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Farmacologia Aplicada à Odontologia

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INTRODUÇÃO
FARMACOLOGIAFARMACOLOGIAFARMACOLOGIA
@GABIHRX
RESUMO
1 FARMACOLOGIA BASEADA EM EVIDÊNCIAS 
Um mesmo procedimento pode resultar em sucesso ou 
falha terapêutica.
Levar em conta variações individuais que afetam a 
função mastigatória e também fatores 
circunstanciais.
Pesquisa e prática clínica, autoaprendizado e 
autoavaliação.
Benefícios versus riscos e custos.
Sucesso terapeutico: efeito placebo, regressão à 
média, remissão espontânea ou variabilidade 
individual de sinais e sintomas.
Falha da terapia: Erro de diagnóstico, falta de 
adesão do paciente, variações individuais ou outros 
fatores determinantes da doença.
Perguntas a se fazer: Há necessidade de tratar? 
Qual o objetivo terapêutico? Se necessário 
tratamento farmacológico, qual agente selecionar? 
Como prescrever o medicamento escolhido? Como 
avaliar os efeitos terapêuticos e os indesejados? 
Critérios a se levar em consideração ao escolher o 
medicamento: Eficácia, margem de segurança, 
conveniência ao paciente, qualidade do 
medicamento,custo comparativo. 
2 FATORES CAPAZES DE DE MODIFICAR AÇÃO E EFEITO DOS 
MEDICAMENTOS
 
Circunstâncias ambientais, individuais e do próprio 
medicamento.
Variabilidade de responsividade individual.
 
 
3 VIAS DE ADMINISTRAÇÃO 
ADMINISTRAÇÃO ABSORÇÃO E 
DISTRIBUIÇÃO
METABOLISMO ELIMINAÇÃO
Oral ou retal Intestino Fígado Urina
Sublingual Pulmão Rim Fezes
Inalação Pele Glândulas 
sudoríparas
Suor
Tópica Sangue Mamas Leite
Subcutânea Ar aspirado
Intravenosa
Intramuscular
4 ABSORÇÃO DOS FÁRMACOS 
A absorção de fármacos é o processo pelo qual os 
medicamentos são introduzidos no corpo e transportados 
para a corrente sanguínea, permitindo que exerçam seus 
efeitos terapêuticos. Essa absorção pode ocorrer por 
várias vias, como oral (através do trato 
gastrointestinal), transdérmica (através da pele), 
intravenosa (diretamente na corrente sanguínea) e 
outras. Fatores como solubilidade do fármaco, tamanho 
da molécula, pH do ambiente e superfície de absorção 
influenciam a eficiência desse processo.
 
5 BIODISPONIBILIDADE 
Refere-se à fração do medicamento administrado que 
atinge a corrente sanguínea na forma inalterada, 
pronta para exercer seus efeitos. Ela é influenciada 
pela via de administração, absorção, metabolismo de 
primeira passagem no fígado e outros fatores. Uma alta 
biodisponibilidade indica uma absorção eficiente e 
rápida a partir da forma de dosagem, enquanto uma 
baixa biodisponibilidade pode requerer ajustes na 
formulação ou método de administração para garantir a 
eficácia terapêutica.
 
6 DISTRIBUIÇÃO DOS FÁRMACOS 
É o processo pelo qual os medicamentos se espalham 
pelo corpo após serem absorvidos na corrente 
sanguínea. Isso envolve a passagem dos fármacos 
através de barreiras biológicas, como membranas 
celulares e tecidos, até atingirem os tecidos-alvo. A 
distribuição é influenciada pela afinidade do fármaco 
por diferentes tecidos, fluxo sanguíneo regional, 
ligação a proteínas plasmáticas e características 
físico-químicas. Alguns fármacos podem se concentrar 
em tecidos específicos, enquanto outros são mais 
amplamente distribuídos. Compreender esse processo é 
crucial para determinar a eficácia, a toxicidade e a 
dosagem adequada dos medicamentos.
 
