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WBA0197_v2.0 APRENDIZAGEM EM FOCO ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 2 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA Autoria: Eugenio Montoto Leitura crítica: Gisele Zanardi Polizel Esta disciplina faz parte do contexto da Contabilidade Gerencial, e não possui normas que regulamentem seus conceitos e forma de cálculos. Tudo o que estudaremos aqui faz parte dos principais conceitos aceitos pelos principais autores e mercado em geral. Antes do cálculo de qualquer índice ou indicador é necessário que o analista de balanços faça ajustes nas demonstrações contábeis, por exemplo, uma empresa com grandes investimentos em participações societárias deve excluir esses valores para não comprometer a rentabilidade dos ativos. Caso uma empresa tenha muitas operações não usuais com diretores, também deve excluir. Estudaremos no tema 2 os principais índices de liquidez, rotação, rentabilidade e endividamento. Cabe destacar que o aluno perceberá que os índices de liquidez na verdade não representam a liquidez da empresa, a não ser o índice de liquidez imediata, os índices de rotação são sempre uma comparação de itens do resultado com itens do balanço patrimonial, por isso, são designados como dinâmicos. No tema 3, estudaremos o indicador de alavancagem financeira, que permite ao analista concluir o quão adequado ou não é o endividamento de uma empresa, o grau de alavancagem operacional, que permite a empresa perceber sua capacidade de geração de lucro em função de elevações de produção e por fim estudamos o EBITDA e outros indicadores associados que permitem ao analista perceber a capacidade de geração de caixa operacional. No tema 4, estudaremos o mais moderno dos conceitos da disciplina que é a análise do capital de giro baseada no modelo FLEURIET. A 3 necessidade de capital de giro é certamente o problema que mais aflige as empresas de qualquer lugar. O modelo FLURIET propõe uma análise muito mais fundamentada do que apenas analisar a liquidez corrente para concluir se uma empresa está ou não com problemas de capital giro. As grandezas utilizadas pelo modelo, permitem saber com alto grau de precisão o quão uma empresa consegue se autofinanciar e, principalmente, em que estágio se encontra, dando ao analista uma contribuição muito relevante para conclusões a respeito da saúde financeira de uma empresa, inclusive de tendências. INTRODUÇÃO Olá, aluno (a)! A Aprendizagem em Foco visa destacar, de maneira direta e assertiva, os principais conceitos inerentes à temática abordada na disciplina. Além disso, também pretende provocar reflexões que estimulem a aplicação da teoria na prática profissional. Vem conosco! Conceitos, ajustes e nomenclaturas ______________________________________________________________ Autoria: Eugenio Montoto Leitura crítica: Gisele Zanardi Polizel TEMA 1 5 DIRETO AO PONTO A análise de balanços é uma das técnicas utilizadas pela Contabilidade para cumprir seu objetivo, isto é, fornecer informações para que seus usuários possam tomar decisões em relação à entidade em questão. A parte da contabilidade que é baseada em leis e normas é designada Contabilidade Financeira ou Contabilidade Geral, entretanto, existe uma série de outros aspectos, práticas, relatórios e análises contábeis que fazem parte do dia a dia dos profissionais e empresas, e que fazem parte da Contabilidade Gerencial. Na verdade, a Contabilidade Gerencial engloba a contabilidade geral e a contabilidade de custos. A análise das demonstrações faz parte do universo da Contabilidade Gerencial, mas não da Contabilidade Financeira. Figura 1 – Identificando a análise das demonstrações contábeis Fonte: elaborada pela autora. A análise das demonstrações é feita a partir das demonstrações contábeis, portanto, as informações contidas nas demonstrações 6 precisam ser geradas e apresentadas de tal forma que possam ser comparáveis e, para isso, devem ser consistentes e uniformes. A consistência pressupõe a aplicação de mesmos métodos para os mesmos itens, e a uniformidade significa apresentar coisas similares como similares e diferentes como diferentes. Ser consistência, significa aplicar o mesmo método para mesmo item, e isso pode ser exemplificado quando não aplicamos os mesmos métodos de depreciação para itens similares. Ferir a uniformidade seria registrar uma consignação como uma venda Desta forma, estaríamos fazendo parecer receita algo que ainda não é receita. A análise de balanços se utiliza de forma predominante de índices (quocientes) para evidenciar a situação econômico-financeira. São quatro os conjuntos de índices que a análise de balanços utiliza para evidenciar as situações financeira, econômica e operacional. Quadro 1 - Conjuntos de índices da Análise de Balanços Situação econômica Situação financeira Operacionais Rentabilidade Estrutura de capital Liquidez Rotação Fonte: elaborado pelo autor. 