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Pâmella Redígolo | @medpamella Hipoglicemia Neonatal Introdução ■ Há preocupação de que hipoglicemias prolongadas ou recorrentes possam resultar em consequências neurológicas e de desenvolvimento em longo prazo. Cérebro ■ Não produz e praticamente não estoca glicose → muito sensível às variações da glicemia Hormônios que elevam a glicemia ■ Hidrólise do glicogênio: glucagon ■ Neoglicogênese: Catecolaminas, Cortisol, Hormônio do crescimento (GH) Definição Valores de referência ■ É difícil identificar um único valor de glicose plasmática abaixo do qual surgem os sintomas. Primeiras 48h | 48 a 72h | maior que 72h Sinais clínicos ■ Frequentemente assintomáticos ■ Graves: letargia, insuficiência respiratória, apneia, convulsões, instabilidade hemodinâmica, parada cardíaca. ■ Leves: choro anormal, agitação, tremores, irritabilidade, palidez, cianose, hipotermia ou diaforese. ■ São inespecíficas, podendo ocorrer em outras situações: infecções, anemia, distúrbio eletrolítico, acidose metabólica, cardiopatia. Como aferir a glicemia? ■ Glicemia plasmática: - Atraso entre a coleta e processamento no laboratório → pode resultar em uma concentração falsamente baixa (os eritrócitos na amostra metabolizam a glicose no plasma). - Falsa hipoglicemia: obtenção de glicemia capilar de extremidades frias ou cianóticas (aquecer a extremidade a ser puncionada e evitar a utilização de álcool, ou remover seu excesso). Triagem para hipoglicemia – quando fazer? ■ A concentração de glicose no sangue só deve ser medida naqueles que tenham manifestações clínicas ou que estejam sob risco conhecido. ■ Risco de hipoglicemia: Fisiopatologia ■ O feto recebe glicose continuamente (atravessa a placenta, por difusão facilitada). ■ Durante o trabalho de parto e o parto, hormônios do estresse (glicocorticoides e catecolaminas) aumentam as concentrações da glicemia fetal: níveis séricos de glicose no sangue do cordão umbilical são frequentemente elevados. ■ A glicose na corrente sanguínea pode fornecer energia por menos de uma hora para o cérebro (depende de um suprimento contínuo). ■ Durante as primeiras 48 horas de vida, muitos neonatos saudáveis podem apresentar glicemias baixas como consequência da adaptação fisiológica à vida extrauterina. Causas ■ Hiperinsulinismo causa hereditária predominante no período neonatal. ■ Erros inatos do metabolismo principais causas depois do primeiro mês de vida. ■ Classificação: transitória (duração de algumas horas até 3 dias) e persistente (duração maior que 3 dias). ■ 50% transitórios e assintomáticos, 15% transitórios sintomáticos, 35% associados a outras doenças e 2% persistentes ou recorrentes. ■ Em situações como RN PIG, com cardiopatia congênita, baixa aceitação alimentar, policitemia, sepse e filho de mãe diabética ou com pré-eclâmpsia, a transitória pode persistir por algumas semanas, sendo confundida com a hipoglicemia neonatal persistente. Impacto a longo prazo ■ As associações entre hipoglicemia neonatal sintomática prolongada e lesão cerebral estão bem estabelecidas, mas o efeito da hipoglicemia mais branda no desenvolvimento neurológico é incerto. ■ Sintomático + Valores Baixos → Glicose endovenoso + soro de manutenção Assintomáticos + Valores Altos → Glicose Via Oral 1
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