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APG 27 - LOMBALGIA

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IANI SOARES LUZ XIII – MED 
 
- As vértebras lombares (L I a L V) são os maiores e mais resistentes ossos não fundidos da coluna 
vertebral, porque a quantidade de peso corporal sustentada pelas vértebras aumenta em direção à 
extremidade inferior da coluna vertebral. 
- Suas várias projeções são curtas e espessas. 
- Os processos articulares superiores se dirigem medial e não superiormente e os processos 
articulares inferiores se direcionam lateral e não inferiormente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Coluna vertebral e envelhecimento 
- Alterações da coluna vertebral com o avançar da idade: 
• Redução de massa e densidade óssea, juntamente com a diminuição do conteúdo de colágeno 
e mineral dentro do osso, modificações que tornam os ossos mais frágeis e suscetíveis a dano; 
IANI SOARES LUZ XIII – MED 
 
• As faces articulares, superfícies onde ossos vizinhos realizam movimentos entre si, perdem 
cartilagem com o envelhecimento; em seu lugar, são formadas espículas ósseas produzindo 
condições artríticas. 
◦ Essas espículas ósseas (osteófitos), podem levar ao estreitamento (estenose) do canal vertebral, 
ocasionando compressão de nervos espinais e da medula espinal. 
 
 
 
Lombalgia 
- Classificação da lombalgia: 
• Aguda: Dor com duração de até 4 semanas; 
• Subaguda: Dor com duração entre 4 e 12 semanas; 
• Crônica: Dor com duração ≥ 12 semanas. 
 
Epidemiologia 
- A dor lombar é uma das queixas mais comuns da prática clínica. 
- Afeta igualmente homens e mulheres, sejam eles trabalhadores braçais ou intelectuais. 
- Estima-se que até 84% dos adultos tenham dor lombar em algum momento de suas vidas. 
 
- Os episódios de dor lombar costumam ser agudos e autolimitados. 
 
Entretanto, podem tornar-se um problema crônico em uma parcela considerável de pacientes, 
resultando em grande sofrimento pessoal e sérias repercussões socioeconômicas. 
 
- Os distúrbios da coluna vertebral são a maior causa de limitação funcional em pessoas com menos 
de 45 anos, e a doença mais onerosa em termos de faltas ao trabalho, aposentadoria por invalidez 
e despesas médicas nos países ocidentais industrializados. 
 
 
 Etiologia 
- Fatores de risco associados à lombalgia: 
• Trabalho física ou psicologicamente estressante 
• Trabalho sedentário 
• Obesidade 
• Fatores psicossociais (transtorno de somatização, ansiedade e depressão) 
• Idade avançada 
• Tabagismo 
• Idade 
• Sexo feminino 
• Baixo nível educacional 
• Seguro de acidentes de trabalho 
• Insatisfação no trabalho 
 
 
- Dor nas costas inespecífica: Maioria dos casos (> 85%). 
Significa que o paciente tem dor nas costas na ausência de uma condição subjacente específica 
que pode ser identificada com segurança. 
 
IANI SOARES LUZ XIII – MED 
 
Etiologias graves: 
 < 1% dos casos 
 
Compressão da medula espinhal ou da cauda equina 
- Existem muitas causas de síndrome da cauda equina, sendo a mais comum a hérnia do disco 
intervertebral. 
 
- A dor geralmente é o primeiro sintoma da compressão da medula, mas os achados motores 
(geralmente fraqueza) e sensoriais estão presentes na maioria dos pacientes no momento do 
diagnóstico. 
 
- Disfunção intestinal e/ou vesical geralmente são achados tardios. 
 
 
Câncer metastático: 
- O osso é um dos locais mais comuns de metástase. 
- Uma história de câncer (excluindo câncer de pele não melanoma) é o fator de risco mais forte 
para dor nas costas por metástase óssea. 
 
- Entre os cânceres sólidos, a doença metastática de câncer de mama, próstata, pulmão, tireoide 
e rim é responsável por 80% das metástases esqueléticas. 
 
 
Abscesso epidural espinhal: 
- Causa rara, mas séria, de dor nas costas. 
- Com o tempo, a dor localizada nas costas pode ser seguida por dor radicular e, se não tratada, 
déficits neurológicos. 
 
- Os fatores de risco incluem injeção espinhal recente ou colocação de cateter peridural, uso de 
drogas injetáveis e outras infecções (por exemplo, infecção óssea ou de tecidos moles contíguas 
ou bacteremia). 
 
