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30/08/2023, 21:32 Gestão da Produção https://codely-fmu-content.s3.amazonaws.com/Moodle/EAD/Conteudo/ENG_GEPROD_19/unidade_4/ebook/index.html 1/21 GESTÃO DA PRODUÇÃO UNIDADE 4 - JUST-IN-TIME E A GESTA� O DE PRODUÇA� O Marcelo Telles de Menezes 30/08/2023, 21:32 Gestão da Produção https://codely-fmu-content.s3.amazonaws.com/Moodle/EAD/Conteudo/ENG_GEPROD_19/unidade_4/ebook/index.html 2/21 30/08/2023, 21:32 Gestão da Produção https://codely-fmu-content.s3.amazonaws.com/Moodle/EAD/Conteudo/ENG_GEPROD_19/unidade_4/ebook/index.html 3/21 Introdução Uma das preocupações principais na Gestão da Produção é a melhoria do processo produtivo, que deve ser constante. Por isso, é importante saber como mapear os processos e identi�icar aquilo que agrega valor para o cliente, contando principalmente com a referência dos oito desperdı́cios da produção enxuta. No entanto, você sabe como gerenciar a produção tendo em vista a produção enxuta? Para responder a essa questão, nesta unidade você estudará o Just-In-Time (JIT), um método de planejamento e controle da produção, utilizado para se produzir de forma puxada e com estoques mı́nimos. O foco desse método é justamente evitar os desperdı́cios, produzindo somente aquilo que é necessário, sem superprodução e sem estoques excessivos. Você sabe qual é a técnica utilizada para fazer o JIT funcionar? Produzir com nı́vel baixo de estoque, mudando toda a forma de pensar o produtivo é uma das formas de seu funcionamento. As linhas de produção devem ser balanceadas, os lotes pequenos e o tempo de setup o menor possı́vel. Mas, como fazer para reduzir os tempos de setup? E como fazer com que todas essas ferramentas da produção enxuta funcionem na busca de melhorias constantes no processo produtivo? Para esclarecer essas questões, convidamos você, aluno, a conhecer melhor a Produção Enxuta. Vamos lá? 4.1 Os pilares do JIT O Sistema Toyota de Produção foi desenvolvido ao longo de décadas, por meio de um processo de tentativa e erro, visando sua melhoria contı́nua. Ele nasceu da necessidade de se produzir carros de uma forma diferente do sistema de produção em massa da Ford, que era utilizado na época, mas não se encaixava nas caracterı́sticas especı́�icas do Japão pós-guerra. No �inal da década de 1970, quando os carros da Toyota começaram a se destacar no mercado automobilı́stico mundial, as demais empresas voltaram a atenção para o Japão, buscando entender o que a Toyota estava fazendo de diferente. O Sistema de Produção da Toyota passou a ser conhecido como Sistema Just-In-Time, para depois receber o nome pelo qual hoje é mais popular, o de Produção Enxuta. 4.1.1 O Just-In-Time Chamar o Sistema Toyota de Produção (STP) de Sistema Just-In-Time (JIT) é uma grande simpli�icação. Na verdade, o JIT é um dos pilares do STP, pois ele também tem como pilar o sistema de autonomação, que é a estratégia para se atingir a produção sem estoque. (SHINGO, 2007). Antes de de�inir o JIT, é importante entender a forma de produção que era adotada pela indústria automobilı́stica de produção em massa. O sistema Ford era caracterizado pela produção de grandes lotes, para a redução da perda de tempo com as trocas de setup das máquinas na linha de montagem. O objetivo era a redução dos custos por meio dos ganhos de escala. A produção, nesse caso, é empurrada, ou seja, a partir de uma previsão de demanda, faz-se um plano mensal de produção para que tanto as peças e subsistemas, como o produto �inal, sejam produzidos e estocados, resultando em nı́veis de estoque elevados. Clique nos itens para ver as principais diferenças entre o sistema Ford e o JIT. Grandes lotes • 30/08/2023, 21:32 Gestão da Produção https://codely-fmu-content.s3.amazonaws.com/Moodle/EAD/Conteudo/ENG_GEPROD_19/unidade_4/ebook/index.html 4/21 Tempo de setup elevado Produção empurrada Estoques elevados Segundo Liker (2007, p. 43), o Just-In-Time “é um conjunto de princı́pios, ferramentas e técnicas que permite que a empresa produza e entregue produtos em pequenas quantidades, com lead times curtos, para atender as necessidades especı́�icas do cliente”. O nome Just-In-Time, que em tradução livre signi�ica “no tempo certo”, indica justamente que se deve produzir os itens corretos, no momento certo e na quantidade exata. Para a implantação da produção enxuta, portanto, o mais importante primeiro é trabalhar na empresa a eliminação de desperdı́cios, uma vez que é justamente o combate ao desperdı́cio que é a base do JIT. (CHIAVENATO, 2014). 