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capitulo-08 (1)

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Logística de Distribuição
Núcleo de Educação a Distância 
www.unigranrio.com.br
Rua Prof. José de Souza Herdy, 1.160 
25 de Agosto – Duque de Caxias - RJ
Reitor
Arody Cordeiro Herdy
Pró-Reitoria de Programas de Pós-Graduação
Nara Pires
Pró-Reitoria de Programas de Graduação
Lívia Maria Figueiredo Lacerda
Produção: Gerência de Desenho Educacional - NEAD Desenvolvimento do material: Leonardo Aragão 
Guimarães
1ª Edição
Copyright © 2019, Unigranrio
Nenhuma parte deste material poderá ser reproduzida, transmitida e gravada, por qualquer meio eletrônico, mecânico, por 
fotocópia e outros, sem a prévia autorização, por escrito, da Unigranrio.
Pró-Reitoria Administrativa e Comunitária
Carlos de Oliveira Varella
Núcleo de Educação a Distância (NEAD)
Márcia Loch
Sumário
Logística de Distribuição
Para Início de Conversa… ................................................................. 04
Objetivo ........................................................................................... 05
1. Variáveis de Decisão para a Distribuição Física de Produtos ........ 06
2. Planejamento de Redes de Distribuição e Determinação de 
 Zonas de Entregas ............................................................... 08
3. Entrega da “Última Milha” e Métodos de Roteirização .............. 12
3.1 Última Milha ou Last Mile ..................................................... 12
3.2 Métodos de Roteirização ...................................................... 13
Considerações Finais .......................................................................... 18
Referências ....................................................................................... 19
4 Operações Logísticas
Para Início de Conversa…
Neste capítulo vamos demonstrar o enfoque da Logística de 
Distribuição na otimização do uso de recursos logísticos no planejamento e 
operacionalização das estratégias logísticas. A distribuição física é o transporte 
do produto do centro produtor ao consumidor, seja diretamente ou via 
depósitos. Também abordaremos processos que envolvem a transferência de 
produtos entre a fábrica e os armazéns próprios ou de terceiros, bem como 
seus estoques e sistemas de transportes. 
Logo na primeira parte, identificaremos as variáveis de decisão e os 
passos básicos da distribuição física no transporte rodoviário. Após isso, 
também apresentaremos as estratégias de distribuição física do produto 
(estoque, transporte e localização), visto que a essência da estratégia de 
distribuição física é a escolha da forma de operação, minimizando o custo 
total ou, alternativamente, maximizando o lucro.
Além disso mostraremos o conceito de “última milha” ou last mile, 
sua importância no processo de distribuição física e os obstáculos encontrados 
no processo, retratando, também, os métodos de roteirização, seus maiores 
desafios e oportunidades de melhoria.
5Operações Logísticas
Objetivo
Demonstrar as vantagens competitivas possibilitadas pela Logística 
de Distribuição.
6 Operações Logísticas
1. Variáveis de Decisão para a Distribuição Física 
de Produtos
Segundo Enomoto e Lima (2007), um 
ambiente operacional complexo tem variáveis 
envolvidas, as quais podem provocar aumento de 
custos e perda de eficiência operacional no sistema 
de distribuição física.
Então, os funcionários da distribuição 
operam elementos como depósitos, veículos, 
estoques, equipamentos de carga e descarga. 
Enomoto (2005) cita que a distribuição física está passando por grandes 
transformações à medida que as empresas adotam sistemas de gestão de 
logística e operações globais, exigindo do mercado de transportes uma melhoria 
contínua para que a demanda crescente seja atendida.
Conforme destacam Ballou (2001) e Galvão (2003), o gerenciamento 
da distribuição física se dá em três níveis: estratégico, tático e operacional. Os 
problemas de roteirização e programação são tratados na fase operacional do sistema 
de distribuição. Para que a otimização dos roteiros tenha resultados satisfatórios, é 
necessário que o sistema seja bem planejado nos níveis estratégicos e táticos.
