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LOMBALGIAS - Avaliação e Principais Causas

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Feito por Kamila Maragno Peruch Medicina UNESC – 192 
Lombalgias 
• Principal causa de incapacidade no mundo – ausência do trabalho 
• Acomete 60-85% das pessoas ao longo da vida – um dos sintomas mais relatados 
• Prevalência maior em mulheres, aumentando com a idade ate os 60 anos 
• Patologias discais são prevalentes em indivíduos assintomáticos 
• Influencia genética na degeneração discal é tao importante quanto idade ou sobrecarga 
o FR tabagismo, obesidade, sedentarismo, ansiedade e depressão 
• 85% das lombalgias não têm causa específica – sem forma única de classificar 
 
Classificação De Duração: 
o Aguda até 4 semanas 
o Subaguda entre 1-3 meses 
o Crônica – dor por, pelo menos, 3 meses e dor em pelo menos metade dos dias nos últimos 6 meses 
o Recorrente – novo episódio 30 dias após o anterior ter terminado (87% em 1 ano) 
 
Quanto A Semiologia E Etiologia 
 Não irradiadas 
o Não especifica – 70-90% - pode ser de 
origem mecânica, distensões musculares 
e entorses, ou não 
o Degenerativa – 10% 
o Espondilolisistese – 3% - deslocamento 
anterior de uma vertebra ou da coluna 
vertebral em relação a vertebra inferior 
o Espondilólise – 1-4% - fratura por 
estresse ou trauma das facetas 
articulares 
 Irradiadas com radiculopatia – ciatalgia 
• Dor irradiada desde a lombar ate abaixo da 
região do joelho, sendo a dor lombar de menor 
intensidade que a irradiada (não confundir com 
dor poplítea por obesidade e pouca 
flexibilidade) 
o Hernia discal que necessita cx – 2% 
o Estenose espinal – 3% 
o Cauda equina 
 Visceral (referida) ou outras causas especificas 
o Sistêmica → Fratura por osteoporose – 
4%, Malignidade – 0,7% 
o Infecção (osteomielite, abcesso 
paraespinhal, tuberculose) – 0,01% 
o Espondilite anquilosante – 0,3% 
o Doenças do tecido conjuntivo 
 Referida 
o Aneurisma aórtico, pancreatite e 
pielonefrite aguda 
o Cólica renal, úlcera péptica
Fisiopatologia 
• Disco intervertebral é uma das principais fontes de lombalgia devido sua degeneração 
• Sobrecarga + genética + envelhecimento = alterações do volume, forme e conteúdo discal 
• Núcleo pulposo fica menos hidratado, diminuindo células e proteoglicanos, e a nutrição é prejudicada 
o Desidratação facilita danos por pressão desigual de cargas sobre ele – fissuras, rachaduras, herniação 
 
Feito por Kamila Maragno Peruch Medicina UNESC – 192 
• Local mais comum de ruptura do anulo fibroso (por onde ocorre a hernia) é a inserção com o corpo vertebral 
• Uma alteração discal altera o alinhamento da coluna e a resistência à carga, influenciando ligamentos, 
articulações, mm lombar e gerar dor 
• Quando ocorre contato entre o material do disco herniado com as estruturas nervosas, há dor irradiada 
 
Anamnese 
• Deve tentar eliminar patologias especificas e classificar a lombalgia em um dos 3 grupos 
• Avaliando se existe doença sistêmica causando a dor, comprometimento neurológico que exija avaliação 
cirúrgica ou sofrimento social/psicológico que possa amplificar ou prolongar a dor 
• Abordar cronologia, natureza da dor e desencadeantes, impacto na função, sinais de alerta 
o Duração, frequência, severidade, constância, irradiação, fraqueza, alteração de sensibilidade, relação 
com trabalho, tratamentos anteriores 
 
Exame Físico 
• Localizar com mais precisão a dor e possível irradiação – as vezes a dor é no glúteo e não lombar 
• Inspeção para abaulamentos e sinais de trauma – e sinais de escoliose e cifose 
• Flexão do dorso para avaliar limitação e funcionalidade 
• Palpação de apófises e da região dolorida para avaliar extensão da dor 
• Sinais de Waddell → pctes com sofrimento psicológico com sinais físicos inadequados, como reação 
exagerada no exame físico, sensibilidade superficial, dor ao elevar a perna que melhora ao distrair 
 
