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Aula 01 Pedro Libaldi Neto Regulação, controle, avaliação e auditoria em saúde Diretor Executivo DAVID LIRA STEPHEN BARROS Diretora Editorial ANDRÉA CÉSAR PEDROSA Projeto Gráfico MANUELA CÉSAR ARRUDA Autor EDUARDO NASCIMENTO DE ARRUDA Desenvolvedor CAIO BENTO GOMES DOS SANTOS PEDRO LIBALDI NETO Meu nome é Pedro Libaldi Neto, sou formado em Gestão de Políticas Públicas pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina, também sou especialista em Gestão Pública pela Universidade Federal de São João Del-Rei e também sou formado em Administração de Empresas pela Universidade Anhanguera. Atuo na área de fiscalização e auditoria de órgãos públicos há 12 anos, sou professor há 11 anos e leciono em escolas e fundações governamentais, além de ser conteudista de cursos preparatórios para concursos públicos. Espero propiciar um curso agradável e de grande valia para a vida profissional de todos vocês. Um forte abraço e bons Estudos! Autor INTRODUÇÃO: para o início do desenvolvimen- to de uma nova competência; DEFINIÇÃO: houver necessidade de se apresentar um novo conceito; NOTA: quando forem necessários obser- vações ou comple- mentações para o seu conhecimento; IMPORTANTE: as observações escritas tiveram que ser prioriza- das para você; EXPLICANDO MELHOR: algo precisa ser melhor explicado ou detalhado; VOCÊ SABIA? curiosidades e inda- gações lúdicas sobre o tema em estudo, se forem necessárias; SAIBA MAIS: textos, referências bibliográficas e links para aprofun- damento do seu conhecimento; REFLITA: se houver a neces- sidade de chamar a atenção sobre algo a ser refletido ou discutido sobre; ACESSE: se for preciso aces- sar um ou mais sites para fazer download, assistir vídeos, ler textos, ouvir podcast; RESUMINDO: quando for preciso se fazer um resumo acumulativo das últimas abordagens; ATIVIDADES: quando alguma ativi- dade de autoapren- dizagem for aplicada; TESTANDO: quando o desen- volvimento de uma competência for concluído e questões forem explicadas; Iconográficos Olá. Meu nome é Manuela César de Arruda. Sou a responsável pelo pro- jeto gráfico de seu material. Esses ícones irão aparecer em sua trilha de aprendizagem toda vez que: SUMÁRIO SUS – serviços e ações 10 Histórico da saúde no Brasil 10 Amparo constitucional da saúde no Brasil 12 Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990 – lei orgânica do SUS 15 Lei nº 8.142, de 28 de dezembro de 1990 – introduz o controle social na gestão da saúde 21 Portaria nº 2.203, de 5 de novembro de 1996 – (NOB 01/96) 24 O público e o privado na saúde 32 Portaria gm 399, de 22 de fevereiro de 2006 – pacto pela saúde 36 Lei nº 141, de 13 de janeiro de 2012 – dispor sobre os valores mínimos a serem aplicados anualmente pela união, estados, distrito federal e municípios em ações e serviços públicos de saúde 39 Regulação, controle, avaliação e auditoria em saúde 7 UNIDADE 01 Regulação, controle, avaliação e auditoria em saúde8 Para que haja prestação de serviços públicos na área da saúde com qualidade e eficiência, faz-se necessário a utilização racional dos recursos públicos. Esta unidade vai abordar a evolução do sistema público de saúde no Brasil, bem como todo o embasamento jurídico- legal e todas as normas que regem a matéria. Aprenderemos sobre a importância e as responsabilidades que cada esfera governamental possui nas ações e serviços da saúde e, também, passaremos a analisar com um método crítico e avaliativo acerca da participação da sociedade na elaboração e implantação das ações e serviços na área da saúde no Brasil. INTRODUÇÃO Regulação, controle, avaliação e auditoria em saúde 9 Olá. Seja muito bem-vindo à Unidade 1. Nosso objetivo é auxiliar você no desenvolvimento das seguintes competências profissionais até o término desta etapa de estudos: 1. Conhecer o histórico das políticas públicas da área da Saúde no Brasil; 2. Conhecer o amparo legal das políticas públicas da área da saúde no Brasil; 3. Aprender sobre a Lei Orgânica do SUS (Lei nº 8.080/90); 4. Aprender sobre os aspectos do público e o privado nas ações e serviços da saúde no Brasil; 5. Aprender sobre os mecanismos de atuação do SUS através da legislação de suporte. Então? Preparado para uma viagem sem volta rumo ao conhecimento? Ao trabalho! OBJETIVOS Regulação, controle, avaliação e auditoria em saúde10 SUS – serviços e ações INTRODUÇÃO: Ao término deste capítulo você haverá compreendido sobre a evolução histórica dos serviços de saúde no Brasil, bem como conhecer o respaldo legal das atividades da área da saúde, conhecer a legislação que regulamenta e dá amparo às ações da saúde, aprender sobre a participação da sociedade e entender a interação entre o público e o privado. E então? Motivado para desenvolver esta competência? Então vamos lá. Avante! Histórico da saúde no Brasil Os primórdios de ações e serviços na área da saúde no Brasil remontam à época da colonização e, em detrimento do poder aquisitivo de cada um, àqueles que possuíam recursos conseguiam realizar consultas médicas. Em contrapartida, os que não detinham recursos dependiam de caridade e filantropia, inclusive por intermédio de Santas Casas de Misericórdia. Após a chegada da família real ao Brasil, foram criados os primeiros cursos de medicina em território brasileiro. A primeira instituição de ensino voltada à medicina foi a Universidade Federal da Bahia, inaugurada em 18 de fevereiro de 1808 com o nome de Escola de Cirurgia da Bahia. Neste período foram criados os primeiros órgãos de saúde pública que tinham como atribuição inspecionar a saúde e o saneamento básico. Em 1953 foi criado o Ministério da saúde e que desenvolvia ações junto aos estados e municípios voltadas praticamente a campanhas de prevenção de doenças e de promoção à saúde. Na final da década de 60, o Estado atuava na área da saúde através do Instituto Nacional de Previdência Social (INPS) que, em 1977 passou-se a chamar INAMPS (Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social) e este perdurou até meados de 1993. Regulação, controle, avaliação e auditoria em saúde 11 Fig. 1 - Escola de Cirurgia da Bahia Fonte: http://bit.ly/38iaItJ SAIBA MAIS: A Saúde Pública no Brasil durante o regime militar começou com um processo de mudança que criou as primeiras bases para o surgimento do SUS (Sistema Único de Saúde), na década de 1990. Houve uma redefinição das competências do Ministério da Saúde, agora atuante em formulação da política nacional de saúde, assistência médica ambulatorial, prevenção da saúde, controle sanitário, pesquisas na área da saúde. Desta maneira ele deixava de ser somente um aparato burocrático tornando-se efetivamente um órgão importante na gestão e responsabilidade pela condução das políticas públicas de saúde no país. http://bit.ly/2ShJ4HS Regulação, controle, avaliação e auditoria em saúde12 Inserido na CF/88, o SUS iniciou uma sistemática de atendimento cujos princípios valorizam o acesso universal a saúde por todos, a equidade e a integralidade nas ações e serviços de saúde e, como estratégias de gestão, a