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dentalovesdentaloves ENDODONTIAENDODONTIA APOSTILA FEITA POR @DENTALOVES Apostila de APOSTILA ENDODONTIA Um Recadinho Pra Você! © Obrigada por ter adquirido essa apostila! Saiba que ela foi confeccionada com muito carinho pra auxiliar seus estudos e aprendizado. © Durante os seus estudos, caso apareça alguma dúvida ou você encontre algum possível erro, pode entrar em contato comigo através do e-mail, direct ou WhatsApp. © Todo o conteúdo dessa apostila foi baseado em bibliografia específica, aulas e pesquisas na internet. © É proibida a venda ou distribuição gratuita deste material por outra pessoa que não seja eu, a autora. © No mais, espero que você goste e que te ajude bastante! © Não se esquece de registrar seus estudos com essa apostila e marcar no Instagram @dentaloves, eu vou amar acompanhar! Sumário Anatomia Interna.....................................................................................................................02 Cirurgia de Acesso...................................................................................................................35 Instrumentos Endodônticos....................................................................................................51 Odontometria...........................................................................................................................65 Fundamentos do Preparo Químico-Mecânico.....................................................................85 Sistema Protaper......................................................................................................................93 Medicação Intracanal..............................................................................................................97 Obturação...............................................................................................................................104 Tratamento Endodôntico do Dente 21................................................................................117 Diagnóstico em Endodontia.................................................................................................123 Alterações Pulpares e Perirradiculares................................................................................137 Reabsorção Dentária.............................................................................................................156 Terapêutica em Endodontia.................................................................................................171 Magnificação e Endodontia Mecanizada...........................................................................185 APOSTILA ENDODONTIA Objetivos da Endodontia: Manutenção do elemento na cavidade oral ü Solução de infecções ü Lesões endo-periodontais ü Cárie ü Traumatismos ü Fraturas ü Tratamentos protéticos reabilitadores ü Retratamento endodôntico Os objetivos principais da terapia do canal radicular são a perfeita limpeza, a modelagem de todos os espaços pulpares e a obturação completa desses espaços com material de preenchimento inerte. A presença de um único canal não tratado pode ser a razão da falha. Diagnóstico Cirurgia de acesso Odontometria PQM (preparo químico-mecânico) Obturação Restauração Cirurgia de Acesso Cirurgia de acesso é uma cirurgia para ter acesso à câmara pulpar do dente. Anatomia Interna Do Sistema De Canais Radiculares O profissional deve formar mentalmente a imagem tridimensional de cada dente. Dentes multirradiculares apresentam teto e assoalho da câmara pulpar. O teto e o assoalho possuem colorações diferentes. O assoalho é mais escuro, possui uma cor acastanhadas. Anatomia Da Cavidade Pulpar A cavidade pulpar é o espaço que abriga a polpa dentária. Didaticamente, ela é dividida em câmara pulpar e canais radiculares. Câmara Pulpar: porção coronária da cavidade pulpar É uma cavidade única Geralmente volumosa que aloja a polpa coronária Ocupa internamente o centro da coroa Sua forma se assemelha à superfície externa do dente Nos dentes anteriores, ela é contínua ao canal radicular ANATOMIA Interna APOSTILA ENDODONTIA Nos dentes posteriores, geralmente apresenta o formato de um prisma com seis lados: teto, assoalho e 4 paredes axiais (mesial, distal, vestibular e lingual) O teto tem forma côncava e está localizado abaixo da superfície oclusal, nos dentes posteriores, ou da margem incisal nos dentes anteriores. O teto geralmente apresenta reentrâncias que correspondem às cúspides, mamelões, tubérculos ou outras saliências na coroa: divertículos pulpares O assoalho é a face oposta ao teto No assoalho estão localizadas as entradas dos canais, orifícios e aberturas que conectam a câmara pulpar aos canais radiculares. Com o passar da idade, há uma redução progressiva do volume da câmara pulpar A cor do assoalho pulpar é sempre mais escura que a das paredes e do teto. O assoalho da câmara pulpar é a face oposta ao teto da câmara, onde estão localizadas as entradas dos canais – os orifícios radiculares – aberturas que conectam a câmara pulpar ao SCR CANAL PRINCIPAL: Ocupa a região central do eixo da cavidade pulpar, partindo do assoalho da câmara até o forame apical CANAL COLATERAL: Situa-se mais ou menos paralelamente ao canal principal, podendo ou não alcançar isoladamente o forame apical. Quase sempre apresenta um calibre menor que o canal principal CANAL LATERAL: Parte perpendicularmente da região cervical ou média do canal principal, em direção ao ligamento periodontal CANAL SECUNDÁRIO: Parte obliquamente da região apical do canal principal, em direção ao ligamento periodontal CANAL ACESSÓRIO Deriva de um canal secundário e segue em direção ao ligamento periodontal INTERCONDUTO/INTERCANAL: Pequeno canal que põe em comunicação os canais principais, colaterais ou secundários entre si. Não apresenta comunicação com o ligamento periodontal CANAIS RETICULARES: Resultam do entrelaçamento de três ou mais canais que seguem paralelamente e, conectados por intercondutos, apresentam um aspecto reticulado CANAL RECORRENTE: Parte e retorna ao canal principal, sem alcançar a região apical, percorrendo um trajeto mais ou menos longo na dentina DELTA APICAL: Múltiplas derivações que se encontram próximas ao ápice radicular e que saem do canal principal para terminar na região apical. Dão origem a forames múltiplos ou foraminas, em substituição ao forame único principal. O número de foraminas é variável. ISTMO: Área estreita, em forma de fita, que conecta dois ou mais canais radiculares. APOSTILA ENDODONTIA Os istmos podem apresentar diferentes configurações, e sua prevalência depende do grupo dentário, do nível da raiz e da idade do paciente Anatomia Radicular X Anatomia Do SCR De modo geral, o canal principal acompanha a direção e as assimetrias das raízes, incluindo sua inclinação, curvatura e angulação. Inclinação é um deslocamento do eixo longitudinal da raiz com relação ao da coroa, o que acontece quase sempre no sentido distal. Curvatura é um desvio gradual e paulatino do eixo da raiz que se torna curvo. Angulação consiste em um desvio brusco de uma parte do eixo da raiz com relação ao outro. Variações Morfológicas Radiculares A: inclinação B: curvatura C: angulação APOSTILA ENDODONTIA A inclinação pode ocorrer em um sentido, ao mesmo tempo que curvaturas ou angulações coexistem em outro. Configurações mais comuns da secção transversal da raiz. Formas circular (A), oval (B), de halteres (C) e de rim (D) Canais Radiculares: porção radicular da cavidade pulpar. Ele se afunila progressivamente em direção ao ápice, seguindo o contorno externo da raiz Canal principal: o Forma cônica o É oval na sua secção transversal o Dividido em 3 porções/terços: cervical, médio e apical Geralmentesão achatados ou ovais no sentido mesio-distal ou vestíbulo-lingual, acompanhando a direção das raízes. Reproduz a morfologia externa do dente. Os canais radiculares podem variar em: Número Forma Divisões Fusões Oclusal: teto da câmara pulpar Dente jovem: câmara pulpar mais ampla Dente idoso: deposição contínua de dentina APOSTILA ENDODONTIA Sistema De Canais Radiculares O espaço total na dentina onde se encontra a polpa é chamado de sistema de canais radiculares. O sistema de canais radiculares é dividido em duas porções: a câmara pulpar (localizada na coroa anatômica do dente) e a polpa ou canal radicular (encontrada na raiz anatômica). O canal radicular inicia-se com o formato de um funil, geralmente na linha cervical, e termina no forame apical, onde se abre na superfície radicular no intervalo de 3 mm do centro do ápice radicular. Canais Acessórios: a. São canais diminutos que se estendem nas direções horizontal, vertical ou lateral da polpa para o periodonto. b. Em 74% dos casos, eles são encontrados no terço apical da raiz; em 11% dos casos, no terço médio e, em 15%, no terço cervical. c. Contêm tecido conjuntivo e vasos, mas não suprem a polpa com circulação suficiente para formar uma fonte colateral de fluxo sanguíneo. d. Também podem ocorrer na bifurcação ou na trifurcação de dentes multirradiculares: canal cavo-inter-radicular APOSTILA ENDODONTIA TIPO I: Um único canal se estende da câmara pulpar ao ápice (1). TIPO II: Dois canais separados deixam a câmara pulpar e se juntam no ápice para formar um único canal (2-1). TIPO III: Um único canal deixa a câmara pulpar e se divide em dois na raiz; os