1. Liquidez (imediata; seca; corrente; geral; e solvência): esses índices evidenciam a capacidade de pagamento de curto e longo prazo. 2. Rentabilidade (sobre investimentos – ROI; sobre PL - ROE, Margem Líquida, Bruta e Operacional). 7 3. Estrutura de capital ou endividamento (geral; composição do endividamento; grau de imobilização e outros). 4. Rotação (rotação do estoque; rotação do contas a receber; rotação do contas e pagar e outros). Referências BRAGA, Roberto. Fundamentos e técnicas de administração financeira. 1. ed. São Paulo: Atlas, 2011. DINIZ, Josedilton A.; MARTINS, Eliseu; MIRANDA, Gilberto J. Análise avançada das demonstrações contábeis – Uma abordagem crítica. São Paulo: Atlas, 2012. MATARAZZO, Dante C. Análise financeira de balanços. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2010. MONTOTO, Eugenio. Contabilidade geral e avançada. São Paulo: JUSPODIVM, 2021. NETO, Alexandre A. Estrutura e análise de balanços. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2010. PARA SABER MAIS Para algumas análises é necessário subdividir o ativo circulante em ativo circulante financeiro (ACF) e Ativo Circulante Operacional (ACO) e o passivo circulante em passivo circulante financeiro (PCF) e passivo circulante operacional (PCO). O ativo circulante financeiro (ACF) é composto pelas disponibilidades, aplicações financeiras e títulos a receber. O ativo circulante operacional (ACO) é composto pelos estoques de mercadorias, matérias primas e produtos acabados, contas a receber (clientes), despesas antecipadas e tributos a recuperar. 8 O passivo circulante financeiro (PCF) é composto pelos empréstimos, financiamentos, duplicatas descontadas, dividendos a pagar e outros similares. O passivo circulante operacional (PCO) é composto pelas dívidas com fornecedores, salários, tributos, provisões e outras contas similares. Quadro 2 – Subdivisão de ativos e passivos Fonte: elaborado pelo autor. Esta subdivisão, dentre outras coisas, nos permite perceber se os créditos que a empresa concede a clientes tem origem nos créditos obtidos com seus fornecedores e terceiros. Se isso ocorre, a empresa poderá crescer sem a necessidade de capitais próprios. 9 Quando o ACO é menor que o PCO, isso significa que as aplicações operacionais estão sendo financiadas pelas origens operacionais, caso contrário essa empresa, pelo menos a princípio, não tem capacidade de crescimento sem capitais próprios. Referências BRAGA, Roberto. Fundamentos e técnicas de administração financeira. 1. ed. São Paulo: Atlas, 2011. DINIZ, Josedilton A.; MARTINS, Eliseu; MIRANDA, Gilberto J. Análise avançada das demonstrações contábeis – Uma abordagem crítica. São Paulo: Atlas, 2012. MATARAZZO, Dante C. Análise financeira de balanços. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2010. MONTOTO, Eugenio. Contabilidade geral e avançada. São Paulo: JUSPODIVM, 2021. NETO, Alexandre A. Estrutura e análise de balanços. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2010. TEORIA EM PRÁTICA Imagine que a Cia. Brasil possui as seguintes contas patrimoniais, dentre outras, com valores expressos em reais: Quadro 3 – Contas patrimoniaisda Cia Brasil Fonte: elaborado pelo autor. 10 Considerando as informações fornecidas, qual o valor do Ativo Circulante Operacional (ACO) e do Passivo Circulante Operacional (PCO) e qual o significado do resultado desses valores? Para conhecer a resolução comentada proposta pelo professor, acesse a videoaula deste Teoria em Prática no ambiente de aprendizagem. LEITURA FUNDAMENTAL Prezado aluno, as indicações a seguir podem estar disponíveis em algum dos parceiros da nossa Biblioteca Virtual (faça o log in por meio do seu AVA), e outras podem estar disponíveis em sites acadêmicos (como o SciELO), repositórios de instituições públicas, órgãos públicos, anais de eventos científicos ou periódicos científicos, todos acessíveis