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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNINOVAFAPI
CURSO DE BACHARELADO EM MEDICINA
MARINA OLIMPIA DANTAS CRUZ
RESENHA SOBRE AS DIRETRIZES ATUAIS REFERENTES AO
TRATAMENTO DA INFECÇÃO PELO HELICOBACTER PYLORI.
TERESINA
2023
MARINA OLIMPIA DANTAS CRUZ
RESENHA SOBRE AS DIRETRIZES ATUAIS REFERENTES AO
TRATAMENTO DA INFECÇÃO PELO HELICOBACTER PYLORI.
Trabalho da disciplina de Tecnologia
de informação e comunicação,como
requisito parcial para obtenção de nota
em Sistema Orgânico Integrado.
Orientador: Prof. Gustavo Cardoso da Silva Neves
TERESINA
2023
Resenha: Tratamento e Impacto Clínico da Infecção por Helicobacter pylori
A bactéria Gram-negativa Helicobacter pylori é um microrganismo de forma
espiralada e móvel, possuindo flagelos em uma das extremidades. Comumente
encontrada colonizando a mucosa gástrica, essa bactéria possui um forte predileção
pelas células produtoras de muco localizadas no antro gástrico. O resultado dessa
colonização é a promoção de condições propícias para o desenvolvimento de
doenças gastrointestinais graves, incluindo gastrite crônica ativa, úlcera péptica,
câncer gástrico e linfoma de MALT. Para garantir sua sobrevivência no ambiente
gástrico, o H. pylori secreta a enzima urease, que neutraliza a acidez do lúmen
gástrico, criando um ambiente mais básico (NORRIS, 2021).
De acordo com o IV Consenso Brasileiro sobre Infecção pelo H. pylori, delineado
por Coelho (2018), o tratamento eficaz da infecção envolve abordagens terapêuticas
específicas. A terapia de primeira linha, conhecida como terapia tripla, consiste na
administração combinada de Inibidores da Bomba de Prótons (IBPs), Amoxicilina e
Claritromicina, ao longo de 14 dias. Alternativamente, a terapia quádrupla é
considerada a segunda escolha e incorpora a combinação de IBPs, Bismuto,
Tetraciclina e Metronidazol, também administrados durante 10 a 14 dias. Tanto a
dosagem quanto o período de administração desses tratamentos podem variar.
Quando a terapia tripla de primeira linha falha, Coelho (2018) sugere um esquema
de segunda linha, que substitui a Claritromicina pelo Levofloxacino, administrado ao
longo de 10 a 14 dias. Para pacientes alérgicos à penicilina, é possível substituir a
Amoxicilina por Levofloxacino ou Metronidazol. A adequação das escolhas
terapêuticas depende da situação clínica individual.
Um aspecto importante do tratamento da infecção por H. pylori é a consideração
dos fatores de risco e da modulação de hábitos que influenciam a saúde gástrica.
Norris (2021) destaca que pessoas infectadas devem evitar o uso de
anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs), ácido acetilsalicílico (AAS) e o consumo
de álcool, pois essas substâncias tendem a aumentar a inflamação da mucosa
gástrica, aumentando o risco de úlceras pépticas e hemorragias.
Em resumo, a infecção por Helicobacter pylori apresenta implicações clínicas
significativas, resultando em uma variedade de doenças gastrointestinais. As
opções de tratamento, incluindo terapias de primeira e segunda linha, bem como
medidas de modificação de estilo de vida, desempenham um papel crucial na
gestão dessa infecção bacteriana. As considerações individuais e a orientação
médica são essenciais para garantir o sucesso do tratamento e a prevenção de
complicações gastrointestinais graves.
REFERÊNCIAS
CAETANO, J. IV Consenso Brasileiro sobre Infecção pelo Helicobacter pylori.
Endoscopia Terapêutica, 2021. Disponível em:
<https://endoscopiaterapeutica.com.br/assuntosgerais/iv-consenso-brasileiro-
sobre-infeccao-pelo -helicobacter -pylori >. Acesso em: 18 fev. 2023.
COELHO, L. G. V. et al. IVth Brazilian Consensus Conference on Helicobacter pylori
infection. Files of Gastroenterology, 2018. Disponível em:
<https://www.scielo.br/j/ag/a/DQtggHCHth5R6xx75G8tVtC/?lang=en>. Acesso em:
18 fev. 2023.
NORRIS, T. L. Porth- Fisiopatologia. 10. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
2021.

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