A Figura 1 apresenta um modelo de processo de distribuição básico que 
geralmente é usado pelas empresas:
FIM
RETORNO DOS 
VE CULOS PARA UO/CDENTREGA NO CLIENTE
SUPORTE SAC (0800)
DESPACHO DO VE CULO FORMAÇÃO DA CARGACARREGAMENTOFATURAMENTO
ANALISE DOS PEDIDOS DE 
VENDAS ROTEIRIZAÇÃO
ESCOLHA DO 
VEICULO
ENVIO DAS ROTAS 
PARA O ARMAZÉM
IN CIO
Figura 1: Fluxograma do processo de distribuição. Fonte: Adaptado de Enomoto e Lima (2007).
Glossário
Segundo Bose (1990), 
a distribuição física é o 
transporte do produto do centro 
produtor ao consumidor, seja 
diretamente ou via depósitos. 
7Operações Logísticas
Novaes (1989), Valente et al. (2003) e Galvão (2003) apresentam os 
passos básicos da distribuição física no transporte rodoviário: 
 ▪ Uma região geográfica é dividida em zonas, cujos contornos 
podem ser rígidos ou, em alguns casos, podem sofrer alterações 
momentâneas para acomodar diferenças de demanda em 
regiões contíguas.
 ▪ Para cada zona é alocado um veículo com uma equipe de serviço, 
podendo ocorrer outras situações (mais de um veículo por zona, 
por exemplo).
 ▪ A cada veículo é designado um roteiro, incluindo os locais de 
parada, pontos de coleta ou entrega, atendimento de serviços, a 
equipe que deverá atendê-lo, entre outros.
 ▪ O serviço deverá ser realizado dentro de um tempo de ciclo 
predeterminado. No caso de coleta/entrega urbana, o roteiro 
típico se inicia pela manhã e se encerra no fim do dia (ou antes, 
se o roteiro for totalmente cumprido). Nas entregas regionais, 
o ciclo pode ser maior.
 ▪ Os veículos são despachados a partir de um depósito no qual se 
efetua a triagem da mercadoria (ou serviço) em função das zonas. 
Nos casos em que há mais de um depósito, o problema poderá 
ser analisado de forma análoga, efetuando, para isso, as divisões 
adequadas da demanda e/ou área geográfica a ser atendida. A 
localização e utilização dos depósitos precisam ser programadas.
É importante ressaltar que a falta de capacidade física dos veículos de coleta/distribuição afeta 
o resultado financeiro da empresa pelo não atendimento aos clientes. No entanto, o excesso de 
capacidade gera um desperdício de recursos e pode trazer problemas operacionais e financeiros 
para a instituição. Com isso, selecionar o tipo de carga a ser transportada, incluindo as 
características de volume e peso, é relevante para evitar uma superlotação ou uma sublotação. 
Segundo Enomoto e Silva (2007), outro problema que surge na coleta/
distribuição que opera em regiões grandes é o desequilíbrio, em termos de 
produção, entre os veículos que atendem zonas próximas ao depósito e os que 
Importante
8 Operações Logísticas
atendem zonas mais afastadas. De modo geral, o problema de zoneamento 
ou particionamento envolve a criação de grupos de elementos baseados em 
proximidade ou medidas de similaridade. 
Para operacionalizar as variáveis de decisão para a distribuição física 
são empregadas algumas estratégias, com o objetivo de utilizar a logística de 
distribuição como fonte de vantagens competitivas para as empresas. 
A segmentação ou estratificação de produtos é utilizada para diferenciar 
a estratégia de acordo com o tipo de mercadoria. Por exemplo, há situações em 
que o produto precisa de resposta rápida, mas, em outros casos, a velocidade 
não é tão importante assim. Logo, o nível de serviço e o giro de estoques não 
precisam ser os mesmos para todo o portfólio. Pode-se utilizar o princípio de 
Pareto para detectar produtos A, B e C. 
A postergação é uma estratégia usada para diminuir os riscos de 
estocagem relacionados à incerteza de transações futuras. A postergação de 
montagem procura manter o semiacabado para atender a diferentes clientes. 
É comum ser utilizada em depósitos para executar tarefas industriais simples, 
como a reversão de uma porta de geladeira. Já a postergaçãode transporte 
ocorre quando se procura “segurá-lo” até o último momento, objetivando 
maximizar os recursos operacionais e mitigar os custos de frete. 
A consolidação é a transformação de conjuntos de pequenos de lotes em 
um lote maior por causa da economia de escala. Pode ser utilizada ao consolidar 
a entrega em local intermediário, visando a uma distribuição posterior, usando 
a tecnologia da informação para uma distribuição programada. 
