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LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA AULA 6 Prof. João Marcos Andrade 2 CONVERSA INICIAL É quase unânime o conceito de quão bom é ganhar desconto, pois reflete uma sensação de um presente, um ganho, embora nem sempre seja tão real assim. Na área tributária, também é uma maneira de se obter vantagens competitivas, através da obtenção de reduções em alíquotas, suspensões de recolhimentos tributários por meio de alguma permissão legal; enfim, as vantagens, quando legais, sempre são bem-vindas. Na gestão administrativa financeira, também é comum a busca por essas possibilidades de redução de custos, mediante a aplicação de mecanismos administrativos, como os observados no capítulo 5, relativamente aos procedimentos da Elisão Fiscal. Então, é valiosa a consideração de que, para promover a gestão tributária, é muito necessária a busca pelo conhecimento técnico das possibilidades de prática operacional, que signifique ganhos mesmo que através de redução de custos tributários, e não necessariamente faturamento motivado por vendas. CONTEXTUALIZANDO Esta abordagem é formada por tópicos extremamente presentes e constantes na administração dos negócios, com variações de características, a partir do porte da empresa, perfil do negócio, mercado de atuação, dentre outros fatores. Mas fato é que a tributação está presente nas práticas comerciais e de produção, de um modo geral. Neste capítulo, nossa missão é analisar alguns fatores diretamente ligados a possíveis práticas de ações operacionais que confiram à organização possibilidade de redução tarifária por meio de dispositivos presentes na Legislação Tributária, permitindo, em algumas ocasiões, reduções inclusive de preços de vendas, exatamente a partir da obtenção da redução tarifária, que permite aplicações menores de repasse de custos ao consumidor e clientes em geral. 3 TEMA 1 – BENEFÍCIOS FISCAIS DE ÂMBITO GERAL E DE COMÉRCIO EXTERIOR Branchier e Tesolin (2012, p. 120) citam que “responsabilidade tributária: a regra geral e natural é a sujeição passiva direta, isto é, quem realiza a situação que constitui o fato gerador é quem paga o tributo. Assim, via de regra, o sujeito passivo é o contribuinte”. Sempre antes de recolher um tributo, o recomendável é a análise sobre a Legislação Tributária que o estabelece, considerando a possibilidade de alterações implementadas por meio de atualizações e alterações recentes. Entretanto, é compreensível que nem sempre a análise é realizada, por motivos como curto tempo, inexperiência, dentre outros motivos. Ao mesmo tempo, a recomendação é a aplicação de conhecimento técnico tributário, para não pagar custos financeiros que poderiam ser evitados. As possibilidades de práticas tributárias de forma reduzida somente são possíveis a partir do cumprimento das regras constantes na Legislação Tributária, na qual encontram-se as regulamentações necessárias para recolhimentos tributários corretos, independentemente da forma de recolhimento, seja integral ou reduzido, através de benefícios tributários legais. 1.1 Benefícios fiscais no âmbito geral Seja qual for o tipo de negócio em que atua, a empresa deve buscar informações que permitam a obtenção de benefícios tributários, a partir de publicações nos diversos meios de comunicação com especialização na área tributária, bem como nos portais na internet oficiais dos órgãos governamentais, como a Receita Federal e a Receita Estadual. 1.2 Benefícios fiscais no comércio exterior Para as atividades relacionadas ao Comércio Exterior, as possibilidades de alcançar benefícios fiscais encontram-se dispostas com considerável destaque no compêndio direcionado ao setor, como é o caso do Decreto n. 6.759/2009, que acolhe o Regulamento Aduaneiro, bem como a Lei n. 10.833/2004, no que se refere a possíveis benefícios aplicáveis às contribuições 4 sociais (PIS-Pasep e Cofins), assim como o Decreto n. 7.212/2010 e n. 11.158/2022. As atividades de comércio exterior possuem suas regulamentações de forma muito específica conforme o tipo de aplicabilidade de cada uma, sendo portanto carentes de expressiva análise dos profissionais atuantes na área, para que as aplicações de benefícios tributários sejam realizadas de forma amplamente compatível com os requisitos legais estabelecidos e vigentes à época das respectivas utilizações nas atividades correspondentes, a saber, importações ou exportações, sobre as quais detalhes são manifestados com maior destaque nesta abordagem, durante os próximos tópicos. TEMA 2 – REGIMES ADUANEIROS ESPECIAIS As realizações de atividades de Importação e Exportação são alvo de vantajosas práticas tributárias, conforme verificado ao longo do nosso estudo. As possibilidades de aplicações de artifícios presentes na Legislação Tributária permitem realizações de negócios que não se viabilizariam sob o ponto de vista financeiro, não fossem as vantagens advindas das concessões tributárias presentes na Legislação. De encontro a esta consideração, constam os Regimes Aduaneiros Especiais, os quais permitem realizações de projetos de variadas formas às organizações nos mais diversos ramos de atuação. Por isso, vejamos inicialmente a conceituação do citado tema. A Receita Federal do Brasil, na condição de órgão fiscalizador das atividades aduaneiras e arrecadador tributário, ao definir os Regimes Aduaneiros Especiais, publica: “Assim chamados por não se adequarem à regra geral do regime comum de importação e de exportação” (Governo Federal, 2022). Nyegray (2016) e Meira (2012, p. 344) afirmam que Regimes Aduaneiros Especiais “são regimes distintos do regime comum de importação e de exportação em decorrência de incentivos fiscais concernentes aos impostos sobre o comércio exterior e de controle aduaneiro em relação aos bens objeto da operação”. Vejamos, então, de forma detalhada, os benefícios tributários a partir dos Regimes Aduaneiros Especiais. 5 2.1 Regime Aduaneiro Especial: Drawback O referido Regime Especial é o que permite a importação ou aquisição no mercado interno de insumos e matéria-prima a serem empregados em processo produtivo a ser destinado à exportação, tendo sido estabelecido pelo Decreto- Lei n. 37/1966. Em tese, a aplicabilidade do Regime se dá no benefício de não recolhimento dos tributos que incidiriam nas aquisições comuns das mesmas matérias-primas ou insumos, quando realizadas para a produção de bens e mercadorias destinadas ao consumo no mercado interno/nacional. Sob aspectos legais, mencionamos a Portaria da Secex (Secretaria de Comércio Exterior) n. 23/2011 e o Decreto n. 6.759/2009, que, no art. 383, relata sobre as Modalidades de Drawback Suspensão e Isenção. O art. 383 do Decreto n. 6.759/2009 cita no Inciso I: I - suspensão - permite a suspensão do pagamento do Imposto de Importação, do Imposto sobre Produtos Industrializados, da Contribuição para o PIS/Pasep, da Cofins, da Contribuição para o PIS/Pasep-Importação e da Cofins-Importação, na importação, de forma combinada ou não com a aquisição no mercado interno, de mercadoria para emprego ou consumo na industrialização de produto a ser exportado (Lei n. 11.945, de 4 de junho de 2009, art. 12, caput). (Brasil, 2009) 2.2 Regime Aduaneiro Especial: Admissão Temporária Importar mediante a caracterização temporal, isto é, praticar a importação de determinado bem por um tempo de permanência no Brasil predefinido. Assim se define o Regime Aduaneiro Especial de Admissão Temporária, previsto na Instrução Normativa da Receita Federal n. 1600/2015 e 1984/2020, a qual permite a suspensão dos impostos que incidiriam na importação por um determinado período de tempo, o qual é definido na referida legislação, compreendendo algumas atividades, vide constante na legislação citada. Tais procedimentos se validam a partirda assunção da responsabilidade por parte do importador de aplicação dos bens exclusivamente à finalidade proposta no pedido do benefício à Receita Federal e mediante o cumprimento de todos os requisitos determinados na legislação correspondente (acima citada), especialmente aos prazos nela estabelecidos, conforme o enquadramento da importação nos benefícios deste Regime Especial Aduaneiro. 