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Prévia do material em texto

Modalidades de pagamento 
internacionais
Apresentação
Se no comércio doméstico as formas de pagamento exigem certa cautela, no comércio 
internacional o cuidado deve ser redobrado em razão do custo-benefício. Isso porque, ao lidar com 
transações comerciais externas, vários fatores podem ser encontrados: cultura, variações 
monetárias, confiança entre importador e exportador, riscos, garantias, dentre outros.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai conhecer as principais modalidades de pagamento do 
comércio exterior, assim como suas vantagens e desvantagens. Também vai verificar os 
intervenientes do comércio exterior, com destaque para o papel dos bancos nas transações 
internacionais. Por fim, vai entender a diferença entre carta de crédito e seguro de crédito, além de 
compreender a importância de cada um.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Identificar as principais modalidades de pagamento nas negociações internacionais.•
Explicar o papel dos banqueiros internacionais nas transações com esses mercados.•
Avaliar a utilização de cartas de crédito e seguro de crédito nas transações internacionais.•
Desafio
No comércio internacional, algumas modalidades de pagamento deixam a empresa mais vulnerável 
a riscos, enquanto outras não. Conhecer as modalidades de pagamento nas transações 
internacionais, assim como consultar um banqueiro local e internacional, é um aspecto que auxilia 
na redução dos riscos e no aumento de garantias.
Diante da busca por compreender as modalidades de pagamento a microempreendedores 
individuais, o que você recomendaria a Lucas para que não houvesse falhas no processo de 
exportação?
Infográfico
Dentre as diversas modalidades de pagamento internacionais, a carta de crédito é uma das mais 
difundidas no comércio exterior. Isso decorre de sua maior garantia tanto para o importador quanto 
para o exportador. Nesse sentido, ela atua como um compromisso de pagamento, visto que dá a 
garantia de recebimento ao exportador do valor acertado com o importador pelos bens ou serviços 
negociados, quando este cumprir todos os quesitos especificados no documento.
Veja no Infográfico as etapas que compõem a utilização da carta de crédito e suas características.
Aponte a câmera para o 
código e acesse o link do 
conteúdo ou clique no 
código para acessar.
https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/de6703ed-8c62-42ae-a3d3-75cfccd49c29/1fa283f5-2558-4658-a0b1-914209159965.png
Conteúdo do livro
Trabalhar com o comércio internacional exige dos intervenientes um conhecimento minucioso de 
cada país. Isso porque existem peculiaridades que abrangem desde a cultura até variações 
monetárias. Dessa forma, se faz necessário, sempre que possível, contatar um banqueiro local e/ou 
internacional para que sejam passadas informações a respeito da melhor modalidade de pagamento 
a ser utilizada em cada situação. Além disso, é importante conseguir um seguro, ou seja, uma 
garantia em tais transações, para que se possa compreender a relação custo-benefício.
No capítulo Modalidades de pagamento internacionais, da obra Planejamento e viabilidade das 
operações de exportação e importação, base teórica desta Unidade de Aprendizagem, você vai saber 
mais sobre as peculiaridades e características desse comércio.
Boa leitura.
PLANEJAMENTO 
E VIABILIDADE 
DAS OPERAÇÕES 
DE EXPORTAÇÃO 
E IMPORTAÇÃO 
Dayane Alves de Souza Silva 
Modalidades de pagamento 
internacionais
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Identificar as principais modalidades de pagamento nas negociações 
internacionais.
  Explicar o papel dos banqueiros internacionais nas transações com 
esses mercados.
  Avaliar a utilização de cartas de crédito e seguro de crédito nas tran-
sações internacionais.
Introdução
Neste capítulo, você vai estudar a relação custo–benefício nas transações 
internacionais. De modo geral, quando se trabalha com o comércio 
internacional, as modalidades de pagamento apresentam certas particula-
ridades que se diferem daquelas do mercado interno, ou seja, do mercado 
brasileiro. Por essa razão, o profissional que lida com tais atividades deve 
ter um conhecimento sobre essas modalidades, de tal forma que não 
tenha prejuízos nas negociações realizadas com o mercado externo.
