Buscar

TCC COMPLETO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 60 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 60 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 60 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

UNIP – Universidade Paulista 
Instituto de Ciências Exatas e de Tecnologia 
Curso: Engenharia Mecânica 
Campus: Araraquara 
 
 
 
 
 
 
 
COMPACTAÇÃO DE LATAS DE ALUMÍNIO UTILIZANDO UM MECANISMO 
BIELA-MANIVELA 
 
 
 
 
 
Ana Júlia Boaventura de Oliveira 
Evandro Luís do Carmo 
Rodrigo Luiz 
 
 
Orientadora: Prof. Dra. Juliana R. Torini 
 
 
 
 
 
Araraquara 
2018 
 
UNIP – Universidade Paulista 
Instituto de Ciências Exatas e de Tecnologia 
Curso: Engenharia Mecânica 
 
 
 
 
COMPACTAÇÃO DE LATAS DE ALUMÍNIO UTILIZANDO MECANISMO BIELA-
MANIVELA 
 
 
 
Ana Júlia Boaventura de Oliveira 
Evandro Luís do Carmo 
Rodrigo Luiz 
 
 
Trabalho de conclusão de curso 
apresentado ao curso de Engenharia 
Mecânica como requisito à obtenção do 
diploma de Bacharel em Engenharia 
Mecânica. 
 
Orientadora: Prof. Dra. Juliana R. Torini 
 
 
 
 
 
 
Araraquara 
2018 
 
 
DEDICATÓRIA 
 
Nós dedicamos esse trabalho às nossas famílias, aos nossos docentes e 
professores, que com seus conhecimentos colaboraram com o nosso crescimento 
profissional e intelectual e principalmente a Deus, por ter nos sustentado até aqui. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
Agradecemos a Deus primeiramente por ter nos dado a sabedoria de cada dia, 
aos nossos familiares, amigos e entes queridos, em especial, aos nossos pais, 
por ter cedido todo suporte necessário, apoio e compreensão nos dias difíceis e a 
todos os nossos professores que puderam contribuir durante esta jornada 
cansativa, porém compensadora. 
 
 
 
 
Obrigado! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO 
O descarte de latas de alumínio é um tanto quanto trabalhoso, pois se devem 
separar os tipos de materiais a fim de facilitar a coleta seletiva. O crescimento 
econômico deve estar lado a lado com a preservação ambiental, dessa forma, o 
processo de reciclagem tem sido de suma importância para toda a população. 
Tendo em vista essa relevância, elaborou-se um mecanismo a fim de facilitar a 
compactação do alumínio de forma prática e acessível. Esse projeto oferece 
recursos não desenvolvidos até o momento em nosso país e o mesmo pode ser 
apresentado em lugares comerciais, como os supermercados. Assim sendo, este 
equipamento é uma grande inovação para o processo de descarte atual e de 
grande utilidade para todos os usuários. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
The disposal of aluminum cans is somewhat laborious, as the types of materials 
must be separated in order to facilitate selective collection. Economic growth must 
be side by side with environmental preservation, so the recycling process has been 
of paramount importance for the entire population. In view of this relevance, a 
mechanism was developed to facilitate the compaction of aluminum in a practical 
and accessible way. This project offers resources not developed until the moment 
in our country and the same can be presented in commercial places, like the 
supermarkets. Therefore, this equipment is a great innovation for the current 
disposal process and of great utility for all users. 
 
Keywords: compaction of aluminum; recycling process; mechanism. 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
AGRADECIMENTOS...........................................................................................4 
RESUMO.............................................................................................................5 
ABSTRACT..........................................................................................................6 
ÍNDICE DE FIGURAS..........................................................................................8 
ÍNDICE DE TABELAS........................................................................................10 
SÍMBOLOS E ABREVIAÇÕES..........................................................................11 
1. 
INTRODUÇÃO...............................................................................................133 
2. OBJETIVOS E CRONOGRAMA....................................................................14 
 2.1 Objetivo Geral.......................................................................................14 
 2.2 Objetivo Específico...............................................................................14 
 2.3 Cronograma........................................................................................14 
3. REVISÃO DA LITERATURA. 15 
 3.1 Poluição Urbana: uma breve abordagem sócio-histórica...................15 
 3.2 Desenvolvimento.................................................................................18 
 3.3 Proteção constitucional ao meio ambiente..........................................21 
 3.4 Resíduos sólidos urbanos...................................................................23 
 3.5 O descarte incorreto de resíduos sólidos............................................26 
 3.6 Problemas sociais causados pelo lixo.................................................29 
 3.7 Reciclagem e coleta seletiva...............................................................32 
 3.8 O solo e suas propriedades.................................................................37 
 3.9 O alumínio...........................................................................................40 
 3.10 Mecânismo de retorno rápido.............................................................46 
 3.11 O Mecanismo biela-manivela.............................................................49 
4. MATERIAIS E MÉTODOS..............................................................................53 
 4.1 Estrutura..............................................................................................53 
 4.2 Mecanismo Biela-Manivela..................................................................54 
 4.3 Montagem final...................................................................................55 
5. ANÁLISE DE CUSTOS.................................................................................56 
6. RESULTADOS E DISCUSSÃO....................................................................57 
7. CONCLUSÃO...............................................................................................58 
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 59 
ÍNDICE DE FIGURAS 
 
Figura 1 - A produção desenfreada .................................................................. 15 
Figura 2 – Desenvolvimento Sustentável ......................................................... 19 
Figura 3 - Objetivos de Desenvolvimento Sustentável ..................................... 19 
Figura 4 - Categorias de resíduos sólidos ........................................................ 22 
Figura 5 – Excesso de resíduos sólidos ........................................................... 23 
Figura 6 - Lixão a céu aberto ........................................................................... 26 
Figura 7 - Moradores nas proximidades dos lixões .......................................... 27 
Figura 8 - Manejo dos resíduos........................................................................ 30 
Figura 9 - Cores da coleta seletiva ................................................................... 32 
Figura 10 - Separação entre resíduos recicláveis secos e rejeitos .................. 33 
Figura 11 - Municípios com coleta seletiva no Brasil até 2016......................... 34 
Figura 12 - Triângulo de Classificação Granulométrica ................................... 35 
Figura 13 - Comparação entre lixão e aterro sanitário ..................................... 36 
Figura 14 - Consequências dos lixões a céu aberto ........................................ 36 
Figura 15 - Propriedades Químicas do Alumínio ..............................................37 
Figura 16 - Bauxita ........................................................................................... 37 
Figura 17 - Alumina .......................................................................................... 38 
Figura 18 - Fluxo da cadeia de produção do alumínio primário ....................... 38 
Figura 19 - Índice de Reciclagem de Latas de Alumínio para Bebidas de 2003 a 
2016 .................................................................................................................. 40 
Figura 20 - Fluxo de reciclagem do alumínio ................................................... 41 
Figura 21 - Etapas de funcionamento da compactação de latas de alumínio .. 42 
Figura 22 - Tipos de transformação de movimento nos mecanismos .............. 43 
Figura 23 - Exemplos de sistemas mecânicos em que são utilizados ............. 44 
Figura 24 - Mecanismos de Quatro Barras ...................................................... 45 
Figura 25 - Mecanismo de quatro barras de retorno rápido ............................. 45 
Figura 26 - Mecanismo Biela-Manivela ............................................................ 46 
Figura 27 - Cinemática Mecanismo biela-manivela .......................................... 47 
Figura 28 - Limite de posição alinhados ........................................................... 48 
Figura 29 - Limite de posição fora de alinhamento .......................................... 48 
Figura 30 - As posições limitantes de um mecanismo biela-manivela de 
compensação sobreposto para encontrar a relação de tempo entre os movimentos 
de avanço e retorno ......................................................................................... 48 
Figura 31 - Exemplos de produtos em que o mecanismo biela-manivela é utilizado
 ......................................................................................................................... 49 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ÍNDICE DE TABELAS 
 
Tabela 1 - Cronograma .................................................................................... 14 
Tabela 2 - Especificação da estrutura .............................................................. 50 
Tabela 3 - Componentes Mecanismo Biela-Manivela ...................................... 51 
Tabela 4 - Planilha de custos do protótipo ....................................................... 53 
SÍMBOLOS E ABREVIAÇÕES 
 
 
 alfa 
 beta 
 delta 
 mu 
 sigma 
TCP Tool Center Point 
UDP User Datagram Protocol 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
 
1. INTRODUÇÃO 
Reciclar é transformar um produto já usado para novo consumo. Como a 
produção de embalagens e produtos descartáveis têm aumentado desde a 
década de 80, esse método vem sendo utilizado, pois apresenta inúmeros 
benefícios nos setores sócio econômico e ambiental. 
A reciclagem traz diversas vantagens para o meio ambiente. Além de 
economizar matéria-prima e energia elétrica, diminuem-se as emissões de gases 
(efeito estufa), o volume de lixo em aterros sanitários e constitui-se como fonte 
de renda para inúmeras famílias envolvidas no processo da coleta. 
Empresas e grandes organizações também utilizam a reciclagem em seus 
processos a fim de contabilizar seus custos e como toda corporação pública ou 
privada, deve destinar-se os resíduos sólidos recicláveis gerados, o descarte 
adequado em nome da sustentabilidade e do meio ambiente. 
Este projeto foi pensado depois que o docente de Fabricação Mecânica em 
nossa Universidade, comentou que existe em alguns países da Europa e na 
cidade de São Paulo, uma lixeira reciclável para garrafas plásticas com várias 
informações contidas, tais como quantidade a ser reciclada, peso e valor obtido 
através da pesagem da sucata em um painel programado. Esse mesmo 
equipamento, por exemplo, está presente em supermercados e libera um ticket 
ao final da operação de despejamento, sendo que esse ticket pode ser utilizado 
em compras no comércio, equivalente ao valor emitido. A partir deste conceito, 
idealizamos uma melhoria que traz uma inovação no sistema de reciclagem para 
latas de alumínio; uma vez que nosso país é o maior reciclador de alumínio, 
ocupando um percentual de 98,4% do total de reciclagem realizada no mundo 
inteiro. Nosso equipamento contém um mecanismo biela-manivela que 
compacta o alumínio, tornando-o sucata, colaborando assim com a remoção do 
mesmo. 
Este projeto visa colaborar com a reciclagem de latas de alumínio, facilitando ao 
usuário o descarte do material e proporcionando retorno financeiro, de forma 
viável e econômica. 
 