6 A Instrução Normativa da Receita Federal n. 1600/2015 define o Regime Aduaneiro Especial de Admissão Temporária como assim sendo: Art. 2º O regime aduaneiro especial de admissão temporária com suspensão total do pagamento de tributos é o que permite a importação de bens que devam permanecer no país durante prazo fixado, com suspensão total do pagamento dos seguintes tributos incidentes na importação: I - imposto de importação (II); II - imposto sobre produtos industrializados (IPI); III - contribuição para os programas de integração social e de formação do patrimônio do servidor público incidente na importação de produtos estrangeiros ou serviços (PIS/Pasep-Importação); IV - contribuição social para o financiamento da seguridade social devida pelo importador de bens estrangeiros ou serviços do exterior (Cofins-Importação); V - contribuição de intervenção no domínio econômico combustíveis (Cide-Combustíveis); e VI - adicional ao frete para renovação da Marinha Mercante (AFRMM). (Brasil, 2015) 2.3 Regime Aduaneiro Especial: Exportação Temporária Este Regime Aduaneiro Especial permite a saída temporária do país de bens com a suspensão do Imposto de Exportação, desde que retornem ao país no curso do prazo estabelecido na legislação que o disciplina, a saber a Instrução Normativa da Receita Federal n. 1600/2015, permitindo a exportação por um período de tempo aplicável a bens, por exemplo, para exposição em feiras, eventos científicos, técnicos, culturais, esportivos, industriais, dentre outros, ou ainda para manutenção de equipamentos em eventual fabricante, dentre outros enquadramentos, constantes e disponíveis no art. 91 da referida Legislação. Importante a leitura e análise da legislação acima descrita para compreensão relativa à operacionalização aduaneira do Regime Aduaneiro Especial de Exportação Temporária. 2.4 Regime Aduaneiro Especial: Trânsito Aduaneiro A legislação que estabelece o Regime Aduaneiro Especial de Trânsito Aduaneiro é o Decreto-Lei n. 37/1966, com destaque para o art. 73 daquela legislação, juntamente com o art. 315 do Decreto n. 6.759/2009, e a Instrução 7 Normativa da Receita Federal n. 248/2002, a qual disciplina a prática e realização das operações relativas ao referido Regime Especial. Na prática, o citado Regime Especial permite ao importador remover, sem recolhimento dos impostos incidentes na importação, uma carga originária do exterior, a partir da Zona Alfandegária Primária (porto aquaviário, aeroporto ou fronteira terrestre), até uma Zona Alfandegária Secundária (Porto Seco, Estação Aduaneira de Interior – Eadi, Centro Logístico Integrado Aduaneiro – Clia). Esta remoção logística permite ao importador decidir o local do Recinto Aduaneiro1 no qual melhor lhe convém a realização dos procedimentos de nacionalização da importação, previstos na Instrução Normativa da Receita Federal n. 680/2006, para cumprimento das formalidades aduaneiras e tributárias da importação. 2.5 Regime Aduaneiro Especial: Recof A Instrução Normativa da Receita Federal n. 2126/2012 orienta e disciplina a prática deste Regime Aduaneiro Especial, o qual contempla, segundo a referida legislação: Art. 2º O Recof permite à empresa importar ou adquirir no mercado interno, com suspensão do pagamento de tributos, sob controle aduaneiro informatizado, mercadorias que, depois de submetidas a operação de industrialização, sejam destinadas à exportação ou ao mercado interno. (Redação dada pelo(a) Instrução Normativa RFB n. 2131, de 01 de fevereiro de 2023). (Brasil, 2022) Este Regime Aduaneiro Especial contempla a importação ou aquisição no mercado interno de mercadorias para serem transformadas em produtos, bens e mercadorias que serão, após suas fabricações, destinadas à exportação ou mesmo ao mercado interno, sem a necessidade de recolhimento dos tributos que incidiriam na importação comum ou na aquisição no mercado doméstico. A legislação cita que o referido Regime Aduaneiro Especial compreende a prática industrial, através de Controle Aduaneiro realizado por Sistema Eletrônico Informatizado, que na prática consiste na obrigatoriedade da empresa 1 Recinto Aduaneiro: entende-se por alfandegamento a autorização, por parte da Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil (RFB), para que, nos locais ou recintos especificados no art. 3º e sob controle aduaneiro, possam ocorrer as seguintes atividades Disponível em: <http://normas.receita.fazenda.gov.br/sijut2consulta/link.action?idAto=123006>. Acesso em: 21 jul. 2023. 8 quanto a manter interface de dados com o Sistema Eletrônico de Comércio Exterior da Receita Federal, para que as operações tenham os cruzamentos de dados, e assim, a empresa possa fazer jus aos benefícios fiscais estipulados no referido Regime, que são a Suspensão Tributária. 2.6 Regime Aduaneiro Especial: Entreposto Aduaneiro na Importação A Instrução Normativa da Receita Federal n. 241/2002 orienta e disciplina a prática deste Regime Aduaneiro Especial. Conforme o art. 404 do Decreto n. 6.759/2009, o Regime Aduaneiro Especial de Entreposto Aduaneiro […] é o que permite a armazenagem de mercadoria estrangeira em recinto alfandegado de uso público, com suspensão do pagamento dos impostos federais, da contribuição para o PIS/Pasep-Importação e da Cofins-Importação incidentes na importação (Decreto-Lei n. 1.455, de 1976, art. 9º, com a redação dada pela Medida Provisória n. 2.158-35, de 2001, art. 69; e Lei n. 10.865, de 2004, art. 14). (Brasil, 2009) Na prática, este Regime Especial Aduaneiro permite a importação com suspensão dos impostos incidentes na importação, para importações que ingressarem ao Território Nacional e forem armazenadas em Recinto Aduaneiro por período não superior a um ano (prorrogável por igual período), de modo que de uma respectiva quantidade total de mercadoria, sobre a qual se realizará o recolhimento dos tributos incidentes na Importação, de forma proporcional, a partir das quantidades nacionalizadas separadamente, durante o período de vigência do Regime. 