pela internet. Isso não significa que o protagonismo da sua jornada de autodesenvolvimento deva mudar de foco. Reconhecemos que você é a autoridade máxima da sua própria vida e deve, portanto, assumir uma postura autônoma nos estudos e na construção da sua carreira profissional. Por isso, nós o convidamos a explorar todas as possibilidades da nossa Biblioteca Virtual e além! Sucesso! Indicação 1 Faça leitura da introdução, universo de análise e alguns cuidados para a análise que constam das páginas iniciais do livro do professor José Carlos Marion. O professor Marion define com clareza a disciplina Indicações de leitura 11 e exemplifica que análises são classificadas como de nível básico, intermediário e avançado. MARION, Jose C. Análise das demonstrações contábeis. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2007. p. 16-56. Indicação 2 Leia o capítulo 20 do livro do professor Eugenio Montoto, em que o professor detalha os aspectos introdutórios desta disciplina e seu contexto. MONTOTO, Eugenio. Contabilidade geral e avançada. São Paulo: JUSPODIVM, 2021. p. 1.139-1.144. QUIZ Prezado aluno, as questões do Quiz têm como propósito a verificação de leitura dos itens Direto ao Ponto, Para Saber Mais, Teoria em Prática e Leitura Fundamental, presentes neste Aprendizagem em Foco. Para as avaliações virtuais e presenciais, as questões serão elaboradas a partir de todos os itens do Aprendizagem em Foco e dos slides usados para a gravação das videoaulas, além de questões de interpretação com embasamento no cabeçalho da questão. 1. A análise das demonstrações financeiras é uma das quatro técnicas de que a Contabilidade se utiliza para produzir e fornecer informações que serão utilizadas por seus usuários para 12 tomada de decisões. Qual alternativa contém apenas as outras três técnicas contábeis? a. Auditoria, controladoria, contabilidade gerencial. b. Escrituração, demonstrações contábeis e auditoria. c. Auditoria, escrituração e controladoria. d. Demonstrações contábeis, controladoria e escrituração. e. Escrituração, demonstrações contábeis e livros contábeis 2. Quais são os tipos de índices que estão associados à análise da situação financeira de uma empresa? a. Liquidez e rentabilidade. b. Endividamento e estrutura de capitais. c. Endividamento e liquidez. d. Rotação e estrutura de capitais. e. Liquidez e rotação GABARITO Questão 1 - Resposta B Resolução: As quatro técnicas utilizadas pela Contabilidade para produzir, gerar as informações, apresentar as informações, verificar as informações e analisar as informações são: escrituração; demonstrações contábeis; auditoria; e análise das demonstrações. Questão 2 - Resposta C Resolução: A situação financeira é percebida com a análise dos índices de liquidez e estrutura de capitais (endividamento); os índices de liquidez verificam a capacidade de pagamento de dívidas de curto e longo prazo, e os indicadores de endividamento evidenciam, dentre outras coisas, a relação entre os capitais de terceiros e capital próprio, demonstrando a qualidade financeira de uma empresa. Índices de liquidez, rotação, rentabilidade e endividamento ______________________________________________________________ Autoria: Eugenio Montoto Leitura crítica: Gisele Zanardi Polizel TEMA 2 14 DIRETO AO PONTO Outros índices relevantes Margem Operacional (MOP). A margem operacional é um índice de rentabilidade que evidencia a margem da empresa comparando o resultado antes do imposto de renda com a receita líquida. Utilizando os seguintes dados, a MOP de 2020 é: Índice de recursos correntes (IRC). O passivo e o patrimônio líquido são as fontes de recursos expressas no balanço patrimonial, passivo circulante é sinônimo de recursos correntes, portanto, o índice de recursos correntes é um índice de endividamento e é a razão do passivo circulante comparador com o total do ativo ou do passivo e do PL. Utilizando os seguintes dados, vamos calcular o IRC de 2020: 15 Grau de imobilização de recursos não correntes (IRNC). Em primeiro lugar, temos que trazer à memória que a fonte de recursos em uma empresa são os recursos oriundos do passivo (recursos de terceiros) e do patrimônio líquido (recursos próprios). Em análise de balanços os recursos correntes são os recursos oriundos do passivo circulante, portanto, os recursos não correntes são o total do passivo não circulante somado com o patrimônio líquido. O grau de imobilização