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Educação Física Adaptada e Inclusiva

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EDUCAÇÃO FÍSICA ADAPTADA E INCLUSIVA 
APRESENTAÇÃO 
 
CURRÍCULO LATTES 
 
Profa. Dra. Ana Luiza Barbosa Anversa 
 
● Doutora em Educação Física pelo Programa de Pós-Graduação Associado em 
Educação Física da Universidade Estadual de Maringá e da Universidade 
Estadual de Londrina ( PEF-UEM/UEL); 
● Mestre em Educação Física ( PEF-UEM/UEL); 
● Especialista em Prescrição Personalizada de Exercícios Físicos- Personal 
Training pela Universidade Estadual de Maringá (UEM); 
● Especialista em Educação a Distância e Tecnologias Educacionais pela 
Universidade Cesumar (UNICESUMAR); 
● Especialista em orientação, supervisão e gestão escolar pelo Centro Universitário 
Internacional Uninter (UNINTER); 
● MBA em Gestão do conhecimento nas organizações pelo Centro Universitário 
Metropolitano de Maringá (UNIFAMMA) 
● Graduada em Educação Física (Universidade Estadual de Maringá); 
● Graduada em Pedagogia (Centro Universitário Internacional Uninter); 
● Vice- Coordenadora do Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação Física 
Escolar, Educação e Políticas Educacionais (GEEFE) (Universidade Estadual de 
Maringá); 
Experiência na área de Educação Física e Pedagogia, atuando principalmente nos 
seguintes temas: princípios pedagógicos, estágio supervisionado, formação e 
intervenção profissional, identidade profissional, planejamento e educação física para 
pessoas com deficiência. 
 
Link para acesso ao currículo lattes: http://lattes.cnpq.br/7812424308966855 
 
 
 
 
http://lattes.cnpq.br/7812424308966855
 
Prof. Me. Bruna Solera 
 
● Doutoranda em Educação Física pelo Programa de Pós-Graduação Associado 
em Educação Física da Universidade Estadual de Maringá e da Universidade 
Estadual de Londrina (PEF- UEM/UEL); 
● Mestre em Educação Física (PEF - UEM/UEL); 
● Especialista em Tecnologias Aplicadas ao Ensino a Distância (Centro 
Universitário Cidade Verde); 
● Especialista em Educação Especial (Instituto Paranaense de Educação de 
Maringá-PR); 
● Especialista em Psicomotricidade no Contexto Escolar (Instituto Paranaense de 
Educação, Maringá-PR); 
● Graduada em Educação Física Bacharelado (Universidade Estadual de Maringá); 
● Graduada em Educação Física Licenciatura (Universidade Estadual de Maringá); 
● Integrante do Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação Física Escolar, 
Educação e Políticas Educacionais (GEEFE) (Universidade Estadual de Maringá); 
● Coordenadora do curso de Educação Física na modalidade de Educação à 
Distância, no Centro Universitário Cidade Verde (UniFCV). 
 
Experiência de atuação com a pessoa com deficiência e com o Esporte Paralímpico por 
meio do Programa de Atividade Física Adaptada (PROAFA) e da arbitragem de Bocha 
Paralímpica. 
 
Link para acesso ao currículo lattes: http://lattes.cnpq.br/4778060448341914 
http://lattes.cnpq.br/4778060448341914
 
APRESENTAÇÃO DA APOSTILA 
 
Olá estudante, 
 
Seja bem vindo (a) a apostila de “Educação Física Adaptada e Inclusiva”! 
Neste material iremos tratar de temas pertinentes a sua formação profissional no 
que se refere a Educação Física Adaptada e Inclusão. Sua apostila está dividida em 
quatro unidades. Vamos conhecê-las? 
Na unidade I, intitulada de “Educação Física Adaptada e Inclusão”, você terá 
oportunidade de adquirir conhecimentos acerca dos aspectos históricos da Educação 
Física Adaptada, da pessoa com deficiência, assim como, entender o que é a deficiência. 
Vamos contemplar em nosso conteúdo, os modelos de deficiência e as características 
das deficiências física, visual, auditiva e intelectual. 
Na unidade II, “Esportes Adaptados e Paralímpicos” vamos discutir a diferença 
entre esportes adaptados e esportes paralímpicos. Você sabe o que diferencia tais 
nomenclaturas? Além disso, você conhecerá os esportes paralímpicos de verão e de 
inverno. 
Já na unidade III, chamada de “Educação Física Escolar Inclusiva", teremos como 
foco o debate da inclusão e seus aspectos legais no contexto escolar. Falaremos sobre 
acessibilidade e traremos dicas de como incluir alunos com deficiência em suas aulas. 
Por fim, na unidade IV “Educação Física e Populações Especiais”, estudaremos a 
obesidade, gestantes e idosos de forma a caracterizá-los e a partir disso, verificarmos 
como podemos atuar de forma a possibilitar a eles, uma intervenção profissional de 
qualidade, seja no espaço escolar ou fora dele. 
Esperamos que ao final dessa jornada do conhecimento você compreenda melhor 
o universo da inclusão e da Educação Física para pessoas com deficiência, além de 
quais ações podem ser desenvolvidas pelo profissional da área dentro e fora da escola. 
Desejamos a você uma excelente caminhada pelas estradas do conhecimento! 
 
 
 
 
UNIDADE I 
EDUCAÇÃO FÍSICA ADAPTADA E INCLUSÃO 
Professora Doutora Ana Luíza Barbosa Anversa 
Professora Mestre Bruna Solera 
 
 
Plano de Estudo: 
• Aspectos históricos da Educação Física Adaptada; 
• Pessoa com deficiência: da exclusão à inclusão na sociedade e na escola; 
• O que é deficiência: conceitos e características. 
 
 
Objetivos de Aprendizagem: 
• Contextualizar historicamente a Educação Física Adaptada e a deficiência; 
• Compreender os modelos e os tipos de deficiência. 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
Olá estudante, 
 
Seja bem vindo(a) a primeira unidade da apostila de “Educação Física Adaptada e 
Inclusão”! 
A unidade I tem como objetivo apresentar conhecimentos que servirão como base 
para as demais unidades, sendo essenciais para o entendimento da deficiência ao longo 
da história e quais os desdobramentos que levaram à como a sociedade vê e se 
relaciona com a pessoa com deficiência nos dias atuais. 
Esta unidade está dividida em três tópicos. São eles: Tópico 1. “Aspectos históricos 
da Educação Física Adaptada”. Tópico 2. “Pessoa com deficiência: da exclusão à 
inclusão na sociedade e na escola” e Tópico 3. “O que é deficiência: conceitos e 
características”. 
No primeiro momento vamos entender os aspectos históricos da Educação Física 
Adaptada e quais ações e indicativos legais, médicos e pedagógicos levaram a esse 
campo de atuação que conhecemos hoje, ou seja, vamos caminhar sobre as trilhas 
históricas do esporte e seus indicativos para inclusão. 
Na sequência conheceremos melhor o cotidiano das pessoas com deficiência, 
refletindo em especial sobre os termos exclusão, segregação, integração e inclusão. 
Você vai descobrir como as pessoas com algum tipo de “diferença” eram vistas no 
passado e quais as barreiras e potencialidades as mesmas apresentam. 
Por fim, no terceiro tópico você irá conhecer os tipos de deficiência. Você sabe 
quais são os aspectos funcionais que acometem cada deficiência e quais os riscos e 
possibilidades de ações inerentes às deficiências física, visual, auditiva e intelectual? 
Vamos conhecê-las! 
 
Bons estudos! 
 
 
 
 
 
 
 
Imagem do Tópico: https://www.deficienteciente.com.br/origem-dos-jogos-paraolimpicos.html 
Fonte: Deficiente ciente [s.d]. 
 
1 ASPECTOS HISTÓRICOS DA EDUCAÇÃO FÍSICA ADAPTADA 
 
 
A história da Educação Física Adaptada vem se consolidando nos últimos anos 
com práticas direcionadas à inclusão, seja no âmbito esportivo, educacional, da saúde e 
qualidade de vida. 
No entanto, vale ressaltar que essas ações não são recentes, há relatos sobre a 
utilização de exercícios físicos como o tratamento médico ou terapia desde os anos 3.000 
a.C., mas à sistematização das propostas e adoção do termo Educação Física Adaptada 
se deu apenas em 1950 por meio da American Association for Health Physical Education, 
Recreation and Dance (AAHPERD). 
O termo Educação Física Adaptada é o mais utilizado mundialmente, mas 
podemos encontrar referenciais teóricos e materiais da área que adotam os termos 
Educação Física Especial, Educação Física para pessoas com Deficiência, Educação 
Física Adaptada ou ainda Atividades Motoras adaptadas. Mas afinal, porque surgiu a 
Educação Física Adaptada?Os referenciais teóricos da área, indicam que à Educação Física Adaptada surgiu 
como uma forma de abranger pessoas que não atendiam um padrão estético corporal 
https://www.deficienteciente.com.br/origem-dos-jogos-paraolimpicos.html
 
socialmente aceito, ou seja, que não apresentavam corpos bonitos, fortes e saudáveis 
para prática esportiva competitiva, para os métodos ginásticos, incursões militares ou 
ações laborais. De início as propositivas eram com o intuito de ocupar corpos vulneráveis 
ou destituídos de contribuição social e econômica, reduzindo à instauração de doenças 
e gastos com a saúde pública (FREITAS; CIDADE, 2010). 
Com o passar do tempo, em especial após as grandes guerras mundiais, a 
pessoas com deficiência começa a ser compreendida em suas individualidades e 
necessidades, fomentando o olhar para práticas corporais como meio de fortalecimento 
físico e reintegração social. Foi após a Segunda Guerra Mundial que a Educação Física 
Adaptada ganhou maior visibilidade, sendo utilizada como exercícios terapêuticos em 
hospitais para recuperar a força e função muscular perdidos nos tempos de 
convalescência. Essa prática incentivou a criação de centros de reabilitação. 
Foi em um desses centros de reabilitação, Centro Nacional de Lesionados 
Medulares, incentivado pelo Dr. Ludwig Guttman que os jogos e esportes adaptados para 
amputados, paraplégicos ou outras deficiências se tornaram mais populares. Ele 
acreditava que a Educação Física Adaptada era uma parte essencial no tratamento 
médico, considerando tanto as mazelas de ordem física como psicológicas e de 
reintegração social. Foi por meio de suas ações que ocorreu o Jogo de Stoke Mandeville, 
envolvendo 16 veteranos de guerra em competição de arco e flecha. 
Hoje em dia, de acordo com Winnick (2004) a Educação Física Adaptada se 
configura como um programa de práticas corporais elaborado para suprir as 
necessidades individuais das pessoas com deficiência ou alguma limitação, 
contemplando desde questões motoras, físicas e esportivas até ações direcionadas à 
saúde e bem estar. 
Frente ao exposto, nota-se que a princípio à Educação Física era uma prática 
corporal direcionada apenas para corpos dentro de um “padrão” de normalidade, para o 
desenvolvimento de destrezas físicas, mas frente aos avanços científicos que 
desmistificam as deficiências e com o quadro de militares lesionados devido às guerras, 
o pensar novas possibilidades de práticas corporais voltadas para saúde, bem estar e 
integração social se tornaram de suma importância, fomentando os indicativos da 
Educação Física adaptada que temos hoje. 
 
