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PROCESSO CIVIL II - PODCAST DE REVISÃO AV1 Parte I: A ideia de recurso nasce da insatisfação humana diante de uma decisão judicial. Diante disso, se estabelece a possibilidade de reexaminar uma decisão. Quando falamos em recurso, não necessariamente falamos em instâncias superiores. Na justiça comum, em regra, as decisões dos juízes são analisadas pelos desembargadores e, em seguida, pelos ministros. Entretanto, não podemos esquecer das Turmas Recursais que são órgãos que julgam recursos dos Juizados Especiais Cíveis, Juizados Especiais Criminais e Juizados Especiais Fazendários, mas não são tribunais, são formadas por juízes de primeira instância na forma do art. 98, I da CRFB/88. Importante é estabelecer que todos os tribunais têm competência recursal e competência originária, ações que vão nascer nos tribunais. O recurso dentro dessa ideia de remédio jurídico para ensejar a reforma, modificação, invalidar ou esclarecimento de uma decisão judicial em regra proferido por outro órgão jurisdicional. Princípios: - Duplo grau de jurisdição: não é absoluto e não está expressamente previsto na CRFB/88. A exemplo, decisões proferidas pelo STF não tem como recorrer. Acima do STF não há nada. Em algumas decisões judiciais também não cabe recurso, como no despacho (art. 1001 do CPC), art. 1007, par. 6 do CPC, etc. Importante lembrar que esse princípio é relativo e aí, dentro dele temos um subprincípio: a taxatividade recursal – os recursos, em regra, devem ter previsão legal. Na verdade, temos a previsão no 1071 do CPC sobre agravo regimental, estabelecendo seu prazo e, no entanto, suas hipóteses de utilização é dada pelo regimento interno de cada tribunal. Uma exceção ao princípio da taxatividade. Devemos lembrar também que alguns recursos não têm previsão legal. Ex: contra decisão interlocutória proferida no JEC Estadual – nesses casos usamos mandado de segurança, mas só pode ser utilizado como recurso tão somente se não houver recurso previsto em lei. Súmula 376 do STJ permite a utilização do mandado de segurança como sucedâneo recursal. - Fungibilidade: previsão no CPC e na jurisprudência - aceitar um recurso equivocadamente interposto como se correto fosse. Temos nesse cenário algumas questões importantes: Hipóteses no CPC: 1.024, par. 3º do CPC – quando interpõe embargo de declaração, mas é recebido como agravo interno. 1.032, 1.033 e 1.034. Quando o advogado é induzido a erro: interpõe um recurso equivocado, pois o juiz nomeou sua decisão de forma equivocada – como uma decisão interlocutória nomeada de sentença. O advogado interpõe apelação. - Dialeticidade: todo recurso deve ser fundamentado – contra o que se está recorrendo e os fundamentos. Necessidade, em regra, da intimação da outra parte para que possa oferecer contrarrazões. A ausência dessa não gera consequência nenhuma. Exceção: embargos de declaração, art. 1.023, par. 2º do CPC - só intima o embargado se verificar que os embargos têm efeitos modificativos. - Vedação da reformatio in pejus: não está ligado diretamente ao CPC. Toda vez que UMA das partes recorrer, o tribunal não pode, em regra, piorar a situação do recorrente. Exceção: reconhecimento de matéria de ordem pública, como a ilegitimidade passiva que pode gerar a anulação de uma sentença. Previsão na súmula 45 do STJ – para remessa necessária - faz com que o processo suba ao tribunal mesmo se não houver vontade da parte -, mas não propriamente os recursos – quando há vontade da parte. Requisitos de admissibilidade recursal: Intrínsecos: dizem respeito à existência do direito de recorrer. - Cabimento, ligado ao princípio da taxatividade: recurso cabível contra a decisão judicial. Sempre previsto em lei? Não, algumas hipóteses previstas pelo STJ. - Legitimidade: quem pode recorrer? Pelo art. 996 do CPC – as partes, o MP (parte ou fiscal da lei) e o terceiro juridicamente prejudicado (que deve provar que há possibilidade de ser atingido por um processo em que não fez parte) - Interesse recursal: em regra é dado pela sucumbência - quem perdeu tem interesse em recorrer. A regra é absoluta? Não, o MP como fiscal da lei é exceção, pois