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dentalovesdentaloves
ENDODONTIAENDODONTIA
APOSTILA FEITA POR @DENTALOVES
Apostila de
 
APOSTILA ENDODONTIA 
Um Recadinho Pra Você! 
© Obrigada por ter adquirido essa apostila! Saiba que ela foi confeccionada com muito carinho pra 
auxiliar seus estudos e aprendizado. 
© Durante os seus estudos, caso apareça alguma dúvida ou você encontre algum possível erro, 
pode entrar em contato comigo através do e-mail, direct ou WhatsApp. 
© Todo o conteúdo dessa apostila foi baseado em bibliografia específica, aulas e pesquisas na 
internet. 
© É proibida a venda ou distribuição gratuita deste material por outra pessoa que não seja eu, a 
autora. 
© No mais, espero que você goste e que te ajude bastante! 
© Não se esquece de registrar seus estudos com essa apostila e marcar no Instagram @dentaloves, 
eu vou amar acompanhar! 
 
Sumário 
Anatomia Interna.....................................................................................................................02 
Cirurgia de Acesso...................................................................................................................35 
Instrumentos Endodônticos....................................................................................................51 
Odontometria...........................................................................................................................65 
Fundamentos do Preparo Químico-Mecânico.....................................................................85 
Sistema Protaper......................................................................................................................93 
Medicação Intracanal..............................................................................................................97 
Obturação...............................................................................................................................104 
Tratamento Endodôntico do Dente 21................................................................................117 
Diagnóstico em Endodontia.................................................................................................123 
Alterações Pulpares e Perirradiculares................................................................................137 
Reabsorção Dentária.............................................................................................................156 
Terapêutica em Endodontia.................................................................................................171 
Magnificação e Endodontia Mecanizada...........................................................................185 
 
 
 
 
 
APOSTILA ENDODONTIA 
 
 
Objetivos da Endodontia: 
Manutenção do elemento na cavidade oral 
ü Solução de infecções 
ü Lesões endo-periodontais 
ü Cárie 
ü Traumatismos 
ü Fraturas 
ü Tratamentos protéticos reabilitadores 
ü Retratamento endodôntico 
 
Os objetivos principais da terapia do canal radicular são a 
perfeita limpeza, a modelagem de todos os espaços 
pulpares e a obturação completa desses espaços com 
material de preenchimento inerte. A presença de um único 
canal não tratado pode ser a razão da falha. 
 Diagnóstico 
 Cirurgia de acesso 
 Odontometria 
 PQM (preparo químico-mecânico) 
 Obturação 
 Restauração 
Cirurgia de Acesso 
Cirurgia de acesso é uma cirurgia para ter acesso à câmara pulpar do dente. 
Anatomia Interna Do Sistema De Canais Radiculares 
 
 O profissional deve formar mentalmente a 
imagem tridimensional de cada dente. 
 Dentes multirradiculares apresentam teto 
e assoalho da câmara pulpar. 
 O teto e o assoalho possuem colorações 
diferentes. 
 O assoalho é mais escuro, possui uma cor 
acastanhadas. 
Anatomia Da Cavidade Pulpar 
A cavidade pulpar é o espaço que abriga a polpa dentária. 
Didaticamente, ela é dividida em câmara pulpar e canais radiculares. 
Câmara Pulpar: porção coronária da cavidade pulpar
 É uma cavidade única 
 Geralmente volumosa que aloja a polpa 
coronária 
 Ocupa internamente o centro da coroa 
 Sua forma se assemelha à superfície 
externa do dente 
 Nos dentes anteriores, ela é contínua ao 
canal radicular 
ANATOMIA Interna 
 
APOSTILA ENDODONTIA 
 Nos dentes posteriores, geralmente 
apresenta o formato de um prisma com 
seis lados: teto, assoalho e 4 paredes axiais 
(mesial, distal, vestibular e lingual) 
 O teto tem forma côncava e está 
localizado abaixo da superfície oclusal, 
nos dentes posteriores, ou da margem 
incisal nos dentes anteriores. 
 O teto geralmente apresenta reentrâncias 
que correspondem às cúspides, 
mamelões, tubérculos ou outras saliências 
na coroa: divertículos pulpares 
 O assoalho é a face oposta ao teto 
 No assoalho estão localizadas as entradas 
dos canais, orifícios e aberturas que 
conectam a câmara pulpar aos canais 
radiculares. 
 Com o passar da idade, há uma redução 
progressiva do volume da câmara pulpar 
 A cor do assoalho pulpar é sempre mais 
escura que a das paredes e do teto. 
 O assoalho da câmara pulpar é a face 
oposta ao teto da câmara, onde estão 
localizadas as entradas dos canais – os 
orifícios radiculares – aberturas que 
conectam a câmara pulpar ao SCR 
 
 
CANAL PRINCIPAL: 
Ocupa a região central do eixo da cavidade pulpar, partindo do assoalho da 
câmara até o forame apical 
 
CANAL COLATERAL: 
Situa-se mais ou menos paralelamente ao canal principal, podendo ou não 
alcançar isoladamente o forame apical. Quase sempre apresenta um calibre 
menor que o canal principal 
 
CANAL LATERAL: 
Parte perpendicularmente da região cervical ou média do canal principal, em 
direção ao ligamento periodontal 
 
CANAL SECUNDÁRIO: 
Parte obliquamente da região apical do canal principal, em direção ao ligamento 
periodontal 
 
CANAL ACESSÓRIO Deriva de um canal secundário e segue em direção ao ligamento periodontal 
INTERCONDUTO/INTERCANAL: 
Pequeno canal que põe em comunicação os canais principais, colaterais ou 
secundários entre si. Não apresenta comunicação com o ligamento periodontal 
 
CANAIS RETICULARES: 
Resultam do entrelaçamento de três ou mais canais que seguem paralelamente e, 
conectados por intercondutos, apresentam um aspecto reticulado 
 
CANAL RECORRENTE: 
Parte e retorna ao canal principal, sem alcançar a região apical, percorrendo um 
trajeto mais ou menos longo na dentina 
 
DELTA APICAL: 
Múltiplas derivações que se encontram próximas ao ápice radicular e que saem 
do canal principal para terminar na região apical. Dão origem a forames 
múltiplos ou foraminas, em substituição ao forame único principal. O número de 
foraminas é variável. 
 
ISTMO: 
Área estreita, em forma de fita, que conecta dois ou mais canais radiculares. 
 
 
APOSTILA ENDODONTIA 
Os istmos podem apresentar diferentes configurações, e sua prevalência depende do grupo dentário, do nível 
da raiz e da idade do paciente 
 
 
 
 Anatomia Radicular X Anatomia Do SCR 
De modo geral, o canal principal acompanha a direção e as assimetrias das raízes, incluindo sua 
inclinação, curvatura e angulação. 
Inclinação é um deslocamento do eixo longitudinal da raiz com 
relação ao da coroa, o que acontece quase sempre no sentido 
distal. 
Curvatura é um desvio gradual e paulatino do eixo da raiz que se 
torna curvo. 
Angulação consiste em um desvio brusco de uma parte do eixo da raiz com relação ao outro. 
Variações Morfológicas Radiculares A: inclinação B: curvatura C: angulação 
 
APOSTILA ENDODONTIA 
A inclinação pode ocorrer em um sentido, ao mesmo tempo que curvaturas ou angulações coexistem em 
outro. 
 
Configurações mais comuns da secção transversal da raiz. Formas circular (A), oval (B), de halteres (C) e de rim (D) 
Canais Radiculares: porção radicular da cavidade pulpar. 
 Ele se afunila progressivamente em direção ao ápice, seguindo o contorno externo da raiz 
 Canal principal: 
o Forma cônica 
o É oval na sua secção transversal 
o Dividido em 3 porções/terços: cervical, médio e apical 
 Geralmentesão achatados ou ovais no sentido mesio-distal ou vestíbulo-lingual, acompanhando a 
direção das raízes. 
 Reproduz a morfologia externa do dente. 
 
Os canais radiculares podem variar em: 
 Número 
 Forma 
 Divisões 
 Fusões 
 
 
 
Oclusal: teto da câmara pulpar 
Dente jovem: câmara pulpar mais ampla 
Dente idoso: deposição contínua de dentina 
 
 
 
APOSTILA ENDODONTIA 
Sistema De Canais Radiculares 
O espaço total na dentina onde se encontra a polpa é chamado de sistema de canais radiculares. 
 
O sistema de canais radiculares é dividido em duas porções: a câmara pulpar (localizada na coroa anatômica 
do dente) e a polpa ou canal radicular (encontrada na raiz anatômica). 
O canal radicular inicia-se com o formato de um funil, geralmente na linha cervical, e termina no forame 
apical, onde se abre na superfície radicular no intervalo de 3 mm do centro do ápice radicular. 
Canais Acessórios: 
a. São canais diminutos que se estendem nas direções horizontal, vertical ou lateral da 
polpa para o periodonto. 
b. Em 74% dos casos, eles são encontrados no terço apical da raiz; em 11% dos casos, 
no terço médio e, em 15%, no terço cervical. 
c. Contêm tecido conjuntivo e vasos, mas não suprem a polpa com circulação suficiente 
para formar uma fonte colateral de fluxo sanguíneo. 
d. Também podem ocorrer na bifurcação ou na trifurcação de dentes multirradiculares: 
canal cavo-inter-radicular 
 
 
 
 
APOSTILA ENDODONTIA 
TIPO I: 
 
Um único canal se estende da câmara pulpar ao ápice (1). 
TIPO II: 
 
Dois canais separados deixam a câmara pulpar e se juntam no ápice para formar 
um único canal (2-1). 
TIPO III: 
 
Um único canal deixa a câmara pulpar e se divide em dois na raiz; os dois então se 
fundem para sair como um único canal (1-2-1). 
TIPO IV: 
 
Dois canais distintos se estendem da câmara pulpar ao ápice (2). 
TIPO V: 
 
Um canal deixa a câmara pulpar e se divide, próximo ao ápice, em dois canais 
distintos com forames apicais separados (1-2). 
TIPO VI: 
 
Dois canais separados deixam a câmara pulpar, fundem-se no corpo da raiz e 
finalmente se dividem novamente em dois canais distintos próximo ao ápice (2-1-2). 
TIPO VII: 
 
Um canal deixa a câmara pulpar e divide-se em dois, que então se fundem no corpo 
da raiz, onde o canal, finalmente, se divide novamente em dois distintos próximo ao 
ápice (1-2-1-2). 
TIPO VIII: 
 
Três distintos canais separados que se estendem da câmara pulpar ao ápice (3). 
 
 
 
 
APOSTILA ENDODONTIA 
 
A relação entre os dois orifícios é muito significativa: 
 Quanto mais próximos estiverem, maior é a chance de dois canais estarem unidos em algum ponto 
da raiz. 
 Com o aumento da distância entre os orifícios de uma raiz, maior será a chance de que os canais 
permaneçam separados. 
 Quanto maior for a separação dos orifícios, menor será o grau de curvatura do canal. 
 A direção que a lima endodôntica toma quando introduzida no orifício também é muito importante. 
Se a primeira lima introduzida no canal distal do molar inferior aponta para a direção vestibular 
ou lingual, o clínico deve suspeitar de um segundo canal. Se dois canais estiverem presentes, eles 
serão menores que um único canal. 
 
 
APOSTILA ENDODONTIA 
Anatomia Do Ápice Radicular 
 O conceito clássico de anatomia do ápice 
radicular é baseado em três divisões 
anatômicas e histológicas na região apical 
da raiz: constrição apical (CA), junção 
dentino-cementária (JDC) e forame apical 
(FA). 
 A CA é geralmente considerada a parte do 
canal radicular com o menor diâmetro; é 
também o ponto de referência que a 
maioria dos clínicos usa com maior 
frequência como término apical para 
instrumentação, debridamento e 
obturação. 
 O limite CDC é o ponto do canal onde o 
cemento encontra a dentina. Trata-se do 
ponto onde o tecido pulpar termina e o 
tecido periodontal começa. 
 A localização da JDC no canal radicular 
varia consideravelmente. Em geral, não 
está na mesma posição que a CA, e a 
posição estimada é de aproximadamente 
1 mm do FA. 
 Da CA, ou o menor diâmetro apical, o 
canal se alarga à medida que se aproxima 
do FA, ou o maior diâmetro apical. 
 O FA é uma “circunferência ou uma 
extremidade circundada, como um funil 
ou uma cratera, que diferencia a 
terminação do canal cementário da 
superfície exterior da raiz”. 
 O diâmetro do forame em indivíduos entre 
18 e 25 anos é de 502 μm e em indivíduos 
acima de 55 anos, é de 681 μm, o que 
denota o aumento do FA com a idade. 
 O FA não sai normalmente no ápice 
anatômico, mas aquém deste 0,5 a 3 mm. 
Essa variação é mais marcante em dentes 
mais antigos, onde houve aposição de 
cemento. 
 O forame apical nem sempre coincide com 
o ápice anatômico, por isso, a importância 
de se respeitar o limite de 1mm. 
 
 O canal dentinário é maior e ocupado por 
tecido pulpar, começa mais amplo e fica mais 
estreito. 
 O canal cementário é ocupado por tecido 
periapical, começa estreito e fica amplo. Possui 0,8 a 
1mm de extensão e termina no forame apical. 
 
APOSTILA ENDODONTIA 
 
 
 O forame apical a maioria das vezes ele está desviado para a distal. 
 Quanto maior o achatamento mesiodistal, maior a possibilidade de 
existirem dois canais independentes, vestibular e lingual. 
 Se a raiz se torna mais cônica apicalmente, maior a possibilidade de 
esses canais confluírem para somente um forame apical. Além disso, a presença 
de sulcos radiculares profundos também tem sido correlacionada com o 
aumento na probabilidade de existência de múltiplos canais em uma raiz. 
 Canal bifurcado 
 Canal fusionado: dois canais que se unem em um só. 
 
 
 Delta apical: nos últimos 3mm do ápice há 
um emaranhado de canais (é o que se chama 
de área/zona crítica). Apresenta curvatura, 
estreitamento e emaranhado. 
 Limite CDC: Canal – dentina – cemento 
 Canal dentinário: envolto por dentina 
 Canal cementário: envolto apenas por 
cemento 
 
 
APOSTILA ENDODONTIA 
 
Polpa 
 Tecido conjuntivo frouxo 
 Vasos 
 Nervos 
 Células de defesa/indiferenciadas 
Incisivo Central Superior 
 
 Geralmente, apresenta raiz única com 
canal reto e amplo. 
 Cíngulo proeminente, câmara se 
apresenta mais ampla e pode encontrar 
cornos pulpares evidentes; 
 Normalmente inclinação para distal e 
palatina; 
 A câmara pulpar é estreita no sentido 
vestibulopalatino e, como os eixos da 
coroa e da raiz não coincidem, há 
necessidade de cuidado especial durante 
o procedimento de acesso ao canal, a fim 
de não perfurar ou desgastar 
excessivamente a porção coronária do 
dente. 
 Após o acesso, a projeção dentinária na 
face palatina do terço cervical do canal, 
conhecida como ombro palatino, precisa 
ser removida para possibilitar acesso 
direto ao canal radicular. 
 Na maior parte dos dentes (94,9%), a saída 
do forame apical localiza-se de 0,5 a 1 mm 
de distância do ápice anatômico. 
 Na região apical, a raiz pode ainda 
apresentar curvatura abrupta no sentido 
vestibular, o que muitas vezes não é 
identificado no exame radiográfico 
 Unirradicular, forma triangular com ápice 
rombo 
 Raiz desviada para distal (dentro do 
alvéolo) 
 Irrompe por volta dos 7 a 8 anos 
 Fechamento Apical: 10 anos 
 
 
APOSTILA ENDODONTIA 
Direção da Raiz: 
 Reta 75% 
 Curvatura vestibular: 9,3% 
 Curvatura distal: 7,8% 
 Terço Apical: forma circular 
 Terço Médio: forma ovalada 
 Terço Cervical: forma cônica triangular 
 
 
Médias de Comprimentos: 
MÁXIMO 28,5mm 
MÉDIO 21,8mm 
MÍNIMO 18mm 
 
 
 
Possíveis Complicações: 
ü Ombro palatino (excesso de tecido na região palatina) - tem que 
desgastar o ombro para a lima entrar o mais reta possível no canal 
radicular 
ü Inclinação ou projeção para vestibular (15°) 
 
Incisivo Lateral Superior 
 
 Suas dimensões são menores que as do 
incisivo central 
 Raiz única com canal amplo, forma cônica 
triangular com base voltada para 
 
APOSTILA ENDODONTIA 
vestibular e com ligeiro achatamento 
proximal. 
 Por estar localizado em área de riscoembriológico, pode apresentar diferentes 
anomalias anatômicas, como raízes 
múltiplas, fusão, geminação, sulcos 
radiculares, dens invaginatus, coroa cônica, 
cúspide talão (dens evaginatus) e canais 
em forma de “C” ou “S”. 
 Sua raiz é ligeiramente cônica e a secção 
transversal do canal varia de uma forma 
ovalada na porção cervical a arredondada 
no terço apical. 
 A porção apical da raiz pode apresentar 
curvatura abrupta no sentido 
distopalatino, o que talvez facilite a 
formação de degrau, transporte ou 
perfuração durante o preparo do canal. 
 Ombro palatino precisa ser removido 
durante o preparo cervical, a fim de 
facilitar o acesso ao canal radicular 
 Na maioria das vezes, ele tem curvatura no 
terço apical (IMPORTANTE) 
 Desvio de 5° 
 Irrompe: 8 -9 anos 
 Término da rizogênese: 10 a 11 anos 
 
Direção da Raiz: 
 Reta 29% 
 Curvatura Distal: 49,2% 
 Curvatura Palatina: 3,9% 
 Curvatura Vestibular: 3,9% 
 Curvatura Mesial: 3,1% 
 
 
 
 
 
Comprimentos Médios: 
 29mm (máximo) 
 23mm (médio) 
 18,5mm (mínimo) 
Complicações: 
 Dens in dente (é o dente em que mais ocorre) 
 Pronunciada curvatura (5mm apical) – técnica escalonada 
 
 
 
 
TERÇO APICAL Forma circular 
TERÇO MÉDIO Forma ovalada 
TERÇO 
CERVICAL 
Forma cônica 
triangular 
 
APOSTILA ENDODONTIA 
Canino Superior 
 
 É o maior dente permanente e costuma 
apresentar raiz única com um canal 
 Raiz única, forma cônica triangular de 
base para vestibular e achatamento 
mésiodistal 
 O canal radicular costuma ser reto, amplo 
e relativamente longo, o que exige, na 
maioria das vezes, o uso de instrumentos 
de comprimento igual ou maior a 25 mm 
para seu preparo. 
 Em geral, a secção transversal do canal 
radicular é ovalada em toda sua extensão, 
apresentando maior diâmetro 
vestibulolingual na porção média da raiz. 
 Sua porção apical costuma ser cônica e 
fina, podendo se curvar abruptamente, 
sobretudo nos sentidos vestibular ou 
palatino, o que facilita a ocorrência de 
perfuração durante o preparo do canal. 
 Dessa maneira, como nos incisivos, a 
remoção do ombro palatino é essencial 
para possibilitar acesso direto ao canal 
radicular e, em razão da proximidade do 
ápice radicular e da cavidade nasal, é 
preciso atenção durante a realização de 
procedimentos cirúrgicos nesta região 
 
Direção da Raiz: 
 Reta: 38,5% 
 Curvatura Distal: 19,5% 
 Curvatura Vestibular: 12,8% 
 Curvatura Mesial: 12% 
 Curvatura Palatina: 6,5% 
 
APOSTILA ENDODONTIA 
 
Complicações: 
ü Ombro palatino 
ü Curvatura apical em direção distal ou vestibular (sobreposição de imagens) 
ü Ápice afilado 
 
 
 
1° Pré-Molar Superior 
 
 Normalmente, apresenta duas raízes 
(vestibular e palatina) e dois canais com 
forames independentes. 
 Sendo que o canal palatino tem 
dimensões ligeiramente maiores que o 
vestibular. 
 Na porção radicular, a prevalência de 
sulcos e concavidades é alta. Elas estão 
localizadas, principalmente, na face mesial 
da raiz, acima da câmara pulpar ou no 
aspecto palatino da raiz vestibular. Nesse 
caso, o preparo do terço cervical do canal 
ou a inserção de retentores 
intrarradiculares podem causar desgaste 
excessivo dessa região, fragilizando a 
estrutura radicular e favorecendo a 
ocorrência de perfuração ou fratura. 
 A porção apical da raiz pode apresentar-
se muito fina e curva, o que aumenta o 
risco de perfuração ou rasgamento da raiz 
em caso de alargamento excessivo. 
 São variações na configuração do sistema 
de canais radiculares deste dente as raízes 
fusionadas com canais separados ou 
interconectados com istmos. 
 Em tais dentes, o orifício de entrada dos 
canais vestibulares encontra-se 
normalmente no terço médio, e suas 
dimensões são menores, o que dificulta 
sua localização, seu preparo e sua 
obturação. Assim, é necessária maior 
ampliação da abertura no sentido 
mesiodistal para o acesso adequado aos 
canais vestibulares. 
 A raiz mais ampla é a palatina. 
TERÇO APICAL Forma circular 
TERÇO MÉDIO Forma ovalada 
TERÇO 
CERVICAL 
Forma cônica 
triangular 
 
APOSTILA ENDODONTIA 
 
 
TERÇO APICAL Condutos em forma circular totalmente separados 
TERÇO MÉDIO 
Condutos em forma circular separados por uma ponte de 
dentina 
TERÇO 
CERVICAL 
Dois condutos de forma elíptica, unidos por um pequeno istmo 
 
Técnica de Plac pra pode ver essas raízes na radiografia 
Direção da Raiz Vestibular: 
 Reta: 27,8% 
 Curvatura Palatina: 36,2% 
 Curvatura vestibular: 14% 
 Curvatura Distal: 14% 
 Baineta: 5,5% 
 Pseudo-baioneta: 2,5% 
Direção da Raiz Palatina: 
 Reta: 44,4% 
 Curvatura vestibular: 27,8% 
 Curvatura palatina: 8,5% 
 Curvatura Distal: 14% 
 Baineta: 5,5% 
 
17 
 
APOSTILA ENDODONTIA 
 
2° Pré-Molar Superior 
 
 Geralmente, apresenta uma raiz com um 
canal de secção transversal ovalada e 
maior diâmetro vestibulopalatino 
 Em menor frequência, pode apresentar 
dois ou três canais separados, originados 
de apenas um orifício, ou dois canais 
conectados por istmos. 
 Quando há dois canais que se confluem 
na porção apical, o canal palatino é o que 
normalmente apresenta acesso direto ao 
ápice, devendo ser o conduto de escolha 
para o início dos procedimentos, tanto de 
preparo quanto de obturação. 
 Podem existir canais acessórios, mas sua 
prevalência é menor que nos incisivos. 
 A curvatura na porção apical da raiz é 
comum e, por estar próxima ao assoalho 
do seio maxilar, exige cuidados com 
relação ao tratamento cirúrgico e não 
cirúrgico dos canais radiculares 
 Se a raiz for muito achatada, ela pode 
apresentar mais de um conduto 
 90% possuem uma raiz – com 1 (54%) ou 
2 (46%) canais, devido o achatamento 
proximal 
 Possui raiz única com 2 condutos. 
 90% - Possuem 1 raiz com 1 (54%) ou 2 
(46%) canais, devido o achatamento 
proximal. 
 
