Buscar

Legislação Tributária 06

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 29 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 29 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 29 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA 
AULA 6 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof. João Marcos Andrade 
 
 
2 
CONVERSA INICIAL 
É quase unânime o conceito de quão bom é ganhar desconto, pois reflete 
uma sensação de um presente, um ganho, embora nem sempre seja tão real 
assim. Na área tributária, também é uma maneira de se obter vantagens 
competitivas, através da obtenção de reduções em alíquotas, suspensões de 
recolhimentos tributários por meio de alguma permissão legal; enfim, as 
vantagens, quando legais, sempre são bem-vindas. 
Na gestão administrativa financeira, também é comum a busca por essas 
possibilidades de redução de custos, mediante a aplicação de mecanismos 
administrativos, como os observados no capítulo 5, relativamente aos 
procedimentos da Elisão Fiscal. Então, é valiosa a consideração de que, para 
promover a gestão tributária, é muito necessária a busca pelo conhecimento 
técnico das possibilidades de prática operacional, que signifique ganhos mesmo 
que através de redução de custos tributários, e não necessariamente 
faturamento motivado por vendas. 
CONTEXTUALIZANDO 
Esta abordagem é formada por tópicos extremamente presentes e 
constantes na administração dos negócios, com variações de características, a 
partir do porte da empresa, perfil do negócio, mercado de atuação, dentre outros 
fatores. Mas fato é que a tributação está presente nas práticas comerciais e de 
produção, de um modo geral. 
Neste capítulo, nossa missão é analisar alguns fatores diretamente 
ligados a possíveis práticas de ações operacionais que confiram à organização 
possibilidade de redução tarifária por meio de dispositivos presentes na 
Legislação Tributária, permitindo, em algumas ocasiões, reduções inclusive de 
preços de vendas, exatamente a partir da obtenção da redução tarifária, que 
permite aplicações menores de repasse de custos ao consumidor e clientes em 
geral. 
 
 
3 
TEMA 1 – BENEFÍCIOS FISCAIS DE ÂMBITO GERAL E DE COMÉRCIO 
EXTERIOR 
Branchier e Tesolin (2012, p. 120) citam que “responsabilidade tributária: 
a regra geral e natural é a sujeição passiva direta, isto é, quem realiza a situação 
que constitui o fato gerador é quem paga o tributo. Assim, via de regra, o sujeito 
passivo é o contribuinte”. 
Sempre antes de recolher um tributo, o recomendável é a análise sobre a 
Legislação Tributária que o estabelece, considerando a possibilidade de 
alterações implementadas por meio de atualizações e alterações recentes. 
Entretanto, é compreensível que nem sempre a análise é realizada, por motivos 
como curto tempo, inexperiência, dentre outros motivos. Ao mesmo tempo, a 
recomendação é a aplicação de conhecimento técnico tributário, para não pagar 
custos financeiros que poderiam ser evitados. 
As possibilidades de práticas tributárias de forma reduzida somente são 
possíveis a partir do cumprimento das regras constantes na Legislação 
Tributária, na qual encontram-se as regulamentações necessárias para 
recolhimentos tributários corretos, independentemente da forma de 
recolhimento, seja integral ou reduzido, através de benefícios tributários legais. 
1.1 Benefícios fiscais no âmbito geral 
Seja qual for o tipo de negócio em que atua, a empresa deve buscar 
informações que permitam a obtenção de benefícios tributários, a partir de 
publicações nos diversos meios de comunicação com especialização na área 
tributária, bem como nos portais na internet oficiais dos órgãos governamentais, 
como a Receita Federal e a Receita Estadual. 
1.2 Benefícios fiscais no comércio exterior 
Para as atividades relacionadas ao Comércio Exterior, as possibilidades 
de alcançar benefícios fiscais encontram-se dispostas com considerável 
destaque no compêndio direcionado ao setor, como é o caso do Decreto n. 
6.759/2009, que acolhe o Regulamento Aduaneiro, bem como a Lei n. 
10.833/2004, no que se refere a possíveis benefícios aplicáveis às contribuições 
 
 
4 
sociais (PIS-Pasep e Cofins), assim como o Decreto n. 7.212/2010 e n. 
11.158/2022. 
As atividades de comércio exterior possuem suas regulamentações de 
forma muito específica conforme o tipo de aplicabilidade de cada uma, sendo 
portanto carentes de expressiva análise dos profissionais atuantes na área, para 
que as aplicações de benefícios tributários sejam realizadas de forma 
amplamente compatível com os requisitos legais estabelecidos e vigentes à 
época das respectivas utilizações nas atividades correspondentes, a saber, 
importações ou exportações, sobre as quais detalhes são manifestados com 
maior destaque nesta abordagem, durante os próximos tópicos. 
TEMA 2 – REGIMES ADUANEIROS ESPECIAIS 
As realizações de atividades de Importação e Exportação são alvo de 
vantajosas práticas tributárias, conforme verificado ao longo do nosso estudo. 
As possibilidades de aplicações de artifícios presentes na Legislação Tributária 
permitem realizações de negócios que não se viabilizariam sob o ponto de vista 
financeiro, não fossem as vantagens advindas das concessões tributárias 
presentes na Legislação. 
De encontro a esta consideração, constam os Regimes Aduaneiros 
Especiais, os quais permitem realizações de projetos de variadas formas às 
organizações nos mais diversos ramos de atuação. Por isso, vejamos 
inicialmente a conceituação do citado tema. 
A Receita Federal do Brasil, na condição de órgão fiscalizador das 
atividades aduaneiras e arrecadador tributário, ao definir os Regimes Aduaneiros 
Especiais, publica: “Assim chamados por não se adequarem à regra geral do 
regime comum de importação e de exportação” (Governo Federal, 2022). 
Nyegray (2016) e Meira (2012, p. 344) afirmam que Regimes Aduaneiros 
Especiais “são regimes distintos do regime comum de importação e de 
exportação em decorrência de incentivos fiscais concernentes aos impostos 
sobre o comércio exterior e de controle aduaneiro em relação aos bens objeto 
da operação”. 
Vejamos, então, de forma detalhada, os benefícios tributários a partir dos 
Regimes Aduaneiros Especiais. 
 
 
5 
2.1 Regime Aduaneiro Especial: Drawback 
O referido Regime Especial é o que permite a importação ou aquisição no 
mercado interno de insumos e matéria-prima a serem empregados em processo 
produtivo a ser destinado à exportação, tendo sido estabelecido pelo Decreto-
Lei n. 37/1966. Em tese, a aplicabilidade do Regime se dá no benefício de não 
recolhimento dos tributos que incidiriam nas aquisições comuns das mesmas 
matérias-primas ou insumos, quando realizadas para a produção de bens e 
mercadorias destinadas ao consumo no mercado interno/nacional. Sob aspectos 
legais, mencionamos a Portaria da Secex (Secretaria de Comércio Exterior) n. 
23/2011 e o Decreto n. 6.759/2009, que, no art. 383, relata sobre as Modalidades 
de Drawback Suspensão e Isenção. 
O art. 383 do Decreto n. 6.759/2009 cita no Inciso I: 
I - suspensão - permite a suspensão do pagamento do Imposto de 
Importação, do Imposto sobre Produtos Industrializados, da 
Contribuição para o PIS/Pasep, da Cofins, da Contribuição para o 
PIS/Pasep-Importação e da Cofins-Importação, na importação, de 
forma combinada ou não com a aquisição no mercado interno, de 
mercadoria para emprego ou consumo na industrialização de produto 
a ser exportado (Lei n. 11.945, de 4 de junho de 2009, art. 12, caput). 
(Brasil, 2009) 
2.2 Regime Aduaneiro Especial: Admissão Temporária 
Importar mediante a caracterização temporal, isto é, praticar a importação 
de determinado bem por um tempo de permanência no Brasil predefinido. 
Assim se define o Regime Aduaneiro Especial de Admissão Temporária, 
previsto na Instrução Normativa da Receita Federal n. 1600/2015 e 1984/2020, 
a qual permite a suspensão dos impostos que incidiriam na importação por um 
determinado período de tempo, o qual é definido na referida legislação, 
compreendendo algumas atividades, vide constante na legislação citada. 
Tais procedimentos se validam a partirda assunção da responsabilidade 
por parte do importador de aplicação dos bens exclusivamente à finalidade 
proposta no pedido do benefício à Receita Federal e mediante o cumprimento 
de todos os requisitos determinados na legislação correspondente (acima 
citada), especialmente aos prazos nela estabelecidos, conforme o 
enquadramento da importação nos benefícios deste Regime Especial Aduaneiro. 
 
