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Conteudista: Prof.ª M.ª Thaís Brienza Revisão Textual: Prof.ª M.ª Sandra Regina Fonseca Moreira Objetivo da Unidade: Conhecer sobre a estrutura das proteínas e suas funções; Estudar sobre o papel das enzimas no organismo humano e os fatores que afetam sua atividade. 📄 Material Teórico 📄 Material Complementar 📄 Referências Proteínas: Estruturas e Funções Proteínas As proteínas são biomoléculas encontradas em maior quantidade no organismo humano, sendo as mais importantes das macromoléculas biológicas, pois compõem mais da metade do peso de uma célula. Desempenham diversas funções e estão envolvidas em todos os processos metabólicos do organismo. Atuam na defesa do organismo, como transportadoras de substâncias, têm ações regulatórias e são componentes estruturais de células e tecidos (VOET, 2014). As proteínas são polímeros formados pela união de aminoácidos, ligados entre si, através das ligações peptídicas (Figura 1). A sequência de aminoácidos na estrutura da proteína determina as propriedades físicas e químicas, além do mecanismo de ação e suas funções. Poderá ocorrer a interação e associação com íons, como fosfatos, zinco, cálcio e outras biomoléculas, lipídeos e carboidratos. 1 / 3 📄 Material Teórico Trocando Ideias... Definimos polímeros e aminoácidos anteriormente. Você se recorda? Figura 1 – Polipeptídeo formado por uma cadeia de aminoácidos Fonte: Adaptada de Wikimedia Commons #ParaTodosVerem: ilustração de uma cadeia de aminoácidos. Sobre o fundo branco. No canto superior esquerdo, inicia-se com o retângulo em verde escrito TRE, em seguida, amarelo escrito ALA; verde claro, escrito GLI; azul escrito ARP, e assim por diante, semelhante a um colar, com uma sequência de aminoácidos. Finaliza no canto inferior esquerdo, em vermelho escrito FEN. Fim da descrição. As proteínas são moléculas de alto peso molecular (macromoléculas), formadas por sequências de apenas 20 tipos de aminoácidos diferentes, onde cada proteína terá a sua sequência Se sim, vamos utilizar esse conhecimento nesta unidade. Se não, vale a pena voltar à unidade anterior e estudar. específica de aminoácidos, o que define a sua função e a diferencia dos outros milhares de proteínas em nosso organismo. As principais funções das proteínas são: Classificação e Estrutura das Proteínas Em relação à classificação das proteínas, elas são descritas de acordo com a sua estrutura: Atuar na defesa e proteção do organismo; Contração muscular; Transporte de substâncias; Reserva; Ação reguladora/hormonal; Componentes estruturais das células e tecidos; Catalizadores biológicos; Genética. Estrutura primária: é a sequência de aminoácidos da cadeia ou cadeias polipeptídicas que formam a proteína. Esses aminoácidos são unidos através das ligações peptídicas da molécula. Sua estrutura é um arranjo linear, semelhante a um colar. A sequência de aminoácidos é determinada pelo gene, ou seja, pela informação genética que está presente no DNA da célula. Essa sequência determinará a estrutura tridimensional e a função da proteína (Figura 2). Figura 2 - Estrutura primária de uma proteína Fonte: Adaptada de Wikimedia Commons #ParaTodosVerem: ilustração da estrutura primária de uma proteína. Sobre o fundo cinza, uma representação em formado de um colar, com pequenos círculos. No canto inferior direito, 4 círculos aumentados, escrito PHE, LEU, SER, CYS. Outro círculo aumentado, com a estrutura química básica do aminoácido. Carbono central, hidrogênio, grupo amino, grupo ácido carboxílico e radical. Fim da descrição. As proteínas contêm em torno de 100 a 1000 aminoácidos, com algumas exceções, e o limite mínimo para se ter uma proteína estável e funcional é de 40 aminoácidos. Um exemplo de uma proteína composta por cadeias polipeptídicas simples, e que são