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Painel / Meus cursos / CH000 - Turma DOENÇA DE CHAGAS 2023-1 (2023/1) / Tópico 1 / Avaliação On-line 3 Questão 1 Correto Atingiu 1,00 de 1,00 Iniciado em Tuesday, 5 Sep 2023, 15:17 Estado Finalizada Concluída em Tuesday, 5 Sep 2023, 15:41 Tempo empregado 23 minutos 44 segundos Notas 10,00/10,00 Avaliar 40,00 de um máximo de 40,00(100%) O megaesôfago chagásico é uma das formas clínicas que o paciente com doença de Chagas, na fase crônica, pode desenvolver. O sintoma inicial mais prevalente em pacientes com megaesôfago é: Escolha uma opção: a. Pirose (“sensação de queimação” em região retroesternal) b. Epigastralgia (dor localizada no estômago) c. Regurgitação alimentar (retorno do alimento do esôfago até a boca) d. Constipação (dificuldade para evacuação) e. Disfagia de condução (dificuldade para condução do alimento do esôfago até o estômago) Resposta CORRETA: Disfagia de condução (dificuldade para condução do alimento do esôfago até o estômago). A disfagia de condução é o sintoma mais prevalente e inicial dos pacientes com acometimento esofagiano na doença de Chagas levando ao megaesôfago chagásico, uma vez que, ao causar desnervação no sistema autonômico, ocasiona dificuldade de relaxamento do esfíncter inferior do esôfago, o que faz surgir a disfagia de condução – dificuldade de o alimento ser conduzido do esôfago para o estômago. O paciente inicia, normalmente, com disfagia para alimentos sólidos e secos e, progressivamente, pode desenvolver disfagia para alimentos líquidos e pastosos. Em referência ao termo médico disfagia de condução, os pacientes relatam dificuldade para deglutir o alimento, entalo, ”embuxamento”; parece que o alimento fica preso na região do esterno, e há necessidade de ingesta hídrica para o alimento descer do esôfago para o estômago. Resposta INCORRETA: Epigastralgia (dor localizada no estômago). A Epigastralgia pode ocorrer em pacientes com megaesôfago chagásico, seja por acometimento gástrico pelo T. cruzi, seja por outras etiologias de epigastralgia, como o uso de anti-inflamatórios não esteroidais (AINHs) e infecção pelo Helicobacterpylori. É importante ressaltar que a disfagia é o sintoma mais prevalente nos pacientes com megaesôfago chagásico. Resposta INCORRETA: Constipação (dificuldade para evacuação). A constipação pode ocorrer em pacientes com megaesôfago chagásico, seja por dificuldade para se alimentar devido à disfagia de condução, ocasionando pequena demanda de fibras para estímulo de evacuação e formação do bolo fecal, seja por acometimento simultâneo do intestino grosso pelo T. cruzi, levando ao megacólon chagásico. Entretanto, em pacientes com megaesôfago chagásico, a disfagia é o sintoma mais prevalente. Resposta INCORRETA: Regurgitação alimentar (retorno do alimento do esôfago até a boca). A regurgitação alimentar, que consiste no retorno do alimento do esôfago para a boca, pode ocorrer em pacientes com megaesôfago chagásico. Ela pode ser passiva (que ocorre quando o paciente se deita), ou ativa (quando ocorre durante o dia devido à movimentação de musculatura abdominal). Costuma ser mais prevalente nas formas avançadas de megaesôfago chagásico – grupos III e IV de Rezende, mas ainda assim é menos prevalente e ocorre após o início da disfagia de condução. Resposta INCORRETA: Pirose (“sensação de queimação” em região retroesternal). A pirose, que consiste na “sensação de queimação em região retrosternal”, pode ocorrer em pacientes com megaesôfago chagásico. Isto se deve tanto à esofagite de estase, provocada pela retenção alimentar na luz e parede esôfago (levando, consequentemente, à agressão química da mucosa) quanto pela presença de doença de refluxo gastroesofágico (DRGE), que também pode ocorrer em pacientes com megaesôfago chagásico. No entanto, a DRGE é menos prevalente no megaesôfago chagásico e ocorre, temporalmente, depois de instalada a disfagia, que é o sintoma mais prevalente no megaesôfago chagásico. https://moodle.nescon.medicina.ufmg.br/doenca-de-chagas/my/ https://moodle.nescon.medicina.ufmg.br/doenca-de-chagas/course/view.php?id=9 