 
6 
A Instrução Normativa da Receita Federal n. 1600/2015 define o Regime 
Aduaneiro Especial de Admissão Temporária como assim sendo: 
Art. 2º O regime aduaneiro especial de admissão temporária com 
suspensão total do pagamento de tributos é o que permite a importação 
de bens que devam permanecer no país durante prazo fixado, com 
suspensão total do pagamento dos seguintes tributos incidentes na 
importação: 
I - imposto de importação (II); 
II - imposto sobre produtos industrializados (IPI); 
III - contribuição para os programas de integração social e de formação 
do patrimônio do servidor público incidente na importação de produtos 
estrangeiros ou serviços (PIS/Pasep-Importação); 
IV - contribuição social para o financiamento da seguridade social 
devida pelo importador de bens estrangeiros ou serviços do exterior 
(Cofins-Importação); 
V - contribuição de intervenção no domínio econômico combustíveis 
(Cide-Combustíveis); e 
VI - adicional ao frete para renovação da Marinha Mercante (AFRMM). 
(Brasil, 2015) 
2.3 Regime Aduaneiro Especial: Exportação Temporária 
Este Regime Aduaneiro Especial permite a saída temporária do país de 
bens com a suspensão do Imposto de Exportação, desde que retornem ao país 
no curso do prazo estabelecido na legislação que o disciplina, a saber a Instrução 
Normativa da Receita Federal n. 1600/2015, permitindo a exportação por um 
período de tempo aplicável a bens, por exemplo, para exposição em feiras, 
eventos científicos, técnicos, culturais, esportivos, industriais, dentre outros, ou 
ainda para manutenção de equipamentos em eventual fabricante, dentre outros 
enquadramentos, constantes e disponíveis no art. 91 da referida Legislação. 
Importante a leitura e análise da legislação acima descrita para 
compreensão relativa à operacionalização aduaneira do Regime Aduaneiro 
Especial de Exportação Temporária. 
2.4 Regime Aduaneiro Especial: Trânsito Aduaneiro 
A legislação que estabelece o Regime Aduaneiro Especial de Trânsito 
Aduaneiro é o Decreto-Lei n. 37/1966, com destaque para o art. 73 daquela 
legislação, juntamente com o art. 315 do Decreto n. 6.759/2009, e a Instrução 
 
 
7 
Normativa da Receita Federal n. 248/2002, a qual disciplina a prática e 
realização das operações relativas ao referido Regime Especial. 
Na prática, o citado Regime Especial permite ao importador remover, sem 
recolhimento dos impostos incidentes na importação, uma carga originária do 
exterior, a partir da Zona Alfandegária Primária (porto aquaviário, aeroporto ou 
fronteira terrestre), até uma Zona Alfandegária Secundária (Porto Seco, Estação 
Aduaneira de Interior – Eadi, Centro Logístico Integrado Aduaneiro – Clia). 
Esta remoção logística permite ao importador decidir o local do Recinto 
Aduaneiro1 no qual melhor lhe convém a realização dos procedimentos de 
nacionalização da importação, previstos na Instrução Normativa da Receita 
Federal n. 680/2006, para cumprimento das formalidades aduaneiras e 
tributárias da importação. 
2.5 Regime Aduaneiro Especial: Recof 
A Instrução Normativa da Receita Federal n. 2126/2012 orienta e 
disciplina a prática deste Regime Aduaneiro Especial, o qual contempla, 
segundo a referida legislação: 
Art. 2º O Recof permite à empresa importar ou adquirir no mercado 
interno, com suspensão do pagamento de tributos, sob controle 
aduaneiro informatizado, mercadorias que, depois de submetidas a 
operação de industrialização, sejam destinadas à exportação ou ao 
mercado interno. (Redação dada pelo(a) Instrução Normativa RFB n. 
2131, de 01 de fevereiro de 2023). (Brasil, 2022) 
Este Regime Aduaneiro Especial contempla a importação ou aquisição no 
mercado interno de mercadorias para serem transformadas em produtos, bens 
e mercadorias que serão, após suas fabricações, destinadas à exportação ou 
mesmo ao mercado interno, sem a necessidade de recolhimento dos tributos 
que incidiriam na importação comum ou na aquisição no mercado doméstico. 
A legislação cita que o referido Regime Aduaneiro Especial compreende 
a prática industrial, através de Controle Aduaneiro realizado por Sistema 
Eletrônico Informatizado, que na prática consiste na obrigatoriedade da empresa 
 
1 Recinto Aduaneiro: entende-se por alfandegamento a autorização, por parte da Secretaria 
Especial da Receita Federal do Brasil (RFB), para que, nos locais ou recintos especificados no 
art. 3º e sob controle aduaneiro, possam ocorrer as seguintes atividades Disponível em: 
<http://normas.receita.fazenda.gov.br/sijut2consulta/link.action?idAto=123006>. Acesso em: 21 
jul. 2023. 
 
 
8 
quanto a manter interface de dados com o Sistema Eletrônico de Comércio 
Exterior da Receita Federal, para que as operações tenham os cruzamentos de 
dados, e assim, a empresa possa fazer jus aos benefícios fiscais estipulados no 
referido Regime, que são a Suspensão Tributária. 
2.6 Regime Aduaneiro Especial: Entreposto Aduaneiro na Importação 
A Instrução Normativa da Receita Federal n. 241/2002 orienta e disciplina 
a prática deste Regime Aduaneiro Especial. 
Conforme o art. 404 do Decreto n. 6.759/2009, o Regime Aduaneiro 
Especial de Entreposto Aduaneiro 
[…] é o que permite a armazenagem de mercadoria estrangeira em 
recinto alfandegado de uso público, com suspensão do pagamento dos 
impostos federais, da contribuição para o PIS/Pasep-Importação e da 
Cofins-Importação incidentes na importação (Decreto-Lei n. 1.455, de 
1976, art. 9º, com a redação dada pela Medida Provisória n. 2.158-35, 
de 2001, art. 69; e Lei n. 10.865, de 2004, art. 14). (Brasil, 2009) 
Na prática, este Regime Especial Aduaneiro permite a importação com 
suspensão dos impostos incidentes na importação, para importações que 
ingressarem ao Território Nacional e forem armazenadas em Recinto Aduaneiro 
por período não superior a um ano (prorrogável por igual período), de modo que 
de uma respectiva quantidade total de mercadoria, sobre a qual se realizará o 
recolhimento dos tributos incidentes na Importação, de forma proporcional, a 
partir das quantidades nacionalizadas separadamente, durante o período de 
vigência do Regime. 
2.6.1 Regime Aduaneiro Especial: Entreposto Aduaneiro na Exportação 
No art. 411 do Decreto n. 6.759/2009, encontramos o estabelecimento da 
definição relativa à prática do Regime Aduaneiro Especial de Entreposto 
Aduaneiro na Exportação, conforme segue: 
Art. 411. O entreposto aduaneiro na exportação compreende as 
modalidades de regime comum e extraordinário (Decreto-Lei n. 1.455, 
de 1976, art. 10, caput, com a redação dada pela Medida Provisória n. 
2.158-35, de 2001, art. 69). 
Parágrafo 1º Na modalidade de regime comum, permite-se a 
armazenagem de mercadorias em recinto de uso público, com 
suspensão do pagamento dos impostos federais (Decreto-Lei n. 
1.455/1976, art. 10, caput, inciso I, com a redação dada pela Medida 
 