2.6.1 Regime Aduaneiro Especial: Entreposto Aduaneiro na Exportação No art. 411 do Decreto n. 6.759/2009, encontramos o estabelecimento da definição relativa à prática do Regime Aduaneiro Especial de Entreposto Aduaneiro na Exportação, conforme segue: Art. 411. O entreposto aduaneiro na exportação compreende as modalidades de regime comum e extraordinário (Decreto-Lei n. 1.455, de 1976, art. 10, caput, com a redação dada pela Medida Provisória n. 2.158-35, de 2001, art. 69). Parágrafo 1º Na modalidade de regime comum, permite-se a armazenagem de mercadorias em recinto de uso público, com suspensão do pagamento dos impostos federais (Decreto-Lei n. 1.455/1976, art. 10, caput, inciso I, com a redação dada pela Medida 9 Provisória n. 2.158-35, de 2001, art. 69). (Redação dada pelo Decreto n. 8.010, de 2013) Parágrafo 2º Na modalidade de regime extraordinário, permite-se a armazenagem de mercadorias em recinto de uso privativo, com direito a utilização dos benefícios fiscais previstos para incentivo à exportação, antes do seu efetivo embarque para o exterior (Decreto- Lei n. 1.455, de 1976, art. 10, inciso II, com a redação dada pela Medida Provisória n. 2.158-35, de 2001, art. 69). Parágrafo 3º O regime de entreposto aduaneiro na exportação, na modalidade extraordinário, somente poderá ser outorgado a empresa comercial exportadora constituída na forma prevista no art. 229, medianteautorização da Secretaria da Receita Federal do Brasil (Decreto-Lei n. 1.455, de 1976, art. 10, parágrafo 1º, com a redação dada pela Medida Provisória n. 2.158-35, de 2001, art. 69). (Brasil, 2009) TEMA 3 – INCENTIVOS ADUANEIROS ÀS EXPORTAÇÕES Conforme já observado ao longo do nosso estudo, as exportações são atividades que promovem riquezas ao país, levando-se em consideração fatores como a diferença cambial referente à desvalorização da moeda brasileira frente ao dólar americano, que serve de fator de balizamento das transações internacionais. Esse fator propicia a entrada de recursos na economia nacional, exponencialmente superior aos valores empregados na produção daquilo que será exportado. Essa vantagem monetária obtida na exportação é sentida de forma positiva. Por exemplo, uma venda de determinada mercadoria ao exterior, ao preço de USD 10.000,00 (dez mil dólares americanos), converter-se-á em uma entrada de dinheiro na conta do exportador, na ordem de aproximadamente R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais), levando-se em consideração uma cotação média da moeda americana de R$ 5,00 para dólar. Observando essa possível realidade, é então correto afirmar que a atividade de exportação é muito vantajosa sob o ponto de vista econômico, pois a não obrigatoriedade da tributação sobre a mesma permite maior valorização financeira, na medida em que não há dispêndio financeiro para custeá-la. 3.1 Desoneração Tributária nas Atividades de Exportação A atividade de exportação, por significar maior forma de investimentos estrangeiros no país de forma contínua, dispõe de benefícios tributários que permitem o não recolhimento do Imposto de Importação, o qual está previsto na 10 Legislação Tributária, vide Inciso II do art. 153 da Constituição Federal, juntamente com o art. 212 do Decreto n. 6.759/2009, além do art. 23 da Lei n. 1.572/1966 (Código Tributário Nacional). O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior dispõe de publicação em seu portal oficial, com instruções relativas à desoneração das atividades de exportação, conforme apresentado a seguir: O tratamento fiscal das exportações brasileiras segue a prática mundial e busca a desoneração dos tributos indiretos sobre as exportações. Dessa forma, a Constituição Federal de 1988 definiu que não incidem sobre as exportações brasileiras o IPI (art. 153, parágrafo 3º, III), o ICMS (art. 155, parágrafo 2º, X, “a”) e as Contribuições Sociais e de Intervenção no Domínio Econômico, tais como o Programa de Integração Social e o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público - PIS/Pasep e a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins (art. 149, parágrafo 2º, I). Além de não incidirem sobre o faturamento das exportações, o exportador mantém o direito ao crédito gerado pela incidência desses tributos sobre a aquisição dos insumos empregados nos produtos exportados. Portanto, os valores correspondentes a esses tributos não devem compor o preço do produto final exportado. (Ministério da Economia, 2023) 3.1.1 Não Incidência de PIS-Pasep nas Atividades de Exportação A Lei n. 10.637/2002, em seu art. 5º, apresenta a não incidência das contribuições sociais PIS/Pasep sobre exportações, a saber: Art. 5º A contribuição para o PIS/Pasep não incidirá sobre as receitas decorrentes das operações de: I - exportação de mercadorias para o exterior; III - vendas a empresa comercial exportadora com o fim específico de exportação. (Brasil, 2002) A contribuição PIS-Pasep encarece sobremaneira uma série de produtos. No entanto, as opções para análises técnicas tributárias, que visem o não recolhimento das referidas contribuições, podem viabilizar negócios que não se concretizariam, não fossem as permissões legais, como é o caso das desonerações das exportações. 3.1.2 Não Incidência de Cofins nas Atividades de Exportação A Lei n. 10.833/2004, em seu art. 6º, apresenta a não incidência de outra contribuição social sobre as atividades de exportação, a saber: 11 A Cofins não incidirá sobre as receitas decorrentes das operações de: I - exportação de mercadorias para o exterior. III - vendas a empresa comercial exportadora com o fim específico de exportação. (Brasil, 2003) Essa é mais uma das importantes desonerações nas atividades de exportação, tendo em vista que as alíquotas da referida contribuição são consideradas altas, girando entre 9,65% e 10,65%, com algumas ainda mais altas em determinadas atividades, conforme o tipo de mercadoria. Por esse motivo, a desoneração na exportação permite o planejamento empresarial com possibilidades de redução no preço de venda no exterior, possibilitada pela não obrigatoriedade tributária. 3.1.3 Não Incidência de IPI nas Atividades de Exportação Apesar de ser um tributo muito comum em praticamente todas as operações relacionadas a produtos industrializados, o IPI também tem suas questões de incentivos constitucionais que favorecem as atividades de exportações. A partir de publicação no Inciso III do parágrafo 3º, do art. 153 da Constituição Federal, o qual determina que “III - não incidirá sobre produtos industrializados destinados ao exterior” (Brasil, 1988). A carga tributária gerada a partir da incidência do IPI, por exemplo, em atividades de importação, encarece sobremaneira qualquer produto ao qual se aplique NCM com vigência de alíquota. É possível que seja motivo inclusive de impedimento de realização de algumas importações, devido ao fato de tal situação inviabilizar operações de aquisições no exterior para comercialização no Brasil. Portanto, cabe a comparação de quão vantajosa passa a ser a prática da atividade de exportação, sem a incidência tributária do referido tributo. 3.1.4 Não Incidência de ICMS nas Atividades de Exportação Com relação ao tributo de competência estadual, a Constituição Federal também determina a possibilidade de sua não obrigatoriedade quando dos recursos obtidos através de atividades de exportação. No art. 155, parágrafo 2º, X, “a” da CF/1988, encontramos: 12 Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: II - operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior; Parágrafo 2.