tem interesse. Parte II: Requisitos extrínsecos: - Tempestividade: art. 1.003, par. 5º do CPC, prazo de 15 dias úteis, em regra, segundo o art. 219 do CPC. Entretanto, nos processos relativos à infância e juventude – art. 152 do ECA + art. 198, II – o prazo é de 10 dias corridos. Exceções: Embargos de declaração - 5 dias úteis. JEC – art. 41 e 42 da lei 9.099/95 - 10 dias úteis. DP, MP e Fazenda Pública - prazo em dobro. Não se aplica ao Juizado Especial Fazendário. ECA – salvo os embargos de declaração - 5 dias corridos – 10 dias corridos. • É possível recorrer antes do início do prazo? Pode, art. 218, par. 4º do CPC. Entretanto, se recorrer após o prazo o recurso será intempestivo, vício insanável. - Preparo/custas recursais: Art. 1.007, par 1º - MP, DP, Entes Públicos, aqueles que tenham gratuidade de justiça não pagam custas - súmula 108 do TJ-RJ. Entretanto, nada impede que o desembargador revogue e a pessoa tenha que pagar. Art. 1.007 - na interposição do recurso deve trazer a comprovação do pagamento do preparo – GRERJ ou GRU. Se esquecer o número da guia? Se não pagar? Desembargador relator intima para em 5 dias comprovar o recolhimento das custas em dobro. Art. 1.007, par. 2º - pagou, mas pagou o valor errado (faltando) - o desembargador relator intima o recorrente para pagar o valor restante. Nos JEC’s, art. 41 e 42 da lei 9.099/95 - quando interpõe o recurso, tem 48h para trazer o recolhimento das custas. Deve comprovar o recolhimento do preparo recursal, bem como de todos os atos processuais praticados antes da sentença. E se perder o prazo? Art. 1.007 do CPC não se aplica aos JEC’s e não há possibilidade de devolver o valor pago. - Regularidade formal: 1) No agravo de instrumento contra uma decisão interlocutória de processo físico, deve trazer cópias do processo originário - art. 1.017, I do CPC. Se esquecer, o desembargador relator intima para levar em 5 dias úteis e, se não levar, o recurso é inadmitido. Efeitos recursais: - Devolutivo: recorre só quando quer, é um ato voluntário, e pode desistir a qualquer momento de forma unilateral desde que seja antes do julgamento do recurso – art. 998 do CPC - e, em regra, o tribunal só julga aquilo que o recorrente pede. Exceções: Efeito translativo recursal: as matérias de ordem pública devem ser analisadas ainda que ninguém peça. Lembrando que não foram alegadas ou decididas no processo originário, art. 10 do CPC – as partes devem ser intimadas para se manifestar para o desembargador decidir sobre elas. - Efeito suspensivo: art. 1.012, caput do CPC – a mera interposição da apelação suspende os efeitos da sentença. Art. 995 do CPC - é op judicis, o recorrente deve requerer o efeito suspensivo, em regra, e o desembargador vai decidir se concede ou não. - Efeito expansivo: art. 1005 do CPC – o recurso interposto por um dos litisconsortes pode aproveitar os demais litisconsortes desde que a matéria seja comum. Recursos em espécie: - Embargos de declaração: cabíveis contra qualquer decisão judicial. Constituem um recurso de fundamentação vinculada: determinam que para embargar de declaração deve alegar uma omissão, uma contradição e/ou uma obscuridade (OCO). Pode também alegar erros materiais (em qualquer recurso). São julgados sempre pelo mesmo juízo que proferiu a decisão atacada. Em caso de decisões colegiadas, o relator do embargo de declaração deve ser o mesmo da decisão agravada. Não tem preparo. Prazo de 5 dias úteis. Procedimento: se podem gerar modificação do sentido da decisão atacada, o juiz é obrigado sob pena de nulidade a intimar a parte contrária para que se manifeste. É inadmitidose for intempestivo. Em regra, não possuem efeito suspensivo – art. 1.026, caput do CPC – mas é possível pedir e o juiz conceder. É permitido no art. 1.026, é possível a multa para uma espécie específica de litigância de má-fé nos embargos protelatórios - multa com até 2% da causa, que pode ser aumentada para até 10% se a parte interpor outro embargo protelatório. Se continuar, os próximos recursos podem ser inadmitidos. Interrompem o prazo para outros recursos: se for interposto um recurso no prazo de 5 dias – uma apelação, por exemplo – e for interposto