SINAIS DE ALERTA VERMELHO 
• Geralmente indicam que se deve referenciar a outro serviço (urgência ou não) e/ou exame de imagem 
• Sinais sistêmicos – febre, calafrios, sudorese noturna, perda ponderal 
o Deficit neurológico focal progressivo ou profundo 
o Trauma/lesão em alta velocidade 
o Dor refrataria a medicamentos e injeções e persiste por > 4-6semanas 
o Idade > 70 anos 
o Uso prolongado de corticoides 
o Contusões ou abrasoes na coluna vertebral 
o Imunodepressão, história de malignidade 
o Incontinência ou retenção urinaria 
 
❖ Etiologias Graves < 1% 
• Quando suspeitar de câncer → história pessoal, ausência de melhora em 4-6 semanas, pcte > 50 
o Osso é um dos locais mais comuns de metástase – mama, próstata, pulmão, tireoide e rim 
o Dor súbita e intensa, podendo ter instabilidade da coluna 
• Síndrome cauda equina – lombalgia severa, fraqueza nas pernas, retenção urinaria ou incontinência fecal, 
anestesia em sela 
 
Feito por Kamila Maragno Peruch Medicina UNESC – 192 
o Compressão aguda das raízes sacrais que formam a cauda equina, geralmente por hernia de disco 
intervertebral, câncer ou estenose 
• Abcesso epidural espinhal – causa rara com sintomas inespecíficos – dor lombal localizada que pode 
progredir para dor radicular e deficits neurológicos 
o FR – injeção espinhal recente ou colocação de cateter peridural, uso de drogas injetáveis 
• Osteomielite vertebral – lombalgia que aumenta gradualmente em semanas a meses, com ou sem febre 
o Incidência aumenta com a idade, mais comum em homens, geralmente por bacteremia 
 
❖ Etiologias Menos Graves < 10% 
• Fratura por compressão vertebral – 4% dos casos, podendo ser assintomática ou ter inicio agudo de 
lombalgia localizada e intensa, com ou sem historia de trauma (idade, corticoides) 
• Radiculopatia – sintomas ou deficiências relacionadas a uma raiz nervosa espinhal, devido alterações 
degenerativas nas vertebral, protusão do disco e outras causas 
o > 90% são radiculopatias L5 e S1 – dor, perda sensorial, fraqueza, alterações reflexas 
o Muitos melhoram gradualmente com cuidados de suporte 
o Ciática - dor aguda ou ardente que irradia para baixo da nádega ao longo do curso do nervo ciático 
(posterior ou lateral da perna, geralmente p pé ou tornozelo) 
• Estenose espinhal lombar, mais comum em > 60 anos 
o Causada por espondilose, espondilolistese e espessamento do ligamento flavo 
o Dor induzida por deambulação localizada na panturrilha e mmii distais que se resolve com a 
resolução sentada ou inclinada para a frente 
o Pode haver dor nas costas e perda sensorial e fraqueza nas pernas, ou exame neurológico normal. 
 
❖ Outras Etiologias 
• Suspeitar de espondilite anquilosante – 4 a 5 respostas + 
• Inicio sintomas < 40 anos, insidioso, melhora com atv física, dor > 3 meses, rigidez matinal 
o Doença inflamatória do esqueleto axial com sintomas que começam no inicio da vida adulta, com o 
marcador principal sendo a sacroileíte – mais comum em homens 
o Pode haver manifestações como uveíte 
• Osteoartrite – lombalgia, podendo haver dor no quadril por osteorartrite de quadril ou dor referida 
o Geralmente pctes > 40 anos, dor exacerbada pela atv física e aliviada no repouso 
• Escoliose e hipercifose 
 
 Sinais de alerta amarelo que podem indicar mau prognostico, predizendo recorrência ou cronicidade e uma 
conduta menos expectante 
o Pensamento catastrófico, sintomas sem correlação com a lombalgia, elevado comprometimento 
funcional basal, baixo estado geral de saúde, depressão, ansiedade ou pessimismo 
 
 
❖ Todos os pctes com dor > 4 semanas ou suspeita de lombalgia específica ou dor referida necessitam de 
avaliação completa que envolve todos os testes + exames complementares de acordo com a suspeita 
 
