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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL DISCIPLINA ESTUDOS DA INTERPRETAÇÃO PROFESSORA MARIA CRISTINA PIRES PEREIRA ALUNA CRISTIANE IARTO JACQUES - 276421 RESENHA ROMÃO, Tito Lívio Cruz. Aspectos Históricos e Práticos de Interpretação. Ver. de Letras – Nº 20 – Vol. 1/2 - jan/dez. 1998. O artigo Aspectos Históricos e Práticos de Interpretação trás o estudo e pesquisa remetendo a um breve diálogo sobre a participação de interpretes nos diversos contextos históricos da sociedade, passando pelo Egito no período a.c. ao século XX, com a primeira de formação de intérpretes em Genebra, ofereceu-se a disciplina primeiramente a título de experiência no ano de 1950. Não há um registro exato referente ao primeiro interprete, contudo, desde que os diversos povos começaram a terem contato para novas mudanças políticas, culturais, sociais ou pessoais houve a necessidade de um interprete para mediar essas relações. Conforme o autor, apenas “no século XX que a carreira de intérprete tomou um grande impulso” e, desde então, “ao longo de décadas, uma diferenciação das modalidades de interpretação, de acordo com os propósitos de cada situação de trabalho apresentada” (p. 106). O trabalho de um intérprete consiste em passar as informações de um idioma para outro idioma, ou seja, facilita a comunicação oral entre pessoas que falam línguas diferentes. Os intérpretes podem ser requisitados quando há uma reunião de pessoas que falam idiomas diferentes, em conferências com palestrantes estrangeiros, em uma viagem para um país com outro idioma e entre outros momentos, por exemplo. O interprete é aquele que faz com que a mensagem passe pelo obstáculo linguístico entre as diversidades culturais e étnicas. O interprete recebe toda a mensagem original em forma oral, desta forma, precisa ter total domínio da variante oral da língua que está ou irá realizar a interpretação, ou seja, perfeitamente capaz de compreender diferentes variantes regionais do idioma estrangeiro que está realizando a interpretação. Vivemos em uma época onde não há mais fronteiras culturais e étnicas, há uma ligação políticas, culturais, sociais ou pessoais, o trabalho dos intérpretes é, sem dúvidas, imensurável e indispensável na sociedade. Pois eles são responsáveis por unir povos e culturas. https://aliancatraducoes.com/servico/interpretacao/interpretacao-consecutiva/ https://aliancatraducoes.com/servico/interpretacao/interpretacao-consecutiva/ UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL DISCIPLINA ESTUDOS DA INTERPRETAÇÃO PROFESSORA MARIA CRISTINA PIRES PEREIRA ALUNA CRISTIANE IARTO JACQUES - 276421 RESENHA MIRANDA, Mônica Oliveira de Góes. Conhecimento Geral, uma Ferramenta Indispensável para a Interpretação Simultânea. Monografia apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Letras da PUC- Rio. Rio de Janeiro – RJ: 2012. O trabalho apresentado por Miranda traz a importância do conhecimento geral para o intérprete de conferência e o papel do conhecimento geral no exercício da profissão. Citando em seu texto autores renomados do meio da interpretação simultânea, assim como, descreve as várias referências sobre a importância do domínio linguístico, como também do conhecimento geral para o interprete. Sendo um momento de reflexão voltado para a preocupação do profissional interprete, pois a interpretação não para apenas na compreensão, ou seja, o interprete precisa simultaneamente processar a informação recebida e passar a informação através de mecanismos semelhantes para ser compreendido. Sendo assim, existirá sentido no texto se as informações nele contidas se estiverem interligadas por uma noção lógica, em outras palavras, se forem coerentes. Portanto, o que o intérprete procura em um texto, é o seu sentido ou a sua lógica interna, se liga a uma lógica maior e externa que a autora Miranda descreve como conhecimento de mundo, as suas memórias de longo prazo. A partir dos conhecimentos prévios que o profissional compreende o que o orador fala, o conhecimento de mundo tem sua importância. O conhecimento de mundo é a habilidade que temos de entender, apreender e compreender as coisas, além disso, pode ser aplicado, criando e experimentando o novo. Deste modo, conforme a auto, o interprete “terá maior facilidade para interpretar as ideias do orador de forma a permitir uma comunicação fluida e eficaz, uma vez que esse processo vai depender do conhecimento geral contido em sua memória de longo prazo” (p. 13). Este conhecimento de mundo precisa ser sempre ampliado pelos interpretes, pois, o domínio do idioma, a técnica, a experiência não são as únicas coisas necessárias para os profissionais iniciantes quanto para os experientes. “Cada profissional deve avaliar individualmente quais áreas do conhecimento precisa ou deseja expandir” (p 32). O mundo do conhecimento geram mudanças diariamente, as informações adquiridas pelo interprete são transformadas em informações que são fundamentais para que tenha uma estrutura de atendimento adequada em sua vida pessoa e sua vida profissional. UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL DISCIPLINA ESTUDOS DA INTERPRETAÇÃO PROFESSORA MARIA CRISTINA PIRES PEREIRA ALUNA CRISTIANE IARTO JACQUES - 276421 RESENHA REIS, Dennys Silva-; BAGNO, Marcos. Os Intérpretes e a Formação do Brasil: Os Quatro Primeiros Séculos de uma História Esquecida. Cad. Trad., Florianópolis, v. 36, nº 3, p. 81-108, set.