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BRIEFING E PLANEJAMENTO AULA 1 Prof. Alexandre Correia dos Santos 2 CONVERSA INICIAL Pensar táticas e estratégias para uma nova campanha não é algo tão simples quanto os nossos clientes pensam. A grande maioria acha que é só ter uma boa ideia, formular uma frase de impacto e veicular com uma foto que transmita aquilo que a marca quer passar. O problema é que não existe uma tecla atalho em um software gráfico como o Adobe Photoshop ou o Adobe Illustrator que, ao ser acionada, gere uma arte para o off ou digital perfeita. Qualquer job demanda trabalho, demanda insights, boas ideias que nem sempre vêm facilmente. Criar aleatoriamente não fará de uma campanha algo de fato efetivo, alinhado com as metas e objetivos do cliente que trará como consequência bons resultados para a marca, produtos ou serviços. Qualquer trabalho exige um levantamento prévio de mercado, um estudo da concorrência, avaliação do público-alvo, entre outros ingredientes que, bem pensados e alinhados, trarão bom resultado. Isso é Briefing e Planejamento. Reunir os profissionais certos, com um Brief bem passado, que estão voltados a criar um planejamento viável e consonante com as informações do cliente, respeitando as melhores características dos produtos e serviços que são os “objetos” da comunicação. Esta será a base da nossa caminhada: ajudar a criar um levantamento de mercado preciso, com todas as informações necessárias para a reunião dos melhores profissionais para formularem um ótimo planejamento para que a campanha (seja on-line ou off-line) entregue o que os clientes mais desejam e aguardam ao dispor verbas para investimento em comunicação: resultados. Bons estudos! Divirta-se, aprenda a “brifar”, discutir o brief e planejar melhor! 3 CONTEXTUALIZANDO Toda e qualquer campanha comunicacional tem um estudo e um planejamento atuando por trás, dando suporte para os textos, imagens, roteiros e frases de impacto. Nada ali deve ser aleatório. Qualquer nó desatado pode trazer consequências irreparáveis para o job, trabalho. A base do planejamento advém do levantamento prévio de mercado. Ou seja, para começar qualquer discussão acerca do que criar ou planejar, precisamos conhecer a fundo o negócio do cliente. Conheceremos o brief (palavra do inglês) que significa (Mini Michaelis, 2009, p. 30) sumário, síntese, fazer resumo de; informar; adj. breve; curto; resumido; conciso. E que é exatamente isto: um resumo sobre o que precisamos comunicar. Em seguida, conheceremos o briefing, que é a reunião que ordena estas informações: a primeira reunião de briefing é o atendimento ou o planejamento que realiza diretamente no cliente, e a segunda reunião de briefing é a síntese, a passagem das informações levantadas junto ao cliente para o time da agência de publicidade ou de marketing digital (como exemplos). Essas informações, que devem ser muito assertivas, devem ser a base para a construção de ideias e insights do time da agência. Aqui, cabe um comentário importante: o mercado, por uma razão rasa de determinismo (e erro semântico), costuma usar o termo briefing para o documento e para as reuniões. Nossos próprios clientes (e pares) incorrem neste “erro”. Vamos combinar o seguinte: nós (academia) precisamos mostrar o que é correto em termos de semântica e aplicação de termos em nossas atividades. Com isso, o mercado e os demais profissionais – quem sabe – se acostumam a pronunciar de forma inequívoca os termos abarcados pela comunicação e marketing. Como diz o meme “errado não está”, mas usar briefing para todos os passos incomoda um pouco nossos ouvidos acostumados e preparados para a pesquisa. Que o mercado evolua junto com a pesquisa! Vamos conhecer o brief, o briefing, o atendimento e o planejamento como vitais para a construção de uma campanha off-line ou on-line assertiva, exata! Juntos nos divertiremos em busca do conceito perfeito! 4 TEMA 1 – CONHECENDO O CLIENTE E AS ÁREAS DE ATUAÇÃO Compreender quem é o nosso cliente é papel fundamental de qualquer empresa que trabalhe com comunicação, independentemente da área em que atue. Não há como bem atender às necessidades e anseios de comunicação de uma marca ou empresa se eu não a conhecer profundamente para, a partir disso, poder começar a pensar em como atendê-lo promocionalmente. Vale lembrar que o cliente de uma agência de marketing on-line, por exemplo, pode variar entre um cliente físico (personalidade, artista, ator/atriz, político) ou o que chamamos de pessoa jurídica ou cliente organizacional (ou ainda, empresarial). Seja para trabalhar o nome de um artista, por exemplo, ou para trabalhar uma linha completa de produtos de determinada marca e empresa, precisamos conhecer profundamente todo o histórico do que – em breve – iremos criar, promover, anunciar, propagandear. Mas, afinal, quem é de fato o nosso cliente? A empresa, a marca, o produto ou o serviço? A resposta: não raro, todos. A agência (e seus profissionais) têm que estar preparados