https://moodle.nescon.medicina.ufmg.br/doenca-de-chagas/course/view.php?id=9§ion=1 https://moodle.nescon.medicina.ufmg.br/doenca-de-chagas/mod/quiz/view.php?id=972 Questão 2 Correto Atingiu 1,00 de 1,00 Em relação ao tratamento da cardiopatia chagásica, é correto afirmar que: Escolha uma opção: a. Independentemente do tipo de alterações constatadas ao eletrocardiograma, o paciente, mesmo estando assintomático, já deve receber um antiarrítmico para evitar a morte súbita. b. O bloqueio neuro-humoral é indicado para pacientes em forma crônica indeterminada. c. Anticoagulantes só devem ser prescritos para pacientes que já tenham tido algum evento tromboembólico, com o objetivo de prevenir novos eventos. d. O tratamento da cardiopatia chagásica deve ser individualizado de acordo com cada estágio e manifestação clínica do paciente. Pode ser necessário fazer uso de bloqueio neuro-humoral e de diuréticos para o paciente com insuficiência cardíaca; anticoagulantes para pacientes com fibrilação atrial; e antiarrítmicos para pacientes com arritmias supra ou ventriculares. e. O tratamento padrão da forma cardíaca é o uso de carvedilol, losartana, amiodarona e varfarina, que devem ser usados em todos os pacientes com cardiopatia chagásica. Resposta CORRETA: O tratamento da cardiopatia chagásica deve ser individualizado de acordo com cada estágio e manifestação clínica do paciente. Pode ser necessário fazer uso de bloqueio neuro-humoral e de diuréticos para o paciente com insuficiência cardíaca; anticoagulantes para pacientes com fibrilação atrial; e antiarrítmicos para pacientes com arritmias supra ou ventriculares. O tratamento clínico é prescrito de acordo com as manifestações da cardiopatia. Pode ser que o paciente tenha necessidade de um tratamento mais amplo com antiarrítmicos, anticoagulantes e bloqueio neuro-humoral, diuréticos e digitálicos para a insuficiência cardíaca, por exemplo. Resposta INCORRETA: Independentemente do tipo de alterações constatadas ao eletrocardiograma, o paciente, mesmo estando assintomático, já deve receber um antiarrítmico para evitar a morte súbita. Pois pode ser que o paciente tenha alterações eletrocardiográficas típicas da cardiopatia chagásica (como, por exemplo, bloqueio do ramo direito do feixe de His), porém que não exijam tratamento medicamentoso. Antiarrítmicos são prescritos somente quando o paciente apresenta uma arritmia importante. Resposta INCORRETA: O bloqueio neuro-humoral é indicado para pacientes em forma crônica indeterminada. O bloqueio neuro-humoral não é indicado para a forma crônica indeterminada, visto que a FCI se caracteriza pela ausência de sintomas e de alterações ao eletrocardiograma e exames de imagem; não requerem, portanto, qualquer tratamento cardiológico. Resposta INCORRETA: Anticoagulantes só devem ser prescritos para pacientes que já tenham tido algum evento tromboembólico, com o objetivo de prevenir novos eventos. Mesmo que não tenha havido evento tromboembólico, o paciente pode ter a indicação de anticoagulação. Caso o paciente apresente trombos visualizados no ecocardiograma ou evidência de fibrilação atrial no eletrocardiograma ou no Holter-24, essas condições indicariam risco alto de eventos tromboembólicos e estaria iniciada a anticoagulação. Resposta INCORRETA: O tratamento padrão da forma cardíaca é o uso de carvedilol, losartana, amiodarona e varfarina, que devem ser usados em todos os pacientes com cardiopatia chagásica. pois não existe tratamento padrão. Pacientes recebem a medicação de acordo com suas manifestações clínicas. Nem todos os pacientes com cardiopatia chagásica têm necessidade de utilizar todos os medicamentos citados. Questão 3 Correto Atingiu 1,00 de 1,00 Em relação à forma digestiva na fase crônica da doença de Chagas, por serem dotados de sfíncteres de saída em sua porção distal, os órgãos mais relacionados a essa forma clínica são: Escolha uma opção: a. estômago e esôfago.b. esôfago e intestino grosso. c. estômago e intestino grosso. d. esôfago e intestino delgado. e. intestino delgado e intestino grosso. Resposta CORRETA: esôfago e intestino grosso. O esôfago e o intestino grosso são