 
18 
 
APOSTILA ENDODONTIA 
 
Direção da Raiz: 
 Reta: 37,4% 
 Curvatura Vestibular: 15,7% 
 Curvatura Distal: 29,5% 
 Baioneta: 7% 
 Pseudo-baioneta: 6% 
 Angulação Distal: 4,4% 
Tamanho Médio: 
 
 
 
 
 Irrompimento entre os 10 e 12 anos 
 Término da Rizogênese: 12 e 14 anos 
 
 
TERÇO APICAL Forma elíptica ou circular 
TERÇO MÉDIO Forma elíptica, alongada 
TERÇO 
CERVICAL 
Conduto de forma elíptica 
alongada 
MÁXIMO 26mm 
MÉDIO 21,6mm 
MÍNIMO 17mm 
 
19 
 
APOSTILA ENDODONTIA 
1° Molar Superior 
 
 É o mais volumoso dos molares superiores 
 Geralmente apresenta três raízes 
divergentes (mesiovestibular, 
distovestibular e palatina) com um total de 
três ou quatro canais 
 A raiz palatina apresenta maior volume e 
acesso mais fácil, no entanto, sua porção 
apical frequentemente se curva no sentido 
vestibular (54,6% dos casos), o que pode 
não ser evidente ao exame radiográfico. 
 A raiz distovestibular é cônica, geralmente 
reta e com apenas um canal, mas pode 
apresentar dois canais que se unem na 
porção apical. 
 Ao exame radiográfico, a identificação de 
raízes mais próximas entre si indica que o 
orifício do canal distovestibular estará 
deslocado em direção ao orifício palatino. 
 A raiz mesiovestibular apresenta dois 
canais (mesiovestibular e mesiopalatino) 
que se interconectam por istmos em mais 
de 90% dos casos 
 A posição do orifício do canal 
mesiopalatino é variada, mas a linha de 
desenvolvimento presente no assoalho da 
câmara pulpar (de coloração mais escura), 
a qual conecta os orifícios da raiz 
mesiovestibular e palatina, serve como 
referência para sua localização. 
 Além disso, a presença de um sulco no 
assoalho pulpar, originado do orifício do 
canal mesiovestibular, é forte indicativo da 
existência do segundo canal nesta raiz. 
 O trajeto do canal mesiopalatino mostra-
se tortuoso, principalmente em sua porção 
mais cervical, o que dificulta seu acesso e 
seu preparo. Além disso, pode apresentar 
curvatura severa no sentido 
vestibulopalatino, a qual não é evidente na 
radiografia. 
 A concavidade no aspecto distal da raiz 
mesiovestibular favorece ainda a 
perfuração, caso haja preparo excessivo 
de sua porção cervical.Em razão da proximidade dos ápices 
radiculares com o seio maxilar, algumas 
vezes infecções sinusais podem surgir em 
decorrência de alterações patológicas nestes 
dentes 
 Os canais estão localizados na mesial 
(logo o desgaste será direcionado para 
essa região, depois da ponte de esmalte) 
 Não tem desvio da raiz, mas é inclinado 
para lingual 
 
20 
 
APOSTILA ENDODONTIA 
 
 
 A raiz mésio-vestibular pode se apresentar com 1 (40%) ou 2 (60%) canais, devido o achatamento 
proximal. 
 A raiz MV é achatada, apresenta curvatura e geralmente pode apresentar 2 condutos. 
 
 
MÁXIMO 25,5mm 
MÉDIO 21,3mm 
MÍNIMO 18mm 
 
21 
 
APOSTILA ENDODONTIA 
 Irrompimento, entre 6 e 7 anos e término entre9 e 10 anos 
Direção da Raiz Mésio-Vestibular: 
 Reta: 21% 
 Curvatura Distal: 78% 
Direção da Raiz Disto-Vestibular: 
 Reta: 54% 
 Curvatura Distal: 17% 
 Curvatura Mesial: 19% 
 Pseudo-baioneta: 9% 
Direção da Raiz Palatina: 
 Reta:40& 
 Curvatura Radicular Apical vestibular: 55% 
 
 
 
TERÇO 
APICAL 
Forma elíptica ou circular para 
todos os canais 
TERÇO 
MÉDIO 
Forma elíptica alongada de 
vestibular para palatino e 
ovalar ou circular para o DV e 
Palatino 
TERÇO 
CERVICAL 
MV: forma de vírgula para 1 
canal e “oitoide” para 2 
canais 
DV: ovalar ou circular 
P: ovalar ou circular 
 
22 
 
APOSTILA ENDODONTIA 
2° Molar Superior 
 
 Morfologia externa similar ao primeiro 
molar. 
 Geralmente apresenta três raízes 
(mesiovestibular, distovestibular e 
palatina) com três ou quatro canais. 
 Contudo, as raízes são mais curtas, menos 
divergentes e curvas, com maior tendência 
ao fusionamento parcial ou total, 
principalmente entre as raízes 
mesiovestibular e palatina. 
 Normalmente, há um canal em cada raiz, 
porém podem existir dois ou três canais, 
na raiz mesiovestibular, ou dois canais nas 
raízes distovestibular e palatina. 
 No caso de fusão radicular, a prevalência 
de canais em forma de C nos terços médio 
e apical é grande (22%). 
 O formato da câmara pulpar torna-se 
distorcido e alongado na direção 
vestibulolingual, podendo os orifícios dos 
canais se dispor quase que em linha reta, 
com maior proximidade entre os orifícios 
dos canais mesiovestibular e 
distovestibular. 
 Segundos molares com raízes fusionadas 
podem apresentar também apenas dois 
canais amplos (vestibular e palatino) e de 
dimensões similares. 
 
 
23 
 
APOSTILA ENDODONTIA 
 
 Irrompimento entre 12 e 13 anos 
 Término da Rizogênese: entre 14 e 16 anos 
 Observar o achatamento proximal na raiz mésio-vestibular, podendo originar 2 canais: mésio-
vestibular e mésio-palatino 
 
 Os 2° molares superiores possuem 3 raízes e a raiz MV pode se apresentar com 1 (60%) 
ou 2 (40%) canais, devido o achatamento proximal 
 
 
 
 
 
MÁXIMO 27mm 
MÉDIO 21,7mm 
MÍNIMO 17,5mm 
 
24 
 
APOSTILA ENDODONTIA 
Direção da Raiz Mésio-Vestibular: 
 Reta: 22% 
 Curvatura Distal: 54% 
Direção da Raiz Disto-Vestibular: 
 Reta: 54% 
 Curvatura Mesial: 17% 
Direção da Raiz Palatina: 
 Reta: 63% 
 Curvatura Radicular Apical 
Vestibular: 37% 
 
 
 3 Raízes Separadas (53%) 
Incisivo Central Inferior 
 
TERÇO 
APICAL 
Forma elíptica ou circular para 
todos os canais 
TERÇO 
MÉDIO 
Forma elíptica, alongada de 
vestibular para palatino e 
ovalar ou circular para o DV e 
Palatino 
TERÇO 
CERVICAL 
MV: forma de vírgula para 1 
canal e “oitoide” para 2 canais 
DV: ovalar ou circular 
P: ovalar ou circular 
 
25 
 
APOSTILA ENDODONTIA 
 Os incisivos inferiores são os 
dentes permanentes que 
apresentam as menores 
dimensões e normalmente têm 
uma raiz com um canal 
achatado ou oval, estendendo-
se da câmara pulpar até o 
ápice. 
 Raiz única 
 Forma elipsóide com 
achatamento proximal, 
podendo determinar a presença 
de 2 canais: vestibular e lingual 
 é alta a incidência de dois 
canais (vestibular e lingual) 
originando-se na câmara 
pulpar e unindo-se no terço 
apical, sobretudo no incisivo 
lateral 
 No caso da presença de dois 
canais, é necessária a remoção 
do ombro dentinário da região 
cervical para facilitar o acesso 
ao canal lingual durante o 
preparo. 
 a modificação da posição do 
acesso coronário na direção 
incisal favorece a localização e o 
preparo do canal lingual. 
 A curvatura na porção apical da 
raiz costuma ser no sentido 
distolingual, o que pode 
dificultar procedimentos 
cirúrgicos perirradiculares, em 
razão de o ápice estar 
localizado mais próximo à 
lâmina óssea lingual 
 Atentar para o ombro lingual 
 Irrompimento entre os 6 – 7 
anos 
 Término da Rizogênese entre 9 
– 10 anos 
 Terço Cervical, médio e apical: 
forma elipsóide com 
achatamento proximal 
 
Direção da Raiz: 
 Reta: 65% 
 Curvatura vestibular: 18% 
 Curvatura Distal 15% 
 Pseudo-baioneta: 2% 
MÁXIMO 27mm 
MÉDIO 21mm 
MÍNIMO 17mm 
 
26 
 
APOSTILA ENDODONTIA 
 
 
 
Direção da Raiz: 
 Reta: 54% 
 Curvatura Distal: 33% 
 Curvatura Vestibular: 11% 
 Baioneta: 1% 
 Angulação: 1% 
 
 
Canino Inferior 
 
MÁXIMO 32mm 
MÉDIO 25mm 
MÍNIMO 19mm 
 
27 
 
APOSTILA ENDODONTIA 
 
A abertura do dente segue a sua 
inclinação na cavidade bucal 
Direção da Raiz: 
 Reta: 68% 
 Curvatura Distal: 13% 
 Curvatura vestibular: 7% 
 Curvatura Mesial: 1% 
 Pseudo-baionta: 1% 
 
1° Pré-Molar Inferior 
 
 Normalmente, este dente apresenta raiz única com um canal amplo de secção 
transversal ovalada na direção vestibulolingual, que se torna mais arredondada nos 
terços médio e apical 
 
28 
 
APOSTILA ENDODONTIA 
 O forame mentual pode estar localizado distalmente à sua porção apical ou entre este e 
o segundo pré-molar inferior, exigindo cuidado quando da realização de procedimentos 
cirúrgicos perirradiculares. 
 É preciso fazer um desgaste para diminui a curvatura dele (na câmara pulpar) 
 
Direção da Raiz Mesial: 
 Reta: 16% 
 Curvatura Distal: 84% 
 
Direção da Raiz Distal: 
 Reta: 73,5% 
 Curvatura Distal: 18% 
 Curvatura Mesial: 8,5% 
 
 
 
 
29 
 
APOSTILA ENDODONTIA 
TERÇO 
CERVICAL 
Condutos com forma elíptica e 
achatamento proximal 
TERÇO 
MÉDIO 
Condutos com forma discretamente 
elíptica 
TERÇO 
APICAL 
Condutos em forma circular 
 
2° Pré-Molar Inferior 
 Geralmente apresenta raiz única, quase sempre cônica, com um canal. 
 O SCR apresenta menos variações anatômicas que o primeiro pré-molar. 
 A secção transversal do canal costuma ser oval, com seu maior diâmetro no sentido 
vestibulolingual. 
 O canal lingual, quando presente, tende a divergir do canal principal em um ângulo 
agudo, o que exige adequação na forma de conveniência da abertura coronária. 
 Em sua porção apical, é frequente a deposição secundária de cemento, o que pode 
dificultar a localização da saída foraminal 
 
 
1° Molar Inferior 
 
 É o maior dos molares inferiores 
 Normalmente, apresenta duas 
raízes (mesial e distal). 
 Às vezes, podem aparecer três 
raízes, com dois ou três canais 
na raiz mesial e um, dois ou três 
canais na raiz distal. 
 A raiz distal pode apresentar 
dois canais, que geralmente são 
mais amplos que os canais 
mesiais 
 A raiz mesial costuma ser curva 
no sentido distal. 
 O canal mesiolingual é maior e 
mais reto que o mesiovestibular 
 Frequentemente, o canal 
mesiovestibular apresenta-se 
curvo 
 Pode existir comunicação da 
câmara pulpar com a região de 
furca por meio de foraminas. 
Em casos de necrose pulpar, a 
 
30 
 
APOSTILA ENDODONTIA 
lesão óssea decorrente dessa 
comunicação simula a 
patologia de etiologia 
periodontal. 
 Irrompe entre 6 – 7 anos 
 Término da Rizogênese entre 9- 
10 anos 
 Achatamento proximal na raiz 
mesial, podendo ocorrer na raiz 
distal, determinando 2 
condutos. 
 60% possuem 2 raízes e 3 
condutos, porém a raiz distal 
pode apresentar 1 (60%) ou 2 
(40%) condutos, devido ao 
achatamento proximal
 
 
 
TERÇO 
CERVICAL 
Condutos com forma elíptica e achatamento 
proximal 
TERÇO MÉDIO Condutos com forma discretamente elíptica 
TERÇO APICAL Condutos em forma circularMÁXIMO 27mm 
MÉDIO 22mm 
MÍNIMO 19mm 
 
31 
 
APOSTILA ENDODONTIA 
 
 
 
Direção da Raiz Mesial: 
 Reta: 16% 
 Curvatura Distal: 84% 
 
Direção da Raiz Distal: 
 Reta: 73,5% 
 Curvatura Distal: 18% 
 Curvatura Mesial: 8,5% 
 
Variações da cavidade pulpar do primeiro molar inferior, com dois canais na raiz mesial (A), dois canais que se abrem em um forame na 
raiz mesial (B), um canal na raiz mesial (C) e dois canais na raiz distal (D) 
2° Molar Inferior 
 
32 
 
APOSTILA ENDODONTIA 
 
 A raiz distal é mais ampla e reta. 
 Este dente tem sua morfologia 
externa semelhante ao primeiro 
molar inferior, apresentando 
normalmente duas raízes 
(mesial e distal) com três ou 
quatro canais 
 as raízes são mais curtas, com 
os ápices mais próximos, os 
canais mais curvos e os dois 
orifícios mesiais mais próximos. 
 há alta prevalência de 
anomalias de desenvolvimento, 
como canais em forma de “C”. 
Além disso, há maior tendência 
a fusão parcial ou total das 
raízes. 
 A porção apical deste dente 
encontra-se próxima ao canal 
mandibular, o que exige 
atenção quanto a se evitar 
traumatismo mecânico ou 
químico nos tecidos periapicais 
durante o tratamento 
endodôntico ou em caso de 
cirurgia perirradicular 
 
 Irrompe entre 11 – 13 anos 
 Término da Rizogênese entre 14 – 15 anos 
 60% dos segundos molares inferiores 
possuem 2 raizes 3 condutos 
 Raiz distal pode apresentar 1 (60%) ou 2 
(40%) condutos, devido ao achatamento proximal. 
 
 
 
 
 33 
APOSTILA ENDODONTIA 
 
 
 
Raiz Distal apresentando 1 conduto (60%) Raiz Distal apresentando 2 condutos (40%), devido ao achatamento proximal 
 
Raízes fusionadas apresentando 2 condutos (16%) Fusão de Raízes apresentando apenas 1 conduto (5%) 
 
 34 
APOSTILA ENDODONTIA 
 
Conduto em forma de “C” ou “C Shaped” devido a fusão dos condutos (incidência de 5%) 
 
 
 
 
 
 35 
APOSTILA ENDODONTIA 
 
 Ato operatório no qual expõe a câmara pulpar; 
 Possibilita a chegada no interior da cavidade pulpar; 
 Compreende: 
 Abertura coronária 
 Esvaziamento da câmara pulpar 
 Localização e o preparo da entrada dos canais e o preparo do terço cervical 
Princípios Que Regem A Abertura Coronária 
 Acesso direto em linha reta ao canal radicular 
 Remoção de todo o teto da câmara pulpar 
 Incluir cornos pulpares, saliência e retenções do teto da câmara pulpar 
 Preservar o assoalho 
 Conservar a estrutura dentária 
 Acesso através das superfícies linguais e oclusais 
 Remoção de restaurações defeituosas, cárie (para evitar contaminação no SCR) 
 Tecido cariado deve ser removido por completo 
Abertura Coronária Nos Diferentes Grupos Dentais 
 Acesso à câmara pulpar ou trepanação 
 Preparo da câmara pulpar ou forma de contorno 
 Configuração final da cavidade intracoronária ou forma de conveniência 
Ponto De Eleição 
 Ponto para começar o desgaste 
 Local onde a abertura é iniciada 
 Desgaste da superfície de esmalte 
 Elege um ponto localizado na coroa que permita o acesso retilíneo 
 Cada dente tem seu ponto de eleição específico 
 Na face lingual ou palatina de dentes anteriores e na face oclusal dos dentes posteriores 
 
Direção De Trepanação 
 Permitir atingir o interior da câmara pulpar 
 Broca em direção a área de maior volume da câmara pulpar 
 Objetivo: atingir o interior da câmara pulpar 
 Confeccionar um túnel de penetração 
 
 
 
 
 
 
 
 36 
APOSTILA ENDODONTIA 
Forma De Contorno 
 Acesso a entrada e interior dos canais radiculares 
 Projetar externamente a anatomia interna do dente 
 Movimento de dentro para fora com a Endo Z (broca sem corte na ponta) 
 Quando “cai no vazio”, atingiu a câmara pulpar 
 O objetivo é conseguir expulsividade nessa forma de contorno 
 Tem uma forma geométrica quando finalizado 
Forma De Conveniência 
 Forma da cavidade de acesso a câmara 
 Oferece melhor visão do interior da cavidade pulpar 
 Paredes expulsivas 
 Faz desgaste compensatório (em áreas de dentina) 
 Acesso direto à instrumentação 
 Visibilidade adequada dos orifícios 
 Limpeza correta do SCR 
Cirurgia De Acesso Incisivo 
Incisivo Central Superior
 Ponto de Eleição: 2 a 3mm acima do 
cíngulo em direção incisal (preservando 
as cristas marginais) 
 
 Direção de Trepanação 
o Com a broca esférica diamantada 
perpendicular a face lingual, 
realizar desgaste em esmalte 
o Em seguida, a broca carbide 
paralela ao longo eixo do dente 
(para evitar que a broca atinja a 
vestibular do dente) 
o ICS – ponta 1014 
o ICI – ponta 1012 
 
 
 
 37 
APOSTILA ENDODONTIA 
 
A, No dente anterior, a localização inicial do acesso é o centro da 
coroa na superfície lingual. 
B, Forma de contorno para dentes anteriores. 
C, O ângulo de penetração da forma de contorno é perpendicular à 
superfície lingual. 
D, O ângulo de penetração para a entrada inicial na câmara pulpar 
é paralelo ao longo eixo da raiz. 
E, Remoção completa do teto da câmara pulpar; uma broca carbide 
esférica é usada para desgastar o corno pulpar, cortando na direção 
lingual com movimentos de avanço e recuo. 
 Forma de Contorno 
o Remoção do teto da câmara: broca esférica – 
tração de dentro para fora 
o Ligeiramente inclinada para vestibular em relação 
ao longo eixo do dente e colocada na câmara 
pulpar, através de suaves movimentos de tração para ampliar a abertura e dar a forma 
adequada. 
o Verificar se ainda tem presença de remanescente com sonda exploradora angulada 
 
 
 Forma de Conveniência 
o Configuração final será triangular, com paredes 
laterais (mesial e distal) expulsivas e remoção do 
ombro palatino por desgaste compensatório 
o Uso da Endo Z 
 
 
 38 
APOSTILA ENDODONTIA 
 
 
Incisivo lateral superior. Dados anatômicos e de desenvolvimento. Tempo médio de erupção: 8 a 9 anos. Tempo médio de calcificação: 
11 anos. Comprimento médio: 22 mm. Curvatura radicular (mais comum para menos comum): distal, reto 
 
 
 39 
APOSTILA ENDODONTIA 
 
Cirurgia De Acesso Canino 
 
Canino superior. Dados anatômicos e de desenvolvimento. Tempo médio de erupção: 10 a 12 anos. Tempo médio de calcificação: 13 a 
15 anos. Comprimento médio: 26,5 mm. Curvatura radicular (mais comum para menos comum): distal, reta, vestibular 
 
 Ponto de Eleição: 
o No canino superior, 2 a 3mm abaixo do cíngulo 
o No canino inferior, 2 a 3mm acima do cíngulo 
o Ponta diamantada esférica nas proximidades do cíngulo 
(1014) 
 
 Direção de Trepanação: 
o Broca diamantada desgasta o esmalte, perpendicular a face lingual 
o Em seguida, a carbide (3084 e 3083) no sentido do longo eixo do dente até “cair no vazio” 
 
 Forma de Contorno: 
o Remoção do teto da câmara pulpar 
o Confirmar com a sonda exploradora 
o Quando conseguimos acessar a câmara pulpar, é necessário trocar a broca (troca para a 
Endo Z, por segurança) 
 
 40 
APOSTILA ENDODONTIA 
 
 Forma de Conveniência: 
o Uso da Endo Z 
o Forma final losangular de lança para canino superior e oval para o inferior 
 
 O sistema de canais radiculares do 
canino superior é semelhante em vários 
aspectos ao dos incisivos. A maior 
diferença é que ele é mais largo no 
sentido vestibulolingual do que no 
sentido mesiodistal. 
 Outra diferença é que não há cornos 
pulpares. 
 O seu limite incisal corresponde a uma 
única cúspide. 
 O contorno da câmara pulpar é oval na 
JCE. 
 O ombro lingual está presente, o que 
pode impedir a instrumentação e o 
debridamento do canal radicular no 
sentido lingual. A partir desse ponto, o 
canal radicular permanece oval até o 
terço apical, quando se torna constrito. 
 Geralmente, só um canal está presente 
 A profundidade mesiodistal é 
determinada pela profundidade 
mesiodistal da câmara pulpar. 
 A dimensão é determinada pela câmara 
pulpar. 
 A dimensão incisogengival é determinada 
pelo acesso direto e a remoção do ombro 
lingual. 
 A extensão incisal com frequência atinge 
2 a3 mm do limite incisal, para permitir o 
acesso direto. 
 
 
 
 
 41 
APOSTILA ENDODONTIA 
 
Cirurgia De Acesso Em Pré-Molares 
 Ponto de Eleição: 
o Na área central da face oclusal (superior) 
o No inferior, com uma discreta tendência para mesial do dente 
 
 Direção de Trepanação: 
o Broca diamantada para desgastar esmalte no sulco central 
o Broca Carbide, no superior, faz uma pequena inclinação para lingual 
até atingir a câmara pulpar 
o No inferior, a broca fica em direção vertical paralela ao longo eixo do 
dente, com pequena inclinação da haste da broca para lingual para atingir a 
parte mais volumosa da câmara pulpar. 
 
 Forma de Contorno: 
o Com a Endo Z remover o teto da câmara 
o Nos superiores, fazer movimentos pendulares, no sentido vestíbulo-lingual, para remover o 
teto 
o Confirmar a remoção do teto com o auxílio de uma sonda exploradora nº5 
o A forma final do pré-molar superior é oval, com achatamento no sentido mésio-distal 
o A forma final do pré-molar inferior é oval ou circular 
 
 42 
APOSTILA ENDODONTIA 
 
 
Primeiro Pré-Molar Superior 
 
Primeiro pré-molar superior. Dados anatômicos e de desenvolvimento. Tempo 
médio de erupção: 10 a 11 anos. Tempo médio de calcificação: 12 a 13 anos. 
Comprimento médio: 20,6 mm. Curvatura radicular (mais comum para menos 
comum): raiz vestibular lingual, reta, vestibular; raiz palatina reta, vestibular, distal; 
uma raiz reta, distal, vestibular 
 
 
 
 A maioria dos primeiros pré-molares 
superiores tem dois canais radiculares, 
independentemente do número de raízes. 
 A câmara pulpar é considerada mais larga 
no sentido vestibulolingual do que no 
mesiodistal. 
 No sentido vestibulolingual, o formato da 
câmara pulpar mostra os cornos pulpares 
vestibular e palatino. 
 