Feito por Kamila MaragnoPeruch Medicina UNESC – 192 
 
Exame de Imagem 
• Não se realiza na maior parte das lombalgias, nem se existir exame prévio normal sem mudança na clínica 
• RX normal não descarta causa específica, e muitas alterações não tem relação com a dor (achados casuais) 
o 81% de assintomáticos tem abaulamento, ate 56% estreitamento discal 
• RX coluna lombossacra AP e Perfil > alterações que não condizem com a dor do pcte > TC (melhor p osso) 
RM melhor partes moles e discos e mais sensível para dx das lombalgias 
• Teste de imagem imediato com RX e VHS se alto risco de câncer 
o RM quando risco de infeção, sd cauda equina, deficit neurológico severo 
• Imagem após teste terapêutico com RX com/sem VHS se risco mediano de câncer (perda ponderal, > 50 
o Sinais e sintomas de espondilite anquilosante 
o Risco de compressão por fratura vertebral (evidencia osteoporose, trauma, corticoides, idade) 
o RM se sinais e sintomas de radiculopatia ou suspeita de estenose espinhal 
 
Exames Laboratoriais 
• Para idosos, com sintomas constitucionais ou falha terapêutica: 
o Hemograma completo, VHS, PCR - processo inflamatório ou neoplasia. 
o Cálcio sérico e fosfatase alcalina (FA) - doença óssea difusa. 
o Eletroforese de proteínas séricas e urinárias - mieloma múltiplo. 
o PSA - metástase por câncer de próstata. 
o Análise qualitativa da urina - doença renal. 
o Sangue oculto nas fezes - úlceras e tumores gastrintestinais. 
Hérnia de Disco 
• Degeneração do disco intervertebral leva formação de fissuras no anel fibroso, deslocando o material discal 
• Pode provocar lombalgia ou cervicalgia – faz radiculopatia sintomática, com dor que irradia para mmii 
• Fatores predisponentes – estilo de vida sedentário e ocupação, predisposição genética e fatores psicológicos 
o Sobrepeso altera eixo de gravidade e aumenta recrutamento da musculatura, causando dor 
• Vertebras separadas pelos DIV, formados pelo núcleo pulposo (massa fibrogelatinosa) e circundado por um 
anel fibroso (anulo) – os quais podem inflamar e se romper, levando à herniação 
o Causa compressão de raízes nervosas, tambem com liberação de fatores inflamatórios locais 
• Núcleos mais herniados – entre L4-L5 e L5-S1 → comum irradiação para mmii pela inervação 
o Raiz de S1 é a maior do plexo lombossacral e passa pelo forame mais estreito 
 
 FASES DA HÉRNIA 
• 1ª fase – abaulamento discal, sinais de envelhecimento e fissura do anel 
• 2ª fase – protusão discal com abaulamento, podendo atingir nervos, medula e saco dural 
• 3ª fase – hernia formada + extrusão discal, estruturas nervosas comprometidas por estreitamento dos canais 
• 4ª fase – sequestro da porção extrusa – mais rara, com ruptura da parte herniada 
CLÍNICA 
 
Feito por Kamila Maragno Peruch Medicina UNESC – 192 
• Lombalgia com irradiação em choque para a porção posterolateral do MI (geralmente unilateral) 
o Lombalgia piora com a flexão do tronco para a frente e ciatalgia piora com a flexão do quadril 
o Assimetria de membros, perda de lordose lombar, redução de amplitude lombar 
 RADICULOPATIA (fraqueza, ciatalgia) suspeita: 
o Teste de Lasegue – dor na elevação do membro reto a 30-60º 
o Lasegue Cruzado – dor no membro não elevado a 30-60º 
o Manobra de Valsalva – aumento da p. intra-abdominal exacerba dor radicular 
 
 DISCOPATIA: 
• Levantar da cadeira em uma perna ou subir banqueta de 18 cm com uma perna → 
avalia quadríceps, diferencia lesão de L3-L4 (teste +) e L5-S1 
• Reflexo de Aquileu diminuído sugere lesão em S1 – só 60% das pessoas assintomáticas 
e hígidas com > 60 anos tem esse reflexo bilateral 
• Dermatomos – focar na simetria da dor provocada por objeto pontiagudo nos 
dermatomos L4 (face medial da perna, L5 (dorso do pé) e S1 (maléolo lateral) 
• Avaliação motora e sensitiva – fraqueza na dorsiflexão do tornozelo no teste contra a 
resistência do examinador e do hálux sugere lesão de L5 
 