unidas posteriormente, é a insulina, como demonstrado na Figura 3. Figura 3 - Estrutura primária da insulina Fonte: Adaptada de Wikimedia Commons #ParaTodosVerem: ilustração da estrutura primária da insulina. Do lado esquerdo superior, círculos em rosa representando uma cadeia polipeptídica. Do lado direito inferior, círculos em verde representando outra cadeia polipeptídica, e a ligação em círculos azuis entre as duas cadeias polipeptídicas. Fim da descrição. A estrutura primária de uma proteína só pode ser destruída quando exposta por longo tempo a ácidos ou bases fortes, à temperatura elevada ou ainda pela presença de enzimas digestivas que vão promover a liberação de peptídeos menores ou aminoácidos livres. Um exemplo é a enzima peptidase, que promove a quebra das proteínas em peptídeos menores ou aminoácidos livres, para a absorção pelas células intestinais, do intestino delgado. Estrutura secundária: é dada pelo arranjo espacial de aminoácidos próximos entre si na sequência primária da proteína, ou seja, é caracterizada pelo enrolamento dos polipeptídeos, em formato de hélice. Essa estrutura é estabilizada por pontes de hidrogênio entre os átomos de carbono e hidrogênio no interior dos aminoácidos. O formato hélice ocorre graças à possibilidade de rotação das ligações. As estruturas mais comuns são alfa- (α-hélice) e a folha β (beta) pregueada, como demonstrado na Figura 4. Glossário Alfa hélice: é uma estrutura espiralada, em formato de hélice, orientada para a direita como se estivesse ao redor de um cilindro, formada por pontes de hidrogênio dentro da cadeia; Folha beta pregueada: envolve duas ou mais cadeias polipeptídicas da mesma molécula ou de moléculas diferentes arranjadas em paralelo ou no sentido antiparalelo; é uma estrutura estendida, formada por pontes de hidrogênio entre duas ou mais cadeias polipeptídicas. Os segmentos em folha β da proteína assumem uma folha de papel dobrada em pregas. Figura 4 – Estrutura secundária de uma proteína Fonte: Adaptada de Wikimedia Commons #ParaTodosVerem: ilustração da estrutura secundária de uma proteína. No canto superior esquerdo, três setas em azul representando a folha beta pregueada. No canto inferior esquerdo, no formato molecular, a mesma representação da folha beta pregueada. No canto superior direito, um espiral vermelho representando a alfa hélice. No canto inferior direito, no formato molecular, a mesma representação da alfa hélice. Fim da descrição. Estrutura terciária: resulta do enovelamento global da cadeia polipeptídica, sendo estabilizada por pontes de hidrogênio e pontes dissulfeto. É, literalmente, um dobramento da proteína, adquirindo uma estrutura tridimensional (Figura 5). Normalmente, as cadeias laterais hidrofóbicas estão voltadas para o interior da proteína, longe do ambiente aquoso, e as cadeias laterais hidrofílicas, voltadas para o lado externo da molécula. Figura 5 - Estrutura Terciária – Tridimensional da Mioglobina Fonte: Adaptada de Wikimedia Commons #ParaTodosVerem: ilustração da estrutura tridimensional da mioglobina. Sobre fundo cinza, no centro da imagem, fitas na cor azul enroladas entre si, representando a estrutura terciária da proteína. Fim da descrição. Estrutura quaternária: algumas proteínas podem ter duas ou mais cadeias polipeptídicas em estrutura tridimensional, a que chamamos de complexo proteico, ou seja, mais de uma subunidade proteica, que define como estas subunidades se agrupam para formar a estrutura final da proteína. Elas são classificadas em globulares ou fibrosas, sendo a primeira em formato esférico, solúvel em água, e com diversas funções. Um exemplo dessa estrutura é a hemoglobina, uma proteína globular importante para o transporte de gases oxigênio pelo nosso sangue (Figura 6). Já as proteínas fibrosas apresentam-se como fibras