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DEFINIO_FINAL - ATIVIDADE

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1. FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço)
a) Qual é o objetivo do FGTS e quem é afetado por ele?
O objetivo do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) é criar uma reserva financeira em nome do trabalhador, garantindo-lhe uma segurança econômica no momento de desligamento do emprego ou em situações específicas. O FGTS afeta todos os trabalhadores regidos pela CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) que possuam contrato de trabalho formal, incluindo trabalhadores rurais, temporários, intermitentes, domésticos, entre outros.
b) Qual é a base legal que regula o FGTS? Cite o número da lei e ano de criação.
A base legal que regula o FGTS é a Lei nº 8.036, de 11 de maio de 1990. Esta lei estabelece o regime do FGTS, estipulando suas formas de utilização, arrecadação, fiscalização e controle.
c) Quais são as regras para o saque do FGTS? Cite as situações previstas em lei.
As regras para o saque do FGTS estão previstas na Lei nº 8.036/1990 e são atualizadas constantemente por Medidas Provisórias e outros instrumentos normativos. De acordo com a Lei, o saque do FGTS é permitido nas seguintes situações:
1. Demissão sem justa causa: Quando o trabalhador é dispensado do emprego sem ter cometido uma falta grave ou ter praticado algum ato que justifique a demissão.
2. Rescisão por culpa recíproca ou força maior: Nestas situações, em que tanto o empregador como o empregado são responsáveis pela rescisão do contrato de trabalho.
3. Rescisão por acordo entre empregado e empregador: Quando ocorre uma rescisão consensual do contrato de trabalho mediante acordo homologado pela Justiça do Trabalho.
4. Término do contrato de trabalho por prazo determinado: Quando o contrato de trabalho possui uma data de encerramento pré-estabelecida e esta é cumprida.
5. Aposentadoria: Quando o trabalhador se aposenta pelo INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).
6. Idade igual ou superior a 70 anos: Nessa situação, o trabalhador pode sacar o FGTS a qualquer momento, independentemente de estar empregado ou desempregado.
7. Doenças graves do trabalhador ou de seus dependentes: Caso o trabalhador ou seus dependentes sejam diagnosticados com doenças graves, é possível realizar o saque do FGTS para custear tratamentos médicos.
8. Situações de calamidade pública: Quando o trabalhador reside em áreas afetadas por desastres naturais ou em caso de emergência pública, é permitido o saque do FGTS.
9. Suspensão do trabalho avulso: No caso dos trabalhadores avulsos, que prestam serviços esporádicos, o saque do FGTS é autorizado durante o período de suspensão do trabalho.
2. Contribuições Previdenciárias
a) O que são contribuições previdenciárias e quem é obrigado a pagar?
As contribuições previdenciárias são tributos destinados a financiar o sistema de seguridade social, mais especificamente a previdência social. Seu principal objetivo é garantir a proteção social aos trabalhadores e seus dependentes, concedendo-lhes benefícios como aposentadoria, auxílio-doença, salário-maternidade, entre outros. De acordo com a Constituição Federal de 1988 (CF/88), as contribuições previdenciárias são enquadradas no âmbito da seguridade social, sendo mencionadas no art. 195, onde se estabelece que a obrigação de pagamento recai sobre os segurados e empregadores. Quanto aos segurados, estes são categorizados em diferentes grupos, como empregados, trabalhadores avulsos, contribuintes individuais, segurados especiais e segurados facultativos.
b) Cite a legislação que trata das contribuições previdenciárias no Brasil.
A legislação que trata das contribuições previdenciárias no Brasil é a Lei nº 8.212/1991, que dispõe sobre a organização da Seguridade Social e estabelece as regras gerais para a arrecadação, fiscalização e cobrança das contribuições previdenciárias.
c) Como são calculadas as contribuições previdenciárias? Há diferentes alíquotas?
