Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
28 DE SETEMBRO DE 2020 BIOMEDICINA UNIBH 1 MAIS DE 150 MIL CASOS POR ANO NO BRASIL QUAIS SÃO OS FATORES DE RISCO? SAIBA QUAL EXAME DEVE SER REALIZADO. POSSÍVEIS COMPLICAÇÕES PARA O RECÉM NASCIDO A gestação em si consiste em condição diabetogênica, e por tal motivo as mamães devem ser informadas e orientadas. DIABETES GESTACIONAL 28 DE SETEMBRO DE 2020 BIOMEDICINA UNIBH ÍNDICE ORIGEM DA DIABETES GESTACIONAL 3 .................. ANATOMIA DO PÂNCREAS 6 ...................................... SINAIS E SINTOMAS 8 ................................................. A PATOGENIA DO DIABETES GESTACIONAL 9 ........ COMO O DIABETES INTERFERE NA VIA GLICOLÍTICA 12 ............................................................ EXAME USADO PARA DIAGNÓSTICO 13 ................... EPIDEMIOLOGIA 14 ..................................................... UMA HISTÓRIA DE SUPERAÇÃO 15 ........................... TRATAMENTO 17 .......................................................... POSSÍVEIS COMPLICAÇÕES DA DMG 19 ................... ASPECTOS CLÍNICOS DA DOENÇA 20 ....................... COMO PREVENIR O DIABETES GESTACIONAL ? 21 PARA SE DIVERTIR 22 ................................................. RECEITAS SAUDÁVEIS 23 ........................................... REFERÊNCIAS 25 .......................................................... AGRADECIMENTOS 26................................................ 2 28 DE SETEMBRO DE 2020 BIOMEDICINA UNIBH ORIGEM DA DIABETES GESTACIONAL O diabetes mellitus gestacional é um distúrbio do índice glicêmico de gravidade variável com início ou primeiro reconhecimento durante a gestação e que pode ou não persistir após o parto. Sendo assim, mulheres que já obtiveram diagnóstico de diabetes e, posteriormente, engravidam não são incluídas nessa categoria. Como acontece ? Durante o período de gestação ocorrem alterações no metabolismo da mãe a fim de preparar o organismo para o desenvolvimento do feto. Diante da necessidade de suprir as demandas do corpo da mulher, tudo corrobora para um quadro de resistência à insulina (RI), por causa do aumento, sobretudo, dos hormônios placentários, mas também de cortisol, estrogênio, progesterona e prolactina que reduzem a ação da insulina (anti-insulínicos) na tentativa de uma adaptação fisiológica por deterem ação hiperglicemiante. A insulina, hormônio endócrino, responsável por captar glicose do meio e colocá-la dentro da célula para a sua metabolização e, consequentemente, geração de energia em um período gestacional têm que garantir aporte adequado de glicose tanto para o feto quanto para a mãe. No entanto, para compensar a queda dos níveis de insulina o corpo induz um feedback negativo, processo esse que por motivo desconhecido não ocorre em grávidas com diabetes gestacional, já que as taxas de glicose permanecem em níveis elevados no sangue (hiperglicemia). 3 28 DE SETEMBRO DE 2020 BIOMEDICINA UNIBH 4 Amar é cuidar. Amar é proteger. Amar é prevenir. 28 DE SETEMBRO DE 2020 BIOMEDICINA UNIBH Outro fator a ser considerado é uma gestante que já apresenta algum grau de resistência à insulina, por manifestar alguns fatores de risco o que impõe a necessidade fisiológica de maior produção de insulina, e a incapacidade do pâncreas em responder a esse estímulo, favorecendo também um quadro de hiperglicemia o que é característico de uma diabetes gestacional. Desse modo, conclui-se que qualquer gestante pode ter a diabetes mellitus gestacional. Nesse sentido, o cuidado com a alimentação, a prática de esportes e o pré-natal são indispensáveis, haja vista ser uma patologia que pode acarretar consequências graves tanto para a mãe quanto para o feto , evoluindo até para óbito em caso de alto descontrole. 