7 METABOLIZAÇÃO DOS FÁRMACOS 
A metabolização de fármacos, também conhecida como 
biotransformação, é o processo pelo qual os 
medicamentos são transformados no organismo, 
geralmente no fígado, em substâncias mais facilmente 
eliminadas. Isso é realizado principalmente por 
enzimas hepáticas, resultando na conversão de 
compostos lipossolúveis em hidrossolúveis, permitindo 
sua excreção pelos rins ou bile. O principal objetivo 
da metabolização é reduzir a atividade farmacológica 
do composto original e facilitar sua eliminação, 
embora em alguns casos a metabolização possa gerar 
metabólitos ativos. Fatores genéticos, interações 
 
medicamentosas e condições hepáticas podem afetar a 
taxa e a eficácia da metabolização, influenciando a 
dose necessária e o perfil de segurança de um 
medicamento.
8 ELIMINAÇÃO DOS FÁRMACOS 
É o processo pelo qual os medicamentos e seus 
metabólitos são removidos do corpo. Isso ocorre 
principalmente por meio dos rins, que filtram o sangue 
e excretam os compostos solúveis em água na urina. 
Além disso, a eliminação pode ocorrer através do 
fígado, bile, pulmões e até mesmo glândulas 
sudoríparas. A taxa de eliminação é expressa pela 
meia-vida do fármaco, o tempo necessário para reduzir 
sua concentração pela metade no corpo. Condições 
renais e hepáticas, fluxo sanguíneo e características 
do fármaco influenciam a eficácia desse processo. 
Compreender a eliminação é crucial para determinar 
intervalos de dosagem, evitar acúmulo excessivo e 
garantir a segurança e eficácia do tratamento.
 
9 EFEITOS ADVERSOS E TOXICIDADE DOS FÁRMACOS 
Efeitos adversos e toxicidade de fármacos referem-se 
às respostas indesejadas ou prejudiciais que podem 
ocorrer durante o uso de medicamentos. Esses efeitos 
podem variar de leves a graves, incluindo reações 
alérgicas, efeitos colaterais desconfortáveis e danos 
a órgãos específicos. A toxicidade ocorre quando a 
exposição a um fármaco excede os limites toleráveis, 
levando a efeitos adversos graves. Fatores como dose, 
duração do tratamento, predisposição genética e 
interações medicamentosas influenciam a probabilidade 
de ocorrência de efeitos adversos. Monitoramento 
cuidadoso, escolha adequada de medicamentos e 
informação aos pacientes são essenciais para minimizar 
riscos e maximizar os benefícios do tratamento 
farmacológico.
 
10 VIAS DA DOR OROFACIAL, TRANSDUÇÃO DA DOR E TRANSMISSÃO 
NA PERIFERIA
 
A dor orofacial envolve a percepção de desconforto ou 
sensações dolorosas na região da face e boca. A 
transdução da dor ocorre quando receptores 
especializados, como nociceptores, detectam estímulos 
nocivos, como lesões teciduais ou inflamação. Esses 
nociceptores transformam esses estímulos em sinais 
elétricos, que são transmitidos ao longo das fibras 
nervosas aferentes até os gânglios trigeminais, que 
são responsáveis pela inervação da região orofacial.
A transmissão na periferia envolve a propagação desses 
sinais ao longo das fibras nervosas aferentes, que 
fazem sinapse com neurônios secundários na medula 
espinhal ou no tronco cerebral, dependendo da 
localização do estímulo doloroso. A ativação de 
neurotransmissores e substâncias inflamatórias nas 
sinapses amplifica os sinais de dor, contribuindo para 
a sensibilização dos nociceptores e intensificando a 
percepção dolorosa.
As vias da dor orofacial incluem principalmente o 
sistema trigeminal, que consiste nas divisões 
oftálmica, maxilar e mandibular do nervo trigêmeo (V), 
transmitindo informações sensoriais e dolorosas da 
região orofacial para o sistema nervoso central. Essas 
vias desempenham um papel crucial na detecção e 
resposta a estímulos dolorosos, auxiliando na proteção 
do corpo contra danos.
 