14 
 
2. OBJETIVOS E CRONOGRAMA 
2.1. Objetivo Geral 
Este projeto tem como objetivo realizar o descarte correto e facilitar a reciclagem de 
latas de alumínio, através de um sistema biela-manivela, contido em um equipamento 
automatizado. 
2.2. Objetivos específicos 
• Estudar sistema biela-manivela 
• Elaborar o projeto mecânico 
• Elaborar o projeto elétrico 
• Adquirir componentes e peças para montagem 
• Testes 
2.3. Cronograma 
 
Tabela 1 - Cronograma 
Tarefa/Mês 
Mai. Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. 
Revisão da Literatura X 
Projeto mecânico e elétrico X X 
Simulações X X 
Construção e montagem X X 
Testes iniciais X X 
Apresentação do TCC X 
Fonte: Elaborada pelos autores 
 
 
 
15 
 
3. REVISÃO DA LITERATURA 
 
3.1 Poluição Urbana: uma breve abordagem sócio-histórica 
 
Figura 1 - A produção desenfreada 
 
 
A história mundial, na maior parte de seus momentos, conferiu prevalência para 
a busca de riquezas e poder, desenvolvendo, para isso, sistemas de produção. 
Segundo Harari (2012), a espécie humana surgiu há cerca de 2,5 milhões de anos e se 
espalhou pelo mundo desenvolvendo, conforme cada contexto geográfico, 
características físicas e comportamentais específicas. 
A produção inicial baseava-se na defesa dos predadores, montar ferramentas 
com pedras afiadas, caçar e subsistir com coleta de plantas e captura de animais de 
pequeno porte, até mesmo a carniça deixada por animais mais fortes era aproveitada. 
Dessa forma, ocupava uma posição intermediária na cadeia alimentar e entre as 
espécies que, em virtude da superior capacidade de aprendizagem e de formação de 
estruturas sociais complexas, foi substituída pelo ápice muito rapidamente - nos últimos 
100 mil anos. 
A ausência de uma evolução gradual, para o autor (2012), fez com que o 
ecossistema não desenvolvesse formas de compensação para as consequências 
dessa supremacia de modo que o homem saiu da posição intermediária de caça para 
 
16 
 
a de predador. Seu anseio por manter-se no poder encheram essa espécie de busca 
por poder e confiança em si mesma. 
Segundo os contratualistas do século XVII, quando o homem abandona o estado 
de natureza e passa a abdicar de sua plena liberdade individual em prol da constituição 
de uma força maior - denominada Estado de Sociedade - passa, por meio do contrato 
social, a renunciar o seu poder soberano, iniciando um processo de pertencimento e de 
existência em conjunto, no qual surge a busca pelo bem comum, princípio fundante da 
noção de Estado (BOBBIO; BOVERO, 1986). 
A partir de então, o irrestrito uso da liberdade adquire o controle racional e 
coletivo, momento em que a posição de egoísmo e competitividade uns contra os outros 
abre espaço para a inserção da ideia de semelhantes e ambientes/direitos comuns, 
surgindo o uns com os outros. 
No entanto, se o contrato social alcança sua legitimação por meio do somatório 
das vontades pessoais para buscar o interesse comum e público, a história da 
humanidade demonstra condições contrárias: havendo a sobreposição de aspirações 
pessoais ou de pequenos grupos, em detrimento dos demais (BOBBIO; BOVERO, 
1986). 
Assim, a noção de coexistência e de cooperação para o bem comum é facilmente 
substituída pelo anseio porposse e lucros, os quais pressupõem que alguns poucos 
acumulem muito e cada vez mais enquanto a maioria vive restrita ao acesso à parcelas 
ínfimas, promovendo “calamidades históricas, de guerras mortais à catástrofes 
ecológicas”, conforme Harari (2012, p.16). 
De tal modo, a questão se agrava quando se trata das problemáticas 
relacionadas aos resíduos produzido pela sociedade urbana, uma vez que, na 
contemporaneidade, predomina o consumismo e a imediatidade da modernidade 
líquida de forma que praticamente inexiste espaço frutífero para reflexão, pois o homem 
isola-se em seu poder de posse considerando suas ações como desconexas das 
problemáticas sociais e ambientais (VIOLA, ET AL., 1987). 
Sobretudo, a partir da industrialização, os produtos não orgânicos passaram a 
ser a base das mercadorias humanas que foram consumidas de forma crescente sem 
que houvesse um planejamento ambiental acerca da sua gestão. Em uma análise 
 
17 
 
metafórica, trata-se de um comparado com um enorme recipiente onde todas formas 
de vida coabitam, inclusive o homem; no entanto, este produz mais do que o necessário 
para saciar sua noção de valor, centrada no capital e na posse, produzindo de forma 
desenfreada e inconsciente (VESENTINI; VLACH, 2002). 
Ou seja, age como se não tivesse participação nos danos causados ao meio 
ambiente, adotando uma cômoda e ilusória postura centrada em si e em seu poderio 
econômico. Por sua vez, as bases do bem comum são reiteradamente ignoradas, haja 
vista que o pertencimento social é transferido para a possibilidade de aquisição e, dessa 
forma, suas consequências prejudiciais são ignoradas ou minimizadas. Surge, então, a 
ideia de possuir como valor segundo a qual o um indivíduo vale, socialmente, o que ele 
é capaz de portar (ADAS, 2002). 
Contexto no qual as noções de proteção ambiental são tratadas com indiferença 
e desatenção pelo equívoco de se pensar que um problema não iminente é inexistente. 
Trata-se da prevalência do acúmulo de riquezas a custos que são ignorados ou 
invisibilizados pela noção primeira e central da dinâmica do consumo. 
Portanto, o consumo, o gozo e a artificialidade apresentam-se como muito 
maiores que a consciência ambiental. Sendo ignorado, quase por completo, as 
inerentes responsabilidades com o ecossistema, de modo a desequilibrá-lo e constituir 
o que podemos chamar de mal comum. 
 
18 
 
3.2 Desenvolvimento 
 
A noção de desenvolvimento econômico baseou-se na intensa e indiscriminada 
exploração dos recursos naturais de forma despreocupada e desequilibrada, 
entendendo-os como inesgotáveis. O que, por sua vez, ensejou em sucessivas 
agressões ao meio ambiente e reações da natureza que afetaram em grandes 
proporções os centros de habitação humana, destacando a necessidade de pensar o 
desenvolvimento e a produção econômica com ênfase na sustentabilidade (ANTUNES, 
2008). 
Ou seja, a ação antrópica no meio ambiente gerou um contexto de crise 
ambiental que, sob influência das convenções e declarações internacionais sobre o 
tema, fixou a necessidade de buscar uma sociedade sustentável baseada no respeito 
pela natureza e no convívio harmônico com os recursos oferecidos por ela, evitando a 
degradação do meio ambiente (LYNCH, 1999). 
Para tanto, atribuiu-se ao desenvolvimento um caráter social fundamental para 
coibir a ação humana irresponsável que causa danos ambientais de natureza 
gravíssima e muitas vezes de caráter irreversível. 
O processo produtivo envolve diretamente a relação dos seres humanos com o 
meio ambiente, de forma que a sustentação jurídica da busca pelo desenvolvimento 
sustentável é de reconhecer e resguardar o direito das gerações futuras a gozar dos 
recursos naturais hoje disponíveis em condições de igualdade, demandando uma 
nova visão ético-ambiental a qual deve ser implantada, sob o grave risco de escassez 
dos bens ambientais de forma irremediável (CASA; VASCONCELLOS; ZANINI, 2006). 
Ou seja, o desenvolvimento é um dos objetivos centrais de todo país, mas não 
pode ser medido apenas com base no Produto Interno Bruto (PIB), ou seja, no mero 
desenvolvimento econômico, sem nenhuma verificação das condições sociais e, até 
mesmo, reais da sociedade, pois uma análise tão simplista não satisfaz (RICKLEFS, 
1996). 
O que se pretende alcançar é o desenvolvimento sustentável, o qual promove 
crescimento econômico-social por meio de estratégias e técnicas que respeitam ao 
 
19 
 
meio ambiente e protejam os bens naturais, trata-se de utilizar os recursos ecológicos 
de forma consciente e equilibrada, conforme demonstrado na figura 2. 
 