para atender uma solicitação que pode envolver todos estes agentes ou diversos tipos de demanda. Além disso, é importante definir a abrangência de atuação da agência literalmente no negócio do cliente. Há quem defenda que a boa empresa de comunicação é aquela que participa de todas as etapas de construção de uma marca (produto ou serviço) e, com isso, atuando inclusive no desenvolvimento do plano estratégico de marketing ou das etapas de formulação de um produto, desde o seu início colaborando com as pesquisas de mercado, composição do produto ou serviço, táticas de precificação ou estratégias de preços (pricing), bem como na definição de público-alvo, de estabelecimento de praças e pontos de vendas, entre outras atribuições inerentes ao trabalho de um profissional da comunicação. Se for o caso, a agência de comunicação (seja uma agência de marketing on-line, de publicidade e propaganda ou de assessoria de comunicação – como exemplos práticos) estará presente em todas as instâncias do projeto. Se não estiver, essa empresa de comunicação será responsável apenas pela etapa de promoção da marca, produto ou serviço (O “P” de promoção dos 4Ps1). Esse envolvimento da agência com os seus clientes é a grande discussão no mercado de marketing e publicidade. Até que ponto a agência de publicidade 1 Teoria dos 4p´s criada por Jerome Mcarthy na década de 60 e empregada até hoje no marketing. 5 (por exemplo) deve se envolver no marketing do cliente? A sua atuação não deveria estar restrita apenas à promoção e divulgação? Essas perguntas estão diretamente vinculadas ao relacionamento com o cliente. Atualmente, os próprios clientes estão exigindo um envolvimento maior das agências com o seu negócio. Afinal, para poder criar uma comunicação assertiva, objetiva e que traga resultados, é sabido que esse envolvimento implica conhecer a fundo cada um dos clientes (seu portfólio, seus produtos e serviços e sobretudo, sua marca) da carteira da agência. Há clientes – inclusive – que enxergam as agências como verdadeiras empresas de marketing e que (inclusive) entregam anúncios comerciais. Estas são chamadas de agências full service2. Antigamente, o ponto focal de uma agência de comunicação era exclusivamente o atendimento, mas, com o tempo e com a evolução do relacionamento e das formas de se fazer comunicação, esse profissional (o atendimento) passou a ganhar ainda mais espaço dentro das organizações, deixando de ser aquele “ente” passivo que, quando era chamado pelo cliente, iria visitá-lo para em seguida propor soluções comunicacionais para os problemas da marca (produto ou serviço). A propaganda e o marketing passaram a ser objetos que ganharam status de imprescindível para o sucesso de um negócio. Consequentemente, os custos também aumentaram,e esse ciclo fez com que as empresas passassem a supervalorizar as formas de comunicação e sobretudo a ter uma maior preocupação com o investimento eficiente e, por consequência, passar a exigir das agências um retorno totalmente baseado em resultados. Dentro desse cenário, o atendimento da agência de comunicação passou a não ser apenas uma ponte de conversação entre os diferentes departamentos da agência com o seu cliente, mas, com uma atuação ainda mais analítica e técnica, passou a mediar este relacionamento (agência com o cliente) com um trabalho baseado no processo de liderança por ter que trabalhar com clientes externos (as marcas, produtos e serviços) e internos (pares da agência e fornecedores), e assumir uma postura de tomada de decisões importantes para o processo. Agora podemos dizer que o papel do atendimento (e do planner – planejamento) frente a esse novo cliente é reagir frente a um mercado que muda constantemente e ainda fazer com que a agência e seus pares reajam positivamente frente a esses novos desafios. 2 Full Service – agência que atende a todas as demandas possíveis da comunicação e do marketing. Trabalha desde comunicação integrada, até ações on-line, offline, tradicionais, no media e below the line. 6 Dentro desse cenário contemporâneo repleto de desafios para todos os lados, aquela imagem retrógrada de cliente que tomava todas as decisões e chamava a agência apenas para produzir os comerciais está superada na imensa maioria dos casos; apontamos maioria porque – feliz ou infelizmente – ainda há clientes que tratam os profissionais de comunicação como meros indivíduos que têm a capacidade de transformar uma ideia em anúncio. Nada mais do que isso. Mas vale reforçar que este mesmo cliente tem um pé atrás quando a agência (independentemente da sua área de atuação) promete mundos e fundos com base na sua reputação de uma agência full service e que engloba todos os serviços possíveis de comunicação e é orientada para resultados. Para alguns clientes, essa agência (que atua em todas as áreas), em algum momento, irá falhar. Por ser uma negociação notadamente voltada para o comercial, que envolve riscos, também põe à prova as formas de atuação da agência. Hoje, o