 43 
APOSTILA ENDODONTIA 
 O corno pulpar vestibular é maior. 
 Do nível oclusal a câmara mantém 
profundidade semelhante ao soalho, que 
se localiza apical à linha cervical. 
 O orifício palatino é maior que o vestibular. 
 Do soalho, dois canais radiculares com 
formato arredondado rapidamente se 
conificam em direção aos ápices, 
terminando em uma extremidade mais 
estreita e curva. 
 O canal palatino é mais largo que o 
vestibular. 
 pode ter uma, duas ou três raízes e canais; 
é mais comum ter duas 
 Se dois canais estiverem presentes, são 
chamados vestibular e palatino; três 
canais radiculares são designados 
mesiovestibular, distovestibular e palatino. 
 O posicionamento das limas endodônticas 
ajuda a identificar a anatomia. 
 As raízes são consideravelmente menores 
e mais estreitas do que nos caninos. 
 Em dentes com raízes duplas, 
frequentemente esses canais apresentam 
o mesmo comprimento. 
 O preparo do acesso para pré-molar 
superior é oval ou em fenda. É também 
largo no sentido vestibulolingual, estreito 
no mesiodistal e centralizado 
mesiodistalmente entre as cúspides. 
 Devido à concavidade mesial da raiz, o 
clínico deve ter cuidado para não sobre-
estender o preparo nessa direção, o que 
pode resultar em perfuração. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 44 
APOSTILA ENDODONTIA 
Segundo Pré-Molar Superior 
 
Tempo médio de erupção: 10 a 12 anos. Tempo médio de calcificação: 12 a 14 anos. Comprimento médio: 21,5 mm. Curvatura 
radicular (mais comum para menos comum): distal, baioneta, vestibular, reta 
 
 O sistema de canais radiculares é mais 
largo no sentido vestibulolingual do que 
no mesiodistal. 
 O dente pode ter uma, duas ou três raízes 
e canais 
 Dois ou mais canais podem ocorrer em 
uma única raiz. 
 Os aspectos mesiodistal e vestibulolingual 
são semelhantes ao primeiro pré-molar. 
 Cornos pulpares vestibular e palatino 
estão presentes; o corno pulpar vestibular 
é mais largo. 
 Uma raiz é oval e mais larga no sentido 
vestibulolingual do que no sentido 
mesiodistal. Os canais permanecem ovais 
na câmara pulpar e se conificam 
rapidamente ao ápice. 
 As raízes são aproximadamente do 
mesmo tamanho que as do primeiro pré-
molar superior, e a curvatura apical é 
comum, particularmente nas cavidades do 
seio maxilar. 
 A proximidade desse dente com o seio 
pode levar à drenagem de abscesso 
perirradicular para o seio e expô-lo 
durante a cirurgia apical. 
 Como esse dente tem uma raiz, se dois 
canais estiverem presentes, eles devem 
estar paralelos um ao outro e o contorno 
externo deve ter uma extensão 
vestibulolingual que permita o acesso 
direto a esses canais com o primeiro pré-
molar com duas raízes divergentes. 
 Se apenas um canal estiver presente, a 
extensão vestibulolingual é menor e 
corresponde à largura entre os cornos 
pulpares vestibular e palatino 
 Se três canais estiverem presentes, o 
formato externo do acesso é triangular, o 
mesmo para o primeiro pré-molar
 
 
 45 
APOSTILA ENDODONTIA 
 
 
Cirurgia De Acesso Em Molares 
Dente Molar Superior 
 
Tempo médio de erupção: 6 a 7 anos. Tempo médio de calcificação: 9 a 10 anos. Comprimento médio: 20,8 mm. Curvatura radicular 
(mais comum para menos comum): raiz mesiovestibular distal, reta; raiz distovestibular reta, mesial, distal; raiz palatina vestibular, reta. 
 É o maior dente em volume e um dos mais 
complexos na anatomia radicular e dos 
canais. 
 A câmara pulpar é maior no sentido 
mesiovestibular e quatro cornos pulpares 
estão presentes (mesiovestibular, 
mesiopalatino, distovestibular e 
distopalatino). 
 O formato da câmara pulpar cervical é 
romboide, com ângulos arredondados 
algumas vezes. 
 O orifício do canal palatino é centralizado, 
o orifício distovestibular é próximo ao 
ângulo obtuso do soalho da câmara 
pulpar e o orifício do canal mesiovestibular 
(MV-1) principal é mesial e vestibular ao 
 
 46 
APOSTILA ENDODONTIA 
orifício distovestibular e posicionado em 
ângulo agudo com a câmara pulpar. 
 O segundo orifício do canal 
mesiovestibular (MV-2) é localizado 
palatino e mesial ao MV-1. 
 As linhas imaginárias que conectam os 
três principais orifícios dos canais (orifício 
MV, distovestibular [DV] e palatino [P]) 
formam um triângulo, conhecido como 
triângulo molar. 
 A raiz palatina é a mais longa, tem 
diâmetro maior e, geralmente, oferece 
acesso mais fácil. Pode conter um, dois ou 
três canais na raiz. 
 A raiz palatina se curva vestibularmente 
no terço apical, o que pode não ficar 
evidente na radiografia ortorradial. 
 A raiz distovestibular é cônica e pode ter 
um ou dois canais. 
 A raiz mesiovestibular requer mais 
pesquisas do que qualquer outra na boca. 
Pode ter um, dois ou três canais. 
 Um único canal mesiovestibular é oval e 
largo vestibulolingualmente; dois ou três 
canais são mais circulares. 
 Como o primeiro molar superior, em geral, 
possui quatro canais, o acesso cavitário 
pode ser romboide, com as extremidades 
correspondendo aos quatro orifícios (MV-
1, MV-2, DV e P). 
 
Duas localizações dos orifícios do canal MV-2 em primeiro molar superior. 
 
 Ponto de Eleição: 
o Na área central da face oclusal (geralmente a câmara pulpar 
está mais pra mesial) 
o No centro do sulco principal, na fosseta central, para a mesial da 
ponte de esmalte, no molar superior 
 
 
 Direção de Trepanação: 
o Broca diamantada realiza o desgaste no esmalte, no centro do sulco oclusal 
o Com a carbide, no molar superior, com leve inclinação para a raiz lingual 
 
 
 
 47 
APOSTILA ENDODONTIA 
 Forma de Contorno: 
o Com suaves movimentos de 
dentro para fora a broca vai 
dando abertura da forma 
desejada. 
o Regularizar as paredes da câmara 
com a Endo Z e fazer a 
confirmação se tem remanescente 
com uma sonda nº5 
 Forma de Conveniência: 
o Remove a projeção de dentina da 
parede mesial e promove 
triangular ou trapezoidal com 
base maior voltada para vestibular 
(devido a presença de 2 canais – 
MV e DV) nos molares superiores. 
 
 
 
 48 
APOSTILA ENDODONTIA 
 
A, Remoção do teto e do corno pulpar. A ponta ativa da broca 
esférica sob o degrau do corno. 
B, A broca é rotacionada e retirada na direção oclusal para 
removero degrau. 
C, Remoção da saliência na dentina. Uma broca Gates-
Glidden é posicionada apical ao orifício e retirada em direção 
oclusal. 
D, Uma broca diamantada cônica de ponta inativa é usada 
para unir e afilar as paredes axiais da margem 
cavosuperficial do orifício. 
 
 
Dente Molar Inferior 
 Volume maior na distal 
 Raizes disposta em mesial e distal 
 
 
 49 
APOSTILA ENDODONTIA 
 Ponto de eleição: 
o Na área central da face oclusal 
o No inferior, com uma discreta 
tendência para mesial do dente 
o Direção de Trepanação: 
o Leve inclinação para a distal 
o Broca diamantada realiza 
desgaste no esmalte, no centro do 
sulco oclusal 
o Com a carbide, no molar inferior, 
leve inclinação para a raiz distal 
 
 Forma de Contorno: 
o Com suaves movimentos de 
dentro para fora, a broca vai 
dando a abertura da forma 
desejada. 
o Regulariza as paredes da câmara 
com a Endo Z e faz a confirmação 
se tem remanescente com uma 
sonda exploradora nº5 
 
 
 Forma de Conveniência: 
o Remove a projeção de dentina da 
parede mesial e promove forma 
triangular ou trapezoidal com 
base maior voltada para mesial 
nos molares inferiores 
 
 
 
 
 
Erros De Cirurgia De Acesso 
 
 
50 
 
APOSTILA ENDODONTIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
51 
 
APOSTILA ENDODONTIA 
 
 
Kit Clínico 
Bandeja Odontológica Grande 
 
Espelho Clínico Nº 5 
 
Pinça Clínica 
 
 
Sonda exploradora Nº 5 (pra ver se ainda tem 
algum teto ou particularidade) 
 
Sonda exploradora de ponta reta (47) 
 
Utilizada para verificar as entradas dos condutos 
(se a ponta prende, é porque achamos um 
conduto)
Instrumental para Abertura Coronária 
 Alta Rotação 
 Contra-ângulo 
 Micromotor 
 Pontas para alta rotação: 
o Pontas Diamantadas 1012, 1014 e 1016 para abertura 
o Brocas Carbide 1, 2 e 4 para abertura 
o Endo Z e Ponta 3083 para refinamento 
 
 
 
instrumentos Endodônticos 
 
52 
 
APOSTILA ENDODONTIA 
Brocas De Acesso Coronário 
 
 A PD vai fazer a remoção do esmalte para que entremos com a broca carbide para a remoção da 
dentina 
 Acesso coronário: pontas e brocas carbide 
 Refinamento: a ponta na extremidade é inativa (corte somente nas laterais) 
 HL: haste longa 
 Brocas esféricas carbide são usadas amplamente no preparo de acessos cavitários. 
o Remoção de cárie 
o Criar o formato do contorno externo inicial 
o Penetrar no teto da câmara pulpar e removê-lo. 
 Brocas Endo Z ou diamantadas com ponta segura (não têm ponta ativa) são escolhas mais 
seguras para as extensões das paredes axiais. 
o Elas podem ser usadas para estender e orientar favoravelmente as paredes axiais da 
câmara pulpar. 
o Por não possuírem ponta ativa, as brocas podem se estender ao soalho da câmara pulpar 
e toda a parede axial pode ser removida e orientada totalmente em um plano da 
superfície do esmalte ao soalho da câmara pulpar. 
o Tal técnica produz paredes axiais livres de interferências, enquanto as extensões do acesso 
final são criadas. 
 
Broca Carbide Esférica 
 
 
 
 
53 
 
APOSTILA ENDODONTIA 
Materiais de Radiologia 
1. Filme Radiográfico 
 
2. Colgadura 
 
3. Posicionadores 
 
 
 
4. Régua plástica 
 
5. Lupa 
 
6. Cartela de radiografia – 6 espaços 
Materiais Para Isolamento Absoluto 
1. Arco de Ostby Articulado 
 
2. Lençol de Borracha 
 
3. Grampos 
 
 
 
 
 
54 
 
APOSTILA ENDODONTIA 
4. Pinça Perfuradora de Ainsworth 
 
5. Pinça Palmer 
 
6. Fio Dental 
 
7. Tesoura simples: ponta fina e curva 
 
8. Barreira Gengival (pra evitar a presença 
de saliva) 
Materiais e Instrumentos Utilizados No PQM 
 Os instrumentos endodônticos agem nesta etapa como agentes mecânicos, tendo ação direta nas 
paredes do canal radicular. 
 São utilizados para explorar, remover matéria orgânica e ajudar no saneamento e preparo do 
sistema de canais radiculares. 
NORMATIVAS 
 Os IE, quanto ao desenho da parte de trabalho, são fabricados obedecendo a diversos critérios. 
 ISO 3630-1 (1992), ANSI/ADA no 58 (1997), ANSI/ADA no 59 (1997) e ANSI/ADA no 101 (2001) 
 Vários fabricantes têm produzido IE denominados especiais, com modificações: 
o Conicidade 
o Comprimento da parte de trabalho 
o Desenho da haste de corte helicoidal 
o Forma da seção reta transversal e da ponta 
 Para os IE mecanizados, não há especificações normativas quanto a sua fabricação 
CLASSIFICAÇÃO DOS IE 
Quanto ao Acionamento: 
 Manual (Extirpa-Polpa, Limas Tipo K, 
Limas Hedstroen) 
 Rotatórios em Baixa Rotação (Gates-
Glidden, Largo) 
 Mecânico (Rotatório e Reciprocante) 
 
 
55 
 
APOSTILA ENDODONTIA 
Desenho da parte de trabalho: 
 Farpados 
 Especiais 
Movimento Executado 
 Limas 
 Alargadores 
Natureza da Liga 
 Aço inoxidável (mais rigidez) 
 Níquel – Titânio (mais flexibilidade) 
Processo de Fabricação 
 Torção 
 Usinagem 
LIGAS METÁLICAS 
Aço Inoxidável 
 Alto nível de dureza 
 Baixa resistência ao escoamento 
 Elevada tonicidade e tenacidade 
 Alta resistência a corrosão e fratura 
Níquel-Titânio 
 Mais flexível 
 Memória de forma 
 Superelasticidade 
PROPRIEDADES MECÂNICAS DOS INSTRUMENTOS ENDODÔNTICOS 
 As propriedades mecânicas estão associadas ao comportamento dos instrumentos, quando 
submetidos à ação de forças externas 
 É a capacidade que o material tem para transmitir ou resistir aos esforços que lhe são aplicados. 
 
 Deformação elástica: a lima 
volta para sua posição original 
 Deformação plástica: mexe 
na estrutura da lima, ela não volta 
mais a sua posição original. 
 
 
 A lima pode sofrer flexão (o que é bom para que ela acompanhe a curvatura dos canais) 
 
 Flambagem: capacidade da lima se curvar sem fraturar diante de um obstáculo, enquanto ela 
está em movimento 
 
56 
 
APOSTILA ENDODONTIA 
 
FABRICAÇÃO DOS IE 
 
 Torção: girar a lima 
 Usinagem: é como se fosse uma escultura na lima 
 Um instrumento fabricado por usinagem é menos resistente que um fabricado por torção 
 Os IE mecânicos são fabricados por usinagem 
 Os IE de aço inoxidável ou de NiTi podem ser fabricados por torção ou usinagem 
Instrumentos Especiais: 
 
 
57 
 
APOSTILA ENDODONTIA 
BROCAS GATES GLIDDEN 
 Nº 1, 2, 3, 4, 5 
e 6 (0,50 a 1,50 mm) 
 O número 
dela corresponde ao 
número de ranhuras 
 Usada no 
preparo do terço 
cervical 
 A gates numero 1 é equivalente a lima 50 
 Usada em canais amplos 
 Não deve ser usada em canais curvos 
 Tem que entrar e sair do canal em 
funcionamento 
 Ponta inativa 
 Comprimentos: 28 e 32mm 
 Limitados a parte reta do canal 
 Movimentos de pincelamento em direção 
a parte reta do canal 
 Risco de perfuração lateral em canais 
curvos 
 
BROCAS DE LARGO 
 Numeração: 1 a 6 (0,70 a 1,70mm) 
 Atualmente são pouco utilizadas no preparo dos canais radiculares, 
em virtude de sua maior rigidez e do maior risco de provocarem rasgo 
radicular do que as brocas de Gates Glidden 
 Ponta inativa 
 
EXTIRPA POLPA 
 
 De aço inoxidável 
 Rígido 
 Fabricado por usinagem 
 Farpado 
 Função: remoção do tecido pulpar (o que pode ser feito com as 
hedstroen) 
LIMAS HEDSTROEN 
 São fabricadas por usinagem a partir de fios metálicos de aço 
inoxidável de seção reta transversal circular. 
 São oferecidas comercialmente nos comprimentos úteis de 21, 
25, 28 e 31 mm. 
 As de 21 e 25 mm são as mais empregadas. 
 A parte de trabalho possui 16 mm de comprimento mínimo. 
 A ponta das limas tipo H apresenta a figura de um cone 
circular. 
 Cones superposto 
 Alta capacidade de corte 
 Usada depois das limas K 
 
58 
 
APOSTILA ENDODONTIA 
 
 Secção transversal em vírgula 
 Alto poder de corte 
 Não deve ser utilizada para fazer alargamento e limagem 
 Funções: pulpectomia, retirada de corpos estranhos e guta-percha (retratamento) 
 
LIMAS ENDODÔNTICAS 
Normalmente são divididos em 4 séries: 
• ESPECIAL (06, 08, 10) 
• 1ª série (15, 20, 25, 30, 35, 40) 
• 2ª série (45, 50, 55, 60, 70, 80) 
• 3ª série (90, 100, 110, 120, 130, 140) 
O diâmetro da pontaé denominado D0, e junto ao intermediário, D16. 
Em D0 os instrumentos podem apresentar desde 0,06 a 1,40 mm, por serem instrumentos padronizados, há 
uma tolerância no aumento do diâmetro a cada milímetro ao longo da parte de trabalho, sendo tolerado o 
aumento de 0,02 mm dos instrumentos de número 06 ao 60, e do 70 ao 140, tolerância de 0,04mm. 
 
FUNÇÕES: 
ü Preparo do canal endodôntico; 
ü Alargamento do canal para que o mesmo possa ser fechado de forma adequada; 
ü Moldar o canal após alargar; 
ü Introduzir e remover qualquer material ou substância do canal; 
 
59 
 
APOSTILA ENDODONTIA 
ü Remover o nervo de dentro do canal; 
ü Aspectos físicos, químicos, biológicos e anatômicos nos seus mais variados quesitos 
PADRONIZAÇÃO DAS LIMAS: 
 Cor do Cabo: escuras possuem número e calibre maiores e as claras possuem número e calibre 
menores. 
 Numeração: os instrumentos são numerados de tal forma que divididos por 100, correspondam, 
em milímetros, ao diâmetro do corte da base do guia de penetração do instrumento. 
 Comprimento: 
o Comprimento da parte ativa: sempre 16mm; 
o Comprimento do intermediário: variável (21mm; 25mm; 31mm) 
 Diâmetro da Ponta: determina o número do instrumento (ex: 15 – 0,15mm de diâmetro na ponta 
do instrumento) 
 
Cabo: é a extremidade pela qual se 
empunha um instrumento endodôntico 
 
 
Haste de acionamento: é a extremidade 
para fixação e acionamento mecânico de um 
instrumento endodôntico 
 
 
Corpo: é parte de um instrumento que se 
estende desde o cabo ou haste de 
acionamento até a extremidade da ponta 
 
 
Intermediário: parte do corpo que se estende 
do cabo ou da haste de acionamento até a 
parte de trabalho 
 
 
Parte de trabalho: parte do instrumento que 
se estende desde a ponta até o término da 
haste de corte. Representa a soma dos 
comprimentos da ponta e da haste de corte 
 
 
Ponta: é o extremo do instrumento com perfil 
cônico. Pode apresentar seção reta 
transversal cilíndrica ou poligonal 
 
60 
 
APOSTILA ENDODONTIA 
 
 
LIMAS ENDODÔNTICAS – FLEXOFILE/K (SÍMBOLO QUADRADO) 
 
 1ª Série 2ª Série 
 Secção quadrangular: lima K Colorinox (quadrado vazado) 
 Secção triangular: lima K flexofile (quadrado fechado) 
 Secção em forma de vírgula ou circular: hedstroen 
 
 
 
61 
 
APOSTILA ENDODONTIA 
 
 
 
 
 
 
 
A conicidade de um instrumento é a relação entre o aumento no diâmetro por 
unidade de comprimento (milímetro) da parte de trabalho
A conicidade dos instrumentos convencionais é de 0,02mm/mm, ou seja, há um 
aumento de 2% a cada 1mm da parte de trabalho. Para instrumentos da série ISSO 
com conicidade 0,02, o aumento de D0 para D16 é de 0,32mm
Conicidades maiores têm sido usadas em instrumentos endodôntico especiais de NiTi 
mecanizados, como valores de 0,04, 0,06, 0,08, 0,10 e 0,12 mm/mm
Alguns instrumentos endodônticos especiais de NiTi mecanizados apresentam 
conicidades variáveis ao longo de sua haste de corte helicoidal cônica. Essa variação 
pode ser crescente ou decrescente no sentido da ponta do instrumento endodôntico
Para instrumentos de mesmo diâmetro D0, quanto menor a conicidade, maiores a 
flexibilidade e a resistência à fratura por fadiga, estando o instrumento sob flexão 
rotativa
 
62 
 
APOSTILA ENDODONTIA 
INSTRUMENTOS NITI PROTAPER 
 
 
Além dos instrumentos endodônticos, nesta etapa operatória são utilizados: caixa perfurada com o 
objetivo de organizar os instrumentos; réguas: plástica e milimetrada (simples e calibradora); para o 
sistema de irrigação e aspiração, cânula de sucção, seringa e agulhas para irrigação; e o tamborel, para 
colocar as limas que estão em uso. 
Régua Milimetrada 
 
Stop de Silicone 
 
 
Tamborel 
 
 
Cânulas para Aspiração 
 
 
 
63 
 
APOSTILA ENDODONTIA 
Material Para Irrigação 
Ponta para irrigação com saída lateral 
27Gx25mm 
 
Seringas para Insulina 
 
 
Seringa Luer – 5ml 
 
Copo de Vidro 5ml 
 
Sugador Endodôntico Descartável 
 
Instrumentos Para Medicação Intracanal 
SERINGA PARA INSERÇÃO DE MEDICAÇÃO INTRACANAL – MARIO LEONARDO 
 
Obturação Do Sistema de Canais Radiculares 
Na etapa de obturação do sistema de canais radiculares são utilizadas: espátula 24 e placa de vidro para 
manipulação do cimento endodôntico (figura 16); espaçadores, na técnica de condensação lateral; e 
calcadores de Paiva, na condensação vertical. 
Cones De Papel Absorvente E Guta-Percha 
 
 
 
64 
 
APOSTILA ENDODONTIA 
Cimento Endodôntico E Placa De Vidro 
 
 
Espátula De Manipulação Nº24 
 
Espaçadores Digitais 
 
Condensadores Duplos De Paiva 
 
 
Mini Maçarico 
 
Espátula De Inserção Nº1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
65 
APOSTILA ENDODONTIA 
 
 
 É a medida do comprimento do dente. 
 Para tratarmos endodonticamente um 
dente é necessário estabelecer o 
comprimento e o limite de atuação da 
terapia endodôntica no interior do canal 
dentinário. 
 Seria ideal, se fosse possível, medir o dente 
fora da cavidade bucal com auxílio de um 
paquímetro de precisão. 
 A determinação da odontometria é em 
grande parte passível de erros, provocados 
desde distorções da técnica radiográfica, 
falta de contraste e nitidez, medição da 
radiografia com régua milimetrada, 
transferência das medidas obtidas aos 
instrumentos, por meio de cursores ou 
limitadores de silicone, entre outros. 
 Normalmente, têm-se a variação de 0,5 a 
2,0mm aquém (antes) do vértice 
radiográfico, dependendo das condições 
patológicas do remanescente pulpar, 
dente portador de polpa viva (saudável ou 
inflamada) ou mortificada. 
 Por exemplo, se obtivermos, pela 
odontometria, o comprimento de trabalho 
igual a 20m, antes de iniciar a 
instrumentação, devemos levar um 
instrumento endodôntico calibrado nesta 
medida e, pela avaliação radiográfica nos 
certificarmos que realmente estamos 
muito próximos da medida almejada, 
confirmando o comprimento de trabalho 
(CT) ou comprimento real de trabalho 
(CRT). 
 A referência incisal (dentes anteriores) ou 
oclusal (dentes posteriores), como é um 
ponto clínico visivelmente controlado pelo 
operador, precisa compreender um ponto 
anatômico bem definido para cada canal, 
que deve ser registrado na ficha clínica do 
paciente e mantido durante toda a 
intervenção endodôntica 
 Para determinar o limite de trabalho. 
 Buscar o Limite CDC. 
A odontometria é importante para: 
 Respeito aos tecidos perirradiculares 
 Correta determinação do limite de trabalho na região apical 
 
A Área de Atuação do Endodontista é o canal dentinário! 
O canal dentinário é dividido em terços: 
1. Terço apical (é o mais crítico: ramificações, delta apical, forame) 
2. Terço médio 
Odontometria Odontometria 
 
 
 
66 
APOSTILA ENDODONTIA 
3. Terço cervical 
O canal dentinário termina no Limite CDC 
 
 Na radiografia não conseguimos visualizar a constricção do Limite CDC, vemos o Limite 
Apical/Vértice Radiográfico 
 Distância do Limite CDC até o Vértice radiográfico: 0,5 a 3mm (em média 1mm) 
Quando eu não determino adequadamente o limite de trabalho, pode ocorrer: 
 
 
 Obturação além do forame Desvio do canal radicular Degrau: instrumentação no comprimento errado 
Pós-operatório 
sintomático (dor, 
edema, por ter 
atingido os tecidos 
periodontais)
Desvios Degraus
Obturação 
Insatisfatória
Perfurações 
na região 
apical
 
 
 
67 
APOSTILA ENDODONTIA 
 
Comprimento maior do que o real: Sobre Instrumentação (e como consequência, uma sobre obturação) 
Comprimento menor que o real: Sub Instrumentação (aquém do Limite de Trabalho, gerando uma Sub 
Obturação) 
Exame Radiográfico na Odontometria 
Para visualizar o canal, precisaremos da radiografia; 
A radiografia inicial do tratamento endodôntico, além de fazer 
parte do exame complementar ao diagnóstico clínico provável 
também será importante para o planejamento do tratamento, 
como por exemplo para análisedo número de raízes, volume da 
câmara pulpar e canal radicular, presença de nódulos, reabsorções 
radiculares ou ósseas perirradiculares, curvaturas radiculares, 
rizogênese incompleta ou completa, entre outras. 
 
Limitações das Radiografias: 
1. Imagem bidimensional (gerando superposição de imagens, principalmente em canais 
multirradiculares) 
2. Falta de coincidência do forame apical com o ápice radicular (é o fim da raiz) 
3. Curvatura na região apical (visualiza-se melhor curvaturas para mesial/distal) 
4. Distorções (alongamento/encurtamento) 
5. Cortar o ápice ou coroa 
 
• O raio-x inicial deve se aproximar o máximo da realidade. 
• Manter sempre a centralização do dente em questão para a imagem radiográfica sofrer menores 
distorções. 
• Utilizar sempre posicionadores. 
 
 
 
 
68 
APOSTILA ENDODONTIA 
 Posições das Radiografias Inicial ou de 
Diagnóstico do tratamento endodôntico, 
tomada com a técnica do Paralelismo, 
para dentes anteriores superiores e 
inferiores o filme periapical deve ser 
posicionado vertical e, posteriores na 
horizontal, porém com o picote sempre 
para incisal ou oclusal. 
 