de recursos não correntes é um índice de endividamento e é a razão entre o ativo permanente e o total do passivo. O ativo permanente é a soma do subgrupo investimentos, imobilizado e intangível. Utilizando os seguintes dados, vamos calcular o valor do IRNC de 2020. O valor encontrado indica que 75,8% dos valores relativos aos recursos não correntes estão aplicados no ativo permanente. Participação das dívidas de longo prazo (PDLP). Esse índice de endividamento evidencia o quanto as dívidas de longo prazo representam no total dos capitais de terceiros: 16 Utilizando os seguintes dados, vamos calcular o valor do PDLP de 2020: O valor encontrado indica que 53,3% do total das dívidas são dívidas de longo prazo. Referências MATARAZZO, Dante C. Análise Financeira de Balanços. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2010. NETO, Alexandre A. Estrutura e Análise de Balanços. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2010. MONTOTO, Eugenio. Contabilidade Geral e Avançada. São Paulo: JUSPODIVM, 2021. PARA SABER MAIS Os índices de rotação de estoques, contas a receber e pagamento das compras são importantes índices operacionais. Vamos estudar o significado do índice de rotação dos estoques. Entendendo este significado, o leitor pode, por analogia, aplicar os conceitos para compreender o significado das fórmulas dos outros índices de rotação. Para entender o índice de rotação do estoque, observe o exemplo do vendedor eficiente em comparação com o do vendedor medíocre. Imagine dois vendedores de livros. Em um determinado mês com um livro em suas pastas, o vendedor eficiente só retorna para casa após a venda de um livro, e fez isso todos os 30 (trinta) dias 17 de um determinado mês. O vendedor mediano passa o mês todo e só vende um livro. Em qualquer momento, encontraríamos cada um deles com apenas um livro em suas pastas, então, podemos afirmar que o estoque médio dos dois é de apenas um livro. Se o valor de venda de cada livro é R$ 120,00 e o custo de cada um é de R$ 70,00, vamos calcular o lucro bruto de cada um. Quadro 1 – Cálculo de lucro bruto de cada vendedor Fonte: elaborado pelo autor. O vendedor mediano vendeu apenas um livro, portanto, o estoque rodou apenas uma vez, no caso do vendedor eficiente, como ele vendeu todos os dias um livro o estoque rodou 30 vezes. 18 A rotação do estoque pode ser calculada dividindo-se o CMV pelo estoque médio: Referências MATARAZZO, Dante C. Análise Financeira de Balanços. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2010. MONTOTO, Eugenio. Contabilidade Geral e Avançada. São Paulo: JUSPODIVM, 2021 TEORIA EM PRÁTICA Dos registros contábeis da Cia. SOFIA S.A. relativos aos exercícios de 2018, 2019 e 2020, foram extraídos os seguintes dados a seguir: 19 Quadro 2 – Cia. SOFIA S.A Fonte: elaborado pelo autor. a. O índicede liquidez seca em 2010 é 0,67. b. O menor índice de liquidez imediata é o de 2011. c. O valor do índice de liquidez corrente de 2012 é 0,63. d. Em 2011 o índice de liquidez imediata da empresa é 0,47. e. A empresa tem o seu maior índice de liquidez seca em 2010. Para conhecer a resolução comentada proposta pelo professor, acesse a videoaula deste Teoria em Prática no ambiente de aprendizagem. 20 LEITURA FUNDAMENTAL Prezado aluno, as indicações a seguir podem estar disponíveis em algum dos parceiros da nossa Biblioteca Virtual (faça o log in por meio do seu AVA), e outras podem estar disponíveis em sites acadêmicos (como o SciELO), repositórios de instituições públicas, órgãos públicos, anais de eventos científicos ou periódicos científicos, todos acessíveis pela internet. Isso não significa que o protagonismo da sua jornada de autodesenvolvimento deva mudar de foco. Reconhecemos que você é a autoridade máxima da sua própria vida e deve, portanto, assumir uma postura autônoma nos estudos e na construção da sua carreira profissional. Por isso, nós o convidamos a explorar todas as possibilidades da nossa Biblioteca Virtual e além! Sucesso! Indicação 1 Leia o capítulo 7, referente aos tópicos especiais de análise de balanços abordados entre as páginas 185 e 224, da obra Análise Financeira de Balanços, de Matarazzo. Matarazzo, Dante C. Análise Financeira de Balanços. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2010. Indicação 2 Leia o capítulo 20 da obra de Eugenio Montoto, em que o professor detalha os aspectos introdutórios desta disciplina e seu contexto. Páginas 1.144 a 1.156. Indicações de leitura 21 MONTOTO, Eugenio. Contabilidade Geral e Avançada. 