profissional de comunicação não precisa apenas atender o cliente. Ele precisa definitivamente pensar como o cliente. Uma regra básica de mercado é a que uma empresa só passa a ter um produto ou serviço valioso (que de fato agrega valor) quando este é vendido, esvaziando uma prateleira, gerando o resultado. Com isso, até a velha máxima do “cliente tem sempre razão” precisa ser revista nesse tipo de relação. Por isso a importância da agência em participar do início do processo até o seu fim (neste caso, a venda), acompanhando todas as etapas até as últimas consequências. Aqui, o atendimento não deve falar o que cliente quer ouvir, mas sim aquilo que – de fato – ele precisa ouvir. Assim, a agência passa a definir, criar, pensar, planejar, produzir e controlar ações comunicacionais que correspondam aos objetivos traçados por ela e pelo seu cliente, não cabendo mais a simples tarefa de executar aquilo que o cliente deseja. Dessa forma, o risco é partilhado. TEMA 2 – O ROTEIRO PARA CONSTRUÇÃO DO BRIEF Para iniciarmos de pronto o levantamento prévio acerca de um cliente, marca, empresa, produto ou serviço, precisamos conhecer a fundo todos os detalhes daquilo que pretendemos divulgar enquanto profissionais de comunicação. Apenas por uma questão semântica e corretiva (como já explicado), diferenciemos brief de briefing; no Dicionário Oxford (2007, p. 279), brief está traduzido como algo breve, resumido – em poucas palavras. Já briefing, no Dicionário Oxford (2007, p. 279) está traduzido como instruções e informações 7 essenciais. Podemos compreender então que brief é um grande documento com o resumo de todos os dados mais importantes de uma organização (ou de seus produtos e serviços) para subsidiar os diferentes profissionais de uma agência de comunicação integrada, por exemplo, para a partir dessas informações desenvolver uma perfeita campanha de comunicação integrada. Como já é sabido, o atendimento é o profissional responsável pela conta (publicitária) do cliente e, por consequência, o indivíduo que, através de reuniões de briefing, irá coletar tais dados para – posteriormente – repassar e alimentar a criação, o planejamento, a pesquisa, a mídia, para que seja o ponto de partida (ou o norteador) do desenvolvimento da campanha (do novo job) dentro da agência. Já o briefing, por conceito, é a fase de seleção e organização do planejamento de comunicação integrada que envolve estratégia e táticas. Segundo a história da comunicação, o briefing teve origem na Segunda Guerra Mundial, quando os comandantes militares desenhavam as melhores estratégias e táticas e precisavam posteriormente ordenar (comandar) assertivamente os melhores ataques, instruindo os principais oficiais sobre quais as melhores estratégias para a guerra. Hoje, o briefing é utilizado em larga escala, por exemplo em corridas de carros e motos, onde o diretor de prova, momentos antes da corrida, instrui equipes e pilotos sobre as condições de asfalto, tempo e pista, por exemplo. Grosseiramente traduzindo para a nossa língua tupiniquim, brifar, resumidamente, significa transmitir para os nossos pares (dentro da agência de comunicação) as informações mais importantes para os diferentes profissionais e departamentos sobre a marca e produtos e serviços do cliente, para que possam servir de ponto de partida, de norte para a criação do planejamento e para as peças que serão usadas na promoção. Situação atual de mercado e de segmento de atuação, dados sobre portfolio, players concorrentes, preços, características, políticas de distribuição e praças de vendas, para que juntos avaliem pontos fortes e fracos, ameaças e oportunidades (análise SWOT) para aquela campanha. Etapas da construção de um brief para formulação do briefing, mas um apontamento importante: ainda que digamos que ambos são “resumos”, essa organização não deve ser simplificada, rasa, econômica em tópicos importantes e preponderantes para a formatação da campanha. • Avaliação do planejamento estratégico da organização: primeiro passo é avaliar o cenário que a organização se encontra, posicionamento, avaliação 8 de reputação da marca, entre outros fatores que sejam importantes para a construção de um cenário. Precisamos, assim, saber quais os reais intentos da empresa ao contratar uma agência para a promoção de sua marca e seus produtos e serviços. • Criação de um histórico completo da empresa: dados como a criação da organização (quando, como e onde) e o porquê do seu surgimento. Dados como estrutura física e virtual, porte – quantidade de funcionários, número de fábricas (bem como sua localização), de filiais, faturamento por segmento, faturamento global – bruto e líquido. Nota importante: nem sempre as empresas (até por proteção de dados e informações estratégicas) fornece informações que possam ferir a LGPD3 vigente na empresa. Assim, é tarefa do atendimento, pesquisa e planejamento (através de levantamentos reais e de estimativas de mercado) mensurar tais valores para subsidiar os demais