 
SAIBA MAIS 
 
Você sabia que nos cursos de formação inicial em Educação Física questões sobre 
a deficiência, suas características e possibilidades de intervenção só foram inseridas no 
currículo na década de 1980, incentivados pelas propositivas do Ano Internacional da 
Pessoa Deficiênte (1981), pressões políticas governamentais propostas pelas 
Organização das nações Unidas (ONU) e pela renovação crítica/pedagógica que à área 
passou nesse período. Mas mesmo assim, o que se vê ainda são fragilidades sobre a 
compreensão sobre a deficiência, estando a maioria das ações centradas apenas nos 
conhecimentos e vivências dos esportes adaptados. 
 
 
Imagem do Tópico: https://tendimag.files.wordpress.com/2014/03/freaks-2.jpg 
Fonte: Tendências do imaginário, 2014. 
 
Fonte: As autoras. 
 
#SAIBA MAIS# 
https://tendimag.files.wordpress.com/2014/03/freaks-2.jpg
 
2 PESSOA COM DEFICIÊNCIA: DA EXCLUSÃO A INCLUSÃO NA SOCIEDADE E 
NA ESCOLA 
 
 
O percurso histórico da pessoa com deficiência não foi fácil, assim como, ainda não 
é. Mas após passar pela exclusão e diversos desafios, tais sujeitos chegam aos dias 
atuais, dias estes marcados pela inclusão. Você conhece essa história? Vamos conhecê-
la ou relembrá-la. 
Existem registros das pessoas com deficiência ao longo da história. Na Grécia 
Antiga, em Esparta e Atenas, os recém nascidos que possuíam algum tipo de deficiência 
eram abandonados em cavernas profundas ou a própria sorte (DIEHL, 2006), assim 
como em Roma, na qual as pessoas “defeituosas” (como chamavam-nas na época) eram 
eliminadas. Isso acontecia pois, não havia reconhecimento de qualquer humanidade 
nelas, devido a presença de “defeitos” (ARANHA, 2001). As pessoas com deficiência 
passavam por um momento de exclusão. 
No decorrer da Idade Média, as pessoas com deficiência deixaram de ser 
exterminadas, no entanto passaram a ser excluídas do contexto social (DIEHL,2006). 
Com isso, crianças, jovens, adultos com deficiência passaram a ser isolados em porões, 
ilhas, vales, asilos, dentre outros. Esse período passou a ser chamado de segregação 
(DIEHL, 2006; GAIO, 2006). 
Então estudante, as pessoas com deficiência que antes eram eliminadas, agora 
são isoladas do convívio social, veja a figura 1. 
 
Figura 1. Representação da Exclusão e Segregação da Pessoa com deficiência na 
sociedade 
 
 
Fonte: Governo do Paraná/UNIFESP, 2020. 
https://www.unifesp.br/campus/san7/todas-noticias/2298-deficiencia-o-desafio-da-acessibilidade-e-
da-inclusao-social 
 
Ao final da Idade Média, se tem o predomínio da razão e interesse pelo o homem 
e pela natureza e então, começaram a surgir indícios de pesquisas sobre a deficiência 
(DIEHL, 2006). Foi entre os séculos XVI e XVIII que médicos começaram a procurar 
causa da deficiência (KASSAR, 1999). Especificamente no século XVIII se tem as 
primeiras instituições voltadas ao tratamento das deficiências (DIEHL, 2006), como 
exemplo temos o Instituto Real, em Paris, a primeira escola para cegos. 
Ainda no século XVII, XVIII e XIX, as pessoas com deficiência se apresentavam em 
circos e em praças públicas. Tais sujeitos eram alvos de zombaria (FAVATO, 2018). 
Observe a figura 2. Nela está Josephene Myrtle Corbin, conhecida como “a mulher de 
quatro pernas”, ela era uma tração no circo, no "show de horrores” nos Estados Unidos. 
Ela se apresentava como “aberração”. 
 
https://www.unifesp.br/campus/san7/todas-noticias/2298-deficiencia-o-desafio-da-acessibilidade-e-da-inclusao-social
https://www.unifesp.br/campus/san7/todas-noticias/2298-deficiencia-o-desafio-da-acessibilidade-e-da-inclusao-social
 
 
Figura 2. Josephene Myrtle Corbin 
 
Fonte: Mistérios do Mundo, [s.d]. 
https://misteriosdomundo.org/wp-content/uploads/2020/04/727px-Myrtle_Corbin-690x1024.jpg 
 
Os estudos científicos foram se proliferando e atingiram seu auge no século XX 
(DIEHL, 2006). Havia também um crescimento do interesse em “normalizar” as pessoas 
com deficiência, por isso, há o surgimento de escolas e clínicas de reabilitação. 
Esperava-se que tais pessoas se recuperassem para conviver em sociedade. A 
reabilitação seria uma forma de integração ao mundo, visto ele, como “normal”. Com 
isso, tinha-se como objetivo, inserir a pessoa com deficiência na sociedade sem 
transformações do ambiente social, esse processo foi conhecido como Movimento de 
Integração (MARQUES; GUTIERREZ, 2014). 
https://misteriosdomundo.org/wp-content/uploads/2020/04/727px-Myrtle_Corbin-690x1024.jpg
 
Durante esse movimento, as pessoas eram aceitas na sociedade, mas elas 
deveriam ser capazes de vencer e se adaptar ao ambiente social (CIDADE; FREITAS, 
2002). Veja a figura 3 
 
Figura 3. Representação da integração da pessoa com deficiência 
 
Fonte: Governo do Paraná/UNIFESP, 2020. 
https://www.unifesp.br/campus/san7/todas-noticias/2298-deficiencia-o-desafio-da-acessibilidade-e-da-
inclusao-social 
 
Tal movimento não deu muito certo! Isso porque só a reabilitação não estava sendo 
suficiente para ajudar as pessoas com deficiência a se “normalizarem” e conseguirem 
conviver em sociedade, então, percebeu-se a necessidade de outra iniciativa, ou seja, 
viu-se que a sociedade poderia ter papel essencial nesta questão. Sendo assim, chega-
se à inclusão. 
A inclusão é um movimento no qualo sujeito passa a fazer parte da sociedade. 
Observe a figura 4. 
https://www.unifesp.br/campus/san7/todas-noticias/2298-deficiencia-o-desafio-da-acessibilidade-e-da-inclusao-social
https://www.unifesp.br/campus/san7/todas-noticias/2298-deficiencia-o-desafio-da-acessibilidade-e-da-inclusao-social
 
 
Figura 4. Representação da inclusão 
 
Fonte: Governo do Paraná/UNIFESP, 2020. 
https://www.unifesp.br/campus/san7/todas-noticias/2298-deficiencia-o-desafio-da-acessibilidade-e-da-
inclusao-social 
 
De acordo com Aranha (2001, p. 18) a inclusão é, 
 
Processo de ajuste mútuo, onde cabe à pessoa com deficiência 
manifestar-se com relação a seus desejos e necessidades e à sociedade, 
a implementação dos ajustes e providências necessárias que a ela 
possibilitem o acesso e a convivência no espaço comum, não segregado. 
 
Neste momento, a sociedade passa a assumir responsabilidade na construção de 
possibilidades para que as pessoas com deficiência possam conviver em melhores 
condições. A inclusão ela não substitui a integração, mas vem melhorá-la (SOLERA, 
2018). 
Até a chegada da inclusão, Leis e declarações foram sendo criadas e conquistadas 
pelas pessoas com deficiência. Estas foram trilhando caminhos para chegarmos até a 
inclusão e também reafirmando-a na sociedade. Hoje temos a Lei mais atual que 
direcionada a esses sujeitos, é a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência 
(LEI Nº 13.146, DE 6 DE JULHO DE 2015). Esta Lei tem como objetivo, conforme 
mencionado em seu Art. 1º “assegurar e promover, em condições de igualdade, o 
exercício dos direitos e das liberdades fundamentais por pessoa com deficiência, visando 
à sua inclusão social e cidadania” (BRASIL, 2015). 
Ademais, esta Lei afirma que assegurar os direitos das pessoas com deficiência é 
dever do Estado, da sociedade e da família, veja a citação que segue: 
https://www.unifesp.br/campus/san7/todas-noticias/2298-deficiencia-o-desafio-da-acessibilidade-e-da-inclusao-social
https://www.unifesp.br/campus/san7/todas-noticias/2298-deficiencia-o-desafio-da-acessibilidade-e-da-inclusao-social
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%2013.146-2015?OpenDocument
 
 
Art. 8º É dever do Estado, da sociedade e da família assegurar à pessoa 
com deficiência, com prioridade, a efetivação dos direitos referentes à 
vida, à saúde, à sexualidade, à paternidade e à maternidade, à 
alimentação, à habitação, à educação, à profissionalização, ao trabalho, 
à previdência social, à habilitação e à reabilitação, ao transporte, à 
acessibilidade, à cultura, ao desporto, ao turismo, ao lazer, à informação, 
à comunicação, aos avanços científicos e tecnológicos, à dignidade, ao 
respeito, à liberdade, à convivência familiar e comunitária, entre outros 
decorrentes da Constituição Federal, da Convenção sobre os Direitos das 
Pessoas com Deficiência e seu Protocolo Facultativo e das leis e de 
outras normas que garantam seu bem-estar pessoal, social e econômico. 
 
Neste documento, todos os direitos mencionados são esmiuçados. Visite-o na 
íntegra. 
 
SAIBA MAIS 
 
Você sabia que ao longo da história a pessoa com deficiência já foi chamada de 
monstro, monstruosidade? Pois é. Com o passar do tempo, várias nomenclaturas foram 
utilizadas para se referir a estes sujeitos, como deficiente, portador de deficiência. Mas 
o termo mais adequado e atual para se referir a elas, é PESSOA COM DEFICIÊNCIA. 
 
Imagem :Shutterstock 
https://www.shutterstock.com/pt/image-vector/disabled-people-disabilities-prosthesis-blind-
woman-1182651652 
 
Fonte: As autoras. 
https://www.shutterstock.com/pt/image-vector/disabled-people-disabilities-prosthesis-blind-woman-1182651652
https://www.shutterstock.com/pt/image-vector/disabled-people-disabilities-prosthesis-blind-woman-1182651652
 
 
3 O QUE É A DEFICIÊNCIA: CONCEITOS E CARACTERÍSTICAS 
 
 
Estudantes, o que é deficiência? Pare e reflita sobre este questionamento e em 
seguida prossiga a leitura. 
Sem dúvidas você já deve ter se deparado, em algum espaço, com alguma pessoa 
com deficiência, não é mesmo? Pois é, nos dias atuais, esses sujeitos se fazem mais 
presentes (atuantes) na sociedade, isso porque, como vimos nos tópicos anteriores, hoje 
a sociedade oferece meios para que as pessoas com deficiência tenham condições de 
participarem da vida social, presenciamos um momento de inclusão. Mesmo que a 
sociedade, assim como o espaço escolar, não seja totalmente inclusivo, estamos 
buscando a cada dia possibilitar maior equidade, e veja bem, já evoluímos! 
O que vamos discutir em seguida, faz parte dessa bagagem em prol da inclusão, 
pois o conhecimento desmistifica concepções e abre nossos olhos para novos caminhos. 
 
