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atividade igualdade e diferenças - II

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Segundo Candau (2012, p. 715), os Direitos Humanos “têm privilegiado a afirmação da igualdade. No entanto, estão hoje desafiados a incorporar as questões da diversidade”.
As Diretrizes Nacionais para a Educação em Direitos Humanos (DNEDH) falam de princípios para uma Educação em Direitos Humanos, dentre eles está o reconhecimento e valorização das diferenças e das diversidades.
Esse princípio se refere “ao enfrentamento dos preconceitos e das discriminações, garantindo que diferenças não sejam transformadas em desigualdades. O princípio jurídico-liberal de igualdade de direitos do indivíduo deve ser complementado, então, com os princípios dos direitos humanos da garantia da alteridade entre as pessoas, grupos e coletivos. Dessa forma, igualdade e diferença são valores indissociáveis que podem impulsionar a equidade social” (BRASIL, 2012, p. 9).
2. Analisando a situação detalhada acima, e diante do contexto exposto ao longo de nossa disciplina, elabore o um texto dissertativo-argumentativo que responda como se articulam os princípios da igualdade e da diferença?
Diferença e igualdade são temas antigos, principalmente considerando sua permanência em debates atuais. Sempre estiveram relacionados com os processos históricos emergentes, alcançando várias formas de aparição discursiva, que nem sempre combinavam a igualdade como oposto a uma desigualdade naturalizada, que demandava busca de soluções.
 O princípio de igualdade, legalmente reconhecido e garantido pelos textos constitucionais dos países com regime político democrático, como é o caso do Brasil, afirma que todos são iguais sem distinção de qualquer natureza, porém a estrutura cultural concreta das sociedades revela as diversidades de ordem, social, de gênero, étnico-racial e as interferências das mesmas nas condições de vida e de história dessas sociedades e a necessidade da busca de uma igualdade material, que perpassa pelo reconhecimento do direito a diferença. Ou seja, existem dois tipos de igualdade: a legal, presente em dispositivos jurídicos; e a material, presente na vida cotidiana, garantindo que os sujeitos usufruam os mesmos direitos e oportunidades. Porém, o direito a igualdade, só se legitima quando o direito às diferenças é respeitado. Com efeito, nas sociedades pluriétnicas, a noção de neutralidade do Estado, nas esferas econômica e social, se traduz na crença de que a mera introdução de dispositivos legais é o suficiente para garantir a existência de uma sociedade harmônica, onde independentemente da diversidade, seria assegurado a todos a efetiva igualdade de acesso aos bens produzidos pela humanidade, mas a discriminação se dá exatamente quando indivíduos são tratados iguais em situações diferentes, e quando diferentes, em situações iguais.
Logo, a discussão de igualdade tem trazido à tona as várias coletividades, as diversas demandas específicas dos grupos excluídos histórica e culturalmente, como as mulheres, os índios, os negros, os homossexuais, os deficientes, etc., que lutam pelo direito às diferenças como pressuposto ao direito à igualdade, ou seja, uma discriminação positiva. Assim, é indispensável estar em reflexão constante acerca de dificuldades que, por exemplo, as escolas têm em lidar com tal questão e as consequências disto nos processos de construção identitária dos alunos, sobretudo concernente à identidade de raça e de gênero.

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