dotados de esfincteres de saída em sua porção distal, levando ao deslocamento do bolo alimentar do esôfago para estômago e das fezes para o ambiente externo, respectivamente. Por isso, os sintomas de acometimento desses órgãos são mais prevalentes que os demais do trato digestivo, levando ao surgimento de megaesôfago e megacólon chagásicos. Resposta INCORRETA: estômago e intestino grosso. O estômago pode ser acometido pelo T. cruzi levando a um quadro de plenitude pós-prandial, saciedade precoce, mas não é dotado de esfíncter de saída em sua porção distal, como são o esôfago e o intestino grosso; por isso, os sintomas de acometimento gástrico são menos prevalentes. Como citado acima, o intestino grosso possui esfíncter de saída e seu acometimento pelo T. cruzi levará ao desenvolvimento de megacólon chagásico. Resposta INCORRETA: esôfago e intestino delgado. O esôfago é dotado de esfíncter de saída em sua porção distal e, assim como o intestino grosso, apresenta os sintomas mais prevalentes da forma digestiva da doença de Chagas, porém o intestino delgado, apesar de também poder ser acometido pelo T. cruzi, por não apresentar esfíncter de saída, seus sintomas são menos prevalentes que o acomentimento esofágico e do intestino grosso. Resposta INCORRETA: intestino delgado e intestino grosso. O intestino delgado pode ser acometido pelo T. cruzi, levando a megaduodeno, megajejuno e megaíleo, mas seus sintomas são menos prevalentes que o acometimento esofágico e do intestino grosso, por não apresentarem esfíncter de saída. Resposta INCORRETA: estômago e esôfago. O estômago pode ser acometido pelo T. cruzi levando à megagastria, com sintomas de plenitude pós-prandial e saciedade precoce, mas émenos prevalente que o acometimento do esôfago e do intestino grosso, por não apresentar esfíncter de saída em sua porção distal. Questão 4 Correto Atingiu 1,00 de 1,00 Como é realizado o diagnóstico da doença de Chagas? Escolha uma opção: a. Após anamnese e história epidemiológica, são coletadas duas sorologias. Caso as duas sejam positivas, confirma-se o caso. Caso haja discordância, outras duas são coletadas e, se as duas forem positivas, confirma-se o caso. b. Após suspeita clínica, são coletadas duas sorologias; se pelo menos uma é positiva, confirma-se o caso. c. Após uma suspeita clínica, é coletado o sangue para realização de uma sorologia, que, se positiva, confirma o caso. d. Após anamnese e história epidemiológica, são coletadas amostras para realizar PCR. Somente esse método consegue confirmar um caso de doença de Chagas. e. Após anamnese e história epidemiológica, são coletadas duas sorologias. Caso as duas sejam positivas, confirma-se o caso. Caso haja discordância, uma terceira é coletada e, caso positiva, confirma-se o caso. Resposta CORRETA: Após anamnese e história epidemiológica, são coletadas duas sorologias. Caso as duas sejam positivas, confirma-se o caso. Caso haja discordância, outras duas são coletadas e, se as duas forem positivas, confirma-se o caso. São realizados dois testes sorológicos utilizando-se diferentes metodologias; caso ambas sejam positivas, confirma-se infecção pelo T. cruzi e, caso ambas sejam negativas, fica descartada a doença de Chagas. Se os resultados sorológicos forem discordantes, outras duas amostras são coletadas e, se novamente discordantes, uma terceira amostra é coletada e testada por método sorológico diferente dos anteriores para confirmar ou descartar o caso. A PCR não é utilizada na prática clínica para diagnóstico de doença de Chagas. Além de método de alto custo, sem padronização, não está disponível na rede de saúde em geral. Resposta INCORRETA: Após uma suspeita clínica, é coletado o sangue para realização de uma sorologia, que, se positiva, confirma o caso. Um teste sorológico apenas não confirma o diagnóstico de doença de Chagas. Resposta INCORRETA: Após suspeita clínica, são coletadas duas sorologias; se pelo menos uma é positiva, confirma-se o caso. A positividade de apenas um teste sorológico não confirma o diagnóstico de doença de Chagas. Resposta INCORRETA: Após anamnese e história epidemiológica, são coletadas