3.1 Deficiência: modelo médico x social 
 
Você já ouviu falar em modelos de deficiência? Pois é. Eles existem. Eles se 
referem a formas de se entender a deficiência. São eles: Modelo Médico e Modelo Social. 
No modelo médico, deficiência, de acordo com a Organização Mundial da Saúde - 
Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF) (2004, p. 49), 
é definida como “problemas nas funções ou nas estruturas do corpo, tais como um desvio 
importante ou uma perda”. Marques, Cidade e Lopes (2009, p. 119), trazem a deficiência 
como “problemas nas funções ou nas estruturas do corpo como um desvio significativo 
ou uma perda”. Tais conceitos associam a deficiência à dimensão biológica dos sujeitos. 
Com isso, as alterações ou danos, significaram impedimento, que levaria a incapacidade 
(FERREIRA; GUIMARÃES, 2003). 
Incapacidade para Marques, Cidade e Lopes (2009, p. 119) “é uma desvantagem 
individual, resultante do impedimento ou da deficiência, que limita ou impede o 
cumprimento ou desempenho de um papel social”. A deficiência nesse olhar, é algo 
natural do corpo, tendo por exemplo, como suporte para melhoria da qualidade de vida 
 
desses sujeitos, a medicina, a reabilitação. Sendo apenas do sujeito a responsabilidade 
por não conseguir ir e vir, por exemplo, de forma independente na sociedade. 
Com o passar dos anos, esse modelo foi perdendo força e abrindo espaço para 
outras formas de pensamento. Então, a este modelo médico, integrou-se um conceito 
construído a partir da área das humanidades, o modelo social. De acordo com este 
modelo, a deficiência não está relacionada apenas ao corpo, e sim a restrição social 
(SOLERA, 2018). Assim a deficiência teria sua causa associada a imposição social de 
barreiras que irão impedir ou dificultar às pessoas com deficiência usufruírem seus 
direitos. 
Estudante, conseguiu identificar a diferença entre os modelos? É importante 
ressaltar que eles se complementam. Então podemos afirmar que a deficiência está 
associada a questões biológicas sim, mas ela só se torna uma desvantagem em uma 
sociedade cheia de barreiras. Devemos então, contribuir para que possamos possibilitar 
a nossos alunos, um ambiente, um espaço que possibilite a ele frequentar, conviver e se 
desenvolver de forma autônoma, sem barreiras. 
Para finalizar, trazemos a definição de pessoa com deficiência, segundo a Lei 
Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência). 
Esta é a Lei mais atual relacionada à pessoa com deficiência, sendo assim ela é vista 
como, 
Art. 2º [..] aquela que tem impedimento de longo prazo de natureza física, 
mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais 
barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em 
igualdade de condições com as demais pessoas (BRASIL, 2015). 
 
É possível observar nesta definição a tentativa de junção dos modelos que estamos 
tratando neste subtópico, conseguiu identificar? Ao mesmo tempo em que se relaciona 
a pessoa com deficiência ao um impedimento, ela afirma que este pode ser fortalecido 
por meio da interação com barreiras, o que implica na dificuldade de participação plenae efetiva na sociedade. 
Estudante, definir a deficiência não é tarefa simples, assim como não se trata de 
algo engessado, é algo biológico e social, que poderá refletir em nossa atuação. Então 
temos a responsabilidade de entender do que trata este assunto e contribuir com a 
minimização de barreiras para uma inclusão efetiva. 
 
 
3.2 Deficiência Física 
 
De acordo com Marques, Cidade e Lopes (2009, p. 128) a deficiência física 
“caracteriza-se por uma alteração da estrutura anatômica ou da função que interfere 
na movimentação e/ou locomoção do indivíduo e lhe causa dificuldades de participar 
da vida de forma independente”. Para Diehl (2006, p. 92), as pessoas com deficiência 
física são aquelas que “apresentam algum tipo de comprometimento para a realização 
dos padrões motores esperados”. Isso resulta na dificuldade em executar os padrões 
motores, o que pode consequentemente pode comprometer ou não a realização de 
alguns movimentos como: “caminhar, correr, saltar, manipular coordenadamente 
objetos e movimentos de estabilização”. 
As deficiências físicas podem ser de origem cerebral, medular, muscular ou 
ósseo-articular, o que afetará diferentes áreas motoras. Vamos conhecer então 
algumas deficiências? 
 
 3.2.1 Origem Cerebral 
 
As deficiências de origem cerebral, de acordo com Diehl (2006), têm sua causa 
devido a lesões que acontecem no cérebro, afetando diferentes partes do corpo. 
Segundo Diehl (2006) e Marques, Cidade e Lopes (2009) as deficiências podem causar: 
● Monoplegia: quando um membro do corpo é afetado. 
● Diplegia: quando afeta dois membros. 
● Triplegia: quando afeta três membros. 
● Quadriplegia: quando afeta quatro membros. 
● Hemiplegia: comprometimento completo, apenas de um lado do corpo. 
● Paraplegia: comprometimento de ambos os membros inferiores. 
 
A paralisia cerebral é o tipo mais comum de deficiência de origem cerebral. 
 
3.2.1.1 Paralisia Cerebral 
 
 
Figura 5. Criança com Paralisia Cerebral 
 
Fonte: Shutterstock 
https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/cheerful-boy-disability-rehabilitation-center-kids-524271736 
 
A Paralisia Cerebral (PC), para Diehl (2006, p. 94), “é uma lesão que afeta o 
Sistema Nervoso Central (SNC) antes que seu desenvolvimento tenha se completado, 
causando desordem motora e sensitiva na movimentação ampla e fina do corpo”. A PC 
pode ser classificada de acordo com o tipo de alteração do controle de movimento. Veja 
a seguir. 
● Espástica: O tônus muscular está aumentado (HERNÁNDEZ et al., 2018). Há 
uma desordem nos movimentos voluntários do sujeito, fazendo com que todo o 
corpo participe de um movimento, que em pessoas sem a PC espástica, 
envolveria apenas uma parte do corpo (DIEHL, 2006). 
● Atetóica: Neste tipo, o tônus muscular apresenta variações, podendo em 
momentos estar em hipotonia e em outros em hipertonia. Essa mudança se dá 
conforme a atividade e também provoca movimentos involuntários anormais 
(HERNÁNDEZ et al., 2018). Esse movimento involuntário pode acontecer até 
mesmo em repouso (DIEHL, 2006). 
● Atáxica: O tônus muscular tende a estar diminuído com frequência. Há um 
distúrbio motor que acarreta em problemas na postura e na coordenação motora, 
o que consequentemente reflete em dificuldades no equilíbrio e na percepção tátil 
https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/cheerful-boy-disability-rehabilitation-center-kids-524271736
 
(DIEHL, 2006). As crianças podem ter dificuldades em se manter em uma 
determinada posição (HERNÁNDEZ et al., 2018). 
 
De acordo com Hernández et al. (2018) a alteração cerebral tende a dar origem a 
transtornos do movimento e do tônus muscular, como vimos nos tipos mencionados 
anteriormente. Isso resulta na falta de coordenação e de equilíbrio muscular. 
Destacamos ainda, que a gravidade da PC pode variar bastante. Podemos ter crianças 
com profundas alterações da postura, com quase que ausência total de autonomia, 
assim como, podemos ter apenas crianças com uma desordenação para movimentos 
finos. Pessoas podem ter a necessidade de utilizar uma comunicação alternativa (Figura 
6), enquanto outras podem se comunicar verbalmente, como os demais sujeitos. 
 
 
Figura 6. Pasta de comunicação alternativa 
 
Fonte: Blog AEE 2013 Bruna. 
http://aeeufc2013bruna.blogspot.com/2013/09/pasta-de-comunicacao-alternativa.html 
 
 A figura 6, mostra uma pasta de comunicação alternativa, ou seja, é um meio de 
comunicação para a PC. Então as figuras e as páginas podem ser adicionadas conforme 
necessidade do sujeito, que por sua vez, apontará a figura de acordo com o que ele 
deseja ou necessita dizer. 
Veja estudante, podemos nos deparar com crianças que apresentam 
comprometimento intelectual associado a PC, mas isso não é regra. A PC está ligada a 
dificuldades motoras. Sendo assim, na maioria dos casos o intelecto está preservado, 
possibilitando a essas pessoas, por exemplo, a participação em jogos complexos. 
Devemos tomar cuidado ao depararmos com tais sujeitos, pois muitas das pessoas 
confundem as dificuldades motoras, com deficiência intelectual, e com essa falta de 
conhecimento, agem de forma errônea, fortalecendo atitudes que andam na contramão 
da inclusão. Fique atento! 
 
http://aeeufc2013bruna.blogspot.com/2013/09/pasta-de-comunicacao-alternativa.html
 
SAIBA MAIS 
 
“A incidência normal da PC é de cerca de 2% das crianças nascidas vivas, mas este 
número varia segundo as séries estudadas, os critérios de seleção, o tempo e o tipo de 
comunidade analizada" (HERNÁNDEZ et al., 2018, p. 19). 
 
#SAIBA MAIS# 
 
 3.2.2 Origem Muscular 
 
As deficiências físicas neste tipo, tem sua origem associada a questão muscular, 
há uma degeneração progressiva da musculatura. Sua origem é genética e esta 
ligada ao sexo (DIEHL, 2006). O tipo mais comum é chamado de Distrofia Muscular 
de Duchenne. Vamos conhecer? 
 
 3.2.2.1 Distrofia Muscular Progressiva de Duchenne 
 
A Distrofia Muscular Progressiva de Duchenne é uma “doença neuromuscular 
transmitida por herança recessiva ligada ao gênero: as mães são portadoras do gene 
responsável que desencadeia a enfermidade e esta afeta a 50% dos filhos homens” 
(HERNÁNDEZ, et al., 2018, p. 24). Diehl (2006) afirma que é uma deficiência rara em 
meninas. Ela aparece em torno dos 4 anos de idade e, segundo Diehl (2006) possui 
duas etapas bem definidas: 
1. No primeiro momento há o aparecimento de um desequilíbrio da marcha que, 
aos poucos, vai aumentando e evolui para um desvio na coluna que acaba por piorar 
a postura, levando a criança ao uso de cadeira de rodas. 
2. A partir dos 10 anos, aproximadamente, há um agravamento da degeneração 
e o adolescente irá precisar ser auxiliado em todas as tarefas, atividades, isso porque 
tem uma perda de força. De forma geral, pessoas com Distrofia Muscular Progressiva 
de Duchenne vão a óbito em torno de 20 anos, por insuficiência respiratória (DIEHL, 
2008). 
 