 
9 
Provisória n. 2.158-35, de 2001, art. 69). (Redação dada pelo Decreto 
n. 8.010, de 2013) 
Parágrafo 2º Na modalidade de regime extraordinário, permite-se a 
armazenagem de mercadorias em recinto de uso privativo, com direito 
a utilização dos benefícios fiscais previstos para incentivo à 
exportação, antes do seu efetivo embarque para o exterior (Decreto-
Lei n. 1.455, de 1976, art. 10, inciso II, com a redação dada pela Medida 
Provisória n. 2.158-35, de 2001, art. 69). 
Parágrafo 3º O regime de entreposto aduaneiro na exportação, na 
modalidade extraordinário, somente poderá ser outorgado a empresa 
comercial exportadora constituída na forma prevista no art. 229, 
medianteautorização da Secretaria da Receita Federal do Brasil 
(Decreto-Lei n. 1.455, de 1976, art. 10, parágrafo 1º, com a redação 
dada pela Medida Provisória n. 2.158-35, de 2001, art. 69). (Brasil, 
2009) 
TEMA 3 – INCENTIVOS ADUANEIROS ÀS EXPORTAÇÕES 
Conforme já observado ao longo do nosso estudo, as exportações são 
atividades que promovem riquezas ao país, levando-se em consideração fatores 
como a diferença cambial referente à desvalorização da moeda brasileira frente 
ao dólar americano, que serve de fator de balizamento das transações 
internacionais. Esse fator propicia a entrada de recursos na economia nacional, 
exponencialmente superior aos valores empregados na produção daquilo que 
será exportado. 
Essa vantagem monetária obtida na exportação é sentida de forma 
positiva. Por exemplo, uma venda de determinada mercadoria ao exterior, ao 
preço de USD 10.000,00 (dez mil dólares americanos), converter-se-á em uma 
entrada de dinheiro na conta do exportador, na ordem de aproximadamente R$ 
50.000,00 (cinquenta mil reais), levando-se em consideração uma cotação 
média da moeda americana de R$ 5,00 para dólar. 
Observando essa possível realidade, é então correto afirmar que a 
atividade de exportação é muito vantajosa sob o ponto de vista econômico, pois 
a não obrigatoriedade da tributação sobre a mesma permite maior valorização 
financeira, na medida em que não há dispêndio financeiro para custeá-la. 
3.1 Desoneração Tributária nas Atividades de Exportação 
A atividade de exportação, por significar maior forma de investimentos 
estrangeiros no país de forma contínua, dispõe de benefícios tributários que 
permitem o não recolhimento do Imposto de Importação, o qual está previsto na 
 
 
10 
Legislação Tributária, vide Inciso II do art. 153 da Constituição Federal, 
juntamente com o art. 212 do Decreto n. 6.759/2009, além do art. 23 da Lei n. 
1.572/1966 (Código Tributário Nacional). 
O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior dispõe de 
publicação em seu portal oficial, com instruções relativas à desoneração das 
atividades de exportação, conforme apresentado a seguir: 
O tratamento fiscal das exportações brasileiras segue a prática mundial 
e busca a desoneração dos tributos indiretos sobre as exportações. 
Dessa forma, a Constituição Federal de 1988 definiu que não incidem 
sobre as exportações brasileiras o IPI (art. 153, parágrafo 3º, III), o 
ICMS (art. 155, parágrafo 2º, X, “a”) e as Contribuições Sociais e de 
Intervenção no Domínio Econômico, tais como o Programa de 
Integração Social e o Programa de Formação do Patrimônio do 
Servidor Público - PIS/Pasep e a Contribuição para o Financiamento 
da Seguridade Social - Cofins (art. 149, parágrafo 2º, I). Além de não 
incidirem sobre o faturamento das exportações, o exportador mantém 
o direito ao crédito gerado pela incidência desses tributos sobre a 
aquisição dos insumos empregados nos produtos exportados. 
Portanto, os valores correspondentes a esses tributos não devem 
compor o preço do produto final exportado. (Ministério da Economia, 
2023) 
3.1.1 Não Incidência de PIS-Pasep nas Atividades de Exportação 
A Lei n. 10.637/2002, em seu art. 5º, apresenta a não incidência das 
contribuições sociais PIS/Pasep sobre exportações, a saber: 
Art. 5º A contribuição para o PIS/Pasep não incidirá sobre as receitas 
decorrentes das operações de: 
I - exportação de mercadorias para o exterior; 
III - vendas a empresa comercial exportadora com o fim específico de 
exportação. (Brasil, 2002) 
A contribuição PIS-Pasep encarece sobremaneira uma série de produtos. 
No entanto, as opções para análises técnicas tributárias, que visem o não 
recolhimento das referidas contribuições, podem viabilizar negócios que não se 
concretizariam, não fossem as permissões legais, como é o caso das 
desonerações das exportações. 
3.1.2 Não Incidência de Cofins nas Atividades de Exportação 
A Lei n. 10.833/2004, em seu art. 6º, apresenta a não incidência de outra 
contribuição social sobre as atividades de exportação, a saber: 
 
 
11 
A Cofins não incidirá sobre as receitas decorrentes das operações de: 
I - exportação de mercadorias para o exterior. 
III - vendas a empresa comercial exportadora com o fim específico de 
exportação. (Brasil, 2003) 
Essa é mais uma das importantes desonerações nas atividades de 
exportação, tendo em vista que as alíquotas da referida contribuição são 
consideradas altas, girando entre 9,65% e 10,65%, com algumas ainda mais 
altas em determinadas atividades, conforme o tipo de mercadoria. 
Por esse motivo, a desoneração na exportação permite o planejamento 
empresarial com possibilidades de redução no preço de venda no exterior, 
possibilitada pela não obrigatoriedade tributária. 
3.1.3 Não Incidência de IPI nas Atividades de Exportação 
Apesar de ser um tributo muito comum em praticamente todas as 
operações relacionadas a produtos industrializados, o IPI também tem suas 
questões de incentivos constitucionais que favorecem as atividades de 
exportações. A partir de publicação no Inciso III do parágrafo 3º, do art. 153 da 
Constituição Federal, o qual determina que “III - não incidirá sobre produtos 
industrializados destinados ao exterior” (Brasil, 1988). 
A carga tributária gerada a partir da incidência do IPI, por exemplo, em 
atividades de importação, encarece sobremaneira qualquer produto ao qual se 
aplique NCM com vigência de alíquota. É possível que seja motivo inclusive de 
impedimento de realização de algumas importações, devido ao fato de tal 
situação inviabilizar operações de aquisições no exterior para comercialização 
no Brasil. Portanto, cabe a comparação de quão vantajosa passa a ser a prática 
da atividade de exportação, sem a incidência tributária do referido tributo. 
3.1.4 Não Incidência de ICMS nas Atividades de Exportação 
Com relação ao tributo de competência estadual, a Constituição Federal 
também determina a possibilidade de sua não obrigatoriedade quando dos 
recursos obtidos através de atividades de exportação. No art. 155, parágrafo 2º, 
X, “a” da CF/1988, encontramos: 
 