descentralização e o controle social. Destaque-se que houve uma efetiva adoção de procedimentos e regulação de padrões após a edição da Lei Orgânica do SUS (Lei nº 8.080/90). Sendo assim, houve uma melhora considerável no tocante à qualidade das ações e serviços de saúde no Brasil. Fig. 2 – ações do SUS Fonte: http://bit.ly/38lJUbS Amparo constitucional da saúde no Brasil Corolário constituinte, o art. 5° da CF/88, traz em seu caput um direito que também é assegurado como garantia fundamental e assegura do como cláusula pétrea - o direito à vida. Este direito é resguardado, ainda, por vários outros conceitos também aplicados na CF/88. Como direito social, a saúde é tratada em seu artigo 6°: “São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação,o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição”. Regulação, controle, avaliação e auditoria em saúde 13 Lenza (2012, p. 1077) afirma que a doutrina assevera o princípio da dupla vertente aos direitos sociais: “no tocante à saúde, que ganha destaque, enquanto direito social, no texto de 1988: a) natureza negativa: o Estado ou terceiros devem abster-se de praticar atos que prejudiquem terceiros; b) natureza positiva: fomenta-se um Estado prestacionista para implementar o direito social”. DEFINIÇÃO: São os direitos que visam garantir aos indivíduos o exercício e usufruto de direitos fundamentais em condições de igualdade, para que tenham uma vida digna por meio da proteção e garantias dadas pelo estado de direito. http:// bit.ly/38ju3uq Ainda na CF/88, a Seção II, TÍTULO VIII - Da Ordem Social -, através do art. 196 diz o seguinte: “A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação”. Fig. 3 – princípio da universalidade Fonte: http://bit.ly/2UHCP1j Ainda em relação ao art. 196, Araújo e Serrano (2003) destacam que o término deste artigo menciona os dois princípios mais importantes que tratam da saúde na CF/88: o princípio do acesso universal e o princípio do acesso igualitário. Regulação, controle, avaliação e auditoria em saúde14 Para Kuschnir, Horácio & Lima e Lira (2012), o sistema de saúde público brasileiro possui “financiamento é público, realizado por meio de tributos pagos pela população e coletados pelo Estado e organização é pública, realizada diretamente pelo Estado”. Outro ponto importante é o fato de que, embora o poder público seja o detentor responsável pela implantação das políticas públicas de saúde, a CF/88 permite que tais serviços sejam disponibilizados, indiretamente, através de terceiros. Bem como, prestados por pessoas físicas e jurídicas de direito privado mediante a regulamentação e fiscalização do poder público, tal qual previsão do art. 197 da CF/88. Para que exista uma prestação de ações e serviços de saúde com boa qualidade, eficiente, eficaz e com efetividade, o art. 198 da CF/88 determina que estes serviços adotem as diretrizes da descentralização mediante direção única nas esferas Municipal, Estadual, Distrital e Federal, realize atendimento integral, priorizando atividades preventivas e que haja atuação conjunta da sociedade. Características das ações e serviços de saúde � Boa qualidade: percepção positiva de determinado serviço ou produto e que ao adquiri-lo, este atinja o grau de satisfação almejado. � Eficiente: utilização racional de recursos materiais e humanos de modo que o processo produtivo seja mais econômico, demande um menor tempo e seja realizado da maneira mais prática possível. � Eficaz: resultado satisfatório de acordo com parâmetros estabelecidos conforme conceito de boa qualidade e obtidos através de um processo produtivo eficiente. � Efetividade: dizemos que é a realização de um de modo racional de um processo (eficiente) que atinge um resultado satisfatório (eficaz) e que da junção destes dois dispositivos ele alcança um grau de realização de modo que todo o planejamento se já cumprido com êxito, atingindo todas as metas propostas. ACESSE: https://pensesus.fiocruz.br/universalidade Regulação, controle, avaliação e auditoria em saúde 15 Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990 – lei orgânica do SUS A Lei n° 8.080, de 19 de setembro de 1990, estabelece as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes. Para que isto ocorra, seu art. 1° estabelece que: “Esta lei regula, em todo o território nacional, as ações e serviços de saúde, executados isolada ou conjuntamente, em caráter permanente ou eventual, por pessoas naturais ou jurídicas de direito Público ou privado”. (g.n.) Convém frisar que toda e qualquer legislação que rege determinada matéria deve estar em consonância com a CF/88, haja a vista a possibilidade de se arguir a invalidade daquele documento. Como reforço das normas constitucionais que versam sobre a saúde, o art. 2° da Lei 8.080/90 reitera ser um direito fundamental o acesso à saúde e que o Estado deve provê-la através de condições ao seu pleno exercício. Paralelo ao Estado, as pessoas, a família, as empresas e a sociedade como um todo também possuem deveres quanto à saúde pública. Isto é o que diz o parágrafo 2° do art. 2da Lei n° 8.080/90. Outros princípios reiterados são: universalidade e igualdade, ambos citados no parágrafo 1°, do art. 2º, da Lei n° 8.080/90: “O dever do Estado de garantir a saúde consiste na formulação e execução de políticas econômicas e sociais que visem à redução de riscos de doenças e de outros agravos e no estabelecimento de condições que assegurem acesso universal e igualitário às ações e aos serviços para a sua promoção, proteção e recuperação”. (g.n.) Para a Lei Orgânica do SUS existem fatores determinantes para a obtenção da saúde e instituídos no § 3°, são eles: “alimentação, a moradia, Regulação, controle, avaliação e auditoria em saúde16 o saneamento básico, o meio ambiente, o trabalho, a renda, a educação, o transporte, o lazer e o acesso aos bens e serviços essenciais”. Pois tais conceitos corroboram com o entendimento de que um acesso maior a estes quesitos implicam numa organização econômica e social mais elevada. O art. 6°, da Lei nº 8.8080/90, enumera um rol de atuações do SUS a saber: “I - a execução de ações: a) de vigilância sanitária; b) de vigilância epidemiológica; c) de saúde do trabalhador; e d) de assistência terapêutica integral, inclusive farmacêutica; II - a participação na formulação da política e na execução de ações de saneamento básico; III - a ordenação da formação de recursos humanos na área de saúde; IV - a vigilância nutricional e a orientação alimentar; V - a colaboração na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho; VI - a formulação da política de medicamentos, equipamentos, imunobiológicos e outros insumos de interesse para a saúde e a participação na sua produção; VII - o controle e a fiscalização de serviços, produtos e substâncias de interesse para a saúde; VIII - a fiscalização e a inspeção de alimentos, água e bebidas para consumo humano; IX - a participação no controle e na fiscalização da produção, transporte, guarda e utilização de substâncias e produtos psicoativos, tóxicos e radioativos; X - o incremento, em