As contribuições previdenciárias são calculadas com base na remuneração do segurado e segundo alíquotas estabelecidas em lei. A Lei nº 8.212/1991 prevê diferentes alíquotas tanto para os empregados quanto para os empregadores, levando em consideração as faixas salariais dos segurados. Além disso, há regras específicas para as contribuições dos trabalhadores autônomos e dos contribuintes individuais. É importante ressaltar que a legislação previdenciária permite a existência de diferentes alíquotas para diferentes grupos de segurados, levando em consideração a capacidade contributiva de cada um. Essa diferenciação busca garantir um equilíbrio na arrecadação e no financiamento da Seguridade Social, conforme previsto no artigo 194, V da CF/88.
3º IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores)
a) Explique a finalidade do IPVA e quem é responsável pelo pagamento.
O IPVA, Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores, tem como finalidade a arrecadação de recursos para o Estado, sendo destinado ao financiamento de políticas públicas, como infraestrutura e segurança viária. O responsável pelo pagamento deve ser o proprietário do veículo automotor terrestre, ou seja, aquele que possui o direito subjetivo de usar, gozar e dispor do bem e o direito de retomá-lo de quem injustamente o possua como veículo automotor é um bem móvel, a transmissão da propriedade ocorre com a tradição, ou seja, se você já pagou seu carro e o vendedor te entregou a chave o veículo é de sua propriedade você agora se tornou o sujeito passivo.
b) Cite a lei que institui o IPVA e seu ano de criação.
Embora não haja uma lei específica que institua o Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), a competência para a criação desse imposto está respaldada no artigo 155, inciso III, da Constituição Federal de 1988. De acordo com esse artigo, é atribuído aos estados e ao Distrito Federal a capacidade de instituir impostos em diversas áreas, incluindo a propriedade de veículos automotores. Portanto, de acordo com o texto constitucional, é prerrogativa dos estados a instituição do IPVA. Um exemplo de lei que se emana dessa competência é a LEI Nº 7.431, DE 17 DE DEZEMBRO DE 1985, que institui o IPVA no Distrito Federal. Essa lei é uma ferramenta técnica e jurídica que possibilita a arrecadação dos recursos provenientes do IPVA, visando ao financiamento de políticas públicas e ao desenvolvimento do Estado. Dessa forma, embora não exista uma lei específica para a instituição do IPVA em âmbito federal, a Constituição Federal de 1988 estabelece claramente a competência dos estados e do Distrito Federal para instituir esse imposto. Tal prerrogativa é utilizada por meio de legislações estaduais e distritais, como a mencionada LEI Nº 7.431/1985, para regulamentar e arrecadar os recursos provenientes do IPVA. Logo, a instituição do IPVA é plenamente respaldada pela Constituição Federal de 1988.
c) Como o valor do IPVA é determinado e qual é a base de cálculo?
O cálculo do IPVA é baseado em diferentes fatores, incluindo o valor venal do veículo, a taxa fixada por cada estado e possíveis descontos ou isenções fornecidos pela legislação, em 2003 com a EC 42/2003, a CF/88 estabeleceu em seu artigo 155, P 6, inciso I, que o IPVA terá alíquotas mínimas fixadas pelo senado federal, com intuito de não haver guerra fiscal entre os estados. O valor venal, que é o valor de mercado do veículo, é utilizado como base para esse cálculo, considerando características como marca, modelo, ano de fabricação, quilometragem e estado de conservação. Após obter o valor venal, aplica-se a taxa determinada pelo estado para calcular o valor do imposto. Essa taxa pode variar dependendo da categoria do veículo (carro, moto, caminhão, etc.) e é estabelecida pela legislação estadual.
4º IPTU (Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana)
a) Qual é a finalidade do IPTU e quem deve pagá-lo?
A finalidade do IPTU (Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana) é a arrecadação de recursos para os municípios, de modo a possibilitar investimentos em serviços e infraestrutura urbanos. O IPTU deve ser pago pelo proprietário do imóvel urbano, aqueleque possui a titularidade do bem. Pois lá, no CTN o artigo 34 estabelece as características do sujeito passivo, ou seja, a pessoa obrigada a pagar o imposto.
b) Cite a legislação que rege o IPTU no Brasil, incluindo seu número e ano de criação.