duas sorologias. Caso as duas sejam positivas, confirma-se o caso. Caso haja discordância, uma terceira é coletada e, caso positiva, confirma-se o caso. São realizados dois testes sorológicos utilizando-se diferentes metodologias; caso ambas sejam positivas, confirma-se infecção pelo T. cruzi e, caso ambas sejam negativas, fica descartada a doença de Chagas. Se os resultados sorológicos forem discordantes, outras duas amostras são coletadas e, se novamente discordantes, uma terceira amostra é coletada e testada por método sorológico diferente dos anteriores. Resposta INCORRETA: Após anamnese e história epidemiológica, são coletadas amostras para realizar PCR. Somente esse método consegue confirmar um caso de doença de Chagas. A PCR não é utilizada na prática clínica para diagnóstico de doença de Chagas. Além de método de alto custo, sem padronização, não está disponível na rede de saúde em geral. Questão 5 Correto Atingiu 1,00 de 1,00 Em paciente portador de cardiopatia chagásica com insuficiência cardíaca apresentando edema, cansaço e congestão sistêmica, quais opções terapêuticas deveriam ser consideradas para seu tratamento? 1- Carvedilol 2- Furosemida 3- Espironolactona 4- Enalapril 5- Amiodarona 6- Benznidazol 7- Nifurtimox Escolha uma opção: a. São corretas as opções 1, 2, 3, 7 b. São corretas as opções 1, 2, 3, 4 c. São corretas as opções 2, 3, 5, 7 d. São corretas as opções 1, 2, 4, 5 e. São corretas as opções 2, 4, 5, 6 Resposta CORRETA: São corretas as opções 1, 2, 3, 4. Carvedilol (1), furosemida (2), espironolactona (3) e enalapril (4) são opções terapêuticas em presença de IC descompensada O uso do carvedilol (1), um betabloqueador, é essencial para os pacientes com doença cardíaca com disfunção ventricular. O carvedilol, adicionado ao enalapril e à espironolactona, em estudo randomizado, duplo-mascarado, com placebo, de 42 pacientes com cardiopatia chagásica crônica e fração de ejeção do ventrículo esquerdo menor que 45%, promoveu melhora estatisticamente significativa do escore de Framingham e da qualidade de vida, bem como redução do índice cardiotorácico e dos níveis de BNP sanguíneo, além de aumentar em 2,8% a fração de ejeção. (Ref.Botoni FA, Poole-Wilson PA, Ribeiro AL, Okonko DO, Oliveira BM, Pinto AS, et al. A randomized trial of carvedilol after renin-angiotensin system inhibition in chronic Chagas cardiomyopathy. Am Heart J. 2007;153(4):544.e1-8.) A furosemida (2) é um diurético importante, nesses casos, para ajuste da volemia. Em paciente apresentando congestão istêmica e insuficiência cardíaca descompensada, o uso de furosemida melhora a sintomatologia, a dispneia e a congestão sistêmica. A espironolactona (3) atua no remodelamento cardíaco além de ser um diurético. O bloqueio de aldosterona atua com efeitos benéficos sobre morbidade e mortalidade de pacientes com insuficiência cardíaca geral. Na cardiopatia chagásica, espironolactona está indicada para pacientes com disfunção sistólica, fração de ejeção ≤ 35,0% e insuficiência cardíaca com classe funcional III ou IV. O enalapril (4) é um inibidor da enzima conversora da angiotensina (IECA) e já foi bem demonstrado o benefício da administração crônica dos IECA ou de bloqueador receptor de angiotensina no tratamento de pacientes com insuficiência cardíaca geral, tanto no remodelamento cardíaco, como na redução de morbidade e mortalidade. Na cardiopatia chagásica, foi demonstrado que o uso de doses máximas toleradas de enalapril melhoraram a qualidade de vida, além de reduzir níveis de BNP e o índice cardiotorácico radiológico. (Ref. I Diretriz Latino-Americana para o Diagnóstico e Tratamento da CardiopatiaChagásica). Resposta INCORRETA: São corretas as opções 1, 2, 3, 7. O tratamento antiparasitário com o nifurtimox (7) não é recomendado para os pacientes em fase avançada de cardiopatia chagásica. Resposta INCORRETA: São corretas as opções 2, 4, 5, 6. A amiodarona (5) é um antiarrítmico indicado para pacientes comprovadamente portadores de arritmias ventriculares e supraventriculares, condições não citadas no exemplo apresentado. As indicações para uso de amiodarona para os pacientes