alongadas, geralmente são insolúveis em água e com função estrutural, como por exemplo, as fibras de colágeno, elastina e queratina. Cabe ressaltar que nem todas as proteínas terão esse tipo de estrutura. Figura 6 - Estrutura Quaternária da Hemoglobina Fonte: Adaptada de Wikimedia Commons #ParaTodosVerem: ilustração da estrutura quaternáriada hemoglobina. Sobre fundo branco, à esquerda, ilustração de uma subunidade em amarelo. À direita da imagem, a representação das subunidades da hemoglobina. Duas estruturas em azul claro e duas estruturas em vermelho. Fim da descrição. Desnaturação Proteica A desnaturação de uma proteína ocorre quando há modificações na sua estrutura, ou seja, nas estruturas secundária, terciária ou quaternária devido a alterações mencionadas logo abaixo, podendo ser reversível ou irreversível. As proteínas perdem o arranjo espacial, desenrolam-se, perdendo as ligações e retornando para a estrutura primária (Figura 7). Quando essas conformações espaciais são alteradas ou destruídas, dizemos que a proteína foi desnaturada, mantendo somente a estrutura primária, que é a própria cadeia peptídica, formada pela sequência de aminoácidos ligados entre si. A forma espacial das proteínas pode ser afetada por: temperatura, pH, polaridade, salinidade, solventes, entre outros. Abaixo seguem os principais fatores que podem causar a desnaturação das proteínas: Clique no botão para conferir o conteúdo. ACESSE Temperatura: pequenas modificações, como elevação de temperatura, podem causar a desnaturação proteica. A maioria das proteínas apresentam ponto de fusão abaixo de 100ºC. Um exemplo: no aquecimento, a albumina da clara do ovo sofre desnaturação proteica, ficando branca. Leitura Influência da Temperatura da Chapinha na Fibra Capilar Um exemplo de desnaturação proteica é o processo de alisamento dos fios do cabelo com o uso da “chapinha”. pH: altera a característica iônica das cadeias laterais dos aminoácidos, alterando e rompendo as pontes de hidrogênio; http://www.sbpcnet.org.br/livro/63ra/resumos/resumos/5609.htm Figura 7 – Desnaturação proteica representada no número 3 Fonte: Adaptada de Wikimedia Commons #ParaTodosVerem: ilustração da desnaturação proteica. Sobre o fundo cinza. À esquerda, número 1 com um desenho em fitas enroladas e dobradas nas cores azul, azul claro, roxo e rosa claro, representando a estrutura quaternária. No centro, a palavra heat (aquecer), uma seta, número dois abaixo. À direita, número 3, com um desenho nas mesmas cores do primeiro, mas as fitas estão soltas, representando a desnaturação proteica, estrutura primária da proteína. Fim da descrição. Detergentes: agem ao promover o rompimento de interações hidrofóbicas que estabilizam as proteínas. Clique no botão para conferir o conteúdo. ACESSE Funções das Proteínas As proteínas desempenham diversas funções no organismo humano: Leitura Pranchas e Chapinhas Causam Danos à Estrutura Capilar Estrutural: as proteínas são forma e estrutura das células, participam na composição de várias estruturas do organismo, promovendo rigidez e elasticidade aos tecidos. Como exemplo, temos as glicoproteínas que estão presentes nas membranas celulares, que auxiliam na ancoragem de outras proteínas responsáveis pela estrutura celular (proteínas do citoesqueleto), na adesão com células vizinhas e no transporte de substâncias para dentro e fora das células. Além disso, encontramos o colágeno, que dá sustentação sobretudo às cartilagens, à pele, aos tendões, aos ossos e ligamentos; é uma proteína fibrosa e insolúvel em água e constituída por três cadeias polipeptídicas, sendo os aminoácidos mais presentes a glicina, prolina e hidroxiprolina. O colágeno é uma proteína constituída por três polipeptídeos helicoidais associados em uma tripla-hélice (Figura 8). No organismo humano, existem pelo