um embargo, nessa hipótese, interrompe os prazos recursais. Art. 1.024, par. 3º e 4 – se os embargos forem desprovidos a sentença continua a mesma e a apelação sobe normalmente. Se os embargos forem parcial ou totalmente providos, reabre-se o prazo de apelação. Parte III: - Apelação: 1.009 do CPC – recurso contra a sentença. Entretanto, nem toda sentença é apelável, temos exceções. • A apelação só ataca sentenças? Não - checar a explicação no resumo. Prazo de 15 dias úteis. Preparo no 1.007 do CPC. Procedimento: interposta na primeira instância e lá, pelo 1.010 do CPC, vai intimar a outra parte para oferecer contrarrazões e/ou oferecer recurso adesivo. Quem faz o juízo de admissibilidade da apelação é a segunda instância, independentemente do vício. Em algumas hipóteses excepcionais o juiz pode se retratar da sentença - enquanto o colegiado não julgar a apelação. A apelação vai para a primeira vice-presidência do TJ, que vai distribuir o recurso para uma das câmaras cíveis e sortear o desembargador relator. • O que ele faz? Juízo de admissibilidade recursal da apelação. • Se não estiverem presentes? Vício sanável: intima o apelante para corrigir aquele vício. Se o vício for insanável ou o apelante não corrigir, o recurso é inadmitido, sendo possível o agravo interno. Lembrando: apelação tem efeito suspensivo automático, exceto o art. 1.012 do CPC e outras hipóteses. • Próximo passo: caso ou não de decisão monocrática - art. 932, IV e V do CPC. Despacho “peço dia”, marca a data de julgamento do recurso – prazo mínimo de 5 dias entre o despacho e a data de julgamento – e o julgamento começa. Primeiro o relator lê o relatório, os advogados das partes devem sustentar oralmente se quiserem, o relator vota e depois os vogais votam ou pedem vista (art. 940 do CPC). Se der 2x1: Art. 942 do CPC – obrigatoriamente os outros dois desembargadores devem ser convocados para votar. Se estiverem presentes podem votar lá, mas se não estiverem é preciso marcar outro julgamento. Lembrando que os votos podem ser modificados enquanto houver julgamento. Parte IV: - Agravo de instrumento: ora cabível nas hipóteses que a lei prevê, outras no toma 988 do STJ. Qualquer decisão relativa à tutela de urgência, pouco importa se é concessão ou indeferimento, prazo, ou qualquer coisa, PODE ser objeto de agravo de instrumento. Decisões interlocutórias de mérito - indeferem alegação de prescrição, decadência, indefere pedido de homologação de acordo – vão ensejar o agravo de instrumento também. Ex: se a gratuidade de justiça for indeferida – 1.015, V do CPC. Se ocorrer na sentença, deve-se usar a apelação. Outras hipóteses do caderno. Procedimento: Interposto diretamente na segunda instância. Prazo idêntico ao da apelação. Deve-se trazer as cópias do processo? Apenas se o processo originário for físico. Primeira vice-presidência - câmara cível - sorteio do desembargador relator – requisitos de admissibilidade – concessão ou não de efeito suspensivo - intima a outra parte para oferecer contrarrazões no prazo da apelação e não cabe recurso adesivo - caso ou não de decisão monocrática - despacho “peço dia” - sessão de julgamento. Embora o art. 1.018 diga que não é necessário em todos os casos, é melhor que o agravante comunique a primeira instância, pois o juiz tem a chance de se retratar. Só cabe sustentação oral se for interposto contra decisão de tutela provisória. Votação: 2x1 – art. 942, par. 3º do CPC - só chamam os outros se for decisão interlocutória de mérito. - Agravo interno: utilizado contra decisões monocráticas unipessoais proferidas pelo desembargador relator. Não tem muita chance de êxito, pois quem recebe e julga é o mesmo desembargador da decisão agravada junto a seus vogais. - ROC: ora quem julga é o STF, ora o STJ. Para o STF: contra decisões colegiadas denegatórias de mandado de segurança ou habeas corpus – TST, STM, etc. Para o STJ: decisões colegiadas denegatórias de mandado de segurança ou habeas corpus proferida por TJ ou TRF. Deve-se recolher duas guias de preparo: GRERJ E GRU. Recurso ordinário sobe com ou sem oferecimento de contrarrazões. Sorteado um ministro relator que faz os mesmos atos da apelação. APELAÇÃO