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MATERIAIS ELÉTRICOS Murilo Fraga Da Rocha Materiais semicondutores e aplicações materiais Objetivos de aprendizagem Ao final deste capítulo, você deve apresentar os seguintes aprendizados: � Definir a estrutura dos materiais semicondutores. � Descrever a dopagem nos materiais semicondutores. � Relacionar as principais aplicações. Introdução Os materiais elétricos podem ser classificados, de acordo com a sua condutividade elétrica, em materiais isolantes, condutores e semicondu- tores. Os semicondutores são materiais elétricos cujas características de condutividades são intermediárias entre as características dos materiais isolantes, que são maus condutores elétricos, ou seja, materiais de baixa condutividade, e as características dos materiais condutores, que são excelentes condutores elétricos, materiais que têm alta condutividade. Portanto, os materiais que, em temperatura ambiente, possuem uma resistividade intermediária entre a dos metais e a dos isolantes são de- nominados semicondutores. Na prática, o material semicondutor mais utilizado é o silício. Um dos motivos para isso é que o silício é o segundo elemento mais abundante na natureza: constitui cerca de 27,7% da crosta terrestre. O germânio é um dos semicondutores mais antigos, que foi bastante utilizado na fabricação de componentes eletrônicos, mas está dando lugar ao silício pois é encontrado em pequenas quantidades na natureza e sua extração é extremamente difícil. Neste capítulo, você vai compreender todas as estruturas dos mate- riais semicondutores, aprendendo o que é e como é feita a dopagem dos materiais semicondutores, e será capaz de relacionar as principais aplicações práticas dos semicondutores. Estrutura dos materiais semicondutores Os átomos são formados por elétrons, prótons e nêutrons. Os elétrons giram em orbitas em torno do núcleo, que é composto pelos prótons e nêutrons, como você pode ver na Figura 1. A quantidade de elétrons, prótons e nêutrons muda de acordo com cada tipo de elemento químico, e quanto maior for a energia do elétron, maior será o raio da órbita por onde ele gira (SCHMIDT, 2010). Figura 1. Estrutura de um átomo. Fonte: oorka/Shutterstock.com. 14 prótons 14 neutrons 14 elétrons Os elétrons que se encontram na camada mais externa são chamados de elétrons de valência, e, por isso, essa última orbita recebe o nome de orbita de valência ou banda de valência. Os elétrons de valência são os elétrons que Materiais semicondutores e aplicações materiais2 podem liberar-se dos átomos por força de alguma energia externa, como calor e luz, ou que podem ligar-se a outro átomo por meio de ligações covalentes, que consistem no compartilhamento de elétrons da última camada de um átomo com os elétrons da última camada de outro átomo. Quando um átomo recebe energia externa, faz com que os elétrons de valência se tornem elétrons livres que formam uma banda de condução que pode se movimentar pelo material. Se você aplicar um campo elétrico ao material, são os elétrons livres que, ao se movimentarem, geram a corrente elétrica. Quanto maior a energia necessária para os elétrons de valência se movimentarem, maior é a resistência elétrica do material. A resistividade elétrica (ρ) é uma propriedade do material e está relacionada com a resistência elétrica da seguinte maneira (SCHMIDT, 2010): onde: ρ = R Al � R é a resistência elétrica; � A é a área da secção reta perpendicular à direção da corrente; � l é a distância entre dois pontos no material. A condutividade elétrica (ρ) indica a facilidade com que um material conduz corrente elétrica e é o inverso da resistividade. Em função dos valores de condutividade ou de resistividade, os materiais podem ser classificados como: condutores, semicondutores e isolantes. Nos materiais isolantes quase nenhum elétron tem energia suficiente para sair da banda de valência e atingir a banda de condução, proporcionando assim uma corrente elétrica muito baixa nesses materiais. Nos materiais condutores os elétrons de valência passam facilmente para a banda de condução sem ter a necessidade de muita energia, fazendo com que esses materiais resistam pouco à passagem de corrente. Os semicondutores são materiais que tem características intermediárias entre os condutores e os isolantes, ou seja, necessitam mais energia que os condutores para que os elétrons de valência passem para a banda de condução e proporcionam mais corrente elétrica que os isolantes. A Tabela 1 apresenta a condutividade elétrica de alguns materiais de engenharia (SMITH; HA- SHEMI, 2012). 