Primeiramente, você vai conhecer as principais modalidades de pa-
gamento nas transações internacionais e verificar quais oferecem mais 
e menos riscos, bem como as vantagens e desvantagens de cada uma. 
Em seguida, você vai conhecer o papel dos banqueiros internacionais 
nas transações com o mercado externo. Por fim, você vai ver como se 
dá a utilização de cartas de crédito e seguro de crédito nas transações 
internacionais, podendo refletir sobre a importância dessas ferramentas, 
bem como sobre os benefícios que proporcionam.
1 Principais modalidades
Trabalhar com o mercado internacional exige que os empresários tenham um 
amplo conhecimento das formas de pagamento. Por quê? Como você deve 
saber, o valor da moeda sofre variações no mundo todo e, por esse motivo, 
saber negociar no mercado internacional é importante para obter uma boa 
relação custo–benefício. Além disso, as culturas e os cenários políticos são 
distintos, e o grau de confi ança deve ser considerado quando se pensa nas 
negociações com o mercado externo.
Segundo Mendes e Ferreira (2013), quando negociam uma venda ou uma 
compra no mercado internacional, as empresas definem vários pontos com 
seus clientes ou fornecedores. Entre tais pontos, incluem-se: mercadorias ou 
serviços a serem prestados, transportes, prazos para pagamento, prazos para 
embarque ou entrega do serviço contratado. Nesse sentido, para os autores, 
a modalidade de pagamento trata-se do meio pelo qual o importador faz o 
pagamento ao fornecedor (exportador), sendo que as escolhas estão diretamente 
relacionadas ao grau de confiança entre ambas as partes.
Nas palavras de Manfré (2009), o gestor de comércio internacional objetiva 
assegurar o recebimento do pagamento pelo negócio realizado. Para isso, deve 
conhecer cada um dos quatro procedimentos de pagamento existentes e neu-
tralizar seus riscos em cada um deles, assegurando um processo de negociação 
no qual os participantes são beneficiados. As modalidades de pagamento mais 
utilizadas no comércio internacional são: pagamento antecipado, remessa sem 
saque, cobrança documentária e carta de crédito. A seguir, você vai conhecer 
melhor cada uma dessas modalidades.
Como as operações internacionais são realizadas em moedas e prazos variados, o 
sistema financeiro internacional adota diversas modalidades de pagamento a fim 
de facilitar e garantir as transações comerciais, bem como de reduzir os riscos do 
negócio (LENZA, 2018).
Modalidades de pagamento internacionais2
Pagamento antecipado (cash in advance)
É a modalidade de pagamento em que o importador remete previamente o 
valor da transação e, em seguida, o exportador providencia a exportação da 
mercadoria e o envio da respectiva documentação. Do ponto de vista cambial, 
o exportador deve providenciar, obrigatoriamente, o contrato de câmbio, 
antes do embarque, junto a um banco. Por meio desse contrato, ele receberá 
reais em troca da moeda estrangeira, cuja conversão é defi nida pela taxa de 
câmbio vigente no dia. Essa modalidade de pagamento não é muito frequente, 
pois coloca o importador na dependência do exportador. Em outras palavras, 
essa modalidade de pagamento gera um risco mínimo para o exportador, 
porém resulta em um risco elevado para o importador (APRENDENDO 
A EXPORTAR, [2020]). Na Figura 1, a seguir, veja um esquema do pagamento 
antecipado.
Figura 1. Fluxograma do pagamento antecipado.
Fonte: Lenza (2018, documento on-line).