 Manter sempre a centralização do dente 
em questão para a imagem radiográfica 
sofrer menores distorções 
 
 Após anamnese, diagnóstico clínico 
provável, valor do CAD, anestesia, 
isolamento relativo e absoluto, cirurgia de 
acesso e exploração / esvaziamento / 
preparo da entrada do canal, será 
necessário a utilização de instrumentos 
endodônticos do tipo K (representados no 
cabo por um quadrado), stops de silicone 
e régua calibradora para instrumentos 
endodônticos autoclaváveis. 
 
 
 De acordo com a anatomia do dente 
observada na radiografia inicial, 
comprimento e diâmetro, selecionamos o 
instrumento do tipo K. 
 
 Com relação ao comprimento, dentes com 
o CAD até 21mm é óbvio a seleção de 
limas com 21mm e, respectivamente para 
os dentes até 25mm e 31mm. 
 
 
 O diâmetro é selecionado, por meio da 
introdução e prova do instrumento 
previamente calibrado no comprimento 
desejado (CRI), porém o instrumento a ser 
provado não deverá ficar folgado nem 
muito justo no interior do canal, o que 
representaria respectivamente a 
possibilidade da lima cair durante a 
tomada radiográfica, bem como a 
extrusão (empurrar) tecidos saudáveis ou 
produtos tóxicos quando da mortificação 
pulpar para o periápice, acarretando 
agudização (dor) ou interferindo 
negativamente no processo de reparo 
cicatricial pós-tratamento endodôntico. 
 
 Após a cirurgia de acesso a exploração da 
entrada do canal é feita com explorador 
de ponta reta para dentes com a câmara 
pulpar volumosa e, com lima do tipo K, 
número 15, 21mm de comprimento e pré-
curvada (para ampliar a área de 
exploração) para dentes que possuem 
pouco volume na câmara pulpar. 
 
 
 O preparo da entrada do canal, 
normalmente é feito com brocas de Largo 
e Gates-Glidden de tamanhos compatíveis, 
respectivamente. 
 
 O esvaziamento do canal, de forma geral 
é feito, por meio da associação do 
hipoclorito de sódio a 2,5% e instrumentos 
do tipo K, de fino calibre, sempre 
renovando a substância química, com 
farta irrigação e aspiração, valendo-se das 
cânulas fina e calibrosa, respectivamente. 
 
 
 
 
 
69 
APOSTILA ENDODONTIA 
Quais Os Materiais Necessários? 
 
1. Negatoscópio 
2. Lupa 
3. Tamborel com limas 
4. Limas 
5. Stops de silicone 
6. Seringa de Irrigação 
7. Régua Endodôntica 
8. Régua transparente 
 
 
Técnica de Ingle – Sequência técnica 
1. Determinar o comprimento aparente do dente (CAD) com a radiografia 
 Pontos de referência: limite oclusal/incisal e limite apical 
 
2. Exploração do canal radicular (lima de menor diâmetro para explorar o dente) 
 Irrigação 
 Conhecer a anatomia interna (sensibilidade) 
 Esvaziamento 
 Lima Tipo K 
 Lima com diâmetro menor do que o diâmetro do canal (marcar no stop da lima a medida CAD – 
3mm) – LK 10 (série especial) ou 15 (primeira série) 
 O movimento da exploração é chamado de movimento de cateterismo 
 
 
 
 
70 
APOSTILA ENDODONTIA 
3. Preparo dos terços cervical e médio (alargar esses terços pra facilitar a entrada dos próximos 
instrumentos 
 
 Com brocas gates glidden (vai de 1 a 6 e coloca ela na baixa 
rotação) 
 Executado após a exploração do canal 
 Ampliar o diâmetro da região cervical do canal 
 Facilitar o acesso 
 
Gates Glidden 
 
 Entrar girando no interior do canal 
 Leve pressão apical (movimento de bicada, 3 ou 4, 
depois irriga, aspira e passa para a próxima broca) 
 Ordem de diâmetro 
 Acesso retilíneo (para evitar que ela frature) 
ü Dentes amplos e Retos: diâmetro decrescente da Gates 
Glidden 
ü Dentes estreitos e Curvos: utiliza limas protaper com 
diâmetro crescente 
ü Gates Glidden em CAD – 4mm ou até o início da 
curvatura 
4. Determinar o comprimento real do instrumento (CRI) – com a régua endodôntica 
 
Que lima utilizar? 
 Tem que estar justa no canal 
 No mínimo a lima 15 
 As limas 8, 10 não devem ser utilizadas (porque são menores) 
 Em dentes multirradiculares, pode-se utilizar vários tipos de limas 
 
5. Introduzir a lima no canal (CRI) e radiografar 
 Lima no CRI > Introduzir no canal > Radiografar 
 O instrumento escolhido deve ser aquele com o comprimento mais próximo do CRI ou CI. 
 O uso de limas números 06, 08 e 10 não são recomendados, devido suas pontas serem 
muito delgadas e com pequena radiopacidade e praticamente desaparecem, tornando-as 
C R I = C AD – 3,0mm 
 
 
 
71 
APOSTILA ENDODONTIA 
imperceptíveis na imagem radiográfica, sempre utilizar no mínimo o instrumento número 
15, caso seja volumoso para o diâmetro do canal, ampliar com limas de número inferiores 
previamente 
 
6. Determinar a distância ápice – instrumento (DAI) 
 
7. Determinar o CRD (comprimento real do dente) 
 
 
CRT (comprimento real de trabalho) = CRD – 1mm 
 
 
 
C R D = DAI + C R I 
 
 
 
72 
APOSTILA ENDODONTIA 
 
 O DAI pode ser negativo? Pode (seria 
como uma sobre instrumentação) 
 
 O DAI pode ser zero? Pode (quando a 
borda do instrumento fica rente ao ápice) 
 
Resumindo: 
1. Anestesia 
2. Isolamento Absoluto 
3. Cirurgia de Acesso 
4. Irrigação 
5. Medir o CAD 
6. Exploração com Lima 10 ou 15 marcada 
no comprimento CAD – 3mm 
7. Alargar os terços cervical e médio com 
Gates Glidden marcada no comprimento 
CAD – 4mm 
8. Calcular o valor do CRI no comprimento 
CAD – 3mm 
9. Escolher a lima que ficar justa e introduzir 
no canal e radiografar 
Qual situação encontra-se correta durante os cálculos para obtenção do “X”? 
 
 Errado Correto Errado 
 Tenho que deixar o stop rente ao ponto de referência (no caso, a borda incisal) 
Técnica De Clark 
 
 73 
APOSTILA ENDODONTIA 
 
 O método de Clark funciona a partir do princípio de paralaxe. 
 É necessário que o paciente seja submetido a três tomadas radiográficas. 
 Uma das tomadas é feita em posição central e as outras duas variam a angulação para a distal e 
para a mesial. 
Dentes Multirradiculares 
 Fazer o comprimento do DAI em cada canalo comprimento do DAI em cada canal 
Sequência Técnica 
ü Determinar o CAD 
ü Realizar a exploração do canal: CAD – 3mm 
ü Preparo cervical: Broca de Gates: CAD – 4mm 
ü Determinar o CRI = CAD – 3mm e introduzir a lima no canal e radiografar 
ü Determinar o DAI 
ü Calcular CRD = CRI + DAI 
ü Calcular o CRT = CRD – 1mm 
Tudo isso com o objetivo de determinar o CRD e o CRT 
Localizador Apical Eletrônico 
Determinar o CRD 
 
 
 
 
 
 
 74 
APOSTILA ENDODONTIA 
 
 
 
As substâncias químicas auxiliares são 
empregadas no interior do canal radicular com o 
objetivo de; 
ü Promover a dissolução de tecidos orgânicos 
vivos ou necrosados, 
ü a eliminação, ou máxima redução possível, 
de microrganismos, 
ü a lubrificação, a quelação de íons cálcio 
ü A suspensão de detritos oriundos da 
instrumentação. 
 Devem apresentar propriedades físicase 
químicas que as qualifiquem para esse 
objetivo. 
 São usadas durante a instrumentação dos 
canais radiculares, desempenhando ações 
químicas e físicas, concomitantemente 
com a ação mecânica dos instrumentos 
endodônticos. 
 Também são usadas após a 
instrumentação para remover das paredes 
do canal radicular a smear layer. 
 Geralmente, são utilizadas em forma de 
soluções líquidas. 
Preparo Químico-Mecânico 
Objetivos: 
 Limpeza 
 Modelagem (realizada pelos instrumentos endodônticos, por exemplo as limas, que 
fazem o desgaste das paredes dentinárias) 
 Ampliação (realizado pelos instrumentos endodônticos) 
 
As substâncias químicas auxiliares vão auxiliar na limpeza do SCR, justamente nas áreas em que os 
instrumentos não conseguem acessar. 
O objetivo do PQM é a confecção de um canal cônico com menor diâmetro apical e maior coronário. 
 
SUBSTÂNCIAS Químicas Auxiliares 
 
 75 
APOSTILA ENDODONTIA 
Preparo do Canal 
 Se eu não preparo o canal adequadamente, restam substratos (os microrganismos se proliferam) 
nele, o que leva a insucesso do procedimento. 
 Toda a extensão do canal radicular deve estar limpa. 
 A haste de corte é cônica para acompanhar a forma do canal radicular 
 Ação mecânica: realizada pelo corte dos instrumentos 
 Ação química: realizada pelas soluções irrigadoras 
 Ação física: irrigação/aspiração (esse processo leva a suspensão de resíduos de polpa, dentina 
para que possa ser aspirado) 
 
Substâncias Químicas Auxiliares 
 Auxiliares da instrumentação e soluções irrigadoras 
 A escolha da substância depende de suas propriedades físicas e químicas 
 São aplicadas com seringa e agulha 
Ações Físicas: 
 Suspensão de fragmentos 
 Lubrificante (facilitando a ação dos instrumentos 
Ações químicas: 
 Solvente de tecidos orgânicos (polpa por exemplo) 
 Atividade antimicrobiana 
 Atividade quelante (descalcificar a dentina e permitir que as substâncias penetrem) 
Suspensão De Fragmentos 
 Tem objetivo de manter os detritos orgânicos e inorgânicos liberados durante a instrumentação 
(suspensão) 
 Impedir a sedimentação (principalmente na região apical) 
 Detritos podem ser acumulados e causar: 
o Obstrução do canal (desvios – perfurações) 
o Forçados a se difundir para os tecidos perirradiculares (agentes irritantes) – causando inflamação 
e gerando dor 
 
 76 
APOSTILA ENDODONTIA 
 As substâncias auxiliares têm como função manter os detritos orgânicos e inorgânicos liberados 
durante a instrumentação do canal radicular, em suspensão, com o objetivo de impedir a sua 
sedimentação, novamente na região apical. 
 
 Detritos podem ser acumulados e obstruir o canal, favorecendo desvios e perfurações radiculares 
ou, em virtude da ação de êmbolo dos instrumentos, podem ser forçados a se difundir para os 
tecidos perirradiculares, onde atuariam como agente irritante. 
 Antes de a substância atingir uma viscosidade crítica, devemos renová-la, por meio da irrigação-
aspiração, o que favorece a remoção dos detritos mantidos em suspensão no interior do canal 
radicular. 
 A seguir, repete-se o preenchimento da cavidade pulpar com a substância química auxiliar da 
instrumentação. 
o Esta renovação deve ser realizada não somente a cada troca de instrumento, mas após um 
pequeno número de movimentos (5 a 10) imprimidos ao mesmo, durante o preparo do canal 
radicular. 
 Nos canais atresiados, principalmente, é um erro grave realizar a renovação da solução química 
auxiliar somente após o instrumento ganhar liberdade em seu interior. 
 A saturação da quantidade de líquido existente no interior do canal, por meio de resíduos oriundos 
da instrumentação, em vez de favorecer, dificulta o movimento do instrumento endodôntico. Além 
disso, favorece a extrusão do material além do forame, o que pode provocar reações inflamatórias 
ou mesmo uma resposta imunológica do organismo. 
 
 Pequenos volumes de solução existentes no interior dos canais têm suas propriedades esgotadas 
rapidamente. Para minimizar esse problema, devemos: 
o Manter a cavidade de acesso preenchida com solução química auxiliar (A movimentação e 
retirada do instrumento endodôntico no interior do canal favorecem a penetração e renovação do 
líquido) 
o Realizar renovações frequentes da solução química auxiliar 
Lubrificante 
 Durante a instrumentação surgem forças 
que se opõem ao deslocamento do 
instrumento 
 A lubrificação ajuda a lima a deslizar no 
canal 
 O canal sempre deve estar inundado da 
solução irrigadora 
 Quanto maior a lubrificação, menor a 
força de atrito 
 Quanto menor a tensão 
superficial/viscosidade de uma 
substância, maior será sua capacidade de 
umectação e penetração. 
 Baixa tensão superficial quer dizer que a 
substância vai molhar/ se espalhar mais 
 Logo, o ideal é que a substância tenha 
baixa tensão superficial e baixa 
viscosidade 
 Quanto menor a tensão superficial de 
uma substância, maior será sua 
capacidade de umectação e penetração, 
aumentando a efetividade da limpeza 
das paredes do canal radicular.
 
 
 
 77 
APOSTILA ENDODONTIA 
Solvente de tecidos orgânicos 
 Dissolver tecidos orgânicos 
 Todo tecido pulpar deve ser eliminado – pois se sobrar, ele servirá de substrato para proliferação 
bacteriana 
 A capacidade de dissolução depende: 
o Relação volume de solução/massa de tecido orgânico; 
o Área de contato com os tecidos; (é importante que a agulha consiga avançar dentro do canal 
para que possa molhar toda aquela área) 
o Tempo de ação; 
o Agitação mecânica/frequência da renovação; (é preciso agitar para que a suspensão ocorra) 
o Concentração da solução. 
Atividade Antimicrobiana 
 Microrganismos e seus produtos são os principais responsáveis pela iniciação e perpetuação das 
patologias pulpo-perirradiculares 
 Eliminação de microrganismo não removidos mecanicamente 
 A infecção do canal radicular usualmente é mista, com predomínio de bactérias anaeróbias. 
 No tratamento endodôntico, a limpeza e a desinfecção dos sistemas de canais radiculares são 
importantes, sendo logradas pela ação mecânica dos instrumentos, pela ação antimicrobiana 
das soluções químicas auxiliares da instrumentação e pelo fluxo e refluxo da solução irrigadora 
Atividade Quelante 
 Capacidade da substância remover íons 
 Consequência: desmineralização da dentina 
 O efeito descalcificante (agente quelante) promove a diminuição da resistência dentinária à ação 
de corte dos instrumentos 
 Os quelantes usados em Endodontia são substâncias orgânicas que removem íons cálcio da 
dentina, fixando-os quimicamente. 
 A quelação corresponde à ação dessas substâncias sobre os íons metálicos e o composto dessa 
adição é denominado quelato. 
 Canais atresiados – alargamento do canal (geralmente ocorre em molares) 
 Durante a instrumentação de canais atresiados, recomenda-se o uso de quelantes para facilitar o 
trabalho de alargamento do canal. 
 O efeito descalcificante do agente quelante resulta em menor resistência dentinária à ação de 
corte dos instrumentos endodônticos durante a instrumentação dos canais atresiados. 
A Substância Química Ideal deve apresentar: 
1. Baixa viscosidade; 
2. Baixa tensão superficial; 
3. Ser Biocompatível; 
4. Dissolução de tecidos orgânico vivos ou 
necrosados; 
5. Eliminação ou máxima redução de 
microrganismos; 
6. Lubrificação das paredes do canal; 
7. Quelação de íons cálcio; 
8. Suspensão de detritos oriundos da 
instrumentação.
 
 77 
APOSTILA ENDODONTIA 
Hipoclorito de Sódio - NaOCl 
 SQA mais usada mundialmente 
 Velocidade de dissolução/ação antimicrobiana 
 Utilizamos a concentração de 2,5% 
Comercialmente temos: 
 Líquido de Dakin – NaOCla 0,5% 
 Solução de Milton - NaOCl a 1% 
 Licor/água de Labarraque – NaOCl a 2,5% 
 Soda Clorada - NaOCl de 4 a 6%% - média de 5,25% (solução de Grossman) 
 Quanto mais baixa a concentração de hipoclorito, maior a biocompatibilidade da solução 
 Quanto maior a concentração, maior a capacidade antimicrobiana 
Reação Aquosa – Componentes: 
 
NaOCl + H2O – NaOH +HOCl (ácido hipoclororoso – responsável pela ação antimicrobiana) 
 O ácido hipocloroso é a substância responsável pela atividade antimicrobiana da solução. 
 Assim, em pH ácido, a atividade antimicrobiana da solução será potencializada, apesar de sua 
estabilidade estar comprometida. 
 A dissolução de tecido pulpar em um pequeno período de tempo somente se dá por um efeito 
combinado entre o hidróxido de sódio e o ácido hipocloroso oriundos da hidrólise do hipoclorito 
de sódio, cada um reagindo com determinados componentes da polpa 
Hidróxido de sódio responsável pela dissolução tecidual: 
 Desnaturação das proteínas – aminoácidos (solúveis) – facilmente eliminadas 
 Esterificação de lipídeos – substâncias solúveis (sabões e ácidos graxos) – diminui TS 
 A capacidade de dissolução tecidual promovida pelo hipoclorito de sódio faz com que fragmentos 
de tecido pulpar sejam liquefeitos, facilitando, assim, sua remoção do interior do sistema de canais 
radiculares. 
 A dissolução do tecido pulpar se verifica pelo efeito combinado entre o hidróxido de sódio e o ácido 
hipocloroso, cada um reagindo com determinados componentes da polpa dentária. 
 O hidróxido de sódio reage com ácidos graxos (óleos e gorduras) presentes na matéria orgânica, 
formando sais de ácidos graxos (sabão) e glicerol (álcool). Reage também com aminoácidos das 
proteínas, formando sal e água (reação de neutralização). 
 O ácido hipocloroso reage com grupamento amina dos aminoácidos das proteínas, formando 
cloraminas e água. 
Propriedades do NaOCl: 
ü Excelente atividade antimicrobiana; 
ü Solvente de mateia orgânica; 
ü Desodorizante (neutralizar o odor fétido 
das bactérias); 
 
 79 
APOSTILA ENDODONTIA 
ü Clareador; 
ü Lubrificante; 
ü Baixa tensão superficial; (capacidade de 
molhar) 
ü Detergente (saponificação dos lipídios – 
gorduras); 
ü Neutraliza produtos tóxicos. 
O cloro pode desodorizar por dois mecanismos: 
ü Atividade letal sobre os microrganismos envolvidos na infecção pulpar; 
ü Ação oxidativa sobre os produtos bacterianos, neutralizando-os e eliminando o mau odor. 
Fatores que Interferem nas Propriedades: 
ü Concentração 
ü Temperatura 
ü Quantidade de matéria orgânica (relação volume da solução/massa de tecido) 
 
 Quanto maior a concentração e temperatura, mais rápida a dissolução tecidual (por isso que agita 
a agulha dentro do canal, para aumentar a temperatura e, consequentemente a dissolução 
tecidual). Maior a capacidade de dissolução e atividade antimicrobiana sobre os tecidos orgânicos 
e sobre os microrganismos. 
 Quanto maior o volume de solução, melhor. 
Vantagens: 
 Relativamente barato; 
 Rápida atuação; 
 Desodorizante e lubrificante; 
 Atividade antimicrobiana; 
 Relativamente não tóxico; 
 Solvente de matéria orgânica; 
 Concentrações facilmente determinadas; 
 Clareador. 
Desvantagens: 
 Instável ao armazenamento (oxidante) – 
luz e aumento de temperatura; 
 Forte odor; 
 Corrosivo; 
 Descora tecidos; 
 Gosto desagradável; 
 Não dissolve partículas inorgânicas; 
 Irritante de pele e mucosa. 
Perigos: 
 Injeção além do forame (a solução extravasar pelo forame e atingir os tecidos perirradiculares) 
o Forame alargado 
o Pressão externa no êmbolo da seringa 
o O paciente apresentar dor, região edemaciada 
 
 Acidente com hipoclorito nos tecidos perirradiculares 
 
 80 
APOSTILA ENDODONTIA 
Como evitar? 
o Usando agulhas endodônticas adequadas (projetadas para dispersar o irrigante pela 
extremidade lateral) 
o Pressão cuidadosa no êmbolo da seringa 
o Agulha livre no interior do canal radicular – para promover um fluxo 
o Usar outras ferramentas de irrigação (PUI – pontas ultrassônicas) 
 
CLOREXIDINA – digluconato de clorexidina 
 Agente antibacteriano de amplo espectro 
 Bastante utilizada na periodontia 
 Apresentação líquida ou em gel 
 Concentração 2% 
A solução de eleição é o Hipoclorito de Sódio 
Propriedades: 
 Agente antimicrobiano 
 Substantividade (efeito prolongado) – 
capacidade de aderir à substância 
dentinária e ir liberando a clorexidina ao 
longo do tempo) 
 Baixa tensão superficial 
 Biocompatibilidade (relativa ausência de 
toxicidade) 
Desvantagens: 
 Não apresenta capacidade de dissolução 
de tecidos 
 Não tem ação clareadora 
Não podemos associar Clorexidina com 
Hipoclorito de Sódio! 
 Associação forma um precipitado com 
pigmentação marrom-acastanhado 
 Precipitado tóxico 
 Precipitado pode obliterar os túbulos 
dentinários 
 
 
Em que casos vamos usar Clorexidina? 
 Alergia ao hipoclorito 
 Dentes com Rizogênese incompleta (para 
não entrar em contato com o tecido 
periapical)
EDTA 17% - ácido etilenodiamino tetracético dissódico 
 Sal derivado de um ácido fraco 
 Começou a ser utilizado em 1957, Ostby – em canais atrésicos 
 Capaz de produzir a quelação de íons cálcio da dentina 
 
 81 
APOSTILA ENDODONTIA 
 Remove a smear layer (magma dentinário, barro dentinário, lama dentinária, camada de 
esfregaço): representa a formação de qualquer resíduo produzido pela ação de corte de um 
instrumento sobre a dentina, esmalte ou cemento 
o Camada superficial de detritos orgânicos e inorgânicos que reduzem a permeabilidade 
dentinária: 
o Raspas de dentina 
o Fragmentos de polpa 
o Substâncias químicas 
o Microrganismos 
Implicações clínicas de não remover a smear layer: 
o Obstrui os túbulos dentinários (barreira física); 
o Reduz a permeabilidade da dentina; 
o Dificulta a penetração da medicação intra-canal; 
o Prejudica a adesividade e adaptação dos materiais obturadores. 
 
Smear Layer após instrumentação do canal 
Smear Layer: 
 A porção inorgânica é formada por raspas 
de dentina e materiais inorgânicos não 
específicos, oriundos do tecido dentário 
calcificado. 
 A orgânica pode ter como componentes 
tecido pulpar vivo ou necrótico, 
remanescentes de processos 
odontoblásticos, proteínas coaguladas, 
células sanguíneas, saliva e bactérias e 
seus produtos 
 Mesmo após o preparo químico-mecânico 
do canal, algumas bactérias ainda aí 
permanecem, assim como nos túbulos 
dentinários. 
 Na ausência do cemento radicular e na 
existência de comunicação com o exterior 
(ligamento periodontal), as bactérias 
presentes podem iniciar e/ou manter 
complicações, como reabsorções 
radiculares e patologias perirradiculares. 
 Nestas condições, a presença da smear 
layer “protege” as bactérias, impedindo 
que os medicamentos entrem em contato 
com as paredes do canal ou, até mesmo, 
que penetrem nos túbulos dentinários. 
 A remoção da smear layer facilita a 
penetração dos cimentos obturadores nos 
túbulos dentinários e melhora a 
adaptação do cone de guta-percha às 
paredes do canal, aumentando a 
eficiência seladora da obturação. 
 O EDTA quela a porção calcificada e expõe 
o colágeno, sendo que o hipoclorito atua 
removendo o material orgânico, inclusive 
o colágeno da matriz.
 