º O imposto previsto no inciso II atenderá ao seguinte: X - não incidirá: a) sobre operações que destinem mercadorias para o exterior, nem sobre serviços prestados a destinatários no exterior, assegurada a manutenção e o aproveitamento do montante do imposto cobrado nas operações e prestações anteriores. (Brasil, 1988, grifo nosso) Cada estado tem autonomia para determinar a aplicação do ICMS conforme os convênios firmados no Conselho Nacional de Fazenda (Confaz). Porém, para as atividades de exportação, as vantagens financeiras que cada estado pode obter através da entrada de recursos do exterior, nas empresas sediadas em seus respectivos territórios, são superiores ao recolhimento do tributo diretamente sobre a atividade. Isso se deve ao fato de que ao promover a entrada do recurso no “caixa”, a empresa certamente também realizará investimentos diversos, com várias outras possibilidades que permitirão arrecadação tributária, como compras de novos produtos, geração de empregos, aquisição de novos equipamentos para modernização de parques fabris, dentre outras. 3.2 Exceções Relativas ao Imposto de Exportação Nas exportações dos produtos Cigarros que contenham tabaco, destacados na classificação fiscal NCM 2402.20.00, a tributação decorrente da atividade, especificamente para o imposto de exportação, está prevista no Decreto n. 2.876/98 e Portaria Secex n. 23/2011, Anexo XVII, art. 10. Obs.: o Decreto n. 2.876/98 também prevê a incidência do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados)nas atividades de exportação dos cigarros que contenham tabaco. 3.3 Obrigatoriedade do Recolhimento do Imposto de Exportação A previsão legal para o recolhimento do referido tributo é então sobreposta pelas concessões tributárias, com vistas ao incentivo da atividade no país. Para 13 a incidência do Imposto de Exportação nas atividades dessa natureza, faz-se necessária a observação ao Sistema de Tratamento Administrativo das Exportações disponível no portal único do Siscomex2. O referido sistema apresenta, através da Classificação Fiscal da Mercadoria, a obrigatoriedade ou não do recolhimento do tributo, conforme a legislação citada acima no subtema 3.1. 3.4 Diferenciais competitivos, a partir de profissionais da área tributária, ávidos pela busca e aplicação do conhecimento Não recolher tributos é possível desde que sob as regras tributárias disponibilizadas na Legislação Tributária, conforme procedimentos observados ao longo do nosso estudo, com enfoque nesta abordagem. A gestão tributária para ser eficaz depende de profissionais que não se estabelecem a partir do comodismo, de apenas cumprir as determinações da obrigatoriedade tributária imposta ao sujeito passivo na tributação, conforme previsto no art. 121 da Lei n. 1.572/1966 (Código Tributário Nacional), porém sem desenvolver aptidão pela busca de alternativas, a partir da Elisão Fiscal. A este contexto, aplicam-se então as observações aos procedimentos legais definidos no compêndio legal já analisados ao longo dessas explicações, em nosso estudo, ao se considerar possível, por exemplo, que não recolher tributos não é crime contra a ordem tributária, desde que tal decisão esteja embasada em fundamentação legal, a qual somente é obtida através da leitura, análise e aplicação das possibilidades de desoneração tributária, o que torna uma atividade muitas vezes viável. Entretanto, a gestão tributária mais dinâmica sob o ponto de vista arrojado, no sentido de “pensar fora da caixa” (ditado popular), é somente possível em organizações que despendem energia de trabalho e recursos suficientes na obtenção das convicções tecnicamente necessárias para tomadas de decisão não tão convencionais. Importante ao mesmo tempo, considerar que se excetuam dessa maneira de atuação as organizações mais “conservadoras”, as quais temem o rigor fiscal da Receita Federal e, por acaso, optem por sempre atuarem recolhendo o teto 2 Disponível em: <www.portalunicosiscomex.gov>. Acesso em: 21 jul. 2023. 14 percentual das alíquotas aplicáveis em cada tributo. Ao mesmo tempo, a mesma Legislação Tributária que determina a incidência de referida contribuição também apresenta possibilidades do não recolhimento tributário. Evidentemente, para segurança jurídica e técnica em cada decisão tomada em executar determinada atividade sem o recolhimento de um referido tributo, é necessário que se pratique com a exigência de desprendimento de tempo para estudo e análise sobre o assunto. Se possível, com a participação de terceiros com capacidade técnica relativa às práticas de condução de negócios, sob decisões de acordo com as variáveis legais disponíveis no fato gerador de determinada atividade tributária. 3.5 Incentivos Aduaneiros nas Exportações: Diferencial Administrativo A título de incentivos não tributários para as atividades de exportação, há, por exemplo, favorecimento concedido pelos armazéns alfandegários portuários, os quais, na maioria, concedem um prazo sem custo de armazenamento de carga, normalmente à fração de 7 a 10 dias, anteriormente à data de previsão de saída do navio, a internacionalmente compreendida na logística como ETD (Estimated Time Departure), que em tradução livre significa Data Estimada de Partida (do navio). Na prática, o exportador tem a possibilidade de enviar a carga até 10 dias anteriores à data prevista para partida do navio, para providências de Desembaraço Aduaneiro de Exportação, seguindo as determinações da Instrução Normativa da Receita Federal n. 1702/2017. Esse período compreende a entrada da carga no porto, para cumprimento então das regras aduaneiras e fitossanitárias, se for o caso, porém sem ocorrer custo pelo tempo de permanência da carga no terminal portuário, configurando assim, mais um incentivo à exportação. Obs.: recomenda-se a análise e questionamento ao Terminal Portuário a ser utilizado, para que se cumpram os requisitos determinados pelo mesmo, sem gerar custos imprevistos na logística da exportação. 15 3.6 Incentivos Fiscais nas Exportações: Programa Reintegra A Receita Federal do Brasil, como órgão responsável pela arrecadação tributária, também apresenta “permissão” para obtenção de vantagens tributárias sobre atividades de exportação já realizadas e nas quais tenham sido realizados recolhimentos tributários. A este procedimento, por nós definido como permissão, é concedida pelo referido órgão governamental, a denominação de Programa Reintegra, o qual compreende basicamente a formulação de processo administrativo eletrônico pelo portal oficial do órgão, por parte do exportador, mediante a justificativa documental que evidencie que determinada atividade de exportação foi realizada, a qual lhe confere o direito de revisão de créditos tributários. Para enfatizar o citado programa, vejamos a publicação oficial no portal do Ministério da Economia, atualmente redefinido como Ministério da Fazenda: O Regime objetiva reintegrar valores referentes a custos tributários federais residuais existentes nas cadeias de produção dos bens manufaturados exportados. O regime é a principal política de desoneração no âmbito do comércio exterior, trazendo vantagens econômicas efetivas, pois o benefício fiscal somente é concedido na medida em que as empresas apresentem resultados reais, ou seja, após serem efetivadas as vendas ao mercado externo. Os exportadores