 
12 
Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos 
sobre: 
II - operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações 
de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de 
comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no 
exterior; 
Parágrafo 2.º O imposto previsto no inciso II atenderá ao seguinte: 
X - não incidirá: 
a) sobre operações que destinem mercadorias para o exterior, nem 
sobre serviços prestados a destinatários no exterior, assegurada a 
manutenção e o aproveitamento do montante do imposto cobrado nas 
operações e prestações anteriores. (Brasil, 1988, grifo nosso) 
Cada estado tem autonomia para determinar a aplicação do ICMS 
conforme os convênios firmados no Conselho Nacional de Fazenda (Confaz). 
Porém, para as atividades de exportação, as vantagens financeiras que cada 
estado pode obter através da entrada de recursos do exterior, nas empresas 
sediadas em seus respectivos territórios, são superiores ao recolhimento do 
tributo diretamente sobre a atividade. 
Isso se deve ao fato de que ao promover a entrada do recurso no “caixa”, 
a empresa certamente também realizará investimentos diversos, com várias 
outras possibilidades que permitirão arrecadação tributária, como compras de 
novos produtos, geração de empregos, aquisição de novos equipamentos para 
modernização de parques fabris, dentre outras. 
3.2 Exceções Relativas ao Imposto de Exportação 
Nas exportações dos produtos Cigarros que contenham tabaco, 
destacados na classificação fiscal NCM 2402.20.00, a tributação decorrente da 
atividade, especificamente para o imposto de exportação, está prevista no 
Decreto n. 2.876/98 e Portaria Secex n. 23/2011, Anexo XVII, art. 10. 
Obs.: o Decreto n. 2.876/98 também prevê a incidência do IPI (Imposto 
sobre Produtos Industrializados)nas atividades de exportação dos cigarros que 
contenham tabaco. 
3.3 Obrigatoriedade do Recolhimento do Imposto de Exportação 
A previsão legal para o recolhimento do referido tributo é então sobreposta 
pelas concessões tributárias, com vistas ao incentivo da atividade no país. Para 
 
 
13 
a incidência do Imposto de Exportação nas atividades dessa natureza, faz-se 
necessária a observação ao Sistema de Tratamento Administrativo das 
Exportações disponível no portal único do Siscomex2. 
O referido sistema apresenta, através da Classificação Fiscal da 
Mercadoria, a obrigatoriedade ou não do recolhimento do tributo, conforme a 
legislação citada acima no subtema 3.1. 
3.4 Diferenciais competitivos, a partir de profissionais da área tributária, 
ávidos pela busca e aplicação do conhecimento 
Não recolher tributos é possível desde que sob as regras tributárias 
disponibilizadas na Legislação Tributária, conforme procedimentos observados 
ao longo do nosso estudo, com enfoque nesta abordagem. 
A gestão tributária para ser eficaz depende de profissionais que não se 
estabelecem a partir do comodismo, de apenas cumprir as determinações da 
obrigatoriedade tributária imposta ao sujeito passivo na tributação, conforme 
previsto no art. 121 da Lei n. 1.572/1966 (Código Tributário Nacional), porém 
sem desenvolver aptidão pela busca de alternativas, a partir da Elisão Fiscal. 
A este contexto, aplicam-se então as observações aos procedimentos 
legais definidos no compêndio legal já analisados ao longo dessas explicações, 
em nosso estudo, ao se considerar possível, por exemplo, que não recolher 
tributos não é crime contra a ordem tributária, desde que tal decisão esteja 
embasada em fundamentação legal, a qual somente é obtida através da leitura, 
análise e aplicação das possibilidades de desoneração tributária, o que torna 
uma atividade muitas vezes viável. 
Entretanto, a gestão tributária mais dinâmica sob o ponto de vista 
arrojado, no sentido de “pensar fora da caixa” (ditado popular), é somente 
possível em organizações que despendem energia de trabalho e recursos 
suficientes na obtenção das convicções tecnicamente necessárias para tomadas 
de decisão não tão convencionais. 
Importante ao mesmo tempo, considerar que se excetuam dessa maneira 
de atuação as organizações mais “conservadoras”, as quais temem o rigor fiscal 
da Receita Federal e, por acaso, optem por sempre atuarem recolhendo o teto 
 
2 Disponível em: <www.portalunicosiscomex.gov>. Acesso em: 21 jul. 2023. 
 
 
14 
percentual das alíquotas aplicáveis em cada tributo. Ao mesmo tempo, a mesma 
Legislação Tributária que determina a incidência de referida contribuição 
também apresenta possibilidades do não recolhimento tributário. 
Evidentemente, para segurança jurídica e técnica em cada decisão 
tomada em executar determinada atividade sem o recolhimento de um referido 
tributo, é necessário que se pratique com a exigência de desprendimento de 
tempo para estudo e análise sobre o assunto. Se possível, com a participação 
de terceiros com capacidade técnica relativa às práticas de condução de 
negócios, sob decisões de acordo com as variáveis legais disponíveis no fato 
gerador de determinada atividade tributária. 
3.5 Incentivos Aduaneiros nas Exportações: Diferencial Administrativo 
A título de incentivos não tributários para as atividades de exportação, há, 
por exemplo, favorecimento concedido pelos armazéns alfandegários portuários, 
os quais, na maioria, concedem um prazo sem custo de armazenamento de 
carga, normalmente à fração de 7 a 10 dias, anteriormente à data de previsão 
de saída do navio, a internacionalmente compreendida na logística como ETD 
(Estimated Time Departure), que em tradução livre significa Data Estimada de 
Partida (do navio). 
Na prática, o exportador tem a possibilidade de enviar a carga até 10 dias 
anteriores à data prevista para partida do navio, para providências de 
Desembaraço Aduaneiro de Exportação, seguindo as determinações da 
Instrução Normativa da Receita Federal n. 1702/2017. Esse período 
compreende a entrada da carga no porto, para cumprimento então das regras 
aduaneiras e fitossanitárias, se for o caso, porém sem ocorrer custo pelo tempo 
de permanência da carga no terminal portuário, configurando assim, mais um 
incentivo à exportação. 
Obs.: recomenda-se a análise e questionamento ao Terminal Portuário a 
ser utilizado, para que se cumpram os requisitos determinados pelo mesmo, sem 
gerar custos imprevistos na logística da exportação. 
 
 
 
15 
3.6 Incentivos Fiscais nas Exportações: Programa Reintegra 
A Receita Federal do Brasil, como órgão responsável pela arrecadação 
tributária, também apresenta “permissão” para obtenção de vantagens tributárias 
sobre atividades de exportação já realizadas e nas quais tenham sido realizados 
recolhimentos tributários. 
A este procedimento, por nós definido como permissão, é concedida pelo 
referido órgão governamental, a denominação de Programa Reintegra, o qual 
compreende basicamente a formulação de processo administrativo eletrônico 
pelo portal oficial do órgão, por parte do exportador, mediante a justificativa 
documental que evidencie que determinada atividade de exportação foi 
realizada, a qual lhe confere o direito de revisão de créditos tributários. 
Para enfatizar o citado programa, vejamos a publicação oficial no portal 
do Ministério da Economia, atualmente redefinido como Ministério da Fazenda: 
O Regime objetiva reintegrar valores referentes a custos tributários 
federais residuais existentes nas cadeias de produção dos bens 
manufaturados exportados. O regime é a principal política de 
desoneração no âmbito do comércio exterior, 
trazendo vantagens econômicas efetivas, pois o benefício fiscal 
somente é concedido na medida em que as empresas apresentem 
resultados reais, ou seja, após serem efetivadas as vendas ao mercado 
externo. 
Os exportadores podem utilizar os valores do Reintegra para 
compensar débitos próprios, vencidos ou vincendos, relativos a tributos 
administrados pela Receita Federal ou, então, solicitar a quantia em 
espécie. Para isso, as empresas atestam à Receita Federal o 
cumprimento pelo produto exportado dos requisitos estabelecidos, 
inclusive quanto ao limite de conteúdo importado. 
O processamento dos créditos do Reintegra é realizado 
trimestralmente pelo sistema eletrônico da Receita Federal 
PER/DCOMP, mesmo nos casos de reintegração em espécie. O 
pedido de ressarcimento ou a declaração de compensação somente 
podem ser transmitidos após o encerramento do trimestre calendário 
em que ocorreu a exportação e após a averbação do embarque. 
Legislação: Lei n. 13.043, de 13 de novembro de 2014 (arts. 21 a 29) 
(http://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/_Ato2011-
2014/2014/Lei/L13043.htm) 
Decreto n. 8.415, de 27 de fevereiro de 2015 
(http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-
2018/2015/Decreto/D8415.htm). (Ministério da Economia, 2023) 
 
