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LAUDO TÉCNICO DE INSALUBRIDADE FRESA Novembro 2022 Norma Regulamentadora Nº15 Sumário 1 OBJETIVO .................................................................................................... 3 2 ENQUADRAMENTO LEGAL ........................................................................ 3 3 IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA ................................................................. 5 4 IDENTIFICAÇÃO DA FUNÇÃO, DESCRIÇÃO DO LOCAL DE TRABALHO, DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES ..................................................................... 6 5 METODOLOGIA E PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO ........................... 8 6 ANÁLISE TÉCNICA ...................................................................................... 8 7 CONCLUSÃO ............................................................................................... 9 8 RESPONSÁVEL PELA ELABORAÇÃO .................................................... 10 3 1 OBJETIVO O presente laudo tem por objetivo avaliar as condições de exposição ao agente insalubre químico na função de fresador, com a finalidade de definir o enquadramento das atividades analisadas, nos termos dos Regulamentadora - NR15, publicada pela Portaria MTb n.º 3.214, de 08 de junho de 1978, atualizada pela Portaria MTP n.º 806, de 13 de abril de 2022. 2 ENQUADRAMENTO LEGAL • Constituição Federal de 1988 Art. 7 - “São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros à melhoria de sua condição social”: XXIII – adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei. • Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) SEÇÃO XIII – Das Atividades Insalubres ou Perigosas Art. 189. Serão consideradas atividades ou operações insalubres aquelas que, por sua natureza, condições ou métodos de trabalho, exponham os empregados a agentes nocivos à saúde, acima dos limites de tolerância fixados em razão da natureza e da intensidade do agente e do tempo de exposição aos seus efeitos. Art. 190. O Ministério do Trabalho aprovará o quadro das atividades e operações insalubres e adotará normas sobre os critérios de caracterização da insalubridade, os limites de tolerância aos agentes agressivos, meios de proteção e o tempo máximo de exposição do empregado a esses agentes. Parágrafo único. As normas referidas neste artigo incluirão medidas de proteção do organismo do trabalhador nas operações que produzem aerodispersóides tóxicos, irritantes, alergênicos ou incômodos. Art. 191. A eliminação ou a neutralização da insalubridade ocorrerá: I – com a adoção de medidas que conservem o ambiente de trabalho dentro dos limites de tolerância; II – com a utilização de equipamentos de proteção individual ao trabalhador, que diminuam a intensidade do agente agressivo a limites de tolerância. Parágrafo único. Caberá às Delegacias Regionais do Trabalho, comprovada a insalubridade, notificar as empresas, estipulando prazos para sua eliminação ou neutralização, na forma deste artigo. Art. 192. O exercício de trabalho em condições insalubres, acima dos limites de tolerância estabelecidos pelo Ministério do Trabalho, assegura a percepção de adicional respectivamente de 40% (quarenta por cento), 20% (vinte por cento) e 10% (dez por cento) do salário-mínimo da região, segundo se classifiquem nos graus máximo, médio e mínimo. • NR15 – Atividades e Operações Insalubres 15.1 São consideradas atividades ou operações insalubres as que se desenvolvem: 4 15.1.1 Acima dos limites de tolerância previstos nos Anexos n.º 1, 2, 3, 5, 11 e 12; 15.1.3 Nas atividades mencionadas nos Anexos n.º 6, 13 e 14; 15.1.4 Comprovadas através de laudo de inspeção do local de trabalho, constantes dos Anexos n.º 7, 8, 9 e 10. 15.1.5 Entende-se por "Limite de Tolerância", para os fins desta Norma, a concentração ou intensidade máxima ou mínima, relacionada com a natureza e o tempo de exposição ao agente, que não causará danos à saúde do trabalhador, durante a sua vida laboral. 15.2 O exercício de trabalho em condições de insalubridade, de acordo com os subitens do item anterior, assegura ao trabalhador a percepção de adicional, incidente sobre o salário-mínimo da região, equivalente a: 15.2.1 40% (quarenta por cento), para insalubridade de grau máximo; 15.2.2 20% (vinte por cento), para insalubridade de grau médio; 15.2.3 10% (dez por cento), para insalubridade de grau mínimo; 15.3 No caso de incidência de mais de um fator de insalubridade, será apenas considerado o de grau mais elevado, para efeito de acréscimo salarial, sendo vedada a percepção cumulativa. 15.4 A eliminação ou neutralização da insalubridade determinará a cessação do pagamento do adicional respectivo. 15.4.1 A eliminação ou neutralização da insalubridade deverá ocorrer: a) com a adoção de medidas de ordem geral que conservem o ambiente de trabalho dentro dos limites de tolerância; b) com a utilização de equipamento de proteção individual ANEXO N.