1-Gestão em atenção básica à saúde e enfermagem

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PROFA. ENF. ME.
SHAYANNE MOURA
GESTÃO EM
ATENÇÃO
BÁSICA À
SAÚDE E
ENFERMAGEM
DISCIPLINA: GESTÃO EM
ENFERMAGEM NA
ATENÇÃO BÁSICA - 8MA
Conteúdo da
Apresentação
Pontos Importantes para Discutir
Compreender o papel gerencial do enfermeiro na atenção
básica.
Explorar as diretrizes do Ministério da Saúde relacionadas
ao trabalho gerencial do enfermeiro.
Analisar os desafios e oportunidades enfrentados pelo
enfermeiro na gestão da atenção básica.
Objetivos da Aula:
LEMBRETE: 
AV1: 7 questões objetivas e 3 discursivas. 10 pts 09/10/23.
AV2: 04/12/23 - COLEGIADA - 20 questões.
18/12: segunda chamada
Atenção Primária à
Saúde
A garantia da qualidade da atenção e gestão apresenta-se atualmente como um dos
principais desafios do Sistema Único de Saúde (SUS) e deve, necessariamente,
compreender os princípios da integralidade, universalidade, equidade e participação
social. 
O Ministério da Saúde foca na administração pública por meio do acompanhamento e
avaliação de processos, estruturas e resultados. Busca-se assegurar a qualidade dos
serviços de saúde oferecidos à população, promovendo um acesso mais amplo e
qualificado em diferentes situações pelo país.
Atenção Primária à
Saúde
Uma das principais ações é o Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade
da Atenção Básica (PMAQ), que visa garantir que a Atenção Primária à Saúde (APS) seja a
principal entrada para o sistema de saúde, buscando melhorar o acesso e a qualidade
dos serviços.
 Esse programa tem em vista que a organização da APS tenha potencial resolutivo para a
maioria dos problemas e necessidades de saúde da população através de ações de
promoção, proteção e reabilitação.
 
Seu objetivo é desenvolver uma atenção integral que tenha impacto na situação de
saúde e autonomia das pessoas e nos determinantes e condicionantes de saúde das
coletividades.
G U I A D E P R I M E I R O S
S O C O R R O S | 2 0 2 0
O grande papel gestor
do Enfermeiro
Os dados do PMAQ mostram que na APS, os profissionais graduados confiaram
ao enfermeiro o papel principal na transmissão de informações sobre a
organização do trabalho. Além da coordenação da equipe de enfermagem e da
supervisão dos agentes comunitários de saúde, muitas tarefas de manutenção e
controle dos serviços são gerenciadas por esse profissional. Em geral, a
responsabilidade pela unidade recai sobre o enfermeiro.
A gestão não se limita à organização do trabalho, mas envolve interações
complexas entre seus componentes. É um espaço de criação de conhecimento
onde planejamento, administração, gerenciamento, tomada de decisões,
execução e avaliação estão entrelaçados e não são separados.
O Trabalho do Enfermeiro
da APS
O que você precisa fazer
O trabalho do enfermeiro na Atenção Primária à Saúde (APS) envolve duas áreas principais: a prestação
de cuidados e a gestão do processo terapêutico, além das responsabilidades de gerenciamento do serviço
de saúde e da equipe de enfermagem
O enfermeiro desempenha principalmente funções gerenciais em Unidades Básicas de Saúde. Isso
envolve enfrentar conflitos e tensões decorrentes de disputas por espaço de atuação e conhecimento
com outros profissionais, além de lidar com limitações técnicas e diretrizes definidas por normas e
protocolos profissionais, bem como pela organização das equipes de Atenção Primária à Saúde (APS).
A gestão é uma parte integrante do cuidado, sendo necessário que seja realizada de
forma responsável e comprometida com as necessidades de saúde. Isso é fundamental
para concretizar as práticas de cuidado, que têm como ênfase o coletivo e a família.
O processo de trabalho deve ser orientado pelas ações e interações dos profissionais com
as famílias, uma vez que a construção e manutenção de relações familiares têm um
impacto direto na qualidade da assistência.