5 28 DE SETEMBRO DE 2020 BIOMEDICINA UNIBH ANATOMIA DO PÂNCREAS Cortes histológicos vistos por microscopia óptica. (4x, 10x, 40x) 6 28 DE SETEMBRO DE 2020 BIOMEDICINA UNIBH 7 O pâncreas é um órgão anexo que desempenha função endócrina e exócrina no corpo humano, localizado na região retroperitoneal, a nível dos corpos vertebrais L1 e L2, posterior ao estômago e posicionado obliquamente entre o arco duodenal e o baço. Macroscopicamente o pâncreas pode ser dividido em cabeça, corpo e cauda. Ao visualizá-lo microscopicamente pode-se observar as ilhotas de Langerhans e os ácinos pancreáticos. As Ilhotas de Langerhans são regiões com conjuntos de células beta, alfa e delta que produzem os hormônios insulina, glucagon e somatostatina, respectivamente, sendo a insulina o hormônio em desordem na diabetes gestacional. O glucagon é um hormônio hiperglicemiante, enquanto a somatostatina está vinculada a regulação do apetite. Portanto, a parte endócrina é responsável por liberar os hormônios, citados acima, diretamente na circulação sanguínea. A parte exócrina, por sua vez, secreta suco pancreático rico em enzimas digestivas produzidas pelos ácinos pancreáticos, sendo secretadas no duodeno para contribuírem com a degradação dos alimentos vindos do estômago. Além disso, existem canais pancreáticos principal (Wirsung) e acessório (Santorini), sendo o primeiro localizado ao longo do corpo e cauda do pâncreas em uma localização mediana e o segundo mais lateral ao principal. Esses canais formam o ducto pancreático principal que se une ao ducto biliar comum no esfíncter de Oddi que drenam tanto o suco pancreático quanto a bile. Imagem ilustrativa do pâncreas 28 DE SETEMBRO DE 2020 BIOMEDICINA UNIBH SINAIS E SINTOMAS 8 Segundo a Sociedade Brasileira de D i a b e t e s ( S B D ) , a d i a b e t e s gestacional é uma doença silenciosa não apresentando sinais nem sintomas característ icos associados, sendo frequentemente confundidos aos que se manifestam em uma gravidez em curso normal. Em razão disso, recomenda-se q u e t o d a s a s g e s t a n t e s f a ç a m acompanhamento periódico para que o diagnóstico seja o mais rápido possível a fim de controlar a glicemia e reduzir os níveis de mortalidade perinatais e comorbidades. A partir da 24ª semana de gestação (início do 6° mês) as gestantes que fazem os exames e preenchem os critérios para o diabetes são classificadas como gestantes com diabetes e não com diabetes mellitus tipo II e é nesse período que geralmente se faz o diagnóstico. Em virtude da falta de sinais e sintomas conclusivos para o diagnóstico torna-se indispensável a atenção aos fatores de risco que predispõem ao desenvolvimento da diabetes gestacional tais como idade materna avançada, ganho de peso excessivo durante a gestação, baixa estatura, sobrepeso ou obesidade, síndrome dos ovários policísticos, tabagistas, história prévia de bebês macrossômicos (grandes com mais de 4 Kg) ou de diabetes gestacional, histórico familiar, principalmente, parentes de 1° grau, diabetes na mãe da gestante, hipertensão arterial sistêmica na gestação e gestação múltipla (gêmeos). Assim, gestantes que não apresentam os fatores d e r i s c o e n u m e r a d o s a c i m a s ã o consideradas de baixo risco, não r e q u e r e n d o p r o c e d i m e n t o s d e rastreamento do diabetes gestacional, mas os exames necessários do pré-natal. 