dois então se fundem para sair como um único canal (1-2-1). TIPO IV: Dois canais distintos se estendem da câmara pulpar ao ápice (2). TIPO V: Um canal deixa a câmara pulpar e se divide, próximo ao ápice, em dois canais distintos com forames apicais separados (1-2). TIPO VI: Dois canais separados deixam a câmara pulpar, fundem-se no corpo da raiz e finalmente se dividem novamente em dois canais distintos próximo ao ápice (2-1-2). TIPO VII: Um canal deixa a câmara pulpar e divide-se em dois, que então se fundem no corpo da raiz, onde o canal, finalmente, se divide novamente em dois distintos próximo ao ápice (1-2-1-2). TIPO VIII: Três distintos canais separados que se estendem da câmara pulpar ao ápice (3). APOSTILA ENDODONTIA A relação entre os dois orifícios é muito significativa: Quanto mais próximos estiverem, maior é a chance de dois canais estarem unidos em algum ponto da raiz. Com o aumento da distância entre os orifícios de uma raiz, maior será a chance de que os canais permaneçam separados. Quanto maior for a separação dos orifícios, menor será o grau de curvatura do canal. A direção que a lima endodôntica toma quando introduzida no orifício também é muito importante. Se a primeira lima introduzida no canal distal do molar inferior aponta para a direção vestibular ou lingual, o clínico deve suspeitar de um segundo canal. Se dois canais estiverem presentes, eles serão menores que um único canal. APOSTILA ENDODONTIA Anatomia Do Ápice Radicular O conceito clássico de anatomia do ápice radicular é baseado em três divisões anatômicas e histológicas na região apical da raiz: constrição apical (CA), junção dentino-cementária (JDC) e forame apical (FA). A CA é geralmente considerada a parte do canal radicular com o menor diâmetro; é também o ponto de referência que a maioria dos clínicos usa com maior frequência como término apical para instrumentação, debridamento e obturação. O limite CDC é o ponto do canal onde o cemento encontra a dentina. Trata-se do ponto onde o tecido pulpar termina e o tecido periodontal começa. A localização da JDC no canal radicular varia consideravelmente. Em geral, não está na mesma posição que a CA, e a posição estimada é de aproximadamente 1 mm do FA. Da CA, ou o menor diâmetro apical, o canal se alarga à medida que se aproxima do FA, ou o maior diâmetro apical. O FA é uma “circunferência ou uma extremidade circundada, como um funil ou uma cratera, que diferencia a terminação do canal cementário da superfície exterior da raiz”. O diâmetro do forame em indivíduos entre 18 e 25 anos é de 502 μm e em indivíduos acima de 55 anos, é de 681 μm, o que denota o aumento do FA com a idade. O FA não sai normalmente no ápice anatômico, mas aquém deste 0,5 a 3 mm. Essa variação é mais marcante em dentes mais antigos, onde houve aposição de cemento. O forame apical nem sempre coincide com o ápice anatômico, por isso, a importância de se respeitar o limite de 1mm. O canal dentinário é maior e ocupado por tecido pulpar, começa mais amplo e fica mais estreito. O canal cementário é ocupado por tecido periapical, começa estreito e fica amplo. Possui 0,8 a 1mm de extensão e termina no forame apical. APOSTILA ENDODONTIA O forame apical a maioria das vezes ele está desviado para a distal. Quanto maior o achatamento mesiodistal, maior a possibilidade de existirem dois canais independentes, vestibular e lingual. Se a raiz se torna mais cônica apicalmente, maior a possibilidade de esses canais confluírem para somente um forame apical. Além disso, a presença de sulcos radiculares profundos também tem sido correlacionada com o aumento na probabilidade de existência de múltiplos canais em uma raiz. Canal bifurcado Canal fusionado: dois canais que se unem em um só. Delta apical: nos últimos 3mm do ápice há um emaranhado de canais (é o que se chama de área/zona crítica). Apresenta curvatura, estreitamento e emaranhado. Limite CDC: Canal – dentina – cemento Canal dentinário: envolto por dentina Canal cementário: envolto apenas por cemento APOSTILA ENDODONTIA Polpa Tecido conjuntivo frouxo Vasos Nervos Células de defesa/indiferenciadas Incisivo Central Superior Geralmente, apresenta raiz única com canal reto e amplo. Cíngulo proeminente, câmara se apresenta mais ampla e pode encontrar cornos pulpares evidentes; Normalmente inclinação para distal e palatina; A câmara pulpar é estreita no sentido vestibulopalatino e, como os eixos da coroa e da raiz não coincidem, há necessidade de cuidado especial durante o procedimento de acesso ao canal, a fim de não perfurar ou desgastar excessivamente a porção coronária do dente. Após o acesso, a projeção dentinária na face palatina do terço cervical do canal, conhecida como ombro palatino, precisa ser removida para possibilitar acesso direto ao canal radicular. Na maior parte dos dentes (94,9%), a saída do forame apical localiza-se de 0,5 a 1 mm de distância do ápice anatômico. Na região apical, a raiz pode ainda apresentar curvatura abrupta no sentido vestibular, o que muitas vezes não é identificado no exame radiográfico Unirradicular, forma triangular com ápice rombo Raiz desviada para distal (dentro do alvéolo) Irrompe por volta dos 7 a 8 anos Fechamento Apical: 10 anos APOSTILA ENDODONTIA Direção da Raiz: Reta 75% Curvatura vestibular: 9,3% Curvatura distal: 7,8% Terço Apical: forma circular Terço Médio: forma ovalada Terço Cervical: forma cônica triangular Médias de Comprimentos: MÁXIMO 28,5mm MÉDIO 21,8mm MÍNIMO 18mm Possíveis Complicações: ü Ombro palatino (excesso de tecido na região palatina) - tem que desgastar o ombro para a lima entrar o mais reta possível no canal radicular ü Inclinação ou projeção para vestibular (15°) Incisivo Lateral Superior Suas dimensões são menores que as do incisivo central Raiz única com canal amplo, forma cônica triangular com base voltada para APOSTILA ENDODONTIA vestibular e com ligeiro achatamento proximal. Por estar localizado em área de riscoembriológico, pode apresentar diferentes anomalias anatômicas, como raízes múltiplas, fusão, geminação, sulcos radiculares, dens invaginatus, coroa cônica, cúspide talão (dens evaginatus) e canais em forma de “C” ou “S”. Sua raiz é ligeiramente cônica e a secção transversal do canal varia de uma forma ovalada na porção cervical a arredondada no terço apical. A porção apical da raiz pode apresentar curvatura abrupta no sentido distopalatino, o que talvez facilite a formação de degrau, transporte ou perfuração durante o preparo do canal. Ombro palatino precisa ser removido durante o preparo cervical, a fim de facilitar o acesso ao canal radicular Na maioria das vezes, ele tem curvatura no terço apical (IMPORTANTE) Desvio de 5° Irrompe: 8 -9 anos Término da rizogênese: 10 a 11 anos Direção da Raiz: Reta 29% Curvatura Distal: 49,2% Curvatura Palatina: 3,9% Curvatura Vestibular: 3,9% Curvatura Mesial: 3,1% Comprimentos Médios: 29mm (máximo) 23mm (médio) 18,5mm (mínimo) Complicações: Dens in dente (é o dente em que mais ocorre) Pronunciada curvatura (5mm apical) – técnica escalonada TERÇO APICAL Forma circular TERÇO MÉDIO Forma ovalada TERÇO CERVICAL Forma cônica triangular APOSTILA ENDODONTIA Canino Superior É o maior dente permanente e costuma apresentar raiz única com um canal Raiz única, forma cônica triangular de base para vestibular e achatamento mésiodistal O canal radicular costuma ser reto, amplo e relativamente longo, o que exige, na maioria das vezes, o uso de instrumentos de comprimento igual ou maior a 25 mm para seu preparo. Em geral, a secção transversal do canal radicular é ovalada em toda sua extensão, apresentando maior diâmetro vestibulolingual na porção média da raiz. Sua porção apical costuma ser cônica e fina, podendo se curvar abruptamente, sobretudo nos sentidos vestibular ou palatino, o que facilita a ocorrência de perfuração durante o preparo do canal. Dessa maneira, como nos incisivos, a remoção do ombro palatino é essencial para possibilitar acesso direto ao canal radicular e, em razão da proximidade do ápice radicular e da cavidade nasal, é preciso atenção durante a realização de procedimentos cirúrgicos nesta região Direção da Raiz: Reta: 38,5% Curvatura Distal: 19,5% Curvatura Vestibular: 12,8% Curvatura Mesial: 12% Curvatura Palatina: 6,5% APOSTILA ENDODONTIA Complicações: ü Ombro palatino ü Curvatura apical em direção distal ou vestibular (sobreposição de imagens) ü Ápice afilado 1° Pré-Molar Superior Normalmente, apresenta duas raízes (vestibular e palatina) e dois canais com forames independentes. Sendo que o canal palatino tem dimensões ligeiramente maiores que o vestibular. Na porção radicular, a prevalência de sulcos e concavidades é alta. Elas estão localizadas, principalmente, na face mesial da raiz, acima da câmara pulpar ou no aspecto palatino da raiz vestibular. Nesse caso, o preparo do terço cervical do canal ou a inserção de retentores intrarradiculares podem causar desgaste excessivo dessa região, fragilizando a estrutura radicular e favorecendo a ocorrência de perfuração ou fratura. A porção apical da raiz pode apresentar- se muito fina e curva, o que aumenta o risco de perfuração ou rasgamento da raiz em caso de alargamento excessivo. São variações na configuração do sistema de canais radiculares deste dente as raízes fusionadas com canais separados ou interconectados com istmos. Em tais dentes, o orifício de entrada dos canais vestibulares