com cardiopatia chagásica encontram-se no texto da Unidade 3. O tratamento antiparasitário com o Benznidazol (6) não é recomendado para os pacientes em fase avançada de cardiopatia chagásica. Resposta INCORRETA: São corretas as opções 2, 3, 5, 7. A amiodarona (5) é um antiarrítmico indicado para pacientes comprovadamente portadores de arritmias ventriculares e supraventriculares, condições não citadas no exemplo apresentado. As indicações para uso de amiodarona para os pacientes com cardiopatia chagásica encontram-se no texto da Unidade 3. O tratamento antiparasitário com o Nifurtimox (7) não é recomendado para os pacientes em fase avançada de cardiopatia chagásica. Resposta INCORRETA: São corretas as opções 1, 2, 4, 5. A amiodarona (5) é um antiarrítmico indicado para pacientes comprovadamente portadores de arritmias ventriculares e supraventriculares, condições não citadas no exemplo apresentado. As indicações para uso de amiodarona para os pacientes com cardiopatia chagásica encontram-se no texto da Unidade 3. Questão 6 Correto Atingiu 1,00 de 1,00 Questão 7 Correto Atingiu 1,00 de 1,00 O exame mais indicado na avaliação inicial de pacientes com suspeita de megaesôfago chagásico é Escolha uma opção: a. Endoscopia digestiva alta. b. Colonoscopia. c. Tomografia de abdome total. d. Manometria esofagiana. e. Radiografia contrastada de esôfago. Resposta CORRETA: Radiografia contrastada de esôfago. A radiografia contrastada de esôfago é o exame de eleição inicial para diagnóstico de megaesôfago chagásico, permitindo avaliar o diâmetro/calibre do órgão e sua dilatação, além de alterações funcionais, tais como ondas peristálticas anormais ou ausentes e o tempo de esvaziamento do conteúdo esofágico para o estômago. Resposta INCORRETA: Endoscopia digestiva alta. A endoscopia digestiva alta é utilizada para diagnóstico diferencial do megaesôfago chagásico com os de outras etiologias, como doença do refluxo gastroesfágico, neoplasia de esôfago distal, amiloidose, entre outros. Ela pode sugerir que o paciente tem megaesôfago, mas não gradua ou classifica o megaesôfago chagásico, como a radiografia contrastada de esôfago, exame inicial mais indicado para diagnóstico de megaesôfago chagásico. Resposta INCORRETA: Tomografia de abdome total. A tomografia de abdome total não é utilizada como exame inicial para diagnóstico de megaesôfago chagásico. Ela poderá auxiliar no diagnóstico diferencial de outras patologias que levam à disfagia de condução, como neoplasia maligna de esôfago. Resposta INCORRETA: Colonoscopia. A colonoscopia não faz diagnóstico de megaesôfago chagásico; ela é utilizada para patologias do intestino grosso e do íleo distal, auxiliando no diagnóstico diferencial de megacólon chagásico. Resposta INCORRETA: Manometria esofagiana. A manometria esofagiana não é utilizada na avaliação inicial de megaesôfago chagásico, como é a radiografia contrastada de esôfago. A manometria esofagiana auxilia no pré-operatório de cirurgia esofagianas, como megaesôfago chagásico ou demais patologias. A manometria pode ser utilizada nos casos de megaesôfago chagásico sintomáticos com disfagia de condução, que apresentam uma radiografia contrastada de esôfago normal. Auxilia no diagnóstico inicial de megaesôfago chagásico com dismotilidade esofágica e dificuldade para esvaziamento no esfíncter inferior do esôfago. Qual o primeiro exame a ser realizado no paciente assintomático, com doença de Chagas confirmada? Escolha uma opção: a. Holter-24h b. Nenhum exame adicional c. Teste de ergométrico d. Eletrocardiograma e. Ecocardiograma Resposta CORRETA: Eletrocardiograma. Um paciente assintomático pode estar na forma crônica indeterminada da doença de Chagas ou na fase precoce da cardiopatia, na qual podem estar presentes apenas alterações eletrocardiográficas, sem manifestações clínicas. Assim, o primeiro exame a ser realizado para diagnóstico da cardiopatia, que contribui para o estadiamento e a determinação do prognóstico, é o eletrocardiograma. A partir desse exame e de acordo com o quadro clínico do paciente, podem ser necessários outros exames cardiológicos. Resposta INCORRETA: Ecocardiograma. O ecocardiograma está indicado depois de confirmada a presença de cardiopatia pelo eletrocardiograma. Resposta INCORRETA: Teste de ergométrico. O teste ergométrico (TE) é um exame complementar que pode ser solicitado, quando pertinente, após firmado o diagnóstico de doença de Chagas, mas não na fase inicial da investigação como é o caso da paciente. O TE pode ser necessário para avaliar arritmias e capacidade funcional em casos de cardiopatia chagásica crônica. Resposta INCORRETA: Holter-24h. O Holter de 24 horas é um exame solicitado após realização de ECG e do ecocardiograma, quando houver evidências clínicas e/ou eletrocardiográficas de presença de arritmias. Resposta INCORRETA: Nenhum exame adicional. Diante da suspeita de cardiopatia chagásica, deve-se, primeiramente, fazer o eletrocardiograma, exame que permitirá o diagnóstico da cardiopatia e contribuirá para estadiamento e determinação de prognóstico da doença. Questão 8 Correto Atingiu 1,00 de 1,00 Paciente de 65 anos, portador de doença de Chagas de longa data, em consulta inicial na Atenção Básica de Saúde (ABS), trazendo consigo um eletrocardiograma, cujo laudo descreve bloqueio de ramo direito (BRD), refere que vem apresentando, há 20 anos, dificuldade para deglutir alimentos mais secos e sólidos e, há 2 anos, para alimentos mais pastosos, necessitando de ingesta hídrica para auxiliar nessa deglutição, associada à regurgitação de resíduos alimentares, em pequena quantidade ao deitar-se. O diagnóstico clínico mais provável e o exame complementar inicial que auxiliará nesse diagnóstico são, respectivamente: Escolha uma opção: a. Doença do refluxo gastroesofágico e radiografia contrastada de esôfago. b. Megaesôfago chagásico e endoscopia digestiva alta. c. Doença do refluxo gastroesofágico e endoscopia digestiva alta. d. Doença do refluxo gastroesofágico e manometria esofagiana. e. Megaesôfago chagásico e radiografia contrastada de esôfago. Resposta CORRETA: Megaesôfago chagásico e radiografia contrastada de esôfago. O diagnóstico provável para o quadro de disfagia apresentado pelo paciente é megaesôfago chagásico, devido ao quadro lento e progressivo da disfagia de condução, há cerca de 20 anos – primeiro, com alimentos mais secos e sólidos e, posteriormente, com pastosos. Além disso, tem critério epidemiológico: sorologia para Chagas positivo, com provável cardiopatia chagásica associada. A radiografia contrastada de esôfago é o exame complementar inicial para diagnóstico de megaesôfago chagásico, pois além de sugerir o diagnóstico, permite ainda classificar o paciente em grupos, segundo a classificação de Rezende, o que possibilita melhor acompanhamento do paciente tanto em nível primário quanto em nível terciário. Resposta INCORRETA: Megaesôfago chagásico e endoscopia digestiva alta. O diagnóstico provável para o quadro de disfagia apresentado pelo paciente é megaesôfago chagásico devido a quadro lento e progressivo da disfagia de condução, há cerca de 20 anos, associado à sorologia de Chagas positiva, além de possível cardiopatia chagásica associada. Mas o exame complementar inicial para auxiliar no diagnóstico de megaesôfago não é a endoscopia digestiva alta, e sim a radiografia contrastada de esôfago que, além de sugerir o diagnóstico de tal entidade clínica, permite ainda classificar o paciente em grupos segundo a classificação de Rezende,possibilitando melhor acompanhamento do paciente tanto em nível primário quanto em nível terciário. A endoscopia digestiva alta é utilizada como exame complementar para diagnóstico diferencial de outras etiologias para disfagia além de ser utilizada para modalidades terapêuticas no megaesôfago chagásico, como a injeção de toxina botulínica no esfíncter inferior do esôfago e a dilatação endoscópica com balão pneumático. Resposta INCORRETA: Doença do refluxo gastroesofágico e endoscopia digestiva alta. O provável diagnóstico para a disfagia apresentada pelo paciente é megaesôfago chagásico, pois trata-se de uma disfagia de longa data, de evolução lenta e progressiva, além do critério epidemiológico – sorologia positiva para Chagas. A doença do