 
 
 82 
APOSTILA ENDODONTIA 
Vantagens do EDTA: 
ü Remove a smear layer 
ü Aumenta a permeabilidade da dentina 
ü Permite a penetração da medicação nas áreas inacessíveis a instrumentação 
ü Ação autolimitante 
ü Biocompatível com tecidos periapicais 
 
Quando devemos usar o EDTA? 
 Uso após o PQM 
o Irrigação final 
o Agitação por 3 minutos 
 O EDTA deve ser acondicionado em recipiente e seringa plástica (seringa de insulina) 
 É preciso deixar o EDTA no canal em torno de 3 minutos, agitando-o com uma lima. 
 A última irrigação deve ser sempre com hipoclorito de sódio (para que o NaOCl possa alcançar os 
microrganismos que estavam no interior dos túbulos) 
 A associação de Clorexidina e EDTA resulta em um precipitado nebuloso branco. 
Irrigação Final: 
ü Hipoclorito 
ü EDTA 3 min 
ü Hipoclorito 
Irrigação X Aspiração: 
 
 Irrigação: corrente líquida no interior da 
cavidade pulpar 
 Aspiração: ação de atrair, por sucção, 
fluidos e partículas sólidas de uma cavidade 
(com cânulas de aspiração) 
 Na Endodontia, a irrigação é realizada 
concomitantemente à aspiração com o objetivo 
de renovar a substânciaquímica no interior de 
um canal radicular e de tornar a limpeza do 
canal radicular mais efetiva. 
 Em conjunto com a instrumentação e a SQA, constitui uma importante fase do tratamento 
endodôntico, denominada preparo químico-mecânico dos canais radiculares. 
 São fenômenos físicos distintos 
 São simultâneos 
 Remoção de detritos 
 Redução do número de microrganismos 
 
 83 
APOSTILA ENDODONTIA 
 
A saída lateral da agulha faz com que o líquido saia espalhado, diminuindo a pressão no forame apical 
 
Cânulas para aspiração metálica e plástica 
 
Técnica Irrigação X Aspiração 
Princípios Fundamentais da Irrigação/Aspiração: 
 Não prender a agulha 
 Escoado cerca de 1 a 5ml de líquido/min 
 Renovação a cada troca de instrumento e a cada 10 a 15 movimentos 
 Quanto maior o volume de líquido, maior a limpeza 
 O movimento de vai e vem da agulha aumenta a agitação mecânica da solução no interior do 
canal – maior limpeza 
 Indica-se em média de 15 a 20 ml de líquido para cada canal 
 
Irrigação: Irrigar/Aspirar/Inundar 
ü Início: só na câmara pulpar 
ü Quanto mais alargar, maior a penetração 
ü Injetar com leve pressão 
ü Deixar o espaço para o refluxo 
ü Até 3mm aquém do CRT 
ü Fazer o processo antes, durante e depois 
 
 
 
 84 
APOSTILA ENDODONTIA 
Objetivos: 
ü Remoção de Detritos 
o A remoção de detritos do interior do canal é feita pela ação mecânica da haste de corte 
helicoidal cônica dos instrumentos endodônticos, auxiliada pela irrigação-aspiração. 
o Os resíduos em suspensão na substância química auxiliar ou sedimentados nas paredes do 
canal são geralmente removidos a expensas da energia cinética do jato, da turbulência e 
do refluxo da corrente líquida, que os arrasta para fora do canal radicular. 
o Considerando que a velocidade do jato é limitada pela pressão dada no êmbolo da seringa, 
devemos injetar maior volume de solução para melhorar a eficiência da limpeza (remoção 
de detritos). 
o É importante a remoção dos detritos do interior do canal radicular, uma vez que podem 
abrigar microrganismos, dificultando a ação do fármaco utilizado como medicamento 
intracanal e atuar como irritantes, quando forçados para os tecidos perirradiculares. Além 
disso, podem alterar a capacidade de selamento da obturação do canal radicular 
 
ü Redução do número de microrganismos 
o A redução do número de microrganismos existentes no interior do canal radicular é 
conseguida a expensas da corrente líquida que, no refluxo, arrasta grande quantidade de 
microrganismos para fora do canal. 
Métodos de Irrigação – Dispositivos para Otimização: 
 Irrigação manual 
 Easy clean 
 PUI (irrigação ultrassônica passiva) 
Como o canal fica após o PQM: 
 Canal totalmente permeável (livre pra receber medicação intracanal e obturação) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
85 
 
APOSTILA ENDODONTIA 
 
 
 O PQM tem como objetivo promover a limpeza, ampliação e a modelagem do canal radicular. 
 O objetivo do preparo químico-mecânico é limpar, ampliar e dar forma definida ao canal radicular 
para que ele possa receber o material obturador. 
 São processos simultâneos 
Objetivos 
Limpeza e Desinfecção 
 A limpeza e desinfecção do sistema de canais radiculares visam à eliminação de irritantes como 
microrganismos, seus produtos e tecido pulpar vivo ou necrosado. 
 Durante o PQM, a limpeza é lograda pela ação mecânica dos instrumentos endodônticos junto às 
paredes internas do canal radicular principal. 
 Aliada a essa ação mecânica, uma ação de limpeza do sistema de canais é obtida pelo emprego 
de soluções químicas auxiliares de instrumentação. 
 Estas soluções devem ser dotadas de propriedades solventes de matéria orgânica e de atividade 
antimicrobiana. Também devem apresentar baixa tensão superficial e baixa viscosidade (grande 
molhabilidade). 
Ampliação e Modelagem 
 Visam à confecção de um canal de 
formato cônico com o menor diâmetro 
apical e o maior em nível coronário. 
 Esse formato cônico obtido, também 
chamado canal cirúrgico, deve, 
obrigatoriamente, conter em seu interior o 
canal anatômico. 
 Formação de degraus, perfurações e 
deslocamentos apicais internos ou 
externos são acidentes indesejáveis, 
observados na instrumentação de canais 
curvos. 
 Ligas Ni-Ti apresentam pequenos módulos 
de elasticidade em relação ao aço 
inoxidável e, em consequência, permitem 
a obtenção de instrumentos endodônticos 
com grande elasticidade, resistência à 
deformação plástica e à fratura por 
fadiga. 
 Movimentos de alargamento parcial à 
direita, alargamento parcial alternado 
(reciprocante) ou alargamento contínuo 
imprimidos ao instrumento endodôntico 
diminuem, significativamente, a incidência 
de acidentes durante o preparo dos canais 
radiculares curvos. 
 Consideramos a ampliação, a 
modelagem, a limpeza e a desinfecção 
completas quando o planejamento do 
preparo foi cumprido, utilizando-se 
diâmetros, conicidades e movimentos dos 
instrumentos adequados à anatomia do 
canal, substâncias químicas auxiliares 
dotadas de atividade solvente e 
antimicrobiana, assim como irrigações-
aspirações eficientes.
 
Fundamentos do Preparo Químico-Mecânico 
 
86 
 
APOSTILA ENDODONTIA 
Técnica Endodôntica: 
 Cirurgia de Acesso (remoção do teto da câmara pulpar, tendo acesso à polpa e os tecidos 
radiculares) 
 Tem que permitir o acesso retilíneo do instrumento (dar expulsividade e remover excessos das 
paredes adjacentes, para que a introdução do instrumento seja facilitada) 
 Odontometria 
 PQM 
 Obturação 
Técnica Coroa – Ápice 
Técnica de Oregon 
 Preparo do terço cervical 
 Preparo do terço médio (até o terço médio, todas as limas introduzidas estão na medida CRI) 
 Odontometria 
 Preparo do terço apical (a partir daqui todos os instrumentos devem estar no CRT) 
Finalidades do Preparo do Canal Radicular: 
 Utilizamos meios mecânicos, meios químicos e meios físicos. 
 Meios Mecânicos: instrumentos 
 Meios Químicos: substâncias químicas auxiliares 
 Meios Físicos: irrigação-aspiração e movimentos realizados 
 Patência Apical 
 É a limpeza foraminal 
 Apenas “passar” o instrumento, sem alargar para não causar uma iatrogenia (como fratura de 
instrumentos) 
 O canal precisa ser limpo por completo! 
 A patência trabalha no limite do CRD 
 Deve ser feita com instrumento de pequeno diâmetro compatível com o tamanho do dente 
 É possível sentir quando há a passagem do instrumento pela constrição apical 
Ao final do processo de Limpeza e Modelagem, devemos obter: 
 Forma cônica afunilada em sentido apical 
 Manter a forma original do canal (não 
provocar desvios, perfurações e 
trepanação) 
 Manter a posição foraminal (fazer a 
patência, mas sem alterar o forame) 
 Limite apical e lateral de ampliação 
adequada 
 A lima só é utilizada no canal principal
 
 
 
 
 
87 
 
APOSTILA ENDODONTIA 
Deformações que podem ocorrer (erros): 
 Planejamento adequado evita acidentes 
como: 
 Degrau (porque não respeitou a curvatura 
– forma original do canal, sem ter feito 
uma pré-curvatura na lima antes de inseri-
la no canal) 
 
 Falso canal 
 
 Transporte apical externo – ZIP (é o 
alargamento da região apical) 
 
 Perfurações 
 
Movimentos dos Instrumentos Endodônticos 
Instrumentos Endodônticos: 
 Limas tipo K 
 Limas tipo K-flex 
 Limas Hedstroen 
 Limas de Ni-Ti 
 
Tipos de Movimentos: 
 Movimento de Remoção 
 Movimento de Exploração 
 Movimento de Alargamento 
 Movimento de Limagem 
 Movimento de Alargamento e Limagem 
 
 
 
88 
 
APOSTILA ENDODONTIA 
Movimento de Remoção 
 Este movimento é composto de três manobras: avanço do 
instrumento endodôntico, rotação de uma a duas voltas à direita sobre 
o seu eixo e tração em sentido à coroa dentária. 
 O movimento de remoção não promove a ampliação e a 
modelagem do canal radicular, mas sim, o seu esvaziamento parcial 
 Indicado em situações de dente com vitalidade pulpar, em que 
a polpa coronária e radicular ainda está presente. 
 
 É usado na remoção da polpa dentária, sendo que,nesse caso, a penetração do instrumento deve 
alcançar o segmento apical do canal radicular. 
 Também é indicado na remoção de detritos livres no interior do canal, bolinhas de algodão e cones 
de papel utilizados com o medicamento intracanal. 
 Sempre em sentido horário 
 Instrumentos que podem ser utilizados: Extirpa-nervos (20, 25 e 30) Limas Hedstroen 
 
Movimento de Exploração/Cateterismo 
 É a introdução de um instrumento endodôntico no interior de 
um canal radicular com finalidade de conhecer a sua anatomia 
interna. 
 É realizado imprimindo-se ao instrumento pequenos avanços em 
sentido apical, conjuntamente, com discretos movimentos de rotação 
à direita e à esquerda com pequenos retrocessos 
 Para dentes com patologia infecciosa, polpa necrosada 
 
 Avançando gradativamente o instrumento no interior do canal, fazendo pequenos giros à direita e 
a esquerda, até o stop chegar na referência (CRI) 
 Utilizar preferencialmente instrumentos de pequeno diâmetro (pode ser da 6 a 15), como as limas 
da série especial (no CRI) 
 É utilizado no cateterismo de canais radiculares amplos. 
 Esse procedimento tem como objetivos o conhecimento da anatomia interna e o esvaziamento 
inicial do canal radicular, assim como, a determinação da odontometria. 
 Para a realização do movimento de cateterismo, os instrumentos endodônticos de aço inoxidável 
devem possuir diâmetros menores do que o dos canais radiculares e não necessitam ser pré-
curvados (dobrados). 
 
89 
 
APOSTILA ENDODONTIA 
Movimento de Alargamento 
 O alargamento consiste no giro (movimento de rotação) e no 
deslocamento compressivo (movimento de avanço) simultâneos de 
um alargador no interior de um furo (canal radicular). 
 Para que ocorra o alargamento (corte do material), é necessário 
que o instrumento trabalhe justo no interior de um furo, ou seja, o 
diâmetro do instrumento deve ser maior que o do furo 
 Pode ser parcial à direita ou Contínuo 
 
 Parcial à direita 
o Consiste em um avanço do instrumento gradativo no interior dos canais radiculares com 
giro à direita e tração 
o Evita/diminui a formação de degraus 
o Diminui o risco de fraturas 
o Utilizar limas tipo K, durante a etapa do preparo do terço apical (neste momento o 
instrumento está no CRT) 
o A rotação à direita provoca o avanço do instrumento no sentido apical do canal radicular 
seguido de corte parcial das paredes dentinárias do canal. 
o A tração remove a dentina cortada das paredes do canal radicular, ampliando o seu 
diâmetro. 
o A principal indicação do movimento de alargamento parcial à direita é no cateterismo de 
canais atresiados. 
 
 Alargamento Contínuo 
 Deve ser utilizado também no preparo apical, 
porém de canais curvos. 
 Instrumentos indicados: Ni-Ti/Protaper Manual 
(especialmente em casos de canais curvos), Limas Tipo K 
 Girar continuamente o instrumento a direita, 
avança e retira 
 Giro em sentido horário, remoção no sentido anti-
horário 
 Instrumento que também realiza esse movimento: brocas Gates e brocas largos 
 
Movimento indicado nesses casos de canais achatados 
 
90 
 
APOSTILA ENDODONTIA 
Exemplo de canais achatados: canal distal do molar inferior, mais achatado no sentido mésio-distal) 
Movimento de Limagem/Raspagem 
 Pode ser realizado com Limas Tipo K ou Limas Hedstroen 
 Avançar no interior do canal, realizar uma tração com pressão 
lateral e retira parte do instrumento, avança novamente focando em 
outra parede, de forma que possa raspar e limar todas as paredes 
internas, para que a ponta ativa do instrumento toque todas as paredes 
e ajude a remover todos os detritos que lá se encontram 
 O movimento de limagem (raspagem) é longitudinal alternativo, 
caracterizado pelo avanço do instrumento no interior do canal radicular e de tração (retrocesso) 
linear curto, com a aplicação de uma força lateral contra as paredes dentinárias 
 A cada tração, a lima não deve ser removida do canal. Isso apenas é feito quando esta se encontra 
com grande liberdade no interior do canal, sendo, então, substituída por outra de diâmetro 
imediatamente superior. 
 Ele é feito em todas as paredes e repetido por várias vezes por todo o contorno do canal radicular 
 
Movimento de Alargamento e Limagem 
 Indicado para quando se realiza retratamento 
 Avançar com o instrumento no interior do canal, leve giro de ¼ à 
direita, tracionar na parede lateral e retroceder (fazer isso em todas as 
paredes) 
 Utilizar limas tipo K 
 
Sistemas Rotatório e Reciprocante 
 Realizam movimentos de alargamento contínuos 
 Sistemas de lima única 
 Movimento em sentido anti-horário 
 Ex: Wave one, reciproc 
 
 
Técnica de Oregon Modificada 
 Também chamada Coroa-Ápice sem pressão 
 Desenvolvida em 1980 por Marshal e Palpin 
 Esta técnica inovou ao fazer um preparo de cervical para apical reduzindo a extrusão de restos 
necróticos e produtos microbianos em direção aos tecidos ´perirradiculares. 
 Diminui os Flare Ups, as reicidivas e a sintomatologia durante e no pós-operatório 
 
91 
 
APOSTILA ENDODONTIA 
Passo a passo: 
 Movimento de Remoção (canal úmido, cirurgia de acesso, localização dos canais, início do 
movimento de exploração) 
 Movimento de Exploração (Limas da 6 a 15 no CRI) – explorar = conhecer o canal, chamamos de 
caminho deslizante 
 Preparo dos terços cervical e médio (executado com Gates-Glidden em ordem decrescente de 
diâmetro com a medida pré-estabelecida do C.A.D – 4mm, compatível com o diâmetro do canal 
radicular) 
o Em caso de dentes com canais amplos e retos (ex: incisivos superiores), posso realizar o preparo 
dos terços cervical e médio com brocas Gates (utilizando em ordem decrescente de diâmetro, no 
CAD – 4mm) – porém a Gates só tem 19mm, elas entram e saem acionadas (não pode parar ela 
dentro do canal) 
o Emprego das brocas Gates Glidden 
§ Devem ser introduzidas girando no sentido horário 
§ Elas não cortam em profundidade, mas sim em lateralidade 
§ O calibre escolhido deve ser compatível com o diâmetro do canal (basear a medida 
na radiografia de diagnóstico, lima utilizada na exploração) 
o Aplicar suave pressão com movimentos verticais (entrada e saída) 
o Finalidade desse preparo: ampliar o diâmetro dos terços médio e cervical para permitir o acesso 
do instrumento no terço apical, promovendo um acesso mais retilíneo a região apical 
(simultaneamente irrigação-aspiração) 
 Odontometria 
o Para o preparo do terço apical, preciso do CRT 
o Para isso, selecionar a lima que se ajusta no canal no CRI e radiografar 
o Após radiografia, verificar a distância ápice-instrumento 
o DAI + CAD = CRD 
o CRD – 1mm = CRT (Instrumentos nesse valor) 
 Realizar a patência apical – IAF significa instrumento apical foraminal (geralmente lima 10 ou 15 
no CRD) 
o O instrumento patente apical é fundamental na prevenção da compactação apical de raspas de 
dentina durante a instrumentação, evitando assim agudizações. 
 Preparo dos terços médio e apical 
o Instrumentos manuais: Limas tipo K, em ordem decrescente de diâmetro até chegar no CRT, onde 
será confeccionado o batente apical (movimento de limagem) 
 
 Manter a patência foraminal e a irrigação/aspiração após cada intervenção no canal radicular 
 A primeira lima que chegar no CRT é chamada de instrumento apical inicial (IAI) – é o primeiro 
instrumento que se ajusta ao canal radicular 
 
92 
 
APOSTILA ENDODONTIA 
 O IAF é o instrumento que manterá o forame limpo ou patente no CRD (IAF vai ultrapassar o forame 
para fazer a limpeza sem ampliar, o IAI vai ficar 1mm aquém do forame, no comprimento do CRT) 
 Portanto, o diâmetro IAF será menor que o do IAI (diâmetro robusto) 
 Confecção do batente apical: 
o A partir do IAI, uso as 3 limas subsequentes chegando no CRT, realizando os movimentos de 
raspagem/limagem para ampliar e modelar (principalmente no terço apical) 
o Só passa para próxima lima quando ela está folgada no canal (antes, irrigar e aspirare fazer 
patência) 
o O preparo dos terços médio e apical é realizado após o preparo cervical, consiste na forma final 
do preparo. O batente apical após a instrumentação (para que o cone trave no batente e não 
ultrapasse o forame, evitando lesionar a região periapical) 
 Após determinar o IAI, instrumenta-se o canal com 3 limas subsequentes maiores no CRT, com a 
técnica da instrumentação seriada, para formação do batente apical. 
 O último instrumento utilizado no canal, é chamado de instrumento memória (IM) e será a 
referência para o cone na obturação. 
 
 Após a confecção do batente apical, passar o instrumento patente, mantendo assim o preparo do 
canal completamente regularizado e pronto para recebr a obturação tridimensional do SCR. 
 
Considerações Finais: 
o O PQM adequado permite uma limpeza efetiva do SCR e favorece uma obturação 
tridimensional. 
 
 
 
 
93 
 
APOSTILA ENDODONTIA 
 
 
 São fabricados com liga Ni-Ti 
 Mais flexíveis e resistentes à fratura 
 Indicada para o preparo do SCR estreitos 
e curvos e/ou atrésicos (pré-molares e 
molares) 
o Maior nível de dificuldade 
o Limitação dos instrumentos (gates) 
o Instrumentos Ni-Ti 
(superelasticidade – menor risco de 
fraturas) 
 Constituído pelas limas SX, S1, S2, F1, F2 e 
F3 
 
 
 
 Sendo constituídos por dois tipos de 
instrumentos especiais denominados 
modeladores (shaping files) e de 
acabamento (finishing files) 
 A conicidade variada ao longo da haste 
de corte helicoidal cônica permite que os 
instrumentos protaper® Universal, ao 
serem empregados no CT, promovam a 
modelagem de um canal no sentido 
coroa-ápice. 
 São fabricados na versão manual (cabo) e 
mecanizada (haste de acionamento). 
 Movimento realizado: de alargamento 
contínuo 
 
 Todas as limas têm 16mm de parte ativa 
 SX (19mm de parte ativa + parte inativa), demais (21, 25 e 
31mm) 
 SX, S1, S2, F1 e F2: ponta triangular convexa (maior 
resistência) 
 F3, F4 e F5: ponta triangular côncava (maior flexibilidade, 
para ser utilizada no terço cervical) 
 
 
Sistema Protaper Universal Manual 
 Shaping files (modeladores): são utilizadas 
no preparo do terço cervical e médio 
 
o SX: laranja 
o S1: azul 
o S2: branco 
o São utilizadas no CRI (CRI = CAD – 
3) 
 
 
 
 
S i s t e m a Protaper 
 
94 
 
APOSTILA ENDODONTIA 
 Finishing files (finalizadoras): utilizadas na 
finalização apical 
o F1: amarelo 
o F2: vermelho 
o F3: azul 
o Limas adicionais: F4 (preto) e F5 
(amarelo) 
o Utilizadas no CRT (CRT = CRD – 1) 
Instrumentos Modeladores 
Finalidade: 
 Facilitar o PQM 
 Preparar os terços cervical e médio 
 Limas SX (laranja), S1 (roxo) e S2 (branco) 
 Apresentam conicidade crescente no sentido de D16 
 Flexibilidade maior do segmento apical desses instrumentos 
 São empregados para alargar o corpo do canal (segmento cervical e médio). 
Limas Modeladoras SX 
 D0 = 0,19mm 
 D14 = 1,2mm 
 Conicidade 04 
 É a única lima que se apresenta com 
19mm 
 16mm de ponta ativa 
 Instrumento modelador auxiliar 
 Preparo e modelagem dos terços cervical 
e médio de canais estreitos e curvos 
 
 
 
 
 
 
 
Lima S1: 
 D16 = 1,2mm 
 D0 = 0,17mm 
 Conicidade crescente de 0,2 
 Terço cervical 
 CRI 
 
Lima S2: 
 D0 = 0,20mm 
 D16 = 1,2mm 
 Conicidade crescente de 0,4mm 
 Terço médio 
 CRI 
 
 
 
95 
 
APOSTILA ENDODONTIA 
Finalizadoras ou de Acabamento: Limas F 
 Dilatar o diâmetro do preparo apical 
 CRT 
 Obter uma conicidade adequada e progressiva dos terços médio e apical, respeitando a forma 
original do canal 
Lima F1: 
 D0 = 0,2mm 
 Conicidade decrescente 
 D16 = 1,125mm 
 Ponta ativa convexa: maior resistência 
 CRT 
 
Lima F2: 
 Conicidade decrescente 
 D0 = 0,25mm 
 D16 = 1,120mm 
 Ponta ativa convexa: maior resistência 
 CRT 
 
Lima F3: 
 Conicidade decrescente 
 D0 = 0,3mm 
 D16: 1,120mm 
 Ponta ativa côncava: maior flexibilidade 
 CRT 
 
Lima F4: 
 D0 = 0,4mm 
 D16 = 1,14mm 
 Conicidade decrescente 
 CRT 
 Ponta ativa côncava: maior flexibilidade 
 
Lima F5 
 D0 = 0,5mm 
 D16 = 1,13mm 
 Conicidade decrescente 
 CRT 
 Ponta ativa côncava: maior flexibilidade 
Técnica de Instrumentação 
1. Radiografia de diagnóstico 
2. Cirurgia de acesso 
3. Localização da embocadura dos canais radiculares (com sonda nº 47) 
4. Irrigação - aspiração 
5. Exploração do canal (limas especiais, 10 e 15 no CRI) 
6. Preparo do corpo do canal com SX 
a. Movimento de alargamento contínuo (horário = à direita/anti-horário = remoção) 
b. Leve pressão apical (é possível por conta da flexibilidade do instrumento) 
c. No CRI em rotação completa contínua (alargamento contínuo) 
 
96 
 
APOSTILA ENDODONTIA 
7. Preparo do corpo do canal com S1 
a. Preparar o conduto nas áreas ainda não instrumentadas 
b. CRI 
c. Movimento de alargamento contínuo 
d. Irrigando e aspirando até a lima ficar “folgada” 
8. Preparo do corpo do canal (terço cervical) com S2 
a. Utilizada até o CRI 
b. Movimento de alargamento contínuo 
c. Irrigando até ficar “folgada” 
9. Odontometria 
a. CAD – 3mm = CRI 
b. Colocar o instrumento que se ajusta no CRI e faz a radiografia, obtendo o DAI 
c. A partir do DAI temos o CRD (DAI + CRI = CRD) 
d. E a partir do CRD temos o CRT (CRT = CRD – 1mm) 
10. Há algumas situações em que é necessário retornar com as limas S no canal no CRT: iniciar o 
preparo do terço médio e apical 
a. Irrigação 
b. S1 (no CRT) 
c. Irrigação 
d. Patência 
e. Irrigação 
f. S2 (no CRT) 
g. Irrigação 
h. Patência 
i. Irrigação 
11. Preparo do terço apical F1, F2, F3, F4 e F5 
a. Confecção do batente apical 
b. No CRT 
c. Movimento de alargamento contínuo 
d. Sequência: 
 F1 (até ficar 
confortável/folgada) 
 Irrigação 
 Patência 
 Irrigação 
 F2 
 Irrigação 
 Patência 
 Irrigação 
 F3 
 Irrigação 
 Patência 
 Irrigação 
 Caso a lima fique muito 
folgada (canais muito amplos) 
passamos para a F4 
 Irrigação 
 Patência 
 Irrigação 
 F5 
 Irrigação 
 Patência 
 Irrigação 
 Sequência de remoção 
da smear layer usando EDTA 
17% 
12. Medicação intracanal ou obturação definitiva 
Observações 
 O protocolo do sistema protaper recomenda a instrumentação até a lima F3, porém há casos que é 
necessário utilizar as demais (pacientes muito jovens com canais relativamente amplos, em que há uma 
a deposição excessiva de dentina, canais palatinos de 1ºMS, Canais distais de molares inferiores) 
 A obrigatoriedade do protocolo é chegar até a F3 
 A obturação de canais preparados com protaper é feita com cone único. 
 