Hernández et al. (2018, p.25) destacam que, na realização de atividade física, 
deve-se levar em consideração estas características. Atividades na água não são 
ótima ideia, pois as pessoas conseguirão se deslocar com maior facilidade. Ademais, 
é importante ressaltar que a criança com Distrofia de Duchenne “não pode esgotar 
sua musculatura no decorrer da prática física, embora esta seja uma terapia”. 
 
 3.2.3 Origem Ósseo-articular 
 
As deficiências de origem ósseo-articular, são aquelas em que as lesões afetam 
principalmente o tecido ósseo e/ou articular. Isso pode levar a sequelas no aparato 
motor (DIEHL, 2006). Tais lesões podem ser originadas antes ou durante o 
nascimento da criança, que são as chamadas de malformações congênitas, ou 
podem ainda, ser adquiridas ao longo da vida, como exemplo temos a amputação. 
 
 3.2.3.1 Malformações 
 
A malformação pode acontecer durante a gestão ou no momento do nascimento. 
Isso pode resultar na ausência de um membro completoou ausência de alguma parte. 
Essa ausência de membro ou de parte dele pode ser causada por toxicidade de 
medicamentos, podemos mencionar como exemplo a talidomida (DIEHL, 2006).
 
 
Figura 8. Malformação na mão 
 
Fonte: Shutterstock 
https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/malaga-andalusia-spain-15-april-2019-1762186289 
 
Diehl (2006) aponta que há também outra forma de malformação congênita. 
Esta diz respeito à rigidez articular, há a calcificação das articulações de forma com 
que o sujeito pede a mobilidade dos locais atingidos. 
 
3.2.3.2 Amputação 
 
A amputação, de acordo com Hernández et al. (2018, p. 30) é “perda total ou 
parcial de uma extremidade superior ou inferior”. Amputação é uma lesão adquirida, 
em geral, tem como causa algum trauma que acaba afetando o sistema nervoso 
periférico, causando sequelas graves, que por sua vez, se torna necessário a retirada 
do membro um pouco acima da lesão (DIEHL, 2006). 
O médico irá preservar a parte de cima do membro que foi amputado. Este 
restante é chamado de coto. É o coto que permite a colocação da prótese (DIEHL, 
2006). Tais próteses substituem a extremidade perdida (HERNÁNDEZ, et al., 2018). 
https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/malaga-andalusia-spain-15-april-2019-1762186289
 
 
Figura 9. Membro inferior amputado. 
 
Fonte: Shutterstock. 
https://image.shutterstock.com/image-photo/amputated-woman-cinematic-image-beautiful-
600w-1892122660.jpg 
 
Estudante, é importante ressaltar que a amputação pode acontecer em qualquer 
momento da vida. Suas causas podem ser: 
● Congênitas: quando acontece a falta de formação embrionária. 
● Traumáticas: por acidentes de trânsito ou de trabalho… 
● Vasculares: ocorre em pessoas que possuem diabetes ou arteriosclerose. 
● Tumorais: por tumores. 
 
3.2.4 ORIGEM MEDULAR 
 
https://image.shutterstock.com/image-photo/amputated-woman-cinematic-image-beautiful-600w-1892122660.jpg
https://image.shutterstock.com/image-photo/amputated-woman-cinematic-image-beautiful-600w-1892122660.jpg
 
As deficiências de origem medular são aquelas causadas por lesões na região 
da coluna medular, com isso, afeta-se a sensibilidade, o controle motor ou os dois. 
Ela pode ocorrer na coluna cervical (C1 a C7), torácica (T1 a T12), lombar (L1 a L5) 
ou sacral (DIEHL, 2006). Veja a figura 6, que representa a coluna. 
 
 
Figura 10. Coluna vertebral 
 
 
Fonte: Shutterstock 
https://image.shutterstock.com/image-vector/human-spine-vertebral-column-name-600w-
1478879357.jpg 
 
A deficiência de origem medular, podem ter suas lesões originadas da Espinha 
Bífida, Traumatismos e outros. 
 
 
3.2.4.1 Espinha Bífida 
 
De acordo com Hernández et al. (2018, p. 16), a espinha bífida é “uma 
malformação congênita que consiste numa falha no fechamento do tubo neural 
durante o período embrionário”. Quando a criança ainda está útero, não acontece o 
fechamento total da coluna vertebral quando ela se forma, e com isso, algumas 
vértebras ficam abertas e parte da medula espinhal fica para fora (HERNÁNDEZ et 
al., 2018). A criança que nasce com a espinha bífida apresenta uma protuberância 
nas costas bem evidente. Hernández et al. (2018) traz uma primeira classificação: 
 
● Espinha bífida oculta: aqui não há protuberância e nem manifestação externa 
de algo. Este é o tipo mais leve e comum de espinha bífida (MARQUES; 
CIDADE; LOPES, 2009). 
 
Figura 11. Espinha bífida oculta 
 
Fonte: Tua Saúde, s/d. https://www.tuasaude.com/espinha-bifida-oculta/ 
 
● Meningocele: há meninge e líquido cefalorraquidiano na protuberância, não 
células nervosas. Para Marques, Cidade e Lopes (2009), essa forma de 
espinha bífida raramente tem danos neurológicos.
https://www.tuasaude.com/espinha-bifida-oculta/
 
 
Figura 12. Meningocele 
 
Fonte: Saúde News, 2020. 
https://www.amato.com.br/meningocele-mielomenigocele-espinha-bifida/ 
 
● Mielomeningocele: malformação medular, acarretando em hérnia dorsal com 
células nervosas. Este é o tipo mais grave. A mielomeningocele acontece com 
mais frequência nas vértebras lombares, o que limita a deficiência aos 
membros inferiores (MARQUES; CIDADE; LOPES, 2009). 
https://www.amato.com.br/meningocele-mielomenigocele-espinha-bifida/
 
 
Figura 13. Mielomeningocele 
 
Fonte: Blog Casa Adaptada, 2016. 
https://casadaptada.com.br/2016/12/mielomeningocele-causas-sintomas-e-tratamentos/ 
 
3.2.4.2 Traumatismos medulares 
 
A coluna é parte integrante do Sistema Nervoso Central, qualquer lesão que 
aconteça nela, causará danos irreversíveis. Segundo Diehl (2006, p. 98), “conforme 
o trauma, o indivíduo pode perder parcial ou totalmente a sensibilidade do corpo e o 
controle dos movimentos logo abaixo de onde ocorreu a lesão”. A altura da lesão na 
coluna está relacionada com a consequência desta, ou seja, quanto mais alta a lesão 
maior o comprometimento. Veja a seguir um quadro com a explicação acerca das 
lesões, classificações e consequências. 
 
 
 
 
 
 
https://casadaptada.com.br/2016/12/mielomeningocele-causas-sintomas-e-tratamentos/
 
Quadro 1. Lesões, classificações e consequências 
ALTURA DA LESÃO CLASSIFICAÇÃO CONSEQUÊNCIA 
Acima da C4 Tetraplegia alta Perda da capacidade 
respiratória, perda sensitiva e 
do controle motor dos quatro 
quatro membros e tronco. 
Cervicais abaixo da C4 Tetraplegia Perda sensitiva e do controle 
motor dos quatro membros e 
tronco. 
Torácicas Paraplegia alta Perda sensitiva e do controle 
motor dos membros inferiores 
e tronco. 
Lombares Paraplegia baixa Perda sensitiva e do controle 
motor da musculatura do 
quadril e dos membros 
inferiores. 
Sacrais e coccígeas Paralisia parcial Perda parcial da sensibilidade 
e do controle motor da 
musculatura e dos membros 
inferiores. 
Fonte: Diehl, 2006, p.98. 
 
REFLITA 
 
Você sabia que a principal origem das deficiência físicas no Brasil advém de acidentes 
de trânsito e de trabalho? Pois é. Essa informação é verdadeira. 
 
Fonte: Hernádez et al., 2018. 
 
#REFLITA# 
 
 
 3.3 Deficiência Visual 
 
Figura 14. Criança com deficiência visual 
 
Fonte: Shutterstock. 
https://image.shutterstock.com/image-photo/blind-visually-impaired-childkidtoddlerpreschoolerboy-
walking-600w-1192950877.jpg 
 
Então estudante, você sabe o que é a deficiência visual e como devemos 
chamar tais sujeitos? Vamos juntos descobrir. 
A deficiência visual, é um termo que usamos para nos referirmos à perda visual 
que não pode ser corrigida com lentes por prescrição regular (SILVA; VITAL; MELLO, 
2012), “se refere a uma limitação sensorial que anula a ou reduz a capacidade ver” 
(MARQUES; CIDADE; LOPES, 2009). 
A deficiência visual pode ser de origem congênita ou adquirida, ou seja, o sujeito 
nasce com a deficiência ou a adquire ao longo da vida. Um exemplo para essa 
aquisição, seria o glaucoma, a retinose pigmentar, retinoblastoma, diabetes tipo 1. A 
pessoas que possuem deficiência visual ela pode ser cega ou ter baixa visão. 
A pessoa cega é aquela que não consegue ver nada. A cegueira é a “ausência 
ou perda da visão em ambos os olhos, ou um campo inferior a 0,1 grau do melhor 
olho” (DIEHL, 2006, p. 62), isso mesmo após correção. Falando sobre o viés 
https://image.shutterstock.com/image-photo/blind-visually-impaired-childkidtoddlerpreschoolerboy-walking-600w-1192950877.jpg
https://image.shutterstock.com/image-photo/blind-visually-impaired-childkidtoddlerpreschoolerboy-walking-600w-1192950877.jpg
 
educacional, Diehl (2006) afirma que a cegueira é vista como perda total da visão ou 
resíduo mínimo de visão que leva o aluno a utilizar do Braille (sistema de escrita tátil) 
para ler e escrever, além de outros recursos didáticos necessários. Observe a figura 
abaixo, nela você encontra o alfabeto em braille. 
 
