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Clínica Complementar ao Diagnostico l – Patologia Clínica 
Urinálise ou urina tipo 1: 
*Coleta:
	Micção espontânea – menos invasiva porém pode contaminar a urina, devido a alta concentração de pelos e dificuldade na assepsia;
	Sondagem ou cateterismo – menor probabilidade de contaminação, pode levar bactérias de fora para dentro, lesão da mucosa pela sonda (urina com alta concentração de células de descamação e hemácias);
	Cistocentese – baixo índice de contaminação se a assepsia for correta e bem feita, não precisa anestesiar o paciente, se o animal estiver obstruído e com a bexiga muito cheia cuidado ao puncionar para não rompe-la (obs.: paciente com tumor de bexiga – ao puncionar pode descamar o tumor e cair células tumorais na cavidade abdominal).
*Acondicionamento: 
Frasco de âmbar para preservar o conteúdo da luz que degrada algumas estruturas como por exemplo a bilirrubina; amostra recente pode ficar 2 horas em temperatura ambiente, se for transportada deixar na geladeira e cobrir com papel alumínio; conservar a temperatura refrigerada (2 a 8°C por até 8 horas) e deixar a temperatura retornar a ambiente antes de realizar a análise; temperaturas inferiores a da refrigeração elevam a densidade e podem degradar os constituintes celulares; primeira urina – coletar a primeira urina do dia – está mais concentrada e sem interferências externas (organismo está trabalhando mais tranquilo/metabolismo basal).
*A urinálise possui 3 fases:
1ª – Exame físico:
	Volume – 10 ml (depende);
	Cor – deve ser associada a densidade – a ideal é amarelo citrino mas pode variar de amarelo-palha ao âmbar; urina castanho escuro ou “coca-cola” pode ser por necrose tecidual e urina âmbar pode ser presença de bilirrubina;
	Aspecto – cães e gatos é límpida e equinos frequentemente turva pois eles produzem e eliminam muito muco carbonato de cálcio (sedimentos) – coleta por massagem vesical e micção espontânea; 
	Odor – suis generes (odor característico que depende de cada espécie), odor alacio é alterado mas para o gato é um odor normal;
	Densidade – relação com o peso/quanto de soluto tem a urina e a mensuração da amostra é feita por um refratômetro, a primeira urina possui alta densidade, a glicosúria, administração de manitol e de contraste radiográfico – solutos com alto peso molecular – falso aumento de densidade na urina.
A densidade da urina deve ser alta pois indica que a filtração do sangue foi eficiente.
Densidade normal: cão – 1,030 e gato – 1,035;
Hipostenúria: entre 1,001 e 1,007 – é preocupante – solutos estão no sangue;
Isostenúria: entre 1,008 e 1,012 – é preocupante – densidade igual que se espera no sangue;
Urina minimamente concentrada: cão – entre 1,013 e 1,030 e gato – entre 1,013 e 1,035;
Hiperestenúria: maior que 1,030 em cão e maior que 1,035 em gato – é o esperado na urina;
Máximo do limear do refratômetro é 1,040 – 1,050 – se o paciente estiver obstruído o valor é maior.
2ª – Exame químico: realizado com a fita reagente, cada quadradinho avalia um elemento da urina;
	pH – carnívoro é 5,0 – 7,5 e em herbívoro é 7,5 – 8,5 – alimentação está relacionada, pH da urina caracteriza o pH do sangue – alteração no pH indica mais uma alteração sistêmica do que processo localizado;
	Corpos cetônicos – metabolismo das gorduras (ácidos graxos)/quebra de gordura – cetonúria pode indicar uma diabetes mellitos – cetoacidose diabética;
	Glicose – glicosúria não é normal, a glicose deve ser toda absorvida no túbulo proximal – na hiperglicemia há glicosúria mas não indica um problema na reabsorção, indica que há mais glicose do que o túbulo consegue absorver – ultrapassando o limear renal; diabetes, fluido glicosada e estresse em gatos (picos de glicose/excesso de glicose no sangue) também causa glicosúria. Glicosúria não associada a hiperglicemia – Glicosúria renal primária, IRA com severa lesão tubular, síndrome de Fanconi (Tubulopatia renal proximal).
	Sangue oculto – tem 3 possibilidades:
Hematúria = presença de hemácias integras na urina;
Hemoglobinúria = presença de hemoglobina na urina – hemoglobina fica dentro da hemácia, ou seja, a hemácia não está mais íntegra;
Mioglobinúria = presença de mioglobina da urina – músculos são ricos em mioglobina.
Métodos para identificar a causa:
Centrifugação e microscopia – se for hematúria, após a centrifugação, as hemácias sedimentam e a amostra fica clara;
Hemólise, injúria hepática e CK – a enzima CK (creatinina quinase) só tem em lesão muscular – CK alta é mioglobinúria;
Anamnese também ajuda na descoberta da causa.