7. ed. São Paulo: JUSPODIVM, 2021 QUIZ Prezado aluno, as questões do Quiz têm como propósito a verificação de leitura dos itens Direto ao Ponto, Para Saber Mais, Teoria em Prática e Leitura Fundamental, presentes neste Aprendizagem em Foco. Para as avaliações virtuais e presenciais, as questões serão elaboradas a partir de todos os itens do Aprendizagem em Foco e dos slides usados para a gravação das videoaulas, além de questões de interpretação com embasamento no cabeçalho da questão. 1. Observe os seguintes dados: Estoques Médios R$ 30.000 CMV R$ 300.000 Vendas a prazo R$ 400.000,00 Média de Contas a Receber R$ 80.000,00 Média dos Fornecedores R$ 25.000,00 Compras a prazo R$ 125.000,00 A partir dos dados apresentados, determine o prazo de rotação dos estoques. Assinale a alternativa correta: a. 10 meses. b. 5 meses. c. 36 dias. d. 36 meses e. 8 meses 22 2. A partir dos dados do quadro da questão 1, determine o prazo de rotação do contas a receber: a. 72 dias. b. 73 dias. c. 74 dias. d. 75 dias. e. 76 dias GABARITO Questão 1 - Resposta C Resolução: A rotação dos estoques é obtida pela razão CMV pelos estoques médios, neste caso 300.000/30.000 = 10 vezes, dividindo-se 360 dias por 10, teremos 36 dias. Questão 2 - Resposta A Resolução: A rotação do contas a receber é obtida pela razão entre as vendas a prazo e a média do contas a receber, neste caso 400.000/ 80.000 = 5 vezes; dividindo-se 360 dias por 5 teremos 72 dias. Grau de alavancagem financeira e operacional e indicadores EBIT, EBITDA, NOPAT e EVA ______________________________________________________________ Autoria: Eugenio Montoto Leitura crítica: Gisele Zanardi Polizel TEMA 3 24 DIRETO AO PONTO Uma outra abordagem sobre alavancagem operacional A forma clássica de calcular a alavancagem operacional é a calcular a razão entre a variação do lucro operacional e a variação da quantidade vendida. Outra forma de determinar o GAO é a razão entre a margem de contribuição total e o lucro operacional antes das despesas financeiras e tributos sobre o lucro. A seguir, vamos exemplificar a equivalência entre essas duas formas de calcular o GAO. No exemplo, a empresa possui gastos fixos de $ 10.000,00, receita líquida unitária de $ 10, custos variáveis unitários de $ 4, despesa financeira de $ 900 e IR/CSL de 34%. Quadro 1 – Demonstração do resultado Fonte: elaborado pelo autor. 25 Quadro 2 – GAO por margem de contribuição Fonte: elaborado pelo autor. Quadro 3 – GAO por variação das vendas Fonte: elaborado pelo autor. O GAO medido no ano anterior com a MCT sobre o LAJI, demonstra o GAO comparando o ano base com o ano seguinte pela razão da variação do lucro operacional com a variação das vendas. Referências MATARAZZO, Dante C. Análise Financeira de Balanços. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2010. 26 MONTOTO, Eugenio. Contabilidade Geral e Avançada. 7. ed. São Paulo: JUSPODIVM, 2021. NETO, Alexandre A. Estrutura e Análise de Balanços. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2010. PARA SABER MAIS A determinação do custo médio ponderado de capital é aplicada em importantes análises. O custo médio ponderado de capital (CMPC) deve ser calculado tomando-se por base as médias das taxas das principais fontes de financiamento a longo prazo. Devemos considerar como fontes de capital a longo prazo: a. Os atuais custos de capital no momento da análise. b. Custos de novas fontes de financiamentos, se existirem essas possibilidades. c. Custos da remuneração do capital próprio. A seguir, vamos exemplificar o cálculo da CMPC: Quadro 4 – Estrutura de capitais Fonte: elaborado pelo autor. 27 O CMPC = (20% x 30% + 30% x 15% + 25% x 15% + 25% x 10%). O CMPC = 6% + 4,5% + 3,75% + 2,5%. O CMPC = 16,75%. Referências BRAGA, Roberto. Fundamentos Técnicas de Administração Financeira. São Paulo: Atlas, 2011. MONTOTO, Eugenio. Contabilidade Geral e Avançada. 7. ed. São Paulo: JUSPODIVM, 2021. TEORIA EM PRÁTICA A partir dos dados da empresa ALFA S.A. calcular a alavancagem operacional, financeira e combinada em 2018 comparado com 2019. O valor unitário de cada produto é R$ 5,00, e o custo variável unitário é R$ 2,00. O IR/CSL é 34% e o número de ações ordinárias é 5.000. Quadro 5 – ALFA S.A Fonte: elaborado pelo autor. 