 
16 
TEMA 4 – ISENÇÕES E REDUÇÕES DE TRIBUTOS 
As Isenções Tributárias são práticas com especificações de aplicabilidade 
muito específicas, de forma que as análises técnicas a serem realizadas sobre 
qualquer que seja a atividade demandam eficaz comparação e estudo prévios 
antes da realização da atividade, para que seja possível o cumprimento da 
exigência da incompetência do poder público em determinar ou expedir alguma 
eventual regra de instituição de tributo sobre atividade com imunidade tributária 
constitucional. 
4.1 Isenções tributárias 
Diferentemente das imunidades, as isenções configuram-se como 
infraconstitucionais, obrigadas a serem expressas em leis ordinárias, por 
exemplo, a Lei n. 8.402/1992 estabelece critérios para aplicações de benefícios 
fiscais de isenção tributária, em algumas possibilidades, como disposto abaixo: 
Art. 1º São restabelecidos os seguintes incentivos fiscais: 
I - incentivos à exportação decorrentes dosregimes aduaneiros 
especiais de que trata o art. 78, incisos I a III, do Decreto-Lei n. 
37/1966; 
II - manutenção e utilização do crédito do Imposto sobre Produtos 
Industrializados relativo aos insumos empregados na industrialização 
de produtos exportados, de que trata o art. 5º do Decreto-Lei n. 491, 
de 5 de março de 1969; 
III - crédito do Imposto sobre Produtos Industrializados incidente sobre 
bens de fabricação nacional, adquiridos no mercado interno e 
exportados de que trata o art. 1º, inciso I, do Decreto-Lei n. 1.894, de 
16 de dezembro de 1981; 
IV - isenção e redução do Imposto de Importação e Imposto sobre 
Produtos Industrializados, a que se refere o art. 2º, incisos I e II, alíneas 
a a f, h e j, e o art. 3º da Lei n. 8.032, de 12 de abril de 1990; 
V - isenção e redução do Imposto de Importação, em decorrência de 
acordos internacionais firmados pelo Brasil; 
VI - isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados na aquisição 
de produto nacional por Lojas Francas, de que trata o art. 15, parágrafo 
3º, do Decreto-Lei n. 1.455, de 7 de abril de 1976, com a respectiva 
manutenção e utilização do crédito do imposto relativo aos insumos 
empregados na sua industrialização; 
VIII - isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados incidente 
sobre aeronaves de uso militar e suas partes e peças, bem como sobre 
 
 
17 
material bélico de uso privativo das Forças Armadas, vendidos à União, 
de que trata o art. 1º da Lei n. 5.330, de 11 de outubro de 1967; 
X - isenção do Imposto de Renda na Fonte incidente sobre as 
remessas ao exterior de juros devidos por financiamentos à 
exportação, de que tratam o art. 1º do Decreto-Lei n. 815, de 4 de 
setembro de 1969, com a redação dada pelo art. 87 da Lei n. 7.450, de 
23 de dezembro de 1985, e o art. 11 do Decreto-Lei n. 2.303, de 21 de 
novembro de 1986; 
XI - isenção do Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e 
Seguro, ou Relativas a Títulos ou Valores Mobiliários incidente sobre 
operações de financiamento realizadas mediante emissão de 
conhecimento de depósito e warrant representativos de mercadorias 
depositadas para exportação em entrepostos aduaneiros, de que trata 
o art. 1º do Decreto-Lei n. 1.269, de 18 de abril de 1973; 
XII - isenção do Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e 
Seguro, ou Relativas a Títulos ou Valores Mobiliários incidente sobre 
operações de financiamento realizadas por meio de cédula e nota de 
crédito à exportação, de que trata o art. 2º da Lei n. 6.313, de 16 de 
dezembro de 1975; 
XIII - isenção do Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e 
Seguro, ou Relativas a Títulos ou Valores Mobiliários incidente sobre 
operações de câmbio realizadas para o pagamento de bens 
importados, de que trata o art. 6º do Decreto-Lei n. 2.434, de 19 de 
maio de 1988; 
XIV - não incidência da Contribuição para o Fundo de Investimento 
Social (Finsocial) sobre as exportações, de que trata o art. 1º, parágrafo 
3º, do Decreto-Lei n. 1.940, de 25 de maio de 1982. 
XV - isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados para as 
embarcações com a respectiva manutenção e utilização do crédito do 
imposto relativo aos insumos empregados na sua industrialização, de 
que trata o parágrafo 2º do art. 17 do Decreto-Lei n. 2.433, de 19 de 
maio de 1988, com a redação dada pelo Decreto-Lei n. 2.451, de 29 
de julho de 1988. 
Parágrafo 1º É igualmente restabelecida a garantia de concessão dos 
incentivos fiscais à exportação de que trata o art. 3º do Decreto-Lei n. 
1.248, de 29 de novembro de 1972, ao produtor-vendedor que efetue 
vendas de mercadorias a empresa comercial exportadora, para o fim 
específico de exportação, na forma prevista pelo art. 1º do mesmo 
diploma legal. 
Parágrafo 2º São extensivos às embarcações, como se exportadas 
fossem, inclusive às contratadas, os benefícios fiscais de que tratam 
os incisos I a V deste artigo. (Brasil, 1992) 
A Lei n. 8.032/1990 determina a Isenção do Imposto de Importação (II) e 
Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) nas atividades de importação, 
porém com aplicabilidades muito restritas, conforme disposto no art. 2º da 
referida legislação, conforme se vê a seguir: 
Art. 2º As isenções e reduções do Imposto de Importação ficam 
limitadas, exclusivamente: 
 
 
18 
I - às importações realizadas: 
a) pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal, pelos Territórios, 
pelos Municípios e pelas respectivas autarquias; 
b) pelos partidos políticos e pelas instituições de educação ou de 
assistência social; 
c) pelas Missões Diplomáticas e Repartições Consulares de caráter 
permanente e pelos respectivos integrantes; 
d) pelas representações de organismos internacionais de caráter 
permanente, inclusive os de âmbito regional, dos quais o Brasil seja 
membro, e pelos respectivos integrantes; 
e) por Instituições Científica, Tecnológica e de Inovação (ICTs), 
definidas pela Lei n. 10.973, de 2 de dezembro de 2004; (Redação 
dada pela Lei n. 13.243, de 2016) 
f) por cientistas e pesquisadores, nos termos do parágrafo 2º do art. 1º 
da Lei n. 8.010, de 29 de março de 1990; (Incluído pela Lei n. 10.964, 
de 2004) 
g) por empresas, na execução de projetos de pesquisa, 
desenvolvimento e inovação, cujos critérios e habilitação serão 
estabelecidos pelo poder público, na forma de regulamento; (Incluído 
pela Lei n. 13.243, de 2016). (Brasil, 1990) 
Algumas das atividades com previsão de Isenção do Imposto de 
Importação, por exemplo, são: 
a) Importação de Partes e Peças destinadas à revisão e manutenção de 
aeronaves, conforme previsto na Lei n. 8.032/1990, art. 2, inciso II, 
parágrafo único; 
b) Importações realizadas por cientistas, pesquisadores e entidades ligadas 
à pesquisa e credenciados pelo CNPQ, através da Lei n. 8.010/1990 e Lei 
n. 10.864/2004; 
c) Importações realizadas por Instituições Científicas e Tecnológicas, com 
projeto aprovado pelo CNPQ, através da Lei n. 8.032/1990, art. 2º, inciso 
I, parágrafo único, e Lei n. 8.402/1992, art. 1º, inciso IV; 
d) Importações realizadas por Instituições de Educação ou Assistência 
Social, por meio da Lei n. 8.032/1990, art. 2º, inciso I, alínea “b”, parágrafo 
único, e Lei n. 8.402/1992, art. 1º, inciso IV; 
e) Importações realizadas pela União, Estados ou Municípios, por meio da 
Lei n. 8.032/1990, art. 2º, inciso I, alínea “a”, parágrafo único, e Lei n. 
8.402/1992, art. 1º, inciso IV; 
 