 
Osteomielite vertebral: 
- Sua incidência, geralmente, aumenta com a idade, e os homens são mais comumente afetados 
do que as mulheres. 
 
- Acredita-se que muitos casos estejam relacionados aos cuidados de saúde ou pós-procedimento 
devido à disseminação hematogênica da bacteremia. 
 
 
Etiologias menos graves: 
< 10% dos casos 
 
Fratura por compressão vertebral 
- Os fatores de risco para fratura osteoporótica incluem idade avançada e uso crônico de 
glicocorticoides 
- Uma história de fratura osteoporótica ou traumática é um fator de risco para fraturas 
subsequentes. 
IANI SOARES LUZ XIII – MED 
 
Radiculopatia 
- Refere-se a sintomas ou deficiências relacionadas a uma raiz nervosa espinhal. 
- Danos a uma raiz nervosa espinhal podem resultar de alterações degenerativas nas vértebras, 
protrusão do disco e outras causas. 
 
- Ciática é um termo não específico usado para descrever uma variedade de sintomas nas pernas 
ou nas costas. 
- Geralmente, a ciática refere-se a uma dor aguda ou em queimação que se irradia da nádega ao 
longo do curso do nervo ciático (o aspecto posterior ou lateral da perna, geralmente para o pé ou 
tornozelo). 
- A maior parte da ciática é atribuível à radiculopatia no nível L5 ou S1 de um distúrbio do disco. 
 
 
 
Estenose espinhal 
- É mais frequentemente multifatorial. 
 
- Espondilose (artrite degenerativa que afeta a coluna), espondilolisteses e espessamento do 
ligamento amarelo são as causas mais comuns, geralmente, afetando pacientes > 60 anos. 
 
 
Outras etiologias 
 
 
 
 
 
 
IANI SOARES LUZ XIII – MED 
 
Avaliação diagnóstica 
- Devido ao curso em geral benigno da lombalgia e ao fato de ser raramente atribuível a qualquer 
lesão anatômica específica, efetuar uma busca exaustiva em todos os pacientes seria frustrante e 
dispendioso. 
 
- Assim, o aspecto crítico na avaliação dessa condição é estar atento e valorizar os sinais de alerta 
(bandeiras vermelhas) que aumentam a probabilidade de causas graves e raras. 
 
 
 
Anamnese 
- As características usuais na investigação de qualquer tipo de dor (localização, intensidade, 
duração, frequência, irradiação, fatores agravantes e de alívio, repercussão funcional) orientam o 
diagnóstico e devem ser pesquisadas. 
 
- Também perguntamos sobre sintomas constitucionais (p. ou sintomas do intestino/bexiga), 
estabilidade ou progressão dos sintomas, história de infecções bacterianas recentes 
(particularmente bacteremia), história recente ou uso atual de drogas injetáveis, história ou uso 
atual de medicamentos corticosteroides e história recente de procedimentos epidural ou espinhal. 
 
- Os pacientes também devem ser avaliados quanto ao sofrimento social ou psicológico que pode 
estar contribuindo. 
 
 
Exame físico 
Inspeção das costas e postura 
- Busca-se alterações no alinhamento das vértebras e das curvaturas fisiológicas da coluna, déficit 
motor, atrofia muscular (em casos de radiculopatia prolongada) ou escoliose antálgica para aliviar 
tensão na raiz nervosa. 
 
- Em alguns casos, pode haver completo bloqueio funcional, ficando o doente em uma posição 
rígida, sem condições de exercer qualquer atividade. 
 
- Pode revelar anormalidades anatômicas como escoliose ou hipercifose. 
 
IANI SOARES LUZ XIII – MED 
 
Palpação/percussão da coluna vertebral 
- Para avaliar a sensibilidade vertebral ou dos tecidos moles. 
 
 
Exame neurológico 
- Avaliação de sensibilidade, propriocepção, tônus, força, trofismo muscular, reflexos tendinosos 
profundos dos membros inferiores e marcha. 
 
- Para pacientes com suspeita de radiculopatia, o teste neurológico deve se concentrar nas raízes 
nervosas L5 e S1, uma vez que a maioria das radiculopatias clinicamente significativas ocorre 
nesses níveis. 
 
 
Elevação da perna reta 
Identificar se os sintomas são denatureza radicular. 
 
Manobra de Lasègue 
 
- Deve-se considerá-la positiva apenas quando a elevação inferior a 60º reproduz ou exacerba os 
sintomas de ciatalgia, com dor intensa e superficial irradiada abaixo do joelho (não meramente dor 
nas costas ou na coxa). 
 