O conhecimento técnico-científico (habilidades) e, em particular, a habilidade de
interagir (atitude) com famílias e colegas de equipe são vitais. Demonstrando
compromisso, envolvimento e ética, esses aspectos são melhor alcançados quando há
solidariedade e envolvimento nas atividades.
Estratégia Saúde da
Família (ESF)
A aproximação dos serviços de saúde da população é o cerne da Estratégia Saúde da
Família (ESF).
Equipes Multidisciplinares e Atuação em Áreas Específicas:
 A ESF se baseia na formação de equipes multidisciplinares que desempenham suas
funções em regiões delimitadas.
Responsabilidade Integral e Identificação de Necessidades: 
Essas equipes assumem a responsabilidade pela totalidade das ações de saúde na área
atribuída, buscando identificar os problemas e necessidades tanto das famílias quanto da
comunidade.
Planejamento Contextualizado: A ESF adota uma abordagem contextualizada, em que
o planejamento, a priorização e a organização do atendimento à saúde são moldados
pelas características do contexto local.
Estratégia Saúde da
Família (ESF)
Composição Inicial das Equipes da ESF:
Equipes iniciais contavam com enfermeiro, médico, técnico de enfermagem e 4-6
agentes comunitários de saúde (ACS).
Expansão da ESF:
Com o crescimento da ESF, outras profissões da saúde foram integradas ao
processo de trabalho.
Ampliação do Campo de Atuação da Enfermagem:
A incorporação de novas profissões de saúde abriu um campo significativo para a
enfermagem.
O enfermeiro passa a ter um papel central como articulador das atividades
realizadas pela ESF.
 
 
Atribuições do
Enfermeiro 
Atividades do Enfermeiro na ESF:
Assistência integral a indivíduos, famílias e comunidade.
Cuidados diretos de enfermagem.
Realização de consultas de enfermagem.
Solicitação de exames complementares.
Prescrição ou transcrição de medicações.
 
 
Atribuições do
Enfermeiro 
Acompanhamento e promoção da capacitação de ACS e técnicos de
enfermagem.
Corresponsabilidade no planejamento, gerenciamento, coordenação, execução e
avaliação das atividades da Unidade de Saúde da Família (USF).
O trabalho do enfermeiro abrange cinco dimensões interligadas e
complementares:
Assistência.
Gerência.
Ensino.
Pesquisa.
Participação política.
Funções do Enfermeiro na ESF:
Dimensões do Processo de Trabalho:
DIMENSÕES DO PROCESSO DE
TRABALHO 
Objeto: Cuidado.
Originado das demandas de
indivíduos, famílias, grupos
sociais, comunidades e
coletividade.
Dimensão Assistencial:
Objeto: Organização do trabalho e
recursos humanos de enfermagem.
Uso de ferramentas específicas para
gerenciamento.
Dimensão Administrativa:
Foco: Formação, capacitação e
aperfeiçoamento de recursos humanos
da saúde.
Orientação e educação de indivíduos,
famílias e comunidades.
Dimensão do Ensino:
Busca repensar a prática profissional.
Identificação de novas formas de ação
para a construção do conhecimento
Dimensão da Pesquisa:
DIMENSÕES DO PROCESSO DE
TRABALHO 
Representada pela força de
trabalho de enfermagem.
Reflete a influência e a
representação social
Dimensão Política:
O processo de trabalho do enfermeiro abrange diversas dimensões, cada uma com
seu foco e objetivos específicos, contribuindo para uma atuação abrangente e
significativa na área de saúde.
ESTUDO DIRIGIDO
Qual é o papel do enfermeiro na gestão da atenção básica em saúde? 
Principais desafios enfrentados pelo enfermeiro na gestão de equipes de enfermagem na
atenção básica?
Como a gestão de recursos humanos impacta a qualidade dos serviços de enfermagem na
atenção básica? 
O enfermeiro na gestão da atenção básica desempenha funções de coordenação,
planejamento, organização e supervisão das equipes de saúde, garantindo a qualidade dos
serviços prestados, promovendo ações de promoção, prevenção e assistência à saúde, e
atuando como articulador entre os diversos profissionais e a comunidade.