departamentos com todas as informações mais importantes. Nesse trabalho, deve-se incluir informações gerais da concorrência também. • Percepção do Cenário atual: através de instrumentos como matriz SWOT, BCG entre outras, para avaliar pontos fortes e pontos fracos, oportunidades e ameaças, missão, visão e valores, perspectivas próprias de futuro, posicionamento de mercado e, o mais importante, quais os seus intentos relacionados com metas e objetivos futuras. • Descrição do mercado ou segmento de atuação: a redação de um cenário do mercado (local e global), tamanho, segmentos(ou nichos possíveis), além de suas tendências e perspectivas. • Compreensão do consumidor e/ou cliente: descrição detalhada do perfil do seu cliente (que já consome a marca – produtos e serviços) e do consumidor (indivíduo que compra produtos e serviços) daquele segmento de mercado. Percebe aqui mais uma diferença semântica? Descrição ainda de informações de hábitos, cultura, perfil econômico, psicológico e demográficos destes clientes e consumidores. Comportamento, atitudes desses indivíduos: são usuários, compradores, decisores, influenciadores, iniciadores ou pessoas que experimentam uma única vez nossa marca? • Avaliação concorrencial: relato de todas as informações possíveis da concorrência e dos players do segmento (que podem ser complementadas 3 LGPD – Lei geral de proteção de dados pessoais. 9 com informações estratégicas levantadas pelo departamento de pesquisa, por exemplo). Quais os diferenciais da marca em relação aos demais? Quais as diferenças qualitativas e de performance? Quais são os investimentos (ainda que estimados) dos demais concorrentes em criação, promoção e veiculação? Share of Market (participação de mercado) do ambiente e do segmento, Share of Mind (índice de lembrança da marca) e Share of Heart (marcas do coração, índice de relacionamento com a marca ou Lovemarks) de cada concorrente direto, se houver, e tivermos recursos de obtenção de tais índices. • Preparação de pesquisas de marketing: anexar, junto a esses documentos, materiais disponibilizados pelo cliente ou pesquisas contratadas pela própria agência acerca da empresa (marca, produto ou serviço). • Descrição dos produtos e serviços: descrever o portfólio de produtos e serviços, bem como suas características, formatos, formas, preços, design, sua verdadeira razão (por que os consumidores optam pela nossa marca e não pela concorrência) atributos, benefícios etc. • Avaliação da embalagem: descrever sua estética, a praticidade e as formas ou formatos de apresentação e proteção dos produtos. • Mensuração dos dados com relação à marca da empresa, para gerar um caráter de dimensionamento da conta a trabalhar. Agora devemos avaliar a fatia de mercado da organização usando os mesmos critérios de estudo dos concorrentes: a) Share of Market – participação (fatia) de mercado que a empresa possui; b) Share of Mind – como está a lembrança de marca da empresa; c) Share of Heart – índice de relacionamento da marca de coração: nossos clientes “advogam” e defendem a nossa marca? • Compreensão da Política de preços e de lucro: todas as informações possíveis sobre preços, precificação, preço-base, custos, gastos, descontos, prazos e formas de pagamento, políticas de crédito etc. • Localização de Praça, pontos de vendas e distribuição: verificar quais as políticas vigentes de logística e distribuição para os produtos e/ou serviços que entrarão na campanha de promoção: quais os canais intermediários? Representantes, vendas diretas, telemarketing ativo, marketplaces, e- commerce da empresa, entre outros. Como funciona a parte de entrega? E o estoque? Expedição, transporte e entregas são realizados pela própria 10 empresa ou é terceirizada? E o pós-vendas? É ativo? Como funcionam suporte técnico, assistência técnica e garantia? • Avaliação dos índices e métricas de desempenho de vendas: Os produtos que vendemos são sazonais? Vendem o ano inteiro? São de consumo regular mensal? É venda direta ou indireta? Quantos consumidores e/ou clientes têm contato com a nossa marca? E o quanto vende? Quais as ações mais recentes para aumentar as vendas? Aqui cabe uma pausa rápida: qualquer planejamento nada mais é do que a equação padrão + plano. Padrão é tudo aquilo que já realizamos e que deu certo (o que deu errado também é aprendizado) e plano que é tudo aquilo que pretendemos realizar. É pensar nas ações que trouxeram bons resultados e planificar ações que possam nos trazer ótimos frutos. • Previsão de planos para o futuro: lançamento de novos produtos, conquistar novos consumidores e torná-los clientes regulares, aumentar a participação de mercado? E queremos chegar aonde? Aumentar quantos % em relação aos objetivos anteriores? • Avaliação do Budget4 e desempenho: qual orçamento a empresa pretende investir em promoção, marketing e comunicação? De onde virá a verba para as ações de marketing? (Vale lembrar que além de ser um investimento, não existe uma regra mágica para o quanto deve