2. Planejamento de Redes de Distribuição e 
Determinação de Zonas de Entregas
O planejamento de redes de distribuição busca garantir a 
disponibilidade dos produtos requeridos pelo cliente a um custo razoável. 
Para alcançar tal objetivo, deve-se conhecer, essencialmente, a natureza do 
produto movimentado, o padrão de sua demanda, as exigências de nível de 
serviço e os diversos custos que compõem a sua distribuição física.
9Operações Logísticas
Em longo prazo (estratégico) envolve projetar a forma e a configuração 
da rede de operações, buscando definir quando a operação será integrada à 
rede, sua localização e a capacidade de cada parte produtiva. 
Em médio prazo (tático/operacional) envolve mitigar a manipulação 
de materiais e horas paradas, a redução de combustíveis e a padronização de 
equipamentos. Deve-se, também, usar a tecnologia da informação, visando à 
redução de roubos e de desperdícios, além da aquisição de cargas de retorno. 
A Figura 2 captura a síntese do tema: 
Estratégia de Localização:
 ▪Número, tamanho e localização das instalações;
 ▪Designação de pontos de estocagem para os pontos de fornecimento;
 ▪Designação de demanda para pontos de estocagem.
Objetivos
Estratégias de Transporte:
 ▪Modais de transporte;
 ▪Roteirização/programação 
do transportador;
 ▪Tamanho/consolidação do 
embarque.
Estratégias de Estoque:
 ▪Níveis de estoque;
 ▪Disposição de estoques;
 ▪Métodos de controle.
Figura 2: Estratégias de distribuição física. Fonte: Elaborado pelo autor.
Segundo Ballou (2001), um gestor de logística utilizará três 
formas básicas para estabelecer uma estratégia de distribuição física de 
um produto. São elas:
 ▪ Entrega direta a partir de estoques da fábrica. 
 ▪ Entrega direta a partir da linha de produção.
 ▪ Entrega indireta utilizando um sistema de depósitos.
10 Operações Logísticas
Na entrega direta a partir de estoques da fábrica os materiais 
fluem de estoques centrais diretamente ao consumidor final. As principais 
características são o transporte rápido, sem estoques intermediários, e a 
ausência de manipulações múltiplas. São utilizadas em insumos industriais.
Na entrega direta a partir da linha de produção os materiais são 
confeccionados por encomenda e fluem diretamente para o consumidor por 
meio de entregas expressas. As principais características são a velocidade 
de produção e a pontualidade do transporte. É muito usada em compras/
suprimentos, já que os pedidos tendem a ser volumosos. 
A entrega indireta utilizando um sistema de depósitos é bastante 
utilizada nas compras via web. Suas principais características são o estoque 
sortido nos depósitos, os ganhos de escala nos transportes, o rápido 
atendimento dos pedidos finais, e faltas que podem ser cobertas por entrega 
direta com custo maior. Nesse caso, empresas com grande volume de entrega 
podem trabalhar com depósitos próprios.
Conforme afirma Ballou (2001), a essência da estratégia de distribuição 
física é selecionar a forma que produz o menor custo total ou, alternativamente, 
o máximo lucro. A forma selecionada decide, então, questões de localização 
de instalações, de transporte e estoques.
Ballou (2001) ainda destaca que todas as questões a serem decididas 
em uma estratégia de distribuição física podem torná-la um problema muito 
complexo. Existem diversas variáveis a serem consideradas, as quais na 
maioria das vezes, devem ser descartadas a fim de se definir uma boa solução. 
Portanto, existem também alguns conceitos que auxiliam o profissional de 
logística na tentativa de alcançar uma boa solução, como:
 ▪ Compensações (trade-offs) nos custos.
 ▪ O conceito de custo total.
 ▪ O conceito do sistema total.
Trade-offs constituem uma análise de compromisso entre situações 
nas quais uma mudança dentro de uma variável pode provocar um resultado 
positivo ou negativo nas demais variáveis de um sistema. Na Logística, refere-se 
aos custos versus níveis de serviço. A Figura 3 demonstra esse conflito: 
11Operações Logísticas
Serviço ao Cliente.
Custo não serviço.
$
Custo Total
Custo Transporte,
Processamento de Pedidos 
e Estoques.
Figura 3: Conflito custos versus nível de serviço. Fonte: Elaborado pelo autor.