4.1.2 Produção puxada No JIT deve-se garantir que será produzido apenas o necessário. Para isso, a produção é puxada, o que signi�ica que um produto ou uma peça somente é produzido se a próxima etapa do processo produtivo solicitar. • • • 30/08/2023, 21:32 Gestão da Produção https://codely-fmu-content.s3.amazonaws.com/Moodle/EAD/Conteudo/ENG_GEPROD_19/unidade_4/ebook/index.html 5/21 Na abordagem da produção tradicional, que tem produção empurrada, um processo produz uma quantidade de componentes da forma mais produtiva e e�iciente possı́vel para um estoque intermediário para o próximo processo. O processo seguinte utiliza esse estoque para produzir e gerar estoque para o próximo processo, e assim por diante. Esses estoques isolam os processos, de modo que um problema em um processo não afeta a produção do processo seguinte. Quanto maior o estoque, maior a independência entre os processos. VOCÊ QUER VER? Logo no começo do �ilme Fome de Poder (2016), dirigido por John Lee Hancock, Ray Kroc �ica impressionado com o processo revolucionário de produção de hambúrguer dos irmãos McDonald. Essa produção é do tipo empurrada, pois os hambúrgueres prontos �icam em uma estufa aguardando o cliente. Interessante notar que eles aplicam várias técnicas da produção enxuta, eliminando tudo que não agrega valor para o cliente, principalmente a espera. Con�ira a produção completa em: <https://www.youtube.com/watch?v=M3n-EREET-I (https://www.youtube.com/watch?v=M3n-EREET-I)> https://www.youtube.com/watch?v=M3n-EREET-I 30/08/2023, 21:32 Gestão da Produção https://codely-fmu-content.s3.amazonaws.com/Moodle/EAD/Conteudo/ENG_GEPROD_19/unidade_4/ebook/index.html 6/21 Na �igura acima, temos, no modelo de produção puxada, o estágio C, que informa ao estágio B (processo anterior) que vai precisar de determinado componente para a produção do próximo lote. E o estágio B, que informa ao estágio A qual componente ele vai precisar para realizar a sua produção. A eliminação dos estoques entre os processos faz com que passe a existir dependência entre os processos. Assim, um problema no estágio A, logo vai afetar o B e depois o C. Esse problema, que na produção empurrada �icaria restrito a apenas um estágio, passa a ser, agora um problema de todos. Isso faz com que os operadores de todos os processos tenham que se unir para resolver o problema, aumentando as chances dele ser resolvido. No entanto, para ser possı́vel eliminar os estoques no JIP, outras ações são necessárias, veremos um pouco mais sobre elas nas próximas seções. 4.1.3 Lotes pequenos O tamanho do lote de produção também é outro aspecto que diferencia o JIT da abordagem tradicional. No JIT os lotes de produção devem ser pequenos, se possı́veis unitários, o que favorece o �luxo contı́nuo e a integração entres os processos. A primeira vantagem de se trabalhar com lotes pequenos é a redução do estoque cı́clico, que é a parcela do estoque mantida durante a colocação do pedido, que deve ser a metade do tamanho do lote. Outra vantagem é a redução do tempo de processamento de cada lote, pois lotes menores são processados de forma mais rápida, o que reduz o lead time de toda a produção. Figura 1 - A diferença da produção na abordagem tradicional (onde os estoques “isolam” os processos produtivos) e na abordagem do JIT (com a produção puxada). Fonte: SLACK; BRANDON-JONES; JOHNSTON, 2018, p. 563.30/08/2023, 21:32 Gestão da Produção https://codely-fmu-content.s3.amazonaws.com/Moodle/EAD/Conteudo/ENG_GEPROD_19/unidade_4/ebook/index.html 7/21 Isso resulta na redução do estoque em processo (work in progress – WIP), que é o estoque de itens aguardando processamento. (RITZMAN; KRAJEWSKI, 2004). No caso da ocorrência de algum defeito durante um processo, lotes menores resultarão em menos peças com risco de estarem com defeito para serem inspecionadas. E, �inalmente, lotes pequenos facilitam o balanceamento das linhas de produção, pois os programadores da produção podem utilizar as capacidades produtivas de cada processo de forma mais e�iciente. Contudo, trabalhar com lotes pequenos também tem suas desvantagens, sendo que a maior delas é a necessidade de trocas de ferramentas ou de setups de máquinas de forma mais frequente. Isso normalmente demanda um tempo de preparação, mas a produção enxuta tem uma técnica especı́�ica para reduzir esse tempo de preparação e possibilitar o trabalho com lotes pequenos, como vamos ver mais adiante. E� importante, por �im, ressaltar que a meta �inal do JIT é trabalhar com lotes de produção unitários. 