encontra-se normalmente no terço médio, e suas dimensões são menores, o que dificulta sua localização, seu preparo e sua obturação. Assim, é necessária maior ampliação da abertura no sentido mesiodistal para o acesso adequado aos canais vestibulares. A raiz mais ampla é a palatina. TERÇO APICAL Forma circular TERÇO MÉDIO Forma ovalada TERÇO CERVICAL Forma cônica triangular APOSTILA ENDODONTIA TERÇO APICAL Condutos em forma circular totalmente separados TERÇO MÉDIO Condutos em forma circular separados por uma ponte de dentina TERÇO CERVICAL Dois condutos de forma elíptica, unidos por um pequeno istmo Técnica de Plac pra pode ver essas raízes na radiografia Direção da Raiz Vestibular: Reta: 27,8% Curvatura Palatina: 36,2% Curvatura vestibular: 14% Curvatura Distal: 14% Baineta: 5,5% Pseudo-baioneta: 2,5% Direção da Raiz Palatina: Reta: 44,4% Curvatura vestibular: 27,8% Curvatura palatina: 8,5% Curvatura Distal: 14% Baineta: 5,5% 17 APOSTILA ENDODONTIA 2° Pré-Molar Superior Geralmente, apresenta uma raiz com um canal de secção transversal ovalada e maior diâmetro vestibulopalatino Em menor frequência, pode apresentar dois ou três canais separados, originados de apenas um orifício, ou dois canais conectados por istmos. Quando há dois canais que se confluem na porção apical, o canal palatino é o que normalmente apresenta acesso direto ao ápice, devendo ser o conduto de escolha para o início dos procedimentos, tanto de preparo quanto de obturação. Podem existir canais acessórios, mas sua prevalência é menor que nos incisivos. A curvatura na porção apical da raiz é comum e, por estar próxima ao assoalho do seio maxilar, exige cuidados com relação ao tratamento cirúrgico e não cirúrgico dos canais radiculares Se a raiz for muito achatada, ela pode apresentar mais de um conduto 90% possuem uma raiz – com 1 (54%) ou 2 (46%) canais, devido o achatamento proximal Possui raiz única com 2 condutos. 90% - Possuem 1 raiz com 1 (54%) ou 2 (46%) canais, devido o achatamento proximal. 18 APOSTILA ENDODONTIA Direção da Raiz: Reta: 37,4% Curvatura Vestibular: 15,7% Curvatura Distal: 29,5% Baioneta: 7% Pseudo-baioneta: 6% Angulação Distal: 4,4% Tamanho Médio: Irrompimento entre os 10 e 12 anos Término da Rizogênese: 12 e 14 anos TERÇO APICAL Forma elíptica ou circular TERÇO MÉDIO Forma elíptica, alongada TERÇO CERVICAL Conduto de forma elíptica alongada MÁXIMO 26mm MÉDIO 21,6mm MÍNIMO 17mm 19 APOSTILA ENDODONTIA 1° Molar Superior É o mais volumoso dos molares superiores Geralmente apresenta três raízes divergentes (mesiovestibular, distovestibular e palatina) com um total de três ou quatro canais A raiz palatina apresenta maior volume e acesso mais fácil, no entanto, sua porção apical frequentemente se curva no sentido vestibular (54,6% dos casos), o que pode não ser evidente ao exame radiográfico. A raiz distovestibular é cônica, geralmente reta e com apenas um canal, mas pode apresentar dois canais que se unem na porção apical. Ao exame radiográfico, a identificação de raízes mais próximas entre si indica que o orifício do canal distovestibular estará deslocado em direção ao orifício palatino. A raiz mesiovestibular apresenta dois canais (mesiovestibular e mesiopalatino) que se interconectam por istmos em mais de 90% dos casos A posição do orifício do canal mesiopalatino é variada, mas a linha de desenvolvimento presente no assoalho da câmara pulpar (de coloração mais escura), a qual conecta os orifícios da raiz mesiovestibular e palatina, serve como referência para sua localização. Além disso, a presença de um sulco no assoalho pulpar, originado do orifício do canal mesiovestibular, é forte indicativo da existência do segundo canal nesta raiz. O trajeto do canal mesiopalatino mostra- se tortuoso, principalmente em sua porção mais cervical, o que dificulta seu acesso e seu preparo. Além disso, pode apresentar curvatura severa no sentido vestibulopalatino, a qual não é evidente na radiografia. A concavidade no aspecto distal da raiz mesiovestibular favorece ainda a perfuração, caso haja preparo excessivo de sua porção cervical.Em razão da proximidade dos ápices radiculares com o seio maxilar, algumas vezes infecções sinusais podem surgir em decorrência de alterações patológicas nestes dentes Os canais estão localizados na mesial (logo o desgaste será direcionado para essa região, depois da ponte de esmalte) Não tem desvio da raiz, mas é inclinado para lingual 20 APOSTILA ENDODONTIA A raiz mésio-vestibular pode se apresentar com 1 (40%) ou 2 (60%) canais, devido o achatamento proximal. A raiz MV é achatada, apresenta curvatura e geralmente pode apresentar 2 condutos. MÁXIMO 25,5mm MÉDIO 21,3mm MÍNIMO 18mm 21 APOSTILA ENDODONTIA Irrompimento, entre 6 e 7 anos e término entre9 e 10 anos Direção da Raiz Mésio-Vestibular: Reta: 21% Curvatura Distal: 78% Direção da Raiz Disto-Vestibular: Reta: 54% Curvatura Distal: 17% Curvatura Mesial: 19% Pseudo-baioneta: 9% Direção da Raiz Palatina: Reta:40& Curvatura Radicular Apical vestibular: 55% TERÇO APICAL Forma elíptica ou circular para todos os canais TERÇO MÉDIO Forma elíptica alongada de vestibular para palatino e ovalar ou circular para o DV e Palatino TERÇO CERVICAL MV: forma de vírgula para 1 canal e “oitoide” para 2 canais DV: ovalar ou circular P: ovalar ou circular 22 APOSTILA ENDODONTIA 2° Molar Superior Morfologia externa similar ao primeiro molar. Geralmente apresenta três raízes (mesiovestibular, distovestibular e palatina) com três ou quatro canais. Contudo, as raízes são mais curtas, menos divergentes e curvas, com maior tendência ao fusionamento parcial ou total, principalmente entre as raízes mesiovestibular e palatina. Normalmente, há um canal em cada raiz, porém podem existir dois ou três canais, na raiz mesiovestibular, ou dois canais nas raízes distovestibular e palatina. No caso de fusão radicular, a prevalência de canais em forma de C nos terços médio e apical é grande (22%). O formato da câmara pulpar torna-se distorcido e alongado na direção vestibulolingual, podendo os orifícios dos canais se dispor quase que em linha reta, com maior proximidade entre os orifícios dos canais mesiovestibular e distovestibular. Segundos molares com raízes fusionadas podem apresentar também apenas dois canais amplos (vestibular e palatino) e de dimensões similares. 23 APOSTILA ENDODONTIA Irrompimento entre 12 e 13 anos Término da Rizogênese: entre 14 e 16 anos Observar o achatamento proximal na raiz mésio-vestibular, podendo originar 2 canais: mésio- vestibular e mésio-palatino Os 2° molares superiores possuem 3 raízes e a raiz MV pode se apresentar com 1 (60%) ou 2 (40%) canais, devido o achatamento proximal MÁXIMO 27mm MÉDIO 21,7mm MÍNIMO 17,5mm 24 APOSTILA ENDODONTIA Direção da Raiz Mésio-Vestibular: Reta: 22% Curvatura Distal: 54% Direção da Raiz Disto-Vestibular: Reta: 54% Curvatura Mesial: 17% Direção da Raiz Palatina: Reta: 63% Curvatura Radicular Apical Vestibular: 37% 3 Raízes Separadas (53%) Incisivo Central Inferior TERÇO APICAL Forma elíptica ou circular para todos os canais TERÇO MÉDIO Forma elíptica, alongada de vestibular para palatino e ovalar ou circular para o DV e Palatino TERÇO CERVICAL MV: forma de vírgula para 1 canal e “oitoide” para 2 canais DV: ovalar ou circular P: ovalar ou circular 25 APOSTILA ENDODONTIA Os incisivos inferiores são os dentes permanentes que apresentam as menores dimensões e normalmente têm uma raiz com um canal achatado ou oval, estendendo- se da câmara pulpar até o ápice. Raiz única Forma elipsóide com achatamento proximal, podendo determinar a presença de 2 canais: vestibular e lingual é alta a incidência de dois canais (vestibular e lingual) originando-se na câmara pulpar e unindo-se no terço apical, sobretudo no incisivo lateral No caso da presença de dois canais, é necessária a remoção do ombro dentinário da região cervical para facilitar o acesso ao canal lingual durante o preparo. a modificação da posição do acesso coronário na direção incisal favorece a localização e o preparo do canal lingual. A curvatura na porção apical da raiz costuma ser no sentido distolingual, o que pode dificultar procedimentos cirúrgicos perirradiculares, em razão de o ápice estar localizado mais próximo à lâmina óssea lingual Atentar para o ombro lingual Irrompimento entre os 6 – 7 anos Término da Rizogênese entre 9 – 10 anos Terço Cervical, médio e apical: forma elipsóide com achatamento proximal Direção da Raiz: Reta: 65% Curvatura vestibular: 18% Curvatura Distal 15% Pseudo-baioneta: 2% MÁXIMO 27mm MÉDIO 21mm MÍNIMO 17mm 26 APOSTILA ENDODONTIA Direção da Raiz: Reta: 54% Curvatura Distal: 33% Curvatura Vestibular: 11% Baioneta: 1% Angulação: 1% Canino Inferior MÁXIMO 32mm MÉDIO 25mm MÍNIMO 19mm 27 APOSTILA ENDODONTIA A abertura do dente segue a sua inclinação na cavidade bucal Direção da Raiz: Reta: 68% Curvatura Distal: 13% Curvatura vestibular: 7% Curvatura Mesial: 1% Pseudo-baionta: 1% 1° Pré-Molar Inferior Normalmente, este dente apresenta raiz única com um canal amplo de secção transversal ovalada na direção vestibulolingual, que se torna mais arredondada nos terços médio e apical 28 APOSTILA ENDODONTIA O forame mentual pode estar localizado distalmente à sua porção apical ou entre este e o segundo pré-molar inferior, exigindo cuidado quando da realização de procedimentos cirúrgicos perirradiculares. É preciso fazer um desgaste para diminui