28 DE SETEMBRO DE 2020 BIOMEDICINA UNIBH A PATOGENIA DO DIABETES GESTACIONAL 9 Como discutido anteriormente o Diabetes Mellitus Gestacional consiste em diminuição da tolerância aos carboidratos acompanhada de hiperglicemia, com início ou diagnóstico durante a gestação, atribuída a elevação dos níveis de hormônios contrarreguladores da insulina, ao estresse fisiológico imposto pela gravidez e a fatores genéticos ou ambientais. O principal hormônio associado a resistência à insulina durante a gravidez é o hormônio lactogênico placentário, embora se admita que outros, como cortisol, estrógeno, progesterona e prolactina, também participem do distúrbio metabólico. No Brasil, estima-se que a prevalência deDM gestacional situa-se entre 2,4 e 7,2% das gestações. Ainda é motivo de controvérsia se o DM gestacional diz respeito a mulheres cuja intolerância à glicose restringe-se à gravidez ou se a gravidez apenas coloca em evidência uma tendência preexistente a esse distúrbio metabólico, potencialmente capaz de se manifestar de forma definitiva em um período variável após o parto. 28 DE SETEMBRO DE 2020 BIOMEDICINA UNIBH 10 Acesse: diabetes.org.br Recomendação de leitura http://diabetes.org.br 28 DE SETEMBRO DE 2020 BIOMEDICINA UNIBH 11 A glicólise (do grego, glykos, doce e lysis, romper), também chamada via de Embden−Meyerhof−Parnas, é a via central do catabolismo da glicose em uma seqüência de dez reações enzimáticas que ocorrem no citosol de todas as células humanas. Cada molécula de glicose é convertida em duas moléculas de piruvato, cada uma com três átomos de carbonos em processo no qual vários átomos de carbono são oxidados. Parte da energia livre liberada da glicose é conservada na forma de ATP e de NADH. Compreende dois estágios: • Primeiro estágio (fase preparatória): Compreendem cinco reações nas quais a glicose é fosforilada por dois ATP e convertida em duas moléculas de gliceraldeído−3−fosfato • Segundo estágio (fase de pagamento): As duas moléculas de gliceraldeído−3−fosfato são oxidadas pelo NAD+ e fosforiladas em reação que emprega o fosfato inorgânico. O resultado líquido do processo total de glicólise é a formação de 2 ATP, 2 NADH e 2 piruvato, às custas de uma molécula de glicose. A equação geral da glicólise é: Glicose+2ADP+2Pi +2NAD+ → 2piruvato+2NADH+2H+ +2ATP+2H2O 28 DE SETEMBRO DE 2020 BIOMEDICINA UNIBH COMO O DIABETES INTERFERE NA VIA GLICOLÍTICA 12 Em um quadro de diabetes gestacional uma resistência à insulina ou degeneração das células beta impedem a regulação de glicemia. A insulina, hormônio hipoglicemiante, têm a capacidade de colocar a glicose para dentro da célula e, consequentemente, de quebrar a glicose em piruvato e transformá-la em energia (ATP), ou seja, a glicólise, e também de armazenar a glicose em excesso na forma de glicogênio, glicogênese. No caso da diabetes, a insulina estará em déficit, prejudicando assim os processos de glicólise e glicogênese. O glucagon, por outro lado, hormônio com ação contrária a da insulina continuará sua função hiperglicemiante, aumentando a glicemia da gestante. Diante da falta de insulina não haverá homeostase, justificando a permanência da elevação de glicose na circulação. O papel do glucagon no metabolismo está na quebra do glicogênio para disponibilizar glicose na circulação, glicogenólise , ou ainda na indução de síntese de glicose por vias que não possuem carboidratos como piruvato, lactato, glicerol, aminoácidos, processo conhecido como gliconeogênese, restrito ao fígado. 28 DE SETEMBRO DE 2020 BIOMEDICINA UNIBH EXAME USADO PARA DIAGNÓSTICO Vale ressaltar que a curva glicêmica permite diagnosticar a diabetes gestacional não sendo necessário exames complementares, porém pode-se dosar a glicemia em jejum ≥ 126 mg/ dl e a hemoglobina glicada (HbA1c) ≥ 6,5% para monitorar o estado glicêmico da paciente. A orientação é acompanhar a gestante ao longo da gravidez, no parto e no pós-parto a fim de controlar a glicemia impedindo riscos para a mãe e o feto, além de prevenir o desenvolvimento da diabetes ou intolerância à glicose após a gestação. 