4.1.4 Balanceamento da produção e relação com fornecedores O sistema JIT consegue ser mais e�iciente quanto maior for a uniformidade das cargas de trabalho em cada processo ou em cada estação de trabalho, ou seja, a linha precisa estar balanceada. Repare que o lote pequeno favorece o balanceamento da produção. Para estabelecer um �luxo contı́nuo e uma linha balanceada as estações de trabalho devem trabalhar em um ritmo de produção parecido. Esse ritmo de produção é calculado utilizando o tempo-takt, que você aprendeu a calcular quando estudou o Mapeamento do Fluxo de Valor. O nı́vel reduzido de estoque no JIT não é apenas entre as etapas de processo, mas também das matérias- primas, que devem ter embarques mais frequentes, menor prazo de entrega e boa qualidade. Para isso ser possı́vel, deve-se manter boas relações com os fornecedores. Normalmente são adotadas três ações para fazer com que a relação com os fornecedores seja a melhor possı́vel. Primeiro, a quantidade de fornecedores é reduzida, pois com poucos fornecedores é mais fácil manter um relacionamento mais estreito. Segundo, é preciso selecionar fornecedores locais, próximos às plantas produtivas ou estimulá-los a se instalarem próximos. E, terceiro, deve-se incentivar a adoção do JIT pelos fornecedores. Assim, toda a cadeia produtiva trabalhará com estoques mı́nimos. Esses elementos para implantação do JIT funcionam de forma interdependente. A produção puxada é facilitada por lotes pequenos, que favorece o balanceamento da linha, sendo que tudo é apoiado por uma boa relação com o fornecedor. Também é necessário implantar um sistema de comunicação entre os processos e possibilitar a troca rápida de setups, como veremos a seguir. 4.2 Kanban e a troca rápida de ferramentas Como vimos até aqui, a base da produção enxuta é a eliminação de desperdı́cios, e um dos pilares de sustentação do sistema produtivo é a �iloso�ia Just-In-Time. Em um primeiro momento pode parecer arriscado trabalhar com lotes pequenos ou, ainda pior, conceber a ideia de estoque zero, mas quando se conhece bem o sistema tudo �ica mais claro. 30/08/2023, 21:32 Gestão da Produção https://codely-fmu-content.s3.amazonaws.com/Moodle/EAD/Conteudo/ENG_GEPROD_19/unidade_4/ebook/index.html 8/21 Figura 2 - O nı́vel de água de um rio é uma analogia ao nı́vel de estoques na produção, quando os estoques estão baixos, as rochas, que são os problemas na operação, aparecem e atrapalham o navio, que é a produção. Fonte: SLACK; BRANDON-JONES; JOHNSTON, 2018, p. 564. 30/08/2023, 21:32 Gestão da Produção https://codely-fmu-content.s3.amazonaws.com/Moodle/EAD/Conteudo/ENG_GEPROD_19/unidade_4/ebook/index.html 9/21 Os estoques são um grande desperdı́cio que justamente escondem outros desperdı́cios. Trabalhar com lotes pequenos, com um sistema de produção puxada, com cargas de trabalho balanceadas e manter um bom relacionamento com os fornecedores, favorece a redução dos estoques e permite a produção diversi�icada. Para que o JIT possa funcionar, considerando as caracterı́sticas já apresentadas, duas ferramentas são essenciais, o Kanban e a Troca Rápida de Ferramentas. Por isso, vamos estudar, a partir daqui, sobre cada uma delas. 4.2.1 Kanban O controle da produção e movimentação de matérias no ambiente da �iloso�ia do JIT é realizado pelo Kanban, que em japonês signi�ica cartão ou registro visı́vel. Ele é utilizado para fazer a comunicação entre as etapas do processo, indicando a necessidade de matéria-prima ou produto em processo, que deve ser produzido e entregue em tempo hábil, para manter o �luxo produtivo. (LELIS, 2014). A inspiração para Taiichi Ohno criar o kanban surgiu durante uma visita a um supermercado no Estados Unidos. Ele reparou que as prateleiras nunca �icavam vazias, e que quando os produtos eram retirados pelo cliente, o repositor era responsável por repor os produtos necessários na prateleira na quantidade necessária para atender a demanda até o próximo perı́odo de reabastecimento. No ambiente produtivo, quando um processo (cliente) retira uma peça do estoque, o processo anterior deve produzir e repor essa peça no estoque. No Mapeamento do Fluxo de Valor, uma das ações de melhoria possı́veis é justamente chamado de “supermercado”, que é a indicação de um local de estoque kanban entre dois processos. No kanban um cartão é �ixado em uma caixa ou container, onde �icam armazenados os itens a serem produzidos. Quando a caixa �ica vazia, ou seja, quando todos os itens são processados, o cartão é retirado e colocado em um painel, indicando que um novo lote deve ser produzido pelo processo anterior. Após esse lote ser produzido, e a caixa reabastecida, o cartão é recolocado e o