Figura 2 – Desenvolvimento Sustentável 
 
 
No ano de 2015, a Organização das Nações Unidas (ONU) estabeleceu 
dezessete objetivos globais de desenvolvimento sustentável que devem ser 
alcançados pelos países até 2030 para “criar um novo modelo global para acabar com 
a pobreza, promover a prosperidade e o bem-estar de todos, proteger o meio ambiente 
e combater as alterações climáticas”, visando a tendência internacional de 
implementar um sistema de desenvolvimento politicamente justo (UNRIC, 2015). 
 
Figura 3 - Objetivos de Desenvolvimento Sustentável 
 
 
 
20 
 
Assim, a melhor forma para medir esse desenvolvimento de modo concreto é 
relacionando o crescimento econômico com a busca por um desenvolvimento social, 
inclusive equitativo por meio da concretização da sustentabilidade econômica, o qual 
é capaz de propiciar as condições para o bem estar das gerações presentes sem 
impedir que as gerações futuras sejam capazes de produzir o seu próprio bem estar 
(BRASIL; SANTOS, 2004). 
Diante do exposto, ficou sedimentado que o equilíbrio ambiental para as futuras 
gerações depende do comprometimento da presente geração e da sua resposta frente 
aos atuais problemas ambientais, bem como das suas iniciativas em proteger o que 
ainda resta do nosso planeta. 
 
21 
 
3.3 Proteção Constitucional ao meio ambiente 
 
A proteção ao meio ambiente está positivada na Constituição Federal nos arts. 
22, IV, XII e XXVI; 24, VI, VII e VIII; e 30, I e II quanto à disciplina das competências 
legislativas; art. 23, III, IV, VI, VII e XI, competências administrativas ou materiais; art. 
170, VI, ordem econômica ambiental; art. 182, meio ambiente artificial; arts. 215 e 216, 
meio ambiente cultural; art. 225, meio ambiente natural, dentre outros dispositivos 
esparsos que configuram o Direito Constitucional Ambiental (BRASIL, 1988). 
Determina o dever de não degradar, de ecologizar a propriedade privada e 
ampliar a participação do Estado nas questões ambientais, em prol de garantir o meio 
ambiente ecologicamente equilibrado, restando clara a pretensão do legislador 
constituinte de garantir um meio ambiente ecologicamente equilibrado, tutelando o 
meio natural para coibir abusos e estabelecer limites para a exploração ambiental. 
Para isso, estabelece a sustentabilidade ambiental, centralmente pelo artigo 
225, determinando a existência de uma sociedade ambientalmente responsável 
perante novas gerações que já são, pela nossa Carta, titulares de Direitos 
Fundamentais, nos seguintes termos: 
 
Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente 
equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade 
de vida, impondo-se ao poder público e à coletividade o dever de 
defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações 
(BRASIL, 1988). 
 
Por conseguinte, a proteção ao meio ambiente é reconhecida como direito 
fundamental de todos os brasileiros, indispensável para manutenção da qualidade 
ambiental, caracterizando um dos elementos que integram a dignidade da pessoa 
humana, princípio inafastável do ordenamento jurídico brasileiro e de toda a sociedade 
(ANTUNES, 2008). 
Nesses termos, passa a ser necessário, como importante ferramenta para o 
crescimento sustentável, permitir que o estilo de vida urbano se adéque à proteção 
ambiental,minimizando a exploração dos recursos naturais e potencializando o 
descarte correto dos resíduos humanos. 
 
22 
 
3.4 Resíduos sólidos urbanos 
 
Não há uma definição exata de resíduos sólidos, por isso são utilizadas com 
parâmetro as definições da NBR 10.004 de 1987 e da Lei nº 12.305 de 2010. Nesse 
sentido, a NBR 10.004 define resíduos sólidos como aqueles resultantes de atividades 
industriais, domésticas, hospitalares, comerciais, agrícolas, relacionada a serviços e, 
ainda, de varrição, tanto em estado sólido quanto em semissólido, vide: 
 
 
(...) aqueles resíduos nos estados sólido e semi-sólido, que resultam de 
atividades da comunidade de origem industrial, doméstica, hospitalar, 
comercial, agrícola, de serviços e de varrição. Ficam incluídos nesta definição 
os lodos provenientes de sistemas de tratamento de água, aqueles gerados em 
equipamentos e instalações de controle de poluição, bem como determinados 
líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede 
pública de esgotos ou corpos de água, ou exijam para isso soluções técnicas e 
economicamente inviáveis em face a melhor tecnologia disponível (ABNT, 
1987). 
 
Figura 4 - Categorias de resíduos sólidos
 
 
23 
 
Enquanto a Lei nº 12.305/10 os define, no art. 3°, XVI, como aqueles originados 
dos processos humanos em sociedade que possuem destinação final em estado sólido 
ou semissólido, podendo ser qualquer material, substância, objeto ou bem descartados 
nessas condições. 
 
Figura 5 – Excesso de resíduos sólidos 
 
 
Tais resíduos apresentam crescimento exponencial na sociedade 
contemporânea, promovendo, segundo Calderoni (2003), graves e complexos danos e 
riscos socioambientais, uma vez que sua produção não é acompanhada de uma gestão 
ambientalmente adequada e os entes sociais (Estado, produtores e cidadãos) 
esquivam-se de suas responsabilidades ecológicas. 
Nesses termos, a quantidade produzida associada à destinação em forma de 
descarte, é potencialmente perigosa e pode causar degradação, contaminação e/ou 
poluição atmosférica por meio da liberação de gases no processo de decomposição, 
do solo e/ou de corpos hídricos, caso tenham manejo e descarte inadequados s (LIMA, 
2001). 
Isto posto, encontra-se caracterizado os muito prováveis danos à saúde animal 
e humana, principalmente daqueles que trabalham diretamente e dependem dos 
resíduos sólidos com manejo inadequado para a sobrevivência, como é o caso 
daqueles que trabalham nos chamados lixões. Para que isso seja evitado, faz-se 
necessário a utilização de técnicas, tecnologias e legislações específicas para o 
 
24 
 
manejo, descarte adequado, e consequentemente, a proteção do ambiente e de todos 
que dele necessitam (LEVY; CABEÇAS, 2008). 
 
 
3.5 O desarte incorreto de resíduos sólidos 
 
A terra possui uma vasta biodiversidade, a qual contribui para a existência de 
diversos seres vivos que possuem diferentes características entre si e, de acordo com 
elas, adaptam-se aos mais variados habitat, interagindo harmonicamente com o meio 
ambiente. Segundo a Coleção Explorando o Ensino (2006), “considerando todos os 
seres vivos, estão descritos e catalogados quase dois milhões de espécies. Mas esse 
número está longe do total real”, havendo a previsão de que “pelo menos 50 milhões 
de espécies ainda não teriam sido descritas”. 
Bandeira et al (2010) esclarece que “o Brasil é considerado o maior país de 
diversidade biológica (biodiversidade) do planeta. Cerca de 22% das espécies nativas 
mundiais estão aqui, principalmente no bioma Floresta Amazônica”. A biodiversidade 
brasileira, em especial, possui valores ecológico, genético, social, econômico, 
científico, educacional, cultural, recreativo e estético da diversidade biológica e de seus 
componentes, conforme disposto na Convenção sobre Diversidade Biológica (2000). 
Nesses termos, a biodiversidade é primordial para a humanidade e está 
diretamente ligada com a estabilidade ambiental do planeta, sendo a sua preservação 
um objetivo necessário, o qual pode ser obtido por meio do uso sustentável dos 
recursos naturais (BRASIL, 2000). 
No entanto, o ser humano é a única espécie que consegue adaptar o ambiente 
conforme seus interesses e são frequentes os momento em que acaba gerando graves 
danos ambientais os quais, posteriormente, ocasionam catástrofes naturais com 
consequências em larga escala, um dos atuais grandes problemas ambientais do 
mundo tem sido a questão do descarte incorreto dos resíduos sólidos, o qual prejudica 
os ecossistemas gerando problemas como poluição do solo e das águas e efeito estufa 
(PEREIRA NETO, 2007). 
 
25 
 
É inevitável que a existência de agrupamentos humanos gere lixo, ou seja, 
restos, isto aumenta expressivamente quando se trata de grandes cidades em que 
existe extração de recursos ambientais acima do necessário para sobrevivência, 
gerando, inevitavelmente, excedentes em grande e crescente escala. 
Ocorre que a ocupação terrestre gera utilização e adaptação dos ambientes 
naturais em face às construções e necessidades, cada vez maiores, de quem os ocupa. 
Com a adaptação dos meios, o natural é deixado em segundo plano e a história da 
humanidade comprova que ele não é o foco de preocupação no início das ocupações, 
mas sim ganha destaque quando grandiosas devastações foram feitas e o desequilíbrio 
se instaura (RIBEIRO, 2011). 
A maioria das cidades foi ocupada de forma não planejada, com superlotação e 
exploração da mão de obra durante a Revolução Industrial, o uso de grandes máquinas 
e a superlotação de ambientes não preparados criou o crescimento desordenado, isto 
representa um ambiente ocupado sem nenhuma consideração dos impactos daquela 
coletividade ao ambiente (ABRAMO, 2007). 
Isto se mantém na maioria das cidades nacionais tendo como consequência o 
desenvolvimento também desordenado que acarreta em consequências cada vez mais 
irreversíveis e catastróficas. A qualidade ambiental é afetada pela degradação ocorrida 
quando existe ocupação humana, ela afeta diretamente ao ambiente e a sociedade em 
si, pois gera consequências a todos. Um ambiente degradado também afeta a 
qualidade de vida da população e prejudica a cidadania e o pleno/satisfatório 
desenvolvimento da cidade (FREITAS, 2005). 
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) conceitua o lixo como os 
restos oriundos da atividade humana, seja em estado sólido, semissólido ou líquido. 
Eles são classificados conforme os riscos que proporcional ao meio ambiente e à saúde 
pública, de acordo com a norma NBR10.004 que subsidia a definição da destinação 
dos materiais. 
 