No Brasil, a Lei nº 5.172/1966, também chamada de Código Tributário Nacional, é responsável por regular o Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU). Essa lei, presente nos artigos 32 a 34, foi criada com o objetivo de estabelecer as normas gerais aplicáveis aos impostos, abrangendo o IPTU.
c) Como o valor do IPTU é calculado? Há diferenciação por características do imóvel?
O e IPTU é um imposto municipal que tem como base de cálculo o valor venal do imóvel, conforme estabelecido no Artigo 33 do Código Tributário Nacional (CTN). O valor venal é definido como o valor de mercado do imóvel, ou seja, o valor pelo qual um bem imóvel seria negociado em uma transação de compra e venda entre partes independentes. Segundo o CTN, não há uma diferenciação explícita por características específicas do imóvel no cálculo do IPTU. No entanto, as características do imóvel, como tamanho, localização e infraestrutura existente, podem influenciar o seu valor venal. Por exemplo, imóveis localizados em áreas mais valorizadas tendem a ter um valor venal mais alto. As legislações municipais têm competência para estabelecer critérios adicionais para a definição do valor venal, considerando as peculiaridades locais e os aspectos que influenciem o valor de cada imóvel. Isso está previsto no artigo 156, inciso I da Constituição Federal de 1988 (CF/88), que estabelece que cabe aos municípios e ao Distrito Federal instituir o IPTU.
5º ITR (Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural)
a) Explique o propósito do ITR e quem é obrigado a pagá-lo.
O Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural, também conhecido como ITR, tem como propósito a arrecadação de recursos financeiros para o Estado, por meio da tributação da propriedade rural. Ele é um tributo de competência da União, estabelecido pelo artigo 153, inciso VI, da Constituição Federal de 1988 (CF/88). Quanto aos contribuintes obrigados a pagar o ITR, conforme o artigo 29 do Código Tributário Nacional (CTN), são aqueles que possuem a propriedade, o domínio útil ou a posse de imóvel rural. Que no caso, lá no artigo 31 do CTN, falar que os proprietários, titulares do domínio útil ou possuidores a qualquer título devem pagar esse imposto, independentemente do tamanho da propriedade rural.
b) Cite a lei que estabelece o ITR e seu ano de criação.
A Lei nº 9.393, de 19 de dezembro de 1996, que trata do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR) e do pagamento da dívida representada por Títulos da Dívida Agrária.
c) Como é avaliado o valor do ITR e como ele contribui para a gestão de áreas rurais e ambiental?
O valor do ITR é avaliado com base no valor fundiário conforme o art. 30 do CTN. Isso significa que a base de cálculo para o imposto é o valor da terra nua, desconsiderando as benfeitorias e melhoramentos realizados no imóvel. O valor fundiário é estabelecido pelos órgãos competentes e considera características como a localização geográfica, dimensão da área, potencial produtivo, entre outros aspectos relevantes. Ao contribuir para a gestão de áreas rurais, o ITR desempenha um papel importante na promoção do uso adequado do solo e na preservação ambiental. Ao tributar a propriedade rural, o imposto incentiva os proprietários a utilizarem a terra de forma sustentável, estimulando práticas que favoreçam a conservação do meio ambiente, como a preservação de áreas de reserva legal, preservação de nascentes, proteção de matas ciliares, entre outras ações. Assim sendo, o ITR contribui para a gestão das áreas rurais ao gerar receitas que podem ser destinadas a investimentos em infraestrutura e serviços públicos essenciais para o desenvolvimento sustentável dessas áreas, como educação, saúde, saneamento básico, entre outros.
6º IOF (Imposto sobre Operações Financeiras)
a) Qual é o objetivo do IOF e em que situações é aplicado?
O objetivo do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) é permitir ao Estado a arrecadação de receitas mediante a tributação de operações que envolvam recursos financeiros. O IOF é aplicado em situações em que ocorrem operações de crédito, câmbio, seguro ou títulos e valores mobiliários. Ou seja, o imposto é devido nas transações financeiras que envolvam empréstimos, financiamentos, câmbio de moedas, seguros e investimentos em ativos financeiros. O artigo 153, V, da Constituição Federal de 1988 (CF/88) estabelece a competência da União para instituir impostos sobre operações financeiras. Além disso, o Código Tributário Nacional (CTN) apresenta disposições gerais sobre o IOF. O artigo 63 do CTN define o imposto como devido nas operações de crédito, câmbio, seguro, títulos e valores mobiliários.
b) Cite a legislação que regulamenta o IOF no Brasil.