28 a. 1,2; 5,0; 6,0. b. 1,2; 4,21; 5,05. c. 1,0; 4,21; 4,21. d. 2,0; 4,0; 8,0. e. 1,5; 3,0; 4,5. Para conhecer a resolução comentada proposta pelo professor, acesse a videoaula deste Teoria em Prática no ambiente de aprendizagem. LEITURA FUNDAMENTAL Prezado aluno, as indicações a seguir podem estar disponíveis em algum dos parceiros da nossa Biblioteca Virtual (faça o log in por meio do seu AVA), e outras podem estar disponíveis em sites acadêmicos (como o SciELO), repositórios de instituições públicas, órgãos públicos, anais de eventos científicos ou periódicos científicos, todos acessíveis pela internet. Isso não significa que o protagonismo da sua jornada de autodesenvolvimento deva mudar de foco. Reconhecemos que você é a autoridade máxima da sua própria vida e deve, portanto, assumir uma postura autônoma nos estudos e na construção da sua carreira profissional. Por isso, nós o convidamos a explorar todas as possibilidades da nossa Biblioteca Virtual e além! Sucesso! Indicação 1 Leia o capítulo 9, referente a efeitos da alavancagem, abordados entre as páginas 201 e 225. Indicações de leitura 29 BRAGA, Roberto. Fundamentos Técnicas de Administração Financeira. 2011. São Paulo. Atlas. Indicação 2 Leia o capítulo 20 do livro de Eugenio Montoto, em que o professor detalha os aspectos introdutórios desta disciplina e seu contexto. Páginas 1.155 a 1.160. MONTOTO, Eugenio. Contabilidade Geral e Avançada. 7. ed. São Paulo: JUSPODIVM, 2021. QUIZ Prezado aluno, as questões do Quiz têm como propósito a verificação de leitura dos itens Direto ao Ponto, Para Saber Mais, Teoria em Prática e Leitura Fundamental, presentes neste Aprendizagem em Foco. Para as avaliações virtuais e presenciais, as questões serão elaboradas a partir de todos os itens do Aprendizagem em Foco e dos slides usados para a gravação das videoaulas, além de questões de interpretação com embasamento no cabeçalho da questão. 1. Veja a seguir a demonstração do resultado da empresa ALFA tecnologia. 30Quadro 6 – ALFA Tecnologia Fonte: elaborado pelo autor. De acordo com as informações apresentadas, calcule o EBTIDA. Em seguida, assinale a alternativa correta: a. R$ 200.000,00. b. R$ 240.000,00. c. R$ 300.000,00. d. R$ 400.000,00. e. R$ 600.000,00 2. A partir dos dados da tabela a seguir, determinar o indicador EVA (Economic Value Added) ou VEA (Valor Econômico Agregado). 31 Quadro 7 – Dados a serem considerados Fonte: elaborado pelo autor. De acordo com as informações apresentadas, o resultado do EVA, em 2019 e 2020, respectivamente, foi de: a. R$ 130.000,00 e R$ 300.000,00. b. R$ 30.000,00 e R$ 300.000,00. c. R$ 30.000,00 e R$ 120.000,00. d. R$ 100.000,00 e R$ 180.000,00. e. R$ 30.000,00 e R$ 130.000,00. GABARITO Questão 1 - Resposta E Resolução: O EBITDA = R$ 200.000,00 + IR/CSLL (R$ 40.000,00) + Depreciação (R$ 60.000,00) + Despesas Financeiras (R$ 100.000,00) = R$ 400.000,00 Questão 2 - Resposta C Resolução: Análise e necessidade do capital de giro e a dinâmica financeira das empresas utilizando o Modelo Fleuriet ______________________________________________________________ Autoria: Eugenio Montoto Leitura crítica: Gisele Zanardi Polizel TEMA 4 33 DIRETO AO PONTO O modelo de análise financeira FLEURIET leva em consideração três grandezas: o CCL (capital circulante líquido); a NCG (necessidade de capital de giro); e o ST (saldo em tesouraria). Analisando os valores que podem ser calculados a partir do balanço patrimonial de uma empresa é possível constatar a qualidade da sua situação financeira de curto prazo quanto ao seu capital de giro. O quadro proposto pelo professor Roberto Braga, em seu artigo de 1991, é muito prático e complementa o modelo criado pelo professor Michel Fleuriet nos anos 1970. O quadro foi construído variando o CCL (coluna vertical à esquerda) e a NCG (linha horizontal superior) com valores de ($ 20) a $ 20 em escalas de $ 5. Figura 1 – Origem do modelo Fleuriet Fonte: Braga (1991, p. 10). 