 
 
 
 
 
26 
 
Figura 6 - Lixão a céu aberto 
 
 
Ocorre que o atual modelo de desenvolvimento da sociedade incentiva o 
consumo exacerbado que produz lixo em grande volume, o qual é disposto de forma 
inadequada, como nos casos dos lixões a céu aberto, os quais existem em 50,8% dos 
municípios do país, segundo a Pesquisa Nacional de Saneamento Básico. 
Ocasionando graves consequências sanitárias e ambientais, tais como: atração de 
vetores de doenças e poluição do ar, do solo, das águas e dos lençóis freáticos (IBGE, 
2008). 
Dados do IBGE do ano de 2000 já indicavam a produção diária de 240 mil 
toneladas de lixo advindos dos domicílios brasileiros, bem como que quase a totalidade 
deles (90%) tinham como destino de armazenamento em aterros sanitários em 
condições impróprias, os denominados lixões situados a céu aberto. De 2003 a 2014 
este percentual aumentou 29%, chegando a ser o quíntuplo do crescimento 
populacional ao longo destes anos, conforme dados da Associação Brasileira de 
Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (ABRELPE). 
Os problemas com o lixo perpassam pela excedente e crescente produção e o 
despejo em locais inadequadas o que gera profundos efeitos ao meio ambiente, bem 
como intensifica os processos de marginalizaçãoe pauperização de parte significativa 
da população que lida diretamente com o lixo, seja trabalhando com o seu 
reaproveitamento ou residindo ao entorno dos lixões a céu aberto, fatores que elevam 
os índices e as consequências da pobreza, colocam em risco a saúde dos moradores 
e promovem degradação ambiental (SATO, 2003). 
 
27 
 
3.6 Problemas sociais causados pelo lixo 
 
Figura 7 - Moradores nas proximidades dos lixões 
 
 
O aumento da capacidade humana de realizar intervenções na natureza com o 
ensejo de atender às suas necessidades e desejos ilimitados faz emanar conflitos 
humanos quanto a utilização de recursos e a ocupação de espaços em todo o mundo. 
Assim, a civilização se alicerça na industrialização para, historicamente, segregar por 
meio da forma de produção e organização do trabalho (FERRARA, 1999). 
As áreas urbanas que não eram constituídas de forma estratégica para o 
mercado imobiliário foram sendo habitadas de forma inadequada, fator este significativo 
para a segregação socioespacial que muitas capitais brasileiras enfrentam. Estes 
espaços, pouco a pouco, contribuíram para a reprodução de violações de direitos e de 
novas relações de poder, os quais foram ganhando espaço, desafiando o controle do 
Estado (GRIPPI, 2006). 
Deste modo, verificando a perspectiva histórica, os grandes projetos implantados 
no Brasil estão sumariamente relacionados à exploração territorial e a degradação 
ambiental, sendo perceptível que escondido no discurso de desenvolvimento e 
modernização pregado, o que se observa são grandes problemas socioambientais que 
acabam sendo enfrentados pela maior parte da população (WALTY, 2005). 
As implicações destas políticas ao ambiente possuem consequências inegáveis 
e extremamente sacrificantes e violadoras, deste modo, as populações amazônicas 
permanecem inferiorizadas ou descartadas, pelos parlamentares, políticos, 
 
28 
 
empresários e a burocracia governamental, em benefício dos grandes agentes 
econômicos. 
Enquanto a população que vive ao entorno dos lixões mantém um contato 
contínuo com o lixo, moram e, muitas vezes, obtém o seu sustento direcionado a esse 
contato por meio da coleta dos resíduos e, neste contexto, constroem uma família, 
criam seus filhos, trabalham, estabelecem suas relações sociais, profissionais, 
educacionais, econômicas e afins, configurando um quadro de não efetivação das 
políticas públicas e cerceamento de direitos (LEFF, 2001). 
As apropriações socioterritoriais se apresentam de modo cada vez mais fractal 
e o destaque conferido à crescente fragmentação do espaço urbano, sendo inegável a 
segregação e a produção de discursos e práticas que destacam a periculosidade das 
populações pobres (SATO, 2003). 
A gestão pública insuficiente quanto ao manejo do lixo soma-se a carência de 
oportunidade de trabalho, a falta de serviços básicos à população e indicam a elevada 
necessidade de maior atenção a esta questão, pois enquanto o consumo das grandes 
cidades cresce exponencialmente, os resíduos são diretamente proporcionais e 
despejados em áreas mais pobres, envolvidas pelo processo de favelização e por 
intensa pobreza, repercutindo em toda realidade social (LEAL, 2002). 
Os transtornos sociais causados afetam a saúde dos moradores e trabalhadores, 
expondo-os a diversas patologias e colocando-os em contato com insetos e roedores 
transmissores de doenças, além de favorecer a prática de delitos sociais tais como o 
tráfico de drogas e a prostituição, realizando um processo de marginalização social que 
engloba tanto os catadores quanto às sociedades circundantes que, geralmente, 
apresentam elevadas taxas de violência, sendo frequentes os crimes de assaltos, 
homicídios e tráfico de drogas (LEAL, 2002). 
Em geral, estes sujeitos possuem ausência de qualificação para o mercado de 
trabalho, baixo grau de instrução e são hipossuficientes, motivos que os conduzem ao 
trabalho como catadores. Viver nesses espaços não tem sido uma tarefa fácil, 
principalmente quando observado a partir da ótica de violações de direitos da 
população, pois ela é submetidas a múltiplos processos de fragilização e 
vulnerabilidade por meio da privação de uma educação de qualidade, espaços de lazer, 
 
29 
 
moradia digna e assistência à saúde, tendo que conviver com a marginalidade e 
apresentando uma reduzida perspectiva de um futuro diferente (GONÇALVES, 2003). 
Assim, a superação desta realidade de múltiplas violações pelas quais passam 
diariamente centenas de pessoas que moram em áreas periféricas nas quais convivem 
com o lixo perpassa pela questão ambiental para promover um espaço de vida digno e 
melhores condições de sobrevivência (CAVALCANTE; FRANCO, 2007). 
Compreende-se que o Estado Democrático de Direito da República Federativa 
do Brasil pauta-se, por meio das leis nacionais e dos Tratados Internacionais dos quais 
é signatário, nos Direitos Humanos, tendência mundial após o predomínio de 
conquistas, expansão, domínio, escravização e indignidade das pessoas que estavam 
em lados opostos aos que detinham o poder, os quais são desrespeitados em cenários 
como o ora descrito (WALTY, 2005). 
Trata-se de uma organização social pautada em privilégios de classe, os quais 
existem em razão da inópia de outra (os pobres) e, quando tal desigualdade, chega ao 
ponto de promover um vasto leque de demais desigualdades e uma série de 
dificuldades de acesso à condições mínimas para uma vida digna, torna-se necessário 
problematizá-las e buscar fontes alternativas para apaziguar suas consequências 
graves e lesivas de Direitos Humanos e Constitucionais (GOMES E CARVALHO, 2005). 
O Estado Democrático de Direito garantido pela Constituição Federal de 1988, 
uma das mais cidadãs do mundo, pauta-se, em muito, no meio ambiente equilibrado 
como instrumento para a construção de um processo de existência minimamente 
adequado, sobretudo dos espaços pobres, para que os direitos fundamentais da 
população não sejam apenas uma pretensão e para que não exista uma cidadania 
excludente pela pobreza, garantindo uma vida digna e justa que, por sua vez, é direito 
inalienável que lhes pertence (COSTA, 2004). 
Portanto, as consequências ambientais também afetam significativamente os 
aspectos sociais e urge resolvê-las para que a relação entre sociedade e natureza seja 
equilibrada, considerando a dimensão coletiva e a individual. 
 