11 MECANISMOS PERIFÉRICOS DA DOR E AÇÕES DOS FÁRMACOS 
ANALGÉSICOS
 
Os mecanismos periféricos da dor estão relacionados à 
detecção e transmissão de estímulos dolorosos na 
região onde ocorreu a lesão ou inflamação. 
Nociceptores são ativados em resposta a esses 
estímulos e convertem a energia nociva em sinais 
elétricos. Fármacos analgésicos atuam nesse nível para 
aliviar a dor.
Analgésicos Não Esteroides (AINEs): Medicamentos 
como ibuprofeno e naproxeno agem inibindo as 
enzimas COX-1 e COX-2, reduzindo a produção de 
prostaglandinas inflamatórias. Isso diminui a 
sensibilização dos nociceptores e reduz a dor e a 
inflamação.
Analgésicos Não Opioides: Medicamentos como 
paracetamol atuam principalmente no sistema nervoso 
 
central, inibindo a produção de prostaglandinas e 
outros mediadores da dor no cérebro. Seus efeitos 
periféricos ainda não estão completamente 
elucidados.
Analgésicos Tópicos: Cremes, géis e patches 
contendo lidocaína ou capsaicina são aplicados 
diretamente na pele sobre aárea dolorida. Eles 
bloqueiam temporariamente os sinais de dor nas 
terminações nervosas ou desensibilizam os 
nociceptores.
Anestésicos Locais: Agentes como a lidocaína são 
usados para bloquear temporariamente a condução dos 
sinais nervosos nas fibras periféricas, 
interrompendo a transmissão da dor.
Anti-histamínicos: Alguns anti-histamínicos têm 
propriedades analgésicas, pois atuam na modulação 
dos receptores H1 nas fibras nervosas periféricas, 
reduzindo a sensação de dor.
Agentes Anti-Inflamatórios Tópicos: Cremes contendo 
anti-inflamatórios não esteroides, como o 
diclofenaco, podem reduzir a inflamação local e 
diminuir a sensibilidade dos nociceptores.
Agentes Anestésicos Locais de Longa Ação: Alguns 
fármacos como a bupivacaína são utilizados para 
bloqueios nervosos locais prolongados, 
interrompendo a condução dos sinais dolorosos nas 
fibras nervosas.
12 COX-1 E COX-2: ENZIMAS CICLOOXIGENASES 
COX-1 e COX-2 são enzimas pertencentes à família das 
ciclooxigenases, que desempenham um papel central na 
produção de prostaglandinas, mediadores inflamatórios 
e reguladores do equilíbrio fisiológico.
COX-1 (Ciclooxigenase-1):
Enzima constitutiva presente em muitos tecidos do 
corpo.
Desenvolve funções "casa"-básicas, como a proteção da 
mucosa gástrica, regulação do fluxo sanguíneo renal e 
manutenção das funções plaquetárias.
Produz prostaglandinas envolvidas na regulação do 
sistema cardiovascular, função renal e manutenção do 
revestimento gástrico.
COX-2 (Ciclooxigenase-2):
Enzima induzida principalmente em resposta a estímulos 
inflamatórios, como lesões e inflamação.
 