3Modalidades de pagamento internacionais
Nas transações internacionais, a taxa de câmbio deve ser analisada, visto que ela vai 
interferir nas transações realizadas.Remessa direta ou remessa sem saque (open account)
Nessa modalidade, o importador recebe diretamente do exportador os docu-
mentos de embarque (sem o saque), promove o desembaraço da mercadoria 
na alfândega e, posteriormente, providencia a remessa da quantia diretamente 
para o exportador. Entretanto, essa modalidade de pagamento é de alto risco 
para o exportador, uma vez que, em caso de inadimplência, não há nenhum 
título de crédito que lhe garanta a possibilidade de protesto e início de ação 
judicial. Mas, quando existe confi ança entre o comprador e o vendedor, a 
modalidade possui algumas vantagens, entre as quais: agilidade na tramita-
ção de documentos e isenção ou redução de despesas bancárias. Em outras 
palavras, essa modalidade de pagamento gera um risco mínimo para o impor-
tador, porém resulta em um risco elevado para o exportador (APRENDENDO 
A EXPORTAR, [2020]).
Cobrança documentária
É caracterizada pelo manuseio de documentos por bancos intervenientes, que 
são meros cobradores internacionais de uma operação de exportação cuja 
transação foi fechada diretamente entre o exportador e o importador. Assim, 
não cabe aos bancos a responsabilidade quanto ao resultado da cobrança 
documentária. Nesse sentido, o exportador embarca a mercadoria e remete os 
documentos de embarque a um banco, que os remete para outro banco, na praça 
do importador, a fi m de que sejam apresentados para pagamento (cobrança 
à vista) ou para aceite e posterior pagamento (cobrança a prazo). Para que o 
importador possa desembaraçar a mercadoria na alfândega, ele necessita ter 
em mãos os documentos apresentados para cobrança. Portanto, após retirar 
os documentos do banco, pagando à vista ou aceitando a taxa cambial para 
posterior pagamento (assina, manifestando concordância), o importador está 
apto a liberar a mercadoria (APRENDENDO A EXPORTAR, [2020]).
Modalidades de pagamento internacionais4
Essa modalidade é disciplinada pela Publicação 522 da Câmara de Comércio 
Internacional (CCI). Nela, o exportador realiza o embarque da mercadoria e 
confia os documentos a um banco para que ele providencie a cobrança junto ao 
importador (DEL CARPIO, 2012). Para compreender melhor, observe a Figura 2.
Figura 2. Fluxograma da cobrança documentária.
Fonte: Lenza (2018, documento on-line).
Carta de crédito (letter of credit)
Também conhecida como “crédito documentário” (documentary credit), é a 
modalidade de pagamento mais difundida no comércio internacional, pois 
oferece maiores garantias, tanto para o exportador como para o importador. 
Trata-se de um instrumento emitido por um banco (o banco emitente) a pedido 
de um cliente (o tomador do crédito). Em conformidade com as instruções 
do cliente, o banco compromete-se a efetuar um pagamento a um terceiro 
(o benefi ciário) em resposta à entrega de documentos estipulados, desde que 
os termos e condições do crédito sejam cumpridos.
5Modalidades de pagamento internacionais
Por “termos e condições do crédito” entende-se a concretização da ope-
ração de acordo com o combinado, especialmente no que diz respeito aos 
seguintes itens: valor do crédito, beneficiário e endereço, prazo de validade 
para embarque da mercadoria, prazo de validade para negociação do crédito, 
portos de embarque e de destino, discriminação da mercadoria, quantidades, 
embalagens, permissão ou não para embarques parciais e para transbordo, 
conhecimento de embarque, faturas, certificados, etc.
Vale ressaltar que a carta de crédito é uma ordem de pagamento condi-
cionada, ou seja, o exportador só terá direito ao recebimento do pagamento 
se atender a todas as exigências convencionadas por ela (APRENDENDO 
A EXPORTAR, [2020]). Essa modalidade de pagamento é regida pela Publi-
cação 600 de 2007 (UCP 600), a qual é interpretada pela Publicação 745 de 
2013, ambas da CCI.
A carta de crédito é a modalidade de pagamento mais difundida entre exportadores 
e importadores, pois apresenta maior garantia.
De modo geral, os modelos variam de acordo com a participação ou não 
dos agentes financeiros, com os níveis de risco assumidos ou garantidos por 
terceiros e ainda em razão dos prazos convencionados pelas partes. Existem 
diversos riscos em uma transação internacional, os quais devem ser conside-
rados pelas partes antes da celebração do negócio. São eles:
  riscos financeiros;
  riscos políticos;
  riscos relativos à entrega.