 
Manobra de Bragard 
 
 Fazendo retornar a perna de maneira gradual até a posição em que a dor cessa, pode-se confirmar 
a origem radicular pela dorsiflexão do pé e retorno do sintoma. 
 
 
 
 
 
 
 
 
IANI SOARES LUZ XIII – MED 
 
Manobras de Valsalva 
 
 A dor radicular também é desencadeada em situações que aumentam a pressão do canal vertebral 
(ato tossir ou evacuar). 
 
 
Sinais não orgânicos (sinais de Waddell) 
 
 
- Pacientes com sofrimento psicológico que está contribuindo para sintomas de dor nas costas 
podem ter sinais físicos inadequados associados. 
 
- O achado de 3 ou mais desses sinais é clinicamente significativo: 
• Reação exagerada durante o exame físico; 
• Sensibilidade superficial ou generalizada; 
• Teste de elevação da perna estendida em decúbito dorsal e sentado (distraído) 
inconsistente; 
• Déficits neurológicos inexplicáveis; 
• Dor na carga axial simulada (pressão no topo da cabeça). 
 
 
Outros 
- Medida de resíduo pós-miccional, exame de linfonodo, exame de mama, avaliação da próstata, 
exame do quadril ou exame para doença vascular periférica, etc. São modificados a partir da 
suspeita clínica. 
 
- Sinais de envolvimento medular, como disfunção esfincteriana ou sexual, fasciculações, fraqueza 
e hipotrofia musculares, hipertonia espástica, hipo ou hiper-reflexia profundas, sinal de Babinski e 
disestesias com distribuição dermatométrica são situações associadas a quadros mais graves e 
exigem avaliação especializada com um neurocirurgião. 
 
 
IANI SOARES LUZ XIII – MED 
 
Estudos laboratoriais 
- A maioria dos pacientes com dor lombar aguda não necessita de nenhum exame laboratorial. 
 
- Velocidade de sedimentação globular (VSG), proteína C-reativa (PCR) e leucograma devem ser 
solicitados para pacientes com dor lombar não explicada, sem melhora após um período de 4 
semanas. 
 
 
Exames de imagem 
 Os exames de imagem em geral não são necessários em pacientes com lombalgia inespecífica 
aguda (de evolução inferior a 6 semanas). 
 
Radiografia simples: O baixo custo e a alta disponibilidade fazem da radiografia o exame mais 
solicitado na investigação de lombalgia. 
 
 
Tomografia computadorizada: Possui uma imagem de melhor qualidade do osso cortical; sendo 
este o método preferível na avaliação de traumas agudos. 
 
 
Ressonância magnética: O contraste de tecidos moles é melhor, o que permite distinguir as partes 
componentes do disco, visualizar os ligamentos e o conteúdo do canal vertebral. 
 
- É, portanto, o método mais indicado para investigar radiculopatia, infecções ou neoplasias da 
coluna. 
 
- O contraste paramagnético gadolínio é contraindicado em pacientes com insuficiência renal 
moderada a grave, os quais estão sob risco de desenvolver fibrose sistêmica nefrogênica. 
 
 
 Cintilografia óssea: Costuma ser utilizada para o estadiamento de neoplasias com potencial 
metastático. Também permite diferenciar alterações degenerativas de outros processos 
metabolicamente ativos, como fraturas recentes, infecção e sacroileíte. 
 
 
Eletroneuromiografia: Pode, objetivamente, confirmar ou descartar a suspeita clínica de 
radiculopatia, definir a extensão do envolvimento nervoso ou muscular e excluir outras causas de 
neuropatia periférica. 
 
- As alterações encontradas na condução nervosa são precoces, tornando este exame útil na 
avaliação e na indicação cirúrgica em pacientes com lombociatalgia grave sem achados 
correspondentes nos exames de imagem. 
 
 
Tratamento 
Não farmacológico 
 
Calor: Usado para reduzir o espasmo muscular. 
 
IANI SOARES LUZ XIII – MED 
 
Massagem: Não há evidências de que a massagem ofereça benefícios clínicos para dor lombar 
aguda. No entanto, um estudo randomizado descobriu que, em comparação com os cuidados 
usuais, quando a massagem foi escolhida pelo paciente, ela foi associada ao aumento da 
satisfação do paciente. 
 
 
Acupuntura: A evidência de benefício na dor lombar aguda é limitada. A acupuntura é segura com 
poucos efeitos colaterais. 
 