❖ HÉRNIAS TORÁCICAS → coluna mais rígida e a protusão discal é mais difícil 
• Mais comum ser afetada por alterações vertebrais crônicas como doença de Scheuermann e osteocondrite 
juvenil, traumas posteriores (alterações calcificadas em disco e alt típicas) 
❖ HÉRNIAS CERVICAIS → pode acometer a raiz e medula, dependendo do tamanho da lesão 
• Principalmente entre C5-C6 e C6-C7 – rigidez de nuca, imobilização reativa dos músculos eretores da cabeça 
e desconforto na borda medial da escápula 
o Comprometimento da raiz pode fazer parestesias radiculares e dor principalmente aos movimentos 
de cabeça e pescoço, além da extensão do braço 
 
DIAGNÓSTICO 
• TC pode diagnosticar mas RM preferível (sensível) – eletroneuromiografia pode complementar e identificar 
a cronicidade e ddx (específico) 
• DISCOGRAFIA – avalia qual segmento está causando a dor – anestesia + contraste para provocar dor, e 
pode identificar o tipo de hernia de acordo com o padrão de cor 
 
TRATAMENTO 
• TTO conservador de 3-6 meses com medicações para dor neuropática – pregabalina, gabapentina, 
duloxetina e amitriptilina para dor crônica + analgésicos (codeína e morfina se persistente) 
• Perda ponderal se obesidade, cessar tabagismo, tratar condições psicológicas 
• Atividade física bem instruída e fisioterapia para fortalecer musculatura paraespinhal 
o Acupuntura, crioterapia 
 
 TTO CIRÚRGICO 
 
Feito por Kamila Maragno Peruch Medicina UNESC – 192 
• Hemilaminectomia parcial + excisão do disco herniado – alivia e melhora manejo mas não restaura/reverte 
o Fraqueza motora progressiva por lesão da raiz nervosa 
o Distúrbio intestinal, vesical ou outro sinal de compressão de medula 
o Dor recorrente e incapacitante apesar do tto conservador (6-8 sem) 
o Síndrome da cauda equina 
 
Espondilite Anquilosante 
• Doença inflamatória crônica que acomete articulações do esqueleto axial, marcada pela lesão da art 
sacroilíaca → com inflamação + fusão vertebral em estados avançados 
• Predomina em homens < 40 anos – gene HLA-B27+ em 90% (e outros genes) 
• Inicia com entesite (lesão de inserções ósseas de ligamentos, tendões, aponeuroses e capsulas articulares) 
o Há reação inflamatória crônica com erosão do osso adjacente + reparação crônica com neoformação 
óssea que evolui para anquilose (ossificação das enteses) 
• Articulações do quadril e coluna vertebral (sacroilíaca), sínfise púbica, cancâneo, patela e manúbio-esternal 
• Na coluna acomete os DIV inicialmente na inserção do anulo fibroso (anterior) > com o tempo há formação 
de sindesmófitos (pontes entre os corpos vertebrais pela neoformação óssea) 
o Após anos de doença – coluna em bambu no RX – postura com cifose exagerada e perda de lordose 
o Envolvimento da coluna de forma ascendente 
o Pode haver osteoporose difusa, vertebras “quadradas” e redução de espaço interdiscal 
• Artrite periférica principalmente em MMII e assimétrica, com erosões cartilaginosas centrais 
• Histopatologia da sinovial mostra predomínio de neutrófilos, macrófagos e hipervascularização 
 
CLÍNICA 
• Lombalgia persistente + rigidez matinal – aliviado pela atividade física, precipitado pelo frio e repouso 
• Dor iniciada na região interglútea e pode irradiar para ambos os lados 
• Cronificação → coluna frágil por pouca mobilidade = fratura vertebral facilitada, principalmente C7 
 
 EXAME FÍSICO: 
• Postura do esquiador, hipersensibilidade óssea à palpação de articulações 
• Teste de patrick ou Faber – posicionar maléolo lateral de um pé encostado na patela contralateral e 
pressiona-se para baixo o joelho da perna fletida estabilizando a pelve contralateral com a outra mao 
o Dor pode indicar origem na articulação sacrilíaca 
• Testede Schober – com o pcte em pé, marca-se um ponto na linha da coluna na altura de L5-S1 (projeção 
da espinha ilíaca posterior) e outro ponto 10 cm acima 
o Quando a pessoa se agacha (flexão ventral), a distância aumenta 5 cm, ficando 15 cm no mínimo 
entre os pontos → teste positivo (aumento < 5 cm) pode indicar limitação funcional 
▪ Com a ressalva que idosos e obesos a possuem naturalmente 
 