A Lei nº 5.143, de 20 de outubro de 1966, que institui o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e regulamenta sua cobrança, bem como estabelece regras sobre a aplicação das reservas monetárias oriundas dessa receita.
c) Como são calculados os valores do IOF em diferentes operações financeiras?
De acordo com a lei, esse imposto incide sobre operações de crédito e seguro realizadas por instituições financeiras e seguradoras. O fato gerador do imposto, no caso das operações de crédito, é a entrega do respectivo valor ou sua colocação à disposição do interessado. Já no caso das operações de seguro, o fato gerador é o recebimento do prêmio. A base do imposto é composta pelo valor global dos saldos das operações de empréstimo, abertura de crédito e desconto de títulos, apurados mensalmente, nas operações de crédito. Nas operações de seguro, a base é o valor global dos prêmios recebidos em cada mês. A cobrança do imposto é feita mediante alíquotas específicas. Empréstimos, aberturas de crédito e descontos de títulos são taxados a 0,3%. Seguros de vida, acidentes pessoais e do trabalho têm alíquota de 1,0%. Já seguros de bens, valores, coisas e outros não especificados, excluídos o resseguro, seguro de crédito à exportação e transporte de mercadorias em viagens internacionais, possuem alíquota de 2,0%.
7º CIDE (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico)
a) Explique a finalidade da CIDE e em quais setores ela incide.
A finalidade da CIDE, de acordo com o artigo 149 da Constituição Federal de 1988 (CF/88), é intervir no domínio econômico, com o objetivo de regular e incentivar determinados setores da economia. Essa contribuição tem finalidade extrafiscal, ou seja, não tem como principal objetivo arrecadar recursos para o Estado, mas sim regular a atividade econômica. A CIDE incide em diversos setores da economia, como a exploração de recursos minerais, a produção e comercialização de combustíveis e a importação ou comercialização de determinados bens e serviços.
b) Cite a legislação que institui a CIDE, informando seu número e ano de criação.
A CIDE é instituída pela Lei nº 10.336, de 19 de dezembro de 2001. Essa legislação criou a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico sobre as atividades de importação ou comercialização de petróleo e seus derivados, gás natural e seus derivados, e álcool etílico combustível.
c) Como o valor da CIDE é calculado em diferentes contextos?
O valor da CIDE (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico) é calculado em diferentes contextos de acordo com o Art. 177, § 4º da Constituição Federal, que estabelece os requisitos para a instituição dessa contribuição. De acordo com o artigo, a alíquota da contribuição pode variar de acordo com o produto ou uso. Isso significa que diversos tipos de importação ou comercialização de petróleo e seus derivados, gás natural e seus derivados e álcool combustível podem ter alíquotas diferentes, dependendo de critérios estabelecidos em lei. Além disso, a redução e restabelecimento da alíquota da CIDE pode ser feita por ato do Poder Executivo, sem a necessidade de seguiras diretrizes do artigo 150, inciso III, alínea b da Constituição Federal, que regula a imposição de tributos. Os recursos arrecadados com a CIDE devem ser destinados a diversas finalidades, conforme listado no Art. 177, § 4º, inciso II. Isso inclui o pagamento de subsídios relacionados aos preços ou transporte de álcool combustível, gás natural e seus derivados e derivados de petróleo; o financiamento de projetos ambientais ligados à indústria do petróleo e do gás; e o financiamento de programas de infraestrutura de transportes. Dessa forma, o valor da CIDE é calculado de maneira variável, de acordo com a natureza do produto ou uso, e os recursos obtidos com essa contribuição são direcionados para subsídios, projetos ambientais e programas de infraestrutura, conforme definido pela legislação.

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