 
Manipulação da coluna vertebral: Uma forma de terapia manual que envolve o movimento de 
uma articulação perto do final da amplitude de movimento clínica. Parece conferir melhorias 
modestas na dor e na função. 
 
 
Exercício e fisioterapia: A fisioterapia inclui exercícios de autocuidado feitos pelo paciente e 
exercícios supervisionados no contexto da fisioterapia. 
 
- Encaminhamos seletivamente pacientes com fatores de risco para desenvolver dor lombar crônica 
(por exemplo, mau estado funcional ou de saúde, comorbidades psiquiátricas) que podem se 
beneficiar de educação imediata por um fisioterapeuta sobre como evitar recorrências, níveis 
adequados de atividade e exercícios para iniciar após a fase aguda. 
 
 
Outros: Muitas outras intervenções foram sugeridas para dor lombar aguda com pouca ou 
nenhuma evidência para apoiar seu uso. 
 
• Frio (pode ajudar a reduzir o edema); técnica de energia muscular (períodos alternados de 
contrações musculares resistidas e alongamentos assistidos); 
• Tração; 
• Suportes lombares (espartilhos ou suspensórios); 
• Recomendações de colchão; 
• Yoga (dor lombar crônica); 
• Injeções paraespinhais. 
 
 
Farmacológico de dor lombar aguda 
Terapia inicial 
 
Anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) 
- Iniciamos com terapia AINEs sistêmica em pacientes com lombalgia aguda sem contraindicações 
a essa terapia. 
 
- Geralmente, começamos com ibuprofeno (400 a 600 mg, 4x/dia) ou naproxeno (250 a 500 mg, 
2x/dia). ◦ 
 
- As doses devem ser diminuídas conforme tolerado. 
 
IANI SOARES LUZ XIII – MED 
 
- Os AINEs podem ter efeitos adversos renais, gastrointestinais e cardiovasculares significativos e 
podem ser contraindicados em alguns pacientes. 
 
- Todas as toxicidades de AINEs são mais comuns em pacientes idosos. 
 
 
Terapia de segunda linha 
Combinação com relaxantes musculares 
- Os relaxantes musculares são um grupo diversificado de drogas com efeitos fisiológicos 
semelhantes, incluindo analgesia e um grau de relaxamento do músculo esquelético ou alívio do 
espasmo muscular. 
 
- Eles incluem benzodiazepínicos, ciclobenzaprina, metocarbamol, carisoprodol, baclofeno, 
clorzoxazona, metaxalona, orfenadrina e tizanidina. 
 
- A ciclobenzaprina é uma droga razoável de primeira escolha. 
 
- Os benzodiazepínicos não devem ser usados porque não são eficazes na melhora da dor ou do 
resultado funcional, e há potencial para abuso. 
 
- Geralmente, não iniciamos esses medicamentos como terapia inicial, pois eles tendem a ter 
efeitos colaterais sedativos que limitam a capacidade dos pacientes de trabalhar ou dirigir. 
 
 Os riscos desses agentes aumentam com a idade, e esses agentes devem ser usados com cautela 
em adultos mais velhos. 
 
OBS: Em pacientes que não toleram ou têm contraindicações aos relaxantes musculares, a 
combinação de AINEs sistêmicos e acetaminofeno (paracetamol) é outra opção, embora existam 
poucos dados para apoiar o uso dessa combinação. 
 
 
- Dor refratária ou intensa: Uso de opioides e tramadol na dor lombar aguda são limitadas; devem 
ser reservados para pacientes que não apresentam alívio adequado ou têm contraindicações a 
outros agentes. 
 
 
Opioides 
- Têm poucos benefícios quando adicionados à terapia com AINEs. 
 
- Se os opioides são usados para dor lombar aguda, a duração da terapia deve ser curta. 
 
- CDC dos EUA limita a duração da terapia com opioides para dor aguda a menos de 3 dias para a 
maioria dos pacientes. 
 
- Os efeitos adversos dos opioides incluem sedação, confusão,náusea e constipação. 
 
- A depressão respiratória é um problema em doses mais altas, mas raramente nas doses usadas 
para dor lombar aguda. 
 
IANI SOARES LUZ XIII – MED 
 
- Tal como acontece com todos os medicamentos, os pacientes mais velhos são mais suscetíveis 
a efeitos colaterais. 
 
 
Tramadol 
- É um agonista opioide que também bloqueia a recaptação de serotonina e norepinefrina. 
 - Prescrevemos tramadol de forma semelhante aos opioides, limitando o uso regular a alguns dias 
e o uso total a 2 semanas. 
 
