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EDUCAÇÃO FÍSICA ADAPTADA E INCLUSIVA APRESENTAÇÃO CURRÍCULO LATTES Profa. Dra. Ana Luiza Barbosa Anversa ● Doutora em Educação Física pelo Programa de Pós-Graduação Associado em Educação Física da Universidade Estadual de Maringá e da Universidade Estadual de Londrina ( PEF-UEM/UEL); ● Mestre em Educação Física ( PEF-UEM/UEL); ● Especialista em Prescrição Personalizada de Exercícios Físicos- Personal Training pela Universidade Estadual de Maringá (UEM); ● Especialista em Educação a Distância e Tecnologias Educacionais pela Universidade Cesumar (UNICESUMAR); ● Especialista em orientação, supervisão e gestão escolar pelo Centro Universitário Internacional Uninter (UNINTER); ● MBA em Gestão do conhecimento nas organizações pelo Centro Universitário Metropolitano de Maringá (UNIFAMMA) ● Graduada em Educação Física (Universidade Estadual de Maringá); ● Graduada em Pedagogia (Centro Universitário Internacional Uninter); ● Vice- Coordenadora do Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação Física Escolar, Educação e Políticas Educacionais (GEEFE) (Universidade Estadual de Maringá); Experiência na área de Educação Física e Pedagogia, atuando principalmente nos seguintes temas: princípios pedagógicos, estágio supervisionado, formação e intervenção profissional, identidade profissional, planejamento e educação física para pessoas com deficiência. Link para acesso ao currículo lattes: http://lattes.cnpq.br/7812424308966855 http://lattes.cnpq.br/7812424308966855 Prof. Me. Bruna Solera ● Doutoranda em Educação Física pelo Programa de Pós-Graduação Associado em Educação Física da Universidade Estadual de Maringá e da Universidade Estadual de Londrina (PEF- UEM/UEL); ● Mestre em Educação Física (PEF - UEM/UEL); ● Especialista em Tecnologias Aplicadas ao Ensino a Distância (Centro Universitário Cidade Verde); ● Especialista em Educação Especial (Instituto Paranaense de Educação de Maringá-PR); ● Especialista em Psicomotricidade no Contexto Escolar (Instituto Paranaense de Educação, Maringá-PR); ● Graduada em Educação Física Bacharelado (Universidade Estadual de Maringá); ● Graduada em Educação Física Licenciatura (Universidade Estadual de Maringá); ● Integrante do Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação Física Escolar, Educação e Políticas Educacionais (GEEFE) (Universidade Estadual de Maringá); ● Coordenadora do curso de Educação Física na modalidade de Educação à Distância, no Centro Universitário Cidade Verde (UniFCV). Experiência de atuação com a pessoa com deficiência e com o Esporte Paralímpico por meio do Programa de Atividade Física Adaptada (PROAFA) e da arbitragem de Bocha Paralímpica. Link para acesso ao currículo lattes: http://lattes.cnpq.br/4778060448341914 http://lattes.cnpq.br/4778060448341914 APRESENTAÇÃO DA APOSTILA Olá estudante, Seja bem vindo (a) a apostila de “Educação Física Adaptada e Inclusiva”! Neste material iremos tratar de temas pertinentes a sua formação profissional no que se refere a Educação Física Adaptada e Inclusão. Sua apostila está dividida em quatro unidades. Vamos conhecê-las? Na unidade I, intitulada de “Educação Física Adaptada e Inclusão”, você terá oportunidade de adquirir conhecimentos acerca dos aspectos históricos da Educação Física Adaptada, da pessoa com deficiência, assim como, entender o que é a deficiência. Vamos contemplar em nosso conteúdo, os modelos de deficiência e as características das deficiências física, visual, auditiva e intelectual. Na unidade II, “Esportes Adaptados e Paralímpicos” vamos discutir a diferença entre esportes adaptados e esportes paralímpicos. Você sabe o que diferencia tais nomenclaturas? Além disso, você conhecerá os esportes paralímpicos de verão e de inverno. Já na unidade III, chamada de “Educação Física Escolar Inclusiva", teremos como foco o debate da inclusão e seus aspectos legais no contexto escolar. Falaremos sobre acessibilidade e traremos dicas de como incluir alunos com deficiência em suas aulas. Por fim, na unidade IV “Educação Física e Populações Especiais”, estudaremos a obesidade, gestantes e idosos de forma a caracterizá-los e a partir disso, verificarmos como podemos atuar de forma a possibilitar a eles, uma intervenção profissional de qualidade, seja no espaço escolar ou fora dele. Esperamos que ao final dessa jornada do conhecimento você compreenda melhor o universo da inclusão e da Educação Física para pessoas com deficiência, além de quais ações podem ser desenvolvidas pelo profissional da área dentro e fora da escola. Desejamos a você uma excelente caminhada pelas estradas do conhecimento! UNIDADE I EDUCAÇÃO FÍSICA ADAPTADA E INCLUSÃO Professora Doutora Ana Luíza Barbosa Anversa Professora Mestre Bruna Solera Plano de Estudo: • Aspectos históricos da Educação Física Adaptada; • Pessoa com deficiência: da exclusão à inclusão na sociedade e na escola; • O que é deficiência: conceitos e características. Objetivos de Aprendizagem: • Contextualizar historicamente a Educação Física Adaptada e a deficiência; • Compreender os modelos e os tipos de deficiência. INTRODUÇÃO Olá estudante, Seja bem vindo(a) a primeira unidade da apostila de “Educação Física Adaptada e Inclusão”! A unidade I tem como objetivo apresentar conhecimentos que servirão como base para as demais unidades, sendo essenciais para o entendimento da deficiência ao longo da história e quais os desdobramentos que levaram à como a sociedade vê e se relaciona com a pessoa com deficiência nos dias atuais. Esta unidade está dividida em três tópicos. São eles: Tópico 1. “Aspectos históricos da Educação Física Adaptada”. Tópico 2. “Pessoa com deficiência: da exclusão à inclusão na sociedade e na escola” e Tópico 3. “O que é deficiência: conceitos e características”. No primeiro momento vamos entender os aspectos históricos da Educação Física Adaptada e quais ações e indicativos legais, médicos e pedagógicos levaram a esse campo de atuação que conhecemos hoje, ou seja, vamos caminhar sobre as trilhas históricas do esporte e seus indicativos para inclusão. Na sequência conheceremos melhor o cotidiano das pessoas com deficiência, refletindo em especial sobre os termos exclusão, segregação, integração e inclusão. Você vai descobrir como as pessoas com algum tipo de “diferença” eram vistas no passado e quais as barreiras e potencialidades as mesmas apresentam. Por fim, no terceiro tópico você irá conhecer os tipos de deficiência. Você sabe quais são os aspectos funcionais que acometem cada deficiência e quais os riscos e possibilidades de ações inerentes às deficiências física, visual, auditiva e intelectual? Vamos conhecê-las! Bons estudos! Imagem do Tópico: https://www.deficienteciente.com.br/origem-dos-jogos-paraolimpicos.html Fonte: Deficiente ciente [s.d]. 1 ASPECTOS HISTÓRICOS DA EDUCAÇÃO FÍSICA ADAPTADA A história da Educação Física Adaptada vem se consolidando nos últimos anos com práticas direcionadas à inclusão, seja no âmbito esportivo, educacional, da saúde e qualidade de vida. No entanto, vale ressaltar que essas ações não são recentes, há relatos sobre a utilização de exercícios físicos como o tratamento médico ou terapia desde os anos 3.000 a.C., mas à sistematização das propostas e adoção do termo Educação Física Adaptada se deu apenas em 1950 por meio da American Association for Health Physical Education, Recreation and Dance (AAHPERD). O termo Educação Física Adaptada é o mais utilizado mundialmente, mas podemos encontrar referenciais teóricos e materiais da área que adotam os termos Educação Física Especial, Educação Física para pessoas com Deficiência, Educação Física Adaptada ou ainda Atividades Motoras adaptadas. Mas afinal, porque surgiu a Educação Física Adaptada?Os referenciais teóricos da área, indicam que à Educação Física Adaptada surgiu como uma forma de abranger pessoas que não atendiam um padrão estético corporal https://www.deficienteciente.com.br/origem-dos-jogos-paraolimpicos.html socialmente aceito, ou seja, que não apresentavam corpos bonitos, fortes e saudáveis para prática esportiva competitiva, para os métodos ginásticos, incursões militares ou ações laborais. De início as propositivas eram com o intuito de ocupar corpos vulneráveis ou destituídos de contribuição social e econômica, reduzindo à instauração de doenças e gastos com a saúde pública (FREITAS; CIDADE, 2010). Com o passar do tempo, em especial após as grandes guerras mundiais, a pessoas com deficiência começa a ser compreendida em suas individualidades e necessidades, fomentando o olhar para práticas corporais como meio de fortalecimento físico e reintegração social. Foi após a Segunda Guerra Mundial que a Educação Física Adaptada ganhou maior visibilidade, sendo utilizada como exercícios terapêuticos em hospitais para recuperar a força e função muscular perdidos nos tempos de convalescência. Essa prática incentivou a criação de centros de reabilitação. Foi em um desses centros de reabilitação, Centro Nacional de Lesionados