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Libras
Aula 03
Legislação e filosofias educacionais
Objetivos Específicos
• Apresentar a legislação brasileira na qual se refere aos aspectos relacionados 
à Libras e ao indivíduo surdo e as filosofias educacionais para surdos.
Temas
Introdução
1 Política nacional para surdos 
2 Filosofias educacionais
Considerações finais
Referências
Eduardo Pereira Silva 
Fábio de Sá e Silva 
Lilian Vania de Abreu Silva Olah 
Naiane Caroline Silva Olah
Professores
Senac São Paulo - Todos os Direitos Reservados
Libras
2
Introdução
As questões relacionadas aos surdos são regulamentadas por diversas leis. Apresentamos 
a legislação como um importante material de consulta e de esclarecimento.
Apresentamos também as filosofias educacionais para surdos utilizadas durante a 
história da educação de surdos no Brasil e no mundo. É importante ressaltar que algumas das 
filosofias educacionais a serem apresentadas não são mais usuais atualmente.
1 Política nacional para surdos 
Decreto n° 3298/99 (Regulamento Lei 7853, de 24 de outubro de 1989) 
Dispõe sobre a Política Nacional para a Integração da Pessoa com Deficiência, consolida 
as normas de proteção e dá outras providências. 
Direitos dos surdos - acessibilidade 
Lei Federal n° 10.098 de 19 de novembro de 2000 
“Estabelece Normas Gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade 
das Pessoas Portadoras de Deficiências ou com mobilidade reduzida, e dá outras 
providências”. Capítulo VII da acessibilidade nos sistemas de comunicação e sinalização 
Art.17 a 19 (Surdos) 
Lei Libras
Lei 10.436, de 24 de abril de 2002. Dispõe sobre a Libras e oficializa como segunda língua 
oficial do Brasil.
Escola
Decreto nº 5.626, de 22 de dezembro de 2005.
Regulamenta a Lei no 10.436, de 24 de abril de 2002, que dispõe sobre a Língua Brasileira 
de Sinais - Libras, e o art. 18 da Lei no 10.098, de 19 de dezembro de 2000.
Capítulo II
Da inclusão da Libras como disciplina curricular
Art. 3º a Libras deve ser inserida como disciplina curricular obrigatória nos cursos de 
formação de professores para o exercício do magistério, em nível médio e superior, e nos 
cursos de Fonoaudiologia, de instituições de ensino, públicas e privadas, do sistema federal 
de ensino e dos sistemas de ensino dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
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Libras
3
Lei Federal n° 10.172 de 9 de janeiro de 2001
Aprova o Plano Nacional de Educação e dá outras providências (Educação Especial- 
Implantar em 5 (cinco), generalizar em 10 (dez) anos o ensino de Língua Brasileira de Sinais 
para os alunos Surdos e, sempre que possível, para seus familiares e para o pessoal da Unidade 
Escolar, mediante um programa de formação de monitores, em parceria com organizações 
não governamentais). 
Surdez 
Decreto n° 3.298 de 20 de dezembro de 1999 
Art. 4º. é considerada Pessoa Portadora de Deficiência aquela que se enquadrar nas 
seguintes categorias: 
a. De 25 a 40 decibéis (Db) - Surdez Leve; 
b. De 41 a 55 (Db) - Surdez Moderada; 
c. De 56 a 70 (Db) - Surdez Acentuada;
d. De 71 a 91 (Db) - Surdez Severa; 
e. Acima de 91 (Db) -Surdez Profunda
f. Anacusia (profunda) 
Telefone 
Decreto n° 2.592 de 15 de maio de 1998 - Plano Geral de Metas para a Universalização 
do Serviço telefônico fixo comutado prestado no regime público. 
Art. 60 - a partir de 31 de dezembro de 1999. 
A Concessionária deverá assegurar condições de acesso ao serviço telefônico para 
Deficientes Auditivos e da fala: Tornar disponível o Centro de atendimento para Intermediação 
da Comunicação (1402) 
TV Libras
Tribunal Superior-TSE
Resolução TSE n° 14.550 de 1 de setembro de 1994 
Dispõe sobre a obrigatoriedade de utilização de intérpretes de Libras na Propaganda 
Eleitoral Gratuita na TV.
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Tv - Legenda em Português 
Lei Federal n° 6.606 de 7 de dezembro de 1978 – o Art.1 o. dispõe sobre a obrigatoriedade 
das emissoras de televisão em todo o país a incluir em sua programação semanal, 
preferencialmente aos sábados, pelo menos um filme legendado em português.
Diretrizes para a educação de surdos
Decreto n° 5.626 de dezembro de 2005 – Essa lei apresenta as diretrizes para a 
educação de surdos e inclusão da Libras como disciplina curricular obrigatória em alguns 
cursos superiores e como disciplina curricular optativa para demais cursos. A lei regulamenta 
também a respeito da formação do professor de Libras e do instrutor de Libras. E também a 
formação do tradutor intérprete de Libras.