Alguns desafios incluem falta de recursos, alta demanda, sobrecarga de trabalho, divergências
entre profissionais, gestão do tempo e necessidade de atualização constante.
Uma gestão adequada dos recursos humanos influencia diretamente a qualidade dos serviços,
pois permite a distribuição eficiente detarefas, motivação da equipe, desenvolvimento de
competências e melhor atendimento aos pacientes.
ESTUDO DIRIGIDO
Quais Estratégias podem ser utilizadas pelo enfermeiro na coordenação e organização das
atividades na atenção básica?
Quais possíveis indicadores de desempenho na gestão da qualidade da atenção básica?
Papel da Educação Permanente em Saúde e sua relação com a gestão em enfermagem na
atenção básica: 
Estratégias incluem planejamento prévio, definição de papéis, comunicação eficaz,
estabelecimento de metas, supervisão regular e promoção de capacitação.
Indicadores como taxas de cobertura vacinal, tempo médio de espera, satisfação do paciente e
controle de doenças crônicas podem ajudar o enfermeiro a monitorar e melhorar a qualidade
dos serviços.
Educação Permanente em Saúde envolve aprendizado contínuo, atualização e
aprimoramento das equipes, refletindo na melhoria da gestão, qualidade dos serviços e
eficácia da atuação.
ESTUDO DIRIGIDO
Como o enfermeiro pode promover a participação da comunidade na gestão da atenção
básica?
Diretrizes do Ministério da Saúde relacionadas à gestão do enfermeiro na atenção básica
Como o enfermeiro pode lidar com conflitos e tomar decisões eficazes na gestão da equipe
na atenção básica:
Incentivando o engajamento da comunidade em decisões sobre serviços de saúde, realizando
reuniões participativas, ouvindo suas necessidades e criando canais de comunicação abertos.
Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ) e as
Políticas Nacionais de Saúde da Família são exemplos de diretrizes do Ministério da Saúde que
orientam a gestão do enfermeiro na atenção básica.
Desenvolvendo habilidades de comunicação, escuta ativa, respeito, buscando soluções
colaborativas e mantendo um ambiente de trabalho saudável.
ESTUDO DIRIGIDO
Responsabilidades do enfermeiro na supervisão e avaliação das atividades na atenção
básica:
Supervisionar o desempenho da equipe, garantir a qualidade dos serviços prestados,
acompanhar indicadores de saúde, oferecer feedback construtivo e propor melhorias.
Ministério da Saúde. (2007). Política Nacional de Atenção Básica.
Ministério da Saúde. (2013). Política Nacional de Educação Permanente em Saúde.
Ministério da Saúde. (2015). Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica
(PMAQ).
Ministério da Saúde. (2009). Cadernos de Atenção Básica: Acolhimento à demanda espontânea.
Ministério da Saúde. (2013). Política Nacional de Educação Popular em Saúde.
Ministério da Saúde. (2018). Diretrizes para a organização da Atenção Básica no Sistema Único de Saúde
(SUS).
Campos, G. W. S. (2007). Práticas de saúde: significações e sentidos. Editora Fiocruz.
Mendes, E. V. (2005). O cuidado das condições crônicas na atenção primária à saúde: o imperativo da
consolidação da estratégia da saúde da família. Organização Pan-Americana da Saúde.
Ferreira, M. B. L., & Queiroz, M. V. O. (2019). Enfermeiros na gestão da Atenção Primária à Saúde: desafios e
potencialidades. Revista Brasileira de Enfermagem, 72(4), 1099-1105.
Silva, L. D., & Lima, M. A. C. (2019). Gerenciamento em Enfermagem na Atenção Básica de Saúde. Revista de
Enfermagem do Centro Oeste Mineiro, 9, e3253.
Oliveira, E. S., et al. (2021). Desafios e possibilidades do trabalho gerencial do enfermeiro na Estratégia Saúde
da Família. Escola Anna Nery, 25(4), e20200356
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Não há arma maior do
que uma mente
preparada.
Palavras de Sabedoria
Zhuge Zhuge