podem utilizar os valores do Reintegra para compensar débitos próprios, vencidos ou vincendos, relativos a tributos administrados pela Receita Federal ou, então, solicitar a quantia em espécie. Para isso, as empresas atestam à Receita Federal o cumprimento pelo produto exportado dos requisitos estabelecidos, inclusive quanto ao limite de conteúdo importado. O processamento dos créditos do Reintegra é realizado trimestralmente pelo sistema eletrônico da Receita Federal PER/DCOMP, mesmo nos casos de reintegração em espécie. O pedido de ressarcimento ou a declaração de compensação somente podem ser transmitidos após o encerramento do trimestre calendário em que ocorreu a exportação e após a averbação do embarque. Legislação: Lei n. 13.043, de 13 de novembro de 2014 (arts. 21 a 29) (http://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/_Ato2011- 2014/2014/Lei/L13043.htm) Decreto n. 8.415, de 27 de fevereiro de 2015 (http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015- 2018/2015/Decreto/D8415.htm). (Ministério da Economia, 2023) 16 TEMA 4 – ISENÇÕES E REDUÇÕES DE TRIBUTOS As Isenções Tributárias são práticas com especificações de aplicabilidade muito específicas, de forma que as análises técnicas a serem realizadas sobre qualquer que seja a atividade demandam eficaz comparação e estudo prévios antes da realização da atividade, para que seja possível o cumprimento da exigência da incompetência do poder público em determinar ou expedir alguma eventual regra de instituição de tributo sobre atividade com imunidade tributária constitucional. 4.1 Isenções tributárias Diferentemente das imunidades, as isenções configuram-se como infraconstitucionais, obrigadas a serem expressas em leis ordinárias, por exemplo, a Lei n. 8.402/1992 estabelece critérios para aplicações de benefícios fiscais de isenção tributária, em algumas possibilidades, como disposto abaixo: Art. 1º São restabelecidos os seguintes incentivos fiscais: I - incentivos à exportação decorrentes dosregimes aduaneiros especiais de que trata o art. 78, incisos I a III, do Decreto-Lei n. 37/1966; II - manutenção e utilização do crédito do Imposto sobre Produtos Industrializados relativo aos insumos empregados na industrialização de produtos exportados, de que trata o art. 5º do Decreto-Lei n. 491, de 5 de março de 1969; III - crédito do Imposto sobre Produtos Industrializados incidente sobre bens de fabricação nacional, adquiridos no mercado interno e exportados de que trata o art. 1º, inciso I, do Decreto-Lei n. 1.894, de 16 de dezembro de 1981; IV - isenção e redução do Imposto de Importação e Imposto sobre Produtos Industrializados, a que se refere o art. 2º, incisos I e II, alíneas a a f, h e j, e o art. 3º da Lei n. 8.032, de 12 de abril de 1990; V - isenção e redução do Imposto de Importação, em decorrência de acordos internacionais firmados pelo Brasil; VI - isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados na aquisição de produto nacional por Lojas Francas, de que trata o art. 15, parágrafo 3º, do Decreto-Lei n. 1.455, de 7 de abril de 1976, com a respectiva manutenção e utilização do crédito do imposto relativo aos insumos empregados na sua industrialização; VIII - isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados incidente sobre aeronaves de uso militar e suas partes e peças, bem como sobre 17 material bélico de uso privativo das Forças Armadas, vendidos à União, de que trata o art. 1º da Lei n. 5.330, de 11 de outubro de 1967; X - isenção do Imposto de Renda na Fonte incidente sobre as remessas ao exterior de juros devidos por financiamentos à exportação, de que tratam o art. 1º do Decreto-Lei n. 815, de 4 de setembro de 1969, com a redação dada pelo art. 87 da Lei n. 7.450, de 23 de dezembro de 1985, e o art. 11 do Decreto-Lei n. 2.303, de 21 de novembro de 1986; XI - isenção do Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro, ou Relativas a Títulos ou Valores Mobiliários incidente sobre operações de financiamento realizadas mediante emissão de conhecimento de depósito e warrant representativos de mercadorias depositadas para exportação em entrepostos aduaneiros, de que trata o art. 1º do Decreto-Lei n. 1.269, de 18 de abril de 1973; XII - isenção do Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro, ou Relativas a Títulos ou Valores Mobiliários incidente sobre operações de financiamento realizadas por meio de cédula e nota de crédito à exportação, de que trata o art. 2º da Lei n. 6.313, de 16 de dezembro de 1975; XIII - isenção do Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro, ou Relativas a Títulos ou Valores Mobiliários incidente sobre operações de câmbio realizadas para o pagamento de bens importados, de que trata o art. 6º do Decreto-Lei n. 2.434, de 19 de maio de 1988; XIV - não incidência da Contribuição para o Fundo de Investimento Social (Finsocial) sobre as exportações, de que trata o art. 1º, parágrafo 3º, do Decreto-Lei n. 1.940, de 25 de maio de 1982. XV - isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados para as embarcações com a respectiva manutenção e utilização do crédito do imposto relativo aos insumos empregados na sua industrialização, de que trata o parágrafo 2º do art. 17 do Decreto-Lei n. 2.433, de 19 de maio de 1988, com a redação dada pelo Decreto-Lei n. 2.451, de 29 de julho de 1988. Parágrafo 1º É igualmente restabelecida a garantia de concessão dos incentivos fiscais à exportação de que trata o art. 3º do Decreto-Lei n. 1.248, de 29 de novembro de 1972, ao produtor-vendedor que efetue vendas de mercadorias a empresa comercial exportadora, para o fim específico de exportação, na forma prevista pelo art. 1º do mesmo diploma legal. Parágrafo 2º São extensivos às embarcações, como se exportadas fossem, inclusive às contratadas, os benefícios fiscais de que tratam os incisos I a V deste artigo. (Brasil, 1992) A Lei n. 8.032/1990 determina a Isenção do Imposto de Importação (II) e Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) nas atividades de importação, porém com aplicabilidades muito restritas, conforme disposto no art. 2º da referida legislação, conforme se vê a seguir: Art. 2º As isenções e reduções do Imposto de Importação ficam limitadas, exclusivamente: 18 I - às importações realizadas: a) pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal, pelos Territórios, pelos Municípios e pelas respectivas autarquias; b) pelos partidos políticos e pelas instituições de educação ou de assistência social; c) pelas Missões Diplomáticas e Repartições Consulares de caráter permanente e pelos respectivos integrantes; d) pelas representações de organismos internacionais de caráter permanente, inclusive os de âmbito regional, dos quais o Brasil seja membro, e pelos respectivos integrantes; e) por Instituições Científica, Tecnológica e de Inovação (ICTs), definidas pela Lei n. 10.973, de 2 de dezembro de 2004; (Redação dada pela Lei n. 13.243, de 2016) f) por cientistas e pesquisadores, nos termos do parágrafo 2º do art. 1º da Lei n. 8.010, de 29 de março de 1990; (Incluído pela Lei n. 10.964, de 2004) g) por empresas, na execução de projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação, cujos critérios e habilitação serão estabelecidos pelo poder público, na forma de