3Materiais semicondutores e aplicações materiais Fonte: Adaptada de Smith e Hashemi (2012, p. 536). Metais e ligas σ (Ω · m)-1 Não metais σ (Ω · m)-1 Prata Cobre, pureza comercial Ouro Alumínio, pureza comercial 6,3 × 107 5,8 × 107 4,2 × 107 3,4 × 107 Grafita Germânio Silício Polietileno Poliestireno Diamante 105 2,2 4,3 × 10-4 10-14 10-14 10-14 Tabela 1. Condutividades elétricas de alguns metais e não metais Existem muitos elementos que são semicondutores. Os mais comumente uti- lizados são o germânio e o silício. Esses materiais são elementos que possuem quatro elétrons na camada de valência, ou seja, são elementos tetravalentes, o que permite realizar quatro ligações covalentes com quatro átomos, como você pode ver nas Figuras 2 e 3. Figura 2. Átomos de germânio e silício. Fonte: Adaptada de BlueRingMedia/Shutterstock.com. Germânio Massa atômica: 72,63 Con�guração elétrica: 2, 8, 18, 4 32 14 Silicone Massa atômica: 28,085 Con�guração elétrica: 2, 8, 4 Materiais semicondutores e aplicações materiais4 Figura 3. Ligações covalentes do silício. Fonte: molekuul_be/Shutterstock.com. O germânio é um material semicondutor muito antigo. Porém, é encontrado em pequenas quantidades, normalmente em minério de zinco ou em pó de carvão. Já o Silício é o segundo elemento mais abundante na natureza, consti- tuindo cerca de 27,7% da crosta terrestre. O silício é termicamente mais estável que o germânio, o que permite sua utilização em temperaturas ambientes de até 150 °C, o que reduz as perdas na condução, elevando assim o rendimento do material. Esses dois materiais semicondutores são os mais utilizados na indústria, e suas características técnicas podem ser vistas e comparadas na Tabela 2 (SCHMIDT, 2010). 5Materiais semicondutores e aplicações materiais Fonte: Adaptada de Schmidt (2010, p. 118). Propriedades Ge Si Peso atômico, g 72,59 28,087 Densidade, a 25 °C, g/cm3 5,32 2,33 Ponto de fusão, graus 958 1414 Ponto de ebulição, graus ~ 2700 2600 Largura da zona proibida, e V 0,72 1,21 Resistência própria a 25 °C, ohms/cm ~ 65 63000 Mobilidade de elétrons, cm2/V · s 3900 ± 100 1350 Mobilidade das lacunas, cm2/V · s 1900 ± 100 500 Condutividade térmica a 25 °C cal/s · cm · graus 0,136 0,309 Coeficiente de dilatação linear a 25 °C, 1/graus 6,65 · 10-6 4,15 · 10-6 Número de átomos, cm3 4,42 · 1022 4,96 · 1022 Coeficiente de difusão de elétrons, m2/s 90 38 Coeficiente de difusão de lacunas, cm2/s 45 13 Tabela 2. Características comparativas entre silício e germânio Dopagem nos materiais semicondutores Nos semicondutores, quando um elétron passa da banda de valência para a banda de condução, ficando livre, ocorre uma “ausência de elétron” na ligação covalente da qual esse elétron saiu. Esse local onde estava o elétron na ligação covalente passa a ficar vazio, e essa falta de elétron é chamada de lacuna. Veja na Figura 4 (SMITH; HASHEMI, 2012). Materiais semicondutores e aplicações materiais6 Figura 4. Representação bidimensional da rede cúbica do diamentro para o silício e para o germânio, mostrando os centros de íons positivos e os elétrons de valência. O elétron inicialmente em uma ligação em A foi energizado e se moveu para o ponto B. Fonte: Adaptada de Smith e Hashemi (2012, p. 543). Elétrons de valência Lacuna carregada positivamente é criada nesta posição quando o elétron se move Elétron decondução móvel Centros de íons positivos A B Esse fenômeno acontece apenas nos materiais semicondutores, e é por isso que é possível a construção de componentes semicondutores. Como a Lacuna é o local onde existia um elétron, que é uma carga negativa, ela se comporta como uma carga positiva mesmo não sendo uma carga, por isso representamos a lacuna com um sinal positivo, como