34 Todos os valores da diagonal principal desta matriz apresentam valor zero, isto é, ST igual a ZERO. O CCL = NCG + ST, portanto ST = CCL – NCG. O resultado do cruzamento dos valores de CCL e NCG representa o ST. Vamos, então, entender melhor os valores associados de alguns dos seis indicadores do modelo FLEURIET. Os valores associados ao estado de excelência financeira (6), segundo o modelo FLEURIET, sempre tem CCL maior do que ZERO (AC > PC), NCG negativo, isto é, a empresa possui mais fontes de recursos operacionais (por exemplo, fornecedores) do que aplicações (contas a receber e estoques), e para tornar esse estado o melhor de todos, ainda possui saldo em tesouraria sempre positivo uma vez que ST = CCL – NCG. Todos os valores desta região que representa o estado tipo 6, possuem saldos em tesouraria positivo. Imagine o pior estado, que se encontra na região 1 (tipo1- péssimo), situado no lado direito e acima desta matriz. Uma empresa que apresenta os valores desta região, sempre tem o CCL negativo, isto é, AC ˂ PC, NCG positivo. Isto significa que a empresa investe, por exemplo, valores em estoques e contas a receber em proporção maior do que consegue de fornecedores e outros financiadores operacionais. Para complicar, o saldo em tesouraria é negativo, isto é, não possui disponibilidades nem outras fontes eminentemente financeiras em proporção maior do que os compromissos eminentemente financeira. É claro que, em alguns tipos de negócios, é possível obter com os fornecedores um prazo dilatado para pagamento das mercadorias e insumos adquiridos, e, desta forma, compensar o prazo necessário 35 para vender e receber dos clientes. Empresas que conseguem esse tipo de negociação demandam menos capital de giro. Entretanto, empresas que não conseguem obter prazos com seus fornecedores operacionais precisam acompanhar com mais cuidado em que estado se encontram, para poder tomar as providências táticas necessárias. As que não consegue um financiamento operacional precisará obter empréstimos ou capital junto aos sócios. Perceba o estado solido (5) a NCG é positivo, mas, como possui ST positivo, não se encontra em estado crítico, apesar de não conseguir financiamento operacional. Referências ASSAF NETO, Alexandre. Estrutura e análise de balanços. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2010. BRAGA, Roberto. Fundamentos técnicas de administração financeira. São Paulo: Atlas, 2011. MATARAZZO, Dante C. Análise financeira de balanços. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2010. MONTOTO, Eugenio. Contabilidade geral e avançada. São Paulo: JUSPODIVM, 2021. PARA SABER MAIS Qual a relação da liquidez com a rentabilidade? Segundo o professor Assaf Neto (2010) as empresas devem escolher entre capital circulante adequado e liquidez, isto é, liquidez maior, rentabilidade menor. Assim, no que se refere às aplicações a curto prazo, verifica-se que a empresa ao pleitear maior segurança, ou menor risco financeiro em suas operações, preocupar-se-á em manter seu capital circulante líquido em níveis mais elevados. Entretanto, ao atribuir maior prioridade ao incremento de sua rentabilidade, procurará reduzir o 36 volume de seu capital de giro por meio de uma utilização maior de capitais de terceiros resgatáveis a curto prazo. É isso que constitui o dilema da administração do capital de giro: segurança (liquidez) X rentabilidade. Os dois conceitos variam de maneira inversa, ou seja, um aumento da liquidez (ou redução do risco) acarreta um decréscimo da rentabilidade, e vice-versa. (ASSAF NETO, 2010, p. 161) Figura 2 – Relação entre liquidez e rentabilidade Fonte: Assaf Neto (2010, p. 162). Essa conclusão está baseada no fato de que, com mais capitais à disposição para financiar suas operações, os cálculos de rentabilidade ficaram comprometidos, resultando em valores menores porque a rentabilidade do patrimônio líquido terá um PL maior na comparação com o lucro. Referências ASSAF NETO, Alexandre. Estrutura e análise de balanços. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2010. BRAGA, Roberto. Fundamentos técnicas de administração financeira. São Paulo: Atlas, 2011. MATARAZZO, Dante C. Análise financeira de balanços. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2010. 37 MONTOTO, Eugenio. Contabilidade geral e avançada. São Paulo: JUSPODIVM, 2021. TEORIA EM PRÁTICA Observe o quadro a seguir: Quadro 1 – Balanço patrimonial da empresa XPTO S.A. do ano de 2020 Fonte: elaborado pelo autor. Determine o capital circulante líquido, a necessidade de capital de giro e o saldo em tesouraria, e assinale a alternativa correta: a. $ 35.000; $ 45.000; -$ 10.000. b. $ 45.000; $ 35.000; -$ 10.000. c. $ -10.000; $ 45.000; $ 35.000. d. $ 35.000; $ 45.000; $ 10.000. e. $ 35.000; -$45.000; $ 10.000. Para conhecer a resolução comentada proposta pelo professor, acesse a videoaula deste Teoria em Prática no ambiente de aprendizagem. 