regulamento; (Incluído pela Lei n. 13.243, de 2016). (Brasil, 1990) Algumas das atividades com previsão de Isenção do Imposto de Importação, por exemplo, são: a) Importação de Partes e Peças destinadas à revisão e manutenção de aeronaves, conforme previsto na Lei n. 8.032/1990, art. 2, inciso II, parágrafo único; b) Importações realizadas por cientistas, pesquisadores e entidades ligadas à pesquisa e credenciados pelo CNPQ, através da Lei n. 8.010/1990 e Lei n. 10.864/2004; c) Importações realizadas por Instituições Científicas e Tecnológicas, com projeto aprovado pelo CNPQ, através da Lei n. 8.032/1990, art. 2º, inciso I, parágrafo único, e Lei n. 8.402/1992, art. 1º, inciso IV; d) Importações realizadas por Instituições de Educação ou Assistência Social, por meio da Lei n. 8.032/1990, art. 2º, inciso I, alínea “b”, parágrafo único, e Lei n. 8.402/1992, art. 1º, inciso IV; e) Importações realizadas pela União, Estados ou Municípios, por meio da Lei n. 8.032/1990, art. 2º, inciso I, alínea “a”, parágrafo único, e Lei n. 8.402/1992, art. 1º, inciso IV; 19 f) Drawback na Modalidade Isenção, conforme previsto na Lei n. 8.402/1992, art. 1º, inciso I, com Decreto-Lei n. 37/1966 art. 78, Inciso I. Saiba mais A título de complementação de estudo e compreensão macro do capítulo das isenções, propõe-se a elaboração de um cronograma de estudos que lhe permita a leitura das Leis acima mencionadas, as quais permitirão a visualização de possibilidades práticas das utilizações de benefícios fiscais, ora desconhecidos de várias atividades nos variados tipos de organizações e negócios. 4.2 Reduções tributárias Recolher tributos nas atividades de importação com redução da alíquota do Imposto de Importação também é possível, desde que, como já amplamente abordado, seja uma prática fundamentada em Lei. 4.2.1 Redução da Alíquota do Imposto de Importação (II) Vejamos algumas contemplações de possibilidades para redução da alíquota do Imposto de Importação: a) Importações realizadas sob ex-tarifário (Res. Gecex n. 284/2011); b) Importações sob o ACE 18 (atividades realizadas no Mercosul). Em todas as importações contempladas com benefícios de redução da alíquota do Imposto de Importação, é necessária ampla leitura atualizada da legislação que aplica o benefício, bem como entender e cumprir possíveis exigências, como a apresentação à Receita Federal de eventuais licenciamentos de importação, prévios à efetivação do embarque da mercadoria no país de origem. 4.2.2 Redução da Alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) Para o Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI), tambémhá fundamentação legal em algumas situações, por exemplo: 20 a) Importações realizadas sob ex-tarifário (Dec. n. 11.158/2022); b) Importações de placas (módulos) de memória com uma superfície inferior, sob ex-tarifário (Dec. n. 11.158/2022). Também de forma semelhante como sugerido nas práticas de importações com benefício de redução da alíquota do Imposto de Importação, nas quais tal benefício for estendido ao IPI, a análise ampla da legislação que determina a utilização do benefício é indispensável, visando o cumprimento de regras necessárias para o gozo do real direito do benefício sob as condições determinadas em lei. 4.2.3 Redução da Alíquota do PIS-Pasep e da Cofins As contribuições relativas ao PIS-Pasep e Cofins também encontram respaldo na Legislação Tributária para serem praticadas mediante a utilização do benefício de redução de alíquotas, conforme disposto na Lei n. 11.488/2007, a qual abrange importações relativas ao programa de Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento da Infraestrutura (Reidi), além de outras contemplações previstas e manifestas na Lei n. 10.865/2004. 4.3 Imunidade tributária Oliveira (2021, p. 100) e Portella (2018) citam “as imunidades tributárias da seguinte forma: as imunidades tributárias podem ser divididas em subjetivas e objetivas”. As subjetivas são aquelas que contemplam pessoas, as quais, de acordo com o Código Tributário Nacional, instituído pela Lei n. 1.572/1966, através do art. 9º, inciso IV, alíneas “a”, “b” e “c”, atingem entes variados, que veremos ainda neste subtema. A Constituição Federal determina no art. 150 a aplicação da imunidade tributária, sendo este um Regime de Tributação muito peculiar a entes, isto é, imunidade recíproca, pois alcança os próprios entes do poder público, como veremos, por exemplo, a seguir com apresentação de parte do referido artigo da Constituição Federal. Também está prevista, conforme citado no segundo parágrafo desse subtema, de acordo com a Lei n. 1.572/1966 (CTN), a imunidade tributária sobre 21 atividades religiosas, conforme disposto no mesmo artigo da Constituição Federal, além de também alcançar partidos políticos e instituições educacionais e assistenciais. As imunidades objetivas são compostas, por exemplo, de acordo com (Oliveira, 2021, p. 101), são aquelas que alcançam “as operações com livros, revistas, periódicos e o papel destinado à sua impressão, também denominada imunidade cultural ou de imprensa”. A fundamentação legal de tal citação está prevista na Constituição Federal, art. 150, inciso VI, alínea “d”, e contemplada pela Lei n. 1.572/1966 (CTN), no art. 9º, inciso IV, alínea “d”. Saiba mais Apenas no sentido de colaborar com a análise do tema, propõe-se uma citação de (Oliveira, 2021, p. 286), ao evidenciar a diferença entre imunidade e isenção tributária. Então vejamos: “Imunidade: é prevista na Constituição Federal e age impedindo a incidência da norma que prevê o tributo. Isenção: é prevista em lei, ou seja, a dispensa legal de recolher certo tributo, advém de dispositivo definido em lei, e como tal, inferior à Constituição Federal”. TEMA 5 – REGIMES EM ÁREAS ESPECÍFICAS Ao citarmos Nyegray (2016, p. 206), observamos uma importante menção contributiva às abrangências das práticas de tributação especial em áreas específicas, conforme cita o autor: […] não é novidade para nenhum de nós que o Brasil é um país de dimensões continentais. São milhões de quilômetros quadrados, que abrangem belas praias, extensas pradarias, serras, florestas e uma riqueza sem tamanho não só na biodiversidade, mas também nas diferentes culturas do nosso povo. Ainda a título de introdução poética ao tópico das especificações tributárias especiais em áreas específicas, o mesmo autor pontua que […] independentemente do governo ou da época, podemos afirmar com segurança que o desenvolvimento nacional seguiu ritmos diferentes em regiões diferentes. Justamente por isso, criaram-se áreas com leis e regras especiais, conhecidas como Regimes Aplicados em Áreas Especiais. A ideia foi auxiliar na promoção do crescimento e do desenvolvimento de algumas regiões nacionais específicas. O primeiro desses regimes tratados é a Zona Franca de Manaus. (Nyegray, 2016, p. 206) 22 5.1 Regimes em Áreas Específicas: Zona Franca de Manaus (ZFM) Com maior ênfase na Zona Franca de Manaus, a maior em termos de expansão territorial que obtém o caráter de Área Específica para obtenção de critérios específicos na tributação, teve sua geração a partir da Lei n. 3.173/1957, a qual determinou a caracterização da cidade de Manaus como Porto Livre. Já em 1967, ocorreu a criação da Zona Franca de Manaus (capital do Estado