menos 28 diferentes tipos de colágeno, sendo o mais comum o colágeno tipo I. A elastina é uma proteína fibrosa, que compõe a estrutura da matriz extracelular e tem propriedade elástica, podendo ser estendida várias vezes em relação ao seu comprimento normal, voltando ao estado original quando relaxada. É composta basicamente por aminoácidos polares como a glicina, a alanina e a valina. A queratina é uma proteína fibrosa, formada por cadeias polipeptídicas em α-hélice, insolúvel em água, rica em cisteína, aminoácido que apresenta enxofre em sua estrutura, o que permite que as cadeias que a formam sejam unidas por pontes dissulfeto, conferindo rigidez à estrutura. É o principal https://jornal.usp.br/ciencias/ciencias-da-saude/pranchas-e-chapinhas-causam-danos-a-estrutura-capilar/ Figura 8 – Proteína do Colágeno Fonte: Reprodução #ParaTodosVerem: ilustração da proteína do colágeno. Sobre fundo branco. De cima para baixo, escrito colágeno, abaixo sequência de aminoácido e um desenho com bolas verde, amarela e vermelha, representando a sequência de aminoácidos. Abaixo, escrito, molécula de colágeno e três fitas entrelaçadas nas cores amarela, laranja e vermelha. Abaixo, escrito, fibra de colágeno e um desenho cilíndrico, com faixas nas cores amarela e bege. Fim da descrição. componente da rígida camada externa da epiderme e dos cabelos e unhas, nos quais desempenha função impermeabilizante. A queratina, quando aquecida, é esticada ao dobro do seu tamanho, o que explica o cabelo esticar quando é escovado. Defesa e proteção: promovem a defesa do organismo contra microrganismos e substâncias estranhas. Exemplos: anticorpos. Os anticorpos são um grupo de proteínas que contêm pelo menos 4 subunidades, produzidas pelos linfócitos B e que têm a função de defesa contra infecções bacterianas e virais; Sabemos que as proteínas são sintetizadas no nosso organismo, dentro das células, através da união de subunidades denominadas de aminoácidos. Proteínas importantes para a estética, como colágeno, elastina, queratina, actina e miosina, entre outros, são produzidas dentro das suas respectivas células. Dentro das células, existe uma organela responsável pela síntese de proteínas, chamada de ribossomos. Os ribossomos dependem da sequência de aminoácidos, o Contração muscular: promovem os movimentos de estrutura celular e contração da musculatura. Exemplos: actina e miosina. O músculo estriado esquelético é constituído de fibras musculares que, microscopicamente, têm o aspecto de fibras e contém feixes paralelos, denominados miofibrilas, responsáveis pelo encurtamento no momento da contração. As miofibrilas estão acondicionadas no sarcômero e são compostas por filamentos grossos e filamentos finos. Os filamentos grossos são de miosina, proteína constituída por 6 cadeias polipeptídicas, e os filamentos finos consistem principalmente em actina, proteína com 357 resíduos; Transporte: diversas proteínas têm a função de transportar substâncias no organismo humano, como por exemplo, a mioglobina, uma proteína pequena que se liga ao oxigênio, transportando-o para os músculos, e a hemoglobina, proteína constituída por 4 subunidades, presente no sangue, que faz o transporte de oxigênio para todas as células. As lipoproteínas ligam-se aos lipídeos, transportando-os através do plasma sanguíneo; Catalisador biológico: as reações bioquímicas são responsáveis pelo funcionamento do organismo humano e todas elas são mediadas por catalisadores biológicos, as enzimas. Elas aceleram a velocidade das reações químicas e bioquímicas e as tornam mais leves e mais específicas. Exemplo: amilase salivar, que faz a quebra (hidrólise) do amido (carboidrato); Reguladora/hormonal: algumas proteínas atuam sobre células e órgãos regulando as suas funções. Essas proteínas são os hormônios, mensageiros