13 O exame mais indicado para o d i a g n ó s t i c o d e d i a b e t e s gestacional é a prova de tolerância à glicose oral (TTOG), principalmente, em grávidas que se encontram entre a 24ª-28ª semanas de gestação, por ser um teste sensível. A gestante deve comparecer ao laboratório para a realização do exame no período da manhã após um jejum de 8 horas e, posteriormente, serão feitas medições ao longo de 3 horas após a sobrecarga de glicose (jejum, 1h, 2h). O tubo cinza é o mais indicado para a coleta das amostras, visto que é um tubo específico para o teste de glicemia, além de um bom inibidor de glicólise, preservando por mais tempo o material colhido. O resultado laboratorial da curva glicêmica é interpretado, geralmente, seguindo o critério da Associação Americana de Diabetes (ADA), considerando todas as medições e caso uma delas apresente alteração a gestante pode ser diagnosticada com diabetes gestacional. 28 DE SETEMBRO DE 2020 BIOMEDICINA UNIBH EPIDEMIOLOGIA De acordo com o Ministério da Saúde, a prevalência de DMG varia de 1 a 14%, dependendo da população estudada e do critério diagnóstico utilizado. Em média, 7% de todas as gestações estão associadas a esta complicação, resultando em mais de 200.000 casos/ano 1,3. A prevalência de DMG no Sistema Único de Saúde (SUS) do Brasil é de 7,6%, sendo que 94% dos casos apresentam intolerância diminuída à glicose e, apenas 6% deles, atingem os critérios diagnósticos para o diabetes não gestacional. 14 28 DE SETEMBRO DE 2020 BIOMEDICINA UNIBH UMA HISTÓRIA DE SUPERAÇÃO 15 " Meu sonho era ficar grávida e quando isso aconteceu tudo foi muito mágico até que... fui diagnosticada com diabetes gestacional. Fiquei muito apreensiva, porque não imagina que isso poderia acontecer comigo, afinal estava fazendo acompanhamento médico e seguindo todas as recomendações. Além do mais eu não sentia nenhum mal estar. " Simone Teixeira Martins Nasser 28 DE SETEMBRO DE 2020 BIOMEDICINA UNIBH 16 P.: Quando e como você descobriu a diabetes gestacional ? R.: Descobri a diabetes gestacional no sétimo mês da gravidez o que equivale a 28ª - 32ª semana de gestação, por meio de um exame de rotina. P.: Você se lembra das condutas que o médico tomou ? R.: O médico me orientou a manter uma alimentação balanceada e evitar o consumo de açúcares e carboidratos. P.: Sentiu algum sinal e/ ou sintoma ? R.: Não senti nenhuma alteração a não ser os da própria gravidez como cansaço, inchaço, vontade de urinar frequentemente. P.: Teve medo após o diagnóstico ? R.: Tive medo, mas respeitei todas as recomendações e tudo deu certo no final para mim e para a minha filha que nasceu sem sequelas e com um peso normal. P.: Teve alguma intercorrência no momento do parto? R.: O parto foi normal e não teve nenhuma intercorrência. P.: Qual dica você daria para as mães que passam por esse momento ? R.: A minha dica para as mães que são diagnosticadas com diabetes gestacional é que sigam as orientações médicas e consultem um nutricionista para adequação da dieta. P.: Você teve diabetes pós-parto ? R.: Tive diabetes pós-parto e, atualmente, tenho diabetes mellitus tipo 2 não uso insulina e minha glicemia está controlada. Que em média 15% a 50% das mulheres com diabetes mellitus gestacional desenvolvem diabetes ou intolerância à glicose após a gestação. Você sabia ? Entrevista Algumas perguntas foram feitas para a Simone com intuito de esclarecer as possíveis dúvidas de nossas queridas leitoras. Sigam abaixo uma parte dessa entrevista realizada com muito carinho 28 DE SETEMBRO DE 2020 BIOMEDICINA UNIBH TRATAMENTO As gestantes com diabetes precisam de acompanhamento e para evitar complicações devem ser submetidas a terapia nutricional, suplementação de vitaminas e minerais, prática de exercícios físicos e dependendo do caso, tratamento medicamentoso. 