do Amazonas), a qual foi concebida com o objetivo de incentivar e estimular o crescimento da região, considerando a distância da mesma em relação às demais regiões do país. Em consonância com a necessidade da fundamentação legal para aplicação de qualquer incentivo fiscal e prática de recolhimento tributário de qualquer tipo, a Zona Franca de Manaus também possui suas prerrogativas legais para validação das concessões tributárias a ela conferidas. Por exemplo, nos casos de importações realizadas por empresas da região, mediante a observação dos dispositivos presentes no Decreto n. 6.759/2009, no art. 504, além do art. 1º do Decreto-Lei n. 288 de 1967. Nyegray (2016, p. 208), ao definir as particularidades tributárias da Zona Franca de Manaus, cita que […] a Superintendência da ZFM (Suframa) explica que a ZFM é um modelo de desenvolvimento econômico implantado pelo governo brasileiro objetivando viabilizar uma base econômica na Amazônia Ocidental, promover a melhor integração produtiva e social dessa região do país, garantindo a soberania nacional sobre suas fronteiras. (Suframa, 2016b) O Decreto n. 6.759/2009 define no art. 505 a aplicabilidade dos benefícios tributários sobre as atividades de importação realizadas na Zona Franca de Manaus, a saber: A entrada de mercadorias estrangeiras na Zona Franca de Manaus, destinadas a seu consumo interno, industrialização em qualquer grau, inclusive beneficiamento, agropecuária, pesca, instalação e operação de indústrias e serviços de qualquer natureza, bem como a estocagem para reexportação, será isenta dos impostos de importação e sobre produtos industrializados. (Brasil, 2009) Importante mencionarmos que o mesmo artigo contempla algumas ressalvas quanto à aplicação dos benefícios que menciona, tornando óbvia a 23 leitura e análise em sua íntegra, a quaisquer operações a que tal assunto se aplicar. Outra situação tributária muito relevante e considerável nas atividades de comercialização destinada à Zona Franca de Manaus diz respeito à equivalência dada pela Legislação Tributária às vendas de produtos realizadas por empresas externas à região da ZFM, ao observarmos, por exemplo, que o art. 506 do Decreto n. 6.759/2009 determina que: Art. 506. A remessa de mercadorias de origem nacional para consumo ou industrialização na Zona Franca de Manaus, ou posterior exportação, será, para efeitos fiscais, equivalente a uma exportação brasileira para o exterior (Decreto-Lei n. 288, de 1967, art. 4º). Parágrafo 1º O benefício de que trata o caput não abrange armas e munições, perfumes, fumo, bebidas alcoólicas e automóveis de passageiros classificados, respectivamente, nos capítulos 93, 33, 24, nas posições 2203 a 2206 e nos códigos 2208.20.00 a 2208.70.00 e 2208.90.00 (exceto o ex-tarifário 01) e na posição 8703 da Nomenclatura Comum do Mercosul (Decreto-Lei n. 340, de 22 de dezembro de 1967, art. 1º, com a redação dada pelo Decreto-Lei n. 355, de 6 de agosto de 1968, art. 1º). Parágrafo 2º O disposto no caput não compreende os incentivos fiscais previstos no Decreto-Lei n. 1.248, de 1972, nem os decorrentes do regime de drawback (Decreto-Lein. 1.435, de 1975, art. 7º). (Brasil, 2009) Ainda, relativamente à ZFM, é relevante observar que ao ocorrer importações para a citada área e quando de lá forem vendidas a outras regiões do país, estarão sujeitas aos tributos incidentes na importação. 5.2 Regimes em Áreas Específicas: Área de Livre Comércio (ALC) Nyegray (2016, p. 208) comenta que “assim como a Zona Franca de Manaus, o objetivo das Áreas de Livre Comércio é a promoção regional”. Priorizando a fundamentação legal em nossas ponderações relativas às concessões tributárias em forma de incentivos e estímulos a determinadas práticas de comércio exterior, observemos a determinação constante no art. 524 do Decreto n. 6.759/2009: Art. 524. Constituem áreas de livre comércio de importação e de exportação as que, sob regime fiscal especial, são estabelecidas com a finalidade de promover o desenvolvimento de áreas fronteiriças específicas da Região Norte do país e de incrementar as relações bilaterais com os países vizinhos, segundo a política de integração latino-americana (Lei n. 7.965, de 22 de dezembro de 1989, art. 1º; Lei 24 n. 8.210, de 19 de julho de 1991, art. 1º; Lei n. 8.256, de 25 de novembro de 1991, art. 1º, com a redação dada pela Lei n. 11.732, de 2008, art. 5º; Lei n. 8.387, de 1991, art. 11, caput; e Lei n. 8.857, de 8 de março de 1994, art. 1º). Parágrafo único. As áreas de livre comércio são configuradas por limites que envolvem, inclusive, os perímetros urbanos dos municípios de Tabatinga (AM), Guajará-Mirim (RO), Boa Vista e Bonfim (RR), Macapá e Santana (AP) e Brasiléia, com extensão para o município de Epitaciolândia, e Cruzeiro do Sul (AC) (Lei n. 7.965, de 1989, art. 2º, caput; Lei n. 8.210, de 1991, art. 2º, caput; Lei n. 8.256, de 1991, art. 2º, caput e parágrafo único, com a redação dada pela Lei n. 11.732, de 2008, art. 5º; Lei n. 8.387, de 1991, art. 11, parágrafo 1º; e Lei n. 8.857, de 1994, art. 2º, caput). (Brasil, 2009) Já o art. 525 do mesmo decreto determina quais são os benefícios tributários para importações realizadas pelas Áreas de Livre Comércio: Art. 525. A entrada de produtos estrangeiros nas áreas de livre comércio será feita com suspensão do pagamento dos impostos de importação e sobre produtos industrializados, que será convertida em isenção quando os produtos forem destinados a (Lei n. 7.965, de 1989, art. 3º, caput; Lei n. 8.210, de 1991, art. 4º, caput; Lei n. 8.256, de 1991, art. 4º, caput, com a redação dada pela Lei n. 11.732, de 2008, art. 5º; Lei n. 8.387, de 1991, art. 11, parágrafo 2º; e Lei n. 8.857, de 1994, art. 4º, caput): I - consumo e venda internos; II - beneficiamento, em seu território, de pescado, recursos minerais e matérias-primas de origem agrícola ou florestal; III - beneficiamento de pecuária, restrito às áreas de Boa Vista, Bonfim, Macapá, Santana, Brasiléia e Cruzeiro do Sul; IV - piscicultura; V - agropecuária, salvo em relação à área de Guajará-Mirim; VI - agricultura, restrito à área de Guajará-Mirim; VII - instalação e operação de atividades de turismo e serviços de qualquer natureza; VIII - estocagem para comercialização no mercado externo; IX - estocagem para comercialização ou emprego em outros pontos do país, restrito à área de Tabatinga; X - atividades de construção e reparos navais, restritas às áreas de Guajará-Mirim e Tabatinga; XI - industrialização de produtos em seus territórios, restritas às áreas de Tabatinga, Brasiléia e Cruzeiro do Sul; e XII - internação como bagagem acompanhada, observado o mesmo tratamento previsto na legislação aplicável à Zona Franca de Manaus. (Brasil, 2009) Ainda tomando como base uma das literaturas que endossam o nosso estudo, citamos Nyegray (2016, p. 215), ao dizer que […] existe uma inegável semelhança entre zona franca e área de livre comércio. Todavia, devemos notar algumas diferenças que podem ser destacadas com base nos artigos já citados. No caso da Área de Livre Comércio, existe isenção de impostos de importação sobre produtos industrializados, quando os produtos tiverem destinação específica, 25 conforme determinam as leis. Na Zona Franca, a isenção de impostos aplica-se a qualquer uso. Por fim, ao contrário do que ocorre com a ZFM, no caso da área de livre comércio não há previsão de cálculo do coeficiente de redução de impostos para mercadorias ali industrializadas. 