processo seguinte pode pegar a caixa e iniciar a produção de um novo lote. 30/08/2023, 21:32 Gestão da Produção https://codely-fmu-content.s3.amazonaws.com/Moodle/EAD/Conteudo/ENG_GEPROD_19/unidade_4/ebook/index.html 10/21 O sistema pode ser implantado com outras ferramentas visuais que não sejam cartões, por exemplo, painéis eletrônicos ou, o que é muito comum, sinais simples de três cores - verde, amarelo e vermelho - que indicam o nı́vel de estoque de um processo, sinalizando ao processo anterior a necessidade de um novo lote. Algumas regras básicas devem ser seguidas durante o uso do kanban, como, por exemplo, não passar adiante peças defeituosas, não produzir mais do que o indicado no cartão (todos desperdı́cios!) e sempre aguardar a retirada da caixa, nunca empurrando a caixa para o processo seguinte. Desse modo, os kanbans colocados nos painéis ajudam a indicar rapidamente que uma etapa produtiva está com a produção atrasada ou desbalanceada, pela quantidade de cartões aguardando, sendo necessário o rebalanceamento. O uso desse sistema reduz custos de movimentação de estoques, facilita a detecção de problemas no processo produtivo e organiza a produção de forma puxada. 4.2.2 Troca rápida de ferramentas Para a produção de produtos diferentes em uma mesma máquina é necessário que haja uma preparação, que pode envolver troca de ferramentas e regulagem a cada novo lote. Esse é um dos principais motivos para a existência de grandes estoques na produção em massa. O aumento da produtividade nesse sistema é atingido pela produção de grandes lotes, minimizando o tempo perdido na troca de setup das máquinas. A produção com diversi�icação de produtos e em pequenos lotes, por sua vez, requer a troca constante dos setups de máquinas, e caso ela ocupe muito tempo inviabiliza todo o sistema. Por isso, Shingo (2007) reforça que a troca rápida de ferramentas (TRF) é o elemento central do JIT e fator de sucesso do Sistema Toyota de Produção. Figura 3 - O funcionamento do sistema kanban, os cartões nos painéis indicam os lotesa serem produzidos, puxando a produção. Fonte: KRAJEWSKI; MALHORTA; RITZMAN, 2017, p. 247. 30/08/2023, 21:32 Gestão da Produção https://codely-fmu-content.s3.amazonaws.com/Moodle/EAD/Conteudo/ENG_GEPROD_19/unidade_4/ebook/index.html 11/21 Shingo desenvolveu, em 1950, o SMED (single minute exchange of die – troca de ferramentais em único dı́gito de minuto), que estabelece uma meta de se realizar o setup de uma máquina em um tempo menor que 9 minutos e 59 segundos, ou seja, um tempo que possa ser medido com apenas 1 dı́gito no minuto. O tempo total de troca de setup é contado a partir do �inal de produção da última peça de um lote até o inı́cio da produção da primeira peça do lote seguinte. O conceito principal do SMED é a diferenciação do setup interno para o setup externo. O primeiro são as operações que só podem ser realizadas com a máquina parada, como a troca da broca de uma furadeira. Já o setup externo são as preparações que podem ser realizadas com a máquina em operação, como a escolha da broca a ser trocada. (LAGE JU� NIOR, 2016). As etapas do SMED, segundo Shingo (2007), são as listadas a seguir. Clique nos números. VOCÊ O CONHECE? Shigeo Shingo (1909-1990) é considerado um gênio da engenharia e um dos responsáveis pelo sucesso do Sistema Toyota de Produção. Ele foi in�luenciado pelos estudos de Taylor e trabalhou incansavelmente aplicando métodos cientı�́icos para melhoria da produtividade, com destaque para seu trabalho na redução do tempo de setup de máquinas, no sistema Poka-Yoke e no uso da inspeção na origem. 1 Identi�icar e separar as operações de setup interno e externo. 2 Converter setup interno em externo. 3 Reduzir o tempo das atividades de setup interno. 4 Padronizar ferramentas. 5 Adotar métodos de �ixação rápida. 6 Eliminar ajustes e regulagens. 7 Mecanizar o sistema de troca de ferramentas. 