químicos, que podem ser sintetizados pelo próprio órgão ou glândulas anexas. Um exemplo é a insulina. Produzida pelo pâncreas e que promove a absorção de glicose pelas células do organismo, contribuindo para a redução da concentração de glicose no sangue. Já o glucagon, também um hormônio pancreático, exerce função inversa, promovendo o aumento da glicose no sangue, quando estamos em jejum. que é determinado pelo gene, ou seja, pela informação genética que está presente no DNA da célula. Clique no botão para conferir o conteúdo. ACESSE Enzimas As Enzimas são Proteínas? Respondendo à pergunta acima, sim, todas as enzimas são proteínas.As enzimas são longas cadeias de pequenas moléculas chamadas aminoácidos, definidos como catalisadores biológicos. Sua função é viabilizar a atividade das células, quebrando moléculas ou promovendo a união delas para formar novos compostos. Enzimas são moléculas catalisadoras que aumentam a velocidade das reações químicas e bioquímicas, sem sofrer alteração no processo. Praticamente todas as reações que caracterizam o metabolismo celular são catalisadas pelas enzimas. Leitura Colágeno https://www.infoescola.com/histologia/colageno/ Elas estão envolvidas desde as reações mais simples, até as mais complexas, como a transformação de glicose em “energia”, na qual agem até 12 diferentes enzimas para que o processo de respiração celular aconteça. Essas moléculas são nomeadas adicionando-se o sufixo “-ase” ao nome da substância envolvida na reação química; por exemplo, a peptidase é uma enzima responsável pela quebra da ligação peptídica no processo de digestão das proteínas. As enzimas são classificadas de acordo com as reações químicas nas quais estão envolvidas. Oxidorredutases: catalisam reações de óxido-redução; transferases: catalisam transferência de grupos funcionais; hidrolases: catalisam reações de hidrólise; liases: catalisam reações de eliminação de grupos para formar ligações duplas; isomerases: catalisam reações de isomerização; ligases: catalisam reações de ligação. Os catalisadores aumentam a velocidade das reações por diminuírem as energias de ativação, ou energia necessária para a reação, sem alterar o resultado final. As enzimas se desenvolveram para diminuir seletivamente as energias de ativação das reações necessárias para a sobrevivência celular, como demonstrado na Figura 9. Figura 9 – Energia de ativação de uma enzima Fonte: Wikimedia Commons #ParaTodosVerem: ilustração da energia de ativação de uma enzima. Sobre o fundo cinza. Um gráfico com a seta para cima indicando a energia. Seta para a direita, indicando o caminho da reação. No gráfico, há duas linhas. Preta, reação sem catalisador, e a vermelha pontilhada, reação com catalisador. Também tem duas setas, uma preta e uma vermelha, sinalizando a diferença de energia de ativação. Fim da descrição. Além dessa característica de acelerar a velocidade de reação, as enzimas também tornam as reações mais leves, ou seja, na presença de enzimas, as reações acontecem em menores temperaturas e valores de pH próximos ao neutro. As enzimas se ligam às suas moléculas de interesse e catalisam as reações com alta especificidade devido à sua estrutura e afinidade por grupos químicos. Elas agem especificamente na substância alvo da reação química que é definida como substrato, sendo que a interação entre eles segue o modelo “chave - fechadura” e a região de ligação entre a enzima e o substrato denomina-se sítio ativo (Figura 10). Algumas enzimas necessitam de cofatores para desempenhar sua função, que são diferentes tipos de moléculas associadas à estrutura da proteína. A interação da enzima com o cofator é denominada holoenzima, e a enzima inativa, na ausência do cofator, é denominada apoenzima. Figura 10 – Esquema do mecanismo de ação de uma enzima Fonte: Wikimedia