Figura 15. Alfabeto em braille 
 
Fonte: Shutterstock 
https://image.shutterstock.com/image-illustration/braille-visually-impaired-writing-system-600w-1858649119.jpg 
 
A pessoa que possui baixa visão, são aquelas que “apresentam desde 
condições de indicar projeção luminosa, até o grau em que a redução de sua acuidade 
visual limite o desempenho das atividades diárias da vida” (MARQUES; CIDADE; 
LOPES, 2009, p. 140). Na educação elas também necessitam de recursos didáticos 
especiais, como alteração da cor do papel, impressão com letras grandes. 
As pessoas com deficiência visual podem usar uma bengala. Esta bengala 
possui cores, que por sua vez ajudam a identificar a deficiência. Veja a figura 16.
https://image.shutterstock.com/image-illustration/braille-visually-impaired-writing-system-600w-1858649119.jpg
https://image.shutterstock.com/image-illustration/braille-visually-impaired-writing-system-600w-1858649119.jpg
 
 
Figura 16. Cores de bengala e tipos de deficiência 
 
Fonte: Folha da Terra, 2019. 
https://www.portalfolhadaterra.com.br/wp-content/uploads/2019/12/Deficientes-
visuais.jpg.pagespeed.ce_.NNnkmDdN5D.jpg 
 
Estudante, a pessoa que utiliza a bengala branca é cega. A pessoa que usa a 
bengala verde, possui baixa visão e a pessoa com a bengala vermelha e branca, 
significa que é surda e cega. 
Além da bengala a pessoa com deficiência visual pode utilizar como meio de 
orientação e mobilidade o cão-guia (figura 17) (ele indica os espaços em que a pessoa 
pode se deslocar com segurança) e o guia humano ou vidente (a pessoa com 
deficiência visual é orientada por uma pessoa que enxerga) (figura 18). 
https://www.portalfolhadaterra.com.br/wp-content/uploads/2019/12/Deficientes-visuais.jpg.pagespeed.ce_.NNnkmDdN5D.jpg
https://www.portalfolhadaterra.com.br/wp-content/uploads/2019/12/Deficientes-visuais.jpg.pagespeed.ce_.NNnkmDdN5D.jpg
 
 
Figura 17. Cão guia 
 
Fonte: shutterstock. 
https://image.shutterstock.com/image-photo/guide-dog-helping-blind-woman-600w-
714740041.jpg 
 
Figura 18. Guia humano 
 
Fonte: Solera (2021) 
 
 
3.4 Deficiência Auditiva 
 
A pessoa que possui deficiência auditiva, é chamada de surda, sendo assim ela 
possui surdez. A surdez caracteriza-se pela “perda total ou parcial da capacidade de 
https://image.shutterstock.com/image-photo/guide-dog-helping-blind-woman-600w-714740041.jpg
https://image.shutterstock.com/image-photo/guide-dog-helping-blind-woman-600w-714740041.jpg
 
conduzir ou perceber sinais sonoros, ou seja, corresponde à perda parcial ou total da 
audição” (DUARTE; GORLA, 2009, p. 24). A surdez pode ser: 
● Surdez de condução: a lesão está localizada no ouvido externo ou médio, o 
que leva a diminuição da audição na intensidade sonora. 
● Surdez neurossensorial: lesão no ouvido interno, no labirinto. Há a 
diminuição ou perda da capacidade de perceber o som. 
Independente do tipo de surdez, as alterações poderão ocorrer em maior ou 
menor grau. De acordo com Duarte e Gorla (2009, p. 25) “ o surdo, muitas vezes 
escuta o som, mas não compreende o que está escutando, e isso pode desencadear 
irritação, frustração, curiosidade e desmotivação, que podem interferir em seu 
processo cognitivo e psicológico". 
Mas estudante, você sabe como se identifica e mede o grau de audição de uma 
pessoa? Por meio de testes audiométricos. Veja o quadro abaixo (Quadro 2) sobre 
os níveis de limiares auditivas. 
 
Quadro 2. Níveis de limiares auditivas 
DEFICIÊNCIA AUDITIVA LIMIAR AUDITIVO EXEMPLOS 
APROXIMADOS 
Leve 25 a 40 dB Sussurro/cochicho 
Moderada 41 a 55dB Voz fraca 
Acentuada 56 a 70 dB Voz normal 
Severa 71 a 85dB Tráfego, furadeira, voz 
forte 
Grave 86 a 90 dB Liquidificador, voz muito 
forte 
Profunda Superior a 91dB Trem, britadeira, buzina de 
automóvel, turbina de 
avião, sons que causam 
dor. 
Fonte: Diehl, 2006, p. 43. 
 
 
Sendo assim, pessoas que têm perda auditiva em ambos os ouvidos e escutam 
entre 25 a 40 dB são consideradas pessoas com deficiência auditiva leve. Estes 
sujeitos irão conseguir ouvir o som de uma conversa sussurrada, mas eles não 
ouvem, por exemplo, os barulhos das folhas. E assim por diante conforme 
mencionado no quadro 2. 
É importante destacar que a surdez pode ser congênita ou adquirida. E a pessoa 
com deficiência auditiva utilizará da língua de sinais para sua comunicação. Esta 
língua “é uma forma de comunicação estritamente visual, comunicada através de 
gestos codificados, tais como expressões faciais e pequenos movimentos do corpo” 
(DIEHL, 2006, p. 45). 
 
Figura 19. Língua de sinais 
 
Fonte: Shutterstock. 
https://image.shutterstock.com/image-photo/african-deaf-kid-girl-her-600w-1687124812.jpg 
 
 
3.5 Deficiência Intelectual 
 
A deficiência intelectual é aquela que está associada a um funcionamento 
intelectual abaixo da média. Para Silva, Vital e Mello (2009) a deficiência intelectual é 
resultado de múltiplos fatores, mas o que há de comum, é a insuficiência intelectual. 
Geralmente esses sujeitos possuem um ritmo mais lento de aprendizagem. Esse 
https://image.shutterstock.com/image-photo/african-deaf-kid-girl-her-600w-1687124812.jpg
 
funcionamento abaixo da média, interfere em atividades como comunicação, realizações 
de tarefas diárias, adaptação social, segurança, lazer, trabalho, entre outros. 
Há tipos de deficiência intelectual, que dependendo do grau de comprometimento 
dos sujeitos, eles irão apresentar algumas características. Esses tipos estão 
relacionados com QI (Quociente de Inteligência), que é um indicador derivado de vários 
testes que avaliam a capacidade cognitiva das pessoas. Para Silva, Vital e Mello (2009), 
são eles: 
● Profundo (QI abaixo de 19): esses indivíduos apresentam independência 
completa, eles não conseguem cuidar de si mesmos. Possuem limitações 
extremamente acentuadas de aprendizagem. 
● Severo (QI entre 20 e 35): os sujeitos ainda precisam de apoio tanto em casa 
quanto na escola. Há um acentuado prejuízo de comunicação e mobilidade. Essas 
pessoas podem chegar a resultados por meio de atividades condicionadas e 
repetitivas de forma supervisionada. 
● Moderado (QI entre 36 e 51): indivíduo que possui um considerável atraso na 
aprendizagem e na maioria dos casos apresenta problemas motores visíveis. 
Apesar disso, tal sujeito apresenta maior facilidade social, assim como a inserção 
social na família, na escola e na comunidade. 
● Leve (QI entre 55 e 69): são as pessoas que apresentam uma aprendizagem 
lenta, mas que possuem capacidade para realizar tarefas escolares e da vida 
diária. 
● Limítrofe (QI entre 68 e 84): Aqui o sujeito é considerado como a pessoa que 
possui um desvio de inteligência por conta de algumas dificuldades em exercer 
tarefas que precisam de raciocínio lógico e grande demanda cognitiva. 
 
Como exemplo de deficiência intelectual temos a Síndrome de Down. 
 
3.5.1 Síndrome De Down 
 
A Síndrome de Down é uma anomalia causada por um acidente genético na hora 
da divisão cromossômica das células (DIEHL, 2006). 
 
Em pessoas sem esta síndrome, as células possuem 46 cromossomos e estes 
estão distribuídos em 23 pares. Na Síndrome de Down, o erro acontece no cromossomo 
21, que fica com 3 cromossomos, ao invés de dois (figura 20). 
 
Figura 20. Trissomia 21 
 
Fonte: Shutterstock 
https://www.shutterstock.com/pt/image-illustration/down-syndrome-trisomy-chromosome-21-
1526557787 
 
Por isso, esta síndrome também é conhecida como Trissomia 21 (DANIELSKI, 
2001). Este tipo de erro acontece em 95% dos casos de Síndrome de Down. Os outros 
5% estão entre a Translação e a Síndrome de Down em Mosaico. 
A Translação é caracterizada “por uma translocação entre o cromossomo 21 e um 
dos demais cromossomos, geralmente o 12 ou o 22” (DIEHL, 2006, p. 79). Ela ocorre 
em cerca de 4% dos pacientes. 
A Síndrome de Down em Mosaico, ocorre em 1% dos sujeitos. Neste caso “a 
“primeira célula” do embrião é normal e o erro ocorre no momento da primeira duplicação 
desta célula e se repete em cada célula enquanto o feto se desenvolve” (DANIELSKI, 
2001, p. 25).Apesar desses casos, as pessoas com Síndrome de Down possuem algumas 
prováveis características. São elas: “Hipotonia, baixa estatura, pescoço curto, orelhas 
com aparência dobrada típica, boca aberta com a língua protrusa, prega no canto dos 
olhos semelhante à das pessoas da raça mongólica, pele áspera e seca, dentes 
pequenos” (DIEHL, 2006, p. 79). A mobilidade pode ser desajeitada e acanhada 
(DANIELSKI, 2001). 
 
Figura 21. Criança com Síndrome de Down 
 
Fonte: Shutterstock. 
https://image.shutterstock.com/image-photo/cute-little-girl-painted-hands-600w-296822216.jpg 
 
Você já deve ter visto uma criança com Síndrome de Down, não é mesmo 
estudante? Devido a questão genética, é possível reconhecermos tais sujeitos em boa 
parte dos casos, pois a aparência entre eles é muito semelhante. Veja a próxima figura.
https://image.shutterstock.com/image-photo/cute-little-girl-painted-hands-600w-296822216.jpg
 
 
Figura 22. Crianças com Síndrome de Down. 
 
Fonte:Shutterstock 
https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/children-down-syndrome-friendly-company-dogs-
753545983 
 
Essas crianças podem apresentar algumas anomalias, como: instabilidade 
atlantoaxial, convulsões, epilepsia, cardiopatias congênitas, duplicação intestinal, 
infecções do aparelho respiratório, estrabismo/miopia, entre outras (DIEHL, 2006). 
Ademais, possuem também deficiência intelectual, tendo um processo de aprendizagem 
mais lento, dificuldade de manter a atenção por muito tempo, antecipar e selecionar 
estímulos e respostas (MARQUES; CIDADE; LOPES, 2009). 
 
 
 
 
 
https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/children-down-syndrome-friendly-company-dogs-753545983
https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/children-down-syndrome-friendly-company-dogs-753545983
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Estudante, chegamos ao fim de nossa primeira unidade da apostila de “Educação 
Física Adaptada e Inclusiva”. Nesta empreitada inicial, desvendamos o campo voltado à 
pessoa com deficiência. Você teve a oportunidade de ter contato com aspectos históricos 
da Educação Física Adaptada e da pessoa com deficiência, assim como, pode conhecer 
algumas das características e tipos das deficiências física, visual, auditiva e intelectual. 
Frente a isso podemos concluir que: 
O esporte adaptado surgiu com o intuito de auxiliar as pessoas mutiladas da guerra 
em sua recuperação e partir disso, tem evoluído a cada dia e possibilitado às pessoas 
que o pratica diversos pontos positivos, não é mesmo? Além disso, trouxe para a 
Educação Física a oportunidade de olhar para um corpo fora de um padrão socialmente 
estabelecido, buscando compreender suas práticas e propositivas para além do corpo 
perfeito, saudável, forte, etc. 
O percurso histórico da pessoa com deficiência não foi fácil. Pelo contrário, foi 
sempre desafiador. Mas apesar de tais sujeitos terem percorrido os caminhos da 
exclusão, segregação, integração, hoje nos deparamos com o momento de inclusão, no 
qual, as pessoas com deficiência podem se sentir pertencentes à sociedade, assim como 
possuem melhores condições para convivência e seu desenvolvimento autônomo. No 
entanto, vale ressaltar que ainda temos muito a fazer. 
Quanto às deficiências física, visual, auditiva e intelectual, é preciso ter em mente 
a importância de conhecer cada detalhe destas e suas especificidades. Apesar de termos 
definido, por exemplo, os tipos de deficiência física, cada sujeito pode apresentar uma 
condição particular. Fique atento! 
Por fim estudante, estes conhecimentos são extremamente importantes para o 
decorrer de seus estudos em nossa apostila. Conhecer a história é uma forma de 
entender os desdobramentos atuais, assim como, conhecer os tipos de deficiência é a 
base para em seguida conhecer as modalidades esportivas destinadas a ela. 
 