Tais riscos impactam exportador e/ou importador, podendo interferir ne-
gativamente na relação custo–benefício (LENZA, 2018).
Modalidades de pagamento internacionais6
2 O papel dos banqueiros internacionais
Como você pôde observar, a concretização de uma transação comercial precisa 
ter certa garantia, da mesma forma que conta com a participação de alguns 
intervenientes. Nesse contexto, os banqueiros internacionais exercem papel 
importante para que tal garantia seja efetivada.
Antes de você conhecer melhor os banqueiros internacionais, é importante 
ter em mente o que é um banqueiro. “Banqueiro” é o termo que designa o dono 
de um banco (podendo ele ser diretor, proprietário ou sócio). Por sua vez, os 
bancos são empresas que possuem alto volume de capital e, dessa forma, giram 
em torno de uma atividade restrita a uma parcela bem pequena da população. 
Em síntese, os banqueiros são pessoas responsáveis por empresas que fazem o 
gerenciamento de recursos financeiros e são grandes acumuladores de riqueza 
(MAIS RETORNO, [2020]). No caso da carta de crédito, por exemplo, o banco 
a emite depois de avaliar a capacidade de pagamento do comprador.
Como você viu, em praticamente todas as modalidades de pagamento 
internacionais, existe a presença de bancos/banqueiros. Então, um banqueiro 
internacional pode determinar um método de pagamento aceitável para cada 
transação específica, de modo a reduzir os riscos. Os banqueiros podem ser 
consultados para verificarem a política bancária, visto que ela varia em relação 
às transferências eletrônicas, por exemplo. Os banqueiros internacionais, além 
disso, podem oferecer outras sugestões para ajudar quando se trabalha com 
a carta de crédito. O banqueiro internacional tem o papel de verificar, por 
exemplo, se há tempo hábil para a apresentação dos documentos necessários 
para o pagamento das mercadorias. Por fim, os banqueiros internacionais 
podem oferecer conselhos sobre os riscos cambiais que existem em determi-
nada transação comercial.
Imagine, por exemplo, que o comprador necessite efetuar o pagamento em 
moeda estrangeira. Nessa situação, antes de negociar o contrato de venda, ele 
pode consultar um banqueiro internacional para verificar se terá prejuízos.
Nas transações internacionais, o câmbio é um elemento a ser considerado.
7Modalidades de pagamento internacionais
3 Cartas e seguro de crédito
A carta de crédito é uma das modalidades de pagamento mais utilizadas pelo 
comércio internacional. Isso ocorre porque ela oferece maiores garantias, 
tanto para o exportador quanto para o importador. A seguir, você vai estudar 
a utilização de cartas de crédito e seguro de crédito nas transações interna-
cionais. Contudo, primeiramente é preciso destacar a diferença entre carta de 
crédito e seguro de crédito.
A carta de crédito é solicitada pelo exportador ao importador no exterior 
como garantia de um possível inadimplemento, e o custo é pago pelo im-
portador. Já o seguro de crédito é contratado pelo exportador (segurado da 
apólice), que paga o prêmio e solicita cobertura aos seus importadores. Caso 
a seguradora conceda a cobertura, ele não necessita mais solicitar a carta de 
crédito para seus clientes (importadores). Apesar de, no caso do seguro, o custo 
ser pago pelo segurado, este fica com maior flexibilidade para vender, pois 
não necessita esperar que o importador consiga a carta de crédito. No caso 
do seguro de crédito, o exportador pode vender o valor que desejar — desde 
que a seguradora aprove tal valor — e não depende do valor de uma carta 
de crédito que um terceiro lhe concede. Dependendodo caso, o segurado 
consegue repassar o custo do seguro no preço da mercadoria vendida ao 
importador (SOUSA, 2017).