º 13 AGENTES QUÍMICOS Relação das atividades e operações envolvendo agentes químicos, consideradas, insalubres em decorrência de inspeção realizada no local de trabalho. Excluam-se cesta relação as atividades ou operações com os agentes químicos constantes dos Anexos 11 e 12. ANEXO N.º 11 AGENTES QUÍMICOS CUJA INSALUBRIDADE É CARACTERIZADA POR LIMITE DE TOLERÂNCIA E INSPEÇÃO NO LOCAL DE TRABALHO ANEXO N.º 12 LIMITES DE TOLERÂNCIA PARA POEIRAS MINERAIS • NR09 - Avaliação e Controle das Exposições Ocupacionais a Agentes Físicos, Químicos e Biológicos 9.1.1 Esta Norma Regulamentadora - NR estabelece os requisitos para a avaliação das exposições ocupacionais a agentes físicos, químicos e biológicos quando identificados no Programa de Gerenciamento de Riscos - PGR, previsto na NR-1, e subsidiá-lo quanto às medidas de prevenção para os riscos ocupacionais. 9.2.2.1 Para fins de caracterização de atividades ou operações insalubres ou perigosas, devem ser aplicadas as disposições previstas na NR-15 - Atividades e operações insalubres e NR-16 - Atividades e operações perigosas. 9.4.1 Deve ser realizada análise preliminar das atividades de trabalho e dos dados já disponíveis relativos aos agentes físicos, químicos e biológicos, a fim de determinar a necessidade de adoção direta de medidas de prevenção ou de realização de avaliações qualitativas ou, quando aplicáveis, de avaliações quantitativas. 5 9.4.2 A avaliação quantitativa das exposições ocupacionais aos agentes físicos, químicos e biológicos, quando necessária, deverá ser realizada para: a) comprovar o controle da exposição ocupacional aos agentes identificados; b) dimensionar a exposição ocupacional dos grupos de trabalhadores; c) subsidiar o equacionamento das medidas de prevenção. 9.4.3 Os resultados das avaliações das exposições ocupacionais aos agentes físicos, químicos e biológicos devem ser incorporados ao inventário de riscos do PGR. 9.6.1 Enquanto não forem estabelecidos os Anexos a esta Norma, devem ser adotados para fins de medidas de prevenção: a) os critérios e limites de tolerância constantes na NR-15 e seus anexos; b) como nível de ação para agentes químicos, a metade dos limites de tolerância; c) como nível de ação para o agente físico ruído, a metade da dose. 9.6.1.1 Na ausência de limites de tolerância previstos na NR-15 e seus anexos, devem ser utilizados como referência para a adoção de medidas de prevenção aqueles previstos pela American Conference of Governmental Industrial Higyenists - ACGIH. 3 IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA Razão Social Nome Fantasia ********************* Ramo de Atividade ********************* CNAE Preponderante **.**.*-** Grau de Risco ** CNPJ **.***.***/****-** Endereço ************************ Bairro ********** Município Itajubá / MG CEP *************** Telefone ***************Horário de Funcionamento 44 horas semanais 6 4 IDENTIFICAÇÃO DA FUNÇÃO, DESCRIÇÃO DO LOCAL DE TRABALHO, DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES São apresentadas abaixo as funções, a descrição do local de trabalho, a descrição das atividades executadas, a presença ou não no ambiente de agentes nocivos químicos, físicos e biológicos ou associação de agentes prejudiciais à saúde ou à integridade física, as possíveis fontes geradoras, o limite de tolerância de acordo com os anexos da NR15, as vias de absorção, periodicidade da exposição e medidas de controle existentes. 7 Setor Cargo Função CBO Fresa Fresador Fresador Descrição Sumária das Atividades Atua na usinagem de peças de metais ferrosos e não ferrosos, resinas e plásticos em máquinas CNC, incluindo a preparação, programação, ajuste e controle das ferramentas e realização de testes. Descrição das instalações Sala de fresagem, com piso em concreto, paredes de alvenaria com pintura em tinta esmalte, telhado em zinco com pé direito com 7 metros aproximadamente, boa ventilação natural com exaustores, iluminação natural e por meio de lâmpadas tubulares, equipamentos adequados ao desempenho da função. As instalações, equipamentos propiciam a correta higienização e desinfecção. Fator de Risco Grupo Agente Código no E-Social Fonte Geradora Vias de Absorção Limite de Tolerância Identificado Frequência da exposição Químico Vapores 05.01.001 Resfriamento da máquina fresa. Boca, nariz, olhos, Aplica- se Aplica-se Eventual Medidas de Prevenção e Controle Existentes Coletiva Individual Administrativa Descrição Eficaz Descrição Eficaz Descrição Eficaz Ambiente ventilado com exaustores Sim Óculos de proteção, bota de segurança, protetor auricular, avental Sim Treinamento de operação Sim Atividades Insalubres Código E-Social Ausência de correspondência 8 5 METODOLOGIA E PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO As avaliações ambientais dos agentes químicos, físicos e biológicos foram realizadas qualitativamente e quantitativamente, considerando que para risco químico considera-se o limite de tolerância. As avaliações qualitativas foram realizadas através de visitas as instalações e entrevistas com os profissionais para conhecer a rotina de trabalho. Já a análise quantitativa foi realizada uma medição in loco para obtenção de amostra do ar atmosférico coletado na região respiratória do trabalhador utilizando o amostrador de tubo de carvão ativado coconut shell charcoal, 6x70 mm, 2 seções de 50/100 mg de sorbenete adotando o método NIOSH 1400 – cromatografia de gases com detector de ionizador de chamas. Vale salientar que todos os equipamentos utilizados para a medição dos agentes químicos estão dentro do ano vigente de sua calibração. 