97 
 
APOSTILA ENDODONTIA 
Medicação 
 
 
Consiste na aplicação de um medicamento no interior do canal radicular por um período geralmente mais longo 
do que de uma consulta e que visa exercer algum efeito terapêutico. 
Objetivos 
1. Eliminar microrganismos que 
sobreviveram ao PQM 
2. Impedir a proliferação dos 
microrganismos que sobreviveram ao 
PQM 
3. Barreira físico-química 
4. Reduzir a inflamação perirradicular 
5. Controlar a exsudação 
6. Solubilizar matéria orgânica (porque 
serve de substrato para as bactérias) 
7. Neutralização 
8. Estimular a reparação 
Entre cada sessão, é necessário colocar MIC, para evitar a proliferação de microrganismos 
Eliminar Microrganismos 
 Microrganismos resistentes ao preparo usualmente encontram-se alojados em áreas não afetadas 
pelos instrumentos e pela substância química auxiliar usada na irrigação 
 A medicação tem que possuir ação antimicrobiana 
 Microrganismos resistentes ao PQM 
 Infecção intratubular: Vários estudos têm demonstrado que a maioria dos patógenos endodônticos tem 
a capacidade de invadir os túbulos da dentina radicular e instalar uma infecção intratubular 
 Istmos, ramificações, delta, irregularidades 
 O medicamento tem mais chances de atingir tais áreas não afetadas pela instrumentação e pela 
substância química auxiliar 
Impedir Proliferação De Microrganismos 
 Selamento coronário – promoção de um ambiente favorável para anaeróbicos 
 Fluxo de fluidos ricos em nutrientes (proteínas, glicoproteínas) 
Barreira Físico-QuímicaQuímica: efeitos antimicrobianos 
o Bactérias ® atividade antimicrobiana 
o Podem atuar como barreira química contra a microinfiltração, eliminando microrganismos e 
impedindo sua entrada no canal 
 Física: preenche toda a extensão do canal 
i 
n n 
a 
c 
a 
r 
t 
l 
a 
 
98 
 
APOSTILA ENDODONTIA 
o Medicamentos que preenchem toda a extensão do canal podem funcionar como uma barreira 
física à invasão de microrganismos provenientes da saliva 
o Solubilização e permeabilidade do medicamento 
 Canais instrumentados podem ser contaminados/recontaminados e infectados/reinfectados entre 
as sessões de tratamento por diferentes motivos: microinfiltração através do selador temporário; 
perda ou fratura do material selador e/ou da estrutura dentária 
 As pastas de hidróxido de cálcio funcionam como barreiras física e química, retardando 
significativamente a recontaminação do canal quando da exposição à saliva por perda do selador 
coronário 
Redução da Inflamação Perirradicular 
 A medicação reduz a intensidade da reposta inflamatória 
 Efeito analgésico 
 Corticosteróides são os mais efetivos (bem efetivos no controle da dor) 
Controle da Exsudação 
 O exsudato mantém o ambiente úmido, o que impede um selamento adequado 
 Proliferação bacteriana 
 PQM vai necessitar sempre ser revisado (caso após o retorno do paciente, ao retirar o selamento, 
ainda haja exsudato) 
 O exsudato é considerado persistente quando ainda é observado no canal mesmo após irrigação 
com NaOCl e secagem com pelo menos 3 a 4 cones de papel absorvente. 
 A presença física desse exsudato cria um ambiente extremamente úmido que impede a obtenção 
de adequado selamento do canal radicular quando da sua obturação, além de indicar que o 
tratamento não está sendo eficaz em eliminar a causa da inflamação perirradicular. 
 A persistência de exsudação no canal indica que irritantes permanecem atuando sobre os tecidos 
perirradiculares. 
Solubilização da Matéria Orgânica 
 Durante o PQM, a ação do instrumento endodôntico se realiza somente no canal principal, 
permanecendo inacessíveis os canais laterais, ramificações apicais, istmos e áreas de reabsorções 
dentárias. 
 Permanência de resíduos (proliferação bacteriana) 
 SQA, fluxo da irrigação – aspiração e MIC 
Neutralização 
 Dentes com necrose 
 Meio inflamado tem pH ácido 
 Meio infectado: projeção de microrganismos para a região perirradicular, gerando dor 
 Neutralização = canal asséptico 
 Por muito tempo foi o utilizado o Tricresol Formalina 48h, porém não se tem respaldo científico. 
 
 
99 
 
APOSTILA ENDODONTIA 
Reparação por Tecido Mineralizado 
 Nos casos de perfurações e reabsorções radiculares, assim como nos dentes com rizogênese 
incompleta, medicamentos intracanais são utilizados com a intenção de favorecer a reparação por 
meio da deposição de um tecido mineralizado 
 Perfurações, reabsorções e Rizogênese 
 Promove a formação de tecido mineralizado 
 Ex: hidróxido de cálcio 
Classificação Química 
Derivados Fenólicos 
São potentes agentes antimicrobianos e podem exercer seus efeitos não somente pelo contato direto, mas 
também por meio da liberação de vapores 
1. Eugenol 
2. Paramonoclorofenol (PMC) 
3. Paramonoclorofenol canforado (PMCC) (apenas esse ainda é utilizado, quando associado ao 
hidróxido de cálcio – Calen) 
4. Cresatina 
5. Cresol 
6. Timol 
 
o Potentes antimicrobianos 
o Liberação de vapores (mecanismo de ação), ou seja, não precisam estar em contato direto. 
o Não são mais utilizadas por serem tóxicas aos tecidos perirradiculares (devido a sua alta 
potência) 
 
Aldeídos 
 São fixadores teciduais de pronunciada eficácia. 
 São potentes agentes antimicrobianos, exercendo seus efeitos tanto pelo contato direto quanto 
pela liberação de vapores ativos 
 Fixadores teciduais (se colocado em contato com polpa viva, ocorre uma necrose dela) 
 Formaldeído – tricresol formalina ou formocresol (muito tóxico) 
 Potentes antimicrobianos 
 Vapores ativos 
Halógenos 
 Cloro ou Iodo 
 NaOCl – Hipoclorito de Sódio 
 Efeitos destrutivos sobre os vírus e 
bactérias 
 CHI3 
 Iodeto de potássio iodetado 
Bases ou Hidróxidos 
 Ca(OH)2 – Hidróxido de Cálcio 
 
100 
 
APOSTILA ENDODONTIA 
 Atividade antimicrobiana por contato e o efeito de estímulo à formação de barreira mineralizada 
são propriedades comumente associadas ao emprego dessa substância no interior do canal 
radicular 
 Atividade antimicrobiana por contato direto com as paredes 
 É necessário terminar o preparo para utilizar o hidróxido de cálcio 
Sobre o Hidróxido de Cálcio: 
 Pó branco 
 Alcalino (promove neutralização do meio) 
 Formação de barreira dentinária 
 Solubilização de tecido orgânico 
 Hidróxido de cálcio P.A.: misturo com solo fisiológico estéril, manipulo até formar uma pasta 
 Calen: hidróxido já pronto para ser inserido 
Corticosteróides 
 Atuam sobre o processo inflamatório, inibindo a ação da enzima fosfolipase A2, envolvida na 
síntese dos derivados do ácido araquidônico (prostaglandinas e leucotrienos), importantes 
mediadores químicos da inflamação. 
 Possuem efeito inibitório potente sobre a exsudação e a vasodilatação associadas à inflamação. 
 Em Endodontia, são utilizados, por meio de aplicações tópicas para o controle da reação 
inflamatória, nos casos de periodontite apical aguda de etiologia química ou traumática. 
 Podem também ser utilizados na biopulpectomia, nos casos em que não se realiza a obturação 
radicular imediata e nas pulpotomias. 
 Antimicrobiano 
 Efeito de controle sobre o exsudato e vasodilatação (vasodilatação: sinal da inflamação, dor) 
 Aplicação tópica para controlar a resposta inflamatória 
 Hidrocortisona, prednisolona e dexametasona são os mais utilizados 
Antibióticos 
 Inibir o desenvolvimento e matar microrganismos 
Medicamentos Utilizados 
 PMC = PMCC 
o Foi melhorado com a canfora 
o Diminui a toxicidade e potencializa a ação antimicrobiana 
o Mecha de algodão – durante 48h (não é mais utilizado dessa forma, pois continua tóxico e há 
substâncias melhores) 
 
 Tricresol Formalina ou Formocresol 
 Tricresol – 90% formalina 
 Formocresol – 19 a 43% de formalina 
o Ação antimicrobiana 
o Irritante aos tecidos vivos 
o Entre o tricresol e o formocresol: utilizar formocresol 
 
 Associação (Otosporin) 
 
101 
 
APOSTILA ENDODONTIA 
o Atenua a intensidade da reação inflamatória 
o Otosporin: hidrocortisona + sulfato de polimixina B e sulfato de neomicina 
o Grande poder de penetração tecidual (rápida eliminação e eficiente atuação) 
 
Hidróxido de cálcio 
 Pó branco 
 Precisa de um veículo 
o Inertes: soro, água, glicerina,polietilenoglicol 
o Biologicamente ativos: PMCC (veículo do calen), clorexidina e iodeto de potássio iodetado 
o quando associado ao hidróxido de cálcio, o PMCC pode aumentar o raio de atuação da pasta, 
atingindo microrganismos alojados em regiões mais distantes do local de aplicação da pasta. 
 Alcalino 
 Pouco solúvel em água 
 Propriedades biológicas, físicas e químicas 
 Propriedades: 
o Ação anti-inflamatória 
o Ação antimicrobiana 
o Neutralização de endotoxinas 
o Indução de reparo por tecido mineralizado 
o Barreira física e química 
 Utilizado após o PQM (porque ele age por contato direto com as paredes) 
 É o padrão ouro 
Emprego Dos Medicamentos 
Biopulpectomia 
 Polpa viva 
 Infecção de dentes com vitalidade pulpar 
 Presença de microrganismos restrita a polpa coronária 
 Meio asséptico 
 Obturação imediata 
 Só não obtura na mesma sessão, caso o paciente chegue com muita dor, uma pulpite exacerbada 
e nisso, o tecido perirradicular está inflamado, logo usa a MIC para induzir o reparo e reduzir a 
inflamação) 
 Objetivo da MIC: impedir a contaminação entre sessões 
 Otosporin (usado quando o PQM não foi finalizado) ou Callen 
 A dor quer dizer inflamação, não necessariamente infecção 
 Na polpa viva, não há disseminação de microrganismo pelo canal radicular 
 PQM incompleto: Otosporin 
o Acesso e remoção da polpa: medicamento em mecha dealgodão ou teflon (estéril) na polpa 
coronária 
o PQM parcial: inunda-se o canal, bombeando com lima de pequeno diâmetro 
o Reduz a inflamação do remanescente pulpar 
 PQM completo: Callen (medicamento de escolha para polpa viva) 
o Evita ou retarda a contaminação do canal 
o 7 a 30 dias dentro do dente (para estimular o reparo do tecido perirradicular e diminuir o exsudato) 
As únicas de formas de contaminar um dente com polpa viva é entre sessões ou devido ao operador (quebra da cadeia asséptica) 
 
102 
 
APOSTILA ENDODONTIA 
NecropulpectoMia e Retratamento 
 Há infecção no canal radicular 
 Qualquer necrose deve ser medicada 
 Quanto mais evoluída a doença, maior a contaminação 
 Impõe-se o uso de MIC 
 Desobstrução da smear layer para facilitar o acesso da MIC 
 É contraindicado fazer tudo em uma só sessão se o paciente tiver dor ou fístula 
 EDTA (remoção de smear layer) após finalização do PQM 
 PQM Incompleto: NaOCl 
o Mecha de algodão com tamanho compatível com a câmara pulpar, cobrindo a entrada do canal 
radicular 
o Umedece em NaOCl 2,5% 
o Desinfecção parcial 
o Barreira química contra recontaminação 
 PQM Completo 
o EDTA – 3min 
o Lava com NaOCl, se possível também irrigar com soro fisiológico estéril 
o Pasta HPG = Callen + PMCC (maior poder antimicrobiano) 
o Mínimo 7 dias 
 
 
 BIOPULPECTOMIA NECROPULPECTOMIA 
PQM COMPLETO OBTURAÇÃO / CALLEN CALLEN + PMCC 
PQM INCOMPLETO OTOSPORIN/DECADRON HIPOCLORITO DE SÓDIO 
 
 PQM completo paciente sem dor, posso obturar na mesma sessão ou colocar callen 
 Pra usar a MIC (callen) é preciso usar o EDTA e depois secar o canal com ponta de papel absorvente 
estéril 
 Temos 2 Callen: um para polpa viva e outra para polpa necrosada (callen + PMCC) 
 Ultracal (só muda o veículo) 
 
 
 
103 
 
APOSTILA ENDODONTIA 
 
1. Rosquear a seringa, colocar a agulha 27 e encaixar o 
tubete de glicerina 
2. Descartar 2 a 3 gotas da glicerina para ter certeza de que 
a agulha está lubrificada 
3. Retirar o tubete de glicerina 
4. Colocar o tubete de callen 
5. Descartar as gotas iniciais 
6. Colocar o stop no CRT 
7. Preencher todo o canal com o callen (2mm aquém do 
CRT) 
 
Selamento Coronário 
 Objetivo: selar a coroa 
 Impedir que a saliva e microrganismos adentrem no canal 
 Evitar passagem de MIC para o meio bucal 
 Estabilidade dimensional 
 É ideal que tenha boa adesividade 
 Elevada resistência mecânica 
 Selamentos prontos: coltosol, cavit e cimpat (toma presa com a saliva) 
 Cavidades de acesso simples 
o Todas as paredes constituintes de estrutura 
 Pronto para uso: coltosol ou cavit 
 Cavidade de acesso complexa 
o Ausência de uma ou mais paredes dentárias 
o Restauração do dente antes da realização do tratamento endodôntico 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
104 
 
APOSTILA ENDODONTIA 
 A obturação é o retrato final do tratamento endodôntico. 
 O momento ideal para a obturação depende das corretas modelagem, limpeza e desinfecção do 
canal radicular, além da ausência de sintomatologia, possibilidade de secagem e controle 
microbiológico. 
 A resposta biológica ideal após tratamento corresponde ao selamento apical pela deposição de 
tecido mineralizado. 
 Dessa forma, o material obturador deve apresentar propriedades físico-químicas que promovam 
o selamento, além de compatibilidade biológica que favoreça o reparo dos tecidos apicais e 
perirradiculares. 
 O material ideal deve ser bioativo, sendo capaz de induzir a mineralização apical e o selamento 
biológico do forame apical. 
 É a fase do tratamento endodôntico que consiste na eliminação/preenchimento de espaços 
vazios 
 É necessário selar todos os espaços, para evitar infecção secundária (microrganismos que ficaram 
dentro do canal e se multiplicaram) ou infecção persistente 
Propriedades Biológicas De Um 
Material Obturador Ideal: 
1. Biocompatibilidade 
2. Capacidade de ser reabsorvido nos tecidos 
perirradiculares 
3. Estimular a deposição de tecido de 
reparação (bioatividade), de preferência 
por tecido mineralizado em nível foraminal 
4. Ação antimicrobiana 
5. Não ser mutagênico ou carcinogênico. 
 
 
Propriedades Físico-Químicas De Um 
Material Obturador Ideal: 
1. Facilidade de inserção 
2. Tempo de trabalho adequado 
3. Capacidade de promover selamento do 
sistema de canais radiculares 
4. Bom escoamento e adesividade 
5. Não deve ser solubilizado no interior do 
canal radicular 
6. Ser radiopaco 
7. Apresentar pH neutro ou alcalino 
8. Não deve promover escurecimento das 
estruturas dentais, sendo de fácil remoção 
em casos de retratamento 
Materiais Obturadores 
 Materiais em estado sólido: cones de guta percha 
 Materiais em estado plástico: cimentos endodônticos 
 
 
 
105 
 
APOSTILA ENDODONTIA 
Guta-Percha 
Composição: 
 Guta-percha: 19 a 20% 
o Os cones com maiores porcentagens 
de guta-percha apresentam maior 
capacidade de termoplastificação 
 Óxido de zinco: 60 a 75% 
o Confere rigidez e atividade 
antibacteriana 
 Radiopacificadores: sulfato de bário (1,5 a 
17%) 
 Resinas, ceras e corantes (1 a 4%) 
Vantagens: 
1. Adapta-se bem as irregularidades do 
canal 
2. Boa tolerância pelos tecidos 
perirradiculares 
3. Radiopaco 
4. Facilmente plastificado 
 possibilitando seu uso em técnicas de 
obturação termoplastificadoras e 
pode ser removida nos casos de 
retratamento, pois é dissolvida por 
solventes como eucaliptol, xilol, óleo 
de laranja, clorofórmio e éter 
5. Estabilidade dimensional 
6. Não alteram a cor da coroa quando no 
limite adequado 
7. Podem ser facilmente removidos do canal 
Desvantagens: 
1. Pequena resistência mecânica a 
flexocompressão 
2. Pouca adesividade (problema resolvido 
com o cimento endodôntico) 
3. Podem ser deslocados pela pressão 
(durante a colocação dele no canal) 
 
Seguem uma padronização (calibrados): ISSO 
6877: são os principais (estandardizados ou 
padronizados) e auxiliares. 
 
 
Cones Principais: 
 
 Os cones de guta-percha principais 
apresentam numeração que corresponde 
aos diâmetros de ponta dos instrumentos 
estandardizados 
 O cone é do tamanho do instrumento de 
memória 
 A técnica de cone único emprega cone de 
guta-percha de diâmetro e conicidade 
similares aos da forma final do preparo do 
canal radicular em associação ao cimento 
endodôntico 
 D0: diâmetro da ponta de um cone (15 a 
140) 
 Comprimento mínimo 28mm 
 Conicidade 0,02mm/mm; 0,04mm/mm e 
0,06 mm/mm 
Auxiliares 
 Preenche os 
espaços na lateralidade 
 São utilizados 
para preenchimento dos 
espaços entre o cone 
principal e as paredes 
do canal radicular 
durante técnicas como a 
compactação lateral 
ativa 
 Apresentam forma cônica, com ponta fina 
para serem inseridos nos espaços abertos 
pelos espaçadores, no momento da 
obturação dos canais radiculares. 
 
106 
 
APOSTILA ENDODONTIA 
 A técnica de compactação lateral ativa da 
guta-percha associa um cone de guta-
percha principal com cones auxiliares 
inseridos após abertura de espaços com 
espaçadores digitais
 
Cimentos Endodônticos 
Propriedades Necessárias pra ser considerado um 
bom cimento: 
1. Fácil inserção e remoção do canal 
radicular 
2. Ter bom tempo de trabalho 
3. Promover selamento 
4. Estabilidade dimensional 
5. Bom escoamento 
6. Radiopaco 
7. Não manchar a estrutura dentária 
8. Adesividade às paredes do canal 
9. Insolúvel nos fluidos 
10. Solúvel nos tecidos perirradiculares (pois 
caso extravase, pode ser visto como corpo 
estranho e causar uma inflamação) 
11. Impermeável no canal 
12. Biocompatível 
13. Atividade antimicrobiana 
Classificação dos Cimentos 
 Cimentos a base de OZE (apresenta certa 
toxicidade) 
 Cimentos contendo Ca(OH)2 
 Cimentos resinosos 
 Cimentos de Ionômero de Vidro 
 Cimentos biocerâmicos 
Cimentos a base de OZE 
 
 Eugenol: 
o Atividade antibacteriana 
o Analgésico 
o Anti-inflamatório 
o Citotoxicidade 
 Canal úmido: diminui 
tempo de endurecimento e capacidade de 
escoamento diminuídos 
 Tempo de trabalho 3 horas 
 Tempo de presa 20 horas 
 Baixaadesão 
 Baixo escoamento 
Cimentos Resinosos 
AH 26 (Dentsply/Maillefer) 
 
 Boa estabilidade dimensional 
 Adesividade 
 Radiopacidade 
 Baixa solubilidade 
 Boa capacidade seladora 
 Bom escoamento 
 Atividade antibacteriana 
 Biocompatibilidade 
AH Plus (Dentsply/De trey, 
Alemanha) 
 
 Excelente comportamento histológico 
 Tecido cementóide (promove o selamento 
biológico): aumenta a capacidade 
seladora da obturação, sela o canal 
cementário 
 
107 
 
APOSTILA ENDODONTIA 
 Boa capacidade seladora 
 Excelente escoamento 
 Atividade antibacteriana 
 Capacidade adesiva (melhor adesão da 
guta-percha) 
Cimento contendo Hidróxido de Cálcio 
 
 Efeitos biológicos excelentes 
 Não é radiopaco (desvantagem) 
 Não tem boa viscosidade 
 Permeável e solubilizado com o tempo 
(caso o cimento extravase, ele irá se 
solubilizar, não perpetuando uma 
inflamação) 
 Sealapex, CRCS, Sealer 26, Apexit 
 Sealer 26 pode vir na forma de pó + líquido 
(resina) com presa de 48 a 60h 
o Não possui medida 
o Manipular em toda a placa de vidro 
para que suas partículas sejam 
quebradas 
o A consistência ideal é quando forma 
um fio de 2cm sem quebrar (ao 
levantar a espátula com o cimento) 
Considerações sobre os Cimentos endodônticos 
 Não há material ideal 
 Embora não promovam perfeito 
selamento, reduzem significativamente a 
microinfiltração de fluidos e bactérias 
 Apresentam citotoxicidade reduzida após 
a presa 
 São incapazes de induzir e/ou perpetuar a 
lesão periapical 
 
Qual O Momento Ideal Da Obturação? 
 PQM completo: limpeza, desinfecção e modelagem feitas 
 
 Ausência de exsudação persistente 
o No momento da obturação, necessariamente, devemos secar o canal. 
o Se, após a remoção da medicação intracanal, observa-se a drenagem de exsudato pelo canal, 
esse não deve ser obturado. 
o Primeiro porque isso sugere que o tratamento não está sendo eficaz no controle da infecção do 
canal ou está sendo realizado de forma inadequada, causando agressão física 
(sobreinstrumentação) ou química (uso de substâncias citotóxicas) aos tecidos perirradiculares. 
o Segundo porque a presença de umidade no canal pode interferir nas propriedades físicas do 
material obturador, causando deficiências no selamento. 
o Nesses casos, deve-se: 
§ recapitular o preparo químico-mecânico do canal; 
§ aplicar medicação intracanal com pasta hidróxido de cálcio/paramonoclorofenol canforado 
(PMCC) 
o Se a ponta do cone vier suja, quer dizer que ainda há exsudato 
 
 Ausência de sintomatologia 
o O paciente não deve apresentar sensibilidade à percussão, sensação de dente “crescido” ou dor 
espontânea. 
o Esses fatores indicam que o tratamento endodôntico não está sendo eficaz para eliminar a causa 
do problema e/ou houve erros de procedimento. 
o A permanência de bactérias em número considerável no SCR, a sobreinstrumentação e o uso 
abusivo de substâncias químicas de elevada citotoxicidade são as causas mais comuns de 
sintomatologia persistente. 
o A sessão de obturação deve ser adiada nessas circunstâncias. 
 
108 
 
APOSTILA ENDODONTIA 
o Se houver dor durante os 7 dias, deve-se trocar a medicação e obturar posteriormente 
 
 Ausência de odor 
o O canal não deverá ser obturado na presença de odor fétido, pois isso indica a permanência da 
infecção endodôntica, com proliferação de bactérias, particularmente, as anaeróbias. 
o O preparo químico-mecânico deve ser revisado, o canal, novamente medicado, e a obturação, 
adiada para uma sessão posterior. 
 