Desempenha um papel proeminente na produção de 
prostaglandinas que promovem a inflamação, dor e 
febre.
Inibição seletiva da COX-2 é o alvo de medicamentos 
anti-inflamatórios conhecidos como Inibidores 
Seletivos da COX-2 (coxibs), que reduzem a inflamação 
e a dor sem afetar tanto as funções gastrointestinais 
e plaquetárias.
A inibição das enzimas COX, especialmente COX-1, pode 
ter efeitos colaterais indesejados, como a irritação 
gástrica e o risco aumentado de sangramentos. A 
compreensão da diferença entre COX-1 e COX-2 é 
essencial para desenvolver terapias mais precisas e 
com menos efeitos colaterais, buscando o equilíbrio 
entre os benefícios anti-inflamatórios e os efeitos 
adversos.
13 PROSTAGLANDINAS 
As prostaglandinas são um grupo de substâncias 
lipídicas (lipídeos) encontradas em quase todas as 
células do corpo humano. Elas são derivadas de ácidos 
graxos essenciais e pertencem a uma classe de 
compostos chamados eicosanoides. As prostaglandinas 
desempenham um papel fundamental em várias funções 
fisiológicas e processos biológicos, agindo como 
mediadores autócrinos e parácrinos.
As funções das prostaglandinas incluem:
Inflamação: Algumas prostaglandinas são produzidas 
em resposta a lesões ou infecções e desencadeiam 
processos inflamatórios, como vasodilatação, 
aumento da permeabilidade vascular e recrutamento 
de células imunológicas.
Dor e Febre: As prostaglandinas contribuem para a 
sensibilização dos nociceptores (receptores de dor) 
e podem causar a percepção de dor. Além disso, elas 
estão envolvidas no aumento da temperatura 
corporal, levando à febre.
Regulação do Fluxo Sanguíneo: As prostaglandinas 
afetam o tônus vascular, regulando a vasodilatação 
e a vasoconstrição, o que influencia o fluxo 
sanguíneo para diferentes tecidos e órgãos.
Função Gastrintestinal: Algumas prostaglandinas 
ajudam a proteger a mucosa do estômago, regulando a 
 
As prostaglandinas são reguladas pela ação das enzimas 
COX-1 e COX-2 (ciclooxigenases) e têm uma ampla gama 
de efeitos no corpo. A modulação dessas substâncias é 
alvo de muitos medicamentos, incluindo analgésicos, 
anti-inflamatórios e outros reguladores das respostas 
inflamatórias e fisiológicas.
secreção de ácido gástrico e mantendo a integridade 
da camada protetora do revestimento do estômago.
Coagulação Sanguínea: As prostaglandinas estão 
envolvidas na agregação plaquetária e na formação 
de coágulos sanguíneos.
Contração Uterina: Durante o parto e o ciclo 
menstrual, as prostaglandinas contribuem para a 
contração do útero.
Regulação da Pressão Arterial: Algumas 
prostaglandinas influenciam o equilíbrio entre 
vasodilatação e vasoconstrição, afetando 
indiretamente a pressão arterial.
14 DOR DE ORIGEM INFLAMATÓRIA 
A dor de origem inflamatória é um tipo de dor que 
ocorre como resultado de processos inflamatórios no 
corpo, nos quais tecidos são danificados ou irritados 
devido a lesões, infecções ou respostas imunológicas. 
Essa dor é frequentemente associada a uma série de 
sintomas, incluindo vermelhidão, inchaço, calor e 
sensibilidade na área afetada. A inflamação 
desencadeia a liberação de mediadores químicos, como 
prostaglandinas, que sensibilizam os nociceptores 
(receptores de dor) e aumentam a percepção de dor.
Os principais aspectos da dor de origem inflamatória 
incluem:
Ativação dos Nociceptores: A inflamação causa a 
liberação de substâncias inflamatórias que ativam 
os nociceptores nas áreas afetadas, levando a 
sinais de dor transmitidos ao sistema nervoso 
central.
Sensibilização dos Nociceptores: A irritação e a 
presença de mediadores inflamatórios podem 
sensibilizar os nociceptores, resultando em aumento 
da resposta à dor, mesmo a estímulos leves.
Dor Crônica: A inflamação prolongada pode resultar 
em dor crônica, onde os nociceptores permanecem 
sensibilizados, mesmo após a resolução da causa 
original da inflamação.
Prostaglandinas: A produção aumentada de 
prostaglandinas devido à inflamação contribui para 
 