Observa-se, na Figura 3, que quanto maior o nível de serviço ao cliente, 
maior será a necessidade operacional (estoque + transporte + processamento de 
pedidos) e, consequentemente, menor será o risco de faltas. No entanto, quanto 
menor for o nível de serviço ao cliente, menor será necessidade operacional 
(estoque + transporte + processamento de pedidos), mas o custo da falta vai 
aumentar muito. Verifica-se, portanto, que o custo total mínimo ocorre quando 
o custo do não-serviço se iguala aos custos de estocar/transportar/pedir; ou 
seja, será um ponto de inflexão na parábola do custo total. 
No conceito do sistema total, também conhecido como custo supply 
chain, os diversos custos ao longo da cadeia de valor são mapeados e considerados 
no cômputo total. A Figura 4 exemplifica a questão: 
Clientes
LOJA
Fornecedores
Custos de 
produção 
& compra Custos de 
transportes Custos de 
transportes
Custos de 
transportes
Custos de 
estoques e 
armazenagem Custos de 
estoques e 
armazenagem
Lojas
CDs
LOJA
LOJA
LOJA
Figura 4: O conceito do sistema total/Custos na Rede Logística. Fonte: Elaborado pelo autor.
12 Operações Logísticas
Ao observar a Figura 4, os diversos custos ao longo da “tubulação” 
logística ficam evidentes. Há custos de compras/suprimentos, custos de 
transporte de insumos, custos de estocagem e armazenagem nos CDs, custos 
de transporte até os varejistas, custos de estoques e armazenagem nas lojas, 
custos de transporte dos produtos finais até o cliente. 
3. Entrega da “Última Milha” e Métodos de 
Roteirização
Segundo Godoy (2016), última milha ou last mile é um termo usado 
para denominar o momento no qual as mercadorias saem de um centro 
de distribuição para seguir o seu destino final, ou seja, a última milha é 
a etapa final da viagem do produto antes que ele chegue à porta do seu 
cliente. Essa etapa é uma das que exigem mais atenção, pois é o momento 
decisivo para medir a qualidade de uma empresa perante os consumidores. 
Além disso, compreende até 28% do custo total da entrega. Por isso, 
a tecnologia é essencial para dar visibilidade, controle e flexibilidade ao 
processo da última milha.
3.1 Última Milha ou Last Mile
Como experiência de uma estratégia para lidar com essa etapa a empresa Amazon 
desenvolveu um serviço de entrega realizada no mesmo dia da compra na cidade de San 
Francisco (USA), usando mensageiros de bicicleta. É um exemplo de estratégia e diminuição 
de custos que também garante maior segurança na entrega final do produto.
Godoy (2016) afirma que há muitos desafios quando se trata da entrega 
last mile no comércio eletrônico. Os de maior impacto são:
 ▪ Custo - 28% do custo de entrega total para um negócio vêm da 
última milha. Essa taxa é passada para o cliente. Quando isso não 
acontece, tal custo pode ter um impacto negativo para a empresa.
Curiosidade
13Operações Logísticas
 ▪ Transparência - Atualmente, códigos de rastreamento não 
satisfazem mais a ansiedade dos consumidores. Eles querem 
ter visibilidade total e em tempo real sobre as entregas. Mais 
especificamente, querem ter acesso total à etapa última milha, ou 
seja, querem ser capazes de ver onde o motorista está localizado e 
quando ele vai chegar.
 ▪ Eficiência - Ações como despachar automaticamente a entrega para 
a pessoa certa, na área correta e no momento certo podemajudar a 
aumentar a eficiência e diminuir o tempo de entrega por apresentar 
menos chances de acarretar algum imprevisto no caminho.
 ▪ Divergência - A experiência da entrega sem ocorrências ajuda 
a aumentar a eficiência e a reduzir os custos. Uma das maiores 
fontes de divergência durante a entrega na última milha está ligada 
à orientação dos clientes sobre a sua encomenda e solicitações de 
como devem ser entregues.
Para Godoy (2016), existe uma série de novas tecnologias que vêm 
para ajudar os varejistas de comércio eletrônico a superarem os desafios de 
last mile. Com a aplicação dos sistemas, é ideal se concentrar primeiro em 
estratégia e, em seguida, na estrutura. São elas:
 ▪ Veículos de automação.
