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1 Laís Flauzino | DERMATOLOGIA | 8°P Dermatite 4M1 – DERMATITE DERMATITE SEBORREICA Quando apenas no couro cabeludo – pode confundir com psoríase. Conceito: Doença inflamatória crônica, que ocorre em regiões ricas em glândulas sebáceas. Face, couro cabeludo. Dermatite crônica de caráter constitucional, que associa elementos fisiopatológicos de hiperproliferação epidérmica, com eventual participação de Malassezia furfur (fungo). Em RN é restrita aos 3 primeiros meses de vida – depois dos 3 meses não apresenta mais Em adultos ocorre predominantemente em 30 e 60 anos de idade. Formas clínicas: • Do lactente – confinada aos 3 primeiros meses de vida • Do adulto – pico de incidência entre a 4ª e 6ª décadas de vida Afeta predominantemente o sexo masculino e não há predileção racial. Patogênese: • Há envolvimento da produção sebácea e do fungo comensal Malassezia. • Hereditariedade contribui discretamente. • A seborreia é fator predisponente. • A mudança qualitativa na composição dos lipídios da superfície cutânea deve ser fator relevante: triglicerídeos e colesterol estão elevados; esqualeno e ácidos graxos livres estão reduzidos. • Ácidos graxos tem efeito antimicrobiano. • Em lactentes, a DS ocorre por estímulo das glândulas sebáceas por andrógenos maternos, desaparecendo em alguns meses. • O fungo utiliza lipídios da superfície cutânea, produz ácidos graxos insaturados que produzem inflamação – a inflamação resulta no aumento da proliferação celular epidérmica e uma diferenciação incompleta – prejuízo na barreira epidérmica local. Fatores de risco: • Diabetes mellitus • Doença de Parkinson • Isquemia miocárdica • Obesidade • Epilepsia • Sd. Má absorção Nenhuma dessas doenças está relacionada a gravidade – se tem Parkinson avançado, não quer dizer que a dermatite é avançada também. Clínica: • Lesões variadas que variam desde um eritema leve até lesões papulosas, exsudativas ou descamativas. • Descamação e fissuras retroauriculares, glabela, sulco nasolabial, asas do nariz. • É comum a blefarite marginal (eritema e descamação ciliar). • No tronco as lesões são petalóides na região interescapular e pré-esternal, que confluem e formam um aspecto figurado. • Nas dobras, as lesões adquirem aparência úmida, macerada, com eritema na base e ao redor. 2 Laís Flauzino | DERMATOLOGIA | 8°P Na região retroauricular – eritema com áreas descamativas. No cabelo tem áreas de descamação – a famosa caspa é uma dermatite seborreica. Na face – placa (borda da lesão visível) eritematosa descamativa na região malar. Individuo de fototipo escuro – eritema, mas escuro. Hipocromia pós-inflamatória. A DS é definida por parâmetros clínicos: As lesões são: • eritematodescamativas, • mal delimitadas, • com escamas branco-amareladas, graxentas, • aderidas, localizadas, • com leve a moderado desconforto Em áreas ricas em glândulas sebáceas (couro cabeludo, face, pavilhão auricular, região pré-esternal) e em áreas intertriginosas. Limita-se a pequenas extensões – mas pode ocorrer formas generalizadas ou eritrodérmicas. Lactente: • escamas gordurosas e aderentes, sobre base eritematosa no couro cabeludo (crosta láctea). • Manchas eritematoescamosas na face e nas áreas de dobras, regiões retroauriculares, pescoço, axilas e região inguinal. • Eritema ruborizado indica infecção secundária. • Prurido discreto e curso é crônico. Adultos: • Lesões eritematodescamativas que atingem couro cabeludo, face (sulco nasogeniano e glabela), região retroauricular, conduto auditivo, pálpebras (blefarite), porções medianas do tórax, região pubiana e axilar. • Prurido variável. • Curso crônico com recidivas frequentes. • A pele é mais sensível à exposição solar, ao calor ou terapias tópicas irritantes, que podem levar à exacerbação ou disseminação do quadro. • Lesões graves e extensas devem levantar suspeita para HIV. • Em Parkinson, a DS é um achado comum. Fatores de piora e melhora: • Doença crônica • Piora com estresse e frio • Melhora com exposição solar Fatores agravantes da DS: • Calor • Umidade • Uso de roupas que retém o suor • Estresse físico/emocional • Drogas – arsênio, ouro, metildopa, cimetidina, neurolépticos. • Parkinson • Infecção HIV • Álcool • Hidratos de carbono • Alimentos condimentados • Diabetes • Obesidade Tratamento: • Xampus: cetoconazol, piritonato de zinco 1-2%, ciclopiroxolamina, enxofre, ácido salicílico (Stiprox®, Stiproxal®, Pielus®, Ortosol®) e sabonetes. • Antifúngicos tópicos: cremes de cetoconazol, micolamina. Quando no rosto. • Corticóides tópicos – usar eventualmente Tacrolimus 0,1% pomada e pimecrolimus creme têm se mostrado bastante efetivos no controle da dermatite seborréica da face. Quando está muito inflamado. Se pct com DS no rosto – sabonete com acido salicílico, hidratante com acido na composição. Xampu – deixar agir por 5 minutos. Por se tratar de uma dermatose inflamatória crônica com provável presença de um fungo, os objetivos do tratamento são: 3 Laís Flauzino | DERMATOLOGIA | 8°P • Controlar a inflamação • Diminui a população fúngica • Controle da oleosidade. Mas o tratamento depende da forma clínica. • Lactente: cuidado geral da pele – limpeza e aplicação de emolientes. • Adulto: cremes e xampus antifúngicos (azóis) DERMATITE ATÓPICA: Definição: “Síndrome clínica caracterizada por prurido, eritema pobremente demarcado com alterações de relevo e predileção por face e superfícies extensoras no lactente, regiões flexurais nos adultos e crianças maiores. As lesões da pele variam do eczema agudo exsudativo, até o subagudo ou crônico” Muito comum na pediatria. Alterações de relevo – pode dar placa. Pode dar crosta pq o eczema exsudativo seca. A lesão muda se é aguda, subaguda ou crônica. Definição: Dermatose inflamatória, pruriginosa, crônica, com etiologia multifatorial. Tem predileção por áreas flexurais. Caracteriza-se na fase aguda por eritema, edema, vesículas e secreção, e na fase crônica por liquenificação. Não há consenso sobre esse eczema ser atópico – 15% dos portadores não apresentam associação com nenhum quadro respiratório atópico (asma, rinite alérgica). Epidemiologia: Frequentemente tem início na infância. É com frequência a primeira manifestação de atopia em muitos pacientes que posteriormente apresentam rinite, asma ou ambos – marcha atópica. Hipótese da higiene: a ausência de exposição a agentes infecciosos na infância precoce aumenta a susceptibilidade a doenças alérgicas. (baixa prevalência das áreas rurais). Patogenia: A penetração do alérgeno nas superfícies epiteliais leva a reações cruzadas com a degranulação de mastócitos na pele e pulmões. Está relacionada com alergia. Pct atópico, que tem rinite alérgica, asma, bronquite – tem mais chance de ter dermatite atópica. Casos familiares também tem mais chance. Há uma alteração na própria pele – a pele tem deficiência de proteínas, é uma pele mais sensível – mais seca e mais reativa. Etiologia: Há interação de vários fatores – genéticos e ambientais. Fatores desencadeantes: sudorese, estresse, poeira, água, alergia alimentar e sazonalidade. Barreira cutânea: Vários estudos demonstram que as alterações no estrato córneo são devidas principalmente à deficiência de ceramidas, levando a perda de água e maior vulnerabilidade a penetração de substâncias irritantes e ou alérgenos. Hoje sabe-se que a dermatite atópica não é só um problema de barreira cutânea. É uma doença que tem fisiopatologia sistêmica. Em alguns casos precisa dar imunossupressores e medicação sistêmica. “Tem pouca filagrina– deficiente hidratação do estrato córneo (NMF). O NMF defende a pele impedindo a entrada de substâncias estranhas.” Etiopatogênese: A dermatite atópica é produto da interação entre genes de susceptibilidade, uma barreira cutânea deficiente, o meio ambiente e as respostas imunológicas do indivíduo (inato e adaptativa). É um processo inflamatório conduzido tanto por defeitos terminais de diferenciação de 4 Laís Flauzino | DERMATOLOGIA | 8°P queratinócitos como por respostas imunes do tipo Th2. Quadro clínico: • Prurido – escoriações – liquenificação Escoriações são lesões causadas pelo ato de coçar. Liquenificação – pele fica mais espessa, com sulcos visíveis por aumento da camada espinhosa quando o pct coça de forma