-dez./2016. O artigo apresenta a história e a importância do interprete no percorrer dos quatro primeiro séculos da história brasileira. Destacando a necessidade de reconhecimento e visibilidade destes profissionais, pois estes profissionais permaneceram “marginalizados ou mesmo invisíveis na historiografia geral se tornam aqui agentes primordiais para a formação histórica do Brasil em todas as suas etapas” (p. 81). A profissão de interprete durante muito tempo ocupou a frente, porém, como um simples e singelo meio de comunicação. Sendo que, o interprete tem e teve uma grande importância social, política e cultural no Brasil, desde a colonização. Deste modo, a importância de interprete se deu com a necessidade da primeira comunicação entre portugueses e indígenas no século XVI, a sua grande maioria era jesuíta que aprenderam o idioma indígena com o objetivo de catequizar, “consequentemente, civilizatórios nos moldes da ideologia católica” (p. 87). Porém, havia outros interpretes, os que aprendiam a língua aram sujeitos que estavam à beira da margem social português, eram lançados no meio dos indígenas a fim de aprender seu idioma para depois servir de interpretes para a coroa portuguesa. No Século XVII, já começa as grandes “expedições para o interior do país: as entradas e as bandeiras” (p. 91). Tendo sua finalidade expandir o território. Nas expedições, a grande maioria dos bandeirantes eram filhos de indígenas com os portugueses, sendo algo que facilitou no avanço das expedições, sendo assim, já não precisava mais de interpretes. Segundo os autores, este período é conhecido como plurilinguismo. Em outras palavras, foi um período em que os interpretes foram deixados distantes do fluxo de desenvolvimento da colonização do Brasil, dando espaço aos desentendes da colonização para a comunicação entre as civilizações existentes no interior do Brasil nas expedições. Já no Século XVIII, os interpretes tiveram uma grande valorização devido ao troperismo. O troperismo surgiu como uma nova atividade comercial com finalidade de promover a interligação das diversas regiões econômicas do Brasil. As mercadorias importadas e alimentos eram carregados no lombo de mulas e cavalos. Durante sua trajetória, os tropeiros utilizavam os interpretes para se comunicarem com outros povos, sendo ele o mediador. Durante o século XIX, os interpretes não foram apenas mediadores de negociante, já começaram a participar de diversas atividades na política, cultural,social. Mesmo não tendo a valorização reconhecida na história, sempre estiveram nos momentos mais importantes da história brasileira, mediando os diálogos de negociação, ligando povos e culturas. UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL DISCIPLINA ESTUDOS DA INTERPRETAÇÃO PROFESSORA MARIA CRISTINA PIRES PEREIRA ALUNA CRISTIANE IARTO JACQUES - 276421 RESENHA CAVALHEIRO, Luciana da Silva. Tomada de Notas na Tradução Consecutiva: Referenciais e Análise de Métodos. Dissertação, requisito parcial para obtenção do título de Mestre em Letras pela UFGS. Porto Alegre, 2015. Esta dissertação propõe-se a investigar o propósito de conhecer a metodologia de Tomada de Nota (TN) e compreender melhor a especificidade e o lugar da Tomada de Nota na Interpretação Consecutiva (IC). Tendo em suas teorias em atribuir a devida importância à TN e auxiliar a instrumentalizar o intérprete para que este alcance o melhore resultado. A análise realizada na dissertação assinala para a importância de uma preparação do intérprete para a atuação em IC, que se sirva da TN como um auxílio à memória, qualificando ainda mais a atuação do profissional. Tendo como objetivo o estudo é a TN na Interpretação Consecutiva Monológica (ICM), interpretação que requer do profissional da tradução muito esforço e concentração para a apreensão e restituição do discurso. Conforme a autora, “a ICM caracteriza-se por reproduzir um texto oral em forma de monólogo em língua alvo, enunciado em blocos de fala de até dez minutos, sem interrupção em língua de origem” (p. 22). Pois, conforme a autora, muitos oradores não estão familiarizados ou tem a experiência de ser traduzido, o que faz com que tenham os blocos de fala muitas vezes longos e de forma desorganizadas ou desestruturados, criando dificuldades para sua reprodução pelo profissional de interpretação. Neste caso, fazendo com que a Tomada de Notas seja um auxílio importante, “um instrumento de subcompetência instrumental de grande utilidade no âmbito das capacidades tradutórias exigidas do profissional da interpretação” (p. 10). A Tomada de Nota tem é importante no auxílio à memória para permitir ao intérprete reproduzir o discurso do orador. Sendo que o trabalho do intérprete envolve uma interação mais complexa do que a simples decodificação de um texto oral feita pelo orador. Por isso, a Tomada Nota assume um lugar de destaque no processo de interação que envolve a interpretação. Durante o trabalho, a autora destaca a que a Tomada de Nota é fundamental para a ICM, interpretação que ainda tem um espaço representativo em conferências. E aprofundar o conhecimento de instrumentos como a TN, que muito auxiliam o intérprete, representa uma contribuição para esse profissional. Sendo uma vez que é essencial, pois o profissional de interpretação realiza a compreensão da fala do orador, não apenas a concordância e a repetição, assim, a TN uma ferramenta de auxilio para esse profissional, tornando seu trabalho com qualidade e facilitando seu trabalho.
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