 
19 
f) Drawback na Modalidade Isenção, conforme previsto na Lei n. 
8.402/1992, art. 1º, inciso I, com Decreto-Lei n. 37/1966 art. 78, Inciso I. 
Saiba mais 
A título de complementação de estudo e compreensão macro do capítulo 
das isenções, propõe-se a elaboração de um cronograma de estudos que lhe 
permita a leitura das Leis acima mencionadas, as quais permitirão a visualização 
de possibilidades práticas das utilizações de benefícios fiscais, ora 
desconhecidos de várias atividades nos variados tipos de organizações e 
negócios. 
4.2 Reduções tributárias 
Recolher tributos nas atividades de importação com redução da alíquota 
do Imposto de Importação também é possível, desde que, como já amplamente 
abordado, seja uma prática fundamentada em Lei. 
4.2.1 Redução da Alíquota do Imposto de Importação (II) 
Vejamos algumas contemplações de possibilidades para redução da 
alíquota do Imposto de Importação: 
a) Importações realizadas sob ex-tarifário (Res. Gecex n. 284/2011); 
b) Importações sob o ACE 18 (atividades realizadas no Mercosul). 
Em todas as importações contempladas com benefícios de redução da 
alíquota do Imposto de Importação, é necessária ampla leitura atualizada da 
legislação que aplica o benefício, bem como entender e cumprir possíveis 
exigências, como a apresentação à Receita Federal de eventuais licenciamentos 
de importação, prévios à efetivação do embarque da mercadoria no país de 
origem. 
4.2.2 Redução da Alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados 
(IPI) 
Para o Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI), tambémhá 
fundamentação legal em algumas situações, por exemplo: 
 
 
20 
a) Importações realizadas sob ex-tarifário (Dec. n. 11.158/2022); 
b) Importações de placas (módulos) de memória com uma superfície inferior, 
sob ex-tarifário (Dec. n. 11.158/2022). 
Também de forma semelhante como sugerido nas práticas de 
importações com benefício de redução da alíquota do Imposto de Importação, 
nas quais tal benefício for estendido ao IPI, a análise ampla da legislação que 
determina a utilização do benefício é indispensável, visando o cumprimento de 
regras necessárias para o gozo do real direito do benefício sob as condições 
determinadas em lei. 
4.2.3 Redução da Alíquota do PIS-Pasep e da Cofins 
As contribuições relativas ao PIS-Pasep e Cofins também encontram 
respaldo na Legislação Tributária para serem praticadas mediante a utilização 
do benefício de redução de alíquotas, conforme disposto na Lei n. 11.488/2007, 
a qual abrange importações relativas ao programa de Regime Especial de 
Incentivos para o Desenvolvimento da Infraestrutura (Reidi), além de outras 
contemplações previstas e manifestas na Lei n. 10.865/2004. 
4.3 Imunidade tributária 
Oliveira (2021, p. 100) e Portella (2018) citam “as imunidades tributárias 
da seguinte forma: as imunidades tributárias podem ser divididas em subjetivas 
e objetivas”. 
As subjetivas são aquelas que contemplam pessoas, as quais, de acordo 
com o Código Tributário Nacional, instituído pela Lei n. 1.572/1966, através do 
art. 9º, inciso IV, alíneas “a”, “b” e “c”, atingem entes variados, que veremos ainda 
neste subtema. 
A Constituição Federal determina no art. 150 a aplicação da imunidade 
tributária, sendo este um Regime de Tributação muito peculiar a entes, isto é, 
imunidade recíproca, pois alcança os próprios entes do poder público, como 
veremos, por exemplo, a seguir com apresentação de parte do referido artigo da 
Constituição Federal. 
Também está prevista, conforme citado no segundo parágrafo desse 
subtema, de acordo com a Lei n. 1.572/1966 (CTN), a imunidade tributária sobre 
 
 
21 
atividades religiosas, conforme disposto no mesmo artigo da Constituição 
Federal, além de também alcançar partidos políticos e instituições educacionais 
e assistenciais. 
As imunidades objetivas são compostas, por exemplo, de acordo com 
(Oliveira, 2021, p. 101), são aquelas que alcançam “as operações com livros, 
revistas, periódicos e o papel destinado à sua impressão, também denominada 
imunidade cultural ou de imprensa”. 
A fundamentação legal de tal citação está prevista na Constituição 
Federal, art. 150, inciso VI, alínea “d”, e contemplada pela Lei n. 1.572/1966 
(CTN), no art. 9º, inciso IV, alínea “d”. 
Saiba mais 
Apenas no sentido de colaborar com a análise do tema, propõe-se uma 
citação de (Oliveira, 2021, p. 286), ao evidenciar a diferença entre imunidade e 
isenção tributária. Então vejamos: “Imunidade: é prevista na Constituição 
Federal e age impedindo a incidência da norma que prevê o tributo. Isenção: é 
prevista em lei, ou seja, a dispensa legal de recolher certo tributo, advém de 
dispositivo definido em lei, e como tal, inferior à Constituição Federal”. 
TEMA 5 – REGIMES EM ÁREAS ESPECÍFICAS 
Ao citarmos Nyegray (2016, p. 206), observamos uma importante menção 
contributiva às abrangências das práticas de tributação especial em áreas 
específicas, conforme cita o autor: 
[…] não é novidade para nenhum de nós que o Brasil é um país de 
dimensões continentais. São milhões de quilômetros quadrados, que 
abrangem belas praias, extensas pradarias, serras, florestas e uma 
riqueza sem tamanho não só na biodiversidade, mas também nas 
diferentes culturas do nosso povo. 
Ainda a título de introdução poética ao tópico das especificações 
tributárias especiais em áreas específicas, o mesmo autor pontua que 
[…] independentemente do governo ou da época, podemos afirmar 
com segurança que o desenvolvimento nacional seguiu ritmos 
diferentes em regiões diferentes. Justamente por isso, criaram-se 
áreas com leis e regras especiais, conhecidas como Regimes 
Aplicados em Áreas Especiais. A ideia foi auxiliar na promoção do 
crescimento e do desenvolvimento de algumas regiões nacionais 
específicas. O primeiro desses regimes tratados é a Zona Franca de 
Manaus. (Nyegray, 2016, p. 206) 
 