- Tem um risco menor de constipação e dependência do que os opioides convencionais, mas 
carrega o risco de síndrome serotoninérgica, especialmente, quando combinado com outros 
agentes serotoninérgicos. 
 
 
Farmacológico de dor lombar crônica 
Terapia farmacológica de primeira linha 
- A maioria dos pacientes com dor lombar crônica já tentou terapia com AINEs. 
 
- Se os AINEs forem eficazes no controle dos sintomas, continuamos sem adicionar terapia 
farmacológica adicional; 
 
- Se os AINEs forem apenas parcialmente eficazes no controle dos sintomas e for necessário 
controle adicional da dor, continuamos com os AINEs, mas adicionamos terapia farmacológica de 
segunda linha; 
 
- Não usamos AINEs para terapia crônica se eles forem ineficazes no tratamento de sintomas 
subagudos de dor lombar. 
 
 
Terapia farmacológica de segunda linha 
 Duloxetina: Iniciada com 30 mg, VO, 1x/dia e, após 1 semana, é aumentada para 60 mg, VO, 
1x/dia, se tolerada. ◦ Precisa ser tomada todos os dias, não “conforme a necessidade”, como muitos 
dos outros medicamentos discutidos aqui. 
 
- A duloxetina é preferível ao tramadol em pacientes para os quais há uma preocupação com a 
possibilidade de abuso ou uso indevido de drogas. 
 
- A depressão é comum em pacientes com dor lombar crônica e, como antidepressivo, a duloxetina 
pode ter uma indicação adicional para uso em um paciente com dor lombar crônica e depressão 
coexistente. 
 
 
Tramadol: Pode ser tomado como uma dose permanente ou “conforme necessário”. 
- Deve ser prescrito com cautela em pacientes com histórico de transtorno por uso de substâncias. 
 
 
Antidepressivos tricíclicos: Usados para tratar várias outras síndromes de dor crônica e já 
haviam sido recomendados para o tratamento da dor lombar, mas seus benefícios pequenos e 
IANI SOARES LUZ XIII – MED 
 
inconsistentes em estudos de dor nas costas podem não superar seus efeitos colaterais conhecidos 
(mais comumente sonolência, boca seca e tontura). 
 
 
- Amitriptilina (25 a 75 mg, VO, 1x/dia ao deitar), nortriptilina (25 a 75 mg, VO, 1x/dia ao deitar) ou 
desipramina (50 a 150 mg, VO, 1x/dia ao deitar). 
 
 
 
Tipos de dor lombar 
 
Radiculopatia lombossacral 
- Condição na qual um processo patológico afeta a função de uma ou mais raízes nervosas 
lombossacrais. 
 
Etiopatogenia 
 A etiologia mais comum da radiculopatia lombossacral é a compressão da raiz nervosa causada 
por uma hérnia de disco ou espondilose, que é o estreitamento do canal intraespinal (central), do 
recesso lateral ou do forame neural devido à artrite degenerativa que afeta a coluna. 
 
- O recesso lateral é o espaço mais lateral na configuração triangular do canal lombar, 
imediatamente proximal ao forame intervertebral. 
 
- É limitado lateralmente pelo pedículo, posteriormente pela faceta articular superior e ligamento 
amarelo e anteriormente pelo corpo vertebral, borda da placa terminal ou borda do disco. 
 
- Etiologias adicionais incluem causas não esqueléticas de compressão da raiz nervosa e 
mecanismos não compressivos, como infecção, inflamação, neoplasia e doença vascular. 
 
 
Apresentações clínicas 
- As mais frequentes são as radiculopatias L5 e S1. 
 
- Todas as raízes nervosas lombossacrais saem do canal espinhal nos forames neurais abaixo de 
suas respectivas vértebras e são mais comumente comprimidas à medida que descem no recesso 
lateral acima do nível de saída. 
 
 Radiculopatia L1: A hérnia de disco lombar no nível L1 é rara e, portanto, a radiculopatia L1 é 
incomum. 
- Os sintomas na apresentação geralmente envolvem dor, parestesia e perda sensorial na região 
inguinal. 
- Raramente, fraqueza menor na flexão do quadril está presente. 
 
