Buscar

Agenda 2030 da ONU

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Agenda 2030 da ONU – ODS
Basicamente os 17 objetivos de desenvolvimento sustentável que a agenda 2030 nos trás, são voltados para a erradicação, ou ao menos minimização, da pobreza. Voltados para a sustentabilidade, o que favorece nosso planeta, os 17 objetivos são um norte a ser seguido buscando um bem maior. O mundo vive hoje um caos em todos os aspectos. Atingimos níveis de extrema pobreza altíssimos, mudanças climáticas que prejudicam o todo, desestimulo na educação, principalmente das mulheres, taxas altas de feminicídios, pais de famílias sendo presos por roubar um quilo de alimento para matar a fome dos filhos. 
O objetivo 4 por exemplo, fala em assegurar a educação inclusiva, equitativa e de qualidade, e promover oportunidade de aprendizagem ao longo da vida para todos. Analisando esse objetivo, podemos perceber o quanto educação equitativa, não somente igualitária, pode mudar todo o contexto de vida de uma pessoa e dos seus. Quando falamos em equidade, não estamos falando apenas de dar a mesma oportunidade para todos, estamos falando em adequar essa oportunidade a realidade individual de cada um. Isso sim é importante no contexto de assegurar uma aprendizagem ao longo da vida. No objetivo 5, se fala em alcançar igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e meninas, esse objetivo alinhado a ideia do objetivo 4 nos mostra a necessidade de ensinar desde cedo a nossas meninas e também aos nossos meninos que tratar a mulher de igual para igual, não é só lhes dar um saco de cimento para carregar e querer que ela faça aquilo da mesma maneira que o homem. É lhe dar aquele saco de cimento, sabendo que sua condição física pode ser diferente da condição física de um homem, mas que ela mesmo assim pode fazer aquilo de acordo com sua realidade.
Paz, Justiça e Instituições Eficazes são os temas centrais que permeiam o 16° Objetivo de Desenvolvimento Sustentável, pensando nesse objetivo muitas escolas e professores já buscam trazer a inclusão para as salas de aula, dando oportunidade para que todos os alunos com necessidades especiais possam participar de todas as atividades na escola, incluindo atividades de educação física, como exemplo da Escola Municipal Eli Horta Costa em Minas Gerais.
Os alunos que possuem necessidades especiais podem participar das atividades de educação física como todas as outras crianças – por meio de um verdadeiro parque inclusivo, formado por brinquedos adaptados. O Projeto de Educação Física Inclusiva é uma parceria da Rede Municipal de Ensino com o Projeto Circuito Inclusão Solidária, e leva balanços, skates e tirolesas, jogos e brincadeiras, entre outros brinquedos, para estudantes com deficiência nas escolas.
Esse tipo de ação, nos mostra que alunos com necessidades especiais podem participar e fazer parte de todas as atividades , desde que essas atividades sejam adaptadas as suas realidades, isso é equidade. É inserir esse aluno de acordo com o que ele pode e consegue realizar. Ele não é simplesmente deixado de lado por não conseguir acompanhar o ritmo dos outros, ele é incluído a participar de acordo com o seu próprio ritmo e limitações.
Durante minha trajetória como discente em 2006, presenciei como a escola onde eu estudava não dava voz aos alunos. Tivemos um problema com o ônibus escolar na volta para casa, o ônibus quebrou na frente da escola. Eles simplesmente não substituíram o ônibus e mandaram que os alunos fossem para casa. Muitos, como eu moravam um pouco distante da escola e estavam sem dinheiro de transporte, e tiveram que ir andando para casa no sol de meio dia. Era uma escola particular. Eu e mais 3 amigas resolvemos ficar e ir ate a diretora, ela nem se quer nos ouviu. A mãe de uma de minhas amigas precisou sair do trabalho e ir até lá, só assim a diretora nos recebeu, por intermédio de um adulto pagante. 
A escola não tinha nenhum representante dos alunos, sempre que ocorria algo parecido ao relatado acima, precisávamos que um adulto intervisse, já que nossas reivindicações ou ideias nunca eram ouvidas.
E hoje vejo que esse ainda é um problema muito comum, pesquisando as escolas da cidade onde moro, Camaçari – Ba, não encontrei nenhuma escola que possua um grêmio estudantil que de fato tem voz na escola. Algumas escolas estaduais possuem representantes de turma, porém em situações extremas eles são excluídos ou nem se quer recebidos.
Ainda precisamos trabalhar essa questão nas escolas, é um ponto importante a ser debatido, principalmente com a parte mais envolvida, os alunos.

Continue navegando