38 LEITURA FUNDAMENTAL Prezado aluno, as indicações a seguir podem estar disponíveis em algum dos parceiros da nossa Biblioteca Virtual (faça o log in por meio do seu AVA), e outras podem estar disponíveis em sites acadêmicos (como o SciELO), repositórios de instituições públicas, órgãos públicos, anais de eventos científicos ou periódicos científicos, todos acessíveis pela internet. Isso não significa que o protagonismo da sua jornada de autodesenvolvimento deva mudar de foco. Reconhecemos que você é a autoridade máxima da sua própria vida e deve, portanto, assumir uma postura autônoma nos estudos e na construção da sua carreira profissional. Por isso, nós o convidamos a explorar todas as possibilidades da nossa Biblioteca Virtual e além! Sucesso! Indicação 1 Leia o artigo dos professores Roberto Braga e José Augusto Veiga da Costa Marques, Análise dinâmica do capital de giro: o modelo Fleuriet. O artigo encontra-se disponível na internet e em portais indexados. MARGUES, José A. V. da C.; BRAGA, Roberto. Análise dinâmica do capital de giro: o modelo Fleuriet. RAE-Revista de Administração de Empresas,v. 35, n. 3, 1995. Indicações de leitura 39 Indicação 2 Leia a dissertação de mestrado de Eugenio Montoto, especialmente entra as páginas 56 e 88, sobre a relação entre liquidez corrente e rentabilidade com o indicador de estrutura financeira do modelo FLEURIET: levantamento em mais de 2200 demonstrações financeiras de sociedades anônimas de 23 setores da economia brasileira em 2009, 2010 e 2011. MONTOTO, Eugenio. Liquidez Corrente e Rentabilidade - Relação com o indicador de estrutura financeira do modelo FLEURIET através de levantamento em mais de 2.200 demonstrações financeiras de sociedades anônimas de 23 setores da economia brasileira em 2009, 2010 e 2011. 2013. 362 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Contábeis e Atuariais) – Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 2013. QUIZ Prezado aluno, as questões do Quiz têm como propósito a verificação de leitura dos itens Direto ao Ponto, Para Saber Mais, Teoria em Prática e Leitura Fundamental, presentes neste Aprendizagem em Foco. Para as avaliações virtuais e presenciais, as questões serão elaboradas a partir de todos os itens do Aprendizagem em Foco e dos slides usados para a gravação das videoaulas, além de questões de interpretação com embasamento no cabeçalho da questão. 40 1. Observe o quadro a seguir: Quadro 1 – Balanço patrimonial da empresa XPTO em 2020 Fonte: elaborado pelo autor. Em qual tipo de balanço do modelo FLEURIT a empresa se encaixa? a. Estrutura financeira excelente. b. Estrutura financeira sólida. c. Estrutura financeira insuficiente. d. Estrutura financeira arriscada. e. Estrutura financeira muito ruim 2. Observe o quadro a seguir: Quadro 2 – Balanço patrimonial da empresa XPTO em 2021 Fonte: elaborado pelo autor. 41 Em qual estrutura a empresa se encaixa? a. Estrutura financeira excelente. b. Estrutura financeira solida. c. Estrutura financeira insuficiente. d. Estrutura financeira péssima. e. Estrutura financeira muito ruim. GABARITO Questão 1 - Resposta C Resolução: O CCL é AC – PC, portanto, $ 70.000 - $ 35.000 = $ 35.000 (positivo). A NCG = ACO – PCO = [(Estoques + Contas a Receber) - (Fornecedores)] = $ 45.000 (positivo). ST =ACF-PCF= [(Caixa + Banco+ Aplicações) – Empréstimos] = $ 20.000 - $ 30.000 = - $ 10.000 (negativo). Portanto, essa empresa pode ser qualificada como no estado insuficiente do modelo FLEURIET. Questão 2 - Resposta A Resolução: O CCL é AC – PC, portanto, $ 70.000 - $ 35.000 = $ 35.000 (positivo). A NCG = ACO – PCO = [(Estoques + Contas a Receber) - (Fornecedores)] = $ 15.000 - $ 25.000 = -$ 10.000 (negativo). 42 ST =ACF-PCF= [(Caixa + Banco + aplicações) – Empréstimos] = $ 55.000 - $ 10.000 = $ 45.000 (positivo). Portanto, essa empresa pode ser qualificada como no estado excelente do modelo FLEURIET. BONS ESTUDOS! Apresentação da disciplina Introdução TEMA 1 Direto ao ponto Para saber mais Teoria em prática Leitura fundamental Quiz Gabarito TEMA 2 Direto ao ponto Para saber mais Teoria em prática Leitura fundamental Quiz Gabarito TEMA 3 Direto ao ponto Para saber mais Teoria em prática Leitura fundamental Quiz Gabarito TEMA 4 Direto ao ponto Para saber mais Teoria em prática Quiz Gabarito Inicio 2: Botão TEMA 4: Botão TEMA 1: Botão TEMA 2: Botão TEMA 3: Botão TEMA 9: Inicio :
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