ser aplicado em ações comunicacionais). Tudo deve ser avaliado, levando em conta orçamentos possíveis, balanços, lucro líquido, lucro bruto e, por fim, qual o ponto de equilíbrio do portfólio para justificar a sua produção e, por consequência, oferta. • Percepção da Comunicação: assim como na análise de desempenho de vendas, precisamos, junto ao departamento de marketing e comunicação, avaliar o que deu certo e o que deu errado até então em termos de promoção. Quais mídias trouxeram mais retorno? Quais investimentos em campanha promoveram melhor a nossa marca? E o que deu errado? Onde investimentos força e verba, porém por algum motivo (apontar a razão) as ações trouxeram um baixo resultado? O que fora realizado nos últimos vinte e quatro meses? • Colocação e posicionamento de mercado: quais as metas da empresa? Há alguma oportunidade se desenhando ou uma lacuna (um vácuo) de 4 BUDGET neste caso, tem caráter de orçamento. 11 segmento a ser ocupado? Que tipo de consumidor podemos transformar e tornar cliente da(s) nossa(s) marca(s)? • Por fim, a definição de verba. Qual o valor a ser investido a médio e longo prazo para promoção da marca (institucional) e/ou comunicação dos produtos e serviços dos portfólios da organização? Nota importante: todos esses itens são um esboço, um rough (rascunho) de um possível brief que deverá ser formulado, preenchido e revisado pelo atendimento em conjunto com o cliente, para se tornar o roteiro principal a ser seguido pelos profissionais da agência. Obviamente serão realizadas pesquisas junto aos canais do cliente (sites, marketplaces, visitas a lojas físicas, degustação e/ou experiência com os produtos que serão promovidos etc.). Mas aqui cabe um apontamento: esse “esqueleto” serve de base para a construção de um brief e pode ser seguido a pari passu, conforme descrevemos item a item, ou ser ainda mais decupado ou resumido para aplicação junto aos responsáveis da organização. A priori, estas são as informações mais importantes para a boa formatação de um planejamento completo de comunicação e de marketing. Com o tempo, essa estruturação será automática nos seus processos. Claro que profissionais que aplicam esse questionário há muito tempo têm claros todos os itens que devem ser perguntados e pesquisados, estruturando (até mentalmente) outros formatos de plano e coleta de dados. Há quem se conforme e consiga desenvolver um plano completo, por meio da prática e de uso da pirâmide invertida do jornalismo, citada para a estruturação de uma notícia ou fato que tenha acabado de acontecer, lançando mão das perguntas básicas, mas importantes: quem, quando, onde, quanto, como, por que etc. Mais uma vez, é um bom ponto de partida. Assim, o que pretendíamos e entregamos aqui é um roteiro completo de brief, e cabe a cada um de nós desenvolver aquele que melhor responda às nossas perspectivas e necessidades de mercado. Experimente desenvolver as suas próprias ferramentas, os seus próprios documentos. É incrível e traz um bom sentimento de compreensão dos processos. Em seguida, veremos os tópicos ainda mais detalhados. 12 TEMA 3 – LEVANTAMENTO PRÉVIO DE MERCADO Como vimos no tópico anterior, podemos sim roteirizar o levantamento prévio do histórico ou dos dados do cliente. Esperamos que, nesse momento, já seja ponto pacífico a importância de se conhecer a marca,a organização, bem como os produtos e serviços por ela oferecidos, na sua totalidade. Vimos que o profissional de atendimento tem como uma de suas funções transmitir tudo o que aprendeu sobre aquele cliente para que todas as ações dentro da agência e que são prévias a uma sequência de posts em uma rede social, por exemplo, quanto mais assertivas forem, mais corretas e efetivas serão as ações a serem desenhadas pela agência. Não custa lembrar que por mais que a agência tenha participado desde o início de um projeto de lançamento de um novo produto ou serviço, quem realmente entende daquilo que está para ser promovido é o cliente. Assim, os profissionais que participarem desse levantamento prévio de mercado não devem demonstrar desconhecimento acerca do objeto de campanha, mas sim aproveitar esse momento de busca por informações para dirimir todas as dúvidas que, por acaso, possam surgir. Ninguém apresentará boas informações, ou, ainda, melhores informações senão aqueles que foram responsáveis pela criação, pela concepção e autoria daquele produto ou serviço. Esse levantamento implica também em usar diferentes modelos de ação no sentido de empreender forças para conhecer mais profundamente as características principais inerentes à marca, produto ou serviço. Ainda que não precisemos ir tão a fundo na pesquisa e na experiência de produto ou serviço como preconizado no filme Do que as mulheres gostam5 (2001), onde Nick Marshall, protagonizado por Mel Gibson, é um publicitário mundialmente conhecido por grandes campanhas e que trabalha em uma das maiores agências de publicidade e propaganda de Chicago, nos Estados Unidos. Ao longo do filme, ele ganha poderes de compreender como pensam as mulheres e passa a “roubar” as melhores ideias da diretora de criação da agência – Darcy McGuire, estrelada por Helen Hunt – mas que, em vez de apenas ouvir sua voz “anterior” se apaixona pela colega de trabalho. Paralelamente a tudo isso, Marshall passa a experimentar (literalmente) todos os produtos que a agência iria divulgar. De meias finas à 5 Do que as mulheres gostam – 9/3/2001. 