30 
 
3.7 Reciclagem e coleta seletiva 
 
Figura 8 - Manejo dos resíduos 
 
 
Reciclar é uma importante ferramenta para reduzir os impactos ambientais 
provocados pelo lixo, pois permite não só a destinação e o tratamento corretos com os 
resíduos sólidos, mas também o reaproveitamento o – que, consequentemente, gera 
economia dos recursos naturais ainda não explorados (GALVÃO, 2000). 
O seu sucesso depende da eficiência dos sistemas e coleta e separação dos 
resíduos, fatores que recebem influência direta do Estado por meio do cumprimento de 
sua responsabilidade coletora frequente e a condução para os locais devidos, bem 
como da sociedade por meio da separação e do descarte adequados dos resíduos. A 
 
31 
 
coleta seletiva se encarrega de realizar o descarte correto dos materiais previamente 
separados segundo sua respectiva constituição ou composição, cada tipo de resíduo 
tem um processo próprio de reciclagem (GONÇALVES, 2003). 
Atualmente a preocupação com a questão ambiental está crescendo de forma 
muito acentuada, e também os estudos para que se possa tentar proteger o meio 
ambiente das agressões humanas. Para que todos estejam conscientes da 
impossibilidade de retomar todas as formas e magnitudes da natureza, deve-se cuidar 
do que ainda resta, esta é a única forma de garantir o mínimo de qualidade de vida para 
as próximas gerações (GRIPPI, 2006). 
Um dos grandes problemas é a conscientização social. Sem conscientização e 
participação social inexiste a adequada e suficiente reciclagem,pois não há relação 
entre o ambiente e aquele que deve ser seu cuidador. 
Nesses termos, a consciência ambiental depende de um sentimento de 
comunhão com a natureza, estabelecendo uma relação de respeito por ela, sabendo 
que os atos humanos de conservação ou de degradação podem gerar consequências 
positivas ou negativas para o meio ambiente e pra nós mesmo (GUIMARÃES, 1995). 
Percebe-se, assim, a importância de se tratar o tema consciência ambiental na 
educação infantil, já que nesse período da infância é que se inicia o processo de 
formação da personalidade e a escolar tem um papel muito importante nesse 
desenvolvimento do conhecimento. A presença da disciplina de educação ambiental 
nas grades curriculares seria dos instrumentos dos alunos na pratica escolar. 
Trabalhando com consciência, continuidade e responsabilidade, usando conceitos de 
educação ambiental, talvez seja possível formar uma cultura de defesa do meio 
ambiente, a qual ainda não existe (SANTOS, 2004). 
Ressalta-se que o processo de conscientização e formação de novas atitudes é 
lento, já que passa pela percepção do problema, motivação para enfrentá-lo e 
engajamento na sua resolução. A conscientização passa necessariamente pela 
educação, e é a partir dela que se desenvolvem concepções de mundo e se constroem 
representações (HANNIGAN, 2009). 
Enquanto o envolvimento social ainda não é efetivo, ferramentas como a coleta 
seletiva exercem um papel salutar para facilitar o recolhimento e a separação dos 
 
32 
 
diferentes tipos de lixos, auxiliando no processo de reciclagem e no cuidado com o 
planeta. Ou seja, para reciclar adequadamente é necessário obter uma correta 
separação dos materiais, o que é feito por meio da coleta seletiva, a qual representa 
um sistema de recolhimento importantíssimo, em razão da ampla diversidade de 
produtos existentes no mercado (FERREIRA, 2011). 
Nela, os recursos passam por um processo de separação, conforme a sua 
classificação de acordo com a similaridade de sua composição e, após a separação, 
cada resíduo sólido passa por um processo específico de reciclagem. As conhecidas 
cores da coleta seletiva para os diferentes contentores foram estabelecidas pela 
Resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) n.º 275/2001, as 
principais são: 
 
Figura 9 - Cores da coleta seletiva 
 
 
Segundo a Política Nacional dos Resíduos Sólidos, criada pela Lei nº 
12.305/2010, ela deve, obrigatoriamente, ser implantada pelos municípios brasileiros, 
a separação mais básica divide os resíduos recicláveis secos dos rejeitos que não 
 
33 
 
podem ser reaproveitados e do lixo orgânico para que materiais recicláveis não sejam 
perdidos. 
 
 
Figura 10 - Separação entre resíduos recicláveis secos e rejeitos 
 
 
Após esse processo inicial de separação simples, seguem para centrais de 
triagem onde são devidamente classificados e vendidos para a indústria de reciclagem, 
por sua vez o material orgânico é transformado em adubo e os rejeitos são destinados 
para aterros sanitários (FERREIRA, 2011). 
Ou seja, a coleta seletiva é a maneira mais adequada e ecológica para o 
descarte do lixo, ela diminui a utilização de novos recursos naturais por meio do 
reaproveitamento do material coletado, o que diminui os custos de produção e gera 
empregos, contribuindo para a economia e para o meio ambiente. No entanto, nem 
todos os municípios do Brasil possuem esse sistema, conforme a ilustração abaixo, 
com dados de 2016. 
 
 
34 
 
Figura 11 - Municípios com coleta seletiva no Brasil até 2016
 
 
Nesse sentido, é possível contribuir para a redução dos impactos ambientais 
mudando as atitudes de descarte, pois o ser humano produz resíduos ao interagir com 
o meio ambiente em que vive, dos quais boa parte causa problemas de poluição, 
principalmente ao solo (RIBEIRO; LIMA, 2000). 
 
3.8 O solo e suas propriedades 
 
O solo é formado através da interação da litosfera, atmosfera e biosfera e da 
matéria obtida com a combinação de dois processos fundamentais: a alteração da 
matéria original e a contribuição da matéria orgânica dos seres vivos. Essa formação 
ocorre por meio de processos físico-químicos de fragmentação e decomposição das 
rochas (LEPSCH, 2002). 
Os solos podem ser poluídos por diversos fatores, incluindo a ocorrência de 
catástrofes naturais como terremotos e inundações, bem como pela atividade dos seres 
humanos, sobretudo quanto a poluição ocasionada pelo descarte inadequado dos 
resíduos sólidos, como acontece em áreas onde estão localizados lixões a céu aberto 
(OLIVEIRA; JUCÁ, 2004). 
As características físicas de um solo dependem do tamanho relativo dos elementos 
(textura) e do arranjo dos mesmos (estrutura). A partir da tabela e diagrama abaixo, 
 
35 
 
podemos definir se o solo é argiloso, arenoso ou sitoso, observando sua classificação 
granulométrica (EMBRAPA, 2009). 
 
Figura 12 - Triângulo de Classificação Granulométrica 
 
 
 
Ele possui intensa relevância agrícola e ambiental, pois permite que os alimentos 
sejam produzidos, sendo um sistema caracterizado como vivo e dinâmico segundo a 
definição dada pela EMBRAPA (2009), o solo, tecnicamente é: 
 
uma coleção de corpos naturais, constituídos por partes sólidas, 
líquidas e gasosas, tridimensionais, dinâmicos, formados por materiais 
minerais e orgânicos que ocupam a maior parte do manto superficial 
das extensões continentais do nosso planeta, contêm matéria viva e 
podem ser vegetados na natureza onde ocorrem e podem, 
eventualmente, ter sido modificados por interferências antrópicas. 
 
São diversos os impactos provocados pela falta respeito das pessoas com o 
meio ambiente e eles contribuem diretamente com a poluição do ar, das águas, do solo 
e dos lençóis freáticos, aumentando a poluição em geral. Ela altera paisagens, contribui 
para proliferação de vetores de doenças, como baratas, ratos e mosquitos, entope a 
canalização dos esgotos e favorece doenças como a dengue, coceiras e a 
leptospiroses (IWAI, 2005). 
 
 
36 
 
Figura 13 - Comparação entre lixão e aterro sanitário 
 
 
Essas diferenças são definitivas para a degradação do meio, nelas sistemas 
inteiros de vida vegetal e animal são tirados de seu equilíbrio e é frequente o 
esgotamento do solo, bem como a formação de chorume em razão da decomposição 
do lixo a qual infiltra o solo e pode contaminar os lençóis freáticos (SANTOS, 2004). 
 
Figura 14 - Consequências dos lixões a céu aberto 
 
 
37 
 
3.9 O alumínio 
 
Figura 15 - Propriedades Químicas do Alumínio 
 
 
O alumínio foi descoberto na cidade de Lês Baux, na França, ele encontra-se 
agregado com outros compostos químicos na natureza, em forma de rochas que, 
geralmente, apresentam estruturas compostas como os feldspatos e as micas que 
formam montanhas inteiras. 
Para chegar ao produto primário, conhecido no mercado internacional como 
alumínio, é necessária, primeiramente, a extração da Bauxita, processo longo em que 
irá passar por refinaria até chegar ao processo de calcinação em que a bauxita se 
transformará em Alumina (Al2O3), um pó branco bem fino que se assemelha ao açúcar, 
a qual, por conseguinte, sofrerá redução eletrolítica (eletrólise) e se transformará em 
alumínio (Al). 
 
Figura 16 - Bauxita 
 
 
 
 
38 
 
 
 
Figura 17 - Alumina 
 
 
Figura 18 - Fluxo da cadeia de produção do alumínio primário 
 
 
Ele possui uma alta condução de calor e eletricidade, fatores que são 
aproveitados no setor industrial, de energia elétrica e para utensílios de cozinha. Sendo 
assim, para se obter ligas muito resistentes, basta que misture esse material a outros 
metais, podendo, a partir disso, utilizá-lo para a construção naval e aeroespacial. 
A reciclagem é um processo que tem como princípio a reutilização das latinhas e outros 
objetos de alumínio para produzir os mais diversificados produtos. Os metais 
representam cercade 38% (Trinta e oito por cento) de resíduos gerados e sua coleta 
 