Na videoaula, veremos que se destacam entre essas leis a lei 10.436 e o decreto 5.626, 
por oficializarem direitos essenciais aos surdos enquanto cidadãos: sua língua e educação.
2 Filosofias educacionais
A seguir, apresentaremos as filosofias educacionais que permeam a história da educação 
de surdos.
Oralismo
A principal meta da filosofia oralista é a integração do surdo no mundo ouvinte. Para os 
adeptos dessa filosofia, a linguagem só pode ser desenvolvida através da língua oral. A língua 
oral deve ser a única forma de comunicação dos surdos. 
O oralismo vê a surdez como uma deficiência, que deve se minimizada através da 
estimulação auditiva. Com esta estimulação a criança aprende a língua portuguesa e, assim, 
se integra na comunidade ouvinte e desenvolve uma identidade ouvinte. 
O oralismo, então, objetiva a reabilitação da criança surda, tentando aproximá-la da 
normalidade. Utiliza várias metodologias sendo as mais importantes: Polack (unissensorial), 
Perdoncini e verbo-tonal (multissensorial). 
A metodologia de Polack é chamada unissensorial porque se utiliza apenas do estímulo 
auditivo no trabalho com surdos, ou seja, o surdo não tem nenhuma outra pista, que não 
o auditivo para entender o enunciado. O terapeuta coloca uma barreira, folha de papel ou 
outro objeto, na frente de seu rosto e diz o enunciado, e o surdo não tem pista visual do que 
lhe é dito. 
As metodologias Perdoncini e verbo-tonal são chamadas multissensoriais, porque, além 
do estímulo auditivo, o surdo tem acesso às pistas visuais, como expressão facial, corporal, 
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mímica e até gestos (não é língua de sinais), visando à comunicação. 
Essas metodologias unissensorial e multissensorial se baseiam em pressupostos teóricos 
diferentes, mas possuem o mesmo objetivo: a oralização do surdo e a rejeição à língua de 
sinais. Nessa filosofia, o envolvimento da família é de suma importância, em que os pais 
devem atuar como “terapeutas da fala” da criança, em casa. 
O surdo, aqui, é visto no que lhe falta, ele é um corpo danificado que precisa ser 
recuperado. O surdo deve ser transformado em ouvinte ou “quase ouvinte”. A maioria dos 
seguidores do oralismo não considera a língua de sinais como língua. 
A literatura comprova que somente uma pequena parte dos surdos consegue dominar 
razoavelmente o português. 
Comunicação total
Na década de 1960, com a insatisfação dos resultados obtidos no oralismo, foram feitas 
muitas pesquisas nos Estados Unidos, comparando filhos surdos de pais ouvintes e filhos 
surdos com pais surdos. Os filhos surdos de pais surdos eram expostos à língua de sinais 
desde pequenos e depois colocados em escolas oralistas. Percebeu-se que eles tinham 
melhor desempenho que os filhos surdos de pais ouvintes. 
Em 1960, estudos comprovaram que a língua de sinais tinha valor linguístico semelhante 
às línguas orais. A partir desses estudos e do descontentamento com o desenvolvimento das 
crianças surdas através do método oral começou e se pensar numa nova filosofia. 
O importante na comunicação total é o estabelecimentode uma comunicação efetiva 
entre o surdo e o mundo que o cerca. Para isso utiliza-se de recursos auditivos, visuais, 
manuais e orais, qualquer recurso que funcione na interação entre o falante e o surdo. 
Os profissionais da comunicação total percebem a surdez como uma marca que afeta as 
relações sociais, desenvolvimento cognitivo e afetivo do surdo.
A comunicação total privilegia a comunicação e a interação e não apenas uma língua. 
Então ela se utiliza de vários recursos como a datilologia, o “cued-speech”1 , português 
sinalizado, léxico da língua de sinais na estrutura do português e também sinais inventados 
e o pidgin2.
Todos esses códigos manuais-visuais são utilizados concomitantemente à língua 
oral, sendo essa forma de comunicação chamada bimodalismo. Há, ainda, o trabalho de 
estimulação auditiva e de oralização, porém não é o principal objetivo e sim um dos meios 
1 Sistema de comunicação utilizado com e entre surdos ou pessoas com deficiência auditiva. É baseado em fonemas e possibilita que as línguas 
faladas tradicionalmente sejam acessíveis por meio de um pequeno número de configurações de mãos (representando consoantes) utilizados 
em locais diferentes da face e próximo da boca (representando vogais).
2 Linguagem simplificada que se desenvolve como um meio de comunicação entre dois ou mais grupos que não têm um idioma em comum.
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para se conseguir a comunicação com o surdo. Nesse caso, a criança não é discriminada por 
não conseguir dominar a oralidade e nem por usar sinais. Entretanto, o que aconteceu na 
realidade foi que a oralidade continuou sendo o principal objetivo dos profissionais. 
Essa filosofia melhorou o desenvolvimento do surdo, mas não contemplou todos os 
problemas que aconteciam no oralismo. 