30/08/2023, 21:32 Gestão da Produção https://codely-fmu-content.s3.amazonaws.com/Moodle/EAD/Conteudo/ENG_GEPROD_19/unidade_4/ebook/index.html 12/21 A etapa de converter setup interno em externo é a etapa mais importante, por meio da qual se obtém os maiores ganhos. Ela consiste em analisar bem as atividades que são realizadas quando a máquina está parada e veri�icar formas de antecipar parte delas (ou todas elas) para serem feitas antes da parada da máquina. Lembrando, é claro, que em todas as etapas do SMED há uma grande preocupação na eliminação dos desperdı́cios (Shingo, 2007). Vemos, nesse caso, que as aplicações do SMED, em que todas as operações necessárias são analisadas e otimizadas visando economia de milésimos de segundos, são muito importantes para a realização e�iciente de atividades que exigem alto desempenho, como é o caso apresentado da fórmula 1. CASO O pit stop de um carro de Fórmula 1 é um bom exemplo da aplicação de SMED na troca de setup. Para realizar a troca dos quatro pneus, em 1950 eram gastos cerca de 67 segundos, e por isso muitas vezes se optava por trocar apenas um deles. O recorde atual na troca de pneus é de 1,89 segundos, conquistado pela Equipe Williams, em 2016, em um pit stop do piloto brasileiro Felipe Massa. Para se conseguir essa redução muitas melhorias foram aplicadas. Atualmente, cerca de vinte e cinco pessoas estão envolvidas em um pit stop. Em cada roda são três pessoas: uma operando a pistola pneumática, uma para retirar o pneu usado e outra para colocar o novo. Todos os envolvidos �icam esperando em suas posições pelo carro, que deve parar exatamente no local sinalizado, poucos centıḿetros de diferença já resultam na perda de tempo preciso para cada mecânico se reposicionar. Os vários parafusos que prendem um pneu de um carro normal foram substituıd́os por uma única porca, com um sistema de �ixação rápida, ao invés de ser necessário várias voltas para �ixar a porca. Todos os procedimentos são padronizados e a equipe de troca de pneus realiza treinamentos frequentes para que tudo seja executado com perfeição. Ah, eles nunca param de procurar desperdıćios, todos querem bater este recorde! 30/08/2023, 21:32 Gestão da Produção https://codely-fmu-content.s3.amazonaws.com/Moodle/EAD/Conteudo/ENG_GEPROD_19/unidade_4/ebook/index.html 13/21 Vemos, desse modo, que o objetivo �inal da produção enxuta é abolir o setup, projetando diferentes produtos que utilizem os mesmos setups (Shingo, 2007). Quando isso não é possı́vel, o trabalho de aplicação do SMED é jamais parar a busca por oportunidades de melhoria. O trabalho padronizado e os treinos, por exemplo, são formas de buscar constantemente a redução do tempo durante a troca de ferramentas. Figura 4 - O pit stop de um carro de Fórmula 1 é um exemplo das aplicações do SMED. No pit stop ninguém pode nem piscar o olho! Fonte: Abdul Razak Latif, Shutterstock, 2019. 4.3 Técnicas de automação Como vimos até aqui, um dos pilares da produção enxuta é o Just-In-Time, pois sem ele o processo produtivo não ocorre com estoques mı́nimos e sem desperdı́cios. O outro pilar é a autonomação, que faz parte dos primórdios da Toyota, quando Sakichi Toyoda, em 1896, inventou um tear mecânico com um mecanismo que interrompia a produção sempre que um �io se partia. 4.3.1 Autonomação A palavra autonomação pode ser entendida com “automação com um toque humano” ou “automação inteligente”, e tem origem na palavra japonesa jidoka. Consiste em desenvolver mecanismos que detectam anormalidades na produção e interrompem o processo produtivo, possibilitando separar completamente o trabalhador, que supervisiona o processo, da máquina. (SHINGO, 2007). A automação completa de uma máquina representaria a capacidade da máquina detectar um problema, analisar e corrigir, sem a interferência humana. A autonomação começa com a delegação de autoridade para o operador poder parar uma máquina sempre que ele perceba a eminência de ocorrer um defeito ou a ocorrência de um defeito em si, e tem como objetivo �inal passar esta função para a máquina, possibilitando ao trabalhador de supervisão cuidar de várias máquinas ao mesmo tempo, realizando as correções de anormalidades. 30/08/2023, 21:32 Gestão da Produção https://codely-fmu-content.s3.amazonaws.com/Moodle/EAD/Conteudo/ENG_GEPROD_19/unidade_4/ebook/index.html 14/21 A espera é um dos desperdı́cios que se busca combater com autonomação, pois quando um operador �ica apenas observando uma máquina produzir está ocorrendo um desperdı́cio. Por isso, a aplicação da autonomação, junto com a multifuncionalidade dos operadores, permite a redução da mão de obra necessária, e, por consequência, a redução dos custos. Dessa forma, conclui-se que a autonomação está muito mais relacionada com a ideia de autonomia do que de automação. 