crônica • Xerose – ressecamento • Ecemza: placas ou pápulas eritematosas em regiões específicas de acordo com a idade, descamação, fissuras, liquenificação. Quadro clínico: Tríade: • Xerose – pele seca (com descamação fina e áspera ao tato) • Prurido – piora com sudorese • Eczema O ato de coçar danifica a barreira cutânea e ocasiona piora das lesões, facilita a infecção secundária e produz liquenificação. Os estágios (agudo, subagudo e crônico) podem ocorrer de maneira sequencial, mas podem coexistir em diferentes regiões corpóreas. As manifestações clínicas variam com a idade: • Dermatite atópica infantil • Dermatite atópica pré-puberal • Dermatite atópica da adolescência e do adulto Sinais clínicos que auxiliam o diagnóstico: • Prega infraorbital de Dennie-Morgan: dupla prega na pálpebra inferior • Sinal de Hertoghe: rarefação ou ausência do terço lateral dos supercílios. • Pigmentação periorbital: frequente em portadores de manifestações respiratórias (asma e rinite) • Palidez cutânea: desde os primeiros anos de vida. • Lesões Agudas: eritema, pápulas, placas, vesículas, exsudação e crostas. • Lesões Subagudas: pápulas, placas, eritema, escamas, escoriações. • Lesões crônicas: placas hiperceratósicas com liquenificação. Acometimento de bebes – cotovelo, joelho, pescoço e face (mesmos locais da psoríase). Na criança mais velha e no adulto já é na fossa cubital, fossa poplítea, pálpebras, pescoço e pés. Eczema no bebe – eritema, mácula eritematosa, crostas, exsudação, descamação. 5 Laís Flauzino | DERMATOLOGIA | 8°P algumas pápulas eritematosas na região da fossa. Lesões mais crônicas. Placa hiperceratotica liquenificada – pele mais espessa. Formas clínicas atípicas: • Polpite descamativa: descamação e eritema das polpas digitais das mãos e pés – pode originar fissuras dolorosas. • Eczema disidrosiforme: microvesículas na lateral dos dedos das mãos/pés e nas palmas e plantas. • Dermatite crônica das mãos e pés: lesões eritematosas e descamativas que podem liquenificar, localizadas no dorso das mãos e pés. • Queilite e dermatite perioral: pode haver descamação crônica dos lábios ou descamação com fissuras, queilite angular e eczema perioral. O ressecamento e descamação dos lábios pioram especialmente no frio, sendo em alguns casos acompanhado de prurido intenso. • Dermatite dos mamilos e vulva: descamação e eritema crônicos que podem evoluir para liquenificação. • Dermatite do couro cabeludo: lesões secretantes e crostas hemorrágicas muito pruriginosas que se infectam facilmente. Dx de dermatite seborreica. • Variante folicular: pápulas pequenas de distribuição folicular que atingem o tronco, pescoço e joelhos. Há hiperpigmentação pós-inflamatória. Dx de escabiose. • Variante papular ou prurigo-eczema: lesões papulosas e eritematosas, simétricas, intensamente pruriginosas. • Padrão invertido: erupção papulopruriginosa, formando placas liquenificadas ou lesões eritematodescamativas em cotovelos e joelhos. Dx de psoríase. • Eczema numular: lesões eczematosas e eritematosas descamativas em forma de moedas. • Eritrodermia: rara, decorre de tratamentos mal orientados. Manifestações associadas: Língua geográfica – não é exclusiva da dermatite atópica. Ptiriase alba – manchas mais claras, não é fungo. Está relacionada a alteração da barreira da pele. Tendencia a ser mais ressecada – melhora com hidratação adequada (reposição de barreira). 6 Laís Flauzino | DERMATOLOGIA | 8°P A – hiperceratose pilar – pápulas que dão nos braços que se espreme sai uma maça – pode não ficar eritematoso. Também relacionada com a pele seca – melhora com hidratação. B – hiperceratose (hiperplasia) na face. Manifestações associadas: • Ceratose pilar: braços, coxas e face. Tendem a melhorar na fase adulta. • Ictiose vulgar: descamação lamelar nos MMII. • Hiperlinearidade palmar e plantar: acentuação dos sulcos naturais das palmas e plantas – decorrente da coçadura frequente e dermatite irritativa dessas regiões. • Pitiríase alba: máculas hipocrômicas levemente descamativas, maldelimitadas, pioram com exposição solar. Curso crônico – devido a característica xerose da pele. • Língua geográfica: alterações transitórias das papilas gustativas – desenhos circinados na língua. • Vitiligo, alopecia areata e urticária: mais frequentes em indivíduos atópicos. Diagnóstico: O exame clínico deve analisar: • Características das lesões (tipo, localização) • Presença e comportamento do prurido Se não tiver prurido pensar em diagnóstico diferencial • Curso e evolução Evolução crônica, tem períodos melhores e períodos piores. Frio e seca tende a piorar – pele fica mais seca (piores manifestações) • Fatores agravantes ou desencadeantes • Investigação de doenças associadas Diagnóstico: Não existem marcadores clínicos ou laboratoriais. O diagnóstico depende da combinação da história e das características clínicas, sendo estabelecido principalmente pelo prurido intenso, xerose cutânea e manifestações clínicas características. A pele pode estar normal durante as remissões, mas a história de eczema infantil ou erupção flexural é altamente sugestiva. Tratamento: Usar emolientes logo após o banho (em menos de 3 min). • A hidratação da pele é geralmente mantida com 2-3 aplicações diárias. Usa-se emulsões com umectantes e emolientes • Roupas leves, claras e de algodão • Evitar lã e sintéticos Hidratante específico após o banho. Banho mais rápido e menos quente – quanto mais demorado e mais quente, mais ressecada fica 7 Laís Flauzino | DERMATOLOGIA | 8°P a pele. Não usar bucha (tira camada de proteção). Passar o hidrante em menos de 3 minutos pq quando a pele está úmida, ela absorve melhor o hidratante. Em alguns casos, precisa passar mais de uma vez ao dia e o banho 1x ao dia. Umectantes e emolientes – vão prover água e barreira. Corticoides tópicos: • Baixa ou média potência (hidrocortisona, desonida, mometasona) • Cremes e loções (lesões agudas e subagudas) • Pomadas e unguentos (lesões crônicas – pele espessa não penetra creme) • Controle rigoroso e retirada assim que possível – tratamento por curto período (15 dias no máximo) • Esquema 2x/sem tem sido usado (sem estudo) • Pode causar taquifilaxia – resistência (precisar de doses mais altas) Em crises (prurido, eczema, crosta, descamação) pode passar corticoide tópico. Pode passar um creme hidratante e por cima um óleo – o óleo faz a barreira. As vezes pode entrar também com antihistaminico (com ação sedativa) para controle de prurido – não tem muita ação. DERMATITE DE CONTATO: Definição: Dermatose crônica causada por substâncias presentes no meio ambiente em contato com a pele. A substancia gera uma reação inflamatória por capacidade de danificar os queratinocitos (DC irritante primário) ou por provocar reação imunologicamente mediadapor linfócitos T (DC alérgica). Irritação por alérgenos. É uma dermatose de etiologia exógena – causada por contato com agentes externos. Na maioria das vezes se manifesta clinicamente como eczema no local do contato com o agente etiológico. Classificação: • Dermatite de contato por irritação primária – lesão direta no queratinócito • Dermatite alérgica de contato – tem o contato prévio e gera reação alérgica mediada por linfócito T • Dermatite de contato fototóxica – quando entra em contato com alguma substancia que no contato com o sol faz a toxicidade e irrita o queratinócito. Não tem reação imune – é a própria substancia que provoca. A lesão aparece na hora. • Dermatite de contato fotoalérgica – entra em contato com o sol e gera a reação imunomediada. Queimadura de limão por exemplo – a lesão aparece dias depois. Dermatite de contato por irritação primária: • Ocorre por resposta inflamatória cutânea ao contato direto com agentes externos irritantes (químicos ou físicos), desencadeando ativação da imunidade inata – sem necessidade de sensibilização prévia. Dermatite alérgica de contato: • Reação imunológica do tipo IV, levando a formação de linfócitos T contra a substância contactante, que passa a ser um antígeno (Ag). Dermatite de contato fototóxica: • Indivíduo exposta a uma quantidade suficiente de luz e ao agente etiológico – a substância para se tornar irritante, tem sua estrutura modificada pela luz solar. • Agentes fototóxicos – psoralênicos: plantas (limoeiro, figueira, cajuzeiro), fragrâncias e drogas (tetraciclina). Dermatite de contato fotoalérgica: • Reação de hipersensibilidade tardia do tipo IV que necessita da presença concomitante da radiação UV e do fotoalérgeno. 