Vamos em frente! 
 
 
 
LEITURA COMPLEMENTAR 
 
Caro(a) estudante, vimos que as pessoas com deficiência apresentam algumas 
especificidades que devem ser levadas em consideração ao intervimos junto a elas e 
que nem todas as ações partem efetivamente dos preceitos da integração e inclusão. 
Quando olharmos a pessoa com deficiência apenas em suas limitações e 
buscamos ajudá-la fazendo as coisas por ela e não a auxiliando a fazer por si mesmo 
(em suas potencialidades) não estamos incluindo e sim evidenciando suas dificuldades, 
agindo de forma assistencialista. Por isso, lembre-se de sempre ver o que a pessoa com 
deficiência consegue fazer para então buscar a melhor forma de ajudá-la, viabilizando 
autonomia a mesma. 
Nesta unidade, conhecemos as deficiências em seus conceitos e características, 
compreendendo seus modelos e tipos e vimos também que a Educação Física 
Adaptada,expressão relativamente nova (proposta em 1950 pela Association for Health, 
Physical Education, Recreation and Dance) vem se instaurando como um campo de 
atuação que busca promover saúde, bem estar físico, psicológico, social e cognitivo para 
essas pessoas, por isso, é um campo multifacetado que diariamente se reinventa e abre 
novas possibilidades de práticas e atuação profissional. 
As primeiras ações sistematizadas para os propósitos supra apresentados, 
partiram das propositivas do Dr. Ludwig Guttman, conhecido como pai da Educação 
Física Adaptada, em especial dos esportes paralímpicos. 
No Brasil, segundo Costa e Souza (2004) a preocupação com práticas 
direcionadas às pessoas com deficiência e ao esporte adaptado ganham força em 1950, 
com enfoque médico, ou seja, direcionado para prevenção de doenças e exercícios de 
correção e prevenção, mas de certa forma, nos dias de hoje ainda possuem algumas 
lacunas que precisam ser revistas e melhoradas, ampliando o olhar para a Educação 
Física Adaptada como um meio de inserção social e efetiva inclusão. 
Vocês já pararam para pensar que os esportes adaptados/paralímpicos, são sim 
um meio de reintegração social, saúde, qualidade de vida, etc., mas muitas vezes essas 
práticas são realizadas apenas entre pessoas com deficiência? Para uma efetiva 
inclusão e atender os propósitos em sua plenitude, essas experiências corporais 
 
precisam envolver pessoas com e sem deficiência, por isso os esportes adaptados 
precisam ser fomentados no contexto escolar, de centros esportivos, academias, clubes 
e associações, entre tantos outros. 
Carmo (2002) traz reflexões importantes; será que a Educação Física está 
preparada para tratar o uno e o diverso em uma mesma prática corporal? Quais práticas 
propõe a participação conjunta de pessoas com e sem deficiência? Será possível uma 
educação inclusiva? As escolas, alunos, professores, espaços públicos estão 
preparados e abertos para essas experiências? 
Ficam aqui algumas reflexões importantes para a Educação Física Adaptada e 
para busca da inclusão, esperamos que ao longo deste material você encontre respostas 
para esses e tantos outros questionamentos. 
 
Fonte: Anversa; Solera (2021) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LIVRO 
 
 
• Título. Educação Física Adaptada. 
• Autor. Maria de Fátima Fernanda Vara; Ruth Eugênia Cidade. 
• Editora. Intersaberes. 
• Sinopse . A prática de atividades físicas é de suma importância para a manutenção da 
saúde das pessoas. Quando a atividade física é um esporte, os ganhos são ainda 
maiores, uma vez que ele proporciona, entre outras habilidades, a de superação de 
obstáculos. Nesse sentido, a educação física adaptada entra em cena para garantir que 
o desenvolvimento de práticas tão benéficas da cultura corporal de movimento e do 
esporte estejam ao alcance de todos. Acompanhe-nos nestas páginas e descubra novas 
formas de ensinar, explorar e valorizar a possibilidade e o potencial de cada aluno, de 
modo que a diferença seja a motivação para novas oportunidades de aprendizado. 
 
 
 
 
 
 
FILME/VÍDEO 
 
 
 
• Título. Intocáveis. 
• Ano. 2019. 
• Sinopse. O filme“Intocáveis”, escrito e dirigido por Eric Toledano e Olivier Nakache, 
conta a história de tetraplégico milionário, que contrata um homem da periferia para ser 
o seu acompanhante, apesar de sua aparente falta de preparo. Ao longo do filme, a 
relação que antes era profissional cresce e vira uma amizade que mudará a vida dos 
dois. 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
 
ARANHA, M. S. F. Paradigmas da relação da sociedade com as pessoas com 
deficiência. Revista do Ministério Público do Trabalho, São Paulo, n. 21, p. 160-173, 
mar. 2001. 
 
BRASIL, Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015. Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa 
com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência). Brasília, DF, 2015a. Sessão 1, 
p. 2. Disponível em: http://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/2015/lei-13146-6-julho-
2015-781174-norma-pl.html. Acesso: 25 abri. 2021. 
 
CARMO, A.A do. Inclusão escolar e a educação física: que movimentos são estes. 
Revista Integração, p. 6-13, 2002. 
 
CIDADE, R. E. A.; FREITAS, P. S. Introdução à educação física e ao desporto para 
pessoas com deficiência. Curitiba: Ed. da UFPR, 2002. 
 
COSTA, A. M. da; SOUSA, S. B. Educação física e esporte adaptado: história, avanços 
e retrocessos em relação aos princípios da integração/inclusão e perspectivas para o 
século XXI. Revista Brasileira de Ciências do Esporte, v. 25, n. 3, 2004. 
 
DANIELSKI, V. Síndrome de Down: uma contribuição à habilitação da criança com 
Down. 2ª ed. São Paulo: Ave Maria, 2001. 
 
DIEHL, R. M. Jogando com as diferenças: jogos para crianças e jovens com 
deficiência. São Paulo: Phorte, 2006. 
 
DUARTE, E.; GORLA, J. I. Pessoas com deficiência. In: GORLA, J. I.; CAMPANA, M. 
B.; OLIVEIRA, L. Z. (org). Teste e avaliação em esporte adaptado. São Paulo: 
Phorte, 2009. 
 
FAVATTO, N. C. Educação Física Inclusiva. Maringá: Unicesumar, 2018. 
 
FERREIRA, M. E. C.; GUIMARÃES, M. Educação Inclusiva. Rio de Janeiro: DP&A, 
2003. 
 
FREITAS, P. S; CIDADE, R. E. A. Introdução a educação física adaptada para 
pessoas com deficiência. Curitiba: Editora UFPR, 2010. 
 
GAIO, R. Para além do corpo deficiente. Jundiaí: Fontoura, 2006. 
 
HERNÁNDEZ, M.; RODRÍGUEZ, A. B.; JANÉ, T. B.; GRES, N. C. Atividade Física 
Adaptada: o jogo e os alunos com deficiência. Petrópolis: Vozes, 2018. 
 
KASSAR, M. C. M. Deficiência múltipla e educação no Brasil: discurso e silêncio na 
história dos sujeitos. Campinas,SP: Autores Associados, 1999. 
 
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%2013.146-2015?OpenDocument
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MARQUES, R. F.R.; GUTIERREZ, G. L. O esporte paralímpico no Brasil: 
profissionalismo, administração e classificação de atletas. São Paulo: Phorte, 2014. 
 
MARQUES, A. C.; CIDADE, R. E. C.; LOPES, K. A. T. Questões da deficiência e as 
ações no Programa Segundo Tempo.In: OLIVEIRA, A. A. B.; PERIM, G. L. 
Fundamentos Pedagógicos do Programa Segundo Tempo: da reflexão à prática. 
Maringá: Eduem, 2009. 
 
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Classificação Internacional de 
Funcionalidade, Incapacidade e Saúde-CIF. Lisboa, 2004. Disponível em: 
http://www.inr.pt/uploads/docs/cif/CIF_port_%202004.pdf. Acesso em: 3 mar. 2021. 
 
SOLERA, Bruna. Deficiência, corpo e inclusão: um estudo a partir de praticantes de 
esportes paralímpicos. 2018. Dissertação (Mestrado em Educação Física)– Centro de 
Ciências da Saúde. Universidade Estadual de Maringá, Maringá, 2018. 
 
SILVA, A.; VITAL, R.; MELLO, M. T. Deficiência, incapacidades e limitações que 
influenciam na prática do esporte paralímpico. In: MELLO, M. T.; WINCKLER, C. 
Esporte Paralímpico. São Paulo: Atheneu, 2012. 
 
WINNICK, J. Educação física e esportes adaptados. São Paulo: Manole, 2004. 
 
 
 
 
 
UNIDADE II 
ESPORTES ADAPTADOS E PARALÍMPICOS 
Professora Doutora Ana Luíza Barbosa Anversa 
Professora Mestre Bruna Solera 
 
 
Plano de Estudo: 
• Esportes Adaptados x Esportes Paralímpicos; 
• Esportes Paralímpicos de Verão; 
• Esportes Paralímpicos de Inverno. 
 
 
Objetivos de Aprendizagem: 
• Conceituar e caracterizar os Esportes Adaptados e Esportes Paralímpicos; 
• Conhecer as modalidades de verão e inverno de Esporte Paralímpico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
Olá estudante, 
Seja bem vindo (a) a segunda unidade da nossa apostila de “Educação Física 
Adaptada e Inclusiva”! 
Esta unidade, intitulada de “Esportes Adaptados e Paralímpicos” tem como objetivo 
possibilitar a você conhecimentos acerca das modalidades esportivas que foram 
adaptadas ou criadas para pessoas com deficiência, destacando os esportes 
Paralímpicos de verão e de inverno. 
Sendo assim, dividimos esta unidade em três momentos: tópico 1 “Esportes 
Adaptados x Esportes Paralímpicos”, tópico 2 “Esportes Paralímpicos de Verão” e tópico 
3 “Esportes Paralímpicos de Inverno”. 
No primeiro tópico iremos conceituar esporte adaptado e esporte paralímpico, 
assim como diferenciá-los. Você conhece essa diferença? Já no tópico seguinte, você 
terá a oportunidade de conhecer as modalidades que integram o programa de esporte 
paralímpico de verão, como, a bocha, basquete em cadeira de rodas, canoagem, 
ciclismo, entre outros. E por fim, no terceiro tópico, haverá a exposição das modalidades 
esportivas paralímpicas de inverno, como esqui cross country, curling em cadeira de 
rodas, hóquei no gelo, snowboard, esqui alpino e biatlo. 
Será uma caminhada incrível que contribuirá com a sua formação e atuação 
profissional. 
 