 ▪ Interfaces melhores.
 ▪ Melhores dados para compreender e prever as necessidades 
dos clientes.
 ▪ Melhorias de eficiência interna para o layout das instalações 
do armazém.
 ▪ Proximidade de centros de atendimento para as principais 
áreas metropolitanas. 
3.2 Métodos de Roteirização
Para Cunha (2000) e Vieira (1999), a roteirização é o processo 
para a determinação de um ou mais roteiros, ou sequências de paradas a 
14 Operações Logísticas
serem cumpridos por veículos de uma frota, com o objetivo de utilizar um 
conjunto de pontos geograficamente diferentes em locais predeterminados 
que necessitem de atendimento.
Ballou (2001) menciona que a roteirização é a atividade que tem a 
finalidade de buscar os melhores trajetos que um veículo deve fazer por meio 
de uma malha. Essa busca, que geralmente tem o objetivo de minimizar o 
tempo ou a distância, é uma decisão frequente na logística empresarial. 
Com relação ao ambiente de distribuição, Cunha (1997) salienta a 
divisão dos problemas reais de roteirização em dois grupos: 
Roteirização em Meio Urbano
Tanto os atendimentos quanto a base localizam-se na mesma área 
urbana; os percursos do roteiro são predominantemente urbanos.
Roteirização Intermunicipal
Os atendimentos localizam-se em municípios distintos da base e entre 
si; os percursos do roteiro são predominantemente rodoviários.
Quadro 1: Grupos de Roteirização. Fonte: Elaborado pelo autor.
Segundo Chih (1987) e Bose (1990), a maioria das empresas, no 
Brasil, emprega profissionais especialmente treinados para a execução 
da atividade de roteirização, separando e agrupando os pedidos enviados 
à empresa baseando-se na sua experiência, o que, apesar de simplificar 
o processo de cálculo, pode levar a soluções que estejam distantes das 
soluções ótimas.
O problema de roteirização pode ser classificado como a forma 
de determinar ótimos percursos para uma frota de veículos estacionada 
em um ou mais domicílios, de forma a atender um conjunto de clientes 
geograficamente dispersos (BODIN et al., 1983).
Segundo Ballou (2001), utilizar o racional humano para determinar 
roteiros já agrega alguns resultados positivos, como evitar que rotas se cruzem 
ou que o formato da rota seja abaulado, convergindo para um formato de 
gota, quando possível. Na Figura 5, representa-se o efeito do cruzamento:
15Operações Logísticas
CDCD
Roteirização ruim
- Os trajetos se cruzam -
Roteirização boa
- Nenhum cruzamento entre trajeto -
Figura 5: Exemplo de roteirização. Fonte: Adaptado de Ballou (2001).
Os principais critérios de decisão para fins de roteirização são:
i) Função/Objetivo
 ▪ Minimizar os custos totais de distribuição.
 ▪ Minimizar a distância total percorrida.
 ▪ Minimizar o número de veículos.
ii) Restrições
 ▪ Restrições dos veículos.
 ▪ Restrições com os clientes.
 ▪ Restrições das rotas.
iii) Variáveis de Decisão
 ▪ Quantos veículos serão utilizados.
 ▪ Roteiro a ser percorrido por cada veículo.
 ▪ Qual veículo será designado para cada cliente.
 ▪ Qual a quantidade de carga transportada para cada cliente da rota.
 ▪ Tempo de início de atendimento do primeiro cliente da rota. 
16 Operações Logísticas
O método sugerido por Bodin (1990) parte do princípio de que existe 
uma frota uniforme de K veículos de capacidade idêntica.
Passo 1 – Especificar K: determinar as características do veículo em 
termos de capacidade.
Passo 2 – Construção do roteiro: o conceito utilizado pelo método 
proposto por Bodin (1990) determina o mesmo número de rotas, seja qual 
for o número de veículos disponíveis (K rotas). Os pontos serão agregados a 
cada uma das K rotas, construindo clusters de entregas.
Segundo Bodin (1990), essa rotina pode ser realizada por um método 
heurístico de “inserção simples”, ou seja, trata-se de uma solução de natureza 
sequencial que, a cada iteração, realiza a inserção de um ponto por vez nos 
possíveis K clusters. Outra possibilidade é resolver a alocação dos pontos aos 
clusters por meio de problemas matemáticos de clusterização não sequenciais.
