Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
CENTRO UNIVERSITÁRIO UNINOVAFAPI CURSO DE BACHARELADO EM MEDICINA MARINA OLIMPIA DANTAS CRUZ COMPARAÇÃO ENTRE DOENÇA DE CROHN E RETOCOLITE ULCERATIVA. TERESINA 2023 MARINA OLIMPIA DANTAS CRUZ COMPARAÇÃO ENTRE DOENÇA DE CROHN E RETOCOLITE ULCERATIVA Trabalho da disciplina de Tecnologia de informação e comunicação,como requisito parcial para obtenção de nota em Sistema Orgânico Integrado. Orientador: Prof. Gustavo Cardoso da Silva Neves TERESINA 2023 Comparação entre Doença de Crohn e Retocolite Ulcerativa A Doença de Crohn e a Retocolite Ulcerativa são duas das principais condições que compõem as doenças inflamatórias intestinais (DII), mas apresentam diferenças distintas em vários parâmetros: 1. Incidência: A Doença de Crohn e a Retocolite Ulcerativa são ambas doenças inflamatórias intestinais, mas suas incidências variam. A Doença de Crohn tende a afetar adultos jovens e pode ocorrer em qualquer idade, mostrando diferenças significativas em termos geográficos. Por outro lado, a Retocolite Ulcerativa tem maior probabilidade de se manifestar entre os 15 e 35 anos, com menos variação observada em diferentes regiões. 2. Gênero: Quando se trata do aspecto de gênero, existe uma discrepância entre as duas condições. A Doença de Crohn não demonstra preferência de gênero, afetando igualmente homens e mulheres. Entretanto, a Retocolite Ulcerativa mostra uma ligeira inclinação em direção às mulheres, sendo um pouco mais comum neste grupo. 3. Relação com tabagismo: O tabagismo desempenha um papel notável nas diferenças entre essas doenças. Na Doença de Crohn, o tabagismo é um fator de risco significativo, associado a um aumento do risco de desenvolvimento e a uma progressão mais severa da condição. Em contrapartida, a Retocolite Ulcerativa parece responder de maneira diferente, sendo menos comum em indivíduos que fumam, o que sugere um efeito protetor. 4. Idade mais comum: Em termos de idade predominante para o surgimento dessas doenças, observamos distinções claras. A Doença de Crohn tende a afetar principalmente adultos jovens, embora não seja exclusiva desse grupo etário. A Retocolite Ulcerativa, por outro lado, tem uma faixa etária mais específica, apresentando maior incidência em pessoas entre 15 e 35 anos. 5. Localização: A localização das lesões é um aspecto crucial que diferencia as duas condições. Na Doença de Crohn, a inflamação pode ocorrer em qualquer parte do trato gastrointestinal, desde a boca até o ânus, frequentemente resultando em áreas afetadas intercaladas com áreas saudáveis. A Retocolite Ulcerativa, em contraste, é mais limitada, afetando principalmente o cólon e o reto, com um padrão contínuo de inflamação. 6. Aspecto patológico: Ao examinar as características patológicas, mais diferenças emergem. A Doença de Crohn é conhecida por causar inflamação que penetra profundamente em todas as camadas do intestino, resultando em áreas de espessamento e estreitamento, chamadas estenoses. A Retocolite Ulcerativa, por sua vez, impacta principalmente a camada superficial do revestimento do cólon, resultando em ulcerações. 7. Aspecto histológico: Na análise histológica, outra distinção surge. A Doença de Crohn exibe áreas de inflamação que atravessam todas as camadas da parede intestinal, podendo apresentar a formação de granulomas. A Retocolite Ulcerativa, por sua vez, manifesta inflamação predominante na camada mais superficial da mucosa, sem a presença de granulomas. 8. Complicações usualmente encontradas: As complicações associadas a cada doença também diferem. Na Doença de Crohn, é comum observar abscessos, fístulas, estenoses (estreitamentos), perfurações intestinais, má-absorção de nutrientes e deficiências nutricionais. Já a Retocolite Ulcerativa costuma apresentar sangramento retal, colite grave e, em situações mais extremas, o desenvolvimento de um megacólon tóxico, que pode ser fatal. Em resumo, embora ambas as doenças façam parte do grupo das DII e compartilhem algumas semelhanças clínicas, elas possuem características distintas em relação à localização, padrões de inflamação, manifestações clínicas e complicações. Portanto, é fundamental que um diagnóstico preciso seja estabelecido para garantir um tratamento adequado e eficaz. REFERÊNCIAS NORRIS, T. L. Porth- Fisiopatologia. 10. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2021.
Compartilhar