6 ANÁLISE TÉCNICA A Norma Regulamentadora NR15, anexo 1, apresenta que “nas atividades ou operações nas quais os trabalhadores ficam expostos a agentes químicos, a caracterização de insalubridade ocorrerá quando forem ultrapassados os limites de tolerância constantes do Quadro nº1 deste Anexo”. Ao consultar o referido quadro, é possível inferir que, para o etanol (ou acetaldeído), o limite de tolerância é de 78 ppm, ou 140 mg/m³ e, em caso de sua constatação, o grau de insalubridade a ser considerado é máximo. A atividade desenvolvida pelo fresador no período laboral, portanto é de sua responsabilidade: examina o trabalho programado, interpretando desenho, esboço, modelo, especificações e outras informações, para estabelecer as operações a serem executadas; seleciona os instrumentos de medição e controle, como paquímetro, micrômetro, calibradores, blocos- padrões, transferidor, régua, esquadro, assim como as ferramentas de fresar, baseando-se no roteiro de usinagem, para assegurar bom rendimento do trabalho; instala a fresa, posicionando de forma adequada no porta-fresa, introduzindo e fixando este na árvore principal da máquina, a fim de equipar a 9 máquina para a fresagem; posiciona e fixa na mesa da máquina a peça a ser fresada, centrando-a e alinhando-a pelos pontos de referência, com auxílio de graminho e outros instrumentos, e utilizando morsa e outros dispositivos apropriados, para possibilitar a fresagem da peça e evitar o seu desvio durante a operação; procede à regulagem dos mecanismos, estabelecendo a velocidade de rotação da árvore de máquina e ajustando os dispositivos de controle automático, para assegurar a execução do trabalho de acordo com os requisitos fixados; põe em funcionamento a fresadora, acionando os comandos manuais ou automáticos de avanço da mesa, para pôr em contato a fresa em rotação com a peça e dar andamento à usinagem; regula o fluxo de lubrificante sobre os dentes da fresa, fazendo os ajustes convenientes, para prolongar a duração dos ângulos de corte da ferramenta; examina o resultado da fresagem, confrontando- o com as especificações e utilizando instrumentos de precisão, para certificar-se da correspondência da peça às medidas exigidas e fazer os ajustes convenientes na regulagem da máquina; modifica procedimentos operativos na máquina, substituindo a ferramenta ou alterando a velocidade de rotação da árvore e da mesa, para obter a execução precisa do trabalho. Pode riscar na peça as linhas e pontos de referência, antes de fresá-la. Pode operar outros tipos de fresadora, como a fresadora vertical e a pantográfica. 7 CONCLUSÃO Após análise técnica, sob a luz do que determinam as Normas Regulamentadoras 15 e 9, considerando as atividades por eles desenvolvidas e a eficácia das medidas de prevenção na neutralização da ação do agente, pode- se afirmar que: Conforme o quadro 1 do anexo 11 da NR 15, para o agente químico etanol não há limites de tolerância e grau de insalubridade a ser considerado. Porém, na própria tabela vem a indicação etanol (vide acetaldeído), e no composto acetaldeído há limites de tolerância. 10 • Não foram identificados riscos químicos passíveis de causar danos à saúde do fresador, portanto o profissional que exerce tal função não faz jus ao adicional de insalubridade. 8 RESPONSÁVEL PELA ELABORAÇÃO Nome Marcos Fernandes Rafael Valim CREA 20650 011514 Endereço AV. Doutor Braga Filho,687 Bairro Varginha Município Itajubá / MG E-mail Telefone (35) 99709-5568; (35) 99854-5696. 1 OBJETIVO 2 ENQUADRAMENTO LEGAL Constituição Federal de 1988 Art. 7 - “São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros à melhoria de sua condição social”: XXIII – adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei. 3 IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA 4 IDENTIFICAÇÃO DA FUNÇÃO, DESCRIÇÃO DO LOCAL DE TRABALHO, DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES São apresentadas abaixo as funções, a descrição do local de trabalho, a descrição das atividades executadas, a presença ou não no ambiente de agentes nocivos químicos, físicos e biológicos ou associação de agentes prejudiciais à saúde ou à integridad... 5 METODOLOGIA E PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO 6 ANÁLISE TÉCNICA 7 CONCLUSÃO 8 RESPONSÁVEL PELA ELABORAÇÃO
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