2h07 min. de filme. (Comédia, romance). Direção de Nancy Mendes, roteiro de Josh Goldsmith e Cathy Yuspa. Elenco: Mel Gibson, Helen Hunt e Marisa Tomei – Título original do Filme – What women want – Produtora Europa Filmes. 13 produtos de depilação e maquiagem, o publicitário busca compreender como as mulheres pensam (e reagem) para assim poder criar as melhores campanhas publicitárias e obter melhores resultados e prêmios. Se você ainda não assistiu ao filme, vá em frente, porque vale muito a pena! É hilário. Obviamente que, no mundo real, também devamos experenciar os produtos, serviços ou marcas para que possamos conhecê-los a fundo para, a partir disso, pensar em soluções, estratégias possíveis para comunicar e estabelecer uma conversação com o seu público-alvo. Afinal, como convencer alguém da importância do uso de uma marca se não a conheço? Há inúmeras formas de isso acontecer. Desde visitas pontuais ao cliente para conhecer seu portfólio (produtos, serviços e marcas), idas ao “chão de fábrica” para conhecer os processos produtivos e compreendê-los do início ao fim, solicitar pesquisas acerca daquele produto ou serviço para avaliar diferentes pontos de vista da mesma marca, porque quando temos noção e compreensão de todas as etapas de um ciclo produtivo, desde a sua concepção até a sua embalagem, por exemplo, fica mais fácil compreender a essência do negócio e poder agir com dados reais. Aqui, o que não existe é um processo fácil, rápido de ser realizado. Como dito anteriormente, quanto melhor elaborado for o processo de coleta e de criação de histórico de informações, melhor o embasamento do projeto e como consequência direta todos os integrantes daquele job na agência terão melhor conhecimento sobre o que – de fato – estão criando, projetando e elaborando. Portanto, ir além do roteiro (padrão) é criar subsídios importantes para a mídia, planejamento e criação, por exemplo. TEMA 4 – EXEMPLOS DE BRIEF Existem centenas de Briefs disponíveis no mercado. Do mais simples aos mais elaborados, costumamos dizer que o melhor Brief é aquele que você vai criar hoje; melhor que o de ontem e inferior ao de amanhã. O que significa isso? Esse não é um processo engessado, fechado, definitivo. Pelo contrário. É um processo de construção e melhoria “eterna”. Ora porque os clientes, produtos e serviços evoluíram, ora porque encontramos outros formas e formatos de melhor conhecer o objeto que trabalhamos. É um processo natural de evolução e aprendizado. O que vamos mostrar a partir de agora é um “esqueleto” de formulação de um Brief. A partir desses dados, você próprio poderá construir seu próprio roteiro para a prospecção e o atendimento a seus clientes, segundo suas necessidades. 14 Você poderá, inclusive, criar diferentes Briefs para cada uma das suas demandas: por exemplo, a marca é sua cliente de marketing digital – assim, você poderá criar um roteiro apenas com detalhes de digital, não cabendo aqui informações sobre mídias tradicionais ou off-line, por exemplo. Então, mãos à obra! Ressalvamos novamente que não são informações definitivas e não passíveis de mudança. Quanto mais “vivo” for esse documento, mais assertivo será. Crie você mesmo(a) o seu Brief6! Será divertido e muito útil para você! A seguir, confira o modelo de briefing: levantamento de mercado. 4.1 O que estamos vendendo? Aqui, você precisa descrever detalhadamente a marca, produto ou serviço. A ideia é desenvolver um roteiro preciso de histórico do cliente. Você poderá abordar, neste tópico, dados como: Proprietários, CNPJ do cliente, Endereço de Matriz e Filiais, Portfólio de produtos ou serviços, custo X benefício, vantagens e desvantagens do produto ou serviço frente à concorrência, concorrência direta e indireta, formas de uso, frequência de compra, local de produção, processos e fases de fabircação, entre outros detalhes que possam ser importantes para os profissionais da criação, planejamento e mídia. Share of Mind, Share of Market, Share of Heart – existem pesquisas sobre o produto, serviço ou marca que iremos vender? Neste primeiro momento, o detalhamento é fundamental para o sucesso do projeto. Vale lembrar quem nem todos os profissionais que trabalharão na campanha devem conhecer o cliente. Quanto melhor for a apresentação, mais dados serão utilizados no embasamento da campanha. Não raro, o mote ou o tema da campanha vem de um insight neste momento da elaboração do brief. 