	Bilirrubina – o fígado faz hemocaterese (retirada de hemácias velhas) quebrando as hemácias expondo a hemoglobina e bilirrubina livre (faz parte da hemoglobina), a bilirrubina livre vai para o fígado, é conjugada e depois migra para o intestino e vira biliverdina; se houver alta concentração de bilirrubina no sangue (hiperbilirrubinemia) a bilirrubina é excretada pela urina; disfunções hepáticas, intoxicação, obstrução do ducto biliar, hemólise podem ser causas de excesso de bilirrubina na urina.
	Dosagens não utilizadas na veterinária – urobilinogênio, densidade, nitrito, leucócitos.
	Proteínas – deve sempre ser interpretada com a densidade e outros dados clínicos e laboratoriais;
Amostra com densidade alta (rim concentra urina) a proteinúria é esperada/normal pois muitos compostos excretados têm sua porção proteica;
Hipertensão pode levar uma proteinúria pois a pressão pressiona o glomérulo/força a barreira e passa mais do que devia;
Paciente com proteinúria e desidratado (baixa quantidade de plasma) – todas as substâncias do sangue ficam concentradas, sangue fica menos fluido e a filtração é forçada levando a uma proteinúria, é necessário fazer fluido para voltar a volemia; a densidade é alta (rim é capaz de reabsorver água e concentrar urina/soluto) para não perder água;
Proteinúria com baixa densidade – indica a incapacidade de reabsorver água ou de concentrar a urina – insuficiência renal, mais preocupante.
O paciente que tem uma proteinúria significante é o animal 2 pois a densidade é baixa, o rim está insuficiente.
Relação proteína urinária: creatinina – é usado a creatinina pois depois de filtrada ela é toda excretada
Relação PU:CU < 0,2 – normal;
Relação PU:CU 0,2 – 0,4 gatos e 0,2 – 0,5 cães – suspeito;
Relação PU:CU > 0,4 gatos e > 0,5 cães – proteinúria significante – proteína alta na urina ou creatinina alta no sangue, a cistite da proteinúria significante pois a cistite aumenta o sedimento ativo que tem grande parcela de valor proteico – pede PU:CU só na dúvida, primeiro pede urinálise.
Classificação da proteinúria:
	Pré-renal: não tem relação com o rim; causas – doença primária não renal = hemoglobinúria, mioglobinúria, neoplasias (mieloma múltiplo), desidratação;
	Renal: lesão renal; causa – doença primária renal = aumento da permeabilidade capilar, doença tubular com perda funcional, inflamação no rim e enfermidades = glomerulonefrites, nefrose, cistos renais, nefrite, pielonefrite, neoplasias renais; a densidade é baixa pois há perda da capacidade de filtração, reabsorção e concentração;
	Pós-renal: lesão em trato urinário inferior, amostra de urina vai ter densidade alta; causas – infecção do trato urinário inferior, hematúria pós-renal, obstrução por cálculos, enfermidades = uretrocistite, vaginite, cistite, entre outras.
3ª – Sedimento: avaliação microscópica
	Hemácias 1 a 5 por campo de 400 X - > 5 = hematúria;
	Leucócito 1 a 5 por campo de 400 X.
	Celularidade: descamação/TUI (descamação do epitélio uretral), vesical/transição (descamação do epitélio da vesícula urinária), caudadas (descamação da pelve renal), renais (descamação córtex renal) → até é normal encontrar em pequena quantidade, células de descamação do epitélio uretral e vesical, ainda mais dependendo do método de coleta, porém não devem ser encontradas, nem em pequenas quantidades, células do trato urinário superior.
	Cilindros: são formadas a base de proteína e muco (devem estar em excesso nos túbulos) – não devem estar na urina, sempre remetem a uma disfunção; tiposde cilindro – hialino, granuloso, epitelial, leucocitário, hemático e céreo.
	Cristais: fosfato triplo (pH neutro – alcalino = cães), oxalato de cálcio (pH neutro – ácido = cães), bureto de amônio (dálmata e bulldogue, disfunção hepática ocasiona um erro no ciclo da ureia), carbonato de cálcio (herbívoros) → cálculos;
Nem todo cálculo ocasiona cristalúria (pode estar formado) e nem toda cristalúria remete a um cálculo (pode estar se desenvolvendo);
Investigar do que o cálculo é formado é bom, pois evita a formação de novos (ex.: o cálculo de oxalato é formado em pH ácido, ou seja, ao alcalinizar esse pH, torna-se mais difícil outro cálculo de oxalato ser formado → alimentação). 
Obs.: hepatite → bilirrubina presente na urina → fígado não funciona adequadamente e vai bilirrubina para o sangue e ao chegar nos rins é excretada.

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