervalo, não costuma brincar , não faz amizades e ficam sozinhos, apreciando um momento só deles, apresenta um jeito diferente de falar e andar que lhe s chama a atenção. Com isso, na primeira reunião, conversam com os pais para que procurem um profissional qualificado, a procura de um laudo, para que possam entender melhor essa criança. Algumas crianças, realmente possuem esse jeit o diferente de ser e algumas vezes recebem o diagnóstico de transtorno do espectro autista (TEA) , que são distúrbios que abalam o desenvolvimento neurológico tendo como principais características a dificuldade de comunicação e de interação social, além de padrões de comportamentos repetitivos e restritivos. Dentro da classificação das pessoas portadoras de TEA, encontramos a síndrome de Asperger, sendo considerada um tipo de autismo leve, tendo os mesmos sintomas do autismo, porém de uma forma mais suave . A criança portadora de Asperger, p ossui uma dificuldade para se comunicar e um jeito diferente de ser . Quando inserida na sala de aula possui algumas dificuldades como problemas com habilidades sociais na interação com outras pessoas, de coordenação motora , podendo apresentar movimento fisicamente desajeitado ou constrangedor, INCLUSÃO: UM OLHAR PARA AS HABILIDADES SANTOS, Renata Araujo Inicia o ano e a procura dos pais pela escola ideal para seus filhos começa. Uma escola que entenda e consiga -lhes e que nela se sintam felizes. Porém, muitos desses pais, ao fazer a matrícula, não colocam quais ase possuem alguma dificuldade, que muitas vezes o fizeram tirar da escola anterior. O ano letivo então começa e os professores vão conhecendo seus alunos e logo fazem um diagnóstico de suas dificuldades para serem trabalhadas. Uma avaliação com tudo o que esperam que seus alunos tenham aprendido do ano anterior. Começa a perceber também sua socialização com os outros alunos, pois logo virá a primeira reunião de pais e eles estarão ansiosos para saber como seus filhos estão se saindo. Os professores então, percebem aquele aluno diferente, muito educado, mas que não conseguiu fazer amizades e se irrita muito com o erro dos outros. No intervalo, não costuma brincar, não faz amizades e ficam sozinhos, apreciando um momento só deles, apresenta um jeito diferente de falar e andar que lhes chama a atenção. Com isso, na primeira reunião, conversam com os pais para que procurem um profissional qualificado, a procura de um laudo, para que possam entender melhor essa criança. Algumas crianças, realmente possuem esse jeito diferente de ser e algumas vezes recebem o diagnóstico de transtorno do espectro autista (TEA), que são distúrbios que abalam o desenvolvimento neurológico tendo como principais características a dificuldade de comunicação e de interação social, além de padrões de comportamentos repetitivos e restritivos. Dentro da classificação das pessoas portadoras de TEA, encontramos a síndrome de Asperger, sendo considerada um tipo de autismo leve, tendo os mesmos sintomas do autismo, porém de uma forma mais suave. A criança portadora de Asperger, possui uma dificuldade para se comunicar e um jeito diferente de ser. Quando inserida na sala de aula possui algumas dificuldades como problemas com habilidades sociais na interação com outras pessoas, de coordenação motora, podendo apresentar movimento fisicamente desajeitado ou constrangedor,