Bons estudos! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Imagem do Tópico: https://image.shutterstock.com/image-vector/group-multiracial-man-woman-on-
600w-1787474846.jpg 
www.shutterstock.com/ 
 
1 ESPORTES ADAPTADOS X ESPORTE PARALÍMPICOS: CONCEITOS E HISTÓRIA 
 
 
O esporte adaptado é uma terminologia que abrange a prática esportiva realizada 
pelas pessoas com deficiência com o objetivo de inclusão ou melhoria nas questões 
motoras (COSTA; WINCKLER, 2012). Ele é baseado em modalidades convencionais 
que foram adaptadas para a participação desses sujeitos (exemplo, Basquete em 
Cadeira de Rodas, Vôlei Sentado, Bocha) ou foram criadas especificamente para atender 
as necessidades de uma deficiência, como é o caso do goalball, esporte criado 
exclusivamente para pessoas com deficiência visual. 
Enquanto o esporte paralímpico, se caracteriza como uma das formas do esporte 
adaptado (MARQUES; GUTIERREZ, 2014). As modalidades que se encaixam aqui, são 
reconhecidas pelo Comitê Paralímpico Internacional. Sendo assim, ele se constitui como 
um espaço mais restrito, pois remete a prática de modalidades de verão e modalidades 
https://image.shutterstock.com/image-vector/group-multiracial-man-woman-on-600w-1787474846.jpg
https://image.shutterstock.com/image-vector/group-multiracial-man-woman-on-600w-1787474846.jpg
http://www.shutterstock.com/
 
de inverno e demanda uma avaliação médica e funcional do praticante, para partidas 
oficiais. 
Tais modalidades estão presentes nos chamados Jogos Paralímpicos. De acordo 
com Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), seguem as modalidades que temos em tal 
competição: 
 
Modalidades de Verão: 
 
Atletismo; Basquete em Cadeira de Rodas; Bocha; Canoagem; Ciclismo; Esgrima em 
Cadeira de Rodas; Futebol de 5; Futebol de 7; Goalball; Halterofilismo; Hipismo; Judô; 
Natação; Parabadminton; Parataekwondo; Remo; Rugby em Cadeira de Rodas; Tênis 
de Mesa; Tênis em Cadeira de Rodas; Tiro com Arco; Tiro Esportivo; Triatlo; Vôlei 
Sentado. 
 
Modalidades de Inverno: 
 
Esqui Cross-Country; Curling em Cadeira de Rodas; Esqui Alpino; Biatlo; Hóquei no 
Gelo; Snowboard. Conheça essas modalidades nos próximos tópicos. 
 
O Esporte Paralímpico possui um logotipo/símbolo. Observe a figura 1. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 1. Logotipo atual Paralímpico 
 
Fonte: Shutterstock 
https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/london-april-16-paralympic-symbol-on-188368247Este símbolo é composto por 3 Agitos das cores vermelho, azul e verde. O Agito 
significa “Eu me movimento” em latim. As cores dos Agitos representam as cores mais 
utilizadas em todas as bandeiras do mundo. Os três agitos circulam um ponto central, 
com o objetivo de enfatizar o papel do Comitê Internacional Paralímpico (IPC) em reunir 
atletas de todo o mundo e fazê-los competir. 
1.2 Jogos Paralímpicos 
 
Os Jogos Paralímpicos acontecem a cada 4 anos, em geral nos mesmos anos dos 
esportes olímpicos. Nele estão os melhores atletas do mundo. É o segundo maior evento 
https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/london-april-16-paralympic-symbol-on-188368247
 
esportivo, perde apenas para as Olímpiadas. Mas é o maior evento quando se trata de 
esporte para pessoas com deficiência. 
A primeira edição aconteceu no ano de 1952, em Stoke Mandeville, onde havia 
apenas pessoas com lesão medular, dois países e 130 atletas participando. A 
competição de chamou 1º Jogos Internacionais Stoke Mandeville. Mas o Brasil começou 
a participar apenas em 1972, na Alemanha (Heidelberg). Do total de 984 atletas, dez 
eram do Brasil competindo em cinco modalidades, e o restante, de 43 países. Já em 
1976, em Toronto (Canadá), participaram do evento pessoas de 38 países com lesão 
medular, amputação, deficiência visual e outras deficiências, com 1.657 atletas. Destes, 
23 eram brasileiros competindo em oito modalidades. 
O evento e a participação em geral, assim como do Brasil, foram crescendo, 
incluindo deficiências e modalidades esportivas ao longo das edições. Em 2008, na 
China (Beijing), 150 países participaram com um total de 1.970 atletas, o Brasil levou 
186 atletas que competiram em 13 modalidades (PARSONS; WINCKLER, 2012) e 2016 
foi o ano em que o país teve sua maior participação na Paralimpíada, tanto em número 
de atletas quanto de modalidades. Veja o quadro 1. 
 
 
 
 
 
Quadro 1. Informações sobre os Jogos Paralímpicos, entre 1960 e 2016. Logotipo, ano, local, 
logomarca, número de países participantes, número de atletas no total, colocação do Brasil, 
número de atletas brasileiros, total de medalhas do Brasil e modalidades de participação 
brasileira 
Ano Local Nº de 
Países 
Nº de 
Atletas 
Colocação 
do Brasil 
Nº de 
atletas 
Total de 
medalhas 
Modalidades 
de 
participação 
brasileira 
1952 Stoke 
Mandeville 
2 130 - - - - 
1960 Roma, 
Itália 
23 400 - - - - 
1964 Tóquio, 
Japão 
21 357 - -- - - 
1968 Tel Aviv, 
Israel 
29 750 - - - - 
1972 Heidelberg
, 
Alemanha 
43 984 32º 10 0 Basquetebol, 
atletismo, 
natação e tiro 
com arco. 
 
1976 Toronto, 
Canadá 
38 1.657 32 º 23 2 Atletismo, 
basquetebol, 
bocha 
paralímpica e 
bocha, dardo, 
sinuca, tênis 
de mesa, 
levantamento 
de peso. 
1980 Arnhem, 
Holanda 
42 1.973 42 º 15 0 Basquetebol 
e natação. 
1984 Stoke 
Mandeville
, Inglaterra 
e Nova 
York,EUA 
41 
Ingl. 
45 
EUA 
1.100 
Ingl. 
1.800 
EUA 
24 º 31 22 Atletismo e 
natação. 
1988 Seul, 
Coréia do 
Sul 
61 3.013 25 º 60 27 Atletismo, 
judô, natação, 
tênis de mesa 
e basquetebol 
em cadeira de 
rodas. 
1992 Barcelona, 
Espanha 
82 3.021 30 º 41 7 Atletismo, 
ciclismo, 
futebol de 7, 
judô, natação 
e tênis de 
mesa. 
 
1996 Atlanta, 
EUA 
103 3.195 37 º 60 21 Atletismo, 
basquetebol 
em cadeira de 
rodas, 
ciclismo, 
futebol de 7, 
judô, natação, 
levantamento 
de peso, tênis 
em cadeira de 
rodas e tênis 
de mesa 
2000 Sidney, 
Austrália 
122 3.843 24 º 64 22 Atletismo, 
basquetebol 
DM, ciclismo, 
esgrima, 
futebol de 7, 
judô, natação, 
levantamento 
de peso e 
tênis de mesa 
2004 Atenas, 
Grécia 
136 3.806 14 º 96 33 Atletismo, 
basquetebol 
DM, ciclismo, 
esgrima, 
futebol de 7, 
judô, natação, 
levantamento 
de peso e 
tênis de mesa 
 
2008 Beijing, 
China 
150 3.970 9 º 186 47 Atletismo, 
basquete em 
cadeira de 
rodas, 
ciclismo, 
hipismo, 
futebol de 5, 
futebol de 7, 
goalball, judô, 
Tênis em 
cadeira de 
rodas, remo e 
tênis de mesa 
2012 London, 
Great 
Britain 
164 4.245 7º 182 43 Atletismo, 
bocha, 
ciclismo, 
hipismo, 
futebol de 5, 
futebol de 7, 
goalball, judô, 
levantamento 
de potência, 
tênis em 
cadeira de 
rodas, remo , 
vela, natação, 
tiro esportivo, 
basquete em 
cadeira de 
rodas, 
esgrima em 
cadeira de 
rodas. 
 
2016 Rio de 
Janeiro, 
Brasil 
160 4.328 8 º 283 72 Atletismo, 
basquete em 
cadeira de 
rodas (BCR), 
bocha, 
canoagem, 
ciclismo de 
estrada, 
ciclismo de 
pista, esgrima 
em cadeira de 
rodas, futebol 
de 5, futebol 
de 7, goalball, 
halterofilismo, 
hipismo, judô, 
natação, 
remo, rúgbi 
em cadeira de 
rodas, tênis 
de mesa, 
tênis em 
cadeira de 
rodas, tiro 
com arco, tiro 
esportivo, 
triatlo, vela e 
vôlei sentado. 
Fonte: Adaptação de Parsons; Winckler (2012); International Paralympic Committee (201?). 
Na última edição dos Jogos Paralímpicos, Rio 2016, o megaevento contou com 
mais de 4.000 atletas de 170 países (quadro 2), sendo 283 atletas brasileiros que 
competiram nas 23 modalidades do programa paralímpico, com cobertura jornalística de 
154 países (PORTAL BRASIL, 2016). 
Quadro 2. Países que participaram dos Jogos Paralímpicos Rio 2016 
 
CONTINENTE PAÍS 
 
 
 
 
 
 
 