Medulares, incentivado pelo Dr. Ludwig Guttman que os jogos e esportes adaptados para amputados, paraplégicos ou outras deficiências se tornaram mais populares. Ele acreditava que a Educação Física Adaptada era uma parte essencial no tratamento médico, considerando tanto as mazelas de ordem física como psicológicas e de reintegração social. Foi por meio de suas ações que ocorreu o Jogo de Stoke Mandeville, envolvendo 16 veteranos de guerra em competição de arco e flecha. Hoje em dia, de acordo com Winnick (2004) a Educação Física Adaptada se configura como um programa de práticas corporais elaborado para suprir as necessidades individuais das pessoas com deficiência ou alguma limitação, contemplando desde questões motoras, físicas e esportivas até ações direcionadas à saúde e bem estar. Frente ao exposto, nota-se que a princípio à Educação Física era uma prática corporal direcionada apenas para corpos dentro de um “padrão” de normalidade, para o desenvolvimento de destrezas físicas, mas frente aos avanços científicos que desmistificam as deficiências e com o quadro de militares lesionados devido às guerras, o pensar novas possibilidades de práticas corporais voltadas para saúde, bem estar e integração social se tornaram de suma importância, fomentando os indicativos da Educação Física adaptada que temos hoje. SAIBA MAIS Você sabia que nos cursos de formação inicial em Educação Física questões sobre a deficiência, suas características e possibilidades de intervenção só foram inseridas no currículo na década de 1980, incentivados pelas propositivas do Ano Internacional da Pessoa Deficiênte (1981), pressões políticas governamentais propostas pelas Organização das nações Unidas (ONU) e pela renovação crítica/pedagógica que à área passou nesse período. Mas mesmo assim, o que se vê ainda são fragilidades sobre a compreensão sobre a deficiência, estando a maioria das ações centradas apenas nos conhecimentos e vivências dos esportes adaptados. Imagem do Tópico: https://tendimag.files.wordpress.com/2014/03/freaks-2.jpg Fonte: Tendências do imaginário, 2014. Fonte: As autoras. #SAIBA MAIS# https://tendimag.files.wordpress.com/2014/03/freaks-2.jpg 2 PESSOA COM DEFICIÊNCIA: DA EXCLUSÃO A INCLUSÃO NA SOCIEDADE E NA ESCOLA O percurso histórico da pessoa com deficiência não foi fácil, assim como, ainda não é. Mas após passar pela exclusão e diversos desafios, tais sujeitos chegam aos dias atuais, dias estes marcados pela inclusão. Você conhece essa história? Vamos conhecê- la ou relembrá-la. Existem registros das pessoas com deficiência ao longo da história. Na Grécia Antiga, em Esparta e Atenas, os recém nascidos que possuíam algum tipo de deficiência eram abandonados em cavernas profundas ou a própria sorte (DIEHL, 2006), assim como em Roma, na qual as pessoas “defeituosas” (como chamavam-nas na época) eram eliminadas. Isso acontecia pois, não havia reconhecimento de qualquer humanidade nelas, devido a presença de “defeitos” (ARANHA, 2001). As pessoas com deficiência passavam por um momento de exclusão. No decorrer da Idade Média, as pessoas com deficiência deixaram de ser exterminadas, no entanto passaram a ser excluídas do contexto social (DIEHL,2006). Com isso, crianças, jovens, adultos com deficiência passaram a ser isolados em porões, ilhas, vales, asilos, dentre outros. Esse período passou a ser chamado de segregação (DIEHL, 2006; GAIO, 2006). Então estudante, as pessoas com deficiência que antes eram eliminadas, agora são isoladas do convívio social, veja a figura 1. Figura 1. Representação da Exclusão e Segregação da Pessoa com deficiência na sociedade Fonte: Governo do Paraná/UNIFESP, 2020. https://www.unifesp.br/campus/san7/todas-noticias/2298-deficiencia-o-desafio-da-acessibilidade-e- da-inclusao-social Ao final da Idade Média, se tem o predomínio da razão e interesse pelo o homem e pela natureza e então, começaram a surgir indícios de pesquisas sobre a deficiência (DIEHL, 2006). Foi entre os séculos XVI e XVIII que médicos começaram a procurar causa da deficiência (KASSAR, 1999). Especificamente no século XVIII se tem as primeiras instituições voltadas ao tratamento das deficiências (DIEHL, 2006), como exemplo temos o Instituto Real, em Paris, a primeira escola para cegos. Ainda no século XVII, XVIII e XIX, as pessoas com deficiência se apresentavam em circos e em praças públicas. Tais sujeitos eram alvos de zombaria (FAVATO, 2018). Observe a figura 2. Nela está Josephene Myrtle Corbin, conhecida como “a mulher de quatro pernas”, ela era uma tração no circo, no "show de horrores” nos Estados Unidos. Ela se apresentava como “aberração”. https://www.unifesp.br/campus/san7/todas-noticias/2298-deficiencia-o-desafio-da-acessibilidade-e-da-inclusao-social https://www.unifesp.br/campus/san7/todas-noticias/2298-deficiencia-o-desafio-da-acessibilidade-e-da-inclusao-social Figura 2. Josephene Myrtle Corbin Fonte: Mistérios do Mundo, [s.d]. https://misteriosdomundo.org/wp-content/uploads/2020/04/727px-Myrtle_Corbin-690x1024.jpg Os estudos científicos foram se proliferando e atingiram seu auge no século XX (DIEHL, 2006). Havia também um crescimento do interesse em “normalizar” as pessoas com deficiência, por isso, há o surgimento de escolas e clínicas de reabilitação. Esperava-se que tais pessoas se recuperassem para conviver em sociedade. A reabilitação seria uma forma de integração ao mundo, visto ele, como “normal”. Com isso, tinha-se como objetivo, inserir a pessoa com deficiência na sociedade sem transformações do ambiente social, esse processo foi conhecido como Movimento de Integração (MARQUES; GUTIERREZ, 2014). https://misteriosdomundo.org/wp-content/uploads/2020/04/727px-Myrtle_Corbin-690x1024.jpg Durante esse movimento, as pessoas eram aceitas na sociedade, mas elas deveriam ser capazes de vencer e se adaptar ao ambiente social (CIDADE; FREITAS, 2002). Veja a figura 3 Figura 3. Representação da integração da pessoa com deficiência Fonte: Governo do Paraná/UNIFESP, 2020. https://www.unifesp.br/campus/san7/todas-noticias/2298-deficiencia-o-desafio-da-acessibilidade-e-da- inclusao-social Tal movimento não deu muito certo! Isso porque só a reabilitação não estava sendo suficiente para ajudar as pessoas com deficiência a se “normalizarem” e conseguirem conviver em sociedade, então, percebeu-se a necessidade de outra iniciativa, ou seja, viu-se que a sociedade poderia ter papel essencial nesta questão. Sendo assim, chega- se à inclusão. A inclusão é um movimento no qualo sujeito passa a fazer parte da sociedade. Observe a figura 4. https://www.unifesp.br/campus/san7/todas-noticias/2298-deficiencia-o-desafio-da-acessibilidade-e-da-inclusao-social https://www.unifesp.br/campus/san7/todas-noticias/2298-deficiencia-o-desafio-da-acessibilidade-e-da-inclusao-social Figura 4. Representação da inclusão Fonte: Governo do Paraná/UNIFESP, 2020. https://www.unifesp.br/campus/san7/todas-noticias/2298-deficiencia-o-desafio-da-acessibilidade-e-da- inclusao-social De acordo com Aranha (2001, p. 18) a inclusão é, Processo de ajuste mútuo, onde cabe à pessoa com deficiência manifestar-se com relação a seus desejos e necessidades e à sociedade, a implementação dos ajustes e providências necessárias que a ela possibilitem o acesso e a convivência no espaço comum, não segregado. Neste momento, a sociedade passa a assumir responsabilidade na construção de possibilidades para que as pessoas com deficiência possam conviver em melhores condições. A inclusão ela não substitui a integração, mas vem melhorá-la (SOLERA, 2018). Até a chegada da inclusão, Leis e declarações foram sendo criadas e conquistadas pelas pessoas com deficiência. Estas foram trilhando caminhos para chegarmos até a inclusão e também reafirmando-a na sociedade. Hoje temos a Lei mais atual que direcionada a esses sujeitos, é a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (LEI Nº 13.146, DE 6 DE JULHO DE 2015). Esta Lei tem como objetivo, conforme mencionado em seu Art. 1º “assegurar e promover, em condições de igualdade, o exercício dos direitos e das liberdades fundamentais por pessoa com deficiência, visando à sua inclusão social e cidadania” (BRASIL, 2015). Ademais, esta Lei afirma que assegurar os direitos das pessoas com deficiência é dever do Estado, da sociedade e da família, veja a citação que segue: https://www.unifesp.br/campus/san7/todas-noticias/2298-deficiencia-o-desafio-da-acessibilidade-e-da-inclusao-social https://www.unifesp.br/campus/san7/todas-noticias/2298-deficiencia-o-desafio-da-acessibilidade-e-da-inclusao-social http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%2013.146-2015?OpenDocument Art. 8º É dever do Estado, da sociedade e da família assegurar à pessoa com deficiência, com prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à sexualidade, à paternidade e à maternidade, à alimentação, à habitação, à educação, à profissionalização, ao trabalho, à previdência social, à habilitação e à reabilitação, ao transporte, à acessibilidade, à cultura, ao desporto, ao