a curvatura dele (na câmara pulpar) Direção da Raiz Mesial: Reta: 16% Curvatura Distal: 84% Direção da Raiz Distal: Reta: 73,5% Curvatura Distal: 18% Curvatura Mesial: 8,5% 29 APOSTILA ENDODONTIA TERÇO CERVICAL Condutos com forma elíptica e achatamento proximal TERÇO MÉDIO Condutos com forma discretamente elíptica TERÇO APICAL Condutos em forma circular 2° Pré-Molar Inferior Geralmente apresenta raiz única, quase sempre cônica, com um canal. O SCR apresenta menos variações anatômicas que o primeiro pré-molar. A secção transversal do canal costuma ser oval, com seu maior diâmetro no sentido vestibulolingual. O canal lingual, quando presente, tende a divergir do canal principal em um ângulo agudo, o que exige adequação na forma de conveniência da abertura coronária. Em sua porção apical, é frequente a deposição secundária de cemento, o que pode dificultar a localização da saída foraminal 1° Molar Inferior É o maior dos molares inferiores Normalmente, apresenta duas raízes (mesial e distal). Às vezes, podem aparecer três raízes, com dois ou três canais na raiz mesial e um, dois ou três canais na raiz distal. A raiz distal pode apresentar dois canais, que geralmente são mais amplos que os canais mesiais A raiz mesial costuma ser curva no sentido distal. O canal mesiolingual é maior e mais reto que o mesiovestibular Frequentemente, o canal mesiovestibular apresenta-se curvo Pode existir comunicação da câmara pulpar com a região de furca por meio de foraminas. Em casos de necrose pulpar, a 30 APOSTILA ENDODONTIA lesão óssea decorrente dessa comunicação simula a patologia de etiologia periodontal. Irrompe entre 6 – 7 anos Término da Rizogênese entre 9- 10 anos Achatamento proximal na raiz mesial, podendo ocorrer na raiz distal, determinando 2 condutos. 60% possuem 2 raízes e 3 condutos, porém a raiz distal pode apresentar 1 (60%) ou 2 (40%) condutos, devido ao achatamento proximal TERÇO CERVICAL Condutos com forma elíptica e achatamento proximal TERÇO MÉDIO Condutos com forma discretamente elíptica TERÇO APICAL Condutos em forma circularMÁXIMO 27mm MÉDIO 22mm MÍNIMO 19mm 31 APOSTILA ENDODONTIA Direção da Raiz Mesial: Reta: 16% Curvatura Distal: 84% Direção da Raiz Distal: Reta: 73,5% Curvatura Distal: 18% Curvatura Mesial: 8,5% Variações da cavidade pulpar do primeiro molar inferior, com dois canais na raiz mesial (A), dois canais que se abrem em um forame na raiz mesial (B), um canal na raiz mesial (C) e dois canais na raiz distal (D) 2° Molar Inferior 32 APOSTILA ENDODONTIA A raiz distal é mais ampla e reta. Este dente tem sua morfologia externa semelhante ao primeiro molar inferior, apresentando normalmente duas raízes (mesial e distal) com três ou quatro canais as raízes são mais curtas, com os ápices mais próximos, os canais mais curvos e os dois orifícios mesiais mais próximos. há alta prevalência de anomalias de desenvolvimento, como canais em forma de “C”. Além disso, há maior tendência a fusão parcial ou total das raízes. A porção apical deste dente encontra-se próxima ao canal mandibular, o que exige atenção quanto a se evitar traumatismo mecânico ou químico nos tecidos periapicais durante o tratamento endodôntico ou em caso de cirurgia perirradicular Irrompe entre 11 – 13 anos Término da Rizogênese entre 14 – 15 anos 60% dos segundos molares inferiores possuem 2 raizes 3 condutos Raiz distal pode apresentar 1 (60%) ou 2 (40%) condutos, devido ao achatamento proximal. 33 APOSTILA ENDODONTIA Raiz Distal apresentando 1 conduto (60%) Raiz Distal apresentando 2 condutos (40%), devido ao achatamento proximal Raízes fusionadas apresentando 2 condutos (16%) Fusão de Raízes apresentando apenas 1 conduto (5%) 34 APOSTILA ENDODONTIA Conduto em forma de “C” ou “C Shaped” devido a fusão dos condutos (incidência de 5%) 35 APOSTILA ENDODONTIA Ato operatório no qual expõe a câmara pulpar; Possibilita a chegada no interior da cavidade pulpar; Compreende: Abertura coronária Esvaziamento da câmara pulpar Localização e o preparo da entrada dos canais e o preparo do terço cervical Princípios Que Regem A Abertura Coronária Acesso direto em linha reta ao canal radicular Remoção de todo o teto da câmara pulpar Incluir cornos pulpares, saliência e retenções do teto da câmara pulpar Preservar o assoalho Conservar a estrutura dentária Acesso através das superfícies linguais e oclusais Remoção de restaurações defeituosas, cárie (para evitar contaminação no SCR) Tecido cariado deve ser removido por completo Abertura Coronária Nos Diferentes Grupos Dentais Acesso à câmara pulpar ou trepanação Preparo da câmara pulpar ou forma de contorno Configuração final da cavidade intracoronária ou forma de conveniência Ponto De Eleição Ponto para começar o desgaste Local onde a abertura é iniciada Desgaste da superfície de esmalte Elege um ponto localizado na coroa que permita o acesso retilíneo Cada dente tem seu ponto de eleição específico Na face lingual ou palatina de dentes anteriores e na face oclusal dos dentes posteriores Direção De Trepanação Permitir atingir o interior da câmara pulpar Broca em direção a área de maior volume da câmara pulpar Objetivo: atingir o interior da câmara pulpar Confeccionar um túnel de penetração 36 APOSTILA ENDODONTIA Forma De Contorno Acesso a entrada e interior dos canais radiculares Projetar externamente a anatomia interna do dente Movimento de dentro para fora com a Endo Z (broca sem corte na ponta) Quando “cai no vazio”, atingiu a câmara pulpar O objetivo é conseguir expulsividade nessa forma de contorno Tem uma forma geométrica quando finalizado Forma De Conveniência Forma da cavidade de acesso a câmara Oferece melhor visão do interior da cavidade pulpar Paredes expulsivas Faz desgaste compensatório (em áreas de dentina) Acesso direto à instrumentação Visibilidade adequada dos orifícios Limpeza correta do SCR Cirurgia De Acesso Incisivo Incisivo Central Superior Ponto de Eleição: 2 a 3mm acima do cíngulo em direção incisal (preservando as cristas marginais) Direção de Trepanação o Com a broca esférica diamantada perpendicular a face lingual, realizar desgaste em esmalte o Em seguida, a broca carbide paralela ao longo eixo do dente (para evitar que a broca atinja a vestibular do dente) o ICS – ponta 1014 o ICI – ponta 1012 37 APOSTILA ENDODONTIA A, No dente anterior, a localização inicial do acesso é o centro da coroa na superfície lingual. B, Forma de contorno para dentes anteriores. C, O ângulo de penetração da forma de contorno é perpendicular à superfície lingual. D, O ângulo de penetração para a entrada inicial na câmara pulpar é paralelo ao longo eixo da raiz. E, Remoção completa do teto da câmara pulpar; uma broca carbide esférica é usada para desgastar o corno pulpar, cortando na direção lingual com movimentos de avanço e recuo. Forma de Contorno o Remoção do teto da câmara: broca esférica – tração de dentro para fora o Ligeiramente inclinada para vestibular em relação ao longo eixo do dente e colocada na câmara pulpar, através de suaves movimentos de tração para ampliar a abertura e dar a forma adequada. o Verificar se ainda tem presença de remanescente com sonda exploradora angulada Forma de Conveniência o Configuração final será triangular, com paredes laterais (mesial e distal) expulsivas e remoção do ombro palatino por desgaste compensatório o Uso da Endo Z 38 APOSTILA ENDODONTIA Incisivo lateral superior. Dados anatômicos e de desenvolvimento. Tempo médio de erupção: 8 a 9 anos. Tempo médio de calcificação: 11 anos. Comprimento médio: 22 mm. Curvatura radicular (mais comum para menos comum): distal, reto 39 APOSTILA ENDODONTIA Cirurgia De Acesso Canino Canino superior. Dados anatômicos e de desenvolvimento. Tempo médio de erupção: 10 a 12 anos. Tempo médio de calcificação: 13 a 15 anos. Comprimento médio: 26,5 mm. Curvatura radicular (mais comum para menos comum): distal, reta, vestibular Ponto de Eleição: o No canino superior, 2 a 3mm abaixo do cíngulo o No canino inferior, 2 a 3mm acima do cíngulo o Ponta diamantada esférica nas proximidades do cíngulo (1014) Direção de Trepanação: o Broca diamantada desgasta o esmalte, perpendicular a face lingual o Em seguida, a carbide (3084 e 3083) no sentido do longo eixo do dente até “cair no vazio” Forma de Contorno: o Remoção do teto da câmara pulpar o Confirmar com a sonda exploradora o Quando conseguimos acessar a câmara pulpar, é necessário trocar a broca (troca para a Endo Z, por segurança) 40 APOSTILA ENDODONTIA Forma de Conveniência: o Uso da Endo Z o Forma final losangular de lança para canino superior e oval para o inferior O sistema de canais radiculares do canino superior é semelhante em vários aspectos ao dos incisivos. A maior diferença é que ele é mais largo no sentido vestibulolingual do que no sentido mesiodistal. Outra diferença é que não há cornos pulpares. O seu limite incisal corresponde a uma única cúspide. O contorno da câmara pulpar é oval na JCE. O ombro lingual está presente, o que pode impedir a instrumentação e o debridamento do canal radicular no sentido lingual. A partir desse ponto, o canal radicular permanece oval até o terço apical, quando se torna constrito. Geralmente, só um canal está presente A profundidade mesiodistal é determinada pela profundidade mesiodistal da câmara pulpar. A dimensão é determinada pela câmara pulpar. A dimensão incisogengival é determinada pelo acesso direto e a remoção do ombro lingual. A extensão incisal com frequência atinge 2 a3 mm do limite incisal, para permitir o acesso direto. 