Quando as soluções de agregação dos pontos em cluster não conduzem 
à solução do sequenciamento dos veículos, deve-se realizá-las cada cluster por 
vez. Para Bodin (1990), quando não existem restrições de janela de tempo e 
outras limitações complexas, é possível resolver o problema por intermédio 
do método de solução do caixeiro viajante. Ao final da etapa dessa estratégia 
sugerida por Bodin (1990), ainda podem restar pontos não inseridos em 
algum cluster e, consequentemente, em um roteiro, além de determinadas 
restrições que possivelmente não foram atendidas.
Passo 3 – Aprimoramento da rota: Para Bodin (1990), nesse passo o 
objetivo é reduzir o tempo total (total travel time) em todas as rotas. Para isso, 
o autor sugere a seguinte sequência:
 ▪ Para os casos em que uma rota ótima não foi obtida no passo 2, 
reordenam-se os pontos das rotas, uma rota por vez.
 ▪ Mover pontos entre rotas.
Esse procedimento continua até que nenhuma melhoria adicional seja 
obtida ou até que o tempo de processamento seja atingido. Bodin (1990) cita 
que existem vários métodos difundidos na literatura que realizam os passos 
de construção de rotas (passo 2) e o de aprimoramento de rotas (passo 3) de 
17Operações Logísticas
forma muito eficiente, pois o método descrito anteriormente não tem uma 
boa resposta para problemas com um maior conjunto de restrições práticas.
Segundo Ballou (2001), o problema central consiste em determinar 
um único roteiro com o menor custo possível e que permita ao veículo visitar 
todos os clientes de uma rede logística de uma única vez. Nesse problema não 
há restrição de capacidade de veículo e demanda. 
Para utilizar a roteirização de forma efetiva (eficaz e eficiente), Novaes 
(2004) argumenta que há no Mercado um número razoável de softwares de 
roteirização que ajudam as empresas a planejar e programar seus serviços 
de distribuição física. Essas ferramentas consideram um grande número de 
restrições ou condicionantes que torna possível a obtenção de modelos bastante 
assertivos. Além disso, são dotados de muitos recursos de visualização gráfica 
e de relatórios que auxiliam o usuário na tomada de decisão.
As principais características da roteirização incluem: a região geográfica a ser dividida em 
zonas de entrega; a alocação do veículo e da respectiva equipe por cada região; o roteiro 
deve ser designado a cada veículo, com locais de parada e sua sequência; e, por fim, o início 
deve acontecer a partir de um depósito, podendo ou não retornar. 
A Logística de Distribuição busca maximizar o uso de recursos 
logísticos no planejamento e operacionalização das estratégias logísticas. Nesse 
sentido, podemos observar que a distribuição física é o transporte do produto 
do centro produtor ao consumidor, feito diretamente ou via depósitos, que 
abrange a transferência de produtos entre a fábrica e os armazéns próprios ou 
de terceiros, seus estoques e sistemas de transportes. 
Neste capítulo, abordamos as variáveis de decisão e os passos básicos 
da distribuição física no transporte rodoviário. Em seguida, apresentamos as 
estratégias de distribuição física do produto (estoque, transporte e localização), 
visto que a essência da estratégia de distribuição física é selecionara forma de 
operar, minimizando o custo total, ou seja, maximizando o lucro. O conceito 
de “última milha” ou last time é importante no processo de distribuição física, 
pois, além de retratar sobre métodos de roteirização, trata de seus maiores 
desafios e oportunidades de melhoria.
Importante
18 Operações Logísticas
Considerações Finais
Alcançamos o final da disciplina de Operações Logísticas. No início, 
destacamos que a logística empresarial é vital para prover bens ou serviços no 
lugar certo, no tempo exato e na condição desejada pelo menor custo possível. 
Após esse tema, foram apresentados os custos associados às atividades 
logísticas, tais como custos da logística industrial, logística de distribuição e 
logística de suprimentos. 
No capítulo 3, foram apresentadas as principais características e 
motivações que orientam os critérios de decisão para a escolha dos modais de 
transporte. No capítulo 4, foi visto a importância das técnicas de planejamento 
e reposição de estoques para a estratégia das operações logísticas. 