turismo, ao lazer, à informação, à comunicação, aos avanços científicos e tecnológicos, à dignidade, ao respeito, à liberdade, à convivência familiar e comunitária, entre outros decorrentes da Constituição Federal, da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo Facultativo e das leis e de outras normas que garantam seu bem-estar pessoal, social e econômico. Neste documento, todos os direitos mencionados são esmiuçados. Visite-o na íntegra. SAIBA MAIS Você sabia que ao longo da história a pessoa com deficiência já foi chamada de monstro, monstruosidade? Pois é. Com o passar do tempo, várias nomenclaturas foram utilizadas para se referir a estes sujeitos, como deficiente, portador de deficiência. Mas o termo mais adequado e atual para se referir a elas, é PESSOA COM DEFICIÊNCIA. Imagem :Shutterstock https://www.shutterstock.com/pt/image-vector/disabled-people-disabilities-prosthesis-blind- woman-1182651652 Fonte: As autoras. https://www.shutterstock.com/pt/image-vector/disabled-people-disabilities-prosthesis-blind-woman-1182651652 https://www.shutterstock.com/pt/image-vector/disabled-people-disabilities-prosthesis-blind-woman-1182651652 3 O QUE É A DEFICIÊNCIA: CONCEITOS E CARACTERÍSTICAS Estudantes, o que é deficiência? Pare e reflita sobre este questionamento e em seguida prossiga a leitura. Sem dúvidas você já deve ter se deparado, em algum espaço, com alguma pessoa com deficiência, não é mesmo? Pois é, nos dias atuais, esses sujeitos se fazem mais presentes (atuantes) na sociedade, isso porque, como vimos nos tópicos anteriores, hoje a sociedade oferece meios para que as pessoas com deficiência tenham condições de participarem da vida social, presenciamos um momento de inclusão. Mesmo que a sociedade, assim como o espaço escolar, não seja totalmente inclusivo, estamos buscando a cada dia possibilitar maior equidade, e veja bem, já evoluímos! O que vamos discutir em seguida, faz parte dessa bagagem em prol da inclusão, pois o conhecimento desmistifica concepções e abre nossos olhos para novos caminhos. 3.1 Deficiência: modelo médico x social Você já ouviu falar em modelos de deficiência? Pois é. Eles existem. Eles se referem a formas de se entender a deficiência. São eles: Modelo Médico e Modelo Social. No modelo médico, deficiência, de acordo com a Organização Mundial da Saúde - Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF) (2004, p. 49), é definida como “problemas nas funções ou nas estruturas do corpo, tais como um desvio importante ou uma perda”. Marques, Cidade e Lopes (2009, p. 119), trazem a deficiência como “problemas nas funções ou nas estruturas do corpo como um desvio significativo ou uma perda”. Tais conceitos associam a deficiência à dimensão biológica dos sujeitos. Com isso, as alterações ou danos, significaram impedimento, que levaria a incapacidade (FERREIRA; GUIMARÃES, 2003). Incapacidade para Marques, Cidade e Lopes (2009, p. 119) “é uma desvantagem individual, resultante do impedimento ou da deficiência, que limita ou impede o cumprimento ou desempenho de um papel social”. A deficiência nesse olhar, é algo natural do corpo, tendo por exemplo, como suporte para melhoria da qualidade de vida desses sujeitos, a medicina, a reabilitação. Sendo apenas do sujeito a responsabilidade por não conseguir ir e vir, por exemplo, de forma independente na sociedade. Com o passar dos anos, esse modelo foi perdendo força e abrindo espaço para outras formas de pensamento. Então, a este modelo médico, integrou-se um conceito construído a partir da área das humanidades, o modelo social. De acordo com este modelo, a deficiência não está relacionada apenas ao corpo, e sim a restrição social (SOLERA, 2018). Assim a deficiência teria sua causa associada a imposição social de barreiras que irão impedir ou dificultar às pessoas com deficiência usufruírem seus direitos. Estudante, conseguiu identificar a diferença entre os modelos? É importante ressaltar que eles se complementam. Então podemos afirmar que a deficiência está associada a questões biológicas sim, mas ela só se torna uma desvantagem em uma sociedade cheia de barreiras. Devemos então, contribuir para que possamos possibilitar a nossos alunos, um ambiente, um espaço que possibilite a ele frequentar, conviver e se desenvolver de forma autônoma, sem barreiras. Para finalizar, trazemos a definição de pessoa com deficiência, segundo a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência). Esta é a Lei mais atual relacionada à pessoa com deficiência, sendo assim ela é vista como, Art. 2º [..] aquela que tem impedimento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas (BRASIL, 2015). É possível observar nesta definição a tentativa de junção dos modelos que estamos tratando neste subtópico, conseguiu identificar? Ao mesmo tempo em que se relaciona a pessoa com deficiência ao um impedimento, ela afirma que este pode ser fortalecido por meio da interação com barreiras, o que implica na dificuldade de participação plenae efetiva na sociedade. Estudante, definir a deficiência não é tarefa simples, assim como não se trata de algo engessado, é algo biológico e social, que poderá refletir em nossa atuação. Então temos a responsabilidade de entender do que trata este assunto e contribuir com a minimização de barreiras para uma inclusão efetiva. 3.2 Deficiência Física De acordo com Marques, Cidade e Lopes (2009, p. 128) a deficiência física “caracteriza-se por uma alteração da estrutura anatômica ou da função que interfere na movimentação e/ou locomoção do indivíduo e lhe causa dificuldades de participar da vida de forma independente”. Para Diehl (2006, p. 92), as pessoas com deficiência física são aquelas que “apresentam algum tipo de comprometimento para a realização dos padrões motores esperados”. Isso resulta na dificuldade em executar os padrões motores, o que pode consequentemente pode comprometer ou não a realização de alguns movimentos como: “caminhar, correr, saltar, manipular coordenadamente objetos e movimentos de estabilização”. As deficiências físicas podem ser de origem cerebral, medular, muscular ou ósseo-articular, o que afetará diferentes áreas motoras. Vamos conhecer então algumas deficiências? 3.2.1 Origem Cerebral As deficiências de origem cerebral, de acordo com Diehl (2006), têm sua causa devido a lesões que acontecem no cérebro, afetando diferentes partes do corpo. Segundo Diehl (2006) e Marques, Cidade e Lopes (2009) as deficiências podem causar: ● Monoplegia: quando um membro do corpo é afetado. ● Diplegia: quando afeta dois membros. ● Triplegia: quando afeta três membros. ● Quadriplegia: quando afeta quatro membros. ● Hemiplegia: comprometimento completo, apenas de um lado do corpo. ● Paraplegia: comprometimento de ambos os membros inferiores. A paralisia cerebral é o tipo mais comum de deficiência de origem cerebral. 3.2.1.1 Paralisia Cerebral Figura 5. Criança com Paralisia Cerebral Fonte: Shutterstock https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/cheerful-boy-disability-rehabilitation-center-kids-524271736 A Paralisia Cerebral (PC), para Diehl (2006, p. 94), “é uma lesão que afeta o Sistema Nervoso Central (SNC) antes que seu desenvolvimento tenha se completado, causando desordem motora e sensitiva na movimentação ampla e fina do corpo”. A PC pode ser classificada de acordo com o tipo de alteração do controle de movimento. Veja a seguir. ● Espástica: O tônus muscular está aumentado (HERNÁNDEZ et al., 2018). Há uma desordem nos movimentos voluntários do sujeito, fazendo com que todo o corpo participe de um movimento, que em pessoas sem a PC espástica, envolveria apenas uma parte do corpo (DIEHL, 2006). ● Atetóica: Neste tipo, o tônus muscular apresenta variações, podendo em momentos estar em hipotonia e em outros em hipertonia. Essa mudança se dá conforme a atividade e também provoca movimentos involuntários anormais (HERNÁNDEZ et al., 2018). Esse movimento involuntário pode acontecer até mesmo em repouso (DIEHL, 2006). ● Atáxica: O tônus muscular tende a estar diminuído com frequência. Há um distúrbio motor que acarreta em problemas na postura e na coordenação motora, o que consequentemente reflete em dificuldades no equilíbrio e na percepção tátil https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/cheerful-boy-disability-rehabilitation-center-kids-524271736 (DIEHL, 2006). As crianças podem ter dificuldades em se manter em uma determinada posição (HERNÁNDEZ et al., 2018). De acordo com Hernández et al. (2018) a alteração cerebral tende a dar origem a transtornos do movimento e do tônus muscular, como vimos nos tipos mencionados anteriormente. Isso resulta na falta de coordenação e de equilíbrio muscular. Destacamos ainda, que a gravidade da PC pode variar bastante. Podemos ter crianças com profundas alterações da postura, com quase que ausência total de autonomia, assim como, podemos ter apenas crianças com uma desordenação para movimentos finos. Pessoas podem ter a necessidade de utilizar uma comunicação alternativa (Figura 6), enquanto outras podem se comunicar verbalmente, como os demais sujeitos. Figura 6. Pasta de comunicação alternativa Fonte: Blog AEE 2013 Bruna. http://aeeufc2013bruna.blogspot.com/2013/09/pasta-de-comunicacao-alternativa.html A figura 6, mostra uma pasta de comunicação alternativa, ou seja, é um meio de comunicação para a PC. Então as figuras e as páginas podem ser adicionadas conforme necessidade do sujeito, que por sua vez, apontará a figura de acordo com o que ele deseja ou necessita dizer. Veja estudante, podemos nos deparar com crianças que apresentam comprometimento intelectual associado a PC, mas isso não é regra. A PC está ligada a dificuldades motoras. Sendo assim, na maioria dos casos o intelecto está preservado, possibilitando a essas pessoas, por exemplo, a participação em jogos complexos. Devemos tomar cuidado ao depararmos com tais sujeitos, pois muitas das pessoas confundem as dificuldades motoras, com deficiência intelectual, e com essa falta de conhecimento, agem de forma errônea, fortalecendo atitudes que andam na contramão da inclusão. Fique atento! http://aeeufc2013bruna.blogspot.com/2013/09/pasta-de-comunicacao-alternativa.html SAIBA MAIS “A incidência normal da PC é de cerca de 2% das crianças nascidas vivas, mas este número varia segundo as séries estudadas, os critérios de seleção, o tempo e o tipo de comunidade analizada" (HERNÁNDEZ et al., 2018, p. 19). #SAIBA MAIS# 3.2.2 Origem Muscular As deficiências físicas neste tipo, tem sua origem associada a questão muscular, há uma degeneração progressiva da musculatura. Sua origem é genética e esta ligada ao sexo (DIEHL, 2006). O tipo mais comum é chamado de Distrofia Muscular de Duchenne. Vamos conhecer? 3.2.2.1 Distrofia Muscular Progressiva de Duchenne A Distrofia Muscular Progressiva de Duchenne é uma “doença neuromuscular transmitida por herança recessiva ligada ao gênero: as mães são portadoras do gene responsável que desencadeia a enfermidade e esta afeta a 50% dos filhos homens” (HERNÁNDEZ, et al., 2018, p. 24). Diehl (2006) afirma que é uma deficiência rara em meninas. Ela aparece em torno dos 4 anos de idade e, segundo Diehl (2006) possui duas etapas bem definidas: 1. No primeiro momento há o aparecimento de um desequilíbrio da marcha que, aos poucos, vai aumentando e evolui para um desvio na coluna que acaba por piorar a postura, levando a criança ao uso de cadeira de rodas. 2. A partir dos 10 anos, aproximadamente, há um agravamento da degeneração e o adolescente irá precisar ser auxiliado em todas as tarefas, atividades, isso porque tem uma perda de força. De forma geral, pessoas com Distrofia Muscular Progressiva de Duchenne vão a óbito em torno de 20 anos, por insuficiência respiratória (DIEHL, 2008). Hernández et al. (2018, p.25) destacam que, na realização de atividade física, deve-se levar em consideração estas características. Atividades na água não são ótima ideia, pois as pessoas conseguirão se deslocar com maior facilidade. Ademais, é importante ressaltar que a criança com Distrofia de Duchenne “não pode esgotar sua musculatura no decorrer da prática física, embora esta seja uma terapia”. 3.2.3 Origem Ósseo-articular As deficiências de origem ósseo-articular, são aquelas em que as lesões afetam principalmente o tecido ósseo e/ou articular. Isso pode levar a sequelas no aparato motor (DIEHL, 2006). Tais lesões podem ser originadas antes ou durante o nascimento da criança, que são as chamadas de malformações congênitas, ou podem ainda, ser adquiridas ao longo da vida, como exemplo temos a amputação. 3.2.3.1 Malformações A malformação pode acontecer durante a gestão ou no momento do nascimento. Isso pode resultar na ausência de um membro completoou ausência de alguma parte. Essa ausência de membro ou de parte dele pode ser causada por toxicidade de medicamentos, podemos mencionar como exemplo a talidomida (DIEHL, 2006). Figura 8. Malformação na mão Fonte: Shutterstock https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/malaga-andalusia-spain-15-april-2019-1762186289 Diehl (2006) aponta que há também outra forma de malformação congênita. Esta diz respeito à rigidez articular, há a calcificação das articulações de forma com que o sujeito pede a mobilidade dos locais atingidos. 3.2.3.2 Amputação A amputação, de acordo com Hernández et al. (2018, p. 30) é “perda total ou parcial de uma extremidade superior ou inferior”. Amputação é uma lesão adquirida, em geral, tem como causa algum trauma que acaba afetando o sistema nervoso periférico, causando sequelas graves, que por sua vez, se torna necessário a retirada do membro um pouco acima da lesão (DIEHL, 2006). O médico irá preservar a parte de cima do membro que foi amputado. Este restante é chamado de coto. É o coto que permite a colocação da prótese (DIEHL, 2006). Tais próteses substituem a extremidade perdida (HERNÁNDEZ, et al., 2018). https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/malaga-andalusia-spain-15-april-2019-1762186289 Figura 9. Membro inferior amputado. Fonte: Shutterstock. https://image.shutterstock.com/image-photo/amputated-woman-cinematic-image-beautiful- 600w-1892122660.jpg Estudante, é importante ressaltar que a amputação pode acontecer em qualquer momento da vida. Suas causas podem ser: ● Congênitas: quando acontece a falta de formação embrionária. ● Traumáticas: por acidentes de trânsito ou de trabalho… ● Vasculares: ocorre em pessoas que possuem diabetes ou arteriosclerose. ● Tumorais: por tumores. 3.2.4 ORIGEM MEDULAR https://image.shutterstock.com/image-photo/amputated-woman-cinematic-image-beautiful-600w-1892122660.jpg https://image.shutterstock.com/image-photo/amputated-woman-cinematic-image-beautiful-600w-1892122660.jpg As deficiências de origem medular são aquelas causadas por lesões na região da coluna medular, com isso, afeta-se a sensibilidade, o controle motor ou os dois. Ela pode ocorrer na coluna cervical (C1 a C7), torácica (T1 a T12), lombar (L1 a L5) ou sacral (DIEHL, 2006). Veja a figura 6, que representa a coluna. Figura 10. Coluna vertebral Fonte: Shutterstock https://image.shutterstock.com/image-vector/human-spine-vertebral-column-name-600w- 1478879357.jpg A deficiência de origem medular, podem ter suas lesões originadas da Espinha Bífida, Traumatismos e outros. 3.2.4.1 Espinha Bífida De acordo com Hernández et al. (2018, p. 16), a espinha bífida é “uma malformação congênita que consiste numa falha no fechamento do tubo neural durante o período embrionário”. Quando a criança ainda está útero, não acontece o fechamento total da coluna vertebral quando ela se forma, e com isso, algumas vértebras ficam abertas e parte da medula espinhal fica para fora (HERNÁNDEZ et al., 2018). A criança que nasce com a espinha bífida apresenta uma protuberância nas costas bem evidente. Hernández et al. (2018) traz uma primeira classificação: ● Espinha bífida oculta: aqui não há protuberância e nem manifestação externa de algo. Este é o tipo mais leve e comum de espinha bífida (MARQUES; CIDADE; LOPES, 2009). Figura 11. Espinha bífida oculta Fonte: Tua Saúde, s/d. https://www.tuasaude.com/espinha-bifida-oculta/ ● Meningocele: há meninge e líquido cefalorraquidiano na protuberância, não células nervosas. Para Marques, Cidade e Lopes (2009), essa forma de espinha bífida raramente tem danos neurológicos. https://www.tuasaude.com/espinha-bifida-oculta/ Figura 12. Meningocele Fonte: Saúde News, 2020. https://www.amato.com.br/meningocele-mielomenigocele-espinha-bifida/ ● Mielomeningocele: malformação medular, acarretando em hérnia dorsal com células nervosas. Este é o tipo mais grave. A mielomeningocele acontece com mais frequência nas vértebras lombares, o que limita a deficiência aos membros inferiores (MARQUES; CIDADE; LOPES, 2009). https://www.amato.com.br/meningocele-mielomenigocele-espinha-bifida/ Figura 13. Mielomeningocele Fonte: Blog Casa Adaptada, 2016. https://casadaptada.com.br/2016/12/mielomeningocele-causas-sintomas-e-tratamentos/ 3.2.4.2 Traumatismos medulares A coluna é parte integrante do Sistema Nervoso Central, qualquer lesão que aconteça nela, causará danos irreversíveis. Segundo Diehl (2006, p. 98), “conforme o trauma, o indivíduo pode perder parcial ou totalmente a sensibilidade do corpo e o controle dos movimentos logo abaixo de onde ocorreu a lesão”. A altura da lesão na coluna está relacionada com a consequência desta, ou seja, quanto mais alta a lesão maior o comprometimento. Veja a seguir um quadro com a explicação acerca das lesões, classificações e consequências. https://casadaptada.com.br/2016/12/mielomeningocele-causas-sintomas-e-tratamentos/ Quadro 1. Lesões, classificações e consequências ALTURA DA LESÃO CLASSIFICAÇÃO CONSEQUÊNCIA Acima da C4 Tetraplegia alta Perda da capacidade respiratória, perda sensitiva e do controle motor dos quatro quatro membros e tronco. Cervicais abaixo da C4 Tetraplegia Perda sensitiva e do controle motor dos quatro membros e tronco. Torácicas Paraplegia alta Perda sensitiva e do controle motor dos membros