Limite Apical de Obturação 
 Material obturador deve se limitar ao interior do canal dentinário 
 
 Colocar o material no CRT: 0,5 a 1mm aquém do forame 
 Subobturado = aquém do forame – espaço para 
recolonização 
 Sobretriturado = além do CRT – toxicidade do material 
 a obturação deve preencher toda a extensão do canal 
preparado, devendo se localizar, sempre que possível, de 0,5 a 1 
mm do ápice radiográfico 
 Obturações muito aquém não são indicadas, uma vez que podem deixar vazio um segmento apical 
muito extenso, no qual microrganismos inevitavelmente poderão se estabelecer. 
Limite Cervical 
 Acima: escurece 
 O ideal é que fique 2 a 3mm abaixo do limite amelocementário 
 Clinicamente pode-se avaliar com o teste da pinça 
 Coloca-se uma parte da pinça na câmara pulpar 
 A outra ponta na frente do dente 
 Ao fechar ela tem que descer abaixo do limite amelocementário 
 
Selamento Apical 
 Bactérias remanescentes que 
sobreviveram ao PQM constituem um 
potencial para o fracasso do tratamento 
endodôntico no longo prazo. 
 Um dos objetivos da obturação é impedir 
que tais bactérias tenham acesso mantido 
ou restaurado aos tecidos 
perirradiculares. 
 As principais regiões que funcionam como 
potenciais reservatórios de infecções 
residuais compreendem istmos, túbulos 
dentinários, canais recorrentes, canais 
laterais, canais comunicantes, 
ramificações apicais, recessos de canais 
ovais/achatados e reentrâncias do canal 
principal. 
 A principal forma de suprimento de 
substratos para bactérias que persistem 
no canal após o preparo ocorre pela 
percolação de fluidos oriundos dos tecidos 
perirradiculares, via forame apical ou 
ramificações apicais, pelo espaço existente 
 
109 
 
APOSTILA ENDODONTIA 
entre o material obturador e as paredes 
do canal, resultante de um selamento 
inadequado. 
 Uma obturação que proporciona um 
preenchimento apical satisfatório impede 
ou reduz a entrada de fluidos teciduais no 
canal e o tráfego de bactérias e seus 
produtos para os tecidos perirradiculares. 
 Formação de tecido cementário 
Selamento Coronário 
 O selamento coronário pode ser tão importante quanto o selamento apical, porque a saliva é capaz 
de dissolver o material obturador utilizado no tratamento endodôntico, resultando na 
contaminação bacteriana de todo canal radicular. 
 Ao longo do tempo, bactérias da saliva podem atingir os tecidos em redor do ápice, e, 
subsequentemente, contribuir para o aparecimento ou manutenção da lesão perirradicular. 
 Canais obturados francamente expostos à saliva por perda da restauração coronária têm o 
potencial de serem contaminados ou recontaminados principalmente graças à solubilização e/ou 
à permeabilidade do cimento endodôntico. 
 A exposição da obturação do canal à saliva pode ocorrer nas seguintes situações clínicas: 
o Perda do selador temporário ou da restauração dentária definitiva; 
o Microinfiltração através do selador temporário ou da restauração dentária definitiva; 
o Desenvolvimento de cárie secundária ou recidivante; 
o Fratura do material restaurador e/ou da estrutura dentária. 
 O selamento provisório não deve permanecer por um período longo (superior a 30 dias). 
Técnica de Compactação Lateral 
 Colocação sucessiva de cones auxiliares lateralmente a um cone principal bem adaptado e 
cimentado no canal 
 Para a técnica de Oregon 
 Na técnica protaper, não há necessidade de cones acessórios 
 O espaço para os cones auxiliares comumente é criado pela ação de espaçadores. 
 Em canais radiculares onde se consegue, por meio do movimento de alargamento, um preparo do 
segmento apical com seção reta transversal circular, qualquer técnica de obturação tende a 
apresentar resultados semelhantes. 
 Porém, nos casos em que o segmento apical apresentar seções retas transversais irregulares (não 
circular), devemos, se possível, criar um novo batente apical circular ou empregar a obturação com 
a manobra do tampão apical. 
Etapas Prévias 
 Anestesia 
 Isolamento absoluto (todas as etapas da endodontia são feitas sob anestesia) 
 Remoção do selamento provisório 
 Só pode tirar o curativo, com o isolamento 
 Vasta irrigação com hipoclorito 
 Remoção da MIC com instrumento de memória 
 Irrigar até o líquido vir limpo, transparente 
 EDTA 17% 
 
110 
 
APOSTILA ENDODONTIA 
 Agitação por 3min (pode ser feita com o cone ou com o instrumento de memória) 
 É ideal que se faça troca de EDTA (pelo menos 3 vezes), porque ele é uma substância autolimitanteNeutralização EDTA: hipoclorito de sódio (para retirar o EDTA) 
Seleção do Cone Principal 
É necessário que o cone passe pelos 3 critérios: 
Inspeção visual (ver se o cone chegou no comprimento do IM) 
 Apreende-se o cone com uma pinça clínica, introduzindo-o no canal até o CT. 
 Após sua retirada, ele não deve apresentar distorções (resultantes de pressão apical exercida 
durante a introdução de um cone de diâmetro inferior ao do canal preparado). 
 Se o cone não alcança essa medida, outro de diâmetro imediatamente inferior deve ser testado. 
 A recapitulação do preparo com o último instrumento utilizado em todo o CT e uma abundante 
irrigação/aspiração podem ser de grande valia na remoção de resíduos existentes no interior do 
canal que impeçam o avanço apical do cone. 
Critério tátil (significa o cone estar preso no canal) 
 Uma vez que o cone atinja o CT, o que inicialmente é avaliado de forma visual, ele deve oferecer 
certa resistência ao deslocamento coronário. 
 A resistência ao deslocamento oferecido pelo cone deve ser tanto no sentido coronário quanto no 
apical. 
 Assim, o cone que alcança o CT não deve ultrapassar essa medida. 
Critério Radiográfico 
 O cone é posicionado no canal e o dente radiografado para confirmar a exatidão da seleção. 
 Em dentes com mais de um canal, em cada um deverá ser posicionado o respectivo cone, antes da 
tomada radiográfica. 
 Nesses casos, recomenda-se no mínimo a realização de uma tomada no sentido ortorradial e outra 
angulada (mesiorradial ou distorradial, usando a técnica de Clark); 
 na dúvida quanto ao limite apical do cone, a seleção deverá ser individualizada, ou seja, canal por 
canal. 
 
111 
 
APOSTILA ENDODONTIA 
 A radiografia da prova do cone representa a oportunidade final de avaliação de todas as etapas 
operatórias, mostrando se o limite apical de trabalho está correto e se ocorreram alterações na 
forma original do canal radicular. 
 Mostrará também, dentro das resoluções proporcionadas pela técnica radiográfica, o ajuste do 
cone às paredes do segmento apical do canal 
 Selecionado o cone principal, esse pode ser marcado por uma ligeira pressão com uma pinça 
clínica na região coincidente com o ponto de referência oclusal/incisal, permitindo que o 
profissional, no ato da cimentação, facilmente consiga reinseri-lo na extensão desejada. 
 O procedimento de seleção deve ser realizado com o canal umedecido pela solução química 
auxiliar, permitindo, assim, a lubrificação do canal, à semelhança da que será proporcionada pelo 
cimento obturador. 
 Após a remoção do cone selecionado do canal, ele é mergulhado em um recipiente contendo 
hipoclorito de sódio, permanecendo aí até o momento de sua cimentação. 
 O mesmo deve ser feito com os cones acessórios. 
 
Antes de colocar o cone, é necessário que ele seja desinfetado. Precisa deixar ele embebido em hipoclorito 
de sódio por pelo menos 3 minutos. 
 O cone principal é escolhido em função do diâmetro em D0 e da conicidade da haste helicoidal 
cônica do instrumento empregado no preparo apical do canal radicular. 
 Os cones de guta-percha padronizados nas conicidades 0,02, 0,04 e 0,06 mm/mm, geralmente, são 
os escolhidos. 
 Os cones de maior conicidade preenchem melhor o espaço do canal preparado, reduzindo o 
número de cones acessórios empregados na obturação. 
 
Cone principal equivalente ao IM. Caso não ocorra: 
 Falha na estandardização 
 Presença de resíduos 
Dificuldade de adaptação do cone: às vezes o cone pode vir com falhas, por ser um material termoplástico 
 
Descontaminação dos cones de guta-percha 
 Cones termolábeis (ou seja, não podem ir 
para a autoclave) 
 Descontaminação por métodos químicos 
(NaOCl) 
 Imersão no hipoclorito de sódio a 2,5% ou 
5,25% por 3 a 5min 
 
112 
 
APOSTILA ENDODONTIA 
Após a prova do Cone: Secagem do Canal 
 Aspiração 
 Pontas de papel com diâmetro compatível 
 É importante marcar o CRT nela (caso ela 
venha com exsudato, remarcar a 
obturação) 
Preparo do Cimento Obturador 
 Placa de vidro 
 Espátula metálica flexível 
 Cimento: 
 Instrumento de diâmetro inferior ao IM 
 Cone principal 
 A mistura tem que ficar lisa, brilhante e 
homogênea 
 Fio de 1,5 a 2,5cm 
 Embeber o cone de guta-percha principal 
no cimento e colocar no canal, com 
movimentos de bicada (vai e vem de 
pequena amplitude para ele ir se 
espalhando) 
 
 
Espaçadores 
 
 Função: abrir espaço para colocação de 
cones auxiliares 
 O espaçador a ser utilizado é o de maior 
diâmetro, que possa penetrar livremente 
no canal de 2 a 3 mm aquém do 
comprimento de trabalho (CT), sem 
transmitir, durante a obturação, força 
excessiva às paredes do canal. 
 O espaçador não deve penetrar até o CT, 
porque pode alterar o selamento apical ou 
provocar o deslocamento no sentido 
apical do cone principal de guta-percha. 
 Por isso, os espaçadores devem ser usados 
com limitadores de penetração. 
 
113 
 
APOSTILA ENDODONTIA 
Compactação Lateral 
 A compactação do material obturador no interior do canal 
radicular é fundamental para se alcançar a impermeabilidade a fluidos, 
impedindo a infiltração bacteriana advinda da cavidade bucal, e para a 
eliminação do espaço vazio propício à proliferação de bactérias 
remanescentes. 
 Estando o cone principal de guta-percha ajustado no segmento 
apical do canal, o avanço do espaçador, em virtude de sua forma cônica, 
promove a compactação ou a adaptação do material obturador nas 
paredes do canal radicular propiciando um selamento adequado. 
 O espaçador selecionado é introduzido no canal, lateralmente ao 
cone de guta-percha principal, utilizando-se movimentos simultâneos de 
penetração no sentido apical e rotação alternada. 
 Espaçador: avanço 1 a 2mm aquém do CT; rotação alternada 
 Retirada do espaçador seguida de colocação imediata do cone acessório com cimento 
 Intorduzir mais cones 
 Re-obturar 
 Re-instrumentar 
 
 Procede-se, então, à remoção do espaçador com uma das mãos, 
inserindo-se imediatamente o cone acessório carregado com cimento no 
espaço criado. 
 Essa rápida inserção impede a perda do espaço criado, que ocorre por 
causa do retorno do volume de guta-percha para o interior da cavidade 
pulpar, o que inevitavelmente dificulta a introdução do cone acessório, que 
deve possuir diâmetro ligeiramente inferior ao do espaçador. 
 Todos esses procedimentos devem ser repetidos até que o espaçador 
não penetre mais do que a junção dos segmentos médio e cervical do canal. 
 Em dentes com mais de um canal, repetem-se todos os procedimentos, 
desde a cimentação dos cones principais. 
 Em determinadas circunstâncias, deve-se realizar as obturações dos 
canais separadamente. Nesses casos, as entradas dos canais não obturados 
devem ser bloqueadas com cones de papel absorventes. 
Compactação Vertical Fina 
 As porções dos cones que se projetam para fora da câmara pulpar são cortadas com instrumento 
aquecido em sentido lateral, de encontro à parede dentinária na embocadura do canal. 
 Imediatamente depois do corte, realiza-se uma compactação no sentido apical, usando-se um 
compactador sem aquecimento. 
 A compactação vertical da massa obturadora, plastificada pelo calor do corte, deve ser feita 
repetidamente. 
 
114 
 
APOSTILA ENDODONTIA 
 Encerrando o processo, executa-se, durante um tempo mínimo de três minutos, a compressão do 
material obturador com um compactador. 
 Esse procedimento reduz, significativamente, o efeito de sua contração volumétrica e aumenta o 
contato do cimento com as paredes do canal durante a presa, o que diminui a interface do cimento 
à dentina radicular. Consequentemente, aumenta-se também o selamento da obturação junto ao 
segmento cervical do canal radicular. 
 Observa-se então se o limite coronário da obturação está em sentido apical à gengiva marginal. 
 Feitos os ajustes, quando necessário, limpa-se completamente a câmara pulpar com álcool etílico, 
removendo-se todos os resíduos de material obturador. 
 Esses procedimentosobjetivam prevenir o escurecimento da coroa dentária após a conclusão do 
tratamento endodôntico. 
 
 
 Calcador/Condensador de Paiva 
 Aquecer bem com o maçarico até ficar vermelho 
 Cortar o excesso dos cones com instrumento aquecido 
 Compressão vertical do material obturador com instrumento frio 
 Verifica limite coronário 
 Limpeza da câmara pulpar com bolinha de algodão embebida em álcool 
 
Raio-X final: para avaliar o limite cervical da obturação e, se necessário, fazer os devidos ajustes 
Obturação em Sessão Única X Duas ou Mais Sessões 
 Menor tempo 
 Redução dos riscos de contaminação (dentes polpados) ou de recontaminação (dentes 
despolpados) que pode ocorrer entre as sessões de tratamento. 
 Em casos de tratamento de dentes com polpa viva (biopulpectomia), o tratamento em sessão única 
deve ser executado quando o fator tempo, a habilidade do operador, as condições anatômicas e o 
material disponível assim o permitirem. 
 Nos casos de biopulpectomia, deve-se optar pela obturação imediata do canal radicular após o 
preparo químico-mecânico, sempre que possível. 
o Essa conduta baseia-se no fato de o canal estar originalmente livre de microrganismos, desde 
que a cadeia asséptica tenha sido mantida pelo profissional durante os procedimentos intracanais. 
 
115 
 
APOSTILA ENDODONTIA 
 Em casos de necrose pulpar e de retratamento, principalmente quando houver associação com 
lesões perirradiculares, o canal deve ser obturado em uma segunda sessão, após a permanência 
de medicação intracanal com a pasta HPG ou HCX por um período de 7 a 14 dias. 
Técnica de Cone Único 
 A técnica de obturação com cone único 
basicamente consiste na “cimentação” de 
um único cone no canal radicular, 
usualmente do mesmo diâmetro e 
conicidade do instrumento de memória 
usado para o preparo apical e assim 
adaptado à configuração anatômica do 
canal preparado 
 Essa técnica depende da colocação de um 
volume suficiente de cimento a ser inserido 
no canal, sem a utilização de cones 
acessórios. O volume e espessura do 
cimento dependem, assim, da adaptação 
do cone à configuração do canal radicular 
e da capacidade de 
dispersão/preenchimento do canal pelo 
cimento obturador. 
Vantagens em relação à compactação lateral 
 Procedimento mais simples e rápido 
 Minimiza as forças apical e lateral exercidas nas paredes dos canais radiculares associadas ao 
emprego de espaçadores e dos cones acessórios 
 Pode ser uma boa opção em canais curvos ou estreitos, onde a compactação lateral está 
condicionada pelo menor espaço disponível, permitindo uma maior percentagem de área ocupada 
por guta-percha 
 Apresenta resultados comparáveis aos de outras técnicas, como a de compactação lateral ou 
termoplástica. 
Desvantagens 
 Menor adaptação do cone único nos terços médio e coronário da maioria dos canais. 
o Isso pode gerar áreas com maior quantidade de cimento do que guta-percha 
 Porosidade nos grandes volumes de obturações com alguns cimentos endodônticos convencionais, 
por contração de presa e risco de dissolução do cimento 
 Menor área de guta-percha em certas configurações anatômicas, como canais ovais, achatados ou 
em C 
Manobra do Tampão Apical 
 Na obturação de dentes com necrose pulpar e reabsorção apical visível radiograficamente, assim 
como em dentes com rizogênese incompleta, podemos empregar essa manobra para diminuir os 
riscos de extravasamento de material obturador para os tecidos perirradiculares (sobreobturação). 
 O tampão apical consiste na colocação de um material obturador biologicamente compatível com 
os tecidos perirradiculares no segmento apical do canal radicular (tampão apical), sendo o restante 
obturado de forma convencional com guta-percha e cimento endodôntico. 
 O tampão apical é utilizado com objetivos mecânico e biológico. 
o O objetivo mecânico é atuar como um obstáculo ao extravasamento da guta-percha e do 
cimento utilizado na obturação do canal 
 
116 
 
APOSTILA ENDODONTIA 
o O biológico é favorecer a reparação por deposição de um tecido mineralizado junto à área 
crítica apical 
 Como tampão apical, podemos empregar o hidróxido de cálcio (na forma de pó, cimento ou pasta) 
ou o mineral trióxido agregado (MTA). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
117 
 
APOSTILA ENDODONTIA 
 
 
Planejamento baseado em um diagnóstico 
Considerações Anatômicas 
 Cíngulo proeminente – projeção 
dentinária (ombro palatino) 
 Canal normalmente único – se afila até se 
tornar constrito no ápice 
 Direção da raiz reta 
 
 
1. Raio -x inicial/diagnóstico 
2. Anestesia 
3. Isolamento absoluto 
4. Cirurgia de acesso 
5. Irrigação + exploração 
6. Odontometria 
7. PQM 
8. Obturação 
9. Restauração 
Radiografia 
 Deve ter o mínimo de distorção 
 Uso de posicionadores 
 Abrir o filme e retirando a película 
 Colocar a colgadura em cima do picote 
 Revelador (5 segundos) 
 Água (lavagem intermediária) 
 Fixador (dobro do tempo do revelador) 
 Água 
 Avaliar: lupa, negatoscópio e régua 
transparente 
Preparar O Paciente 
 Colocar óculos, babador e touca 
Anestesia 
 Anestésico tópico fora da bandeja 
 Carpule 
 Tubete de anestésico 
 Agulha 
Isolamento 
 Arco 
 Perfurador 
 Pinça Palmer 
 Grampos (210 para ICS) 
 Lençol de borracha (isolar apenas o dente a ser tratado – 
na endo) 
 Barreira Gengival entre o lençol de borracha e o dente 
 
TRATAMENTO Endodôntico do Dente 21 
 
118 
 
APOSTILA ENDODONTIA 
Cirurgia de Acesso 
1. Acesso direto em linha reta ao canal 
radicular 
2. Incluir cornos pulpares, saliências e 
retenções do teto da câmara pulpar 
3. Remoção de restaurações defeituosas 
4. Preservar o assoalho 
5. Conservar a estrutura dentária 
6. Acesso através das superfícies linguais e 
oclusais 
7. Remoção de todo o teto da câmara pulpar 
8. Tecido cariado deve ser removido por 
completo 
 
 Observar a inclinação dos dentes 
 Dica: na radiografia tentar visualizar o comprimento com 
um stop para chegar na câmara pulpar 
 
 
 
 
 
Preparo do Terço Cervical e Médio 
 Uso das brocas Gates Glidden em baixa rotação 
 Utilizadas no CAD – 4mm 
 Ordem decrescente 
 Lembrar que a Gates só tem 19mm 
 Entra funcionando e sai funcionando 
 
 
 
 
 
 
119 
 
APOSTILA ENDODONTIA 
Odontometria 
 
 Radiografia inicial para medir o CAD 
(pontos de referência: borda incisal e limite 
apical radiográfico) 
 Utilizar lupa e negatoscópio transparente 
 Após isso, utilizar uma lima no CRI (CRI = 
CAD – 3mm) introduzida no canal e 
radiografar (lima justa no canal; no 
mínimo a lima 15) 
 As limas 8 e 10 não devem ser utilizadas 
 Com a lima justa, fazer uma nova 
radiografia 
 Medir o DAI e somar com o CRI que vai dar 
o valor do CRD 
 Lembrar que a área de atuação do 
endodontista é o canal dentinário 
 Comprimento de Trabalho = CRD – 1mm 
 
Preparo Químico-Mecânico 
 Todas as limas utilizadas no PQM devem estar no CRT 
 A única lima que trabalha no CRD é a da patência apical, chamada de Instrumento Apical 
Foraminal (IAF) 
 Objetivos: limpar, ampliar e dar forma cônica 
 Técnica de Oregon Modificada (Coroa-Ápice) para o dente 21 
 
Técnica de Oregon Modificada 
 Utilizar limas em ordem decrescente de diâmetro marcadas no CRT 
 Com movimentos de alargamento e limagem 
 Realizar os movimentos mesmo que a lima não chegue no CRT 
 Quando sentir que a lima está deslizando livremente no canal, passar para a próxima (lembrando 
de irrigar – aspirar e fazer a patência apical) 
 Fazer isso até a lima chegar no CRT 
 
120 
 
APOSTILA ENDODONTIA 
 
 
 A primeira lima que chega no CRT (e tem que ficar folgada no canal) passa a ser chamada de 
Instrumento Apical Inicial (IAI) 
 A partir do IAI, devemos confeccionar o Batente Apical, para que o material obturador trave nele 
 
 Para confeccionar esse batente, utilizamos 2 a 3 limas acima do IAI (ordem crescente) 
 Se o IAI foi 50, utilizamos as limas 55, 60 e 70 (marcadas no CRT) 
 Se o IAI for a lima 80, ele também será utilizado para o batente já quenão utilizamos as limas de 
3ª série 
 A obturação vai ser baseada no Instrumento Memória (IM) 
 
IAF no CRD para remover e limpar a região do forame apical 
 
121 
 
APOSTILA ENDODONTIA 
 
Ao final do preparo, teremos feito o canal cirúrgico 
Medicação Intracanal 
 
 
 A glicerina que vem no Callen serve para lubrificar a agulha 
 O Otosporin é colocado em uma bolinha de algodão e inserido na cavidade. 
 
 
 
 
 
122 
 
APOSTILA ENDODONTIA 
Obturação dos Canais 
 PQM completo 
 Ausência de exsudato persistente 
 Ausência de sintomatologia 
 Ausência de dor 
Devemos selecionar 2 materiais: os cones de guta-percha (material em estado sólido) e o cimento endodôntico 
(material em estado plástico) 
 Guta-percha 
 Cimento endodôntico 
 Placa de vidro 
 Espátula 24 
 Maçarico 
 Espaçadores digitais 
 Pontas de papel 
absorvente 
 Calcador de Paiva 
 Algodão 
1. Visual (quando o cone principal chega no CRT) 
2. Tátil (quando o cone trava no CRT) 
3. Radiográfico 
 
 Pegar o cone principal de acordo com o IM, marcar na régua com a pinça no CRT 
 Introduzir no canal e se chegar até a marca, quer dizer que deu certo 
 Realizar radiografia (chamada de prova do cone) 
 Se o cone não trava, o erro ocorreu na odontometria 
 Irrigação final 
 EDTA 17% - remoção da smear layer 
 Se o PQM foi finalizado, posto EDTA e deixado a medicação intracanal, quando o paciente voltar 
para obturar, é necessário colocar novamente o EDTA, para remover a MIC e o cimento possa 
adentrar nos túbulos. 
 Desinfecção dos cones com hipoclorito durante 3 a 5min 
 Após a irrigação final (EDTA + NaOCl), secar com cone de papel absorvente (também de acordo 
com IM) estéril no CRT (utilizar quantos forem necessários) 
 Preparar o cimento 
 Colocar o cone principal o cimento e introduzir no canal 
 Inserir os cones auxiliares com a ajuda dos espaçadores digitais 
 Cortar os cones com o condensador quente 
 Condensar verticalmente com o condensador frio até o limite de corte (não pode deixar guta-
percha na região de coroa) 
 Cortar até 2 a 3mm aquém do limite amelocementário 
 Limpar com álcool ou hipoclorito a cavidade 
 
 
123 
 
APOSTILA ENDODONTIA 
Especialidade da Odontologia responsável pelo estudo: 
 Polpa dentária 
 Sistema de canais radiculares 
 Tecidos periapicais 
 Doenças que os afligem 
Visando a manutenção do dente na cavidade bucal e a saúde dos tecidos periapicais. 
 
