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Família Disfuncional Enfermagem da família Profa Ms Marissol Bastos de Carvalho Família Funcional Não se caracteriza pela ausência de problemas, mas sim pela capacidade de enfrentamento e resolução dos mesmos. Neste contexto, o termo resiliência em família refere-se a processos de adaptação, em que a família é vista como uma unidade funcional. 3 aspectos são necessários para um funcionamento familiar efetivo: sistema de crenças na família, padrões de organização e processos de comunicação Família Disfuncional A falta de consenso sobre a definição de relações familiares disfuncionais e saudáveis contribui para dificultar o processo de avaliação familiar, além da existência de diversos aspectos que devem ser considerados: prática e estilos parentais, funcionamento, dinâmica, satisfação e suporte familiares. Entretanto, sabe-se que as relações familiares são modificadas quando um dos membros apresenta algum problema de saúde, por exemplo, alcoolismo Fatores Contribuintes Dentre os fatores que contribuem para disfunção no âmbito familiar: divórcios, casamentos sucessivos, número e idades de filhos e enteados, mudanças geográficas, doenças prolongadas de membros da família, experiência de abuso físico e ou sexual, patologias como esquizofrenia ou depressão, ... Alcoolismo e Família Disfuncional O alcoolismo como um dos fatores associados à disfunção na família, gerando uma “família alcoolista”, em que a imprevisibilidade do beber domina e perturba o seu cotidiano Isto difere da “família com alcoolista”, em que o consumo de álcool por 1 de seus membros é, até certo ponto, periférico e menos perturbador à vida familiar O alcoolismo é uma doença da família, pois todos são afetados e sofrem descargas destrutivas. Isto resulta em uma vida tumultuada, entre discussões, mentiras, negações, vergonha e insegurança, que contribuem para a desestabilização familiar Dentre todos fatores que podem influenciar o comportamento infrator: uso de drogas e cometimento de delito por algum membro da família, maior número de irmãos, práticas parentais inadequadas, como punições físicas, negligência, reforçamento de comportamentos negativos, a atribuição de responsabilidades pelos filhos a terceiros (avós, tios, vizinhos) Envolvimento de um familiar com o cometimento de delitos parece contribuir para aprendizagem dessa conduta por meio da modelação, assim como consumo de drogas também contribui para esta aprendizagem, além de ser desencadeador de conflitos dentro do contexto familiar As práticas parentais inadequadas também são apontadas com forte influência para o desenvolvimento de condutas infratoras Infrações e Família Disfuncional A associação entre determinadas características provenientes das relações familiares e distúrbios psicológicos infantis. Essa associação, segundo os autores, trata-se de uma evidência empírica de aceite consensual e é tão forte que levou Rutter (1981) a descrever 5 fatores que podem ser considerados adversos ao desenvolvimento da criança podendo assim, concorrer para manifestação de comportamentos considerados disruptivos e delinquentes. O conjunto de fatores, denominado pelo autor como Índice de Adversidade Familiar, inclui os seguintes tópicos: a) número excessivo de filhos na família; b) salário muito baixo dos pais; c) discórdia conjugal; d) número excessivo de pessoas residentes na mesma casa; e) psicopatologia familiar. Infrações e Família Disfuncional O adolescente infrator, via de regra, é oriundo de ambientes altamente coercitivos, nos quais violência física e abandono são constantes. Desta forma, acabam por reproduzir a relação com o mundo um padrão de comportamento conhecido como antissocial. Este pode ser definido como aquele que viola e deserespeita os direitos alheios, ou seja, aquele que a todo custo busca beneficiar-se, desconsiderando os possíveis danos que isso possa causar a outrem Infrações e Família Disfuncional Família Disfuncional e Violência Intrafamiliar Existem 2 tipos de práticas educativas: as positivas que contribuem para o desenvolvimento pró-social da criança, e as negativas. Estas podem levar ao desenvolvimento de comportamentos antissociais. São: negligência, abuso físico e psicológico, disciplina relaxada, punição inconsistente e monitoria estressante. Algumas destas são caracterizadas como violência familiar Violência doméstica também é apontada por estudos como motivadora de comportamentos agressivos, uma vez que as vítimas tendem a repetir condições de exploração e abandono as quais são submetidas, contribuindo para perpetuação da violência contra crianças e adolescentes, num ciclo vicioso. Violência intrafamiliar pode impedir adequado desenvolvimento e integração social, em virtude de traumas físicos e psicológicos, durante a trajetória de vida, sendo, frequentemente, justificada pelos agressores como formas de educar e corrigir transgressões de comportamento Mais Fatores de Risco Fatores de ordem socioeconômica, que provocam interferências no ambiente familiar, como fome, desemprego, ausência de políticas públicas, contribuem de forma direta ou indireta para que adolescentes iniciem e permaneçam cometendo atos infracionais. 18337.91 96863.68 85316.43 122779.68 171476.67 135502.55 74918.68 90802.68 209593.05 68335.18