AGRAVOS INSTRUMENTO INTERNO Em RE e REsp Fundamento Art. 1.009 Art. 1.015 Art. 1.021 Art. 1.042 Cabimento (contra:) Sentenças - 203, § 1º (conteúdo arts. 485/487 + extinção total) Outras previsões: ✔ Sentença resolve gratuidade – art. 101 ✔ Sentença em embargos monitórios– § 9º, 702. ✔ Sentença em procedimento de jurisdição voluntária – art. 724 ✔ Exceções: artigos 41/42, Lei 9099/1995; 34, Lei 6830/1980; artigos 109, II e 105, II, c, CRFB. Interlocutórias de 1ª instância (203, § 2º), nos casos previstos em lei: ✔ Art. 1015 CPC ✔ Em execução, cumprimento e liquidação de sentença (pu 1015). ✔ Indeferimento de gratuidade ou revogação – art. 101. ✔ “Sentença” parcial – art. 356, § 5º | art. 354, parágrafo único. ✔ Liminar em MS – art. 7º, § 1º LMS; ✔ Decreto de falência: art. 100 da LF Atenção: taxatividade mitigada – TEMA 988, STJ: decisões interlocutórias sobre segredo de justiça, sobre competência; sobre uso de procedimentos especiais; de indeferrimento de designação da ACM; decisões interlocutórias em falências e recuperações judiciais Decisões unipessoais e monocráticas proferidas pelo relator nos tribunais Art. 1021 Art. 1030, § 2º, nos casos dos incisos I e II Decisão do Presidente ou vice- presidente que negar admissão aos recursos especial ou extraordinário. (salvo casos dos incisos I e II do art. 1030 que cabe agravo interno) Órgão para interposição Juízo de 1º Grau (a quo) Diretamente no Tribunal competente (ad quem) – art. 1016. Interno = perante o relator para julgamento pelo órgão colegiado Presidente do Tribunal recorrido Órgão de julgamento Tribunal (órgão ad quem - TRFs e TJs) Tribunal (TRFs e TJs) Órgão colegiado ao qual pertence o relator STJ ou STF (dependendo do agravo) Juízo de Admissibilidad e Realizado pelo relator no tribunal (art. 1010, 3º e 1.011). Realizado pelo relator do recurso – art. 1019 Recurso endereçado ao relator que, após intimação do agravado, levará o recurso para julgamento pelo órgão colegiado (§ 2º, art. 1021). Agravo interposto perante o Presidente do Tribunal recorrido, abre vista à parte contrária e remete para o STJ ou STF. Relator no STJ/STF faz a admissibilidade e, caso negue monocraticamente, caberá agravo interno. Recurso contra a não admissão Agravo interno – art. 1021 (contra a decisão monocrática do relator). Agravo interno – art. 1021 Forma adesiva Cabível apelação adesiva – art. 997, II Não é cabível Não é cabível Não é cabível Juízo de retratabilidad e Como regra não se admite. Exceções: a) Improcedêcia liminar – § 3º, 332. b) Sem resolução de mérito – § 7º, 485 e 331. c) ECA – art. 198, VII; Possível (pelo Juízo que proferiu a decisão agravada), situação em que o agravo ficará prejudicado - §1º, 1.018. Possível (pelo relator - § 2º, 1.021). Possível (§ 4º, art. 1.042). Efeitos Regra o recurso tem duplo efeito: suspensivo (1.012) e devolutivo (1013). Exceção: §1º exclui efeito suspensivo; artigos 14, Lei 7347/1985; artigo 58, Lei 8245/1991; artigo 15, Lei 9507/17; art.14, par. 3, Lei 12016/2009; art.199, ECA Art. 1019: a) Suspensivo (paralisar)b)Tutela antecipada recursal (efeito ativo) Sem previsão de efeito suspensivo. Cabível a regra do 932, II. Sem previsão de efeito suspensivo. Cabível a regra do 932, II. Prazo 15 dias; Contrarrazões - §§ 1º e 2º, 1.010; OBS: MP, DP e FP (30 dias); 198,II, ECA – 10 dias corridos 15 dias (interposição e resposta); OBS: MP, DP e FP (30 dias); 198,II, ECA – 10 dias corridos 15 dias para interposição e resposta 15 dias para interposição e resposta Forma Interposição + razões (art. 101). Nas razões: I. Resumo da ação e cabimento do recurso; II. Preliminares (art.1009, §1º). III. Fundamentos para reforma e anulação; IV. Pedido de reforma ou anulação. Petição única com a formação do instrumento se não forem autos eletrônicos (art. 1016). Peça única – interposto diretamente no órgão de julgamento Petição dupla – interposição + razões Peculiaridades Teoria da causa madura – 1.013, § 3º. Será julgado antes da apelação – art. 946 Informação à 1ª instância - 1018 Inadmissível ou improcedente – votação unânime = condenação em multa de 1 a 5% (§ 4º, 1021) no caso de litigância de má-fé Havendo dois agravos, primeiro será encaminhado ao STJ e, após, ao STF. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO ORDINÁRIO ESPECIAL E EXTRAORDINÁRIO EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA Cabimento Art. 1.022 Contra interlocutórias, sentenças e acórdãos. Quando houver: omissão, contradição, obscuridade ou erro material. Obter a integração do julgado Arts. 102, II e 105, II, CF. * Do STJ para o STF: de acórdãos decididos em única instância e denegatórios de: - Mandado de segurança, mandado de Injunção, Habeas Corpus e Habeas Datas. * Dos TRFs e TJs para o STJ: quando acórdãos decididos em: - Mandado decididos em única instância e denegatória a decisão; - HC, decididos em única ou última instância e denegatório * De juízo Federal para o STJ - De sentença em ação em que for parte Estado Estrangeiro contra Municípios ou pessoa domiciliada no Brasil. Recurso Especial — Art. 105, III, CF Endereçado para o STJ, contra acórdão que: a) contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhe vigência. b) julgar válido ato de governo local em face da lei federal (alterado pela EC 45/04) c) der a lei federal interpretação divergente da que tenha dado outro Tribunal. Recurso Extraordinário — Art. 102, III, CF Endereçado para o STF, contra acórdão que: a) contrariar dispositivo da Constituição; b) declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal; c) julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face da Constituição. d) julgar válida lei local contestada em face da lei federal (inserido pela EC 45/04) O § 3º determina que o recorrente deverá demonstrar a repercussão geral da matéria discutida no RE + art. 1035 CPC. Art. 1.043. Acórdãos proferidos em Recursos especial e/ou extraordinário Quando a decisão divergir do julgamento de outra turma, seção ou plenário Julgamento no Tribunal que proferiu o acórdão, em conformidade com regimento interno – 1.044. Órgão para interposição Perante o próprio órgão jurisdicional que proferiu o ato embargado. Órgão de Julgamento Próprio órgão (art. 1024) Forma Peça única com a demonstração do cabimento (são opostos) Petição de interposição endereçada ao relator e razões de recurso ao STJ ou STF. Petição de interposição dirigida ao Presidente do Tribunal recorrido e razões de recurso ao STJ ou STF Petição única com prova da divergência art. 1043, § 4º. Juízo de admissibilidad e Próprio órgão que proferiu o julgamento Pelos órgãos de interposição e de julgamento Realizado pelo presidente do Tribunal no momento da interposição e pelo relator quando os autos são remetidos ao Tribunal Pelo relator do acórdão embargado Recurso contra a não admissão Sem previsão Agravo interno Agravo — Art. 1042 Salvo inciso I e II do art. 1030 –agravo interno Agravo interno contra eventual decisão monocrática Juízo de retratabilidade Não é cabível Não é possível. Não é possível, como regra. Não é compatível Efeitos Sem efeito suspensivo, mas com efeito Interruptivo §1º, 1026 – exceção efeito suspensivo Os mesmo da apelação (Devolutivo e suspensivo) Poderá ser formulado pedido de efeito suspensivo (§ 5º, 1029). Sem previsão de efeito suspensivo Preparo Sem previsão Há preparo. Há preparo, porte de remessa e retorno Nos termos do regimento Prazo 5 dias – art. 1023. OBS: MP, DP e FP (10 dias); 198,II, ECA – 5 dias corridos 15 dias (interposição e resposta) OBS: MP, DP e FP (30 dias); 198,II, ECA – 10 dias corridos 15 dias (interposição e resposta) 15 dias (interposição e resposta) Observações a) Efeito de interromper o prazo para interposição de qualquer outro recurso (inclusive no JEC) – art. 1026. b) Sendo protelatório – multa de 2%. Na reiteração, elevação para 10% (vide súmula 98 do STJ). c) Contraditório – caso acolhimento implique em modificação da decisão embargada. d) Prequestionamento – art. 1025. Subsidiariamente aplicam-se as regras da Apelação ao procedimento, efeitos e admissibilidade do recurso — Art. 540 a) Julgamento de RE ou REsp repetitivos – art. 1036 b) Prequestionamento – ver artigo 1025 (contrário à súmula 211 do STJ). Para o julgamento deve-se observar o Regimento interno de cada Tribunal (STJ ou STF)
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