Também foram apresentadas as estratégias de atendimento ao cliente, 
incluindo, nesse escopo, a logística enxuta, oriunda da filosofia lean. Em 
outro capítulo, observamos que o nível de serviço representa um conjunto 
de elementos que são percebidos e valorados pelas empresas e seus clientes.
Já nos dois últimos capítulos, destacamos a utilização da Logística de 
Suprimentos como uma forma de obtenção de vantagens competitivas, ou 
seja, analisamos como o planejamento da estratégia de suprimentos contribui 
para o sucesso de sua cadeia de valor. Também foi visto que a Logística 
de Distribuição utiliza métodos de roteirização para atuar de forma efetiva 
e econômica no transporte do produtor ao consumidor, seus estoques e 
sistemas de transportes. 
19Operações Logísticas
Referências
BALLOU, R. H. Gerenciamento da cadeia de suprimentos: planejamento, 
organização e logística empresarial. Porto Alegre: Bookman, 2001.
BODIN, L. D. et al. Routing and scheduling of vehicles and crews: the state 
of the art. Computers and Operations Research, v. 10, 1983.
BOSE, R. de C. A. Modelos de roteirização e programação de entregas 
em redes de transportes. 1990. Dissertação (Mestrado) – Escola Politécnica 
da Universidade de São Paulo, Departamento de Engenharia de Transportes, 
São Paulo. 
CHIH, W. Y. Influência dos custos fixos e variáveis na roteirização de frotas 
de veículos com capacidades variadas. 1987. Dissertação (Mestrado) – Escola 
Politécnica da Universidade de São Paulo, Departamento de Engenharia de 
Transportes, São Paulo.
CUNHA, C. B. Aspectos práticos da aplicação de modelos de roteirização de 
veículos a problemas reais. Revista Transportes da ANPET, São Paulo, v.8, 
n.2, p.51-74, novembro, 2000. 
______. Uma contribuição para o problema de roteirização de veículos 
com restrições operacionais. 1997. Tese (Doutorado) – Escola Politécnica 
da Universidade de São Paulo, Departamento de Engenharia de Transportes, 
São Paulo. 
ENOMOTO, L. M. Análise da distribuição física e roteirização em um 
atacadista do Sul de Minas Gerais. 2005. Dissertação (Mestrado) – Programa 
de Pós-Graduação em Engenharia de Produção, Universidade Federal de 
Itajubá – UNIFEI, Itajubá. 
20 Operações Logísticas
ENOMOTO, L. M.; LIMA, R. S. Análise da distribuição física e roteirização 
em um atacadista. 2007. São Paulo. Disponível em: http://www.scielo.br/
scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-65132007000100007. Acesso em: 
9 set. 2019.
GALVÃO, L. C. Dimensionamento de sistemas de distribuição através do 
diagrama multiplicativo de Voronoi com pesos. 2003. Tese (Doutorado) – 
Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção e Sistemas, UFSC, 
Florianópolis. 
GODOY, B. Última milha: entenda seu impacto na logística do comércio 
eletrônico. 2016. Disponível em: https://www.mandae.com.br/blog/ultima-
milha-entenda-seu-impacto-na-logistica-do-comercio-eletronico/. Acesso 
em: 10 set. 2019.
NOVAES, A. G. Sistemas logísticos: transporte, armazenagem e distribuição 
de produtos. São Paulo: Edgard Blucher, 1989. 
______. Logística e gerenciamento da cadeia de distribuição. Rio de 
Janeiro: Elsevier – Editora Campus, 2004.
VALENTE, A. M.; PASSAGLIA, E.; NOVAES, A. G. Gerenciamento de 
transporte e frota. São Paulo: Pioneira, 2003. 
VIEIRA, A. B. Roteirização de ônibus urbano: escolha de um método para 
as grandes cidades brasileiras. 1999. Dissertação (Mestrado) – Escola de 
Engenharia de São Carlos, USP, São Carlos. 
	Título da Unidade
	Objetivos
	Introdução
	Logística e Cadeia
de Suprimentos
	Para início de conversa…
	Objetivos
	1.	Logística
	1.1	O que é a Logística e a Cadeia de Suprimentos: Conceituação
	1.2	Evolução Histórica da Logística Empresarial
	2.	Cadeia de Suprimentos
	2.1	Etapas da Logística na Cadeia de Suprimentos: Suprimentos e Distribuição
	2.2	Papel da Logística nos Resultados das Empresas (Custos e Benefícios)
	Referências
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	Operações logísticas
	Para início de conversa...