 
22 
5.1 Regimes em Áreas Específicas: Zona Franca de Manaus (ZFM) 
Com maior ênfase na Zona Franca de Manaus, a maior em termos de 
expansão territorial que obtém o caráter de Área Específica para obtenção de 
critérios específicos na tributação, teve sua geração a partir da Lei n. 3.173/1957, 
a qual determinou a caracterização da cidade de Manaus como Porto Livre. 
Já em 1967, ocorreu a criação da Zona Franca de Manaus (capital do 
Estado do Amazonas), a qual foi concebida com o objetivo de incentivar e 
estimular o crescimento da região, considerando a distância da mesma em 
relação às demais regiões do país. 
Em consonância com a necessidade da fundamentação legal para 
aplicação de qualquer incentivo fiscal e prática de recolhimento tributário de 
qualquer tipo, a Zona Franca de Manaus também possui suas prerrogativas 
legais para validação das concessões tributárias a ela conferidas. Por exemplo, 
nos casos de importações realizadas por empresas da região, mediante a 
observação dos dispositivos presentes no Decreto n. 6.759/2009, no art. 504, 
além do art. 1º do Decreto-Lei n. 288 de 1967. 
Nyegray (2016, p. 208), ao definir as particularidades tributárias da Zona 
Franca de Manaus, cita que 
[…] a Superintendência da ZFM (Suframa) explica que a ZFM é um 
modelo de desenvolvimento econômico implantado pelo governo 
brasileiro objetivando viabilizar uma base econômica na Amazônia 
Ocidental, promover a melhor integração produtiva e social dessa 
região do país, garantindo a soberania nacional sobre suas fronteiras. 
(Suframa, 2016b) 
O Decreto n. 6.759/2009 define no art. 505 a aplicabilidade dos benefícios 
tributários sobre as atividades de importação realizadas na Zona Franca de 
Manaus, a saber: 
A entrada de mercadorias estrangeiras na Zona Franca de Manaus, 
destinadas a seu consumo interno, industrialização em qualquer grau, 
inclusive beneficiamento, agropecuária, pesca, instalação e operação 
de indústrias e serviços de qualquer natureza, bem como a estocagem 
para reexportação, será isenta dos impostos de importação e sobre 
produtos industrializados. (Brasil, 2009) 
Importante mencionarmos que o mesmo artigo contempla algumas 
ressalvas quanto à aplicação dos benefícios que menciona, tornando óbvia a 
 
 
23 
leitura e análise em sua íntegra, a quaisquer operações a que tal assunto se 
aplicar. 
Outra situação tributária muito relevante e considerável nas atividades de 
comercialização destinada à Zona Franca de Manaus diz respeito à equivalência 
dada pela Legislação Tributária às vendas de produtos realizadas por empresas 
externas à região da ZFM, ao observarmos, por exemplo, que o art. 506 do 
Decreto n. 6.759/2009 determina que: 
Art. 506. A remessa de mercadorias de origem nacional para consumo 
ou industrialização na Zona Franca de Manaus, ou posterior 
exportação, será, para efeitos fiscais, equivalente a uma exportação 
brasileira para o exterior (Decreto-Lei n. 288, de 1967, art. 4º). 
Parágrafo 1º O benefício de que trata o caput não abrange armas e 
munições, perfumes, fumo, bebidas alcoólicas e automóveis de 
passageiros classificados, respectivamente, nos capítulos 93, 33, 24, 
nas posições 2203 a 2206 e nos códigos 2208.20.00 a 2208.70.00 e 
2208.90.00 (exceto o ex-tarifário 01) e na posição 8703 da 
Nomenclatura Comum do Mercosul (Decreto-Lei n. 340, de 22 de 
dezembro de 1967, art. 1º, com a redação dada pelo Decreto-Lei n. 
355, de 6 de agosto de 1968, art. 1º). 
Parágrafo 2º O disposto no caput não compreende os incentivos fiscais 
previstos no Decreto-Lei n. 1.248, de 1972, nem os decorrentes do 
regime de drawback (Decreto-Lein. 1.435, de 1975, art. 7º). (Brasil, 
2009) 
Ainda, relativamente à ZFM, é relevante observar que ao ocorrer 
importações para a citada área e quando de lá forem vendidas a outras regiões 
do país, estarão sujeitas aos tributos incidentes na importação. 
5.2 Regimes em Áreas Específicas: Área de Livre Comércio (ALC) 
Nyegray (2016, p. 208) comenta que “assim como a Zona Franca de 
Manaus, o objetivo das Áreas de Livre Comércio é a promoção regional”. 
Priorizando a fundamentação legal em nossas ponderações relativas às 
concessões tributárias em forma de incentivos e estímulos a determinadas 
práticas de comércio exterior, observemos a determinação constante no art. 524 
do Decreto n. 6.759/2009: 
Art. 524. Constituem áreas de livre comércio de importação e de 
exportação as que, sob regime fiscal especial, são estabelecidas com 
a finalidade de promover o desenvolvimento de áreas fronteiriças 
específicas da Região Norte do país e de incrementar as relações 
bilaterais com os países vizinhos, segundo a política de integração 
latino-americana (Lei n. 7.965, de 22 de dezembro de 1989, art. 1º; Lei 
 
 
24 
n. 8.210, de 19 de julho de 1991, art. 1º; Lei n. 8.256, de 25 de 
novembro de 1991, art. 1º, com a redação dada pela Lei n. 11.732, de 
2008, art. 5º; Lei n. 8.387, de 1991, art. 11, caput; e Lei n. 8.857, de 8 
de março de 1994, art. 1º). 
Parágrafo único. As áreas de livre comércio são configuradas por 
limites que envolvem, inclusive, os perímetros urbanos dos municípios 
de Tabatinga (AM), 
Guajará-Mirim (RO), Boa Vista e Bonfim (RR), Macapá e Santana (AP) 
e Brasiléia, com extensão para o município de Epitaciolândia, e 
Cruzeiro do Sul (AC) (Lei n. 7.965, de 1989, art. 2º, caput; Lei n. 8.210, 
de 1991, art. 2º, caput; Lei n. 8.256, de 1991, art. 2º, caput e parágrafo 
único, com a redação dada pela Lei n. 11.732, de 2008, art. 5º; Lei n. 
8.387, de 1991, art. 11, parágrafo 1º; e Lei n. 8.857, de 1994, art. 2º, 
caput). (Brasil, 2009) 
Já o art. 525 do mesmo decreto determina quais são os benefícios 
tributários para importações realizadas pelas Áreas de Livre Comércio: 
Art. 525. A entrada de produtos estrangeiros nas áreas de livre 
comércio será feita com suspensão do pagamento dos impostos de 
importação e sobre produtos industrializados, que será convertida em 
isenção quando os produtos forem destinados a (Lei n. 7.965, de 1989, 
art. 3º, caput; Lei n. 8.210, de 1991, art. 4º, caput; Lei n. 8.256, de 1991, 
art. 4º, caput, com a redação dada pela Lei n. 11.732, de 2008, art. 5º; 
Lei n. 8.387, de 1991, art. 11, parágrafo 2º; e Lei n. 8.857, de 1994, art. 
4º, caput): 
I - consumo e venda internos; 
II - beneficiamento, em seu território, de pescado, recursos minerais e 
matérias-primas de origem agrícola ou florestal; 
III - beneficiamento de pecuária, restrito às áreas de Boa Vista, Bonfim, 
Macapá, Santana, Brasiléia e Cruzeiro do Sul; IV - piscicultura; V - 
agropecuária, salvo em relação à área de Guajará-Mirim; VI - 
agricultura, restrito à área de Guajará-Mirim; VII - instalação e operação 
de atividades de turismo e serviços de qualquer natureza; 
VIII - estocagem para comercialização no mercado externo; IX - 
estocagem para comercialização ou emprego em outros pontos do 
país, restrito à área de Tabatinga; X - atividades de construção e 
reparos navais, restritas às áreas de Guajará-Mirim e Tabatinga; 
XI - industrialização de produtos em seus territórios, restritas às áreas 
de Tabatinga, Brasiléia e Cruzeiro do Sul; e XII - internação como 
bagagem acompanhada, observado o mesmo tratamento previsto na 
legislação aplicável à Zona Franca de Manaus. (Brasil, 2009) 
Ainda tomando como base uma das literaturas que endossam o nosso 
estudo, citamos Nyegray (2016, p. 215), ao dizer que 
[…] existe uma inegável semelhança entre zona franca e área de livre 
comércio. Todavia, devemos notar algumas diferenças que podem ser 
destacadas com base nos artigos já citados. No caso da Área de Livre 
Comércio, existe isenção de impostos de importação sobre produtos 
industrializados, quando os produtos tiverem destinação específica, 
 