 
Radiculopatia L2/L3/L4: Há sobreposição acentuada da inervação L2, L3 e L4 dos músculos 
anteriores da coxa, dificultando a diferenciação desses níveis de raiz nervosa espinhal com base 
nos sintomas, exame neurológico ou teste eletrodiagnóstico. 
- Essas raízes nervosas são mais comumente envolvidas em pacientes idosos com sintomas de 
estenose espinhal. 
IANI SOARES LUZ XIII – MED 
 
Radiculopatia L5: A radiculopatia L5 é a radiculopatia mais comum que afeta a coluna 
lombossacral. 
- Em casos graves, pode haver “cumeeira tibial”, uma condição na qual a convexidade normal do 
compartimento anterior da perna é perdida devido à atrofia, deixando um contorno nítido 
proeminente do aspecto medial do osso tibial. 
 
 
Radiculopatia S1: A dor irradia para baixo no aspecto posterior da perna para o pé das costas. 
- Ao exame, a fraqueza da flexão plantar (músculo gastrocnêmio) é específica. 
 
 
Radiculopatia S2/S3/S4: São menos comuns do que outras radiculopatias lombossacrais, mas 
podem ser causadas por um grande disco central comprimindo as raízes nervosas intratecalmente 
em um nível mais alto (por exemplo, L5). 
 
- Os pacientes podem apresentar dor sacral ou na nádega que irradia para a face posterior da perna 
ou para o períneo. 
- A fraqueza pode ser mínima, com incontinência urinária e fecal, bem como disfunção sexual. 
 
 
 
 
- OBS: Dor lombar radicular e não radicular 
 
 
IANI SOARES LUZ XIII – MED 
 
Dor lombar radicular: Geralmente, está associada à dor que irradia para uma ou ambas as pernas. 
- Pode haver disfunção da raiz nervosa associada, resultando em perda sensorial e/ou fraqueza 
que pode ou não ser manifestamente sintomática. 
 
- Se as raízes apropriadas estiverem envolvidas, também pode haver perda ou diminuição dos 
reflexos. 
 
 
 
Dor lombar não radicular: Não está associada a outros sintomas ou sinais neurológicos. 
 
- Os sintomas geralmente estão localizados na coluna e nas regiões paravertebrais e podem ou 
não irradiar para a perna. 
 
- A dor pode ser causada por lesão de estruturas não neurológicas, como osso, músculo, tendão, 
ligamento ou fáscia, sem afetar as raízes. 
 
- Alguns pacientes têm dor que irradia da parte inferior das costas para as nádegas e parte superior 
da perna de uma maneira que imita a radiculopatia, embora não seja devido ao impacto da raiz 
nervosa. 
 
 
 
Manobra de elevação da perna estendida (EPE) 
 
 
- Teste simples à beira do leito para a doença de raízes nervosas. 
 
- Com o paciente em posição supina, a flexão passiva da perna estendida sobre o quadril estira as 
raízes nervosas de L5 e S1 e o nervo ciático; a dorsiflexão do pé durante a manobra aumenta o 
estiramento. 
 
- Em pessoas saudáveis, a flexão de pelo menos 80° é normalmente possível sem causar dor, 
embora uma sensação de aperto ou estiramento nos músculos isquiotibiais seja comum. 
 
- O teste de EPE será positivo se a manobra reproduzir a dor habitual do paciente nas costas ou 
no membro. 
 
 
IANI SOARES LUZ XIII – MED 
 
CIÁTICA OU CIATALGIA 
- Dor ao longo do trajeto do nervo ciático, geralmente, resultado do comprometimento da raiz 
nervosa na coluna, mas também pode ser por compressão ou inflamação do próprio nervo. 
 
- Nervo ciático: Formado pelas raízes nervosas dos segmentos L4, L5, S1, S2 e S3 da coluna 
lombossacra. 
 
 
 
- Após seu trajeto na pelve, o nervo sai da bacia, passa pela musculatura glútea próximo ao quadril 
e percorre a parte posterior da coxa, dividindo-se na parte inferior da coxa em nervo tibial e fibular 
comum. 
IANI SOARES LUZ XIII – MED 
 
- Quandoalém da dor no trajeto do nervo o paciente apresentar dor lombar, usa-se o termo 
“lombociatalgia”. 
 
- A dor aguda geralmente ocorre após a prática de atividades físicas e é de início súbito com 
duração inferior a 6 semanas, e dor crônica é quando perdura por mais de 12 semanas. 
 
- A ciatalgia se irradia para os membros inferiores e pode estar associada a parestesias, perda 
sensitiva, fraqueza motora ou diminuição dos reflexos; portanto a distribuição da dor e os sintomas 
associados podem ajudar na identificação da raiz nervosa acometida.

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