Commons #ParaTodosVerem: ilustração do mecanismo de ação de uma enzima. Sobre fundo branco. À esquerda, representação de uma enzima em cinza e do seu substrato em verde. Abaixo está escrito “Substrato entrando no sítio ativo da enzima”. Seta para a direita. Representação da enzima ligada com o seu substrato. Em cima, está escrito “A enzima altera ligeiramente a sua forma à medida que o substrato se liga”. Abaixo, escrito “Complexo enzima/substrato”. Seta para a direita. Representação da enzima com o produto ainda ligado. Abaixo escrito “Complexo enzima/produto”. Seta para a direita. Representação da enzima e dos produtos desligando o sítio ativo da enzima. Abaixo escrito “Produtos deixando o sítio ativo da enzima”. Fim da descrição. Fatores que Modificam as Estruturas das Enzimas As enzimas são sensíveis a parâmetros ambientais que influenciam todas as reações químicas, como a temperatura e o pH: Temperatura e estabilidade molecular: para a maior parte das enzimas, existe uma temperatura ótima e ideal para a sua atividade. Caso haja um aumento de Por quê Utilizar as Enzimas? temperatura, a enzima perde totalmente a capacidade de ação, desnaturando essas proteínas, como vimos anteriormente. A temperatura ótima para a maioria das enzimas humanas está entre 35 e 40ºC. Acima de 40ºC, as enzimas desnaturam. Bactérias termófilas apresentam temperaturas ótimas acima de 70ºC; pH: para cada enzima existe um pH ótimo, no qual a enzima exibe atividade máxima e uma faixa aceitável para sua ação. Caso ocorra alguma alteração no pH, a característica dos grupos funcionais dos aminoácidos também se modificará, alterando a capacidade catalítica da enzima. Um exemplo dessa alteração ou inativação enzimática é a amilase salivar, que tem seu funcionamento ótimo em pH neutro. Quando acontece a deglutição do alimento e esse vai para o estômago, a amilase salivar é inativada, devido à alteração de pH. O pH estomacal é ácido, devido a ação do ácido clorídrico. Apresentam alto grau de especificidade; São produtos naturais biológicos; Reações baratas e seguras; São altamente eficientes, acelerando a velocidade das reações; São econômicas, reduzindo a energia de ativação; Não são tóxicas; Condições favoráveis de pH, temperatura. Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade: Vídeos Proteínas | Compostos Orgânicos | Bioquímica 2 / 3 📄 Material Complementar Proteínas | Compostos Orgânicos | Bioquímica | Prof. Paulo JubilutProteínas | Compostos Orgânicos | Bioquímica | Prof. Paulo Jubilut https://www.youtube.com/watch?v=SH45DG5jfu0 Proteínas, Aminoácidos e Desnaturação Enzimas Proteínas, aminoácidos e desnaturação - Aula 6 - Mód. 1 - BioquímProteínas, aminoácidos e desnaturação - Aula 6 - Mód. 1 - Bioquím…… https://www.youtube.com/watch?v=4u9QUpwM1dI Leitura O que é Proteína? Clique no botão para conferir o conteúdo. ACESSE Entenda como Funciona a Desnaturação de Proteína Clique no botão para conferir o conteúdo. ACESSE Enzimas - Aula 07 - Módulo 1 - Bioquímica - Prof. GuilhermeEnzimas - Aula 07 - Módulo 1 - Bioquímica - Prof. Guilherme https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/biologia/o-que-e-proteina.htm https://blog.portaleducacao.com.br/entenda-como-funciona-a-desnaturacao-de-proteina/ https://www.youtube.com/watch?v=c_xiH_asMuQ BELLÉ, L. P.; SANDRI, S. Bioquímica aplicada: reconhecimento e caracterização de biomoléculas. São Paulo: Editora Saraiva, 2014. (e-book) BROWN, T. A. Bioquímica. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan, 2018. (e-book) NELSON, D. L.; COX, M. M. Princípios de bioquímica de Lehninger. São Paulo: Grupo A, 2019. (e- book) VOET, D.; VOET, J. G.; PRATT, W. Fundamentos de bioquímica: a vida em nível molecular. Porto Alegre: Artmed, 2014. 3 / 3 📄 Referências
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