A compreensão dos mecanismos da dor de origem 
inflamatória é crucial para o tratamento eficaz, 
visando tanto o controle da inflamação subjacente 
quanto o alívio da sensação dolorosa associada.
a sensibilização dos nociceptores, intensificando a 
percepção de dor.
Tratamento Analgésico: O tratamento da dor 
inflamatória muitas vezes envolve o uso de 
analgésicos não esteroides (AINEs) e outros 
medicamentos anti-inflamatórios, que reduzem a 
produção de mediadores inflamatórios, incluindo as 
prostaglandinas.
Medidas Anti-Inflamatórias: Além dos medicamentos, 
medidas como repouso, aplicação de frio ou calor e 
elevação da área afetada podem ajudar a reduzir a 
inflamação e, consequentemente, aliviar a dor.
15 MECANISMOS ANALGÉSICOS PRIMARIAMENTE PERIFÉRICOS E 
MECANISMOS CENTRAIS DA DOR
 
Mecanismos Analgésicos Periféricos:
Mecanismos Analgésicos Centrais:
Inibição da Liberação de Mediadores Inflamatórios: 
Alguns analgésicos, como os AINEs, inibem a ação da 
enzima COX, reduzindo a produção de prostaglandinas 
e outros mediadores inflamatórios que sensibilizam 
os nociceptores e causam dor.
Bloqueio de Canais Iônicos: Certos fármacos, como 
anestésicos locais, bloqueiam canais iônicos nas 
fibras nervosas periféricas, impedindo a 
transmissão dos sinais de dor para o sistema 
nervoso central.
Modulação de Receptores: Alguns medicamentos, como 
os cremes de capsaicina, ativam receptores de dor 
específicos, levando a uma dessensibilização dos 
nociceptores e à redução da sensação de dor.
Inibição da Transmissão Central: Analgésicos 
opioides, como morfina, agem nos receptores 
opioides no sistema nervoso central, inibindo a 
transmissão dos sinais de dor ao longo das vias 
neurais.
Modulação de Neurotransmissores: Alguns 
analgésicos, como os inibidores da recaptação de 
serotonina e noradrenalina, modulam os 
Ações de Fármacos Analgésicos:
neurotransmissores envolvidos na transmissão da 
dor, alterando a percepção dolorosa.
Placebo: A crença na eficácia de um tratamento pode 
ativar vias cerebrais de modulação da dor, 
proporcionando alívio mesmo na ausência real de 
substância ativa.
Opioides: Agem nos receptores opioides, inibindo a 
transmissão central da dor. Podem causar efeitos 
colaterais significativos, como sedação e 
dependência.
AINEs: Reduzem a produção de prostaglandinas 
perifericamente, diminuindo a sensibilização dos 
nociceptores.Analgésicos Não Opioides: Medicamentos como o 
paracetamol atuam no sistema nervoso central para 
reduzir a percepção de dor, com efeito 
principalmente central.
Anestésicos Locais: Bloqueiam a condução dos sinais 
de dor nas fibras nervosas periféricas.
16 USO DE MEDICAMENTOS PARA CONTROLE DA DOR EM 
ODONTOLOGIA
 