No que tange à carta de crédito, Lenza (2018) menciona que pelo menos 
quatro partes participam diretamente dos procedimentos: o tomador do crédito, 
o banco emitente, o banco avisador e o beneficiário, sem prejuízo da intervenção 
de outros agentes, minuciosamente descritos pelas regras. Para Lenza (2018), na 
carta de crédito devem constar valor, beneficiário (exportador), documentação 
exigida, prazo, locais de embarque e de destino, descrição das mercadorias, 
quantidades negociadas e outros dados referentes à operação de exportação.
O seguro de crédito, por sua vez, é uma proteção contra a inadimplência de 
vendas a prazo. O seguro de crédito garante indenização à empresa segurada 
(credor) que não receber os créditos concedidos a seus clientes (devedores). 
Ele pode ser contratado para vendas a prazo no mercado interno e para opera-
ções financiadas de exportação. O segurado e a seguradora se comprometem 
a manter sigilo sobre as informações referentes ao seguro de crédito. Por sua 
vez, o devedor não pode ter conhecimento da existência da apólice, pois isso 
poderia prejudicar totalmente os negócios em caso de má-fé por parte de 
alguns clientes (TUDO SOBRE SEGUROS, [2020]).
O Seguro de Crédito à Exportação (SCE) garante ao exportador a indeni-
zação por perdas líquidas definitivas em consequência do não recebimento 
Modalidades de pagamento internacionais8
de crédito concedido a cliente no exterior. Adicionalmente, o SCE funciona 
como instrumento de prevenção, como incentivo para prospecção de novos 
clientes e novos mercados e ainda como ferramenta de cobrança. Entre as 
garantias vinculadas às vendas externas, essa modalidade é a que apresenta 
o menor custo (APRENDENDO A EXPORTAR, [2020]).
O SCE voltado às Micro, Pequenas e Médias Empresas (MPMEs) foi criado para aumentar 
a participação desse segmento nas exportações brasileiras. Embora representem 75% 
de todas as empresas exportadoras, as MPMEs responderam por menos de 6% do total 
exportado pelo Brasil em 2015, segundo dados do Ministério da Indústria, Comércio 
Exterior e Serviços (MDIC). Para saber mais, acesse o link a seguir.
https://qrgo.page.link/UzgjB
Na medida em que o SCE pode ser aceito como garantia pelas instituições 
financeiras, ele facilita o acesso a financiamentos como o Adiantamento sobre 
Cambiais Entregues (ACE), o BNDES/Exim e o Programa de Financiamento 
às Exportações (Proex). Além disso, o SCE não compromete as outras opções 
de garantia disponíveis ao tomador do financiamento, de modo que elas podem 
ser utilizadas para outras finalidades. O SCE tem por objetivo a cobertura 
contra os riscos comerciais, políticos e extraordinários a que estão sujeitas 
as transações comerciais e financeiras vinculadas às exportações. Ele pode 
ser contratado pelo exportador ou pela instituição financeira que amparar a 
exportação de bens e serviços.
As garantias de crédito às exportações brasileiras são concedidas pela 
União, na forma do SCE, com lastro no Fundo de Garantia à Exportação (FGE). 
A responsabilidade pela emissão dos certificados de garantia de crédito e pelos 
resultados do FGE recai sobre o Ministério da Economia. O exportador deve 
submeter sua operação à análise da Agência Brasileira Gestora de Fundos Garan-
tidores e Garantias S.A. (ABGF), empresa habilitada a operar o SCE, contratada 
pelo Ministério da Fazenda para assessorá-lo na condução do SCE/FGE.
Quando está em jogo o seguro de crédito, é imprescindível considerar as 
linhas de financiamento, tais como o Adiantamento sobre Contrato de Câmbio 
(ACC) e o ACE. O primeiro se refere a um financiamento realizado na fase 
9Modalidades de pagamento internacionais
de produção ou pré-embarque, em que o exportador deve procurar um banco 
comercial autorizado a operar em câmbio. Já o segundo é um mecanismo 
similar ao ACC, porém contratado na fase de comercialização ou pós-embarque.