41 APOSTILA ENDODONTIA Cirurgia De Acesso Em Pré-Molares Ponto de Eleição: o Na área central da face oclusal (superior) o No inferior, com uma discreta tendência para mesial do dente Direção de Trepanação: o Broca diamantada para desgastar esmalte no sulco central o Broca Carbide, no superior, faz uma pequena inclinação para lingual até atingir a câmara pulpar o No inferior, a broca fica em direção vertical paralela ao longo eixo do dente, com pequena inclinação da haste da broca para lingual para atingir a parte mais volumosa da câmara pulpar. Forma de Contorno: o Com a Endo Z remover o teto da câmara o Nos superiores, fazer movimentos pendulares, no sentido vestíbulo-lingual, para remover o teto o Confirmar a remoção do teto com o auxílio de uma sonda exploradora nº5 o A forma final do pré-molar superior é oval, com achatamento no sentido mésio-distal o A forma final do pré-molar inferior é oval ou circular 42 APOSTILA ENDODONTIA Primeiro Pré-Molar Superior Primeiro pré-molar superior. Dados anatômicos e de desenvolvimento. Tempo médio de erupção: 10 a 11 anos. Tempo médio de calcificação: 12 a 13 anos. Comprimento médio: 20,6 mm. Curvatura radicular (mais comum para menos comum): raiz vestibular lingual, reta, vestibular; raiz palatina reta, vestibular, distal; uma raiz reta, distal, vestibular A maioria dos primeiros pré-molares superiores tem dois canais radiculares, independentemente do número de raízes. A câmara pulpar é considerada mais larga no sentido vestibulolingual do que no mesiodistal. No sentido vestibulolingual, o formato da câmara pulpar mostra os cornos pulpares vestibular e palatino. 43 APOSTILA ENDODONTIA O corno pulpar vestibular é maior. Do nível oclusal a câmara mantém profundidade semelhante ao soalho, que se localiza apical à linha cervical. O orifício palatino é maior que o vestibular. Do soalho, dois canais radiculares com formato arredondado rapidamente se conificam em direção aos ápices, terminando em uma extremidade mais estreita e curva. O canal palatino é mais largo que o vestibular. pode ter uma, duas ou três raízes e canais; é mais comum ter duas Se dois canais estiverem presentes, são chamados vestibular e palatino; três canais radiculares são designados mesiovestibular, distovestibular e palatino. O posicionamento das limas endodônticas ajuda a identificar a anatomia. As raízes são consideravelmente menores e mais estreitas do que nos caninos. Em dentes com raízes duplas, frequentemente esses canais apresentam o mesmo comprimento. O preparo do acesso para pré-molar superior é oval ou em fenda. É também largo no sentido vestibulolingual, estreito no mesiodistal e centralizado mesiodistalmente entre as cúspides. Devido à concavidade mesial da raiz, o clínico deve ter cuidado para não sobre- estender o preparo nessa direção, o que pode resultar em perfuração. 44 APOSTILA ENDODONTIA Segundo Pré-Molar Superior Tempo médio de erupção: 10 a 12 anos. Tempo médio de calcificação: 12 a 14 anos. Comprimento médio: 21,5 mm. Curvatura radicular (mais comum para menos comum): distal, baioneta, vestibular, reta O sistema de canais radiculares é mais largo no sentido vestibulolingual do que no mesiodistal. O dente pode ter uma, duas ou três raízes e canais Dois ou mais canais podem ocorrer em uma única raiz. Os aspectos mesiodistal e vestibulolingual são semelhantes ao primeiro pré-molar. Cornos pulpares vestibular e palatino estão presentes; o corno pulpar vestibular é mais largo. Uma raiz é oval e mais larga no sentido vestibulolingual do que no sentido mesiodistal. Os canais permanecem ovais na câmara pulpar e se conificam rapidamente ao ápice. As raízes são aproximadamente do mesmo tamanho que as do primeiro pré- molar superior, e a curvatura apical é comum, particularmente nas cavidades do seio maxilar. A proximidade desse dente com o seio pode levar à drenagem de abscesso perirradicular para o seio e expô-lo durante a cirurgia apical. Como esse dente tem uma raiz, se dois canais estiverem presentes, eles devem estar paralelos um ao outro e o contorno externo deve ter uma extensão vestibulolingual que permita o acesso direto a esses canais com o primeiro pré- molar com duas raízes divergentes. Se apenas um canal estiver presente, a extensão vestibulolingual é menor e corresponde à largura entre os cornos pulpares vestibular e palatino Se três canais estiverem presentes, o formato externo do acesso é triangular, o mesmo para o primeiro pré-molar 45 APOSTILA ENDODONTIA Cirurgia De Acesso Em Molares Dente Molar Superior Tempo médio de erupção: 6 a 7 anos. Tempo médio de calcificação: 9 a 10 anos. Comprimento médio: 20,8 mm. Curvatura radicular (mais comum para menos comum): raiz mesiovestibular distal, reta; raiz distovestibular reta, mesial, distal; raiz palatina vestibular, reta. É o maior dente em volume e um dos mais complexos na anatomia radicular e dos canais. A câmara pulpar é maior no sentido mesiovestibular e quatro cornos pulpares estão presentes (mesiovestibular, mesiopalatino, distovestibular e distopalatino). O formato da câmara pulpar cervical é romboide, com ângulos arredondados algumas vezes. O orifício do canal palatino é centralizado, o orifício distovestibular é próximo ao ângulo obtuso do soalho da câmara pulpar e o orifício do canal mesiovestibular (MV-1) principal é mesial e vestibular ao 46 APOSTILA ENDODONTIA orifício distovestibular e posicionado em ângulo agudo com a câmara pulpar. O segundo orifício do canal mesiovestibular (MV-2) é localizado palatino e mesial ao MV-1. As linhas imaginárias que conectam os três principais orifícios dos canais (orifício MV, distovestibular [DV] e palatino [P]) formam um triângulo, conhecido como triângulo molar. A raiz palatina é a mais longa, tem diâmetro maior e, geralmente, oferece acesso mais fácil. Pode conter um, dois ou três canais na raiz. A raiz palatina se curva vestibularmente no terço apical, o que pode não ficar evidente na radiografia ortorradial. A raiz distovestibular é cônica e pode ter um ou dois canais. A raiz mesiovestibular requer mais pesquisas do que qualquer outra na boca. Pode ter um, dois ou três canais. Um único canal mesiovestibular é oval e largo vestibulolingualmente; dois ou três canais são mais circulares. Como o primeiro molar superior, em geral, possui quatro canais, o acesso cavitário pode ser romboide, com as extremidades correspondendo aos quatro orifícios (MV- 1, MV-2, DV e P). Duas localizações dos orifícios do canal MV-2 em primeiro molar superior. Ponto de Eleição: o Na área central da face oclusal (geralmente a câmara pulpar está mais pra mesial) o No centro do sulco principal, na fosseta central, para a mesial da ponte de esmalte, no molar superior Direção de Trepanação: o Broca diamantada realiza o desgaste no esmalte, no centro do sulco oclusal o Com a carbide, no molar superior, com leve inclinação para a raiz lingual 47 APOSTILA ENDODONTIA Forma de Contorno: o Com suaves movimentos de dentro para fora a broca vai dando abertura da forma desejada. o Regularizar as paredes da câmara com a Endo Z e fazer a confirmação se tem remanescente com uma sonda nº5 Forma de Conveniência: o Remove a projeção de dentina da parede mesial e promove triangular ou trapezoidal com base maior voltada para vestibular (devido a presença de 2 canais – MV e DV) nos molares superiores. 48 APOSTILA ENDODONTIA A, Remoção do teto e do corno pulpar. A ponta ativa da broca esférica sob o degrau do corno. B, A broca é rotacionada e retirada na direção oclusal para removero degrau. C, Remoção da saliência na dentina. Uma broca Gates- Glidden é posicionada apical ao orifício e retirada em direção oclusal. D, Uma broca diamantada cônica de ponta inativa é usada para unir e afilar as paredes axiais da margem cavosuperficial do orifício. Dente Molar Inferior Volume maior na distal Raizes disposta em mesial e distal 49 APOSTILA ENDODONTIA Ponto de eleição: o Na área central da face oclusal o No inferior, com uma discreta tendência para mesial do dente o Direção de Trepanação: o Leve inclinação para a distal o Broca diamantada realiza desgaste no esmalte, no centro do sulco oclusal o Com a carbide, no molar inferior, leve inclinação para a raiz distal Forma de Contorno: o Com suaves movimentos de dentro para fora, a broca vai dando a abertura da forma desejada. o Regulariza as paredes da câmara com a Endo Z e faz a confirmação se tem remanescente com uma sonda exploradora nº5 Forma de Conveniência: o Remove a projeção de dentina da parede mesial e promove forma triangular ou trapezoidal com base maior voltada para mesial nos molares inferiores Erros De Cirurgia De Acesso 50 APOSTILA ENDODONTIA 51 APOSTILA ENDODONTIA Kit Clínico Bandeja Odontológica Grande Espelho Clínico Nº 5 Pinça Clínica Sonda exploradora Nº 5 (pra ver se ainda tem algum teto ou particularidade) Sonda exploradora de ponta reta (47) Utilizada para verificar as entradas dos condutos (se a ponta prende, é porque achamos um conduto) Instrumental para Abertura Coronária Alta Rotação Contra-ângulo Micromotor Pontas para alta rotação: o Pontas Diamantadas 1012, 1014 e 1016 para abertura o Brocas Carbide 1, 2 e 4 para abertura o Endo Z e Ponta 3083 para refinamento instrumentos Endodônticos 52 APOSTILA ENDODONTIA Brocas De Acesso Coronário A