pode ser observado na Figura 5 (SMITH; HASHEMI, 2012). Figura 5. Condução elétrica em um semicondutor como o silício, mostrado a migração de elétrons e lacunas no campo elétrico aplicado. Fonte: Adaptada de Smith e Hashemi (2012, p. 543). Terminal negativo Terminal positivo Elétron Lacuna 7Materiais semicondutores e aplicações materiais Quando aplicamos um campo elétrico no semicondutor, uma força é exercida sobre os elétrons de valência e um elétron se libera. Ocorre então o movimento dos elétrons e das lacunas, como pode ser visto na Figura 6, que representa esse movimento no silício, semicondutor puro (SMITH; HASHEMI, 2012). Figura 6. Vista esquemática do movimento de lacunas e elétrons no silício, semicondutor puro, durante a condução elétrica causada pela aplicação de um campo elétrico. Fonte: Adaptada de Smith e Hashemi (2012, p. 544). E (a) Lacuna Lacuna Lacuna (b) (b) E E AAA+ BB B+ C+CC Essa movimentação dos elétrons e das lacunas nos semicondutores também gera uma corrente elétrica, que se desloca dentro do material. Sendo assim, as lacunas se movimentam em uma direção e os elétrons se movimentam no sentido contrário ao das lacunas. Quando temos um cristal de semicondutor puro que não possui átomos de nenhum outro elemento, isto é, um semicondutor sem impurezas, ele é denominado de semicondutor intrínseco. Em um semicondutor intrínseco a quantidade de lacunas é sempre igual ao número de elétrons covalentes, pois sempre que uma ligação covalente é gerada ou rompida um par elétron-lacuna é formado ou destruído no processo. Porém, os semicondutores intrínsecos não possuem elétrons livres suficiente para gerar uma corrente elétrica utilizável. Então, para que um semicondutor possa ser utilizado na prática, é preciso modificá-lo para que o número de lacunas ou de elétrons livres possa ser aumen- tado. Para que isso seja possível, é necessário utilizar um processo industrial no qual colocam-se determinadas impurezas no material semicondutor. Essas impurezas são átomos de outros materiais, acrescentados de forma totalmente controlada. Esse processo é denominado dopagem. O processo de dopagem é utilizado para aumentar a quantidade de elé- trons na banda de condução dos materiais semicondutores intrínsecos. Essas Materiais semicondutores e aplicações materiais8 impurezas podem ser átomos com 3 elétrons na última camada de valência, materiais chamados trivalentes, ou átomos com 5 elétrons na última camada de valência, materiais chamados pentavalentes. Utilizando impurezas trivalentes, todos os elétrons do átomo de impureza formam ligações covalentes com os elétrons do semicondutor. Porém, como o semicondutor tem quatro elétrons de valência, e a impureza, apenas três elétrons, aparece assim uma lacuna em cada átomo de impureza adicionado ao material semicondutor. Portanto, o processo de dopagem cria um número controlado de lacunas no material semicondutor, formando os portadores de carga majoritária no material. Sendo assim, os elétrons livres passam a ser os portadores de cargas minoritárias. Por isso, quando o semicondutor é dopado com átomos trivalentes, passa a chamar-se semicondutor do tipo P, como pode ser visto na Figura 7 (SCHMIDT, 2010). Figura 7. Átomo tipo P. Um átomo de índio (In), associado ao cristal de silício, deixa 1 ligação de valência livre. Fonte: Adaptada de Schmidt (2010, p. 102). Si Si Si Si Si Si Si Si Si Si Si Si Si Si In As impurezas trivalentes usadas na dopagem dos semicondutores são conhecidas como impurezas aceitadorasm e os átomos mais utilizados na indústria são os listados na Quadro 1. 