17 A dieta deve incluir os nutrientes essenciais para desenvolvimento adequado do bebê. A quantidade de calorias ingeridas deve estar de acordo com o índice de massa corporal (IMC) da mãe, na frequência e intensidade de exercícios físicos realizados e no padrão de crescimento fetal, a fim de limitar o seu ganho de peso. Além disso, a dieta deve ser distribuída ao longo do dia com o objetivo de evitar episódios de hiperglicemia, hipoglicemia ou cetose, formação de corpos cetônicos através da quebra de lipídios. A suplementação, porexemplo, de ácido fólico (600 µg a 5 mg/dia) desde o período pré-concepcional até a 12ª semana de gravidez é indicado para reduzir o risco de falta de fechamento do tubo neural. Além do ácido fólico outras vitaminas também podem ser prescritas. A medicação deve ser ministrada em último caso, sendo que atualmente a mais usada é a insulina para o controle da glicemia. Nenhum medicamento deve ser tomado sem indicação médica e sempre obedecendo os horários e as proporções orientadas. 28 DE SETEMBRO DE 2020 BIOMEDICINA UNIBH 18 A prática de atividade física além de causar sensação de bem-estar, diminui o ganho de peso, reduz a adiposidade fetal, melhora o controle glicêmico e diminui problemas durante o trabalho de parto. A atividade física é responsável também por reduzir a resistência à insulina, facilitando a utilização periférica de glicose e, consequentemente, melhorando o controle glicêmico. As gestantes que não apresentam contraindicações para a prática de atividade física descritas no quadro a seguir devem realizá-la diariamente por no mínimo 30 minutos. 28 DE SETEMBRO DE 2020 BIOMEDICINA UNIBH POSSÍVEIS COMPLICAÇÕES DA DMG Quais são as consequências mais prováveis de ocorrer com gestastes portadoras de diabetes gestacional não tratada ? O DMG (Diabetes mellitus Gestacional) traz riscos tanto para a mãe quanto para o feto e o neonato. Um importante marco para o diagnóstico e o acompanhamento do DMG foi a publicação do estudo Hyperglycemia and Adverse Pregnancy Outcomes (HAPO).15 Esse estudo incluiu cerca de 25 mil mulheres de nove países no terceiro trimestre de gestação, submetidas a teste oral de tolerância à glicose (TOTG), e comprovou que existe um progressivo e contínuo aumento do risco de complicações materno-fetais conforme se elevam os níveis de glicemia materna, tanto em jejum quanto na pós-sobrecarga, mesmo dentro de níveis até então considerados normais (não-DMG). O estudo citado anteriormente verificou dentre outras complicações, em decorrência do aumento dos níveis glicêmicos, as seguintes consequências: - Risco de parto cesáreo e rotura prematura. - Recém-nascido acima do peso. - Risco elevado de pré eclampsia. - Crescimento fetal excessivo. Dependendo da complicação gerada, grande parte há reversão após o parto. 19 28 DE SETEMBRO DE 2020 BIOMEDICINA UNIBH ASPECTOS CLÍNICOS DA DOENÇA A o contrário da Diabetes Mellitus adquirida ao longo da vida sem relação com a gestação (Tipo I ou II), na Diabetes Mellitus Gestacional, os sintomas clínicos podem não ocorrer ou não serem identificados em virtude das outras alterações causadas durante o período de gravidez, sendo possível diagnosticar ou suspeitar da doença apenas por meio de exames laboratoriais. Além disso, é recomendado a todas as gestantes que realizem o exame de glicemia de jejum na primeira consulta de pré natal, independente da presença dos fatores de risco. É proposto o teste de glicemia de jejum por sua simplicidade, baixo custo e validade. Apesar de não haver muitos relatos na literatura que apresentem os aspectos clínicos de forma específica para diabetes