Feito por Kamila Maragno Peruch Medicina UNESC – 192 
• Teste de Flesche – pcte de costas para parede, solicita-se que ele encoste os calcanhares e nádegas na 
parede, tentando fazer o mesmo com a cabeça 
o Quanto maior a distância occipital-parede, mais avançada a doença na coluna. 
• Teste de volkmann 
 
• MANIFESTAÇÕES EXTRA-ARTICULARES → uveíte anterior aguda geralmente unilateral, fibrose poblose de 
lobos pulmonares superiores, insuficiência aórtica, amiloidose, nefropatia por IgA, sd cauda equina, DII 
 
DIAGNÓSTICO 
• RX de início não mostra alterações > borramento das articulações, com esclerose e erosões subcondrais 
o Progressão > pseudoalargamento do espaço articular > fibrose e obliteração 
o Incidência de Ferguson no RX da pelve (inclinação cefálica de 30º) 
o Sidesmófitos bilaterais e uniformes 
• RM – edema de medula óssea justarticular 
 
TRATAMENTO 
• Manter postura ereta, dormir em decúbito dorsal em colchão firme e praticar exercícios físicos regulares de 
baixo impacto, como natação – exericicios respiratórios para conservar expansibilidae torácica 
• AINEs para controle da dor e rigidez, podendo retardar a progressão radiográfica (pode associar analg) 
• Corticoides intra-articulares para artrite periférica e sacroileíte refratária 
• Sulfalazina 2-3g/dia discreto benefício – indometacina 
• Biológicos neutralizadores TNF alfa → indicados p pacientes com doença ativa sem melhora ao uso de pelo 
menos 2 AINES 
Estenose de Canal Medular 
• Estreitamento do diâmetro do canal vertebral podendo comprimir a medula ou raízes nervosas – local, 
segmentar ou generalizado, por estruturas osseas ou partes moles 
• Congênita → acondroplasia (anão); espondiliolistese congênita; escoliose; cifose. 
• Adquirida → degenerativa (osteoartrose, escoliose, cifose, espondilolistese degenerativa), inflamatória 
(artropatias inflamatórias), síndrome da hipertrose esquelética idiopática, metabólica (doença de Paget) 
• A principal causa é adquirida por degeneração, pelo desgaste de estruturas de sustentação e movimentação 
o Forma do canal lombar em trevo é mais vulnerável a degeneração (melhor triangular e ovoide) 
o Alterações de protusão discal, hipertrofia do ligamento amarelo, osteófitos 
o Espondilolistese faz efeito fuilhotina no canal vertebral 
 CLÍNICA insidiosa exacerbada por trauma ou atv física, principalmente pctes > 50 anos 
• Lombalgia crônica – rigidez matinal pode estar presente 
o Claudicação neurogênica intermitente → principal – dor imprecisa irradiada p perna + 
adormecimento e fraqueza, exacerbada pela marcha e posição em pé, aliviada pela flexão da lombar. 
o Dor radicular (ciatalgia) 
 
Feito por Kamila Maragno Peruch Medicina UNESC – 192 
o Dor atípica de MI 
o Síndrome da cauda equina crônica 
• Pode haver estenose cervical + lombar → tríade claudicação neurogênica, distúrbios da marcha e quadro 
misto de mielopatia e radiculopatia em extremidades superiores e inferiores 
o Geralmente Sinal de Lasègue negativo e reflexo patelar acometido. 
• RX mostra alterações degenerativas, difícil avaliar diâmetro do canal 
• Mielografia é o método dx mais utilizado – mostra bloqueio que pode ser completo, sinal da ampulheta 
o Complementar com TC axial – detecta canal em trevo, hipertrofia de articulações, compressão neural 
e fragmentos de fratura dentro do canal 
 TTO conservador é 1ª escolha na ausência de alterações neurológicas 
• Repouso de 1 semana na fase aguda, seguido de atv física conforme possibilidade 
o AINES fase aguda + analgésicos 
o Corticoide epidural na radiculopatia grave 
o Coletes ortopeditcos uteis na fase aguda, indicado em obesos e se alt degenerativas 
• Cirurgia → laminectomia parcial ou toal quando dor radicular intolerável nas AVD, redução da marcha e 
alterações esfincterianas (não melhora lombalgia, apenas a compressão) 
Síndrome da Cauda Equina 
• Perda parcial ou total da função urinaria, intestinal e sexual por compressão da cauda equina na lombar 
o Compressão lombossacral – anestesia perineal e paralisia de assoalho pervico 
o Compressão em níveis altos – paralisia dos MMII 
• A cauda equina é formada pelas raízes nervosas ao termino da medula espinal (L1-L2) e liga o SNC e SNP 
• Localizada no LCE, não circundada por meninges → mudanças de pressão venosas e arteriais reduzem sua 
nutrição e impulsos neurogênicos 
• Principalmente causad por hernia discal extrusa em canal estenótico outras estenoses de canal lombar 
• Aguda → paralisia por horas/dias geralmente por hernia discal, tumores, infecções e fraturas 
o Anestesia em sela, constipação, ciatalgia continua, anestesia plantar, de n. sacrais, pernas e pés 
• Crônica → geralmente por estenose de canal, com sintomas graduais de incontinência urinaria, claudicação, 
lombociatalgia crônica 
 EXAME FÍSICO → ausência de reflexo anal e bulbocavernoso, com graus de hiporreflexia e paresia de mmii 
• Sinal de lasegue bilateral geralmente positivo 
• Casos crônicos o exame em repouso é normal, sinais ao caminhar ou manobras de extensão 
• Mielografia com contraste hidrossolúvel → fazer exame neurológico completo e avaliação urológica – 
estudo urodinamico e testes de função renal 
 TRATAMENTO com descompressão 
• Laminectomia unilateral se hernia de disco (bilateral se estenose) 
• Geralmente pcte não se recupera totalmente 
 