Em linhas gerais, o ACC é uma antecipação de recursos em moeda nacional 
(reais) ao exportador por conta de uma exportação a ser realizada no futuro. 
Já o ACE é uma antecipação de recursos em moeda nacional ao exportador 
realizada após o embarque da mercadoria para o exterior.
A ABGF é a empresa responsável pelas análises relacionadas ao SCE. Para saber mais, 
acesse o link a seguir.
https://qrgo.page.link/5bexM
APRENDENDO A EXPORTAR. Modalidades de pagamento. [2020]. Disponível em: http://
www.aprendendoaexportar.gov.br/index.php/negociando-com-importador/moda-
lidades-de-pagamento. Acesso em: 16 jan. 2020.
DEL CARPIO, R. F. V. Cobranças documentárias e URC 522 da CCI. 4. ed. São Paulo: Adu-
aneiras, 2012.
LENZA, P. (coord.). Comércio internacional e legislação aduaneira: esquematizado. 5. ed. 
São Paulo: Saraiva, 2018.
MAIS RETORNO. Banqueiro. [2020]. Disponível em: https://maisretorno.com/blog/
termos/b/banqueiro. Acesso em: 16 jan. 2020.
MANFRÉ, M. Manual de gestão do comércio internacional: fundamentos, estratégia e 
ações. Brasília, DF: Clube de Autores, 2009.
MENDES, Z.; FERREIRA, G. T. C. Negócios internacionais e suas aplicações no Brasil. 2. ed. 
São Paulo: Almedina, 2013.
SOUSA, L. Com alta da inadimplência, empresas devem proteger seus recebíveis. Revista 
Apólice, v. 224, ago. 2017. Disponível em: https://www.revistaapolice.com.br/2017/10/
inadimplencia-empresas-recebiveis. Acesso em: 16 jan. 2020.
TUDO SOBRE SEGUROS. O que é: crédito. [2020]. Disponível em: https://www.tudoso-
breseguros.org.br/informacoes-basicas-15/. Acesso em: 16 jan. 2020.
Modalidades de pagamento internacionais10
Os links para sites da Web fornecidos neste capítulo foram todos testados, e seu fun-
cionamento foi comprovado no momento da publicação do material. No entanto, a 
rede é extremamente dinâmica; suas páginas estão constantemente mudando de 
local e conteúdo. Assim, os editores declaram não ter qualquer responsabilidade 
sobre qualidade, precisão ou integralidade das informações referidas em tais links.
11Modalidades de pagamento internacionais
Dica do professor
Sabendo que as modalidades de pagamento são escolhidas de acordo com a situação e a 
mercadoria, os importadores e exportadores devem se atentar aos riscos envolvidos nessas 
transações. Caso não se tenha tal cuidado, os custos podem ser maiores do que os benefícios 
almejados.
Nesta Dica do Professor, você vai conhecer as modalidades de pagamento mais utilizadas no 
comércio exterior, com destaque para os riscos presentes, tanto para o importador quanto para o 
exportador.
 
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/05307f56b1278cac7b692a65efe0951f
Exercícios
1) Modalidade de pagamento em que o banco emitente, por instruções de seu cliente (o 
tomador do crédito), compromete-se a efetuar um pagamento a terceiro (o beneficiário), 
desde que os termos e as condições do contrato de crédito sejam cumpridos. 
Essa modalidade é:
A) cobrança documentária.
B) seguro de crédito.
C) carta de crédito.
D) pagamento antecipado.
E) remessa sem saque.
2) As modalidades de pagamento internacionais podem ser caracterizadas pelas fases que 
passam e que podem envolver determinados intervenientes e outras, não. 
Assinale a alternativa que apresenta a modalidade de pagamento que possui as seguintes 
etapas: embarque – documentos – desembarque – pagamento – ordem de pagamento – 
pagamento.
A) Carta de crédito.
B) Pagamento antecipado.
C) Cartão de crédito.
D) Cobrança documentária.
E) Remessa sem saque.