O controle da dor é uma parte essencial da prática 
odontológica, tanto durante procedimentos quanto no 
pós-tratamento. Diversos medicamentos são utilizados 
para aliviar a dor e proporcionar conforto aos 
pacientes.
Paracetamol: Comum para dor leve a moderada, 
especialmente após procedimentos odontológicos 
menores.
AINEs (Anti-Inflamatórios Não Esteroides): Como 
ibuprofeno e diclofenaco, reduzem a dor e a inflamação 
em casos de extrações dentárias, cirurgias 
periodontais e outros procedimentos.
Analgésicos Não Opioides:
Analgésicos Opioides:
Codeína: Pode ser usado para dor moderada a intensa, 
geralmente em combinação com outros medicamentos.
Tramadol: Um analgésico opioide de ação mais fraca que 
pode ser considerado para casos de dor moderada a 
intensa.
Lidocaína: Anestésico local usado para bloquear 
temporariamente a sensação de dor durante 
procedimentos menores.
Géis e Pomadas Tópicas: Podem conter ingredientes como 
lidocaína ou capsaicina, proporcionando alívio local 
temporário.
Benzodiazepínicos: Podem ser usados para acalmar 
pacientes ansiosos antes de procedimentos.
Óxido Nitroso: Conhecido como "gás do riso", ajuda a 
reduzir a ansiedade e a sensação de dor durante 
procedimentos.
AINEs (Anti-Inflamatórios Não Esteroides): 
Medicamentos como ibuprofeno e diclofenaco são 
frequentemente usados para controlar a dor e a 
inflamação após extrações dentárias, cirurgias 
periodontais e outros tratamentos.
Corticosteroides: Em situações específicas, como 
inflamações da articulação temporomandibular (ATM) ou 
condições de tecidos moles, corticosteroides como a 
dexametasona podem ser prescritos.
Infecções Dentárias: Para infecções dentárias agudas, 
como abscessos, o amoxicilina ou a clindamicina podem 
ser prescritos para combater a infecção até o 
tratamento adequado ser realizado.
Profilaxia de Infecções: Em certos casos, antes de 
procedimentos cirúrgicos ou para pacientes com 
condições médicas específicas, pode-se usar 
amoxicilina ou azitromicina para prevenir infecções.
Analgésicos Tópicos e Locais:
Medicamentos para a Ansiedade e Relaxamento:
Anti-inflamatórios:
Antibióticos:
NOME DO 
MEDICAMENTO
GRUPO USO 
PRINCIPAL
DOSAGEM 
RECOMENDADA
EFEITOS 
COLATERAIS
Amoxicilina Antibiótico Infecções 
dentárias, 
abscessos
Varia de 
acordo com o 
caso
Diarreia, 
reações 
alérgicas, 
náuseas
Clindamicina Antibiótico Alternativa 
à 
Amoxicilina
Varia de 
acordo com o 
caso
Diarreia, 
náuseas, 
erupções 
cutâneas
Ibuprofeno Anti-
inflamatório
Controle da 
dor e 
inflamação
200 mg a 400 
mg a cada 4-
6 horas
Dor de 
estômago, 
náuseas, 
tontura
Diclofenaco Anti-
inflamatório
Redução de 
inflamação e 
dor
50 mg a 75 
mg ao dia
Irritação 
gastrointest
inal, 
úlceras, 
aumento da 
pressão
Paracetamol Analgésico Alívio de 
dor leve a 
moderada
500 mg a 
1000 mg a 
cada 4-6 
horas
Danos ao 
fígado em 
doses 
elevadas
Codeína Analgésico 
(Opióide)
Dor moderada 
a intensa
15 mg a 60 
mg a cada 4-
6 horas
Sonolência, 
constipação, 
náuseas, 
dependência
MEDICAMENTO: Amoxicilina
DOSAGEM: 500 mg
TOMAR: 1 comprimido a cada 8 horas
Duração: 7 dias
MEDICAMENTO: Ibuprofeno 
DOSAGEM: 400 mg
TOMAR: 1 comprimido a cada 6 horas
Duração: Conforme necessidade 
MEDICAMENTO: Paracetamol
DOSAGEM: 750 mg
TOMAR: 1 comprimido a cada 8 horas
Duração: Conforme necessidade 
17 ANTIBIÓTICOS 
Antibióticos são medicamentos usados para combater 
infecções bacterianas. Eles atuam de diversas maneiras, 
direcionadas às características específicas das 
bactérias, como sua parede celular, síntese proteica ou 
metabolismo.
Alguns antibióticos interferem na parede celular 
bacteriana, levando à sua fragilização e ruptura. 
Outros interferem na síntese de proteínas bacterianas 
essenciais, interrompendo o funcionamento celular.