PD vai fazer a remoção do esmalte para que entremos com a broca carbide para a remoção da dentina Acesso coronário: pontas e brocas carbide Refinamento: a ponta na extremidade é inativa (corte somente nas laterais) HL: haste longa Brocas esféricas carbide são usadas amplamente no preparo de acessos cavitários. o Remoção de cárie o Criar o formato do contorno externo inicial o Penetrar no teto da câmara pulpar e removê-lo. Brocas Endo Z ou diamantadas com ponta segura (não têm ponta ativa) são escolhas mais seguras para as extensões das paredes axiais. o Elas podem ser usadas para estender e orientar favoravelmente as paredes axiais da câmara pulpar. o Por não possuírem ponta ativa, as brocas podem se estender ao soalho da câmara pulpar e toda a parede axial pode ser removida e orientada totalmente em um plano da superfície do esmalte ao soalho da câmara pulpar. o Tal técnica produz paredes axiais livres de interferências, enquanto as extensões do acesso final são criadas. Broca Carbide Esférica 53 APOSTILA ENDODONTIA Materiais de Radiologia 1. Filme Radiográfico 2. Colgadura 3. Posicionadores 4. Régua plástica 5. Lupa 6. Cartela de radiografia – 6 espaços Materiais Para Isolamento Absoluto 1. Arco de Ostby Articulado 2. Lençol de Borracha 3. Grampos 54 APOSTILA ENDODONTIA 4. Pinça Perfuradora de Ainsworth 5. Pinça Palmer 6. Fio Dental 7. Tesoura simples: ponta fina e curva 8. Barreira Gengival (pra evitar a presença de saliva) Materiais e Instrumentos Utilizados No PQM Os instrumentos endodônticos agem nesta etapa como agentes mecânicos, tendo ação direta nas paredes do canal radicular. São utilizados para explorar, remover matéria orgânica e ajudar no saneamento e preparo do sistema de canais radiculares. NORMATIVAS Os IE, quanto ao desenho da parte de trabalho, são fabricados obedecendo a diversos critérios. ISO 3630-1 (1992), ANSI/ADA no 58 (1997), ANSI/ADA no 59 (1997) e ANSI/ADA no 101 (2001) Vários fabricantes têm produzido IE denominados especiais, com modificações: o Conicidade o Comprimento da parte de trabalho o Desenho da haste de corte helicoidal o Forma da seção reta transversal e da ponta Para os IE mecanizados, não há especificações normativas quanto a sua fabricação CLASSIFICAÇÃO DOS IE Quanto ao Acionamento: Manual (Extirpa-Polpa, Limas Tipo K, Limas Hedstroen) Rotatórios em Baixa Rotação (Gates- Glidden, Largo) Mecânico (Rotatório e Reciprocante) 55 APOSTILA ENDODONTIA Desenho da parte de trabalho: Farpados Especiais Movimento Executado Limas Alargadores Natureza da Liga Aço inoxidável (mais rigidez) Níquel – Titânio (mais flexibilidade) Processo de Fabricação Torção Usinagem LIGAS METÁLICAS Aço Inoxidável Alto nível de dureza Baixa resistência ao escoamento Elevada tonicidade e tenacidade Alta resistência a corrosão e fratura Níquel-Titânio Mais flexível Memória de forma Superelasticidade PROPRIEDADES MECÂNICAS DOS INSTRUMENTOS ENDODÔNTICOS As propriedades mecânicas estão associadas ao comportamento dos instrumentos, quando submetidos à ação de forças externas É a capacidade que o material tem para transmitir ou resistir aos esforços que lhe são aplicados. Deformação elástica: a lima volta para sua posição original Deformação plástica: mexe na estrutura da lima, ela não volta mais a sua posição original. A lima pode sofrer flexão (o que é bom para que ela acompanhe a curvatura dos canais) Flambagem: capacidade da lima se curvar sem fraturar diante de um obstáculo, enquanto ela está em movimento 56 APOSTILA ENDODONTIA FABRICAÇÃO DOS IE Torção: girar a lima Usinagem: é como se fosse uma escultura na lima Um instrumento fabricado por usinagem é menos resistente que um fabricado por torção Os IE mecânicos são fabricados por usinagem Os IE de aço inoxidável ou de NiTi podem ser fabricados por torção ou usinagem Instrumentos Especiais: 57 APOSTILA ENDODONTIA BROCAS GATES GLIDDEN Nº 1, 2, 3, 4, 5 e 6 (0,50 a 1,50 mm) O número dela corresponde ao número de ranhuras Usada no preparo do terço cervical A gates numero 1 é equivalente a lima 50 Usada em canais amplos Não deve ser usada em canais curvos Tem que entrar e sair do canal em funcionamento Ponta inativa Comprimentos: 28 e 32mm Limitados a parte reta do canal Movimentos de pincelamento em direção a parte reta do canal Risco de perfuração lateral em canais curvos BROCAS DE LARGO Numeração: 1 a 6 (0,70 a 1,70mm) Atualmente são pouco utilizadas no preparo dos canais radiculares, em virtude de sua maior rigidez e do maior risco de provocarem rasgo radicular do que as brocas de Gates Glidden Ponta inativa EXTIRPA POLPA De aço inoxidável Rígido Fabricado por usinagem Farpado Função: remoção do tecido pulpar (o que pode ser feito com as hedstroen) LIMAS HEDSTROEN São fabricadas por usinagem a partir de fios metálicos de aço inoxidável de seção reta transversal circular. São oferecidas comercialmente nos comprimentos úteis de 21, 25, 28 e 31 mm. As de 21 e 25 mm são as mais empregadas. A parte de trabalho possui 16 mm de comprimento mínimo. A ponta das limas tipo H apresenta a figura de um cone circular. Cones superposto Alta capacidade de corte Usada depois das limas K 58 APOSTILA ENDODONTIA Secção transversal em vírgula Alto poder de corte Não deve ser utilizada para fazer alargamento e limagem Funções: pulpectomia, retirada de corpos estranhos e guta-percha (retratamento) LIMAS ENDODÔNTICAS Normalmente são divididos em 4 séries: • ESPECIAL (06, 08, 10) • 1ª série (15, 20, 25, 30, 35, 40) • 2ª série (45, 50, 55, 60, 70, 80) • 3ª série (90, 100, 110, 120, 130, 140) O diâmetro da pontaé denominado D0, e junto ao intermediário, D16. Em D0 os instrumentos podem apresentar desde 0,06 a 1,40 mm, por serem instrumentos padronizados, há uma tolerância no aumento do diâmetro a cada milímetro ao longo da parte de trabalho, sendo tolerado o aumento de 0,02 mm dos instrumentos de número 06 ao 60, e do 70 ao 140, tolerância de 0,04mm. FUNÇÕES: ü Preparo do canal endodôntico; ü Alargamento do canal para que o mesmo possa ser fechado de forma adequada; ü Moldar o canal após alargar; ü Introduzir e remover qualquer material ou substância do canal; 59 APOSTILA ENDODONTIA ü Remover o nervo de dentro do canal; ü Aspectos físicos, químicos, biológicos e anatômicos nos seus mais variados quesitos PADRONIZAÇÃO DAS LIMAS: Cor do Cabo: escuras possuem número e calibre maiores e as claras possuem número e calibre menores. Numeração: os instrumentos são numerados de tal forma que divididos por 100, correspondam, em milímetros, ao diâmetro do corte da base do guia de penetração do instrumento. Comprimento: o Comprimento da parte ativa: sempre 16mm; o Comprimento do intermediário: variável (21mm; 25mm; 31mm) Diâmetro da Ponta: determina o número do instrumento (ex: 15 – 0,15mm de diâmetro na ponta do instrumento) Cabo: é a extremidade pela qual se empunha um instrumento endodôntico Haste de acionamento: é a extremidade para fixação e acionamento mecânico de um instrumento endodôntico Corpo: é parte de um instrumento que se estende desde o cabo ou haste de acionamento até a extremidade da ponta Intermediário: parte do corpo que se estende do cabo ou da haste de acionamento até a parte de trabalho Parte de trabalho: parte do instrumento que se estende desde a ponta até o término da haste de corte. Representa a soma dos comprimentos da ponta e da haste de corte Ponta: é o extremo do instrumento com perfil cônico. Pode apresentar seção reta transversal cilíndrica ou poligonal 60 APOSTILA ENDODONTIA LIMAS ENDODÔNTICAS – FLEXOFILE/K (SÍMBOLO QUADRADO) 1ª Série 2ª Série Secção quadrangular: lima K Colorinox (quadrado vazado) Secção triangular: lima K flexofile (quadrado fechado) Secção em forma de vírgula ou circular: hedstroen 61 APOSTILA ENDODONTIA A conicidade de um instrumento é a relação entre o aumento no diâmetro por unidade de comprimento (milímetro) da parte de trabalho A conicidade dos instrumentos convencionais é de 0,02mm/mm, ou seja, há um aumento de 2% a cada 1mm da parte de trabalho. Para instrumentos da série ISSO com conicidade 0,02, o aumento de D0 para D16 é de 0,32mm Conicidades maiores têm sido usadas em instrumentos endodôntico especiais de NiTi mecanizados, como valores de 0,04, 0,06, 0,08, 0,10 e 0,12 mm/mm Alguns instrumentos endodônticos especiais de NiTi mecanizados apresentam conicidades variáveis ao longo de sua haste de corte helicoidal cônica. Essa variação pode ser crescente ou decrescente no sentido da ponta do instrumento endodôntico Para instrumentos de mesmo diâmetro D0, quanto menor a conicidade, maiores a flexibilidade e a resistência à fratura por fadiga, estando o instrumento sob flexão rotativa 62 APOSTILA ENDODONTIA INSTRUMENTOS NITI PROTAPER Além dos instrumentos endodônticos, nesta etapa operatória são utilizados: caixa perfurada com o objetivo de organizar os instrumentos; réguas: plástica e milimetrada (simples e calibradora); para o sistema de irrigação e aspiração, cânula de sucção, seringa e agulhas para irrigação; e o tamborel, para colocar as limas que estão em uso. Régua Milimetrada Stop de Silicone Tamborel Cânulas para Aspiração 63 APOSTILA ENDODONTIA Material Para Irrigação Ponta para irrigação com saída lateral 27Gx25mm Seringas para Insulina Seringa Luer – 5ml Copo de Vidro 5ml Sugador Endodôntico Descartável Instrumentos Para Medicação Intracanal SERINGA PARA INSERÇÃO DE MEDICAÇÃO INTRACANAL – MARIO LEONARDO Obturação