39 
 
mobiliza mais de 200 mil pessoas no Brasil. Se elas não pudessem ser recicladas, os 
aterros sanitários seriam seus prováveis destinos de descarte (BRAIDO, 1998). 
Dessa forma, as hipóteses de destinação mais contundentes seriam terrenos ou 
até mesmo os rios. Contudo, somente 135 cidades têm sistemas organizados de coleta 
seletiva que recolhem o lixo reciclável. O principal polo de reciclagem do alumínio no 
Brasil é a cidade de Pindamonhangaba, localizada na zona interiorana de São Paulo, 
lá é processada cerca de 70% da sucatada recuperada no país, ela recebeu este título 
em 28 de outubro de 2003, o qual ficou registrado como o Dia Nacional da Reciclagem 
(CASTRO, 2006). 
A Comissão de Reciclagem da ABAL classificou as sucatas de alumínio 
encontradas no mercado nacional em vinte tipos, são eles: bloco, borra, cabos com e 
sem alma de aço, cavaco, chaparia, chaparia mista, chaparia off-set, estamparia 
branca, latas prensadas, latas soltas ou enfardadas, panela, perfil branco, perfil misto, 
pistões, radiador alumínio-alumínio, radiador alumínio-cobre, retalho industrial branco 
de chapa para lata, retalho industrial pintado de chapa para lata e telhas (ABAL, 2017). 
Grande parcela do lixo reciclado atualmente no Brasil é composto pelas latas de 
alumínios advindas de cervejas, suplementos energéticos, refrigerantes e sucos, 
chegando ao consumo de 110 unidades anuais por brasileiro e representando metade 
do percentual de sucata recolhida, segundo a ABAL (2017). 
Levando em consideração que o material que as compõe dura entre 100 e 500 anos, 
aproximadamente, para decompor-se no meio ambiente, os danos gerados por esses 
compostos na natureza seria de grande impacto e prejuízos até mesmo irreversível ao 
meio ambiente. Por isso, reciclar latas é primordial para a sustentabilidade do Planeta 
Terra (BONAR, 1996). 
As vantagens sociais e econômicas são demonstradas por centenas de chefes 
de famílias brasileiras trabalharem em cooperativas, atuando como catadores desses 
resíduos recicláveis, como única fonte de renda. Sendo assim, fundamental para 
subsistência e gerando elevados números de empregos formais, 119.178 diretos e 
323.554 indiretos só no ano de 2016 (ABAL, 2016). 
Consequentemente, essa prática é importante na produção de emprego e 
serviço no Brasil, gerando renda para as mais diversas famílias. Cabe ressaltar que o 
 
40 
 
Brasil é o país que mais realiza o processo de reciclagem de latas de alumínio a nível 
mundial, conforme o gráfico a seguir. 
 
Figura 19 - Índice de Reciclagem de Latas de Alumínio para Bebidas de 2003 a 2016 
 
 
Também podemos destacar que a reciclagem do alumínio é bem mais rentável 
para as empresas que a produz, pois gasta menos energia do que quando comparada 
com a produção primária do material (usando a extração da bauxita como matéria-
prima) e dura apenas dois meses, fatores os quais propiciaram a reciclagem de cerca 
de 280 mil toneladas de lata de alumínio apenas no ano de 2016, injetando, com isso, 
R$ 947 milhões na economia nacional, conforme dados da Abral e da Abralatas 
(JORNAL MINUANO, 2017). 
Isto ocorre em razão do seu elevado potencial de reciclabilidade, haja vista que 
ele pode ser reaproveitado diversas vezes sem perder as suas características, 
enquanto a maioria dos materiais possuem uma vida útil menor, podendo ser 
 
41 
 
reempregado para a fabricação de produtos novos, procedimento que segue, em regra, 
o fluxo de reciclagem da imagem seguinte, conforme a Associação Brasileira de 
Alumínio – ABAL (2017). 
Figura 20 - Fluxo de reciclagem do alumínio 
 
 
Trata-se de um material resistente à ação de alguns fenômenos impostos pelo 
meio atmosférico e ao ataque dos ácidos diluídos por apresentar uma camada 
indissociável de óxido de alumínio em suas extremidades, o que provoca um efeito 
semelhante a um processo de blindagem, por meio da anodização. 
Reduzir o tamanho das latas de alumínio, através da compactação, faz com que 
elas ocupem um espaço menor, o que beneficia a reciclagem por permitir o transporte 
de volumes maiores para os centros de reciclagem, o processo baseia-se no esquema 
da figura abaixo (MONACO, 2013). 
 
 
 
42 
 
 
 
 
 
Figura 21 - Etapas de funcionamento da compactação de latas de alumínio 
 
 
Por ser realizada por meio de máquinas geralmente pequenas que podem ser 
dispostas em diferentes espaços, a compactação envolve a população em geral no 
processo de separação das latas de alumínio com a finalidade de reciclá-las, 
estimulando a conscientização ecológica. 
Recolha da 
lata
Se for de 
alumínio
Recolhe a 
lata para 
compressão
Se for de 
outros 
materiais
Rejeita 
 
43 
 
3.10 Mecanismo de retorno rápido 
 
É recorrente que projetos de máquinas precisem de certa diferença entre os 
módulos de velocidade no quesito avanço e retorno. O retorno geralmente precisa ser 
mais rápido para que se obtenha o máximo de tempo disponível entre o trabalho de um 
movimento e outro. Por isso, muitos sistemas proporcionam essa característica através 
dos chamados mecanismos, o desafio é escolher o mais adequado à transformação do 
movimento pretendida, elas podem ser de três tipos, conforme a imagem seguinte 
(BEER; JOHNSTON, 1991). 
 
Figura 22 - Tipos de transformação de movimento nos mecanismos 
 
 
O mecanismo de quatro barras com retorno rápido é uma manivela que fornece 
duas posições do seguidor com tempos iguais tanto no avanço quanto no 
retorno. O que define o retorno rápido não é o posicionamento da manivela, mas 
sim os ângulos  e . Se eles forem iguais, as velocidades de avanço e de 
 
44 
 
retorno também serão iguais. Ângulos diferentes fornecem tempos diferentes, 
quando a manivela rotacionar com velocidade constante. Se a manivela for 
rotacionada no sentido oposto, por sua vez, será um mecanismo de avanço 
rápido (FINN, 1981). 
Ele é considerado o mais comum e simplificado dentre os sistemas articulados, 
pois é a partir dele que os demais são obtidos. Também é comumente encontrado no 
cotidiano, como nos alicates e em patins: 
 
Figura 23 - Exemplos de sistemas mecânicos em que são utilizados 
 
 
Segundo Flores e Claro (2007), ele “é constituído por quatro corpos ou barras, 
sendo um fixo, um motor, um intermédio e um movido”, de modo que o motor e o movido 
são chamados de manivelas ou de barras oscilantes, a depender do movimento de 
rotação que realizarão, podendo ser contínuo ou oscilante, respectivamente. 
No mecanismo de quatro barras, todas elas são binárias, sendo que duas 
descrevem o ângulo de rotação realizado. Ou seja, existe uma base, duas manivelas e 
um acoplador que é as liga. 
 
 
 
 
45 
 
 
 
Figura 24 - Mecanismos de Quatro Barras 
 
 
 
Figura 25 - Mecanismo de quatro barras de retorno rápido 
 
 
 
Neste mecanismo, o tempo de trabalho útil para se alcançar o fim destinado é 
maior do que o do retorno vazio, conferindo uma grande velocidade a ele, desde que a 
rotação seja uniforme, uma vez que θ1 ≠ θ2. 
 
 
46 
 
3.11 O Mecanismo Biela-Manivela 
 
Um dos mecanismos mais comuns e importantes é o mecanismo biela-manivela. 
Ele pode ser encontrado em vários equipamentos e máquinas, tais como bombas, 
compressores e, em especial, motores de combustão interna. Na maioria dos casos, a 
manivela roda continuamente num mesmo sentido, embora o movimento também 
possa ser oscilatório (MORAIS, 1994). 
 
Figura 26 - Mecanismo Biela-Manivela 
 
 
Em regra, este sistema transforma o movimento de circular para de translação 
ou ao contrário para realizar trabalho. É formado pelo bloco (1) no qual o movimento irá 
se transformar, manivela (2), o elemento giratório biela (3) e cursor (4), admitindo 
apenas movimentos planos geral ou misto – ou seja, de translação e rotação, conforme 
disposto na imagem (SANTOS, 2001).A manivela realiza sua jornada giratória em volta de um pivô fixo na origem do 
sistema de coordenadas enquanto o pistão dispõe de um movimento que é alternado 
por toda extensão da reta concorrente ao eixo X. Assim, o caminho percorrido pelo pivô 
do pistão é deslocado de um valor acima do eixo X. Para muitas aplicações, esse 
deslocamento será zero. Contudo, ele pode existir e até ser negativo (NORTON, 2010). 
 
 
 
47 
 
Figura 27 - Cinemática Mecanismo biela-manivela 
 
 
 
No projeto desenvolvimento neste Trabalho de Conclusão de Curso será 
utilizado um mecanismo biela-manivela exatamente como fora descrito, corroborado 
pela explicação de Alves de Oliveira (2013, p. 4): 
 
Formalmente, a consideração de um comprimento infinito para a 
ligação movida de um mecanismo de quatro barras, faz com que o par 
que une a ligação intermédia à ligação movida tenha um movimento 
retilíneo de vai-vem. Na prática, a ligação movida toma a designação 
de corrediça (ou pistão), sendo constrangida por guias (ou cilindro) - 
de forma a mover-se segundo uma linha reta - e a ligação com 
movimento rotativo é designada por manivela. A ligação intermédia 
toma o nome de biela. 
 
Restando demonstrada a potência e eficiência do mecanismo em estudo, tanto 
para aspectos industriais quanto para uso em sociedade, como é o caso do projeto 
desenvolvido. 
As posições do mecanismo biela-manivela ocorrem conforme as figuras 
seguintes. 
 