4.3.2 Andon A aplicação da autonomação demanda muitas vezes que a ocorrência de um problema em uma máquina seja visı́vel para os operadores. Uma das ferramentas criadas pela Toyota para resolver esse problema é o Andon. VOCÊ QUER LER? No livro “O Sistema Toyota de Produção: do ponto de vista da Engenharia de produção”, escrito por Shigeo Shingo (2007), propõe uma guerra sistemática para eliminar os desperdıćios da produção, que envolve detectar o problema, minimizar seu efeito, prevenir a ocorrência, facilitar a execução das tarefas, substituir os sistemas e eliminar a possibilidade de ocorrência. Com essa leitura você também vai conhecer melhor a autonomação e o SMED. 30/08/2023, 21:32 Gestão da Produção https://codely-fmu-content.s3.amazonaws.com/Moodle/EAD/Conteudo/ENG_GEPROD_19/unidade_4/ebook/index.html 15/21 O andon, signi�ica lâmpada ou lanterna, e consiste em um painel luminoso ou alarme, que indica a existência de um problema no processo produtivo. Sua principal caracterı́stica é servir de alerta para os problemas e, por isso, geralmente utiliza-se cores chamativas, como amarelo e vermelho. As diferentes cores no andon podem ser utilizadas para diferenciar os tipos de problema, sendoque os alarmes sonoros são geralmente utilizados para ocorrências mais urgentes, pois causam maior impacto nas pessoas. 4.3.3 Os 5 porquês Para que a produção funcione corretamente, não adianta a máquina possuir um sistema de autonomação e detectar um problema produtivo, o andon alertar o operador que existe um problema, se o operador não estiver treinado nem capacitado para resolver o problema, não é mesmo? Por isso, quando um problema ocorre devem ser seguidos alguns passos. Clique nos itens e veja quais são. parar a operação. entender o que aconteceu. encontrar a causa raiz do problema. Figura 5 - Uma máquina com um sistema Andon, com as luzes vermelha, amarela e verde, que informam sobre a situação do processo. Pode ser utilizada tanto para a autonomação quanto para o kanban. Fonte: Sarawut Muensang, Shutterstock, 2019. • • • • 30/08/2023, 21:32 Gestão da Produção https://codely-fmu-content.s3.amazonaws.com/Moodle/EAD/Conteudo/ENG_GEPROD_19/unidade_4/ebook/index.html 16/21 implementar ações para eliminar a causa raiz do problema. Uma das metodologias utilizadas para identi�icar a causa raiz de um problema é a técnica dos 5 porquês, que consiste em fazer cinco perguntas na forma de “por quê?”, até encontrar a causa raiz. Lage Junior (2016), apresenta a aplicação dessa técnica com o seguinte exemplo. Clique na interação a seguir para ver. Sem os 5 porquês o operador teria simplesmente trocado o fusı́vel e colocado a máquina para operar novamente e, provavelmente, o problema voltaria a ocorrer. Com a aplicação da técnica, no entanto, busca-se a causa raiz do problema e, ao encontrá-la, ela é eliminada, minimizando as chances de recorrência. (LAGE JUNIOR, 2016). A autonomação é capaz de eliminar três tipos de desperdı́cios na produção: a perda por superprodução, pois a máquina interrompe o processo quando atinge a quantidade planejada; a espera, pois o operador não precisa �icar acompanhando o processo; e os defeitos, pois o processo é interrompido quando há anormalidades. O conjunto das técnicas e princı́pios da produção enxuta estão todos interligados, não se pode pensar em implantar a autonomação em uma produção com desperdı́cios e com uma equipe que não está comprometida na resolução de problemas. Os processos como um todo na produção enxuta devem ser constantemente aperfeiçoados. O foco é a melhoria contı́nua. 1. por que a máquina parou de funcionar? Porque houve uma sobrecarga e o fusı́vel queimou. 2. por que houve a sobrecarga? Porque o mancal não estava su�icientemente lubri�icado. 3. por que não estava su�icientemente lubri�icado? Por que a bomba de lubri�icação não estava bombeando o su�iciente. 4. por que a bomba não estava bombeando o su�iciente? Porque o eixo da bomba estava gasto e vibrando. 5. por que o eixo da bomba estava gasto? Porque não havia uma tela acoplada e entrava limalha. 4.4 Kaizen Como já vimos, a produção enxuta é baseada em dois pilares, a autonomação e o Just-In-Time, que dão sustentação para a busca dos objetivos do sistema de produção, que é entregar produtos com menor custo, maior qualidade e rapidez (lead time mais curto), em um processo estável e con�iável e com �lexibilidade para entregar produtos diversi�icados. 30/08/2023, 21:32 Gestão da Produção https://codely-fmu-content.s3.amazonaws.com/Moodle/EAD/Conteudo/ENG_GEPROD_19/unidade_4/ebook/index.html 17/21 Contudo, uma casa que somente tem pilares pode até se sustentar, mas não serve para muita coisa, pois precisa ter outras estruturas que ajudem em sua sustentação, unindo e complementando os pilares. O Kaizen é uma dessas estruturas. 