RELATÓRIO - Museu do Porto de Santos

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Esse relatório fala sobre o Museu do Porto de Santos a visita foi no dia 30/06/2023 a entrada é gratuita e a visita é guiada.
Nossa visita foi guiada pelo guia André, de início somos apresentados à instalação na antiga residência da companhia, o acervo foi criado em 1º de setembro de 1989, mas antes disso era onde ficavam os engenheiros responsáveis pelas obras do porto. Casarões bem conservados, o Museu do Porto guarda grande parte da história do Brasil, e são verdadeiras raridades para serem vistas por quem se interessa pelas riquezas e o tão famoso porto de Santos. Fotografias, documentos, biblioteca, equipamentos utilizados na construção dos primeiros metros de cais. Telefones antigos, máquinas de escrever, aparelhos oftalmológicos, maquinas de raio x, lanternas de navios e muitas curiosidades compõem o extenso acervo, tem imagens de obras do pintor Benedito Calixto, que tem diversos trabalhos inspirados nos antigos trapiches, onde antes acostavam as embarcações, e do navio Nasmith, de bandeira inglesa, que em 2 de fevereiro de 1892 inaugurou os primeiros 260 metros de cais acostável, na área ainda hoje denominada Valongo. No porão tem um tetraciclo que tirei foto, construído em 1902 pelos engenheiros, eles andavam sobre os trilhos que era utilizado para fiscalizar as obras do porto pois o chão das obras era de areia em algumas partes. Há ainda diversos equipamentos de segurança utilizados pelos trabalhadores, como luvas, além de ferramentas e modelagens. Algumas das principais atrações estão no jardim do museu que o guia André tirou uma foto minha, entre elas a locomotiva Lavoura, de 1889, utilizada no transporte dos primeiros blocos de pedra para a construção do cais; a lancha Igara, de 1926, utilizada nas visitas técnicas do porto, e o bico de proa do navio Air Giorgis, que sofreu naufrágio em 1974 e ficou no Estuário por 25 anos até ser resgatado. Outras relíquias são o sino, que no século 20 anunciava aos trabalhadores a hora de descanso e o fim do dia de trabalho, e uma bússola de 1892. Locomotiva a carvão de fabricação alemã, Lavoura foi utilizada para o transporte de blocos de rocha para a construção do cais, e depois serviu ao transporte de pessoas e cargas na Usina Hidrelétrica de Itatinga, onde operou até 1988. Incorporada ao Museu do Porto, foi restaurada pela Associação Brasileira de Preservação Ferroviária (ABPF), em criterioso trabalho de quatro anos, concluído em novembro de 2020. O guia explicou para gente com os mínimos detalhes. O próprio edifício do museu, que faz parte do acervo, reflete o novo modo de vida introduzido durante o renascimento urbano do final do século passado, quando famílias abastadas abandonaram suas casas no centro da cidade e começaram a construir um novo modo de vida. Construíram mansões em novos bairros e avenidas. Projetado pelo engenheiro Guilherme Benjamin Weinschenck em 1902, o casarão foi a residência oficial do diretor da Companhia Docas de Santos – CDS, e a partir da década de 1950 funcionou como sede administrativa da empresa CDS.