 
48 
 
Figura 28 - Limite de posição alinhados
 
Figura 29 - Limite de posição fora de alinhamento 
 
 
Figura 30 - As posições limitantes de um mecanismo biela-manivela de compensação 
sobreposto para encontrar a relação de tempo entre os movimentos de avanço e retorno 
 
 
O mecanismo biela-manivela é frequentemente utilizado em motores de 
combustão interna automobilísticos, compressores de ar, bombas de extração de 
petróleo, serras tico-tico, máquinas industriais, motores de aviões e lixadeiras orbitais 
(ALVES DE OLIVEIRA, 2003). 
 
 
49 
 
 
Figura 31 - Exemplos de produtos em que o mecanismo biela-manivela é utilizado 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
50 
 
4. MATERIAIS E MÉTODOS 
Para a construção do equipamento, utilizou-se materiais de usinagem simples, 
máquinas convencionais e mão de obra específica nas áreas de usinagem, soldagem 
e caldeiraria e automação. 
 
4.1 Estrutura 
 
O material a ser utilizado na estrutura do protótipo foi o metalon quadrado SAE 1020, 
pois possui grande resistência e baixo peso em comparação aos materiais maciços, 
conforme tabela e figura abaixo: 
 
Tabela 2 - Especificação da estrutura 
Item Perfil (mm) Comprimento (mm) Massa (g) Espessura da parede Quantidade 
1 50x50 1500 8070 4 2 
2 50x50 800 4304 4 5 
3 50x50 400 2152 4 4 
Fonte: Elaborada pelos autores 
 
Figura 1 – Estrutura soldada 
 
 
Fonte: Elaborada pelos autores 
 
51 
 
4.2 Mecanismo Biela-Manivela 
 
Materiais de várias ligas como aço SAE 1020, alumínio 1060 e bronze TM-23, parafusos 
de classe 5.6 e um moto-redutor monofásico 0,25 CV também foram utilizados neste 
projeto. 
 
Tabela 3-Componentes Mecanismo Biela-Manivela 
Item Descrição Material Quantidade Dimensões (mm) 
1 Moto-redutor 
trifásico 0,25CV 
Comercial 1 Comercial 
2 Flange Aço 1020 1 Ø254 x 45 
3 Eixo do redutor Aço SAE 1020 1 Ø25,4 x 180 
4 Pino da flange Aço SAE 1020 1 Ø50,8 x 65 
5 Pistão Aço SAE 1020 1 Ø90 x 105 
6 Biela Aço SAE 1020 1 30 x 50 x 420 
7 Bucha da biela Bronze TM-23 2 Ø35 x 30 
8 Pino do pistão Aço SAE 1020 1 Ø30 x 80 
9 Base do redutor Aço SAE 1020 1 12,7 x 145 x 250 
10 Camisa do pistão Aço SAE 1020 1 Conforme desenho 
Fonte: Elaborada pelos autores 
 
Figura 2: Mecanismo Biela-manivela 
 
Fonte: Elaborada pelos autores 
 
 
 
52 
 
4.3 Montagem Final 
 
Após a fabricação das peças conforme projeto e compra dos materiais comerciais, 
iniciamos a montagem do equipamento sobre a estrutura, conforme figura 3: 
 
 
Figura 3: Montagem Final 
 
 
Fonte: Elaborada pelos autores 
 
 
 
 
 
 
 
53 
 
5. ANÁLISE DE CUSTOS 
 
Após o levantamento de custos, chegou-se à quantia de aproximadamente R$8.000,00 
reais, sendo este o valor de custo do protótipo. 
Espera-se que com uma produção em série e em maior escala, esse valor seja 
reduzido, pois maiores quantidades geram custos unitários menores. 
 
 
Tabela 4 - Planilha de custos do protótipo 
 
Fonte: Elaborada pelos autores 
Material Quantidade Valor Unitário Valor Total 
Botão pulsante verde 22mm 1 R$ 20,00 R$ 20,00 
Botão pulsante vermelho 22mm 1 R$ 20,00 R$ 20,00 
CLP 24V Comunicação Serial 1 R$ 1.200,00 R$ 1.200,00 
Disjuntor Bipolar 2A 1 R$ 38,00 R$ 38,00 
Disjuntor Tripolar 6A 1 R$ 42,00 R$ 42,00 
Estrutura do protótipo (Metalon quadrado 50x50) 12m R$ 33,33 R$ 400,00 
Fonte 220V 24 VC 2.5A 1 R$ 32,90 R$ 32,90 
Impressora de Comunicação Serial 1 R$ 580,00 R$ 580,00 
Inversor de Frequência 220V 1 R$ 498,00 R$ 498,00 
Livro "A moeda de Lata" 1 R$ 40,00 R$ 40,00 
Moto-redutor 220V 1 R$ 200,00 R$ 200,00 
Placas de Policarbonato compacto 2 R$ 500,00 R$ 1.000,00 
Programação CLP 40 horas R$ 80,00 R$ 3.200,00 
Sensor Indutivo PNP M12 1 R$ 38,50 R$ 38,50 
Sensor Ótico sem espelho PNP M12 1 R$ 47,90 R$ 47,90 
 TOTAL R$ 3.290,63 R$ 7.357,30 
 
54 
 
6. RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
Com o resultado do trabalho desenvolvido, obteve-se êxito na qual o mesmo foi 
projetado e analisando-o, pode-se concluir que o protótipo será um produto inovador 
no mercado destinado aos supermercados, principalmente, possibilitando também um 
pequeno retorno financeiro aos usuários. 
 
55 
 
7. CONCLUSÕES 
 
Após finalizar a montagem para iniciar o primeiro teste, verificou-se que a CLP não tinha 
contato com a impressora. Essa falha ocorreu porque as entradas não eram 
compatíveis. Então, substituiu-se a CLP por outra com comunicação serial, 
possibilitando assim, a comunicação entre ambas. 
Ao realizar novos testes, obteve-se sucesso no funcionamento do mecanismo do 
protótipo. 
 
 
56 
 
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
ABAL. Classificando a Sucata. Associação Brasileira de Alumínio. 2017. Disponível em: 
< http://abal.org.br/sustentabilidade/reciclagem/classificando-a-sucata/>. Acesso em: 
13 de set. 2018. 
 
_____. Perfil da Indústria Brasileira do Alumínio. 2016. Disponível em: 
<http://abal.org.br/estatisticas/nacionais/perfil-da-industria/>. Acesso em: 15 de set. 
2018. 
 
Rio de Janeiro, 2004.ABNT. NBR 10004. Resíduos Sólidos – Classificação. Associação 
Brasileira de Normas Técnicas. 
 
ABRAMO, P. A cidade Com-Fusa: a mão inoxidável do mercado e a produção da 
estrutura urbana nas grandes metrópoles latino-americanas. Revista Brasileira de 
Estudos Urbanos e Regionais, 2007, p. 25-54. 
 
ADAS, M. Geografia: os impasses da globalização e o mundo desenvolvido. 4. ed. São 
Paulo: Moderna, 2002. 
 
ALVES DE OLIVEIRA, Luzimario. Biela-Manivela: Estudo dos Movimentos. Instituto 
Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará. 2013. Disponível em: 
<https://www.ebah.com.br/content/ABAAABGhgAA/artigo-sobre-biela-manivela#>. 
Acesso em: 12 de ago. 2018. 
 
ANTUNES, Paulo de Bessa. Direito Ambiental. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2008. 
 
BANDEIRA, Débora Martins; ET AL. A Biodiversidade da Floresta Amazônica e os 
impactos da biopirataria. Revista pensar. 2010. Disponível em: < 
http://revistapensar.com.br/administracao/pasta_upload/artigos/a120.pdf>. Acesso em 
7 de jul. 2018. 
 
BEER, F. P; JOHNSTON, E. R. Mecânica Vectorial para Engenheiros. São Paulo: 
McGraw-Hill, 1991. 
 
BOBBIO, N.; BOVERO M. Sociedade e Estado na Filosofia Política Moderna. 
Tradução De Carlos Nelson Coutinho, São Paulo: Brasiliense, 1986. 
 
BRAIDO, Eunice. Reciclagem do Metal. São Paulo: FTD, 1998. 
 
 
57 
 
BRASIL, A. M.; SANTOS, F. Equilíbrio ambiental. São Paulo: FAARTE, 2004. 
BRASIL. Coleção Explorando o Ensino. v. 6. Biologia. Ensino Médio.Brasília: 
Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2006. Disponível em: < 
http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/EnsMed/expensbio.pdf>. Acesso em 04 de 
set. 2018. 
 
_____. CONAMA. Resolução nº 275, 2001. Estabele o código de cores para os 
diferentes tipos de resíduos, a ser adotado na identificação de coletores e 
transportadores, bem como nas campanhas informativas para a coleta seletiva. Diário 
Oficial da União. Brasília, DF, 10 de jun. 2001. 
 
_____. Constituição Federal de 1988. Promulgada em 5 de outubro de 1988. Brasília, 
DF, 05 de out. 1988. 
 
_____. A Convenção sobre Diversidade Biológica – CDB. Brasília, 2000. Disponível em: 
http://www.mma.gov.br/estruturas/sbf_chm_rbbio/_arquivos/cdbport_72.pdf>. Acesso 
em 15 de jul. 2018. 
 
_____. Política Nacional de Resíduos Sólidos. Legislação Federal. Brasília, 2009. 
Disponível em: <http://www.senado.gov.br>. Acesso em: 15 de out. 2018. 
 