refluxo gastroesofágico cursa principalmente com pirose (queimação retroesternal) e regurgitação ácida; a disfagia pode ocorrer no curso clínico da doença, principalmente quando evolui com complicações, como a formação de anel fibrótico de Schatski, mas não é um sintoma tão comum como a disfagia é para o megaesôfago. A endoscopia digestiva alta, no megaesôfago chagásico, auxilia tanto no diagnóstico diferencial de outras entidades clínicas, que cursam com disfagia de condução, quanto na terapêutica desses pacientes, porém o exame inicial para auxiliar no diagnóstico de megaesôfago é a radiografia contrastada de esôfago. Resposta INCORRETA: Doença do refluxo gastroesofágico e radiografia contrastada de esôfago. A doença do refluxo gastroesofágico não é o provável diagnóstico para a disfagia apresentada pelo paciente, e sim o megaesôfago chagásico. A doença do refluxo gastroesofágico cursa principalmente com pirose (queimação retroesternal) e regurgitação ácida, e a disfagia pode ocorrer no curso clínico da doença, principalmente quando evolui com complicações, como a formação de anel fibrótico de Schatski, mas não é um sintoma tão comum como a disfagia é para o megaesôfago. A radiografia contrastada de esôfago é o exame complementar inicial para diagnóstico de megaesôfago chagásico, pois, além de sugerir o diagnóstico, permite ainda classificar o paciente em grupos, segundo a classificação de Rezende, o que possibilita melhor acompanhamento do paciente tanto em nível primário quanto em nível terciário. Resposta INCORRETA: Doença do refluxo gastroesofágico e manometria esofagiana. A doença do refluxo gastroesofágico não é o provável diagnóstico para a disfagia apresentada pelo paciente, e sim megaesôfago chagásico. A doença do refluxo gastroesofágico cursa principalmente com pirose (queimação retroesternal) e regurgitação ácida, e a disfagia pode ocorrer no curso clínico da doença, principalmente quando evolui com complicações, como a formação de anel fibrótico de Schatski, mas não é um sintoma tão comum como a disfagia é para o megaesôfago. A manometria esofagiana é um exame complementar que auxilia tanto na doença do refluxo gastroesofágico, demonstrando hipotonia do esfíncter inferior do esôfago, quanto no megaesôfago chagásico, pois demonstra alterações iniciais na motilidade esofagiana que sugerem o diagnóstico de megaesôfago, as quais podem não ser vistas na radiografia contrastada de esôfago. Entretanto, não é o exame de eleição inicial em nenhuma dessas entidades clínicas. Questão 9 Correto Atingiu 1,00 de 1,00 Pacientes com doença de Chagas, em sua fase crônica, podem evoluir com constipação (dificuldade para evacuação, ficando dias ou até semanas sem evacuar) associada a acúmulo de gases, distensão abdominal e formação de fecaloma (massa endurecida de fezes que pode impactar em segmentos de intestino grosso). Diante do exposto, a principal etiologia e o exame complementar que deve ser realizado para o quadro clínico citado acima desses pacientes são, respectivamente: Escolha uma opção: a. Megaesôfago chagásico e radiografia contrastada de esôfago. b. Megacólon chagásico e enema opaco. c. Megacólon chagásico e endoscopia digestiva alta. d. Megacólon chagásico e radiografia contrastada de esôfago. e. Megaesôfago chagásico e enema opaco. Resposta CORRETA: Megacólon chagásico e enema opaco. O megacolon chagásico é o acometimento do intestino grosso na doença de Chagas. Seus principais sintomas são a constipação, o acúmulo de gases, a distensão abdominal e a formação de fecaloma. O enema opaco é o exame inicial para diagnóstico de megacólon chagásico. Resposta INCORRETA: Megaesôfago chagásico e enema opaco. O megaesôfago chagásico é o acometimento esofágico pelo T. cruzi, e seu principal sintoma é a disfagia de condução. Constipação pode estar presente no megaesôfago chagásico, seja por associação com megacólon chagásico, seja por baixa ingesta alimentar em casos avançados de megaesôfago que não levam à formação de bolo fecal; por isso, a principal etiologia do quadro clínico em questão é megacólon chagásico. O enema opaco é a radiografia contrastada do