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Resumo de Parasitologia - Leishmaniose Tegumentar Ana Carolina Maia Lima Agente etiológico é o mesmo da visceral, as espécies são diferentes. Protozoários flagelados unicelulares. Gênero leishmania de várias espécies. Morfologia ❖ Núcleo único, cinetoplasto (dna extranuclear), bolsa flagelar interno (ver ovo). ❖ 3 espécies: brasiliensis, goianienses, amazonensis. ❖ Promastigota: fusiforme.comprido,núcleo, cinetoplasto e flagelo externo (ver foto). essa é a forma de dentro do vetor. ❖ temos várias espécies de vetores que transmitem várias espécies de leishmania. ★ É HETEROXENICO (Tem q passar em pelo menos dois hospedeiros, reproduz sexualmente nos dois que ele passa,por isso não dá pra definir se é definitivo ou intermediário). ★ Hospedeiro invertebrado é todas as espécies de lutzomyia,precisa saber q tem várias espécies e não o nome,pois difere da visceral,que é só um. conhecido como mosquito palha. ★ Então tem mais gente com L. tegumentar. ★ Hospedeiros vertebrados: roedores, marsupiais, canídeos,primatas e homem. ★ Nomes populares do mosquito palha,birigui. Ciclo ❖ 1 única diferença em relação a visceral. ❖ Lutzomyia tem ss promastigotas, a fêmea desse mosquito pica o ser humano,para se alimentar de sangue . esse promastigota vai pra derme da pessoa, macrófagos vão fagocitar os promastigotas,para sobreviver no macrófago o parasito se transforma em amastigota. Faz divisão celular simples. ❖ E fica reproduzindo dentro do macrófago. Esse macrófago uma hora arrebenta e espelha na derme,as amastigota. ❖ Novos macrófagos tentam destruí-las,uns conseguem,nos outros ela reproduz e quebra ele e por aí vai. ❖ Se o mosquito não infectado picar essa pessoa, a amastigota entra nele,se transforma em promastigota para conseguir sobreviver, e esse mosquito vai começar o ciclo de novo. ❖ Os macrofagos parasitados permanecem na superficie (essa é a diferença,não faz visceralização). ❖ Pode ser que o seu sistema consiga fazer regredir e acaba com as promastigotas. ❖ Pode ser que ela não regride,mas estacione, ou seja, fique em uma lesão pequena, ou pode evoluir para um nódulo na derme. ❖ Quando muitos macrófagos são rompidos, é aumentada as enzimas de lisossomos na pele,o que vai lesionar a epiderme,de forma que ela fique necrosada. Assim,com a derme exposta forma uma úlcera leishmaniótica. Formas Clínicas Existem 3 formas clínicas,ambas cutâneas. O que as diferenciam está relacionado com alterações imunológicas, fisiológicas e a espécie que infectar,é a combinação desses fatores que definem as formas clínicas. 1) Cutânea: Brasilienses (grande,destrutiva,contorno irregular,com alto relevo, normalmente uma só úlcera - é a mais comum), guyanensis (menores,não tão destrutivas,mas são várias - 6 ou 8,por exemplomacrófagos vai pra circulação mas não vai pras vísceras,aí muda de lugar e vai pra outra parte da pele,assim são várias lesões), amazonensis (úlcera simples, grande e destrutiva, uma úlcera, ou duas,mais comum é lesão única). São úlceras indolores pois afetam os nervos. Cura cicatricial (fica marca),pele não regenera de forma igual. 2) Cutaneamucosa: Houve acometimento de mucosa,do nariz,boca,faringe e laringe. - Causada pela L braziliensis. - É mais agressiva. - Primeiro uma lesão cutânea, começa o tratamento,não aguenta e abandona o tratamento. Quando isso acontece,os macrófagos parasitados podem migrar da pele e atingir mucosa do nariz,boca,laringe e faringe. Tem gente que perde o nariz por exemplo. -Esses macrófagos vão degenerando a cartilagem do nariz. -Fazem processos destrutivos das mucosas . -Se continuar sem tratamento a destruição do nariz,atinge o palato e pode migrar pra laringe e faringe. transplante de nariz pois não tem volta. -Extremamente doloroso,diferente da cutânea. -Pode levar a óbito. -Fator diferenciador: Abandono do tratamento. 3)Cutânea Difusa: Espalha para o corpo da pessoa todo. -normalmente por amazonensis - Resposta imune de linfócito T não ativa. -Pessoa tem resposta imune bloqueada,o que favorece a leishmania,não faz úlcera,mas nódulos, espalhados pelo corpo da pessoa toda. -Diferencial: Anergia imunológica,falta de resposta da célula T. -Macrófagos migra pras vias linfáticas Diagnóstico CLÍNICO ❖ Lesão + anamnese Não dá pra ser feito com total certeza,pois tumor, tuberculose cutânea,entre outras fazem lesões parecidas. ❖ É altamente indicativo de leishmaniose,mas não dá pra ter certeza. LABORATORIAL ❖ Esfregaço corado ❖ Exame histopatológico ❖ pode fazer biópsia no contorno da lesão (não é diagnóstico,faz a biópsia pra fazer esses outros aí). ❖ Cultura, por material da biópsia e ver o que desenvolve em meio de cultura. ❖ PCR - se achar DNA de leishmania no material da biópsia. IMUNOLÓGICO ❖ É o de rotina. ❖ Avaliação celular (Depende das células T funcionando) - reação de Montenegro - Não adianta pra quem tem cutânea difusa,pois dá falso negativo. ❖ Avaliação humoral (detecção de anticorpo) - RIFI e ELISA (as duas mais utilizadas) Tratamento ❖ Glucantime (Antimoniato N-metil Glucamina). ❖ E.C. - Cardíacos e gravidez ❖ As doses depende do tamanho da lesão ❖ É injetável,não comprimido. ❖ Tem que aguentar a toxicidade do antimoniato. ❖ A LCD (difusa) não responde a essa droga sozinho,pois precisa ser imuno competente, para ajudar no combate. ❖ Tratamento curativo mas cicatricial. Distribuição ❖ Ta espalhada no Brasil inteiro mesmo aspecto epidemiológico da visceral. ❖ Área de mata, ambiente extremamente propício a lutzomyia,reproduz no solo sombreado da mata, úmido e rico em matéria orgânicas, com mamíferos de mata. Profilaxia ❖ Inseticidas. ❖ Repelentes e mosquiteiros (medida individual). ❖ Local de construção residencial lutzomyia tem baixa autonomia de voo - voa em pequenas distância,então se a casa tiver 500m longe da mata, a chance é menor). ❖ Não existe Vacina.
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