CASA, Gabriela Mesa; VASCONCELLOS, Rodrigo da Costa; ZANINI, Cristiane. Os 
princípios do poluidor pagador e do usuário pagador aplicados à inovação 
tecnológica. Revista Eletrônica do Curso de Direito da UFSM. p. 286-302. 
 
CASTRO, Maurício Barros de. A Reciclagem do Alumínio no Brasil. São Paulo: 
Desiderata, 2006. 
 
CAVALCANTE, S.; FRANCO, M. F. A. Profissão perigo: percepção de risco à saúde 
entre os catadores do Lixão do Jangurussu. Revista Mal-estar e Subjetividade, 
Fortaleza. v. 7. n. 1. p. 211-231, 2007. 
 
COSTA, Fernando Braga da. Homens Invisíveis: relatos de uma humilhação social. 
São Paulo: Globo, 2004. 
 
FINN, A. Física: Um Curso Universitário. Vol. I – Mecânica. São Paulo: Edgard Blücher 
Ltda, 1981. 
 
FLORES, Paulo; CLARO, J. C. Pimenta. Cinemática de Mecanismos. Universidade 
do Minho. Guimarães: Escola de Engenharia, 2007. 
 
 
58 
 
FREITAS, Eduardo de. Os problemas Causados pelo Lixo. Revista Geografia 
Humana, 2005. Disponível em: <http://www.mundoeducacao.com/geografia/os-
problemas-provocados-pelo-lixo>. Acesso em 22 de ago. 2018. 
FERRARA, L. D´A. Olhar periférico: informação linguagem, percepção ambiental. 2. 
ed. São Paulo: EDUSP, 1999. 
 
FERREIRA, Roberta Celestino. Educação Ambiental e Coleta Seletiva de Lixo. 
Trabalho de Conclusão de Curso, 2011. Disponível em: 
<http://cenedcursos.com.br/educacao-ambiental-e-coleta-seletiva-do-lixo.html>. 
Acesso em 20 de ago. 2018. 
 
GALVÃO, M. Reciclagem Conquista o Respeito do Mercado. In: Revista Plásticos 
Modernos, no. 305, dez/jan., 2000. 
 
GOMES E CARVALHO, Julia Maria. Vida e lixo: A situação de fragilidade dos 
catadores de material reciclável e os limites de reciclagem, 2005. 
 
GONÇALVES, P. A reciclagem integradora dos aspectos ambientais, sociais e 
econômicos. Rio de Janeiro: DP&A Fase, 2003. 
 
GRIPPI, S. Lixo: reciclagem e sua história: guia para as prefeituras brasileiras. 2. ed. 
Rio de Janeiro: Interciência, 2006. 
 
GUIMARÃES, M. A Dimensão Ambiental na Educação. Campinas: Papirus, 1995. 
 
HANNIGAN, J. Sociologia Ambiental. Tradução de Annahid Burnett Petrópolis, Rio de 
Janeiro: Vozes, 2009. 
 
HARARI, Yuval Noah. Sapiens: Uma Breve História da Humanidade. 29a. Edição. 
Editora Harper.Calderoni, 2012. 
 
IBGE. Censo 2000. Indicadores de desenvolvimento sustentável: disposição de 
resíduos sólidos urbanos. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Disponível em: 
<https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv94254.pdf> . Acesso em: 10 de out. 
2004. 
 
_____. Pesquisa Nacional de Saneamento Básico. Instituto Brasileiro de Geografia e 
Estatística. Disponível em: 
<https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv45351.pdf>. Acesso em: 14 de out. 
2004. 
 
 
59 
 
IWAI, C. K. Tratamento de chorume através de percolação em solos empregados 
como material de cobertura de aterros para resíduos sólidos urbanos. Dissertação 
(Mestrado). São Paulo: UNESP, 2005. 
 
JORNAL MINUANO. Latinhas que valem ouro para a indústria. Classificado digital, 
2017. Disponível em: <http://www.jornalminuano.com.br/noticia/2017/10/30/latinhas-
que-valem-ouro-para-a-industria>. Acesso em: 08 de out. 2018. 
 
LIMA, Jose Dantas de. Gestão de Resíduos Sólidos Urbanos no Brasil. Paraíba: 
Editora João Pessoa, 2001. 
 
LEAL, A. C. ET AL. A reinserção do lixo na sociedade do capital: uma contribuição 
ao entendimento do trabalho na catação e na reciclagem. Ano 18, nº 19. p. 177-190. 
jul/dez. São Paulo: Terra Livre, 2002. 
 
LEFF, E. Saber ambiental: sustentabilidade, racionalidade, complexidade, poder. 4. 
ed. Rio de Janeiro: Vozes, 2001. 
 
LEVY, João; CABEÇAS, Artur João. Resíduos Sólidos Urbanos: Princípios e 
Processos. Associação das Empresas Portuguesas para o Sector do Ambiente.São 
Paulo: Editora AEPSA, 2008. 
 
LYNCH, K. A imagem da cidade. Tradução de Jefferson Luiz Camargo. São Paulo: 
Martins Fontes, 1999. 
 
Monaco, R. Investimentos em automação potencializam competitividade da 
indústria. Confederação Nacional da Indústria, 2013. Disponível em: 
www.portaldaindustria.com.br/cni/imprensa/2013/05/1,12 994/publicar-investimentos-
em-automacaopotencializam-competitividade-da-industrianacional.html>. Acesso em: 
10 de jul. de 2018. 
 
Morais, J. J. L. Cinemática. Série Didática, Ciências Aplicadas. Vila Real: UTAD, 1994. 
 
NORTON, Robert L. Cinemática e Dinâmica dos Mecanismos. São Paulo: Mc Graw 
Hill, 2010. 
 
OLIVEIRA, F.J.S; JUCÁ, J.F.T. Acúmulo de metais pesados e capacidade de 
impermeabilização do solo imediatamente abaixo de uma célula de um aterro de 
resíduos sólidos. Revista Eng. Sanit. e Ambient. v.9, n.3, Rio de Janeiro, 2004. 
 
 
60 
 
PEREIRA NETO, João Tinoco. Gerenciamento do Lixo Urbano: aspectos técnicos e 
operacionais. Minas Gerais: Editora UFV, 2007. 
 
Ribeiro, L. C. Q. Cidade, nação e mercado: gênese e evolução urbana no Brasil. In J. 
L. A. Natal (Ed.). Território e planejamento. Rio de Janeiro: Letra Capital, 2011. 
RIBEIRO, T.F.; LIMA, S.C. Coleta Seletiva de Lixo Domiciliar: Estudo de Casos. Tese 
(Pós Graduação em Geografia) – Instituto de Geografia. Uberlândia: UFU, 200. 
 
RICKLEFS, R. E. A economia da natureza. 3. ed. Tradução de Cecília Bueno. Rio de 
Janeiro: Guanabara Koogan, 1996. 
 
SANTOS, I. F. Dinâmica de Sistemas Mecânicos. São Paulo: Makron, 2001. 
 
SANTOS, R. F. Planejamento ambiental: teoria e prática: Oficina de textos. 2004. 
 
SATO, Michele. Resenhando esperanças por um Brasil Sustentável e Democrático. In: 
Revista de Educação Pública, Cuiabá, v.12, n.22, 189-197, 2003. 
 
UNRIC. 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030. Centro 
Regional de Informação das Nações Unidas. 2015. Disponível em: 
<https://www.unric.org/pt/17-objetivos-de-desenvolvimento-sustentavel>. 
Acesso em: 3 de nov. 2018. 
 
VESENTINI, J. W.; VLACH, V. Geografia crítica: o espaço natural e a ação humana. 
São Paulo: Ática, 2002. 
 
VIOLA, E. ET AL. Ecologia e Política no Brasil. Rio de Janeiro: IUPERJ, 1987. 
 
WALTY, Ivete Lara Camargo. Corpus Rasurado: Exclusão e resistência na narrativa 
urbana. Belo Horizonte: Editora Autêntica, 2005. 
 
Neto, P.P. de C.. Os Solos sob o Ponto de Vista da Engenharia. São Paulo, 1985. 
 
Rocca, A.C.C. et alii. Resíduos Sólidos Industriais – São Paulo, CETESB, 1993. 
 
POPP, J.H.. Geologia Geral São Paulo, 1985. 
 
 
61 
 
Oliveira, V. V. et alii. Rede Automática de amostragem de Poluentes Atmosféricos 
Instalada na Região da Grande São Paulo. 10º Congresso Brasileiro de Engenharia 
Sanitária e Ambiental. Manaus, 1979. 
Robert L. Norton, Cinemática e Dinâmica dos Mecanismos AMGH Editora Ltda. 2010. 
 
Mechanics of Machines, S. Doughty, Wiley, 1988. 
 
 
	AGRADECIMENTOS
	RESUMO
	ABSTRACT
	ÍNDICE DE TABELAS
	SÍMBOLOS E ABREVIAÇÕES
	1. INTRODUÇÃO
	2. OBJETIVOS E CRONOGRAMA
	A terra possui uma vasta biodiversidade, a qual contribui para a existência de diversos seres vivos que possuem diferentes características entre si e, de acordo com elas, adaptam-se aos mais variados habitat, interagindo harmonicamente com o meio ambi...
	4. MATERIAIS EMÉTODOS
	Fonte: Elaborada pelos autores
	5. ANÁLISE DE CUSTOS
	6. RESULTADOS E DISCUSSÃO
	7. CONCLUSÕES
	8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Continue navegando