sua área de atuação, do desenvolvimento científico e tecnológico; XI - a formulação e execução da política de sangue e seus derivados.” Regulação, controle, avaliação e auditoria em saúde 17 A competência da gestão do SUS é acometida ao Ministério da Saúde no plano Federal, às Secretarias de Saúde nos Estados e Dis- trito Federal e às Secretarias de Saúde no âmbito Municipal. Cabendo à prestação direta ou complementar pela iniciativa privada de maneira regionalizada e em hierarquia de complexidade. A uniformidade dos planos de saúde de cada governo será garantida pelo Conselho Nacional de Saúde através de diretrizes em razão das características epidemiológicas e organização dos serviços de saúde. No âmbito nacional, através de comissões intersetoriais, serão geridas as atividades e serviços da saúde. As comissões serão subordinadas ao Conselho Nacional de Saúde e terão participação de entidades da sociedade civil e orientação dos Ministérios e Órgãos competentes. As comissões intersetoriais criarão políticas e programas que, adotarão, entre outras atividades, as seguintes vertentes de atuação: alimentação enutrição, saneamento e meio ambiente, vigilância sanitária e farmacoepidemiologia, recursos humanos, ciência e tecnologia e saúde do trabalhador. Assim como a CF/88, a Lei 8.080/90 também assegura à iniciativa privada “a promoção, proteção e recuperação da saúde através da atuação, por iniciativa própria, de profissionais liberais, legalmente habilitados, e de pessoas jurídicas de direito privado”. Em se tratando de responsabilidades, temos que as três esferas de governo (Federal, Estadual e Municipal) possuem atribuições comuns. Com o intuito de evidenciar as mais importantes, o art. 15 da Lei nº 8.080/90 traz os seguintes: “definição das instâncias e mecanismos de controle, avaliação e de fiscalização das ações e serviços de saúde e administração dos recursos orçamentários e financeiros destinados, em cada ano, à saúde”. Acerca das competências, a direção nacional do SUS, por intermédio do art. 16 da Lei nº 8.080/90, deve: “I - formular, avaliar e apoiar políticas de alimentação e nutrição; Regulação, controle, avaliação e auditoria em saúde18 II - participar na formulação e na implementação das políticas: a) de controle das agressões ao meio ambiente; b) de saneamento básico; e c) relativas às condições e aos ambientes de trabalho; III - definir e coordenar os sistemas: a) de redes integradas de assistência de alta complexidade; b) de rede de laboratórios de saúde pública; c) de vigilância epidemiológica; e d) vigilância sanitária; IV - participar da definição de normas e mecanismos de controle, com órgão afins, de agravo sobre o meio ambiente ou dele decorrentes, que tenham repercussão na saúde humana; V - participar da definição de normas, critérios e padrões para o controle das condições e dos ambientes de trabalho e coordenar a política de saúde do trabalhador; VI - coordenar e participar na execução das ações de vigilância epidemiológica; VII - estabelecer normas e executar a vigilância sanitária de portos, aeroportos e fronteiras, podendo a execução ser complementada pelos Estados, Distrito Federal e Municípios; VIII - estabelecer critérios, parâmetros e métodos para o controle da qualidade sanitária de produtos, substâncias e serviços de consumo e uso humano; IX - promover articulação com os órgãos educacionais e de fiscalização do exercício profissional, bem como com entidades representativas de formação de recursos humanos na área de saúde; X - formular, avaliar, elaborar normas e participar na execução da política nacional e produção de insumos e equipamentos para a saúde, em articulação com os demais órgãos governamentais; Regulação, controle, avaliação e auditoria em saúde 19 XI - identificar os serviços estaduais e municipais de referência nacional para o estabelecimento de padrões técnicos de assistência à saúde; XII - controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e substâncias de interesse para a saúde; XIII - prestar cooperação técnica e financeira aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios para o aperfeiçoamento da sua atuação institucional; XIV - elaborar normas para regular as relações entre o Sistema Único de Saúde (SUS) e os serviços privados contratados de assistência à saúde; XV - promover a descentralização para as Unidades Federadas e para os Municípios, dos serviços e ações de saúde, respectivamente, de abrangência estadual e municipal; XVI - normatizar e coordenar nacionalmente o Sistema Nacional de Sangue, Componentes e Derivados; XVII - acompanhar, controlar e avaliar as ações e os serviços de saúde, respeitadas as competências estaduais e municipais; XVIII - elaborar o Planejamento Estratégico Nacional no âmbito do SUS, em cooperação técnica com os Estados, Municípios e Distrito Federal; e XIX - estabelecer o Sistema Nacional de Auditoria e coordenar a avaliação técnica e financeira do SUS em todo o Território Nacional em cooperação técnica com os Estados, Municípios e Distrito Federal. Parágrafo único. A União poderá executar ações de vigilância epidemiológica e sanitária em circunstâncias especiais, como na ocorrência de agravos inusitados à saúde, que possam escapar do controle da direção estadual do Sistema Único de Saúde (SUS) ou que representem risco de disseminação nacional.” Regulação, controle, avaliação e auditoria em saúde20 Como é sabida, a prestação de serviços públicos de saúde nem sempre é efetivo e consegue atender com a devida presteza a demanda da sociedade. Para tanto, o poder público pode recorrer à iniciativa privativa de maneira complementar. Faz-se necessário comentar que o método utilizado para formalização dos serviços pode ser feita por contrato ou convênio público, tal qual preconiza o parágrafo único do art. 24, da Lei nº 8.080/90. Os recursos utilizados na prestação de serviços do SUS serão depositados em conta específica, sendo necessário um Órgão gestor responsável tal qual o Fundo Nacional de Saúde no governo federal. Para que haja um acompanhamento e uma fiscalização efetiva de tais recursos, o § 4º, do art. 33, admite que: “o Ministério da Saúde acompanhará, através de seu sistema de auditoria, a conformidade à programação aprovada da aplicação dos recursos repassados a Estados e Municípios. Constatada a malversação, desvio ou não aplicação dos recursos, caberá ao Ministério da Saúde aplicar as medidas previstas em lei.” As atividades da saúde, conforme dito anteriormente, são financiadas por recursos públicos e as autoridades que detém a responsabilidade distribuir os recursos deverão transferir tais valores ao Fundo Nacional de Saúde (FNS), de maneira automática. Na distribuição dos recursos financeiros da Seguridade Social será observada a mesma proporção da despesa prevista de cada área, no Orçamento da Seguridade Social. A utilização efetiva e eficiente dos recursos da área da saúde depende, também, de um planejamento orçamentário que será levado a efeito das municipalidades até o nível federal de governo e serão formalizados em planos