gestacional, as mamães e futuras mamães devem estar sempre atentas aos sintomas e fatores clássicos (ocorrendo ao mesmo tempo) relacionados a resistência à insulina e uma possível hiperglicemia durante a gestação. São eles: Sede excessiva (Polidpsia) Ganho excessivo de peso (mãe e bebê) Alterações laboratoriais nos exames glicêmicos. Apetite elevado (Polifagia) Aumento do volume urinário (Poliúria) Se encaixar em alguns dos fatores de risco 20 28 DE SETEMBRO DE 2020 BIOMEDICINA UNIBH COMO PREVENIR O DIABETES GESTACIONAL ? Além de manter uma vida saudável como discutido anteriormente, a melhor forma de prevenir a diabetes gestacional é planejar a gravidez, fazer os devidos exames, cuidar da saúde não só durante a gestação, com o pré natal, mas também antes e após ela. 21 Faça o seu pré-natal! 28 DE SETEMBRO DE 2020 BIOMEDICINA UNIBH PARA SE DIVERTIR 22 28 DE SETEMBRO DE 2020 BIOMEDICINA UNIBH RECEITAS SAUDÁVEIS 23 28 DE SETEMBRO DE 2020 BIOMEDICINA UNIBH 24 28 DE SETEMBRO DE 2020 BIOMEDICINA UNIBH REFERÊNCIAS 25 Bolognani, C.V., Souza, S.S, Calderon, I.M.P.. Diabetes mellitus gestacional - enfoque nos novos critérios diagnósticos. Faculdade de Medicina de Botucatu / UNESP. Botucatu-SP, 2011. Disponível em:<https://bvsms.saude.gov.br/bvs/art igos/diabetes_mell i tus_gestacional .pdf? fbclid=IwAR1VCClXm5-E6JDVcaFuRbGkARvyTYtKoBzGt14CYNgwF9l-mx_pZGxGc_I&>. Acesso em: 26 de setembro 2020. Diabetes na gestação: recomendações para o preparo e o acompanhamento da mulher com diabetes durante a gravidez. Disponível em: < https://www.diabetes.org.br/profissionais/diabetes- gestacional/92-diabetes-na-gestacao-recomendacoes-para-o-preparo-e-o-acompanhamento-da- mulher-com-diabetes-durante-a-gravidez>. Acesso em 22 de outubro de 2020. Diretrizes Sociedade Brasileira de Diabetes 2019-2020. Disponível em:<https:// www.diabetes.org.br/profissionais/images/DIRETRIZES-COMPLETA-2019-2020.pdf>. Acesso em: 01 de outubro de 2020. Diretrizes SBD. Diabetes mellitus gestacional: diagnóstico, tratamento e acompanhamento pós- gestação. Disponível em:<https://www.diabetes.org.br/profissionais/diabetes-gestacional/91- diabetes-mellitus-gestacional-diagnostico-tratamento-e-acompanhamento-pos-gestacao>. Acesso em: 19 de outubro de 2020. Dra. Lenita Zajdenverg. Sociedade Brasileira de Diabetes. Disponível em: < https:// www.diabetes.org.br/publico/diabetes-gestacional>. Acesso em : 01 outubro de 2020. Dra. Suzana Vieira. Diabetes gestacional: o que é, como diagnosticar, monitorizar e tratar. Disponível em:<https://drasuzanavieira.med.br/2019/07/25/diagnostico-diabetes-gestacional/ >. Acesso em: 04 outubro 2020. FILHO G. B. Bogliolo Patologia - 9ª edição, Rio de Janeiro:Guanabara Koogan, 2016. Cap. 21 p. 965 - 973. Hilab. Diabetes Gestacional: o que é e quais são os riscos?. Junho 27, 2019. Disponível em: <https://hilab.com.br/blog/diabetes-gestacional-o-que-e-e-quais-sao-os-riscos/>. Acesso em: 03 outubro 2020. MOTTA, V. T. Bioquímica - 2ª edição, Medbook ,2011. p. 146 - 183. La Féria, Beatriz. Pâncreas. Kenhub , 21 de Setembro de 2020. Anatomia. Disponível em:<https:// www.kenhub.com/pt/library/anatomia/pancreas>>. Acesso em: 23 setembro 2020. Rastreamento e diagnóstico de diabete mellitus gestacional no Brasil. Organização Pan-americana da Saúde Ministério da Saúde Federação Brasileira das Associações de ginecologia e obstetrícia Sociedade Brasileira de Diabetes. Brasília, 2017. Disponível em:<https://www.diabetes.org.br/ profissionais/images/pdf/diabetes-gestacional-relatorio.pdf>. Acesso em: 01 de outubro de 2020. Schmidt, M.I, Reichelt, A.J. Consenso Sobre Diabetes Gestacional e Diabetes Pré-Gestacional. São P a u l o , 1 9 9 9 . D i s p o n í v e l e m : < h t t p s : / / w w w . s c