	Objetivo 
	1.	Custos Associados às Atividades Logísticas
	1.2 	Custos da Logística de Abastecimento
	1.3 	Custos da Logística da Planta
	1.4 	Custos da Logística de Distribuição
	2. 	Princípios de Custos em Logística
	2.1 	Quanto ao Relacionamento com o Objeto
	2.2 	Quanto ao Comportamento Diante do Volume de Atividade
	2.3 	Quanto ao Relacionamento com o Processo de Gestão
	3. 	Impactos dos Custos Logísticos na Cadeia de Suprimentos
	3.1 	Custos de Armazenagem e Estoque
	3.2 	Custos de Transporte
	3.3 	Maior Competição
	3.4 	Economias de Escala
	3.5 	Preços Reduzidos
	Referências
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	_y8w53mgeu97p
	_h5awxomxtmz6
	_qo0bxnyv3p6n
	_prpqa1ujeqhj
	_pps4yqlrtgm5
	_fgsgh0ffqbd6
	_rsxvbhoqliwb
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	_vbnxs7x9ijt
	_ql70r7xpdw1q
	_ohabznp45lgh
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	Estratégias de Materiais
	Para início de conversa…
	Objetivo
	1. 	Administração de Materiais e Técnicas de Planejamento de Estoques
	1.1 	Contexto Introdutório
	1.2 	Tipos de Estoques
	1.3 	Sistemas de Gerenciamento do Ressuprimento
	2. 	Armazenagem - Conceitos, Técnicas e Operações em Depósitos/Armazéns
	3. 	Armazenagem Estratégica e Decisões sobre Armazenagem
	Referências
	Estratégias de Transporte
	Para início de conversa...
	Objetivo 
	1.	Papel e Princípios Básicos em Transportes na Cadeia de Suprimentos
	1.1	Modos de Transporte: Características e Critérios de Decisão
	1.2	Projetos de Transportes e os Critérios de Decisão
	Referências
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	 Estratégias de Atendimento
	Para início de conversa…
	Objetivo
	1.	Ciclo do Pedido nas Relações entre Cliente
e Fornecedor
	1.1	O Gerenciamento de Pedidos como Vantagem Competitiva
	1.2	Tempo de Ciclo do Pedido
	1.3	OMS e VMI como Tecnologias Dentro do Ciclo de Pedido
	1.4	Estratégia de Atendimento do Fornecedor
	2.	Métodos de Processamento de Pedidos Adequados ao Perfil do Negócio 
	2.1	Tipos de Processamento de Pedidos
	3.	Logística de Resposta Rápida e Logística Enxuta
	3.1	Logística Enxuta
	3.2	O Valor para a Logística Enxuta
	3.3	A Cadeia de Valor para a Logística Enxuta
	3.4	O Fluxo de Valor na Logística Enxuta
	3.5	A Produção Puxada na Logística Enxuta
	Referências
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	_7oyf5mseflk7
	_qvlmlmko86wt
	_d9lcsc1ge9k0
	_mayucqjhi1jp
	_9osefv5ryvnj
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	Trade-offs e Nível de Serviço Logístico
	Para início de conversa…
	Objetivo
	1.	Elementos do Nível de Serviço Logístico
	2.	Custos Associados ao Nível de Serviço Logístico
	3. Principais Trade-offs Logísticos
	Referências
	Logística de Suprimentos
	Para início de conversa…
	Objetivo 
	1.	Impactos das Decisões de Suprimentos
	1.1	Importância da Atividade de Compras
	1.2	Obtenção de Vantagem Competitiva 
	1.3	Supply Chain Management
	1.4	Gestão de Risco na Cadeia de Suprimentos
	2.	Critérios para Decisão de Fornecedor
	3.	Planejamento da Estratégia de Suprimentos
	Referências
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	Logística de Distribuição
	Para Início de Conversa…
	Objetivo
	1. 	Variáveis de Decisão para a Distribuição Física de Produtos
	2. 	Planejamento de Redesde Distribuição e Determinação de Zonas de Entregas
	3. 	Entrega da “Última Milha” e Métodos de Roteirização
	3.1 	Última Milha ou Last Mile
	3.2 	Métodos de Roteirização
	Considerações Finais
	Referências

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