inferiores e tronco. Lombares Paraplegia baixa Perda sensitiva e do controle motor da musculatura do quadril e dos membros inferiores. Sacrais e coccígeas Paralisia parcial Perda parcial da sensibilidade e do controle motor da musculatura e dos membros inferiores. Fonte: Diehl, 2006, p.98. REFLITA Você sabia que a principal origem das deficiência físicas no Brasil advém de acidentes de trânsito e de trabalho? Pois é. Essa informação é verdadeira. Fonte: Hernádez et al., 2018. #REFLITA# 3.3 Deficiência Visual Figura 14. Criança com deficiência visual Fonte: Shutterstock. https://image.shutterstock.com/image-photo/blind-visually-impaired-childkidtoddlerpreschoolerboy- walking-600w-1192950877.jpg Então estudante, você sabe o que é a deficiência visual e como devemos chamar tais sujeitos? Vamos juntos descobrir. A deficiência visual, é um termo que usamos para nos referirmos à perda visual que não pode ser corrigida com lentes por prescrição regular (SILVA; VITAL; MELLO, 2012), “se refere a uma limitação sensorial que anula a ou reduz a capacidade ver” (MARQUES; CIDADE; LOPES, 2009). A deficiência visual pode ser de origem congênita ou adquirida, ou seja, o sujeito nasce com a deficiência ou a adquire ao longo da vida. Um exemplo para essa aquisição, seria o glaucoma, a retinose pigmentar, retinoblastoma, diabetes tipo 1. A pessoas que possuem deficiência visual ela pode ser cega ou ter baixa visão. A pessoa cega é aquela que não consegue ver nada. A cegueira é a “ausência ou perda da visão em ambos os olhos, ou um campo inferior a 0,1 grau do melhor olho” (DIEHL, 2006, p. 62), isso mesmo após correção. Falando sobre o viés https://image.shutterstock.com/image-photo/blind-visually-impaired-childkidtoddlerpreschoolerboy-walking-600w-1192950877.jpg https://image.shutterstock.com/image-photo/blind-visually-impaired-childkidtoddlerpreschoolerboy-walking-600w-1192950877.jpg educacional, Diehl (2006) afirma que a cegueira é vista como perda total da visão ou resíduo mínimo de visão que leva o aluno a utilizar do Braille (sistema de escrita tátil) para ler e escrever, além de outros recursos didáticos necessários. Observe a figura abaixo, nela você encontra o alfabeto em braille. Figura 15. Alfabeto em braille Fonte: Shutterstock https://image.shutterstock.com/image-illustration/braille-visually-impaired-writing-system-600w-1858649119.jpg A pessoa que possui baixa visão, são aquelas que “apresentam desde condições de indicar projeção luminosa, até o grau em que a redução de sua acuidade visual limite o desempenho das atividades diárias da vida” (MARQUES; CIDADE; LOPES, 2009, p. 140). Na educação elas também necessitam de recursos didáticos especiais, como alteração da cor do papel, impressão com letras grandes. As pessoas com deficiência visual podem usar uma bengala. Esta bengala possui cores, que por sua vez ajudam a identificar a deficiência. Veja a figura 16. https://image.shutterstock.com/image-illustration/braille-visually-impaired-writing-system-600w-1858649119.jpg https://image.shutterstock.com/image-illustration/braille-visually-impaired-writing-system-600w-1858649119.jpg Figura 16. Cores de bengala e tipos de deficiência Fonte: Folha da Terra, 2019. https://www.portalfolhadaterra.com.br/wp-content/uploads/2019/12/Deficientes- visuais.jpg.pagespeed.ce_.NNnkmDdN5D.jpg Estudante, a pessoa que utiliza a bengala branca é cega. A pessoa que usa a bengala verde, possui baixa visão e a pessoa com a bengala vermelha e branca, significa que é surda e cega. Além da bengala a pessoa com deficiência visual pode utilizar como meio de orientação e mobilidade o cão-guia (figura 17) (ele indica os espaços em que a pessoa pode se deslocar com segurança) e o guia humano ou vidente (a pessoa com deficiência visual é orientada por uma pessoa que enxerga) (figura 18). https://www.portalfolhadaterra.com.br/wp-content/uploads/2019/12/Deficientes-visuais.jpg.pagespeed.ce_.NNnkmDdN5D.jpg https://www.portalfolhadaterra.com.br/wp-content/uploads/2019/12/Deficientes-visuais.jpg.pagespeed.ce_.NNnkmDdN5D.jpg Figura 17. Cão guia Fonte: shutterstock. https://image.shutterstock.com/image-photo/guide-dog-helping-blind-woman-600w- 714740041.jpg Figura 18. Guia humano Fonte: Solera (2021) 3.4 Deficiência Auditiva A pessoa que possui deficiência auditiva, é chamada de surda, sendo assim ela possui surdez. A surdez caracteriza-se pela “perda total ou parcial da capacidade de https://image.shutterstock.com/image-photo/guide-dog-helping-blind-woman-600w-714740041.jpg https://image.shutterstock.com/image-photo/guide-dog-helping-blind-woman-600w-714740041.jpg conduzir ou perceber sinais sonoros, ou seja, corresponde à perda parcial ou total da audição” (DUARTE; GORLA, 2009, p. 24). A surdez pode ser: ● Surdez de condução: a lesão está localizada no ouvido externo ou médio, o que leva a diminuição da audição na intensidade sonora. ● Surdez neurossensorial: lesão no ouvido interno, no labirinto. Há a diminuição ou perda da capacidade de perceber o som. Independente do tipo de surdez, as alterações poderão ocorrer em maior ou menor grau. De acordo com Duarte e Gorla (2009, p. 25) “ o surdo, muitas vezes escuta o som, mas não compreende o que está escutando, e isso pode desencadear irritação, frustração, curiosidade e desmotivação, que podem interferir em seu processo cognitivo e psicológico". Mas estudante, você sabe como se identifica e mede o grau de audição de uma pessoa? Por meio de testes audiométricos. Veja o quadro abaixo (Quadro 2) sobre os níveis de limiares auditivas. Quadro 2. Níveis de limiares auditivas DEFICIÊNCIA AUDITIVA LIMIAR AUDITIVO EXEMPLOS APROXIMADOS Leve 25 a 40 dB Sussurro/cochicho Moderada 41 a 55dB Voz fraca Acentuada 56 a 70 dB Voz normal Severa 71 a 85dB Tráfego, furadeira, voz forte Grave 86 a 90 dB Liquidificador, voz muito forte Profunda Superior a 91dB Trem, britadeira, buzina de automóvel, turbina de avião, sons que causam dor. Fonte: Diehl, 2006, p. 43. Sendo assim, pessoas que têm perda auditiva em ambos os ouvidos e escutam entre 25 a 40 dB são consideradas pessoas com deficiência auditiva leve. Estes sujeitos irão conseguir ouvir o som de uma conversa sussurrada, mas eles não ouvem, por exemplo, os barulhos das folhas. E assim por diante conforme mencionado no quadro 2. É importante destacar que a surdez pode ser congênita ou adquirida. E a pessoa com deficiência auditiva utilizará da língua de sinais para sua comunicação. Esta língua “é uma forma de comunicação estritamente visual, comunicada através de gestos codificados, tais como expressões faciais e pequenos movimentos do corpo” (DIEHL, 2006, p. 45). Figura 19. Língua de sinais Fonte: Shutterstock. https://image.shutterstock.com/image-photo/african-deaf-kid-girl-her-600w-1687124812.jpg 3.5 Deficiência Intelectual A deficiência intelectual é aquela que está associada a um funcionamento intelectual abaixo da média. Para Silva, Vital e Mello (2009) a deficiência intelectual é resultado de múltiplos fatores, mas o que há de comum, é a insuficiência intelectual. Geralmente esses sujeitos possuem um ritmo mais lento de aprendizagem. Esse https://image.shutterstock.com/image-photo/african-deaf-kid-girl-her-600w-1687124812.jpg funcionamento abaixo da média, interfere em atividades como comunicação, realizações de tarefas diárias, adaptação social, segurança, lazer, trabalho, entre outros. Há tipos de deficiência intelectual, que dependendo do grau de comprometimento dos sujeitos, eles irão apresentar algumas características. Esses tipos estão relacionados com QI (Quociente de Inteligência), que é um indicador derivado de vários testes que avaliam a capacidade cognitiva das pessoas. Para Silva, Vital e Mello (2009), são eles: ● Profundo (QI abaixo de 19): esses indivíduos apresentam independência completa, eles não conseguem cuidar de si mesmos. Possuem limitações extremamente acentuadas de aprendizagem. ● Severo (QI entre 20 e 35): os sujeitos ainda precisam de apoio tanto em casa quanto na escola. Há um acentuado prejuízo de comunicação e mobilidade. Essas pessoas podem chegar a resultados por meio de atividades condicionadas e repetitivas de forma supervisionada. ● Moderado (QI entre 36 e 51): indivíduo que possui um considerável atraso na aprendizagem e na maioria dos casos apresenta problemas motores visíveis. Apesar disso, tal sujeito apresenta maior facilidade social, assim como a inserção social na família, na escola e na comunidade. ● Leve (QI entre 55 e 69): são as pessoas que apresentam uma aprendizagem lenta, mas que possuem capacidade para realizar tarefas escolares e da vida diária. ● Limítrofe (QI entre 68 e 84): Aqui o sujeito é considerado como a pessoa que possui um desvio de inteligência por conta de algumas dificuldades em exercer tarefas que precisam de raciocínio lógico e grande demanda cognitiva. Como exemplo de deficiência intelectual temos a Síndrome de Down. 3.5.1 Síndrome De Down A Síndrome de Down é uma anomalia causada por um acidente genético na hora da divisão