Alguns antibióticos afetam o metabolismo bacteriano 
prejudicando sua capacidade de produzir nutrientes 
Mecanismo de Ação:
vitais.
Os antibióticos variam em seu espectro de atividade, ou 
seja, quais tipos de bactérias eles são eficazes 
contra. Alguns são de amplo espectro, atingindo várias 
classes de bactérias, enquanto outros são de espectro 
mais restrito, direcionados a grupos específicos.
A escolha do antibiótico deve ser baseada na 
identificação da bactéria causadora da infecção, se 
possível. Isso ajuda a garantir que o antibiótico seja 
eficaz e direcionado à bactéria responsável.
Alguns pacientes podem ser alérgicos a certos tipos de 
antibióticos, como penicilinas. É crucial informar o 
profissional de saúde sobre alergias conhecidas.
Antibióticos podem causar efeitos colaterais, como 
náuseas, diarreia e reações cutâneas. Comunique 
qualquer sintoma novo ao médico.
Alguns antibióticos podem interagir com outros 
medicamentos que o paciente esteja tomando, 
potencialmente diminuindo sua eficácia ou aumentando 
riscos.
O tratamento com antibióticos deve ser concluído 
conforme prescrito, mesmo que os sintomas melhorem 
antes do término. Isso é fundamental para erradicar 
completamente a infecção e evitar resistência 
bacteriana.
A antibioticoterapia racional envolve a escolha 
apropriada de antibióticos, uso de dosagens corretas e 
duração adequada do tratamento.
A prescrição indiscriminada de antibióticos deve ser 
evitada, para prevenir o desenvolvimento de 
resistência.
Espectro de Atividade:
Seleção Adequada:
Alergias e Efeitos Adversos:
Interações Medicamentosas:
Duração do Tratamento:
Antibioticoterapia Racional:
É importante que um profissional de saúde acompanhe o 
tratamento com antibióticos, avaliando a resposta ao 
medicamento e ajustando-o, se necessário.
A resistência bacteriana ocorre quando as bactérias 
evoluem e desenvolvem a capacidade de sobreviver aos 
efeitos dos antibióticos.
O uso inadequado de antibióticos, como doses incorretas 
ou interromper o tratamento prematuramente, pode 
aumentar a resistência.
Bactérias resistentes podem se espalhar para outras 
pessoas e causar infecções difíceis de tratar.
O desenvolvimento de novos antibióticos é mais lento do 
que o aumento da resistência, tornando a resistência 
bacteriana um desafio global.
Acompanhamento:
Resistência Bacteriana:
18 INTERAÇÃO MEDICAMENTOSA 
Alguns antibióticos, como a claritromicina e a 
eritromicina, podem interagir com anticoagulantes como 
a varfarina, aumentando o risco de sangramento. 
Monitoramento cuidadoso dos níveis de coagulação é 
necessário.
Alguns antifúngicos podem interagir com antibióticos, 
como as quinolonas, afetando a metabolização e os 
níveis plasmáticos dos medicamentos. Isso pode levar a 
efeitos colaterais ou diminuição da eficácia.
Interações entre Antibióticos e Anticoagulantes:
Interações entre Antibióticos e Antifúngicos:
Interações entre Antibióticos e Contraceptivos 
Orais:
Antibióticos, como a rifampicina, podem interferir com 
a eficácia dos contraceptivos orais, diminuindo sua 
ação contraceptiva. O uso de métodos contraceptivos 
adicionais é recomendado.
Antiácidos contendo alumínio ou magnésio podem reduzir 
a absorção de antibióticos como as quinolonas e 
tetraciclinas. Recomenda-se separar as doses dos 
medicamentos.
Antibióticos podem interagir com medicamentos para 
pressão arterial, diabetes e outros. Consultar o 
profissional de saúde é essencial para ajustar as doses 
e evitar efeitos adversos.
Alguns antibióticos, como os inibidores da monoamina 
oxidase (IMAOs), podem interagir com antidepressivos, 
levando a riscos cardiovasculares. Essas combinações 
devem ser evitadas.
Certos antibióticos podem interferir com a ação de 