de saúde elaborados em cada esfera de governo. Regulação, controle, avaliação e auditoria em saúde 21 Lei nº 8.142, de 28 de dezembro de 1990 – introduz o controle social na gestão da saúde. Dando prosseguimento nas ações e serviços da saúde e, com o intuito de ampliar a participação da sociedade na gestão da saúde pública, é editada em 19 de dezembro de 1990, a Lei nº 8.142, que especifica a atuação da sociedade nas atividades do SUS, bem como aborda os procedimentos para transferência dos recursos arrecadados. O art. 1º, da Lei nº 8.142/90, diz que, nas respectivas esferas de governo, além das funções do Poder Legislativo, atuarão duas instâncias colegiadas: conferência de saúde e conselho de saúde. Sendo assim, o § 1º, do art. 1º, da Lei nº 8.142/90 determina as atribuições e composição daqueles: “§ 1°. A Conferência de Saúde reunir-se-á a cada quatro anos com a representação dos vários segmentos sociais, para avaliar a situação de saúde e propor as diretrizes para a formulação da política de saúde nos níveis correspondentes, convocada pelo Poder Executivo ou, extraordinariamente, por esta ou pelo Conselho de Saúde. § 2°. O Conselho de Saúde, em caráter permanente e deliberativo, órgão colegiado composto por representantes do governo, prestadores de serviço, profissionais de saúde e usuários, atua na formulação de estratégias e no controle da execução da política de saúde na instância correspondente, inclusive nos aspectos econômicos e financeiros, cujas decisões serão homologadas pelo chefe do poder legalmente constituído em cada esfera do governo. § 3°. O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e o Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (Conasems) terão representação no Conselho Nacional de Saúde. Regulação, controle, avaliação e auditoria em saúde22 § 4°. A representação dos usuários nos Conselhos de Saúdee Conferências será paritária em relação ao conjunto dos demais segmentos. § 5°. As Conferências de Saúde e os Conselhos de Saúde terão sua organização e normas de funcionamento definidas em regimento próprio, aprovadas pelo respectivo conselho. Para que os recursos destinados às políticas da área da saúde sejam repassados aos Municípios, os Estados e o Distrito Federal, estes deverão apresentar os seguintes requisitos: I - Fundo de Saúde; II - Conselho de Saúde, com composição paritária de acordo com o Decreto n° 99.438, de 7 de agosto de 1990; III - plano de saúde; IV - relatórios de gestão que permitam o controle de que trata o § 4° do art. 33 da Lei n° 8.080, de 19 de setembro de 1990; V - contrapartida de recursos para a saúde no respectivo orçamento; VI - comissão de elaboração do Plano de Carreira, Cargos e Salários (PCCS), previsto o prazo de dois anos para sua implantação. Parágrafo único. O não atendimento pelos Municípios, ou pelos Estados, ou pelo Distrito Federal, dos requisitos estabelecidos neste artigo, implicará em que os recursos concernentes sejam administrados, respectivamente, pelos Estados ou pela União. Com a intenção de acrescentar conceitos e terminologias ao contexto das ações pactuadas entre as esferas de governo e, sobretudo, definir responsabilidades em detrimento dos gestores envolvidos, trazemos os seguintes conteúdos: I - Região de Saúde - espaço geográfico contínuo constituído por agrupamentos de Municípios limítrofes, delimitado a partir de identidades culturais, econômicas e sociais e de redes de comunicação e infraestrutura de transportes compartilhados, com a finalidade de integrar a organização, o planejamento e a execução de ações e serviços de saúde; Regulação, controle, avaliação e auditoria em saúde 23 II - Contrato Organizativo da Ação Pública da Saúde - acordo de colaboração firmado entre entes federativos com a finalidade de organizar e integrar as ações e serviços de saúde na rede regionalizada e hierarquizada, com definição de responsabilidades, indicadores e metas de saúde, critérios de avaliação de desempenho, recursos financeiros que serão disponibilizados, forma de controle e fiscalização de sua execução e demais elementos necessários à implementação integrada das ações e serviços de saúde; III - Portas de Entrada - serviços de atendimento inicial à saúde do usuário no SUS; IV - Comissões Intergestores - instâncias de pactuação consensual entre os entes federativos para definição das regras da gestão compartilhada do SUS; V - Mapa da Saúde - descrição geográfica da distribuição de recursos humanos e de ações e serviços de saúde ofertados pelo SUS e pela iniciativa privada, considerando- se a capacidade instalada existente, os investimentos e o desempenho aferido a partir dos indicadores de saúde do sistema; VI - Rede de Atenção à Saúde - conjunto de ações e serviços de saúde articulados em níveis de complexidade crescente, com a finalidade de garantir a integralidade da assistência à saúde; VII - Serviços Especiais de Acesso Aberto - serviços de saúde específicos para o atendimento da pessoa que, em razão de agravo ou de situação laboral, necessita de atendimento especial; e VIII - Protocolo Clínico e Diretriz Terapêutica - documento que estabelece: critérios para o diagnóstico da doença ou do agravo à saúde; o tratamento preconizado, com os medicamentos e demais produtos apropriados, quando couber; as posologias recomendadas; os mecanismos de controle clínico; e o acompanhamento e a verificação dos resultados terapêuticos, a serem seguidos pelos gestores do SUS. Regulação, controle, avaliação e auditoria em saúde24 Portaria nº 2.203, de 5 de novembro de 1996 – (NOB 01/96) Buscando a consolidação da atuação dos municípios na gestão da saúde, foi editada a Norma Operacional básica 01/96, além de ressaltar a atuação da esfera municipal, esta norma também aponta o compromisso dos governos estaduais e federal. Para tanto, o item 2 desta norma busca reordenar as diretrizes de atuação conforme: “a) os papéis de cada esfera de governo e, em especial, no tocante à direção única; b) os instrumentos gerenciais para que municípios e estados superem o papel exclusivo de prestadores de serviços e assumam seus respectivos papéis de gestores do SUS; c) os mecanismos e fluxos de financiamento, reduzindo progressiva e continuamente a remuneração por produção de serviços e ampliando as transferências de caráter global, fundo a fundo, com base em programações ascendentes, pactuadas e integradas; d) a prática do acompanhamento, controle e avaliação no SUS, superando os mecanismos tradicionais, centrados no faturamento de serviços produzidos, e valorizando os resultados advindos de programações com critérios epidemiológicos e desempenho com qualidade; e) os vínculos dos serviços com os seus usuários, privilegiando os núcleos familiares e comunitários, criando, assim, condições para uma efetiva participação e controle social”. Tendo em vista a posição do município perante a gestão, convém destacar outro aspecto importante a ser ressaltado: a gerência (comando) dos estabelecimentos ou órgãos de saúde de um município é da pessoa jurídica que opera o serviço, sejam estes estatais (federal, estadual ou municipal) ou privados (NOB 01/96). Regulação, controle, avaliação e auditoria em saúde 25 Desta forma, devido à necessidade de atendimento da população que engloba a rede de atendimento municipal, a relação desse gerente deve ocorrer somente com o gestor do município onde o seu estabelecimento está sediado, seja para atender a população local, seja para atender a referenciada de outros municípios. (NOB 01/96). A participação do gestor estadual pode ser descrita em quatro papéis: Exercer a gestão do SUS, no âmbito estadual. Promover as condições e incentivar o poder municipal para que assuma a gestão da atenção à saúde de seus munícipes, sempre na perspectiva da atenção integral. Assumir, em caráter transitório (o que não significa caráter complementar ou concorrente), a gestão da atenção à saúde daquelas populações pertencentes a municípios que ainda não tomaram para si esta responsabilidade. Ser o promotor da harmonização, da integração e da modernização dos sistemas municipais, compondo, assim, o SUS- Estadual. Fonte: NOB 01/96. O estado ainda assume outro papel importante quanto à gestão, no sentido de realinhar a programação dos serviços de saúde, bem como ratificar as decisões sobre o planejamento do apoio de logística e gestão estratégica do SUS-Estadual. Neste contexto, a NOB 01/96 estabelece que sejam ratificados os seguintes tópicos: a) plano estadual de saúde, contendo as estratégias, as prioridades e as respectivas metas de ações e serviços resultantes, sobretudo, da integração das programações dos sistemas municipais; b) estruturação e operacionalização do componente estadual do Sistema Nacional de Auditoria; Regulação, controle, avaliação e auditoria em saúde26 c) estruturação e operacionalização dos sistemas de processamento de dados, de informação epidemiológica, de produção de serviços e de insumos críticos; d) estruturação e operacionalização dos sistemas de vigilância epidemiológica, de vigilância sanitária e de vigilância alimentar e nutricional; e) estruturação e operacionalização dos sistemas de recursos humanos e de ciência e tecnologia; f) elaboração do componente estadual de programações de abrangência nacional, relativas a agravos que constituam riscos de disseminação para além do seu limite territorial; g) elaboração do componente estadual da rede de laboratórios de saúde pública; h) estruturação e operacionalização do componente estadual de assistência farmacêutica; i) responsabilidade estadual no tocante à prestação de serviços ambulatoriais e hospitalares de alto custo, ao tratamento forado domicílio e à disponibilidade de medicamentos e insumos especiais, sem prejuízo das competências dos sistemas municipais; j) definição e operação das políticas de sangue e hemode- rivados; k) manutenção de quadros técnicos permanentes e compatíveis com o exercício do papel de gestor estadual; l) implementação de mecanismos visando a integração das políticas e das ações de relevância para a saúde da população, de que são exemplos aquelas relativas a saneamento, recursos hídricos, habitação e meio ambiente. Haja vista a ação conjunta das esferas de governo, os quatro papéis básicos da gestão Nacional vêm descritos da seguinte maneira: Regulação, controle, avaliação e auditoria em saúde 27 Exercer a gestão do SUS, no âmbito nacional. Promover as condições e incentivar o gestor estadual com vistas ao desenvolvimento dos sistemas municipais, de modo a conformar o SUS-Estadual. Fomentar a harmonização, a integração e a modernização dos sistemas estaduais compondo, assim, o SUS-Nacional. Exercer as funções de normalização e de coordenação no que se refere à gestão nacional do SUS. Fonte: NOB 01/96. As ações e serviços de saúde são custeados pelas três esferas de governo através de previsão constitucional. Por se tratar de seguridade social, o financiamento da saúde é feito com base no art. 195, da CF/88: “A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais: I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998); a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998); b) a receita ou o faturamento; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) c) o lucro; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) Regulação, controle, avaliação e auditoria em saúde28 II - do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, não incidindo contribuição sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo regime geral de previdência social de que trata o art. 201; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998); III - sobre a receita de concursos de prognósticos; IV - do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei a ele equiparar. A NOB 01/96 também aborda as Transferências Intergoverna- mentais e Contrapartidas dos níveis de governo sendo estas transferências, regulares ou eventuais, da União para estados, municípios e Distrito Federal estão condicionadas à contrapartida destes níveis de governo, em conformidade com as normas legais vigentes (NOB 01/96). O reembolso das despesas, realizadas em função de atendimentos prestados por unidades públicas aos beneficiários de planos privados de saúde, constitui fonte adicional de recursos. Por isso, e consoante à legislação federal específica, estados e municípios devem viabilizar estrutura e mecanismos operacionais para a arrecadação desses recursos e a sua destinação exclusiva aos respectivos fundos de saúde. Outro importante conceito trazido pela NOB 01/96 foi a Programação Pactuada e Integrada – PPI, cuja norma preconiza que a PPI aborda ações voltadas à assistência ambulatorial e hospitalar, de vigilância sanitária e de epidemiologia e controle de doenças. Ainda explicitada no contexto da norma, a PPI “constitui um instrumento essencial de reorganização do modelo de atenção e da gestão do SUS, de alocação dos recursos e de explicitação do pacto estabelecido entre as três esferas de governo” (NOB 01/96). Essa Programação busca garantir a disponibilização efetiva de serviços de saúde à população em geral, para que isso aconteça, há de se evidenciar as responsabilidades de cada município através da oferta dos serviços no próprio município ou quer pelo encaminhamento a outras regiões. Regulação, controle, avaliação e auditoria em saúde 29 Fig. 4 pactuação da saúde entre as esferas de governo Fonte: http://bit.ly/2HfdxQo As atividades sempre serão pactuadas por intermédio de relações entre gestores municipais e serão mediadas pelo gestor da esfera do estado. Cumpre destacar que a pactuação deverá obedecer aos princípios e diretrizes norteadores: � A elaboração da PPI deve se dar num processo ascendente, de base municipal, configurando, também, as responsabilidades do estado na busca crescente da eqüidade, da qualidade da atenção e na conformação da rede regionalizada e hierarquizada de serviços. � A Programação observa os princípios da integralidade das ações de saúde e da direção única em cada nível de governo, traduzindo todo o conjunto de atividades relacionadas a uma população específica e desenvolvidas num território