Bilinguismo 
O primeiro país a implantar o bilinguismo foi a Suécia, onde a língua de sinais, após a 
realização de pesquisas aprofundadas, obteve o status de língua.
Os surdos começaram, então, a se organizar e a exigir o reconhecimento da Língua de 
Sinais como língua e sua utilização na educação. 
O pressuposto básico desta filosofia é que o surdo deve ser bilíngue, isto quer dizer que 
a língua de sinais será sua primeira, pois é a língua natural dos surdos, e a língua oficial do 
seu país como segunda língua. 
O conceito mais importante que a filosofia bilíngue traz é de que os surdos formam 
uma comunidade, com cultura e língua próprias. A noção de que o surdo deve, a todo 
custo, tentar aprender a modalidade oral da língua para poder se aproximar o máximo 
possível do padrão da normalidade é rejeitada por esta filosofia. Isto não significa 
que a aprendizagem da língua oral não seja importante para o surdo, ao contrário, 
este aprendizado é bastante desejado mas não é percebido como o único objetivo 
educacional do surdo nem como uma possibilidade de minimizar as diferenças 
causadas pela surdez. (GOLDFELD, 39, 1997)
O bilinguismo busca conhecer os aspectos linguísticos, culturais, a forma de pensar e de 
agir dos surdos, não apenas os aspectos biológicos da surdez. 
No entanto, há divergências na aplicação do bilinguismo, destacando-se duas 
vertentes: uma que acredita que o surdo deve adquirir a língua de sinais e a língua oral 
concomitantemente, e depois ser alfabetizado na língua escrita. A outra acredita que o surdo 
deve primeiro aprender a língua de sinais e depois aprender a modalidade escrita da língua 
de seu país, sendo que a oralidade só será trabalhada se o surdo optar por isso. 
A aquisição da língua de sinais deve ser na interação com surdos adultos que dominem 
a língua. Os pais também devem aprendê-la. 
A língua oral, apesar de ser desejada pela família do surdo, seria a segunda língua dele, 
pois não é adquirida naturalmente, e sim através de técnicas específicas. É um aprendizado 
lento, pois necessita da audição para isso. Dessa forma, será sempre uma língua estranha 
para o surdo, nunca natural, pois o surdo não tem como monitorar a sua fala. 
Sendo assim, a língua de sinais é a única que pode promover o desenvolvimento global 
do surdo de maneira compatível com o ouvinte.
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Considerações finais
Nesta unidade pudemos perceber o quanto questões relacionadas à uma minoria 
linguística, que são os surdos, envolvem política e cidadania. As leis regulam os direitos da 
pessoa surda, bem como a formação dos profissionais responsáveis por sua educação e 
difusão da língua de sinais. Porém sabemos que a legislação não assegura o cumprimento de 
suas disposições e muito menos fiscaliza a garantia dos direitos por ela estabelecidos. Nesse 
ponto, nosso sistema político e social tem muito a se desenvolver.
Vimos ainda nessa unidade as tentativas de se encontrar um meio pelo qual os surdos 
recebessem educação como um todo. Infelizmente muitos traumas e conflitos foram gerados 
a partir desse processo. Algumas filosofias educacionais muitas vezes foram estabelecidas 
como oficiais para que fosse beneficiada apenas a parcela ouvinte e maioritária da sociedade, 
excluindo muitas vezes o fator identitário e humano do sujeito surdo. Dentre as filosofias 
citadas nesse texto, podemos citar o bilinguismo como o mais completo meio encontrado até 
agora de estabelecer as condições para um aprendizado eficaz. 
Percebemos que o bilinguismo trata muito mais do que a questão da língua, trata também 
a questão da identidade, do biculturalismo, do ser surdo, da questão visual, dos aspectos 
globais e positivos do surdo, porque vê o sujeito.
Referências
KLIMA, E. & U. Bellugi (1979). The Signs of Language. Cambridge, Mass: Harvard University 
Press. 
LABORIT, E. O Voo da Gaivota, 1994. Ed. Best Seller.
LIDDELL, S. (2003). Grammar, Gesture, and Meaning in American Sign Language. Cambridge: 
Cambridge University Press. 
MORAL, S. Quebrando o silêncio. 2005. Ed. Ottoni.
QUADROS, R. M. (1997). Aspectos da sintaxe e da aquisição da Língua Brasileira de Sinais. 
Letras de Hoje, 32(4): 125-146. 
SALLES, H.[et al.] Ensino de Língua Portuguesa para Surdos. Vol. 1, 2004. MEC.
SKILIAR, C. A surdez um olhar sobre as diferenças. 1998. Ed. Mediação
STRNADOVÁ, V. Como é ser surdo. 2000. Ed. Babel
WILCOX, S. & P.Wilcox (1997). Learning to See. Washington, D.C.: Gallaudet University Press.
	Introdução
	1 Política nacional para surdos 
	2 Filosofias educacionais
	Considerações finais
	Referências

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