medicamentos imunossupressores,usados em pacientes com 
transplantes ou condições autoimunes. Monitoramento é 
crucial.
Alguns analgésicos, como o ácido acetilsalicílico 
(aspirina), podem aumentar o risco de sangramento 
quando usados junto com anticoagulantes, como a 
varfarina. Isso pode ser especialmente preocupante após 
procedimentos odontológicos.
O uso de analgésicos, como o paracetamol 
(acetaminofeno), em combinação com o álcool pode 
aumentar o risco de danos ao fígado.
Interações entre Antibióticos e Antiácidos:
Interações entre Antibióticos e Outros 
Medicamentos:
Interações entre Antibióticos e Antidepressivos:
Interações entre Antibióticos e Medicamentos 
Imunossupressores:
Interação entre Analgésicos e Anticoagulantes:
Interação entre Analgésicos e Álcool:
Interação entre Analgésicos e Outros Medicamentos:
Analgésicos opioides, como a codeína, podem interagir 
com medicamentos depressores do sistema nervoso 
central, como benzodiazepínicos ou álcool, causando 
sedação excessiva e problemas respiratórios.
O uso combinado de certos analgésicos, como tramadol, 
com ISRS pode aumentar o risco de síndrome da 
serotonina, uma condição que pode causar sintomas 
graves, como agitação, confusão e tremores.
A combinação de analgésicos opioides com anti-
inflamatórios não esteroides (AINEs) pode resultar em 
maior risco de efeitos colaterais gastrointestinais, 
como úlceras ou sangramento.
Lembre-se de que a lista acima é apenas ilustrativa e 
que as interações medicamentosas podem variar de acordo 
com o paciente, a dosagem e outros fatores individuais. 
Sempre informe seu profissional de saúde sobre todos os 
medicamentos que você está tomando para garantir um 
tratamento seguro e eficaz.
Interação entre Analgésicos e Inibidores Seletivos 
da Recaptação de Serotonina (ISRS):
Interação entre Analgésicos e Anti-inflamatórios:
19 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Cada paciente é único, e a resposta a medicamentos pode 
variar. É importante levar em consideração fatores como 
idade, gênero, histórico médico e interações 
medicamentosas ao prescrever.
Realizar uma anamnese completa é fundamental para 
identificar alergias, condições médicas pré-existentes 
e medicamentos que o paciente já esteja tomando.
Farmacologia Individualizada:
Importância da Anamnese Detalhada:
Educação ao Paciente:
Orientar os pacientes sobre o uso adequado dos 
medicamentos prescritos é essencial para garantir a 
eficácia do tratamento e minimizar os riscos. Explique 
dosagens, horários e possíveis efeitos colaterais.
Além de tratar, enfatize a importância da prevenção. 
Explique aos pacientes como manter uma higiene bucal 
adequada e adotar medidas preventivas para minimizar a 
necessidade de medicamentos.
Acompanhe a evolução do paciente durante e após o 
tratamento medicamentoso. Avalie a resposta ao 
tratamento, ajustando as doses conforme necessário.
Aborde a questão da resistência bacteriana com os 
pacientes. Explique a importância de seguir as 
prescrições de antibióticos corretamente para evitar o 
desenvolvimento de bactérias resistentes.
A farmacologia está em constante evolução. Mantenha-se 
atualizado sobre novos medicamentos, diretrizes de 
prescrição e pesquisas relacionadas à área.
Em casos complexos, colaborar com outros profissionais 
de saúde, como médicos e farmacêuticos, pode enriquecer 
a abordagem de tratamento.
Pratique a prescrição responsável, considerando sempre 
o bem-estar do paciente. Evite prescrições excessivas e 
desnecessárias.
Ênfase na Prevenção:
Monitoramento e Acompanhamento:
Resistência Bacteriana:
Conhecimento Contínuo:
Trabalho em Equipe Multidisciplinar:
Ética na Prescrição:
Aluna Gabriele Heloisa Rosa Verges ♥

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