9Materiais semicondutores e aplicações materiais Impurezas aceitadoras Semicondutor tipo P Boro (3 elétrons na camada de valência) B Gálio (3 elétrons na camada de valência) Ga Índio (3 elétrons na camada de valência) In Tálio (3 elétrons na camada de valência) TI Alumínio (3 elétrons na camada de valência) Al Quadro 1. Impurezas trivalentes usadas na dopagem dos semicondutores Utilizando impurezas pentavalentes, todos os elétrons do semicondutor formam ligações covalentes com os elétrons do átomo de impureza. Porém, como a impureza tem cinco elétrons de valência, e o semicondutor, apenas quatro, um elétron fica sem ligação e, como esse elétron fica livre, ele vai para a banda de condução. Portanto, o processo de dopagem cria um número elevado de elétrons na banda de condução, formando portadores de carga majoritária no material. Sendo assim, as lacunas passam a ser as portadoras de cargas minoritárias. Por isso, quando o semicondutor é dopado com átomos pentavalentes, ele passa a se chamar de semicondutor do tipo N, como pode ser visto na Figura 8 (SCHMIDT, 2010). Figura 8. Átomo tipo N. Uma impureza de antimônio (Sb) dissolvida em um cristal de silício (Si) mantém um elétron livre, não associado à estrutura. Fonte: Adaptada de Schmidt (2010, p. 102). Si Si Si Si Si Si Sb Si Si Si Si Si Si Si Si Elétron livre Materiais semicondutores e aplicações materiais10 As impurezas pentavalentes usadas na dopagem dos semicondutores são conhecidas como impurezas doadoras, e os átomos mais utilizados na indústria são os listados na Quadro 2. Impurezas doadoras Semicondutor tipo N Fósforo (5 elétrons na camada de valência) P Arsênio (5 elétrons na camada de valência) As Bismuto (5 elétrons na camada de valência) Bi Antimônio (5 elétrons na camada de valência) Sb Quadro 2. Impurezas pentavalentes usadas na dopagem dos semicondutores Principais aplicações dos semicondutores Hoje em dia os semicondutores são utilizados em diversas aplicações na indústria, mas, quando se trata da indústria eletrônica, é um material de suma importância: os dispositivos semicondutores são utilizados nos mais diversos tipos de circuitos. A partir dos semicondutores tipo P e tipo N, que você estudou neste material, são construídos diversos dispositivos com aplicações essenciais em nossa indústria, como os dispositivos utilizados na maioria dos sistemas eletrônicos, entre eles os diodos, os diodos emissores de luz (LED), os transistores, as células fotovoltaicas e os circuitos integrados, entre outros. O diodo semicondutor é formado por uma junção PN, isto é, pela união de dois materiais: um material do tipo P, que tem as lacunas, como portador majoritário, e um material do tipo N, onde os elétrons são os portadores majoritários. Com a união desses materiais, o excesso de elétrons presente no material do tipo N é atraído para o lado do material tipo P afim de atingir a estabilidade elétrica nos dois materiais. Cada átomo do material tipo P tem sua lacuna ocupada por um elétrons livre da camada de valência do átomo do material tipo N, ficando ambos os materiais com oito elétrons na camada de valência de seus átomos. 11Materiais semicondutores e aplicações materiais Esse fenômeno da ocupação de uma lacuna por um elétron é chamado de recombinação e ocorre inicialmente na região próxima à junção formando uma camada de depleção, que significa a ausência de portadores majoritários próximos à região da junção P-N. Na Figura 9 você pode ver um diagrama esquemático da junção P-N de um diodo (SCHMIDT, 2010). Figura 9. Junção P-N. Fonte: Schmidt (2010, p. 102). junção p-n p 1 2 n + + + – – – Quando cessa o fluxo de elétrons na camada de depleção, que é a região ionizada, ela fica com ausência de elétrons e lacunas, que é o que permite a ocorrência de corrente elétrica, criando assim uma diferença de potencial na junção, cuja denominação é barreira de potencial (VƔ). Essa barreira de potencialVƔ é de 0,3 Volts nos diodos de germânio e 0,7 Volts nos diodos de silício, isso a uma temperatura ambiente de 25 graus Celsius. Na Figura 10 você pode ver a representação e o símbolo elétrico do diodo. Materiais semicondutores e aplicações materiais12 Figura 10. Diodo. Fonte: Sergey Merkulov/Shutterstock.com Resumindo, o diodo é o componente semicondutor mais simples utilizado na indústria. É um componente eletrônico que deixa passar a corrente elétrica em apenas um sentido (sentido direto); no sentido contrário, bloqueia totalmente a passagem da corrente elétrica. O diodo é amplamente utilizado na retificação de corrente e/ou tensão alternada, como nos carregadores de celulares: a corrente elétrica chega pela rede elétrica às tomadas de forma alternada, mas as baterias dos celulares somente