4.2 A quem estamos vendendo? Aqui devemos tratar dos nossos clientes, consumidores e/ou públicos-alvo. • Afinal, quem é o nosso público-alvo? Quem são nossos clientes? • Quem usa o nosso produto ou serviço? • Quais os custos do produto/serviço? Custos de produção e custos do 6 Novamente, vale lembrar que o mercado também usa e valida o termo briefing para o documento que aqui tratamos como Brief. Ainda que não seja errado, é importante usarmos as formas corretas de nominação. Brief é o documento de levantamento de mercado e briefing é a reunião de propspecção, coleta, composição e transmissão dos dados deste levantamento entre representantes da marca e da agência. 15 consumidor final. • Dados geográficos e demográficos: sexo, idade, renda, ocupação, educação. • Localização – onde os clientes moram, trabalham, passeiam etc. • Quem são os decisores e influenciadores de compra? (formais e informais). • Cite as atitudes racionais e emocionais com relação a preço, qualidade, utilidade e conveniência. • Quem é o público da nossa marca, cliente ou consumidor? Saber a quem o produto ou serviço se destina é fundamental para definirmos quais os caminhos da campanha publicitária, bem como quais os meios e veículos que podemos lançar mão para estabeleceros melhores pontos de contato da nossa marca com os nossos clientes. 4.3 Onde estamos vendendo? Onde nosso produto é vendido? (Mercados, lojas, bares, marketplaces, sites?). Área geográfica. (Zona rural ou urbana? – Capital ou interior?) On-line ou fisicamente? Pode expandir? (Onde mais podemos oferecer os nossos produtos?). Como o produto é distribuído para os PDV´s, praças? (Qual a logística). Onde podemos encontrar os produtos e serviços que anunciamos? Como podemos contribuir para aumentar as vendas dos nossos clientes? É papel da agência pensar nas formas de venda para aumentar as possibilidades de negócios. 4.4 Quando estamos vendendo? Hora do dia. Estação. Feriados. Ocasiões especiais? (É um produto segmentado? Dirigido?). É sazonal? Seria possível aumentar estas ocasiões? (Como vender fora de época?). Qual a frequência e hábito de compra de nossa marca, produtos ou serviços? 1 vez por dia, por mês, ao ano, etc. Sabemos que muitos produtos têm sazonalidade. Ou seja, são vendidos em épocas especiais: Natal, Dia das Mães, Dia dos Pais, Páscoa, Dia das Crianças, entre outros. Entender os hábitos e frequência de compra é fundamental neste passo. 16 4.5 Como estamos vendendo? A verba de promoção foi adequada? (Qual o nível de aplicação da verba?). Essa verba manteve vendas repetidas, assegura vendas continuadas? Como se distribui a verba entre os diversos veículos? (Qual o critério de escolha dos meios?). Quais vantagens ou desvantagens do produto ou métodos de venda em relação à concorrência? (Quais os diferenciais dos nossos produtos?) Procure angariar o máximo de respostas ou informações sobre as atividades financeiras relacionadas à comunicação do cliente. Obviamente que, no início da relação, talvez o cliente não abra completamente a sua vida de investimentos em comunicação, mas se o fizer, aproveite e use isso a favor do planejamento. 4.6 Detalhes importantes do produto / visual e custo-benefício O produto é prático? É bom?. A embalagem (Análise geral: cores, formatos, quantidades, especificações gerais). O preço (É competitivo?) Quais os preços praticados pela concorrência? Métodos de Vendas (Distribuidores? Ou Propaganda?). Esse momento é de suma importância para subsdiar a criação, redação e direção de arte e, posteriormente, o planejamento. Buscar o máximo de referências tornará as escolhas desses departamentos mais facilitadas, aumentando as possibilidades de assertividade nas tomadas de ações. 4.7 Fatores determinantes para a escolha de mídias e veículos Público-alvo visado pelo cliente (Escolher os meios que atinjam o nosso target). Âmbito da campanha (Regional, Nacional?). Atividades dos concorrentes (Seguir um caminho coerente). Natureza da mensagem. Mídia e mensagem não podem estar desassociadas. Oportunidade (Estar atento ao mercado). Informações necessárias para orientar as ações de mídia e de veiculação. Que mídias digitais utilizar no âmbito da campanha? O que poderá trazer resultados mais efetivos nas publicações? Quais mídias e veículos devemos contratar para suporte na campanha? 4.8 Definição dos formatos de planejamento e campanha A campanha será ofensiva ou defensiva? Será lançamento do produto ou 17 serviço, concorrência ou sustentação? Quais os objetivos e metas de campanha? Qual a verba de campanha? Como é determinada a verba para propaganda? (Porcentagem, Comissionamento, relocação?). Alinhar com o cliente os formatos e ações, usando como base todas as informações por ele passadas, também facilitará o trabalho do planejamento, subsidiando tomadas de decisão no sentido de otimizar os passos e processos, visando ao atingimento de objetivos e metas pré-definidas. TEMA 5 – A IMPORTÂNCIA DA REUNIÃO DE BRIEFING O papel do atendimento, com o passar dos anos, ganhou valor, deixando para atrás aquela figura de mero representante da agência dentro do cliente e