Do Sistema de Canais Radiculares Na etapa de obturação do sistema de canais radiculares são utilizadas: espátula 24 e placa de vidro para manipulação do cimento endodôntico (figura 16); espaçadores, na técnica de condensação lateral; e calcadores de Paiva, na condensação vertical. Cones De Papel Absorvente E Guta-Percha 64 APOSTILA ENDODONTIA Cimento Endodôntico E Placa De Vidro Espátula De Manipulação Nº24 Espaçadores Digitais Condensadores Duplos De Paiva Mini Maçarico Espátula De Inserção Nº1 65 APOSTILA ENDODONTIA É a medida do comprimento do dente. Para tratarmos endodonticamente um dente é necessário estabelecer o comprimento e o limite de atuação da terapia endodôntica no interior do canal dentinário. Seria ideal, se fosse possível, medir o dente fora da cavidade bucal com auxílio de um paquímetro de precisão. A determinação da odontometria é em grande parte passível de erros, provocados desde distorções da técnica radiográfica, falta de contraste e nitidez, medição da radiografia com régua milimetrada, transferência das medidas obtidas aos instrumentos, por meio de cursores ou limitadores de silicone, entre outros. Normalmente, têm-se a variação de 0,5 a 2,0mm aquém (antes) do vértice radiográfico, dependendo das condições patológicas do remanescente pulpar, dente portador de polpa viva (saudável ou inflamada) ou mortificada. Por exemplo, se obtivermos, pela odontometria, o comprimento de trabalho igual a 20m, antes de iniciar a instrumentação, devemos levar um instrumento endodôntico calibrado nesta medida e, pela avaliação radiográfica nos certificarmos que realmente estamos muito próximos da medida almejada, confirmando o comprimento de trabalho (CT) ou comprimento real de trabalho (CRT). A referência incisal (dentes anteriores) ou oclusal (dentes posteriores), como é um ponto clínico visivelmente controlado pelo operador, precisa compreender um ponto anatômico bem definido para cada canal, que deve ser registrado na ficha clínica do paciente e mantido durante toda a intervenção endodôntica Para determinar o limite de trabalho. Buscar o Limite CDC. A odontometria é importante para: Respeito aos tecidos perirradiculares Correta determinação do limite de trabalho na região apical A Área de Atuação do Endodontista é o canal dentinário! O canal dentinário é dividido em terços: 1. Terço apical (é o mais crítico: ramificações, delta apical, forame) 2. Terço médio Odontometria Odontometria 66 APOSTILA ENDODONTIA 3. Terço cervical O canal dentinário termina no Limite CDC Na radiografia não conseguimos visualizar a constricção do Limite CDC, vemos o Limite Apical/Vértice Radiográfico Distância do Limite CDC até o Vértice radiográfico: 0,5 a 3mm (em média 1mm) Quando eu não determino adequadamente o limite de trabalho, pode ocorrer: Obturação além do forame Desvio do canal radicular Degrau: instrumentação no comprimento errado Pós-operatório sintomático (dor, edema, por ter atingido os tecidos periodontais) Desvios Degraus Obturação Insatisfatória Perfurações na região apical 67 APOSTILA ENDODONTIA Comprimento maior do que o real: Sobre Instrumentação (e como consequência, uma sobre obturação) Comprimento menor que o real: Sub Instrumentação (aquém do Limite de Trabalho, gerando uma Sub Obturação) Exame Radiográfico na Odontometria Para visualizar o canal, precisaremos da radiografia; A radiografia inicial do tratamento endodôntico, além de fazer parte do exame complementar ao diagnóstico clínico provável também será importante para o planejamento do tratamento, como por exemplo para análisedo número de raízes, volume da câmara pulpar e canal radicular, presença de nódulos, reabsorções radiculares ou ósseas perirradiculares, curvaturas radiculares, rizogênese incompleta ou completa, entre outras. Limitações das Radiografias: 1. Imagem bidimensional (gerando superposição de imagens, principalmente em canais multirradiculares) 2. Falta de coincidência do forame apical com o ápice radicular (é o fim da raiz) 3. Curvatura na região apical (visualiza-se melhor curvaturas para mesial/distal) 4. Distorções (alongamento/encurtamento) 5. Cortar o ápice ou coroa • O raio-x inicial deve se aproximar o máximo da realidade. • Manter sempre a centralização do dente em questão para a imagem radiográfica sofrer menores distorções. • Utilizar sempre posicionadores. 68 APOSTILA ENDODONTIA Posições das Radiografias Inicial ou de Diagnóstico do tratamento endodôntico, tomada com a técnica do Paralelismo, para dentes anteriores superiores e inferiores o filme periapical deve ser posicionado vertical e, posteriores na horizontal, porém com o picote sempre para incisal ou oclusal. Manter sempre a centralização do dente em questão para a imagem radiográfica sofrer menores distorções Após anamnese, diagnóstico clínico provável, valor do CAD, anestesia, isolamento relativo e absoluto, cirurgia de acesso e exploração / esvaziamento / preparo da entrada do canal, será necessário a utilização de instrumentos endodônticos do tipo K (representados no cabo por um quadrado), stops de silicone e régua calibradora para instrumentos endodônticos autoclaváveis. De acordo com a anatomia do dente observada na radiografia inicial, comprimento e diâmetro, selecionamos o instrumento do tipo K. Com relação ao comprimento, dentes com o CAD até 21mm é óbvio a seleção de limas com 21mm e, respectivamente para os dentes até 25mm e 31mm. O diâmetro é selecionado, por meio da introdução e prova do instrumento previamente calibrado no comprimento desejado (CRI), porém o instrumento a ser provado não deverá ficar folgado nem muito justo no interior do canal, o que representaria respectivamente a possibilidade da lima cair durante a tomada radiográfica, bem como a extrusão (empurrar) tecidos saudáveis ou produtos tóxicos quando da mortificação pulpar para o periápice, acarretando agudização (dor) ou interferindo negativamente no processo de reparo cicatricial pós-tratamento endodôntico. Após a cirurgia de acesso a exploração da entrada do canal é feita com explorador de ponta reta para dentes com a câmara pulpar volumosa e, com lima do tipo K, número 15, 21mm de comprimento e pré- curvada (para ampliar a área de exploração) para dentes que possuem pouco volume na câmara pulpar. O preparo da entrada do canal, normalmente é feito com brocas de Largo e Gates-Glidden de tamanhos compatíveis, respectivamente. O esvaziamento do canal, de forma geral é feito, por meio da associação do hipoclorito de sódio a 2,5% e instrumentos do tipo K, de fino calibre, sempre renovando a substância química, com farta irrigação e aspiração, valendo-se das cânulas fina e calibrosa, respectivamente. 69 APOSTILA ENDODONTIA Quais Os Materiais Necessários? 1. Negatoscópio 2. Lupa 3. Tamborel com limas 4. Limas 5. Stops de silicone 6. Seringa de Irrigação 7. Régua Endodôntica 8. Régua transparente Técnica de Ingle – Sequência técnica 1. Determinar o comprimento aparente do dente (CAD) com a radiografia Pontos de referência: limite oclusal/incisal e limite apical 2. Exploração do canal radicular (lima de menor diâmetro para explorar o dente) Irrigação Conhecer a anatomia interna (sensibilidade) Esvaziamento Lima Tipo K Lima com diâmetro menor do que o diâmetro do canal (marcar no stop da lima a medida CAD – 3mm) – LK 10 (série especial) ou 15 (primeira série) O movimento da exploração é chamado de movimento de cateterismo 70 APOSTILA ENDODONTIA 3. Preparo dos terços cervical e médio (alargar esses terços pra facilitar a entrada dos próximos instrumentos Com brocas gates glidden (vai de 1 a 6 e coloca ela na baixa rotação) Executado após a exploração do canal Ampliar o diâmetro da região cervical do canal Facilitar o acesso Gates Glidden Entrar girando no interior do canal Leve pressão apical (movimento de bicada, 3 ou 4, depois irriga, aspira e passa para a próxima broca) Ordem de diâmetro Acesso retilíneo (para evitar que ela frature) ü Dentes amplos e Retos: diâmetro decrescente da Gates Glidden ü Dentes estreitos e Curvos: utiliza limas protaper com diâmetro crescente ü Gates Glidden em CAD – 4mm ou até o início da curvatura 4. Determinar o comprimento real do instrumento (CRI) – com a régua endodôntica Que lima utilizar? Tem que estar justa no canal No mínimo a lima 15 As limas 8, 10 não devem ser utilizadas (porque são menores) Em dentes multirradiculares, pode-se utilizar vários tipos de limas 5. Introduzir a lima no canal (CRI) e radiografar Lima no CRI > Introduzir no canal > Radiografar O instrumento escolhido deve ser aquele com o comprimento mais próximo do CRI ou CI. O uso de limas números 06, 08 e 10 não são recomendados, devido suas pontas serem muito delgadas e com pequena radiopacidade e praticamente desaparecem, tornando-as C R I = C AD – 3,0mm 71 APOSTILA ENDODONTIA imperceptíveis na imagem radiográfica, sempre utilizar no mínimo o instrumento número 15, caso seja volumoso para o diâmetro do canal, ampliar com limas de número inferiores previamente 6. Determinar a distância ápice – instrumento (DAI) 7. Determinar o CRD (comprimento real do dente) CRT (comprimento real de trabalho) = CRD – 1mm C R D = DAI + C R I 72 APOSTILA ENDODONTIA O DAI pode ser negativo? Pode (seria como uma sobre instrumentação) O DAI pode ser zero? Pode (quando a borda do instrumento fica rente ao ápice) Resumindo: 1. Anestesia 2. Isolamento Absoluto 3. Cirurgia de Acesso 4. Irrigação 