4.4.1 Melhoria contínua A palavra japonesa Kaizen signi�ica “mudar para melhor”, ela expressa o conceito de melhoria contı́nua. A ideia é trabalhar a melhoria de forma constante, com incrementos pequenos e que custam muito pouco para serem implementados. O conceito de Kaizen da Toyota estava alinhado com todo o movimento iniciado no Japão por volta de 1950, que �icou conhecido com a Era da Qualidade. Após a Segunda Guerra Mundial, os Estados Unidos apoiaram a reconstrução do Japão e incentivaram estudiosos da área de gestão a irem ao Japão difundir técnicas de administração e gestão. Os professores que formaram as bases para o que é hoje conhecido como Gestão da Qualidade Total (TQM – Total Quality Management) e �icaram conhecidos como “os gurus da qualidade”, são: Shewhart, Feigenbaum, Deming, Juran, Crosby e Ishikawa. Esse último, um japonês. O conceito atual de Kaizen incorpora as ideias desses gurus, agora aplicadas ao ambiente da produção enxuta. A �iloso�ia do Kaizen se baseia na ideia de que um erro, defeito ou problema não deve ser escondido e sim visto como uma oportunidade de melhoria. Além disso, todos na empresa devem estar envolvidos na busca pela melhoria. A ideia é a busca da qualidade na origem, ou seja, o problema deve ser localizado e corrigido no local de trabalho, a busca pela qualidade, pela perfeição, é responsabilidade de todos. Com base nesses conceitos, os empregados se organizam nos chamados Cı́rculos de Controle da Qualidade (CCQ), cuja criação é atribuı́da a Ishikawa, para discutir os problemas ocorridos e buscar soluções (TUBINO, 2015). Assim, as pessoas que executam o processo são também as responsáveis por buscar as soluções para os problemas, pois são elas as que melhor o conhecem. VOCÊ SABIA? Os Cıŕculo de Controle da Qualidade normalmente aplicam as 7 Ferramentas da Qualidade para encontrar uma solução para o problema em estudo. São elas: Controle Estatıśtico do Processo (CEP); Diagrama de Causa-e-Efeito (também conhecido como Diagrama de Ishikawa ou Espinha de Peixe); Diagrama de Dispersão; Diagrama de Pareto; Folha de Veri�icação; Histograma e Fluxograma. 30/08/2023, 21:32 Gestão da Produção https://codely-fmu-content.s3.amazonaws.com/Moodle/EAD/Conteudo/ENG_GEPROD_19/unidade_4/ebook/index.html 18/21 Sempre que ocorre um problema na empresa, a equipe deve ir ao local da ocorrência, observar o que está acontecendo no processo e levantar informações sobre ele, identi�icando a causa-raiz e buscando uma solução imediata, evitando que o problema volte a ocorrer. A solução implementada deve ser padronizada. Uma metodologia bastante aplicada no Kaizen é o ciclo do PDCA, criado por Shewhart e difundido por Deming, que envolve quatro etapas: P – Plan – planejar: consiste em definir o problema, estabelecer um objetivo e planejar a forma de corrigir o problema para alcançar o objetivo estabelecido; D – Do – executar: colocar em prática o plano de ação; C – Check – verificar: avaliar se os resultados obtidos corrigiram o problema e alcançaram os objetivos definidos; A – Act – agir: realizar ações corretivas no caso de terem sido detectados problemas na fase anterior. Quando as ações corretivas não são efetivas para resolver os problemas, volta-se à etapa de Planejamento e um novo ciclo se inicia. Mesmo quando se veri�ica que o problema foi resolvido, nada impede de se executar um novo ciclo PDCA, visando buscar um novo incremento de desempenho, para melhoria contı́nua. • • • • Figura 6 - O Ciclo PDCA é uma metodologia utilizada para análise e correção de problemas e também para a melhoria contı́nua. Fonte: Shutterstock, 2019. 30/08/2023, 21:32 Gestão da Produção https://codely-fmu-content.s3.amazonaws.com/Moodle/EAD/Conteudo/ENG_GEPROD_19/unidade_4/ebook/index.html 19/21 Outra abordagem para o Kaizen dentro das empresas consiste no incentivo para que os funcionários apresentem propostas de melhorias, geralmente através do uso de uma caixinha de sugestões. As melhorias sugeridas são analisadas por uma equipe multidisciplinar, buscando identi�icar o impacto da melhoria e o esforço, em termos de horas de trabalho e custo, gerando uma lista de prioridade de implantação. Muitas empresas adotam premiações para a melhores sugestões de melhoria que são implantadas. Contudo, não adiantaimplementar melhorias ou resolver problemas, e a situação voltar ao estado original, com o mesmo problema voltando a acontecer. Para que os processos se mantenham estáveis e as melhorias se perpetuem é necessário padronizar a execução do processo ou tarefa. 