Feito por Kamila Maragno Peruch Medicina UNESC – 192 
 
Conduta Geral nas Lombalgias: 
• Com base na estratificação de risco físico e psicossocial, as intervenções devem ser simples, para evitar o 
sobretratamento em pctes com lombalgia sem disfunção motora (fraqueza) – principalmente qd crônico 
• Principais fatores de risco de cronicidade → psicossociais, dor recorrente e dor irradiada até abaixo do joelho. 
o Pctes com maior risco de pior prognóstico devem ter intervenção como TCC e fisioterapia. 
• Explicar o tempo esperado para alívio da dor (em geral até 4 semanas). 
• Se a dor persiste > 3 meses e principalmente > 1 ano, várias alternativas farmacológicas e não farmacológicas 
devem ser testadas, estando sempre alerta para os riscos 
• Tratamentos não farmacológicos que envolvem desde mudança de hábitos de vida até calor local e 
massagem devem ser sempre abordados e oferecidos conforme disponibilidade e aceitação da pessoa. 
• É importante o suporte de equipes multiprofissionais com o enfoque na reabilitação da pessoa. 
 
DOR LOMBAR AGUDA SEM RADICULOPATIA 
• Manter-se ativo, calor local, massagem, acupuntura, manipulação da coluna vertebral 
• A maioria dos pacientes melhora independentemente 
• Encaminhar para fisio pctes com FR para cronicidade 
o AINE por 2-4 semanas – ibuprofeno 400-600mg 4x/dia ou naproxeno 250-500mg 2x/dia 
o Relaxante muscular (ciclobenzaprina) quando dor refrataria – ou AINE + paracetamol 
o Opiáceos por 3-7 dias apenas na ausência de alivio ou contraindicações 
o Agentes tópicos (baixa evidência) de que capsicum tópico pode proporcionar alívio imediato 
o Reavaliação do pcte após 4 semanas 
DOR LOMBAR CRÔNICA SEM RADICULOPATIA – fisioterapia, exercício de controle motor 
• Aconselhar autocuidado e incentivar a fazer exercícios regulares (supervisionado ou independente) – 
importância de mantera atividade conforme tolerado – alivia a dor e melhora a função 
• Pctes com sintomas persistentes e incapacitantes e comprometimento funcional significativo - intervenções 
psicológicas e/ou mente-corpo, em vez de apenas exercício → tai chi, yoga, TCC 
o AINE > AINE + relaxante na dor subaguda 
o Dor crônica AINE > duloxetina 30 mg VO 1x/dia/1sem – 60 mg e/ou tramadol 25-50mg 8/8h 
o Tricíclicos tem eficácia limitada – amitriptilina 25-75mg, nortriptilina 
o Miorrelaxantes adjuvante a duloxetina se sintomas persistentes e incapacidates 
▪ Opioides → restringir a pctes não vulneráveis a dependência, usar a dose mais baixa 
• Dor lombar com radiculopatia – exercício, manipulação espinal e aconselhamento, AINE 
 
 
 
 
Resumo feito com base no UpToDate e Tratado de Medicina da Família e Comunidade

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