determinado, independente da vinculação institucional do órgão responsável pela execução destas atividades. Os órgãos federais, estaduais e municipais, bem como os prestadores conveniados e contratados têm suas ações expressas na programação do município em que estão localizados, na medida em que estão subordinados ao gestor municipal. Regulação, controle, avaliação e auditoria em saúde30 � A União define normas, critérios, instrumentos e prazos, aprova a programação de ações sob seu controle − inscritas na programação pelo estado e seus municípios − incorpora as ações sob sua responsabilidade direta e aloca os recursos disponíveis, segundo os valores apurados na programação e negociados na CIT, cujo resultado é deliberado pelo CNS. � A elaboração da programação observa critérios e parâmetros definidos pelas Comissões Intergestores e aprovados pelos respectivos Conselhos. No tocante aos recursos de origem federal, os critérios, prazos e fluxos de elaboração da programação integrada e de suas reprogramações periódicas ou extraordinárias são fixados em ato normativo do MS e traduzem as negociações efetuadas na CIT e as deliberações do CNS. O item 15 da NOB 01/96 assevera que “as condições de gestão, estabelecidas aqui, explicitam as responsabilidades do gestor municipal, os requisitos relativos às modalidades de gestão e as prerrogativas que favorecem o seu desempenho”. Corroborando com o fortalecimento das atividades específicas por esfera de governo e alicerçados nos princípios da equidade e isonomia, condições de gestão significa a declaração dos compromissos assumidos por parte do gestor perante os outros gestores e perante a população sob sua responsabilidade. A partir desta NOB, os municípios podem habilitar-se em duas condições: a) GESTÃO PLENA DA ATENÇÃO BÁSICA; e b) GESTÃO PLENA DO SISTEMA MUNICIPAL. Os municípios que não aderirem ao processo de habilitação permanecem, para efeito desta Norma Operacional, na condição de prestadores de serviços ao Sistema, cabendo ao estado a gestão do SUS naquele território municipal, enquanto for mantida a situação de não-habilitado. Ampliando o escopo da gestão básica municipal, podemos inferir que esta norma traz inúmeras responsabilidades e, escorados nestas, requisitos que possam dar autonomia administrativa e gerencial ao município. Regulação, controle, avaliação e auditoria em saúde 31 Para que as ações tenham efetividade, mediante o item 15.1.1, trazemos as responsabilidades municipais: * Elaboração de programação municipal dos serviços básicos, inclusive domiciliares e comunitários, e da proposta de referência ambulatorial especializada e hospitalar para seus munícipes, com incorporação negociada à programação estadual. * Gerência de unidades ambulatoriais próprias. * Reorganização das unidades sob gestão pública (estatais, conveniadas e contratadas), introduzindoa prática do cadastramento nacional dos usuários do SUS, com vistas à vinculação de clientela e à sistematização da oferta dos serviços. * Contratação, controle, auditoria e pagamento aos prestado- res dos serviços contidos no PAB. * Manutenção do cadastro atualizado das unidades assisten- ciais sob sua gestão, segundo normas do MS. * Avaliação permanente do impacto das ações do Sistema sobre as condições de saúde dos seus munícipes e sobre o seu meio ambiente. * Execução das ações básicas de vigilância sanitária. * Execução das ações básicas de epidemiologia, de controle de doenças e de ocorrências mórbidas, decorrentes de causas externas, como acidentes, violências e outras. * Elaboração do relatório anual de gestão e aprovação pelo Conselho Municipal de Saúde. Ainda na vertente da gestão básica municipal e, corroborando com as responsabilidades no âmbito municipal, o item 15.1,2 da NOB 01/96 cita os seguintes requisitos: a) Comprovar o funcionamento do CMS. b) Comprovar a operação do Fundo Municipal de Saúde. Regulação, controle, avaliação e auditoria em saúde32 c) Apresentar o Plano Municipal de Saúde e comprometer- se a participar da elaboração e da implementação da PPI do estado, bem assim da alocação de recursos expressa na programação. d) Comprovar capacidade técnica e administrativa e condições materiais para o exercício de suas responsabilidades e prerrogativas quanto à contratação, ao pagamento, ao controle e à auditoria dos serviços sob sua gestão. e) Comprovar a dotação orçamentária do ano e o dispêndio realizado no ano anterior, correspondente à contrapartida de recursos financeiros próprios do Tesouro Municipal, de acordo com a legislação em vigor. f) Formalizar junto ao gestor estadual, com vistas à CIB, após aprovação pelo CMS, o pleito de habilitação, atestando o cumprimento dos requisitos relativos à condição de gestão pleiteada. g) Dispor de médico formalmente designado como respon- sável pela autorização prévia, controle e auditoria dos procedimentos e serviços realizados. h) Comprovar a capacidade para o desenvolvimento de ações de vigilância sanitária. i) Comprovar a capacidade para o desenvolvimento de ações de vigilância epidemiológica. j) Comprovar a disponibilidade de estrutura de recursos humanos para supervisão e auditoria da rede de unidades, dos profissionais e dos serviços realizados. O público e o privado na saúde Como acontece em vários outros segmentos, os investimentos públicos nem sempre consegue suprir a demanda populacional, iner- ente a este sistema nós podemos trazer ao contexto a definição de falha de mercado. Regulação, controle, avaliação e auditoria em saúde 33 Não poderia ser diferente em relação à área da saúde, além de ser um setor crucial para qualquer sociedade, aduzimos que vários índices de desenvolvimento são atrelados a esta área. Portanto, faz-se extremamente necessário uma comparação entre o cruzamento das ações público – privadas no setor da saúde no Brasil. Para SANTOS, SANTOS and BORGES (2013) “a discussão sobre o chamado mix público-privado surge nos últimos vinte anos, no bojo dos movimentos de reforma do Estado. Seu foco são questionamentos sobre méritos e deméritos, escopo e limites da atuação do setor privado e do Estado no financiamento e na produção de bens e serviços nos diferentes segmentos da economia”. No caso dos sistemas nacionais de saúde, construídos com base nos alicerces de proteção social do welfare state, as transformações correspondem a um movimento de rearranjo e adequações de seu modelo, tendo sido agregadas questões que despontam na sociedade a partir da década de 1980, comumente identificadas por valores do individualismo e da valorização do mercado e do setor privado. Tais questões são elementos centrais do ideário neoliberal SANTOS, SANTOS and BORGES (2013) apud (UGA e MARQUES, 2005). ACESSE: http://bit.ly/2OLi1Cj SAIBA MAIS: welfare state – Estado de bem-estar social, Estado- providência ou Estado social é um tipo de organização política e econômica que coloca o Estado como agente da promoção social e organizador da economia. Nesta orientação, o Estado é o agente regulamentador de toda a vida e saúde social, política e econômica do país, em parceria com sindicatos