5. Medir o CAD 6. Exploração com Lima 10 ou 15 marcada no comprimento CAD – 3mm 7. Alargar os terços cervical e médio com Gates Glidden marcada no comprimento CAD – 4mm 8. Calcular o valor do CRI no comprimento CAD – 3mm 9. Escolher a lima que ficar justa e introduzir no canal e radiografar Qual situação encontra-se correta durante os cálculos para obtenção do “X”? Errado Correto Errado Tenho que deixar o stop rente ao ponto de referência (no caso, a borda incisal) Técnica De Clark 73 APOSTILA ENDODONTIA O método de Clark funciona a partir do princípio de paralaxe. É necessário que o paciente seja submetido a três tomadas radiográficas. Uma das tomadas é feita em posição central e as outras duas variam a angulação para a distal e para a mesial. Dentes Multirradiculares Fazer o comprimento do DAI em cada canalo comprimento do DAI em cada canal Sequência Técnica ü Determinar o CAD ü Realizar a exploração do canal: CAD – 3mm ü Preparo cervical: Broca de Gates: CAD – 4mm ü Determinar o CRI = CAD – 3mm e introduzir a lima no canal e radiografar ü Determinar o DAI ü Calcular CRD = CRI + DAI ü Calcular o CRT = CRD – 1mm Tudo isso com o objetivo de determinar o CRD e o CRT Localizador Apical Eletrônico Determinar o CRD 74 APOSTILA ENDODONTIA As substâncias químicas auxiliares são empregadas no interior do canal radicular com o objetivo de; ü Promover a dissolução de tecidos orgânicos vivos ou necrosados, ü a eliminação, ou máxima redução possível, de microrganismos, ü a lubrificação, a quelação de íons cálcio ü A suspensão de detritos oriundos da instrumentação. Devem apresentar propriedades físicase químicas que as qualifiquem para esse objetivo. São usadas durante a instrumentação dos canais radiculares, desempenhando ações químicas e físicas, concomitantemente com a ação mecânica dos instrumentos endodônticos. Também são usadas após a instrumentação para remover das paredes do canal radicular a smear layer. Geralmente, são utilizadas em forma de soluções líquidas. Preparo Químico-Mecânico Objetivos: Limpeza Modelagem (realizada pelos instrumentos endodônticos, por exemplo as limas, que fazem o desgaste das paredes dentinárias) Ampliação (realizado pelos instrumentos endodônticos) As substâncias químicas auxiliares vão auxiliar na limpeza do SCR, justamente nas áreas em que os instrumentos não conseguem acessar. O objetivo do PQM é a confecção de um canal cônico com menor diâmetro apical e maior coronário. SUBSTÂNCIAS Químicas Auxiliares 75 APOSTILA ENDODONTIA Preparo do Canal Se eu não preparo o canal adequadamente, restam substratos (os microrganismos se proliferam) nele, o que leva a insucesso do procedimento. Toda a extensão do canal radicular deve estar limpa. A haste de corte é cônica para acompanhar a forma do canal radicular Ação mecânica: realizada pelo corte dos instrumentos Ação química: realizada pelas soluções irrigadoras Ação física: irrigação/aspiração (esse processo leva a suspensão de resíduos de polpa, dentina para que possa ser aspirado) Substâncias Químicas Auxiliares Auxiliares da instrumentação e soluções irrigadoras A escolha da substância depende de suas propriedades físicas e químicas São aplicadas com seringa e agulha Ações Físicas: Suspensão de fragmentos Lubrificante (facilitando a ação dos instrumentos Ações químicas: Solvente de tecidos orgânicos (polpa por exemplo) Atividade antimicrobiana Atividade quelante (descalcificar a dentina e permitir que as substâncias penetrem) Suspensão De Fragmentos Tem objetivo de manter os detritos orgânicos e inorgânicos liberados durante a instrumentação (suspensão) Impedir a sedimentação (principalmente na região apical) Detritos podem ser acumulados e causar: o Obstrução do canal (desvios – perfurações) o Forçados a se difundir para os tecidos perirradiculares (agentes irritantes) – causando inflamação e gerando dor 76 APOSTILA ENDODONTIA As substâncias auxiliares têm como função manter os detritos orgânicos e inorgânicos liberados durante a instrumentação do canal radicular, em suspensão, com o objetivo de impedir a sua sedimentação, novamente na região apical. Detritos podem ser acumulados e obstruir o canal, favorecendo desvios e perfurações radiculares ou, em virtude da ação de êmbolo dos instrumentos, podem ser forçados a se difundir para os tecidos perirradiculares, onde atuariam como agente irritante. Antes de a substância atingir uma viscosidade crítica, devemos renová-la, por meio da irrigação- aspiração, o que favorece a remoção dos detritos mantidos em suspensão no interior do canal radicular. A seguir, repete-se o preenchimento da cavidade pulpar com a substância química auxiliar da instrumentação. o Esta renovação deve ser realizada não somente a cada troca de instrumento, mas após um pequeno número de movimentos (5 a 10) imprimidos ao mesmo, durante o preparo do canal radicular. Nos canais atresiados, principalmente, é um erro grave realizar a renovação da solução química auxiliar somente após o instrumento ganhar liberdade em seu interior. A saturação da quantidade de líquido existente no interior do canal, por meio de resíduos oriundos da instrumentação, em vez de favorecer, dificulta o movimento do instrumento endodôntico. Além disso, favorece a extrusão do material além do forame, o que pode provocar reações inflamatórias ou mesmo uma resposta imunológica do organismo. Pequenos volumes de solução existentes no interior dos canais têm suas propriedades esgotadas rapidamente. Para minimizar esse problema, devemos: o Manter a cavidade de acesso preenchida com solução química auxiliar (A movimentação e retirada do instrumento endodôntico no interior do canal favorecem a penetração e renovação do líquido) o Realizar renovações frequentes da solução química auxiliar Lubrificante Durante a instrumentação surgem forças que se opõem ao deslocamento do instrumento A lubrificação ajuda a lima a deslizar no canal O canal sempre deve estar inundado da solução irrigadora Quanto maior a lubrificação, menor a força de atrito Quanto menor a tensão superficial/viscosidade de uma substância, maior será sua capacidade de umectação e penetração. Baixa tensão superficial quer dizer que a substância vai molhar/ se espalhar mais Logo, o ideal é que a substância tenha baixa tensão superficial e baixa viscosidade Quanto menor a tensão superficial de uma substância, maior será sua capacidade de umectação e penetração, aumentando a efetividade da limpeza das paredes do canal radicular. 77 APOSTILA ENDODONTIA Solvente de tecidos orgânicos Dissolver tecidos orgânicos Todo tecido pulpar deve ser eliminado – pois se sobrar, ele servirá de substrato para proliferação bacteriana A capacidade de dissolução depende: o Relação volume de solução/massa de tecido orgânico; o Área de contato com os tecidos; (é importante que a agulha consiga avançar dentro do canal para que possa molhar toda aquela área) o Tempo de ação; o Agitação mecânica/frequência da renovação; (é preciso agitar para que a suspensão ocorra) o Concentração da solução. Atividade Antimicrobiana Microrganismos e seus produtos são os principais responsáveis pela iniciação e perpetuação das patologias pulpo-perirradiculares Eliminação de microrganismo não removidos mecanicamente A infecção do canal radicular usualmente é mista, com predomínio de bactérias anaeróbias. No tratamento endodôntico, a limpeza e a desinfecção dos sistemas de canais radiculares são importantes, sendo logradas pela ação mecânica dos instrumentos, pela ação antimicrobiana das soluções químicas auxiliares da instrumentação e pelo fluxo e refluxo da solução irrigadora Atividade Quelante Capacidade da substância remover íons Consequência: desmineralização da dentina O efeito descalcificante (agente quelante) promove a diminuição da resistência dentinária à ação de corte dos instrumentos Os quelantes usados em Endodontia são substâncias orgânicas que removem íons cálcio da dentina, fixando-os quimicamente. A quelação corresponde à ação dessas substâncias sobre os íons metálicos e o composto dessa adição é denominado quelato. Canais atresiados – alargamento do canal (geralmente ocorre em molares) Durante a instrumentação de canais atresiados, recomenda-se o uso de quelantes para facilitar o trabalho de alargamento do canal. O efeito descalcificante do agente quelante resulta em menor resistência dentinária à ação de corte dos instrumentos endodônticos durante a instrumentação dos canais atresiados. A Substância Química Ideal deve apresentar: 1. Baixa viscosidade; 2. Baixa tensão superficial; 3. Ser Biocompatível; 4. Dissolução de tecidos orgânico vivos ou necrosados; 5. Eliminação ou máxima redução de microrganismos; 6. Lubrificação das paredes do canal; 7. Quelação de íons cálcio; 8. Suspensão de detritos oriundos da instrumentação. 77 APOSTILA ENDODONTIA Hipoclorito de Sódio - NaOCl SQA mais usada mundialmente Velocidade de dissolução/ação antimicrobiana Utilizamos a concentração de 2,5% Comercialmente temos: Líquido de Dakin – NaOCla 0,5% Solução de Milton - NaOCl a 1% Licor/água de Labarraque – NaOCl a 2,5% Soda Clorada - NaOCl de 4 a 6%% - média de 5,25% (solução de Grossman) Quanto mais baixa a concentração de hipoclorito, maior a biocompatibilidade da solução Quanto maior a concentração, maior a capacidade antimicrobiana Reação Aquosa – Componentes: NaOCl + H2O – NaOH +
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