 
25 
conforme determinam as leis. Na Zona Franca, a isenção de impostos 
aplica-se a qualquer uso. Por fim, ao contrário do que ocorre com a 
ZFM, no caso da área de livre comércio não há previsão de cálculo do 
coeficiente de redução de impostos para mercadorias ali 
industrializadas. 
5.3 Zona de Processamento de Exportação (ZPE) 
A atividade de exportação, conforme já observada ao longo do nosso 
estudo e, especialmente nesta abordagem, é alvo de incentivos tributários para 
estímulos do governo, que propiciem às empresas melhores condições de 
desenvolvimento de produtos e estratégias, visando expandir os negócios 
brasileiros no exterior. 
A Lei n. 11.508/2007, em seu art. 1º, define que: 
Art. 1º Fica o Poder Executivo autorizado a criar, nas regiões menos 
desenvolvidas, Zonas de Processamento de Exportação (ZPE), 
sujeitas ao regime jurídico instituído por esta Lei, com a finalidade de 
desenvolver a cultura exportadora, de fortalecer o balanço de 
pagamentos e de promover a difusão tecnológica, a redução de 
desequilíbrios regionais e o desenvolvimento econômico e social do 
país. (Redação dada pela Lei n. 14.184, de 2021) (Vigência) 
Parágrafo único. As ZPE caracterizam-se como áreas de livre comércio 
com o exterior, destinadas à instalação de empresas direcionadas para 
a produção de bens a serem comercializados no exterior, a prestação 
de serviços vinculados à industrialização das mercadorias a serem 
exportadas ou a prestação de serviços a serem comercializados ou 
destinados exclusivamente para o exterior, consideradas zonas 
primárias para efeito de controle aduaneiro. (Redação dada pela Lei n. 
14.184, de 2021) (Vigência) (Brasil, 2007) 
Assim, as ZPEs possuem um apelo ao incentivo industrial destinado à 
exportação. Por exemplo, o Decreto n. 6.759/2009, no art. 534, trata do tema 
com a seguinte determinação: 
Art. 534. As zonas de processamento de exportação caracterizam-se 
como áreas de livre comércio de importação e de exportação, 
destinadas à instalação de empresas voltadas para a produção de 
bens a serem comercializados no exterior, objetivando a redução de 
desequilíbrios regionais, o fortalecimento do balanço de pagamentos e 
a promoção da difusão tecnológica e do desenvolvimento econômico e 
social do país. (Lei n. 11.508, de 2007, art. 1º, caput e parágrafo único) 
(Brasil, 2009) 
Para maiores detalhamentos relativos aos benefícios tributários 
concedidos às Zonas de Processamento de Exportações (ZPEs), recomenda-se 
com muita ênfase a leitura do capítulo III do Decreto n. 6759/2009, entre os arts. 
534 a 541, o que permitirá compreensão nítida necessária para as aplicações 
 
 
26 
dos benefícios tributários, mediante o cumprimento das regras procedimentais 
estabelecidas no âmbito deste cenário de possibilidades de vantagens 
tributárias. 
TROCANDO IDEIAS 
Sempre é importante observarmos as alternativas disponíveis aos 
padrões de operações procedimentais na tributação, pois a Legislação 
Tributária, conforme visto nesta abordagem, permite o alcance de significativas 
possibilidades de obtenção de vantagens tributárias. 
NA PRÁTICA 
De maneira suposta, uma empresa pretende importar mercadorias do 
Japão e de outros países da Ásia para serem revendidas no Brasil. No entanto, 
a expectativa da empresa é que o fluxo de caixa não contemple, de forma 
integral, o cumprimento do recolhimento tributário incidente na importação, sobre 
toda a carga em um primeiro momento, conforme a Legislação Tributária prevê. 
Defina em um texto de até 20 linhas, qual seria a estratégia operacional 
mais viável economicamente, sob o ponto da Legislação Tributária, que 
permitiria à empresa resolver esse problema da falta de recursos para quitação 
dos tributos federais, através da aplicação de uma previsão legal. 
A solução esperada está na seção Gabarito, após as Referências.FINALIZANDO 
Economizar sempre é bom, cortar despesas sempre é necessário na 
medida do possível e sob aspectos de planejamento. Esta abordagem nos 
permitiu observar as possibilidades de ambas as práticas, com respaldo na 
Legislação Tributária, porém com muita ênfase exatamente nos aspectos legais 
da aplicação das possibilidades de “fuga” das altas cargas tributárias mediante 
o cumprimento dos rigorosos critérios constantes na legislação Aduaneira. 
 
 
 
27 
REFERÊNCIAS 
BRANCHIER, A. S.; TESOLIN, J. D. D. Direito e legislação aplicada. Curitiba: 
InterSaberes, 2012. 
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Disponível 
em: <https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm>. 
Acesso em: 21 jul. 2023. 
BRASIL. Decreto n. 6.759, de 5 de fevereiro de 2009. Disponível em: 
<https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-
2010/2009/decreto/d6759.htm>. Acesso em: 21 jul. 2023. 
_____. Lei n. 10.833, de 29 de dezembro de 2003. Disponível em: 
<https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/l10.833.htm>. Acesso em: 21 
jul. 2023. 
_____. Lei n. 11.508, de 20 de julho de 2007. Disponível em: 
<https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/lei/l11508.htm>. 
Acesso em: 21 jul. 2023. 
_____. Lei n. 8.032, de 12 de abril de 1990. Disponível em: 
<https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8032.htm>. Acesso em: 21 jul. 2023. 
_____. Lei n. 8.402, de 8 de janeiro de 1992. Disponível em: 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8402.htm>. Acesso em: 21 jul. 2023. 
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO. Secretaria da Fazenda. Lei n. 
10.637, de 30 de dezembro de 2002. Disponível em: 
<https://legislacaofinanceira.fazenda.sp.gov.br/Federal/Lei%2010637.pdf>. 
Acesso em: 21 jul. 2023. 
GOVERNO FEDERAL. Siscomex. Regimes Aduaneiros Especiais. Disponível 
em: <https://www.gov.br/siscomex/pt-br/servicos/aprendendo-a-
exportarr/conhecendo-temas-importantes-1/regimes-aduaneiros-especiais>. 
Acesso em: 21 jul. 2023. 
MEIRA, L. A. Integração Regional e tributos sobre o comércio no Mercosul. 
Revista da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, ano I, v. 2, p. 53-71, 
2008. Disponível em: <http://www.pgfn.fazenda.gov.br/revista-pgfn/ano-i-
numero-ii-2011/2008.pdf>. Acesso em: 21 jul. 2023. 
 
 
28 
MINISTÉRIO DA ECONOMIA. Desoneração das Exportações. Disponível em: 
<http://mdic.gov.br/index.php/comercio-exterior/desoneracao-das-
exportacoes>. Acesso em: 21 jul. 2023. 
NYEGRAY, J. A. L. Legislação aduaneira: comércio exterior e negócios 
internacionais. Curitiba: InterSaberes, 2016. 
OLIVEIRA, A. F. S. de. Legislação tributária. Curitiba: InterSaberes, 2021. 
RECEITA FEDERAL DO BRASIL. Instrução Normativa RFB n. 702, de 6 de 
dezembro de 2007. Disponível em: 
<http://normas.receita.fazenda.gov.br/sijut2consulta/link.action?idAto=70297&vi
sao=anotado>. Acesso em: 21 jul. 2023. 
_____. Instrução Normativa RFB n. 1.281, de 31 de julho de 2012. Disponível 
em: 
<http://normas.receita.fazenda.gov.br/sijut2consulta/link.action?idAto=128149#
2405049>. Acesso em: 21 jul. 2023. 
 
 
 
29 
GABARITO 
Solução esperada: 
A Legislação Tributária, prevê, de acordo com o disposto na Instrução 
Normativa da Receita Federal n. 241/2002, a importação de mercadorias para 
revenda no mercado interno, sem a necessidade de tributação integral da carga. 
Dessa forma, o recolhimento dos tributos incidentes na importação ocorrerá 
proporcionalmente, conforme as vendas forem ocorrendo, desde que assim seja 
feito no período de vigência legal do referido Regime Aduaneiro Especial.)

Outros materiais