5.3 Zona de Processamento de Exportação (ZPE) A atividade de exportação, conforme já observada ao longo do nosso estudo e, especialmente nesta abordagem, é alvo de incentivos tributários para estímulos do governo, que propiciem às empresas melhores condições de desenvolvimento de produtos e estratégias, visando expandir os negócios brasileiros no exterior. A Lei n. 11.508/2007, em seu art. 1º, define que: Art. 1º Fica o Poder Executivo autorizado a criar, nas regiões menos desenvolvidas, Zonas de Processamento de Exportação (ZPE), sujeitas ao regime jurídico instituído por esta Lei, com a finalidade de desenvolver a cultura exportadora, de fortalecer o balanço de pagamentos e de promover a difusão tecnológica, a redução de desequilíbrios regionais e o desenvolvimento econômico e social do país. (Redação dada pela Lei n. 14.184, de 2021) (Vigência) Parágrafo único. As ZPE caracterizam-se como áreas de livre comércio com o exterior, destinadas à instalação de empresas direcionadas para a produção de bens a serem comercializados no exterior, a prestação de serviços vinculados à industrialização das mercadorias a serem exportadas ou a prestação de serviços a serem comercializados ou destinados exclusivamente para o exterior, consideradas zonas primárias para efeito de controle aduaneiro. (Redação dada pela Lei n. 14.184, de 2021) (Vigência) (Brasil, 2007) Assim, as ZPEs possuem um apelo ao incentivo industrial destinado à exportação. Por exemplo, o Decreto n. 6.759/2009, no art. 534, trata do tema com a seguinte determinação: Art. 534. As zonas de processamento de exportação caracterizam-se como áreas de livre comércio de importação e de exportação, destinadas à instalação de empresas voltadas para a produção de bens a serem comercializados no exterior, objetivando a redução de desequilíbrios regionais, o fortalecimento do balanço de pagamentos e a promoção da difusão tecnológica e do desenvolvimento econômico e social do país. (Lei n. 11.508, de 2007, art. 1º, caput e parágrafo único) (Brasil, 2009) Para maiores detalhamentos relativos aos benefícios tributários concedidos às Zonas de Processamento de Exportações (ZPEs), recomenda-se com muita ênfase a leitura do capítulo III do Decreto n. 6759/2009, entre os arts. 534 a 541, o que permitirá compreensão nítida necessária para as aplicações 26 dos benefícios tributários, mediante o cumprimento das regras procedimentais estabelecidas no âmbito deste cenário de possibilidades de vantagens tributárias. TROCANDO IDEIAS Sempre é importante observarmos as alternativas disponíveis aos padrões de operações procedimentais na tributação, pois a Legislação Tributária, conforme visto nesta abordagem, permite o alcance de significativas possibilidades de obtenção de vantagens tributárias. NA PRÁTICA De maneira suposta, uma empresa pretende importar mercadorias do Japão e de outros países da Ásia para serem revendidas no Brasil. No entanto, a expectativa da empresa é que o fluxo de caixa não contemple, de forma integral, o cumprimento do recolhimento tributário incidente na importação, sobre toda a carga em um primeiro momento, conforme a Legislação Tributária prevê. Defina em um texto de até 20 linhas, qual seria a estratégia operacional mais viável economicamente, sob o ponto da Legislação Tributária, que permitiria à empresa resolver esse problema da falta de recursos para quitação dos tributos federais, através da aplicação de uma previsão legal. A solução esperada está na seção Gabarito, após as Referências.FINALIZANDO Economizar sempre é bom, cortar despesas sempre é necessário na medida do possível e sob aspectos de planejamento. Esta abordagem nos permitiu observar as possibilidades de ambas as práticas, com respaldo na Legislação Tributária, porém com muita ênfase exatamente nos aspectos legais da aplicação das possibilidades de “fuga” das altas cargas tributárias mediante o cumprimento dos rigorosos critérios constantes na legislação Aduaneira. 27 REFERÊNCIAS BRANCHIER, A. S.; TESOLIN, J. D. D. Direito e legislação aplicada. Curitiba: InterSaberes, 2012. BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Disponível em: <https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm>. Acesso em: 21 jul. 2023. BRASIL. Decreto n. 6.759, de 5 de fevereiro de 2009. Disponível em: <https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007- 2010/2009/decreto/d6759.htm>. Acesso em: 21 jul. 2023. _____. Lei n. 10.833, de 29 de dezembro de 2003. Disponível em: <https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/l10.833.htm>. Acesso em: 21 jul. 2023. _____. Lei n. 11.508, de 20 de julho de 2007. Disponível em: <https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/lei/l11508.htm>. Acesso em: 21 jul. 2023. _____. Lei n. 8.032, de 12 de abril de 1990. Disponível em: <https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8032.htm>. Acesso em: 21 jul. 2023. _____. Lei n. 8.402, de 8 de janeiro de 1992. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8402.htm>. Acesso em: 21 jul. 2023. GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO. Secretaria da Fazenda. Lei n. 10.637, de 30 de dezembro de 2002. Disponível em: <https://legislacaofinanceira.fazenda.sp.gov.br/Federal/Lei%2010637.pdf>. Acesso em: 21 jul. 2023. GOVERNO FEDERAL. Siscomex. Regimes Aduaneiros Especiais. Disponível em: <https://www.gov.br/siscomex/pt-br/servicos/aprendendo-a- exportarr/conhecendo-temas-importantes-1/regimes-aduaneiros-especiais>. Acesso em: 21 jul. 2023. MEIRA, L. A. Integração Regional e tributos sobre o comércio no Mercosul. Revista da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, ano I, v. 2, p. 53-71, 2008. Disponível em: <http://www.pgfn.fazenda.gov.br/revista-pgfn/ano-i- numero-ii-2011/2008.pdf>. Acesso em: 21 jul. 2023. 28 MINISTÉRIO DA ECONOMIA. Desoneração das Exportações. Disponível em: <http://mdic.gov.br/index.php/comercio-exterior/desoneracao-das- exportacoes>. Acesso em: 21 jul. 2023. NYEGRAY, J. A. L. Legislação aduaneira: comércio exterior e negócios internacionais. Curitiba: InterSaberes, 2016. OLIVEIRA, A. F. S. de. Legislação tributária. Curitiba: InterSaberes, 2021. RECEITA FEDERAL DO BRASIL. Instrução Normativa RFB n. 702, de 6 de dezembro de 2007. Disponível em: <http://normas.receita.fazenda.gov.br/sijut2consulta/link.action?idAto=70297&vi sao=anotado>. Acesso em: 21 jul. 2023. _____. Instrução Normativa RFB n. 1.281, de 31 de julho de 2012. Disponível em: <http://normas.receita.fazenda.gov.br/sijut2consulta/link.action?idAto=128149# 2405049>. Acesso em: 21 jul. 2023. 29 GABARITO Solução esperada: A Legislação Tributária, prevê, de acordo com o disposto na Instrução Normativa da Receita Federal n. 241/2002, a importação de mercadorias para revenda no mercado interno, sem a necessidade de tributação integral da carga. Dessa forma, o recolhimento dos tributos incidentes na importação ocorrerá proporcionalmente, conforme as vendas forem ocorrendo, desde que assim seja feito no período de vigência legal do referido Regime Aduaneiro Especial.)
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