ÁFRICA 
Algeria Angola Benin Botswana 
Burkina Faso Burundi Cameroon Cape Verde 
Central African 
Republic 
Congo DR Congo Cote d'Ivoire 
Egypt Ethiopia Gabon Gambia 
Ghana Guinea Guinea-Bissau Kenya 
Lesotho Libya Madagascar Malawi 
Mali Mauritius Morocco Mozambique 
Namibia Niger Nigeria Rwanda 
Sao Tome & 
Principe 
Senegal Seychelles Sierra Leone 
Somalia South Africa UR of 
Tanzania 
Togo 
Tunisia Uganda Zimbabwe 
 Argentina Aruba Bermuda US Virgin 
Islands 
https://www.paralympic.org/rio-2016/algeria
https://www.paralympic.org/rio-2016/angola
https://www.paralympic.org/rio-2016/benin
https://www.paralympic.org/rio-2016/botswana
https://www.paralympic.org/rio-2016/burkina-faso
https://www.paralympic.org/rio-2016/burundi
https://www.paralympic.org/rio-2016/cameroon
https://www.paralympic.org/rio-2016/cape-verde
https://www.paralympic.org/rio-2016/central-african-republic
https://www.paralympic.org/rio-2016/central-african-republic
https://www.paralympic.org/rio-2016/congo
https://www.paralympic.org/rio-2016/democratic-republic-congo
https://www.paralympic.org/rio-2016/cotedivoire
https://www.paralympic.org/rio-2016/egypt
https://www.paralympic.org/rio-2016/ethiopia
https://www.paralympic.org/rio-2016/gabon
https://www.paralympic.org/rio-2016/gambia
https://www.paralympic.org/rio-2016/ghana
https://www.paralympic.org/rio-2016/guinea
https://www.paralympic.org/rio-2016/guinea-bissau
https://www.paralympic.org/rio-2016/kenya
https://www.paralympic.org/rio-2016/lesotho
https://www.paralympic.org/rio-2016/libya
https://www.paralympic.org/rio-2016/madagascar
https://www.paralympic.org/rio-2016/mali
https://www.paralympic.org/rio-2016/mauritius
https://www.paralympic.org/rio-2016/mauritius
https://www.paralympic.org/rio-2016/mozambique
https://www.paralympic.org/rio-2016/namibia
https://www.paralympic.org/rio-2016/nigeria
https://www.paralympic.org/rio-2016/rwanda
https://www.paralympic.org/rio-2016/sao-tome-principe
https://www.paralympic.org/rio-2016/sao-tome-principe
https://www.paralympic.org/rio-2016/senegal
https://www.paralympic.org/rio-2016/seychelles
https://www.paralympic.org/rio-2016/sierra-leone
https://www.paralympic.org/rio-2016/somalia
https://www.paralympic.org/rio-2016/south-africa
https://www.paralympic.org/rio-2016/tanzania
https://www.paralympic.org/rio-2016/tanzania
https://www.paralympic.org/rio-2016/togo
https://www.paralympic.org/rio-2016/tunisia
https://www.paralympic.org/rio-2016/uganda
https://www.paralympic.org/rio-2016/zimbabwe
https://www.paralympic.org/rio-2016/argentina
https://www.paralympic.org/rio-2016/aruba
https://www.paralympic.org/rio-2016/bermuda
https://www.paralympic.org/rio-2016/us-virgin-islandshttps://www.paralympic.org/rio-2016/us-virgin-islands
 
 
 
 
AMÉRICA 
Brazil Canada Chile Colombia 
Costa Rica Cuba Dominican 
Republic 
Ecuador 
El Salvador Guatemala Haiti Honduras 
Jamaica Mexico Nicaragua Panama 
Peru Puerto Rico Suriname Trinidad & 
Tobago 
Uruguay USA Venezuela 
 
 
 
 
 
 
 
 
ÁSIA 
 
Afghanistan Bahrain Cambodia Uzbekistan 
People's Republic 
of China 
Hong Kong, China India Indonesia 
Islamic Republic 
of Iran 
Iraq Japan Jordan 
Kazakhstan DPR Korea Korea Kuwait 
Kyrgyzstan Lao People's 
Democratic Republic 
Macao, China Nepal 
Malaysia Mongolia Myanmar Philippines 
Oman Pakistan Palestine Sri Lanka 
https://www.paralympic.org/rio-2016/brazil
https://www.paralympic.org/rio-2016/canada
https://www.paralympic.org/rio-2016/chile
https://www.paralympic.org/rio-2016/colombia
https://www.paralympic.org/rio-2016/costa-rica
https://www.paralympic.org/rio-2016/cuba
https://www.paralympic.org/rio-2016/dominican-republic
https://www.paralympic.org/rio-2016/dominican-republic
https://www.paralympic.org/rio-2016/ecuador
https://www.paralympic.org/rio-2016/el-salvador
https://www.paralympic.org/rio-2016/guatemala
https://www.paralympic.org/rio-2016/haiti
https://www.paralympic.org/rio-2016/honduras
https://www.paralympic.org/rio-2016/jamaica
https://www.paralympic.org/rio-2016/mexico
https://www.paralympic.org/rio-2016/nicaragua
https://www.paralympic.org/rio-2016/panama
https://www.paralympic.org/rio-2016/peru
https://www.paralympic.org/rio-2016/puerto-rico
https://www.paralympic.org/rio-2016/trinidad-tobago
https://www.paralympic.org/rio-2016/trinidad-tobago
https://www.paralympic.org/rio-2016/uruguay
https://www.paralympic.org/rio-2016/usa
https://www.paralympic.org/rio-2016/venezuela
https://www.paralympic.org/rio-2016/afghanistan
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https://www.paralympic.org/rio-2016/cambodia
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https://www.paralympic.org/rio-2016/china
https://www.paralympic.org/rio-2016/china
https://www.paralympic.org/rio-2016/hong-kong
https://www.paralympic.org/rio-2016/india
https://www.paralympic.org/rio-2016/indonesia
https://www.paralympic.org/rio-2016/iran
https://www.paralympic.org/rio-2016/iran
https://www.paralympic.org/rio-2016/iraq
https://www.paralympic.org/rio-2016/japan
https://www.paralympic.org/rio-2016/jordan
https://www.paralympic.org/rio-2016/kazakhstan
https://www.paralympic.org/rio-2016/democratic-people-republic-korea
https://www.paralympic.org/rio-2016/korea
https://www.paralympic.org/rio-2016/kuwait
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https://www.paralympic.org/rio-2016/laos
https://www.paralympic.org/rio-2016/laos
https://www.paralympic.org/rio-2016/macao
https://www.paralympic.org/rio-2016/nepal
https://www.paralympic.org/rio-2016/malaysia
https://www.paralympic.org/rio-2016/mongolia
https://www.paralympic.org/rio-2016/myanmar
https://www.paralympic.org/rio-2016/philippines
https://www.paralympic.org/rio-2016/oman
https://www.paralympic.org/rio-2016/pakistan
https://www.paralympic.org/rio-2016/palestine
https://www.paralympic.org/rio-2016/sri-lanka
 
 
Qatar Saudi Arabia Singapore Thailand 
Syrian Arab 
Republic 
Chinese Taipei Tajikistan 
 
Vietnam 
Timor-Leste Turkmenistan United Arab 
Emirates 
 
 
 
 
 
 
EUROPA 
Armenia Austria Azerbaijan Belarus 
Belgium Bosnia and 
Herzegovina 
Bulgaria Croatia 
Cyprus Czech Republic Denmark Estonia 
Faroe Islands Finland FYR 
Macedonia 
France 
Georgia Germany Great Britain Greece 
Hungary Iceland Ireland Israel 
Italy Latvia Lithuania Luxembourg 
Malta Republic of Moldova Montenegro Netherlands 
Norway Poland Portugal Romania 
Serbia Slovakia Slovenia Spain 
https://www.paralympic.org/rio-2016/qatar
https://www.paralympic.org/rio-2016/saudi-arabia
https://www.paralympic.org/rio-2016/singapore
https://www.paralympic.org/rio-2016/thailand
https://www.paralympic.org/rio-2016/syria
https://www.paralympic.org/rio-2016/syria
https://www.paralympic.org/rio-2016/chinese-taipei
https://www.paralympic.org/rio-2016/tajikistan
https://www.paralympic.org/rio-2016/vietnam
https://www.paralympic.org/rio-2016/turkmenistan
https://www.paralympic.org/rio-2016/uae
https://www.paralympic.org/rio-2016/uae
https://www.paralympic.org/rio-2016/armenia
https://www.paralympic.org/rio-2016/austria
https://www.paralympic.org/rio-2016/azerbaijan
https://www.paralympic.org/rio-2016/belarus
https://www.paralympic.org/rio-2016/belgium
https://www.paralympic.org/rio-2016/bosnia-herzegovina
https://www.paralympic.org/rio-2016/bosnia-herzegovina
https://www.paralympic.org/rio-2016/bulgaria
https://www.paralympic.org/rio-2016/croatia
https://www.paralympic.org/rio-2016/cyprus
https://www.paralympic.org/rio-2016/czech-republic
https://www.paralympic.org/rio-2016/denmark
https://www.paralympic.org/rio-2016/estonia
https://www.paralympic.org/rio-2016/faroe-islands
https://www.paralympic.org/rio-2016/finland
https://www.paralympic.org/rio-2016/macedonia
https://www.paralympic.org/rio-2016/macedonia
https://www.paralympic.org/rio-2016/france
https://www.paralympic.org/rio-2016/greece
https://www.paralympic.org/rio-2016/germany
https://www.paralympic.org/rio-2016/great-britain
https://www.paralympic.org/rio-2016/greece
https://www.paralympic.org/rio-2016/hungary
https://www.paralympic.org/rio-2016/iceland
https://www.paralympic.org/rio-2016/ireland
https://www.paralympic.org/rio-2016/israel
https://www.paralympic.org/rio-2016/italy
https://www.paralympic.org/rio-2016/latvia
https://www.paralympic.org/rio-2016/lithuania
https://www.paralympic.org/rio-2016/luxembourg
https://www.paralympic.org/rio-2016/malta
https://www.paralympic.org/rio-2016/moldova
https://www.paralympic.org/rio-2016/montenegro
https://www.paralympic.org/rio-2016/netherlands
https://www.paralympic.org/rio-2016/norway
https://www.paralympic.org/rio-2016/poland
https://www.paralympic.org/rio-2016/portugal
https://www.paralympic.org/rio-2016/romania
https://www.paralympic.org/rio-2016/serbia
https://www.paralympic.org/rio-2016/slovakia
https://www.paralympic.org/rio-2016/slovenia
https://www.paralympic.org/rio-2016/spain
 
Sweden Switzerland Turkey Ukraine 
 
OCEANIA 
Australia Fiji New Zealand Papua New 
Guinea 
Fonte: Adaptação International Paralympic Committee (201?). 
Note estudante, que com o passar das edições do Jogos Paralímpicos, houve uma 
evolução na participação do Brasil, assim como, teve um aumento no ganho de medalhas 
e melhor posicionamento na classificação geral, tendo atingido o 7º lugar em Londres, o 
melhor deles. No Rio 2016, apesar de colocado em 8º lugar, o país levou maior número 
de atletas e conquistou mais medalhas que na edição anterior. 
 
SAIBA MAIS 
 
O termo paralímpico é “uma associação entre o prefixo grego “para”, que significa 
paralelo, e o termo “olímpico”, que segundo o IPC(2010), representa a condição paralela 
entre os Jogos Olímpicos e Paralímpicos” (PARSONS; WINCKLER, 2014, p. 6). Vale 
ressaltar que por muitos anos foi utilizado o termo paraolímpico, unindo “paraplegia” e 
“olimpíada”, mas o fato de envolver outras deficiências para além de cadeirantes, 
somada a questões linguísticas resultou na mudança do termo. 
 
 
https://www.paralympic.org/rio-2016/sweden
https://www.paralympic.org/rio-2016/switzerland
https://www.paralympic.org/rio-2016/turkey
https://www.paralympic.org/rio-2016/ukraine
https://www.paralympic.org/rio-2016/australia
https://www.paralympic.org/rio-2016/fiji
https://www.paralympic.org/rio-2016/new-zealand
https://www.paralympic.org/rio-2016/papua-new-guinea
https://www.paralympic.org/rio-2016/papua-new-guinea
 
 
 
Imagem do Tópico: 
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