intestino grosso utilizada para auxílio inicial no diagnóstico de megacólon chagásico. Resposta INCORRETA: Megacólon chagásico e radiografia contrastada de esôfago. O megacólon chagásico é a principal etiologia para o quadro clínico descrito no enunciado acima, mas o exame complementar inicial para auxílio no diagnóstico é o enema opaco, que consiste na radiografia contrastada do intestino grosso, e não a radiografia contrastada de esôfago, utilizada para diagnóstico de megaesôfago chagásico. Resposta INCORRETA: Megacólon chagásico e endoscopia digestiva alta. O megacólon chagásico é a principal etiologia para o quadro clínico descrito no enunciado acima, mas a endoscopia digestiva alta é utilizada no megaesôfago chagásico para diagnóstico diferencial com outras patologias. No megacólon chagásico, o exame inicial indicado é o enema opaco. Resposta INCORRETA: Megaesôfago chagásico e radiografia contrastada de esôfago. O quadro clínico descrito no enunciado acima, que pode ocorrer em pacientes com doença de Chagas, corresponde ao acometimento do intestino grosso pelo T. cruzi, levando ao desnvolvimento do megacólon chagásico e não ao megaesôfago chagásico, que evolui com disfagia de condução, regurgitação alimentar, odinofagia, pirose. O exame complementar para diagnóstico de megacólon chagásico é o enema opaco, e não a radiografia contrastada de esôfago. Questão 10 Correto Atingiu 1,00 de 1,00 Quais os primeiros exames complementares necessários para investigação da disfagia (dificuldade de deglutição) na esofagopatia chagásica? Escolha uma opção: a. Manometria esofágica e radiografia contrastada do cólon (enema opaco). b. Radiografia contrastada do esôfago e tomografia computadorizada de tórax. c. Radiografia contrastada de esôfago e manometria esofágica. d. Radiografia contrastada do esôfago e endoscopia digestiva alta. e. Endoscopia digestiva alta e manometria esofágica. Resposta CORRETA: Radiografia contrastada do esôfago e endoscopia digestiva alta. Tanto a radiografia contrastada do esôfago quanto a endoscopia digestiva alta são essenciais para a investigação inicial da disfagia do paciente. A primeira avalia o grau de comprometimento esofagiano, sugerindo o diagnóstico de megaesôfago com classificação de Rezende (Ver Figura 1 na Seção 1 da Unidade 3), e a segunda auxilia no diagnóstico diferencial com outras patologias. Resposta INCORRETA: Radiografia contrastada de esôfago e manometria esofágica. A radiografia contrastada do esôfago é um dos exames que deve ser solicitado para investigar megaesôfago, porém a manometria esofagiana não é o exame inicial para essa investigação. A manometria é utilizada nos casos de pacientes com disfagia que apresentam a radiografia contrastada de esôfago normal. Resposta INCORRETA: Endoscopia digestiva alta e manometria esofágica. A endoscopia digestiva alta é um dos exames a ser realizado para diagnóstico diferencial de megaesôfago, mas a manometria esofágica deve ser solicitada apenas nos casos em que há suspeita de megaesôfago com radiografia contrastada de esôfago normal. Resposta INCORRETA: Radiografia contrastada do esôfago e tomografiacomputadorizada de tórax. A radiografia contrastada do esôfago é um exame essencial para avaliar a disfagia e estadiar o comprometimento esofagiano pela doença de Chagas, mas a tomografia de tórax não é essencial nesse primeiro momento, pois, apesar de poder sugerir dilatação esofágica em casos avançados, não avalia as características morfológicas e peristálticas do esôfago, não permitindo a classificação de Rezende para megaesôfago, além de ter um custo elevado na investigação inicial do quadro. Resposta INCORRETA: Manometria esofágica e radiografia contrastada do cólon (enema opaco). A manometria esofagiana não é o exame inicial para investigação de megaesôfago; ela é utilizada nos casos de pacientes com disfagia que apresentam a radiografia contrastada de esôfago normal. A radiografia contrastada do cólon é o primeiro exame a ser solicitado para investigação da constipação no paciente em questão, mas não para investigar a disfagia.
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