cromossômica das células (DIEHL, 2006). Em pessoas sem esta síndrome, as células possuem 46 cromossomos e estes estão distribuídos em 23 pares. Na Síndrome de Down, o erro acontece no cromossomo 21, que fica com 3 cromossomos, ao invés de dois (figura 20). Figura 20. Trissomia 21 Fonte: Shutterstock https://www.shutterstock.com/pt/image-illustration/down-syndrome-trisomy-chromosome-21- 1526557787 Por isso, esta síndrome também é conhecida como Trissomia 21 (DANIELSKI, 2001). Este tipo de erro acontece em 95% dos casos de Síndrome de Down. Os outros 5% estão entre a Translação e a Síndrome de Down em Mosaico. A Translação é caracterizada “por uma translocação entre o cromossomo 21 e um dos demais cromossomos, geralmente o 12 ou o 22” (DIEHL, 2006, p. 79). Ela ocorre em cerca de 4% dos pacientes. A Síndrome de Down em Mosaico, ocorre em 1% dos sujeitos. Neste caso “a “primeira célula” do embrião é normal e o erro ocorre no momento da primeira duplicação desta célula e se repete em cada célula enquanto o feto se desenvolve” (DANIELSKI, 2001, p. 25).Apesar desses casos, as pessoas com Síndrome de Down possuem algumas prováveis características. São elas: “Hipotonia, baixa estatura, pescoço curto, orelhas com aparência dobrada típica, boca aberta com a língua protrusa, prega no canto dos olhos semelhante à das pessoas da raça mongólica, pele áspera e seca, dentes pequenos” (DIEHL, 2006, p. 79). A mobilidade pode ser desajeitada e acanhada (DANIELSKI, 2001). Figura 21. Criança com Síndrome de Down Fonte: Shutterstock. https://image.shutterstock.com/image-photo/cute-little-girl-painted-hands-600w-296822216.jpg Você já deve ter visto uma criança com Síndrome de Down, não é mesmo estudante? Devido a questão genética, é possível reconhecermos tais sujeitos em boa parte dos casos, pois a aparência entre eles é muito semelhante. Veja a próxima figura. https://image.shutterstock.com/image-photo/cute-little-girl-painted-hands-600w-296822216.jpg Figura 22. Crianças com Síndrome de Down. Fonte:Shutterstock https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/children-down-syndrome-friendly-company-dogs- 753545983 Essas crianças podem apresentar algumas anomalias, como: instabilidade atlantoaxial, convulsões, epilepsia, cardiopatias congênitas, duplicação intestinal, infecções do aparelho respiratório, estrabismo/miopia, entre outras (DIEHL, 2006). Ademais, possuem também deficiência intelectual, tendo um processo de aprendizagem mais lento, dificuldade de manter a atenção por muito tempo, antecipar e selecionar estímulos e respostas (MARQUES; CIDADE; LOPES, 2009). https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/children-down-syndrome-friendly-company-dogs-753545983 https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/children-down-syndrome-friendly-company-dogs-753545983 CONSIDERAÇÕES FINAIS Estudante, chegamos ao fim de nossa primeira unidade da apostila de “Educação Física Adaptada e Inclusiva”. Nesta empreitada inicial, desvendamos o campo voltado à pessoa com deficiência. Você teve a oportunidade de ter contato com aspectos históricos da Educação Física Adaptada e da pessoa com deficiência, assim como, pode conhecer algumas das características e tipos das deficiências física, visual, auditiva e intelectual. Frente a isso podemos concluir que: O esporte adaptado surgiu com o intuito de auxiliar as pessoas mutiladas da guerra em sua recuperação e partir disso, tem evoluído a cada dia e possibilitado às pessoas que o pratica diversos pontos positivos, não é mesmo? Além disso, trouxe para a Educação Física a oportunidade de olhar para um corpo fora de um padrão socialmente estabelecido, buscando compreender suas práticas e propositivas para além do corpo perfeito, saudável, forte, etc. O percurso histórico da pessoa com deficiência não foi fácil. Pelo contrário, foi sempre desafiador. Mas apesar de tais sujeitos terem percorrido os caminhos da exclusão, segregação, integração, hoje nos deparamos com o momento de inclusão, no qual, as pessoas com deficiência podem se sentir pertencentes à sociedade, assim como possuem melhores condições para convivência e seu desenvolvimento autônomo. No entanto, vale ressaltar que ainda temos muito a fazer. Quanto às deficiências física, visual, auditiva e intelectual, é preciso ter em mente a importância de conhecer cada detalhe destas e suas especificidades. Apesar de termos definido, por exemplo, os tipos de deficiência física, cada sujeito pode apresentar uma condição particular. Fique atento! Por fim estudante, estes conhecimentos são extremamente importantes para o decorrer de seus estudos em nossa apostila. Conhecer a história é uma forma de entender os desdobramentos atuais, assim como, conhecer os tipos de deficiência é a base para em seguida conhecer as modalidades esportivas destinadas a ela. Vamos em frente! LEITURA COMPLEMENTAR Caro(a) estudante, vimos que as pessoas com deficiência apresentam algumas especificidades que devem ser levadas em consideração ao intervimos junto a elas e que nem todas as ações partem efetivamente dos preceitos da integração e inclusão. Quando olharmos a pessoa com deficiência apenas em suas limitações e buscamos ajudá-la fazendo as coisas por ela e não a auxiliando a fazer por si mesmo (em suas potencialidades) não estamos incluindo e sim evidenciando suas dificuldades, agindo de forma assistencialista. Por isso, lembre-se de sempre ver o que a pessoa com deficiência consegue fazer para então buscar a melhor forma de ajudá-la, viabilizando autonomia a mesma. Nesta unidade, conhecemos as deficiências em seus conceitos e características, compreendendo seus modelos e tipos e vimos também que a Educação Física Adaptada,expressão relativamente nova (proposta em 1950 pela Association for Health, Physical Education, Recreation and Dance) vem se instaurando como um campo de atuação que busca promover saúde, bem estar físico, psicológico, social e cognitivo para essas pessoas, por isso, é um campo multifacetado que diariamente se reinventa e abre novas possibilidades de práticas e atuação profissional. As primeiras ações sistematizadas para os propósitos supra apresentados, partiram das propositivas do Dr. Ludwig Guttman, conhecido como pai da Educação Física Adaptada, em especial dos esportes paralímpicos. No Brasil, segundo Costa e Souza (2004) a preocupação com práticas direcionadas às pessoas com deficiência e ao esporte adaptado ganham força em 1950, com enfoque médico, ou seja, direcionado para prevenção de doenças e exercícios de correção e prevenção, mas de certa forma, nos dias de hoje ainda possuem algumas lacunas que precisam ser revistas e melhoradas, ampliando o olhar para a Educação Física Adaptada como um meio de inserção social e efetiva inclusão. Vocês já pararam para pensar que os esportes adaptados/paralímpicos, são sim um meio de reintegração social, saúde, qualidade de vida, etc., mas muitas vezes essas práticas são realizadas apenas entre pessoas com deficiência? Para uma efetiva inclusão e atender os propósitos em sua plenitude, essas experiências corporais precisam envolver pessoas com e sem deficiência, por isso os esportes adaptados precisam ser fomentados no contexto escolar, de centros esportivos, academias, clubes e associações, entre tantos outros. Carmo (2002) traz reflexões importantes; será que a Educação Física está preparada para tratar o uno e o diverso em uma mesma prática corporal? Quais práticas propõe a participação conjunta de pessoas com e sem deficiência? Será possível uma educação inclusiva? As escolas, alunos, professores, espaços públicos estão preparados e abertos para essas experiências? Ficam aqui algumas reflexões importantes para a Educação Física Adaptada e para busca da inclusão, esperamos que ao longo deste material você encontre respostas para esses e tantos outros questionamentos. Fonte: Anversa; Solera (2021) LIVRO • Título. Educação Física Adaptada. • Autor. Maria de Fátima Fernanda Vara; Ruth Eugênia Cidade. • Editora. Intersaberes. • Sinopse . A prática de atividades físicas é de suma importância para a manutenção da saúde das pessoas. Quando a atividade física é um esporte, os ganhos são ainda maiores, uma vez que ele proporciona, entre outras habilidades, a de superação de obstáculos. Nesse sentido, a educação física adaptada entra em cena para garantir que o desenvolvimento de práticas tão benéficas da cultura corporal de movimento e do esporte estejam ao alcance de todos. Acompanhe-nos nestas páginas e descubra novas formas de ensinar, explorar e valorizar a possibilidade e o potencial de cada aluno, de modo que a diferença seja a motivação para novas oportunidades de aprendizado. FILME/VÍDEO • Título. Intocáveis. • Ano. 2019. • Sinopse. O filme“Intocáveis”, escrito e dirigido por Eric Toledano e Olivier Nakache, conta a história de tetraplégico milionário, que contrata um homem da periferia para ser o seu acompanhante, apesar de sua aparente falta de preparo. Ao longo do filme, a relação que antes era profissional cresce e vira uma amizade que mudará a vida dos dois. REFERÊNCIAS ARANHA, M. S. F. Paradigmas da relação da sociedade com as pessoas com deficiência. Revista do Ministério Público do Trabalho, São Paulo, n. 21, p. 160-173, mar. 2001. BRASIL, Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015. Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência). Brasília, DF, 2015a. Sessão 1, p. 2. Disponível em: http://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/2015/lei-13146-6-julho- 2015-781174-norma-pl.html. Acesso: 25 abri. 2021. CARMO, A.A do. Inclusão escolar e a educação física: que movimentos são estes. Revista Integração, p. 6-13, 2002. CIDADE, R. E. A.; FREITAS, P. S. 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ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde-CIF. Lisboa, 2004. Disponível em: http://www.inr.pt/uploads/docs/cif/CIF_port_%202004.pdf. Acesso em: 3 mar. 2021. SOLERA, Bruna. Deficiência, corpo e inclusão: um estudo a partir de praticantes de esportes paralímpicos. 2018. Dissertação (Mestrado em Educação Física)– Centro de Ciências da Saúde. Universidade Estadual de Maringá, Maringá, 2018. SILVA, A.; VITAL, R.; MELLO, M. T. Deficiência, incapacidades e limitações que influenciam na prática do esporte paralímpico. In: MELLO, M. T.; WINCKLER, C. Esporte Paralímpico. São Paulo: Atheneu, 2012. WINNICK, J. Educação física e esportes adaptados. São Paulo: Manole, 2004. UNIDADE II ESPORTES ADAPTADOS E PARALÍMPICOS Professora Doutora Ana Luíza Barbosa Anversa Professora Mestre Bruna Solera Plano de Estudo: • Esportes Adaptados x Esportes Paralímpicos; • Esportes Paralímpicos de Verão; • Esportes Paralímpicos de Inverno. Objetivos de Aprendizagem: • Conceituar e caracterizar os Esportes Adaptados e Esportes Paralímpicos; • Conhecer as modalidades de verão e inverno de Esporte Paralímpico. INTRODUÇÃO Olá estudante, Seja bem vindo (a) a segunda unidade da nossa apostila de “Educação Física Adaptada e Inclusiva”! Esta unidade, intitulada de “Esportes Adaptados e Paralímpicos” tem como objetivo possibilitar a você conhecimentos acerca das modalidades esportivas que foram adaptadas ou criadas para pessoas com deficiência, destacando os esportes Paralímpicos de verão e de inverno. Sendo assim, dividimos esta unidade em três momentos: tópico 1 “Esportes Adaptados x Esportes Paralímpicos”, tópico 2 “Esportes Paralímpicos de Verão” e tópico 3 “Esportes Paralímpicos de Inverno”. No primeiro tópico iremos conceituar esporte adaptado e esporte paralímpico, assim como diferenciá-los. Você conhece essa diferença? Já no tópico seguinte, você terá a oportunidade de conhecer as modalidades que integram o programa de esporte paralímpico de verão, como, a bocha, basquete em cadeira de rodas, canoagem, ciclismo, entre outros. E por fim, no terceiro tópico, haverá a exposição das modalidades esportivas paralímpicas de inverno, como esqui cross country, curling em cadeira de rodas, hóquei no gelo, snowboard, esqui alpino e biatlo. Será uma caminhada incrível que contribuirá com a sua formação e atuação profissional. Bons estudos! Imagem do Tópico: https://image.shutterstock.com/image-vector/group-multiracial-man-woman-on- 600w-1787474846.jpg www.shutterstock.com/ 1 ESPORTES ADAPTADOS X ESPORTE PARALÍMPICOS: CONCEITOS E HISTÓRIA O esporte adaptado é uma terminologia que abrange a prática esportiva realizada pelas pessoas com deficiência com o objetivo de inclusão ou melhoria nas questões motoras (COSTA; WINCKLER, 2012). Ele é baseado em modalidades convencionais que foram adaptadas para a participação desses sujeitos (exemplo, Basquete em Cadeira de Rodas, Vôlei Sentado, Bocha) ou foram criadas especificamente para atender as necessidades de uma deficiência, como é o caso do goalball, esporte criado exclusivamente para pessoas com deficiência visual. Enquanto o esporte paralímpico, se caracteriza como uma das formas do esporte adaptado (MARQUES; GUTIERREZ, 2014). As modalidades que se encaixam aqui, são reconhecidas pelo Comitê Paralímpico Internacional. Sendo assim, ele se constitui como um espaço mais restrito, pois remete a prática de modalidades de verão e modalidades https://image.shutterstock.com/image-vector/group-multiracial-man-woman-on-600w-1787474846.jpg https://image.shutterstock.com/image-vector/group-multiracial-man-woman-on-600w-1787474846.jpg http://www.shutterstock.com/ de inverno e demanda uma avaliação médica e funcional do praticante, para partidas oficiais. Tais modalidades estão presentes nos chamados Jogos Paralímpicos. De acordo com Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), seguem as modalidades que temos em tal competição: Modalidades de Verão: Atletismo; Basquete em Cadeira de Rodas; Bocha; Canoagem; Ciclismo; Esgrima em Cadeira de Rodas; Futebol de 5; Futebol de 7; Goalball; Halterofilismo; Hipismo; Judô; Natação; Parabadminton; Parataekwondo; Remo; Rugby em Cadeira de Rodas; Tênis de Mesa; Tênis em Cadeira de Rodas; Tiro com Arco; Tiro Esportivo; Triatlo; Vôlei Sentado. Modalidades de Inverno: Esqui Cross-Country; Curling em Cadeira de Rodas; Esqui Alpino; Biatlo; Hóquei no Gelo; Snowboard. Conheça essas modalidades nos próximos tópicos. O Esporte Paralímpico possui um logotipo/símbolo. Observe a figura 1. Figura 1. Logotipo atual Paralímpico Fonte: Shutterstock https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/london-april-16-paralympic-symbol-on-188368247Este símbolo é composto por 3 Agitos das cores vermelho, azul e verde. O Agito significa “Eu me movimento” em latim. As cores dos Agitos representam as cores mais utilizadas em todas as bandeiras do mundo. Os três agitos circulam um ponto central, com o objetivo de enfatizar o papel do Comitê Internacional Paralímpico (IPC) em reunir atletas de todo o mundo e fazê-los competir. 1.2 Jogos Paralímpicos Os Jogos Paralímpicos acontecem a cada 4 anos, em geral nos mesmos anos dos esportes olímpicos. Nele estão os melhores atletas do mundo. É o segundo maior evento https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/london-april-16-paralympic-symbol-on-188368247 esportivo, perde apenas para as Olímpiadas. Mas é o maior evento quando se trata de esporte para pessoas com deficiência. A primeira edição aconteceu no ano de 1952, em Stoke Mandeville, onde havia apenas pessoas com lesão medular, dois países e 130 atletas participando. A competição de chamou 1º Jogos Internacionais Stoke Mandeville. Mas o Brasil começou a participar apenas em 1972, na Alemanha (Heidelberg). Do total de 984 atletas, dez eram do Brasil competindo em cinco modalidades, e o restante, de 43 países. Já em 1976, em Toronto (Canadá), participaram do evento pessoas de 38 países com lesão medular, amputação, deficiência visual e outras deficiências, com 1.657 atletas. Destes, 23 eram brasileiros competindo em oito modalidades. O evento e a participação em geral, assim como do Brasil, foram crescendo, incluindo deficiências e modalidades esportivas ao longo das edições. Em 2008, na China (Beijing), 150 países participaram com um total de 1.970 atletas, o Brasil levou 186 atletas que competiram em 13 modalidades (PARSONS; WINCKLER, 2012) e 2016 foi o ano em que o país teve sua maior participação na Paralimpíada, tanto em número de atletas quanto de modalidades. Veja o quadro 1. Quadro 1. Informações sobre os Jogos Paralímpicos, entre 1960 e 2016. Logotipo, ano, local, logomarca, número de países participantes, número de atletas no total, colocação do Brasil, número de atletas brasileiros, total de medalhas do Brasil e modalidades de participação brasileira Ano Local Nº de Países Nº de Atletas Colocação do Brasil Nº de atletas Total de medalhas Modalidades de participação brasileira 1952 Stoke Mandeville 2 130 - - - - 1960 Roma, Itália 23 400 - - - - 1964 Tóquio, Japão 21 357 - -- - - 1968 Tel Aviv, Israel 29 750 - - - - 1972 Heidelberg , Alemanha 43 984 32º 10 0 Basquetebol, atletismo, natação e tiro com arco. 1976 Toronto, Canadá 38 1.657 32 º 23 2 Atletismo, basquetebol, bocha paralímpica e bocha, dardo, sinuca, tênis de mesa, levantamento de peso. 1980 Arnhem, Holanda 42 1.973 42 º 15 0 Basquetebol e natação. 1984 Stoke Mandeville , Inglaterra e Nova York,EUA 41 Ingl. 45 EUA 1.100 Ingl. 1.800 EUA 24 º 31 22 Atletismo e natação. 1988 Seul, Coréia do Sul 61 3.013 25 º 60 27 Atletismo, judô, natação, tênis de mesa e basquetebol em cadeira de rodas. 1992 Barcelona, Espanha 82 3.021 30 º 41 7 Atletismo, ciclismo, futebol de 7, judô, natação e tênis de mesa. 1996 Atlanta, EUA 103 3.195 37 º 60 21 Atletismo, basquetebol em cadeira de rodas, ciclismo, futebol de 7, judô, natação, levantamento de peso, tênis em cadeira de rodas e tênis de mesa 2000 Sidney, Austrália 122 3.843 24 º 64 22 Atletismo, basquetebol DM, ciclismo, esgrima, futebol de 7, judô, natação, levantamento de peso e tênis de mesa 2004 Atenas, Grécia 136 3.806 14 º 96 33 Atletismo, basquetebol DM, ciclismo, esgrima, futebol de 7, judô, natação, levantamento de peso e tênis de mesa 2008 Beijing, China 150 3.970 9 º 186 47 Atletismo, basquete em cadeira de rodas, ciclismo, hipismo, futebol de 5, futebol de 7, goalball, judô, Tênis em cadeira de rodas, remo e tênis de mesa 2012 London, Great Britain 164 4.245 7º 182 43 Atletismo, bocha, ciclismo, hipismo, futebol de 5, futebol de 7, goalball, judô, levantamento de potência, tênis em cadeira de rodas, remo , vela, natação, tiro esportivo, basquete em cadeira de rodas, esgrima em cadeira de rodas. 