4.4.2 Trabalho padronizado A melhoria contı́nua, ou Kaizen, está no dia a dia da produção enxuta, identi�icando e reduzindo desperdı́cios; na autonomação, melhorando as identi�icações de problemas pelas máquinas; no JIT, encontrando gargalos, balanceando a produção e reduzindo estoques; e na Troca Rápida de Ferramentas, procurando formas de alterar o setup em menos tempo. Mas nenhuma dessas melhorias permanecem se a nova forma de execução não for padronizada. O Trabalho Padronizado é uma das bases da produção enxuta, apesar de não ser uma novidade, pois é algo que já era defendido tanto por Taylor, quanto por Ford. A diferença das abordagens é que para Taylor/Ford a tarefa deveria ser estudada por um especialista e cabia ao trabalhador apenas a execução. No modelo da produção enxuta, a padronização é um resultado de um processo de melhoria contı́nua, no qual o trabalhador que executa a melhoria é também o responsável por desenvolver o trabalho padronizado, sendo o padrão nesse caso muito mais �lexı́vel. (ALBERTIN; PONTES, 2016). Cabe aos padrões retratar as melhores práticas e documentar as melhorias que foram realizadas. Nesse sentido, o trabalho padronizado reduz as fontes de variabilidade e favorece o controle e estabilidade do processo, além de ser utilizado para a capacitação dos funcionários. (ALBERTIN; PONTES, 2016). A produção enxuta se baseia em um cı́rculo virtuoso que está relacionado com a execução de um processo, visando corrigir problemas, estabelecer um novo procedimento para a execução, realizar a melhoria contı́nua e revisar novamente o procedimento. Sem o trabalho padronizado corre-se o risco de perder as melhorias VOCÊ O CONHECE? William Edwards Deming (1990-1993) foi um dos gurus da qualidade e muitos o consideram, inclusive, o principal deles. Ele descreveu os 14 pontos de gestão para a qualidade total, que reúnem a base do conceito moderno da TQM. Foi responsável pela popularização do Ciclo do PDCA, tanto que muitos chamam de Ciclo de Deming, mesmo quando ele próprio chama de Ciclo de Shewhart. 30/08/2023, 21:32 Gestão da Produção https://codely-fmu-content.s3.amazonaws.com/Moodle/EAD/Conteudo/ENG_GEPROD_19/unidade_4/ebook/index.html 20/21 implementadas, quebrando o ciclo virtuoso. Por isso, não se pode falar de produção enxuta sem abordar todas essas ferramentas, pois percebe-se o quanto todas elas estão intimamente relacionadas e se complementam. Síntese Nesta última unidade de nossa disciplina, você complementou os seus conhecimentos sobre a produção enxuta, conhecendo os dois pilares desse sistema de produção: a autonomação e o Just-In-Time. Conhecendo- os melhor, você entendeu como as diversas ferramentas se complementam e tornam esse sistema de produção uma referência para as empresas no mundo todo. Nesta unidade, você teve a oportunidade de: conhecer os elementos que possibilitam o funcionamento do JIT com estoque mínimo; entender o papel do Kanban para puxar a produção no JIT; compreender como a troca rápida de ferramentas é essencial para uma produção com lotes pequenos e produtos diversificados; aprender o que é a autonomação e como ela possibilita que um trabalhador possa supervisionar diversas máquinas; reconhecer a inter-relação entre a melhoria contínua e o trabalho padronizado. • • • • • Bibliografia ALBERTIN, M. R., e H. L. J. PONTES. Gestão de Processo e técnicas de produção enxuta. Curitiba: Intersaberes, 2016. CHIAVENATO, I. Gestão da Produção: uma abordagem introdutória. Barueri, SP: Manole, 2014. FOME DE PODER. Direção: John Lee Hancock. USA. Drama. 115 min. 2017. Disponı́vel em: <https://www.youtube.com/watch?v=M3n-EREET-I (https://www.youtube.com/watch?v=M3n-EREET-I)>. Acesso em: 01/08/2019. KRAJEWSKI, L.; MALHORTA, M.; RITZMAN, L. Administração de Produção e Operações. São Paulo: Pearson Education, 2017. LAGE JUNIOR, M. Mapeamento de processo de gestão empresarial. Curitiba: Intersaberes, 2016. LELIS, E. C. (Org.). Gestão da Produção. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2014. (Coleção bibliogra�ia universitária Pearson). LIKER, J. K. O modelo Toyota: 14 princı́pios de gestão do maior fabricante do mundo. Porto Alegre: Bookman, 2007. https://www.youtube.com/watch?v=M3n-EREET-I 30/08/2023, 21:32 Gestão da Produção https://codely-fmu-content.s3.amazonaws.com/Moodle/EAD/Conteudo/ENG_GEPROD_19/unidade_4/ebook/index.html 21/21 RITZMAN, L. P.; KRAJEWSKI, L.J. Administração de Produção e Operações. São Paulo: Prentice Hall, 2004. Tradução Roberto Galman. SLACK, N.; BRANDON-JONES, A.; JOHNSTON, R. Administração da produção. São Paulo: Atlas, 2018. SHINGO, S. O sistema Toyota de produção: o ponto de vista da engenharia de produção. Porto Alegre: Bookman, 2007. TUBINO, D. F. Manufatura enxuta como estratégia de produção: a chave para a produtividade industrial. São Paulo: Atlas, 2015
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