e empresas privadas, em níveis diferentes de acordo com o país em questão. Cabe, ao Estado do bem-estar social, garantir serviços públicos e proteção à população. Fonte: wikipedia, Regulação, controle, avaliação e auditoria em saúde34 Fig. 5 - Estado do Bem-Estar Social Fonte: http://www.nanihumor.com No que concerne o entendimento deste contexto, as situações aqui tratadas, abordam a estrutura das ações e serviços de saúde no Brasil, bem como o incremento destas ações na perspectiva de prestadores públicos e privados. SANTOS, SANTOS and BORGES (2013), consideram que: “Os arranjos publico-privados são consistentes com os objetivos gerais do sistema de saúde – de contribuição positiva aos resultados de saúde, ao desenvolvimento do próprio sistema de saúde e a garantia do direito social a saúde tal como previsto na Constituição Federal Onde e de que maneira o setor privado afeta e interfere no sistema de saúde e quais são suas interfaces com o setor publico Como os arranjos público-privados interferem na sustentabilidade do setor de saúde Para proteger o interesse publico, quais são as necessidades de fomento ou de regulação E, finalmente, como formular politicas de investimento e de melhorias do SUS tendo em vista os arranjos publico-privados.” No transcorrer das décadas de 70 e 80, destacamos uma evidente mudança da gestão da saúde pública. A evolução da crise econômica estabelecida no Brasil fez com que a previdência absorvesse uma grande parte dos recursos assistenciais. Regulação, controle, avaliação e auditoria em saúde 35 O grande acontecimento da 8a Conferencia Nacional de Saúde (8ª CNS) em 1986, foi a criação do SUDS (Sistema Unificado e Descentralizado de Saúde) no ano de 1987. Fig. 6 - 8a Conferencia Nacional de Saúde Fnte: https://www.romulopassos.com.br A implantação do Sistema Unificado e Descentralizado de Saúde (SUDS) surgiu de um convênio entre o INAMPS e os governos estaduais, mas o mais importante foi ter formado as bases para a seção “Da Saúde” (artigo 196 até o artigo 200) da Constituição de 1988. Esses fatos, em conjunto com o Movimento da Reforma Sanitária Brasileira, influenciaram a Constituinte e resultaram nos preceitos do capitulo da Seguridade Social e da Seção da Saúde da Constituição Federal de 1988, que consagra um sistema publico de saúde, com acesso gratuito e universal a uma ampla cesta de serviços de saúde, organizados pela integração entre os três níveis de atenção. Ao mesmo tempo, foi permitida a possibilidade de a iniciativa privada atuar na assistência a saúde – por meio de relação contratual e convenial na prestação de serviços ao SUS, constitucionalmente denominada de “complementar” e posteriormente normatizada no Titulo III da LOS nº. 8.080/90, sobre os serviços privados de saúde – e foram definidos como de relevância publica as ações e os serviços de saúde, temas dispostos respectivamente nos Artigos 197 e 199. (SANTOS, SANTOS and BORGES, 2013). Regulação, controle, avaliação e auditoria em saúde36 Portaria gm 399, de 22 de fevereiro de 2006 – pacto pela saúde. Esta Portaria redigida em 2002 traz o compromisso público assumido pelos gestores do SUS em prol do PACTO PELA SAÚDE 2006. Neste sentido, o ANEXO I da Portaria GMS 399 diz que: “Será anualmente revisado, com base nos princípios constitucionais do SUS, ênfase nas necessidades de saúde da população e que implicará o exercício simultâneo de definição de prioridades articuladas e integradas nos três componentes: Pacto pela Vida, Pacto em Defesa do SUS e Pacto de Gestão do SUS”. Fig. 7 – Pacto pela saúde – Portaria GM 399/06Fonte: http://conselho.saude.gov.br O ANEXO I da Portaria 399 afirma que o pacto pela vida “apresenta compromissos sanitários, expressos em objetivos de processos e resultados e derivados da análise da situação de saúde do País”, bem como as prioridades para cada ente da Federação. Regulação, controle, avaliação e auditoria em saúde 37 No quadro abaixo traremos as características do PACTO PELA VIDA: Portaria GM 399/06 Em relação ao pacto em defesa do SUS, o Anexo I da Portaria 399 reitera a busca por ações conjuntas dos governos municipais, estaduais e federal, sustentando a posição no intuito de reforçar as ações do SUS como política de Estado através do seu amplo respaldo constitucional. Neste sentido, destacamos suas ações prioritárias: Regulação, controle, avaliação e auditoria em saúde38 PACTO EM DEFESA DO SUS Expressou compromissos entre os gestores como a consolidação da Reforma Sanitária e articulações que visavam qualificar e assegurar o SUS como política pública, tendo como prioridades a mobilização social, direitos dos usuários do SUS e ampliação do diálogo com a sociedade. Ações prioritárias Articulação e apoio à mobilização social pela promoção e desenvolvimento da cidadania e saúde como direito. Estabelecimento de diálogo com a sociedade. Ampliação e fortalecimento das relações com os movimentos sociais. Publicação da Carta dos Direitos dos Usuários do SUS. Regulamentação da EC nº 29 pelo Congresso. Com o fito de evidenciar uma estratégia descentra-lizadora, o Pacto pela Gestão do SUS apresenta uma forte “descentralização de atribuições do Ministério da Saúde para os estados, e para os municípios, promovendo um choque de descentralização, acompanhado da desburocratização dos processos normativos. Reforça a territorialização da saúde como base para organização dos sistemas, estruturando as regiões sanitárias e instituindo colegiados de gestão regional” (Anexo I, Portaria 399/06). PACTO DE GESTÃO DO SUS Estabeleceu responsabilidades sanitárias e diretrizes para a gestão do SUS, expressas em Termos de Compromisso de Gestão (TCG). Ações prioritárias Descentralização Regionalização Financiamento Planejamento Programação Regulação Participação e controle social Gestão do trabalho e educação na saúde Regulação, controle, avaliação e auditoria em saúde 39 Lei nº 141, de 13 de janeiro de 2012 – dispor sobre os valores mínimos a serem aplicados anualmente pela união, estados, distrito federal e municípios em ações e serviços públicos de saúde. Sendo extremamente cruciais para a efetiva implementação das ações e serviços de saúde, os recursos financeiros devem atender à regulamentação imposta pela legislação, de modo que os gestores, em razão do princípio da legalidade, não possam se desviar das suas obrigações. Neste compasso, a Lei nº 141 traz regulamentação do § 3o do art. 198 da Cons tituição Federal, que trata dos valores mínimos a ser- em aplicados em ações e serviços de saúde. ACESSE: http://bit.ly/3bubLsw O art. 1º da Lei nº 141 ensina que, através desta Lei são regulamen- tados: o valor mínimo e normas de cálculo do montante mínimo a ser aplicado, anualmente, pela União em ações e serviços públicos de saúde, os percentuais mínimos do produto da arrecadação de impostos a serem aplicados anualmente pelos Estados, pelo Distrito Federal e pelos Municípios em ações e serviços públicos de saúde, os critérios de rateio dos recursos da União vinculados à saúde destinados aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, e