serão carregadas se a corrente for contínua. Essa conversão de corrente alternada para corrente contínua é feita com a utilização de diodo. Tensão de ruptura: o diodo é um semicondutor que impede a passagem de corrente elé- trica quando polarizado inversamente. Se a tensão reversa for aumentada até chegar a um certo ponto, pode-se chegar à tensão de ruptura do diodo, danificando o componente. Os diodos também são utilizados para retificar sinais de áudio e para de- tecção de sinal de rádio. Existem também os diodos emissores de luz (LED), uma tecnologia relativamente recente que utiliza o diodo para produzir luz. 13Materiais semicondutores e aplicações materiais Você pode encontrar os LEDs nas mais variadas cores. A Figura 11 mostra alguns LEDs coloridos. Figura 11. Diodo Emissor de Luz – LED. Fonte: Krasowit/Shutterstock.com. Exemplo: os LEDs são usados na iluminação para substituir as lâmpadas de forma extremamente eficiente e econômica. Na Figura 12 você vê alguns exemplos de lâmpadas de LED. Figura 12. Lâmpadas de LED Fonte: mnowicki/Shutterstock.com. Materiais semicondutores e aplicações materiais14 Outro componente semicondutor bastante utilizado é o Transistor. É cons- truído em uma estrutura de cristais semicondutores, onde duas camadas de cristais do mesmo tipo de semicondutor dopado (tipo N ou tipo P) são intercaladas com uma camada de material do tipo oposto (tipo N ou tipo P), que controla a passagem de corrente entre as duas camadas de mesmo tipo. Cada camada do transistor recebe um nome de acordo com a sua função: as extremidades do componente são chamadas de Emissor e de Coletor, e a camada central é chamada de base. O seu funcionamento é essencialmente o de um amplificador de sinal elétrico, ou seja, faz um sinal elétrico fraco ficar mais forte. Por exemplo, os sinais elétricos gerados por um microfone são sinais elétricos fracos (de baixa intensidade), então passam por transistores de maneira a serem amplificados para que tenham potência suficiente para serem utilizados nos alto-falantes. O transistor ainda funciona como bloqueador de corrente se ela for próxima de zero. Na Figura 13 você pode observar alguns modelos de transistores. Figura 13. Transitores. Fonte: kup1984/Shutterstock.com. 15Materiais semicondutores e aplicações materiais Existem diversos tipos de transistores. Para mais informações, acesse: https://goo.gl/PTWdvt O componente semicondutor Transistor é tão importante que os processa- dores e micro controladores, que são componentes eletrônicos utilizados em todos os equipamentos modernos com alta tecnologia, como computadores, celulares, televisões digitais, etc, possuem em sua construção milhões de transistores de tamanhos na casa de nanômetros (Figura 14). Figura 14. Processador construído com milhões de transistores. Fonte: MchlSkhrv/Shutterstock.com. Materiais semicondutores e aplicações materiais16 As Células fotovoltaicas são placas construídas com materiais semicon- dutores. Esses semicondutores geram tensão elétrica quando expostos à ação de um fluxo luminoso, principalmente a luz solar. Sua maior aplicabilidade é na produção de energia alternativa. O maior exemplo dessa tecnologia são as chamadas Células Solares, células fotovoltaicas que geram energia elétrica utilizando como fonte a radiação solar. Esse tipo de energia é considerado energia de fonte renovável e sustentável. A Figura 15 mostra a utilização de células fotovoltaicas na geração de energia elétrica para o abastecimento de uma residência. Figura 15. Células fotovoltaicas. Fonte: anweber/Shutterstock.com. 17Materiais semicondutores e aplicações materiais SCHMIDT, W. Materiais elétricos: condutores e semicondutores. 3. ed. rev. ampl. São Paulo: Blucher, 2010. v. 1. SMITH, W. F.; HASHEMI, J. Fundamentos de engenharia e ciência dos materiais. 5. ed. Porto Alegre: AMGH, 2012. Leituras recomendadas MARQUES, A. E. B. Dispositivos semicondutores: diodos e transistores. 11. ed. São Paulo: Érica, 2003. MELLO, H. A. Introdução a física dos semicondutores. São Paulo: Blucher, 1975. Materiais semicondutores e aplicações materiais18
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