i e l o . b r / s c i e l o . p h p ? pid=%22S0004-27301999000100005%22&script=sci_arttext>. Acesso em: 30 de setembro de 2020. https://bvsms.saude.gov.br/bvs/artigos/diabetes_mellitus_gestacional.pdf?fbclid=IwAR1VCClXm5-E6JDVcaFuRbGkARvyTYtKoBzGt14CYNgwF9l-mx_pZGxGc_I& https://bvsms.saude.gov.br/bvs/artigos/diabetes_mellitus_gestacional.pdf?fbclid=IwAR1VCClXm5-E6JDVcaFuRbGkARvyTYtKoBzGt14CYNgwF9l-mx_pZGxGc_I& https://bvsms.saude.gov.br/bvs/artigos/diabetes_mellitus_gestacional.pdf?fbclid=IwAR1VCClXm5-E6JDVcaFuRbGkARvyTYtKoBzGt14CYNgwF9l-mx_pZGxGc_I& https://www.diabetes.org.br/profissionais/diabetes-gestacional/92-diabetes-na-gestacao-recomendacoes-para-o-preparo-e-o-acompanhamento-da-mulher-com-diabetes-durante-a-gravidez https://www.diabetes.org.br/profissionais/diabetes-gestacional/92-diabetes-na-gestacao-recomendacoes-para-o-preparo-e-o-acompanhamento-da-mulher-com-diabetes-durante-a-gravidez https://www.diabetes.org.br/profissionais/diabetes-gestacional/92-diabetes-na-gestacao-recomendacoes-para-o-preparo-e-o-acompanhamento-da-mulher-com-diabetes-durante-a-gravidezhttps://www.diabetes.org.br/profissionais/images/DIRETRIZES-COMPLETA-2019-2020.pdf https://www.diabetes.org.br/profissionais/images/DIRETRIZES-COMPLETA-2019-2020.pdf https://www.diabetes.org.br/profissionais/diabetes-gestacional/91-diabetes-mellitus-gestacional-diagnostico-tratamento-e-acompanhamento-pos-gestacao https://www.diabetes.org.br/profissionais/diabetes-gestacional/91-diabetes-mellitus-gestacional-diagnostico-tratamento-e-acompanhamento-pos-gestacao https://www.diabetes.org.br/profissionais/diabetes-gestacional/91-diabetes-mellitus-gestacional-diagnostico-tratamento-e-acompanhamento-pos-gestacao https://www.diabetes.org.br/publico/diabetes-gestacional https://www.diabetes.org.br/publico/diabetes-gestacional https://drasuzanavieira.med.br/2019/07/25/diagnostico-diabetes-gestacional/ https://hilab.com.br/blog/diabetes-gestacional-o-que-e-e-quais-sao-os-riscos/ https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/pancreas> https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/pancreas> https://www.diabetes.org.br/profissionais/images/pdf/diabetes-gestacional-relatorio.pdf https://www.diabetes.org.br/profissionais/images/pdf/diabetes-gestacional-relatorio.pdf https://www.scielo.br/scielo.php?pid=%22S0004-27301999000100005%22&script=sci_arttext https://www.scielo.br/scielo.php?pid=%22S0004-27301999000100005%22&script=sci_arttext https://www.scielo.br/scielo.php?pid=%22S0004-27301999000100005%22&script=sci_arttext 28 DE SETEMBRO DE 2020 BIOMEDICINA UNIBH AGRADECIMENTOS Deixamos aqui nosso eterno agradecimento aos professores que nos auxiliaram com tanta dedicação e carinho; Cíntia Martins F. Rezende e Luís Carlos Arão e a nossa coordenadora do curso de Biomedicina do UNIBH: Lorena Fialho Borges. 26 28 DE SETEMBRO DE 2020 BIOMEDICINA UNIBH Autoria e Edição: Bianca Thaís de Paula Gabriella Martins Nasser Universidade de Belo Horizonte - UNIBH Unidade Curricular: Análises Metabólicas e Perfusionais Professores: Cíntia Martins F. Rezende e Luís Carlos Arão Coordenadora: Lorena Fialho Borges Curso: Biomedicina Grupo 3. Integrantes: Amanda Moreira, Bianca Thaís de Paula, Gabriella Martins Nasser, Iara Bicalho, Mariane Bernardes, Suzane Ventura. 27 28 DE SETEMBRO DE 2020 BIOMEDICINA UNIBH 28 ORIGEM DA DIABETES GESTACIONAL ANATOMIA DO PÂNCREAS SINAIS E SINTOMAS A PATOGENIA DO DIABETES GESTACIONAL COMO O DIABETES INTERFERE NA VIA GLICOLÍTICA EXAME USADO PARA DIAGNÓSTICO EPIDEMIOLOGIA UMA HISTÓRIA DE SUPERAÇÃO TRATAMENTO POSSÍVEIS COMPLICAÇÕES DA DMG ASPECTOS CLÍNICOS DA DOENÇA COMO PREVENIR O DIABETES GESTACIONAL ? PARA SE DIVERTIR RECEITAS SAUDÁVEIS REFERÊNCIAS AGRADECIMENTOS
Compartilhar