O Seguro de Crédito à Exportação (SCE) é a cobertura da União para as exportações 
nacionais contra riscos comerciais, políticos e extraordinários, com lastro no Fundo de 
Garantia à Exportação (FGE). 
3) 
Nesse sentido, assinale a alternativa que descreva corretamente o objetivo de tal 
financiamento.
A) Este seguro pode cobrir financiamentoconcedido por qualquer banco, público ou privado, 
brasileiro ou estrangeiro, a exportações brasileiras, sem pré-restrições de bens ou serviços ou 
quanto ao país do importador.
B) Este seguro pode cobrir financiamento concedido por banco público, brasileiro ou 
estrangeiro, a exportações brasileiras, sem pré-restrições de bens ou serviços ou quanto ao 
país do importador.
C) Este seguro pode cobrir financiamento concedido por qualquer banco, público ou privado, 
brasileiro, a exportações brasileiras, sem pré-restrições de bens ou serviços ou quanto ao país 
do importador.
D) Este seguro pode cobrir financiamento concedido por qualquer banco, público ou privado, 
brasileiro ou estrangeiro, a exportações brasileiras, com pré-restrições de bens ou serviços ou 
quanto ao país do importador.
E) Este seguro pode cobrir financiamento concedido por qualquer banco, público ou privado, 
brasileiro ou estrangeiro, a exportações brasileiras, sem pré-restrições de bens ou serviços ou 
quanto ao país do exportador.
4) O pagamento pode ser à vista ou a prazo, conforme negociado. Na cobrança à vista, a 
mercadoria só pode ser retirada pelo importador após o pagamento da dívida ao banco 
deste. Então, receberá os documentos para efetuar os procedimentos aduaneiros, ou CAD: 
cash against documents. No caso da cobrança a prazo, o importador só retira os documentos 
no banco se "aceitar", ou seja, assinar, manifestando concordância, a cambial que lhe será 
apresentada para pagamento na época oportuna. Após, poderá efetuar os procedimentos de 
desembaraço aduaneiro. 
O trecho acima se refere a:
A) carta de crédito.
B) pagamento antecipado.
C) operação de câmbio.
D) cobrança documentária.
E) remessa sem saque.
5) No Brasil, existem alguns incentivos às exportações para as empresas. O Governo Federal 
possui um programa de apoio às exportações brasileiras de bens e serviços, viabilizando 
financiamento em condições equivalentes às praticadas no mercado internacional. 
Que programa é esse?
A) Siscomex.
B) Proex.
C) Finisa.
D) Camex.
E) Secex.
Na prática
Algumas empresas brasileiras têm se utilizado do seguro de crédito à exportação (SCE) a fim de se 
precaverem dos riscos contidos no comércio internacional. Entre esses riscos, o não pagamento 
pelo importador e os riscos do governo do país importador, o que pode resultar no não 
recebimento das mercadorias que foram vendidas.
Conheça, Na Prática, a história de Josefa Pereira, empresária que está preocupada com a segurança 
das transações internacionais que realiza.
Aponte a câmera para o 
código e acesse o link do 
conteúdo ou clique no 
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Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:
Tecnologia blockchain deve impulsionar o comércio exterior
Este artigo trata da tecnologia blockchain, que visa a facilitar o fluxo das transações entre parceiros 
comerciais de diferentes nacionalidades, assim como alavancar os negócios.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
Programa de Financiamento às Exportações – Proex
O Programa de Financiamento às Exportações (Proex) é um programa do Governo Federal de apoio 
às exportações brasileiras de bens e serviços, viabilizando financiamento em condições 
equivalentes às praticadas no mercado internacional.
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Câmbio na exportação
Neste vídeo, você vai ver uma abordagem do funcionamento do câmbio no processo de 
exportação.
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https://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/artigos/tecnologia-blockchain-deve-impulsionar-o-comercio-exterior-7g4d4v2p9a6lu4h5zpuqcbvfd/
https://www.gov.br/produtividade-e-comercio-exterior/pt-br/assuntos/camex/financiamento-ao-comercio-exterior/proex
https://www.youtube.com/embed/RbN7CAylvrE

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