vice- versa, acumulando, assim, funções ou atividades de facilitador do planejamento, por exemplo. Em pequenas agências, ou naquelas que estão apenas começando, o atendimento, além de atuar como elo, como ponte entre as duas partes, administrando jobs e prazos, também passa a formular planos de marketing e comunicação com os demais departamentos. Novamente, é importante que a atividade composição e redação do Brief, é a parte mais importante do processo de prospecção e atendimento a um cliente de comunicação. O momento da redação, da criação, muitas vezes é solitário. Por isso, aproveitar esses momentos de reunião e consequentemente de “partilha” de conhecimento é fundamental para gerar ideias e insights que possam ser usados na campanha a seguir. Temos dois momentos importantes na primeira fase dos trabalhos. Quando há a reunião de coleta de informações e levantamento de mercado do atendimento com o cliente e quando o atendimento repassa tais informações a todos os profissionais da agência. Portanto, temos duas reuniões de briefing nesse início. No caso de coleta de informações junto ao cliente, o atendimento se reúne normalmente no cliente, com pessoas destacadas para repasse de informações. Pode ser um diretor, pode ser um gerente, alguém do departamento de comunicação ou marketing da empresa ou, ainda, alguém que conheça profundamente aquilo que será o “objeto” de comunicação. Aqui, denominamos objeto o produto, serviço ou marca que será divulgado. Hipoteticamente, vamos imaginar que uma fábrica de refrigerantes regional decide lançar no mercado uma nova marca de água mineral. 18 Sabemos o que é o objeto (neste caso, a água mineral). Esta será lançada apenas regionalmente, no estado do Paraná, por exemplo. O atendimento irá até a empresa para levantar todo o mercado desse novo produto. Reunirá os responsáveis pelo lançamento dentro da empresa e começarão a formular neste encontro de Briefing, o Brief, com as informações necessárias para subsidiar todos os demais departamentos e profissionais da agência. Vale conhecer a fonte, a planta de envase, os profissionais envolvidos na composição e formulação da água mineral, os tipos de embalagens, as formas de comercialização, os pontos de vendas etc. Isso vale para qualquer tipo de produto, serviço, marca ou campanha que possamos realizar. Lembrem: dirimir os riscos para mitigar os prejuízos. Todos ganham com esses processos. TROCANDO IDEIAS Achamos que está clara a importância do Brief neste primeiro momento, bem como a função do atendimento enquanto codificador das informações que serão repassadas em reuniões de briefing para os seus pares, profissionais da agência em que trabalha. Não há distinção em formatos de campanhas, nem de mídias e meios. Se o trabalho for voltado para o on-line ou off-line, os primeiros passos são absolutamente iguais. NA PRÁTICA Lançamos um desafio aqui para você. Pegue o modelo de Brief em anexo e tente preencher com produtos que você conheça e que goste. Descreva-o. Aponte pontos fortes e fracos, formas e formatos, tipos de campanhas já realizadas, público-alvo, sugira novas formas de vendas. É este tipo de prática que naturalizará as suas próximas prospecções e levantamentos de mercado, independentemente de atuar na criação, redação, atendimento, planejamento, mídia ou em qualquer outra função profissional dentro de uma agência. Todos os sujeitos dessa cadeia produtiva devem conhecer profundamente as características e critérios de um bom formulário de levantamento de dados. Mãos à obra! 19 FINALIZANDO Como vimos neste primeiro momento, conhecer o cliente profundamente é quesito básico para o início de qualquer job relacionado à comunicação e ao marketing. Como vender ou – pior – promover algo que não conhecemos (e não acreditamos até então), para um cliente? Para um consumidor? É condição básica de qualquer profissional de comunicação ou marketing quetrabalhe diretamente com marcas, produtos e serviços ser parte integrante do processo. Como dissemos, se tornar o cliente dentro do próprio cliente. Pensar como ele, colaborar como desenvolvimento de um plano ou projeto que culmine com uma campanha perfeita circulando nas ruas ou navegando na rede. É nossa função pensar o produto e serviço (ou marca) para que, assertiva e respeitosamente, possamos aproximá-los do seu principal alvo: o cliente, que não aguenta mais ser enganado por falsos produtos, inverdades ou propaganda enganosa que (infelizmente) depõe contra a nossa função e contra nós mesmos. Até a próxima! Bons Estudos. Saiba mais Sugestão de Filme – Do que as mulheres gostam – 9/3/2001. 2h07 min. de filme. (Comédia, romance). Direção de Nancy Mendes, roteiro de Josh Goldsmith e Cathy Yuspa. Elenco: Mel Gibson, Helen Hunt e Marisa Tomei – Título original do Filme – What Women Want – Produtora Europa Filmes. 20 REFERÊNCIAS MINI MICHAELIS. São Paulo: Editora Melhoramentos, 2009. DICIONÁRIO OXFORD. Nova Edição. Oxford University Press, 2007.
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