dos Estados destinados aos seus respectivos Municípios, visando à progressiva redução das disparidades regionais e as normas de fiscalização, avaliação e controle das despesas com saúde nas esferas federal, estadual, distrital e municipal. Destarte, não podemos deixar de evidenciar que as ações e serviços apresentam alguns requisitos para serem consideradas despesas efetivas da saúde, desta feita, o art. 3º, da Lei. nº 141,observados o art. 200, da CF/88 e o art. 6º, da Lei nº 8.080, traz a seguinte referência: Regulação, controle, avaliação e auditoria em saúde40 I - vigilância em saúde, incluindo a epidemiológica e a sanitária; II - atenção integral e universal à saúde em todos os níveis de complexidade, incluindo assistência terapêutica e recuperação de deficiências nutricionais; III - capacitação do pessoal de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS); IV - desenvolvimento científico e tecnológico e controle de qualidade promovidos por instituições do SUS; V - produção, aquisição e distribuição de insumos específicos dos serviços de saúde do SUS, tais como: imunobiológicos, sangue e hemoderivados, medicamentos e equipamentos médico-odontológicos; VI - saneamento básico de domicílios ou de pequenas comunidades, desde que seja aprovado pelo Conselho de Saúde do ente da Federação financiador da ação e esteja de acordo com as diretrizes das demais determinações previstas nesta Lei Complementar; VII - saneamento básico dos distritos sanitários especiais indígenas e de comunidades remanescentes de quilombos; VIII - manejo ambiental vinculado diretamente ao controle de vetores de doenças; IX - investimento na rede física do SUS, incluindo a execução de obras de recuperação, reforma, ampliação e construção de estabelecimentos públicos de saúde; X - remuneração do pessoal ativo da área de saúde em atividade nas ações de que trata este artigo, incluindo os encargos sociais; XI - ações de apoio administrativo realizadas pelas instituições públicas do SUS e imprescindíveis à execução das ações e serviços públicos de saúde; e XII - gestão do sistema público de saúde e operação de unidades prestadoras de serviços públicos de saúde. Regulação, controle, avaliação e auditoria em saúde 41 Fig. 8 – Determinação dos gastos mínimos com saúde Lei nº 141/12 Fonte: http://bit.ly/2vjOtoL A sistemática estipulada para a aplicação dos gastos mínimos, por esfera de governo, está no respectivo Art. 5º, da Lei nº 141, como segue: A União aplicará, anualmente, em ações e serviços públicos de saúde, o montante correspondente ao valor empenhado no exercício financeiro anterior, apurado nos termos desta Lei Complementar, acrescido de, no mínimo, o percentual correspondente à variação nominal do Produto Interno Bruto (PIB) ocorrida no ano anterior ao da lei orçamentária anual. [...] Art. 6o Os Estados e o Distrito Federal aplicarão, anualmente, em ações e serviços públicos de saúde, no mínimo, 12% (doze por cento) da arrecadação dos impostos a que se refere o art. 155 e dos recursos de que tratam o art. 157, a alínea “a” do inciso I e o inciso II do caput do art. 159, todos da Constituição Federal, deduzidas as parcelas que forem transferidas aos respectivos Municípios. [...] Art. 7o Os Municípios e o Distrito Federal aplicarão anualmente em ações e serviços públicos de saúde, no mínimo, 15% (quinze por cento) da arrecadação dos impostos a que se refere o art. 156 e dos recursos de que tratam o art. 158 e a alínea “b” do inciso I do caput e o § 3º do art. 159, todos da Constituição Federal. Regulação, controle, avaliação e auditoria em saúde42 [...] Art. 9o Está compreendida na base de cálculo dos percentuais dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios qualquer compensação financeira proveniente de impostos e transfe-rências constitucionais previstos no § 2º do art. 198 da Constituição Federal, já instituída ou que vier a ser criada, bem como a dívida ativa, a multa e os juros de mora decorrentes dos impostos cobrados diretamente ou por meio de processo administrativo ou judicial. Art. 10. Para efeito do cálculo do montante de recursos previsto no § 3o do art. 5o e nos arts. 6o e 7o, devem ser considerados os recursos decorrentes da dívida ativa, da multa e dos juros de mora provenientes dos impostos e da sua respectiva dívida ativa. Medianteas ferramentas de fiscalização avaliação e controle, temos que este acompanhamento deverá ser feito através da transparência pública por meio de prestação de contas periódicas apresentadas pelos “gestores de saúde da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios darão ampla divulgação, inclusive disponibilizando para consulta e apreciação dos cidadãos e de instituições da sociedade” (Art. 31, da Lei nº 141/2012). Dentro do mesmo dispositivo, ainda temos que deverão ser dadas ênfase na: I - comprovação do cumprimento do disposto nesta Lei Complementar; II - Relatório de Gestão do SUS; III - avaliação do Conselho de Saúde sobre a gestão do SUS no âmbito do respectivo ente da Federação. A transparência e a visibilidade serão asseguradas mediante incentivo à participação popular e realização de audiências públicas, durante o processo de elaboração e discussão do plano de saúde. Parágrafo único do art. 31, da Lei nº 141/2012. Regulação, controle, avaliação e auditoria em saúde 43 BIBLIOGRAFIA ARAÚJO, Luiz Alberto David e NUNES JÚNIOR, Vidal Serrano, Curso de Direito Constitucional, 7. ed., São Paulo, editora Saraiva, 2003. BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal: Centro Gráfico, 1988. BRASIL. 8ª Conferencia Nacional de Saúde. Anais. Brasília: Cento de Documentação do Ministério da Saúde, 1987. 430 p. Agencia Nacional de Saúde Suplementar. Caderno de Infor-mação da Saúde Suplementar: beneficiários, operadoras e planos, Dezembro de 2010. Rio de Janeiro, março de 2011. ______. Lei Federal n. 8.080 de 19 de setembro de 1990. Dispõe sobre as condições para a promo ção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspon dentes e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 20 de setembro de 1990. ______. Lei Federal n. 8.142 de 28 de setembro de 1990. 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Disponível em: Acesso em: 02 mar. 2014. Regulação, controle, avaliação e auditoria em saúde44 LENZA, Pedro, Direito Constitucional Esquematizado, 16a edição, São Paulo, Ed. Saraiva, 2012. Kuschnir, Rosana Chigres. Horácio, Adolfo. Lima e Lira, Anilska Medeiros. Gestão dos sistemas e serviços de saúde .2. ed. reimp. – Florianópolis : Departamento de Ciências da Administração / UFSC; [Brasília] : CAPES : UAB, 2012. SANTOS, IS., SANTOS, MAB., and BORGES, DCL. Mix público- privado no sistema de saúde brasileiro: realidade e futuro do SUS. FUNDAÇÃO SWALDO CRUZ. A saúde no Brasil em 2030 - prospecção estratégica do sistema de saúde brasileiro: estrutura do financiamento e do gasto setorial [online]. Rio de Janeiro: Fiocruz/Ipea/Ministério da Saúde/Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, 2013. Vol. 4. pp. 73-131.
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