8 Laís Flauzino | DERMATOLOGIA | 8°P • Fotoalérgenos: antihistaminicos tópico (prometazina), perfumes, AINES (cetoprofeno), antimicóticos (cetoconazol). DC irritante primário: Agente externo irritante (químico ou físico) - > quebra da barreira cutânea -> ativação da imunidade inata sem necessidade de exposição prévia. Fatores predisponentes: idade, sexo, predisposição genética, presença de atopia. O agente irritante quebra a barreira cutânea e ativa a imunidade inata. Quebra da barreira e ativação da imunidade inata (IL-1, TNF). Depois tem ativação por linfócitos T – já é a dermatite alérgica. Reação a solvente químico – eritema e crostas Dermatite de contato por irritação primária: • Diagnóstico clínico – após exclusão de dermatite de contato alérgica. • Maioria das vezes é multifatorial • Fatores predisponentes do hospedeiro: idade, sexo, área corporal, presença de atopia, predisposição genética. • Fatores externos: propriedades físicas e químicas, modo de exposição, condições ambientais. • A reação imunológica ocorre sem necessidade de sensibilização prévia, memória imunológica e antígeno para a ativação de linfócitos T. • Mecanismos fisiopatológicos: quebra da barreira cutânea, alteração celular epidérmica, liberação de mediadores inflamatórios. • Há alteração da barreira por exposição ao agente irritante ativando o sistema inato – a perda da barreira faz os queratinócitos liberarem IL-1. IL-1 induz a produção de TNF e outras citocinas que contribuem para o dano tecidual. • A IL-1 ativa outros queratinócitos que liberam IL-2 e IFN-y que estimula linfócitos TCD4. • A perda da barreira cutânea facilita a entrada de novos agentes químicos na epiderme, levando à liberação de mais citocinas e manutenção do processo inflamatório. Dermatite alérgica de contato: Reação imunológica tipo IV. Formação de linfócitos T contra a substância contactante, que se torna um antígeno. Precisa de contato prévio – na segunda vez que dá a reação alérgica. Um alérgeno ativa imunocomplexo, linfócito T. depois em novo contato ativa degranulação 9 Laís Flauzino | DERMATOLOGIA | 8°P de mastócitos e causa dano tecidual. Tendencia a resolução alérgica. Dermatite alérgica de contato por sapato de couro sintético. Pápulas eritematosas exatamente no local onde entrou em contato com a substancia – relógio, moeda, brinco, Dermatite alérgica de contato: • A resposta imunológica é dominada pelas células T. • LTCD4 promovem tolerância e regulam a DAC a fim de impedir o dano tecidual. LTCD8 atuam como células citotóxicas, aumentando a reação inflamatória contra o hapteno. • Após o contato com o alérgeno, queratinócitos e outras células são ativadas recrutando células T natural killer e neutrófilos. • Mastócitos aumentam a permeabilidade vascular facilitando a migração de células inflamatórias. • Células T NK ativam linfócitos B através da liberação de IL-4. • Fase de indução ou sensibilização (via aferente): o contato com o alérgeno induz uma resposta inflamatória que leva à ativação das células de Langerhans formando um complexo hapteno-proteína (Ag). • Fase de elicitação (via eferente): o contato repetitivo com a substância promove migração de LT previamente sensibilizados para o local do contato. Apenas pequena quantidade do alérgeno provoca a elicitação. • Fase de resolução: IL-2 e TGF-B promovem a diferenciação das células T regulatórias (LTCD4). Elas liberam IL-10, responsável pela inibição da inflamação, limitando a extensão e duração da dermatite e agindo no fenômeno de tolerância. Diagnóstico: Teste de contato – coloca substancias alérgicas nos adesivos e analisa o tamanho do eritema para identificar as substancias que dão alergia. Tratamento: • Suspender o agente • Corticoides tópicos • Imunomoduladores Referências: Belda capitulo 9 – dermatite seborreica Belda capitula 11 – dermatite de contato Belda capítulo 12 – dermatite atópica
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