2016 Rio de Janeiro, Brasil 160 4.328 8 º 283 72 Atletismo, basquete em cadeira de rodas (BCR), bocha, canoagem, ciclismo de estrada, ciclismo de pista, esgrima em cadeira de rodas, futebol de 5, futebol de 7, goalball, halterofilismo, hipismo, judô, natação, remo, rúgbi em cadeira de rodas, tênis de mesa, tênis em cadeira de rodas, tiro com arco, tiro esportivo, triatlo, vela e vôlei sentado. Fonte: Adaptação de Parsons; Winckler (2012); International Paralympic Committee (201?). Na última edição dos Jogos Paralímpicos, Rio 2016, o megaevento contou com mais de 4.000 atletas de 170 países (quadro 2), sendo 283 atletas brasileiros que competiram nas 23 modalidades do programa paralímpico, com cobertura jornalística de 154 países (PORTAL BRASIL, 2016). Quadro 2. Países que participaram dos Jogos Paralímpicos Rio 2016 CONTINENTE PAÍS ÁFRICA Algeria Angola Benin Botswana Burkina Faso Burundi Cameroon Cape Verde Central African Republic Congo DR Congo Cote d'Ivoire Egypt Ethiopia Gabon Gambia Ghana Guinea Guinea-Bissau Kenya Lesotho Libya Madagascar Malawi Mali Mauritius Morocco Mozambique Namibia Niger Nigeria Rwanda Sao Tome & Principe Senegal Seychelles Sierra Leone Somalia South Africa UR of Tanzania Togo Tunisia Uganda Zimbabwe Argentina Aruba Bermuda US Virgin Islands https://www.paralympic.org/rio-2016/algeria https://www.paralympic.org/rio-2016/angola https://www.paralympic.org/rio-2016/benin https://www.paralympic.org/rio-2016/botswana https://www.paralympic.org/rio-2016/burkina-faso https://www.paralympic.org/rio-2016/burundi https://www.paralympic.org/rio-2016/cameroon https://www.paralympic.org/rio-2016/cape-verde https://www.paralympic.org/rio-2016/central-african-republic https://www.paralympic.org/rio-2016/central-african-republic https://www.paralympic.org/rio-2016/congo https://www.paralympic.org/rio-2016/democratic-republic-congo https://www.paralympic.org/rio-2016/cotedivoire https://www.paralympic.org/rio-2016/egypt https://www.paralympic.org/rio-2016/ethiopia https://www.paralympic.org/rio-2016/gabon https://www.paralympic.org/rio-2016/gambia https://www.paralympic.org/rio-2016/ghana https://www.paralympic.org/rio-2016/guinea https://www.paralympic.org/rio-2016/guinea-bissau https://www.paralympic.org/rio-2016/kenya https://www.paralympic.org/rio-2016/lesotho https://www.paralympic.org/rio-2016/libya https://www.paralympic.org/rio-2016/madagascar https://www.paralympic.org/rio-2016/mali https://www.paralympic.org/rio-2016/mauritius https://www.paralympic.org/rio-2016/mauritius https://www.paralympic.org/rio-2016/mozambique https://www.paralympic.org/rio-2016/namibia https://www.paralympic.org/rio-2016/nigeria https://www.paralympic.org/rio-2016/rwanda https://www.paralympic.org/rio-2016/sao-tome-principe https://www.paralympic.org/rio-2016/sao-tome-principe https://www.paralympic.org/rio-2016/senegal https://www.paralympic.org/rio-2016/seychelles https://www.paralympic.org/rio-2016/sierra-leone https://www.paralympic.org/rio-2016/somalia https://www.paralympic.org/rio-2016/south-africa https://www.paralympic.org/rio-2016/tanzania https://www.paralympic.org/rio-2016/tanzania https://www.paralympic.org/rio-2016/togo https://www.paralympic.org/rio-2016/tunisia https://www.paralympic.org/rio-2016/uganda https://www.paralympic.org/rio-2016/zimbabwe https://www.paralympic.org/rio-2016/argentina https://www.paralympic.org/rio-2016/aruba https://www.paralympic.org/rio-2016/bermuda https://www.paralympic.org/rio-2016/us-virgin-islandshttps://www.paralympic.org/rio-2016/us-virgin-islands AMÉRICA Brazil Canada Chile Colombia Costa Rica Cuba Dominican Republic Ecuador El Salvador Guatemala Haiti Honduras Jamaica Mexico Nicaragua Panama Peru Puerto Rico Suriname Trinidad & Tobago Uruguay USA Venezuela ÁSIA Afghanistan Bahrain Cambodia Uzbekistan People's Republic of China Hong Kong, China India Indonesia Islamic Republic of Iran Iraq Japan Jordan Kazakhstan DPR Korea Korea Kuwait Kyrgyzstan Lao People's Democratic Republic Macao, China Nepal Malaysia Mongolia Myanmar Philippines Oman Pakistan Palestine Sri Lanka https://www.paralympic.org/rio-2016/brazil https://www.paralympic.org/rio-2016/canada https://www.paralympic.org/rio-2016/chile https://www.paralympic.org/rio-2016/colombia https://www.paralympic.org/rio-2016/costa-rica https://www.paralympic.org/rio-2016/cuba https://www.paralympic.org/rio-2016/dominican-republic https://www.paralympic.org/rio-2016/dominican-republic https://www.paralympic.org/rio-2016/ecuador https://www.paralympic.org/rio-2016/el-salvador https://www.paralympic.org/rio-2016/guatemala https://www.paralympic.org/rio-2016/haiti https://www.paralympic.org/rio-2016/honduras https://www.paralympic.org/rio-2016/jamaica 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https://www.paralympic.org/rio-2016/japan https://www.paralympic.org/rio-2016/jordan https://www.paralympic.org/rio-2016/kazakhstan https://www.paralympic.org/rio-2016/democratic-people-republic-korea https://www.paralympic.org/rio-2016/korea https://www.paralympic.org/rio-2016/kuwait https://www.paralympic.org/rio-2016/kyrgyzstan https://www.paralympic.org/rio-2016/laos https://www.paralympic.org/rio-2016/laos https://www.paralympic.org/rio-2016/macao https://www.paralympic.org/rio-2016/nepal https://www.paralympic.org/rio-2016/malaysia https://www.paralympic.org/rio-2016/mongolia https://www.paralympic.org/rio-2016/myanmar https://www.paralympic.org/rio-2016/philippines https://www.paralympic.org/rio-2016/oman https://www.paralympic.org/rio-2016/pakistan https://www.paralympic.org/rio-2016/palestine https://www.paralympic.org/rio-2016/sri-lanka Qatar Saudi Arabia Singapore Thailand Syrian Arab Republic Chinese Taipei Tajikistan Vietnam Timor-Leste Turkmenistan United Arab Emirates EUROPA Armenia Austria Azerbaijan Belarus Belgium Bosnia and Herzegovina Bulgaria Croatia Cyprus Czech Republic Denmark Estonia Faroe Islands Finland FYR Macedonia France Georgia Germany Great Britain Greece Hungary Iceland Ireland Israel Italy Latvia Lithuania Luxembourg Malta Republic of Moldova Montenegro Netherlands Norway Poland Portugal Romania Serbia Slovakia Slovenia Spain https://www.paralympic.org/rio-2016/qatar https://www.paralympic.org/rio-2016/saudi-arabia https://www.paralympic.org/rio-2016/singapore https://www.paralympic.org/rio-2016/thailand https://www.paralympic.org/rio-2016/syria https://www.paralympic.org/rio-2016/syria https://www.paralympic.org/rio-2016/chinese-taipei https://www.paralympic.org/rio-2016/tajikistan https://www.paralympic.org/rio-2016/vietnam https://www.paralympic.org/rio-2016/turkmenistan https://www.paralympic.org/rio-2016/uae https://www.paralympic.org/rio-2016/uae https://www.paralympic.org/rio-2016/armenia 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Paralympic Committee (201?). Note estudante, que com o passar das edições do Jogos Paralímpicos, houve uma evolução na participação do Brasil, assim como, teve um aumento no ganho de medalhas e melhor posicionamento na classificação geral, tendo atingido o 7º lugar em Londres, o melhor deles. No Rio 2016, apesar de colocado em 8º lugar, o país levou maior número de atletas e conquistou mais medalhas que na edição anterior. SAIBA MAIS O termo paralímpico é “uma associação entre o prefixo grego “para”, que significa paralelo, e o termo “olímpico”, que segundo o IPC(2010), representa a condição paralela entre os Jogos Olímpicos e Paralímpicos” (PARSONS; WINCKLER, 2014, p. 6). Vale ressaltar que por muitos anos foi utilizado o termo paraolímpico, unindo “paraplegia” e “olimpíada”, mas o fato de envolver outras deficiências para além de cadeirantes, somada a questões linguísticas resultou na mudança do termo. https://www.paralympic.org/rio-2016/sweden https://www.paralympic.org/rio-2016/switzerland https://www.paralympic.org/rio-2016/turkey https://www.paralympic.org/rio-2016/ukraine https://www.paralympic.org/rio-2016/australia https://www.paralympic.org/rio-2016/fiji https://www.paralympic.org/rio-2016/new-zealand https://www.paralympic.org/rio-2016/papua-new-guinea https://www.paralympic.org/rio-2016/papua-new-guinea Imagem do Tópico: https://lh3.googleusercontent.com/proxy/RMWtiz2JuRpChuT1xVJ8VGFQZ0fqSjJQPnkbmLZCBMhkOBc6 fUt26Utrd7S3Ijv4Pt5c0F9ARYI8JHjW_mNT4c6Wv_0GwpzZiGoU_1iPyuE4ymD37QivG51_FMhOtXJ3XRI pbanGtcvHwb1xVHAlecYth62TkxVEn- ENLvVlql5QSpILHE_avGMkvvgngbcilXclg6BwOcz1HBx7NPUMf5GW550ET4IkWTt1yEs1Iw2Lg6QCWYt AoEHoXYuDfnzcJ1YYV22AHzP9_NXHFaoRj_A0g_iwGS6p
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