 Etapa das atividades em que se busca obter informações sobre os sinais e sintomas das doenças. 
 Baseada na interpretação ponderada dos dados obtidos 
 Identificação da doença 
 Plano de tratamento 
 Abordagem sistemática 
 Capaz de identificar os sintomas 
 Queixa principal 
 História da doença atual 
 História médica pregressa 
 Apectos relativos à dor 
 Capaz de identificar os sinais 
 Recursos semiotécnicos: 
Inspeção 
 Inspeção do paciente 
 Observação do gestual e expressão facial 
 Estado de saúde geral 
 Pode-se observar: exoftalmia (distúrbio endócrino), volume na região de tireóide, paciente se 
arrasta (limitações físicas) 
 
 Entidades patológicas de origem endodôntica: 
o Edema 
o Tumefação 
o Assimetria facial 
o Alterações na textura e cor da pele 
 
Diagnóstico Em Endodontia 
 
124 
 
APOSTILA ENDODONTIA 
Inspeção Bucal 
Devemos observar: 
 Edema 
 Alteração de cor na coroa 
 Presença de cáries 
 Presença de fístulas (parúlide: saída do 
trajeto fistuloso) 
 Fraturas 
 Síndrome do “dente rachado” 
o Podemos usar uma solução de azul 
de metileno que irá marcar a linha da 
fratura ou utilizar a microscopia 
operatória 
 Estado das restaurações 
o Se ela está bem adaptada, 
desadaptada 
 Se a história clínica e os aspectos 
semiológicos da dor forem compatíveis 
com elemento dentário portador de polpa 
viva, a busca deve ser direcionada a 
cavidades de cárie, restaurações 
infiltradas e restaurações recentes, de 
modo a identificar o elemento dentário 
causador do processo patológico. 
 
A. Parúlide associada ao abscesso apical (ou perirradicular) crônico no elemento dentário 36. B. Radiografia periapical do caso. 
Palpação 
 É uma manobra que pode ser intra e extrabucal para se aferir o grau de sensibilidade dolorosa do 
paciente em determinada região. 
 Utilizam-se a ponta do dedo indicador, os dedos indicador e médio, ou também o polegar para 
palpar a região da face que será examinada, buscando fazê-lo também bilateralmente, 
estabelecendo, assim, as semelhanças e as diferenças entre os lados direito e esquerdo do paciente, 
investigando alterações 
Palpação Apical 
 
 
125 
 
APOSTILA ENDODONTIA 
 Consiste em se tatear a região apical do elemento dentário examinado, fazendo-o delicadamente 
com a ponta do dedo indicador, verificando se há resposta dolorosa ou, pelo tato, a presença de 
alterações patológicas de sua forma 
 Obtenção de dados relativos à sintomatologia, aumento de volume e extensão do processo 
 Devemos observar: Localização, forma, limites/extensão e flutuação 
 Realizada na mucosa vestibular e na região apical dos dentes, com a polpa digital 
 Pode ser digital/bidigital; intraoral/extraoral 
 
Percussão (Horizontal E Vertical) 
 Deve ser iniciada com delicadeza, empregando-se, de preferência, também o dedo indicador, 
percutindo a coroa do dente, investigando-se a resposta à percussão com leves toques com as 
costas do dedo, horizontal e verticalmente. 
 Se essa manobra resultar negativa, fica, então, indicado lançar mão do cabo do espelho, percutindo 
a coroa do paciente, perpendicularmente à mesma ou no sentido do seu eixo, sempre de forma 
delicada, evitando o sofrimento desnecessário do paciente 
 A percussão vertical positiva tem sido associada à inflamação de origem endodôntica, enquanto a 
dor relacionada com a percussão horizontal diz respeito a alterações periodontais. 
 Avaliação clínica da condição inflamatória da região periapical, além de ser útil na localização do 
dente responsável pela crise álgica difusa 
 Realizar delicadamente 
 Jamais deve ser feita primeiro no dente suspeito, mas antes nos dentes vizinhos 
 
 
Mobilidade Dentária 
 Procedimento clínico simples, empregando-se dois instrumentos metálicos apoiados com firmeza 
na superfície dentária ou utilizando um instrumento metálico e um dedo 
 Aplica-se força na tentativa de movimentar o elemento dentário em todas as direções 
 A mobilidade patológica ocorre, com mais frequência, no sentido vestibulolingual 
 
 
 
126 
 
APOSTILA ENDODONTIA 
 Dessa maneira, gradua-se a mobilidade do seguinte modo: 
Grau 1 Ligeiramente maior que a normal 
Grau 2 Moderadamente maior que a normal 
Grau 3 
Mobilidade grave vestibulolingual e mesiodistal, 
combinada com deslocamento vertical 
 A presença de mobilidade patológica pode ser causada por diversos fatores: 
o Perda de suporte ósseo do dente 
o Sobrecarga dentária 
o Trauma 
o Hipofunção do dente 
o Extensão de um processo inflamatório no tecido gengival ou na região perirradicular, após cirurgia 
periodontal 
o Processos patológicos dos maxilares que resultam em destruição do osso alveolar ou das raízes 
dentárias. 
 Tem sido verificado, também, aumento da mobilidade dentária durante a gravidez, associada a 
ciclo menstrual ou uso de anticoncepcionais. 
 
Sondagem Periodontal 
 Na obtenção de um diagnóstico endodôntico é necessário avaliar a condição da estrutura dos 
tecidos periodontais. 
 Verifica-se o elemento dentário nas suas proximais, pelo menos em três regiões por vestibular e 
por lingual, não se esquecendo da região de furca. 
 Presença ou ausência de bolsa periodontal com auxílio de uma sonda milimetrada 
 Espaço profundo (bolsa) anormal que se forma entre a gengiva e o dente, provocada por bactérias 
que se infiltram na raiz do dente abaixo da gengiva 
 
 
 
127 
 
APOSTILA ENDODONTIA 
Exames Complementares 
 Elementos determinantes para o planejamento 
 Exames radiográficos (são os de maior interesse) 
 Nas Periapicais: avaliação da integridade do contorno radicular, assim como doespaço 
correspondente ao ligamento periodontal e da lâmina dura e do osso alveolar adjacente, é 
fundamental. 
o A incidência radiográfica periapical torna possível, além de uma visão panorâmica do dente, 
observar a largura, o comprimento e o raio da curvatura radicular 
o Mostra também alterações ósseas perirradiculares resultantes do comprometimento da polpa 
dental. 
 
 As alterações perirradiculares inflamatórias produzem alteração nos tecidos que compõem o 
ligamento periodontal, determinando seu alargamento, com consequente resposta de esclerose ou 
rompimento da integridade da lâmina dura do osso alveolar. 
 A Interproximal é interessante para visualizar a altura da câmara pulpar 
o Mostra a coroa dental e o segmento cervical da raiz 
o Pode-se observar melhor a relação de proximidade entre a polpa dental e as restaurações ou 
cavidades cariosas, a deposição irregular de dentina ou calcificações que possam modificar a 
arquitetura da câmara pulpar, e observar o arco de curvatura do segmento cervical do canal 
radicular, que define o seu perfil de emergência na câmara pulpar. 
 
 A oclusal para melhor visualizar e delimitar a área de uma lesão, por exemplo 
 A panorâmica serve para avaliar a extensão e envolvimento da lesão assim como a intimidade 
dos dentes com acidentes anatômicos 
 Tomografia computadorizada de Feixe Cônico 
 Para melhor investigar as prováveis falhas durante o diagnóstico 
 
 Exames hematológicos 
 Biópsia 
 Interpretação e cruzamento das informações 
 Nem sempre o confronto das informações é conclusivo 
 
128 
 
APOSTILA ENDODONTIA 
 Testes de vitalidade pulpar 
 esses testes apenas apontam a sensibilidade positiva ou negativa da polpa dental, sem, na verdade, 
apontar o real estágio da higidez pulpar. 
 Para os testes que envolvem a aplicação de estímulo e resposta dolorosa, deve-se estabelecer um 
código de resposta ao estímulo aplicado, podendo-se, por exemplo, pedir que o paciente erga a 
mão esquerda assim que ele sentir qualquer desconforto, solicitando também que ele baixe a mão 
assim que a dor desaparecer. 
 
 A resposta ao estímulo doloroso poderá resultar nas seguintes respostas das fibras nervosas 
sensitivas pulpares: 
o Dentes normorreativos, com polpa normal, cuja resposta ao estímulo seja semelhante para os 
elementos dentários saudáveis de determinado paciente, principalmente quando forem 
comparados elementos dentários vizinhos ou homólogos; 
o Dentes hiper-reativos, com polpa dentária anormal, em que a resposta ao estímulo doloroso 
acontece com estímulo de intensidade menor que os dentes vizinhos ou homólogos de 
determinado paciente; 
o Dentes hiporreativos, com polpa dentária anormal, que apresentam resposta somente com 
estímulo doloroso muito superior aos elementos dentários vizinhos ou homólogos, ou mesmo 
ausência de resposta. Esses dados serão muito importantes para ajudar a chegar ao diagnóstico 
pulpar. 
 Trabalham com a resposta dolorosa – código de resposta ao estímulo aplicado 
 Um dente saudável submetido ao teste de calor ou de frio, vai responder positivamente, com uma 
dor estimulada e de curta duração 
 Recursos auxiliares do diagnóstico: tem por propósito avaliar a sensibilidade pulpar e pressupor 
sua vitalidade 
Testes 
Térmicos 
Da anestesia 
Da cavidade 
Pulpar elétrico 
Da transiluminação 
 
 Sensibilidade pulpar positiva = dente vivo 
 Sensibilidade pulpar negativa = dente morto 
 
129 
 
APOSTILA ENDODONTIA 
 
 Os túbulos dentinários são preenchidos com fluido que quando estimulados, causam 
sintomatologia 
 A mudança de temperatura, o ar, as alterações osmóticas podem induzir os odontoblastos a 
estimulares as fibras nervosas 
Sem afirmar o real estágio da higidez pulpar! 
 Fibra nervosa é o último componente da polpa a degenerar, o que pode acusar um falso-positivo 
em casos de necrose 
 O estímulo jamais deve ser feito primeiro no dente suspeito (antes nos dentes homólogos ou 
vizinhos) 
 Tempo de aplicação não deve exceder 5 segundos 
 Se houver necessidade de repetição do teste, deve-se esperar pelo menos 5 minutos 
 No caso de aproximar demais do periodonto (gengiva), as fibras nervosas periodontais poderão 
responder ao estímulo, em vez do dente: falso-positivo 
 Fazer o teste aproximadamente no terço médio, devido a menor espessura amelodentinária e 
maior volume da câmara pulpar 
 
130 
 
APOSTILA ENDODONTIA 
 
Testes Térmicos Pelo Frio: 
 Testes mais precisos e confiáveis na avaliação da vitalidade pulpar 
 Ao realizar esse teste, o profissional usa algum artifício para retirar calor do dente 
 Os fluidos refrigerantes mais utilizados são o butano, o diclorodifluormetano13 e o tetrafluoretano 
 No Brasil, encontram-se marcas comerciais que usam uma mistura de butano e propano (Endo Ice 
– Maquira®; Endo Frost e Endo Ice F − Coltene®; Endo Test – Wilcos®). 
 É necessário: gás refrigerante, pinça e bolinha de algodão (2 a 3x menor que a coroa do dente, 
para evitar estimular outros dentes) 
Técnica do uso do gás refrigerante 
1. Isolamento do dente (relativo ou absoluto) 
2. Aplicação da substância refrigerante sobre cotonete ou pelota de algodão apreendida com pinça 
durante 5 segundos, no máximo 
3. Em caso de necessidade de repetição, aguardar, pelo menos, 5 minutos. 
 
 
 
 Coloca a bolinha de algodão na vestibular e retira assim que o paciente sentir o incômodo, porém 
observa-se o tempo que o estímulo leva para cessar. Caso o estímulo cesse na mesma hora que foi 
retirado o algodão, indica que a polpa está saudável. Caso o estímulo demore para passar, é sinal 
de alguma inflamação pulpar. 
 
131 
 
APOSTILA ENDODONTIA 
 Começar o deste em um dente saudável e depois ir para o dente suspeito, até para comparar e 
mensurar o estímulo doloroso 
 Respostas falso-positivas ao teste de sensibilidade pulpar ao frio: 
o Dentes recentemente traumatizados 
o Dentes portadores de aparelho ortodôntico 
o Dentes com coroa protética 
o Dentes com presença de dentina secundária ou reacional 
o Permanentes com Rizogênese incompleta e decíduos 
Testes Térmicos Pelo Calor: 
 O calor é transferido ao dente por intermédio de substância ou instrumento previamente aquecido. 
 Isolamento relativo e vaselina passada no dente (para evitar que a guta fique presa ao dente, 
alterando o resultado do teste) 
 Usamos guta-percha em bastão 
 Diagnóstico diferencial (vasodilatação) quando já tem dano ao tecido pulpar 
Técnica da aplicação da guta-percha 
1. Para o teste pulpar com o bastão de guta-percha se realiza o isolamento (relativo ou absoluto) do 
dente 
2. Aplica-se um gel isolante na superfície do dente (p. Ex., vaselina), para que a guta-percha não fique 
aderida ao dente 
3. Procede-se ao aquecimento e à plastificação da ponta do bastão de guta-percha em chama e faz-
se a aplicação da guta-percha sobre a superfície dentária, enquanto esta ainda estiver brilhosa 
 
Teste da Anestesia ou Anestesia Seletiva 
 Emprega-se quando o paciente refere uma dor difusa ou reflexa (dor referida), sem definir o dente 
responsável. 
 Deve-se anestesiar apenas o elemento dentário suspeito de ser o causador da dor, sem anestesiar 
o dente suspeito de ser aquele que está refletindo a dor. 
 Se a dor cessar após a anestesia, sua hipótese diagnóstica será confirmada, identificando-se o 
elemento causador (dente algógeno) e o elemento que somente está refletindo a dor (dente 
sinálgico). 
 Se a dor cessar, o diagnóstico foi confirmado 
 
 
 
 
 
132 
 
APOSTILA ENDODONTIA 
Teste Pulpar Elétrico 
 Utiliza a passagem de corrente elétrica, estimulando diretamente as fibras sensoriais 
 Aparelho para teste elétrico: Pulp Tester 
 Serve exclusivamente para determinar se o dente está vivo ou mortificado 
 Não pode ser usado em pacientes portadores de marca-passo 
 Deve ser feito um isolamento relativo antes do teste 
 A presença de restaurações pode dificultar o teste 
 
Transiluminação 
 Consiste em exame com uso de um aparelho dotado de uma fibra óptica, aplicando-seum feixe 
luminoso intenso no elemento dentário, a fim de se poder diagnosticar, por translucidez do esmalte 
e da dentina, algumas alterações presentes, como: trincas, fraturas, perfurações, cáries 
interproximais, reabsorções coronárias e escurecimento da área correspondente à câmara pulpar 
nas necroses pulpares 
 Aparelho transiluminador ou aparelho fotopolimerizador ou tipo LED 
 
 
Teste da Cavidade 
 Último teste a ser realizado 
 É um teste invasivo no qual se estimula o dente suspeito 
de ser portador de necrose pulpar sem anestesiá-lo previamente, 
utilizando-se, para isso, uma broca de alta rotação. 
 Muitas vezes apenas o jato de ar ou a água da seringa 
tríplice, ou mesmo o ar da turbina de alta rotação, são suficientes 
para que o paciente acuse a resposta dolorosa, mesmo antes da abertura da cavidade. 
 Se a resposta negativa persistir, deve-se avançar com a cirurgia de acesso, até que a trepanação 
seja obtida. 
 Confirma a ausência de vitalidade 
 Consiste em realizar a cirurgia de acesso do dente suspeito sem anestesia 
 
133 
 
APOSTILA ENDODONTIA 
 Sede: localizada ou difusa/irradiada 
 Aparecimento: provocada ou espontânea 
 Duração: curta ou longa 
 Frequência: intermitente ou contínua 
 Intensidade: leve, moderada ou severa 
 Alteração na intensidade, compostura ou 
atitude (dor em decúbito) – aumento da 
circulação sanguínea para a cabeça 
 Dor ao mastigar 
 Aumento ou diminuição de variações de 
temperaturas de alimentos 
 Dor permanece apenas alguns segundos após a remoção do estímulo 
 Dor apresenta-se difusa (irradiada) – estágios iniciais do processo inflamatório 
 O frio pode exacerbar o desconforto 
o As mesmas variações térmicas que exacerbam a dor podem amenizar (ex: bolsa de gelo) 
 Presença de dentina exposta ou restaurações defeituosas: sensíveis ao consumo de alimentos 
doces ou ácidos 
 Posição de decúbito: início ou exacerbação da sensibilidade dolorosa (devido ao aumento da 
circulação sanguínea para a cabeça) 
 Dor que se repete semanas de forma constante 
 Dor da lesão perirradicular geralmente é uma manifestação contínua 
 Apresentam desconforto: na mastigação, toque ao dente, compressão.. 
 Métodos que mensuram a circulação sanguínea da polpa e não propriamente a resposta 
dolorosa 
 Fluxometria Laser Doppler 
o Registro do fluxo sanguíneo não invasivo e indolor 
o Aparelho extremamente caro 
 
 Oximetria de pulso: mensura a saturação de oxigênios 
 
134 
 
APOSTILA ENDODONTIA 
 
 Polpa viva: circulação sanguínea normal e saturação de oxigênio alta 
 
Coroas escurecidas podem conotar mortificação pulpar. 
Observar restaurações visivelmente infiltradas. Dependendo do 
quadro sintomático, agudo ou crônico: periodontite apical 
aguda ou periodontite apical crônica, respectivamente 
 
Coroas com translucidez alterada (tonalidade amarelada ou 
opaco-leitosa) podem caracterizar calcificação difusa, dente 21. 
Características da dor: assintomática, detectável 
radiograficamente 
 
Coroas rosadas (origem hemorrágica) podem significar dentes 
traumatizados e conseqüente mortificação pulpar, 
dependendo se tem dor ou não, agudo ou crônico: periodontite 
apical aguda ou periodontite apical crônica, respectivamente 
 
Mancha rósea dente 11, sugerindo reabsorção interna na coroa 
(câmara pulpar), devido a cor da polpa ser refletiva através da 
transparência do esmalte. Características da dor: assintomática, 
detectável radiograficamente 
 
135 
 
APOSTILA ENDODONTIA 
 
Lesões cariosas, inspecionar profundidade, exposição pulpar e 
associar com as características da dor para determinar o 
diagnóstico e tratamento adequado 
 
Restaurações extensas, inspeção de infiltrações 
 
Inspeção de trincas e seu envolvimento pulpar, dente 11 
 
 
Fratura coronária e seu envolvimento pulpar 
 
Abrasão cervical dentária associada a escovação nos dentes 31 
e 41. Avaliar o envolvimento pulpar 
 
Atrição dentária e seu envolvimento pulpar 
 
Observar erosão ou defeito de desenvolvimento no 35 e 
extensa lesão cariosa no 36, podendo ou não ter exposição 
pulpar 
 
Condição periodontal e seu envolvimento pulpar, por meio 
dos testes de sensibilidade 
 
136 
 
APOSTILA ENDODONTIA 
 
Condição periodontal, observar o dente 26, vista vestibular e 
palatina e seu envolvimento pulpar, por meio dos testes de 
sensibilidade 
 
Presença ou ausência de bolsa periodontal com auxílio da 
sonda milimetrada 
 
 As condições periodontais são importantes para distinguir as lesões de origem endodônticas 
daquelas de origem periodontal. 
 Os testes de sensibilidade pulpar, juntamente com a sondagem periodontal e as radiografias, são 
essenciais para essa diferenciação. 
 Se a lesão for de origem periodontal, a polpa dental poderá estar com vitalidade. No caso de 
mortificada, poderá ser uma lesão associada endodôntica e periodontal conjuntamente, conhecida 
como endo-perio. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
137 
 
APOSTILA ENDODONTIA 
 
 
 
 Estrutura interna do dente 
 Tecido conjuntivo frouxo ricamente vascularizado 
e inervado 
 Função: formar dentina (nutre e mantem 
vitalidade) 
 Complexo tecidual: complexo dentino-pulpar 
 Dentina é um tecido mineralizado de natureza 
tubular 
 Túbulos dentinários: percorrem toda a extensão 
da dentina, desde a junção 
Pulpares: 
1. Pulpite reversível 
2. Pulpite irreversível 
3. Necrose pulpar 
4. Pulpite transicional 
Perirradiculares: 
1. Periodontite apical aguda 
2. Abscesso perirradicular agudo 
3. Periodontite apical crônico 
4. Granuloma perirradicular 
5. Abscesso perirradicular crônico 
Nomenclatura diagnóstica recomendada pela AAE/ABE (2013) 
Diagnóstico pulpar Diagnóstico apical 
Polpa normal Tecidos apicais normais 
Pulpite reversível Periodontite apical sintomática 
Pulpite irreversível sintomática Periodontite apical assintomática 
Pulpite irreversível assintomática Abscesso apical crônico 
Necrose pulpar Abscesso apical agudo 
Previamente tratado 
Osteíte condensante 
Terapia previamente iniciada 
 
Recomendamos o termo perirradicular, em vez de apical, porque ele abrange não somente as lesões na 
região apical ou periapical (certamente as mais comuns), mas também as lesões inflamatórias que afetam a 
porção lateral da raiz ou a área de furca. 
alterações 
 
Pulpares e Perirradiculares 
 
138 
 
APOSTILA ENDODONTIA 
 A polpa está livre de sinais e sintomas e responderá positivamente aos testes pulpares térmicos e 
elétrico, reagindo aos estímulos com resposta dolorosa de intensidade compatível com a excitação 
provocada. 
 Não exibe nenhum sintoma espontâneo 
 Responde aos testes: os sintomas serão brandos, não causando nenhum desconforto ao paciente 
e resultando em sensação transitória (desaparece em segundos) 
 As manobras de palpação apical e percussão de um dente com polpa normal resultam em 
resposta negativa. 
 Radiograficamente, nenhuma evidência de reabsorção, cárie ou exposição pulpar mecânica 
 Pode ser causada por agressão tecidual: 
o Bactérias 
o Agressões químicos 
o Trauma 
 A dor inflamatória causa aumento da pressão dos tecidos 
 Ocorre aumento da vasodilatação local 
 Aumento da permeabilidade capilar, causando edema e comprimindo as terminações nervosas 
Pode ser influenciada por 2 fibras nervosas: delta A e Tipo C 
Mielínica Amielínica 
Rápida condução Fibra periférica 
Ela que é estimulada pelo teste 
do frio 
Lenta condução ao estímulo 
Baixo limiar de excitabilidade Alto limiar de excitabilidade 
Dor aguda, provocada, rápida e 
de curta duração 
Dor aguda, espontânea de 
origem pulpar severa e difusa 
Dor rápida Dor lenta e lancinante 
Inflamação leve Inflamação progredindo 
 
 
 
 
 
 
 
139 
 
APOSTILA ENDODONTIA 
No Teste Do Frio (Estimulação Das Fibras Delta A) 
Vasoconstrição Vasoconstrição 
Diminuição da pressão 
interna 
Diminuição da pressão 
interna 
Resposta imediata de dor 
Alívio (estágios avançados) 
ou estímulo da dor (estágios 
iniciais) 
 
No Teste Do Calor (EstimulaçãoDas Fibras Tipo C) 
Vasodilatação Vasodilatação 
Aumento da pressão interna 
Aumento da pressão 
interna 
Resposta tardia de dor 
(estimulam fibras nervosas 
de condução lenta) 
Resposta imediata de dor 
 
 Leve alteração inflamatória da polpa (inflamação de fase inicial) 
 Reparação tecidual 
 Apresenta uma sintomatologia provocada de resposta um pouco mais intensa que na polpa 
normal. 
 Macroscopicamente, se fosse possível observar a polpa inflamada reversivelmente, seu aspecto 
seria: 
o Sangramento não abundante cm coloração vermelho vivo e brilhante 
o Polpa com consistência e resistente ao corte 
 
 A dor oriunda da estimulação de fibras delta A é resultado da hidrodinâmica do fluido dentinário 
 Levando a uma redução do limiar de fibras delta A e uma hipersensibilidade 
 O desconforto pulpar é experimentado quando um estímulo, como frio ou doce, é aplicado, 
havendo o aparecimento de uma dor brusca, que tenderá a desaparecer poucos segundos após a 
sua remoção. 
 Assim, a dor nesses casos é sempre provocada e nunca espontânea. 
 A radiografia periapical assemelha-se à de um dente com polpa normal. 
 A remoção de tecido cariado e restauração apropriada leva à completa remissão dos sintomas 
evidenciados. 
 
140 
 
APOSTILA ENDODONTIA 
 
Diagnóstico: 
 Sintomatologia 
 Exame radiográfico 
 Inspeção clínica 
 Percussão e palpação 
 Teste de vitalidade 
 Tratamento 
 
 
Sinais e 
Sintomas 
Usualmente assintomática 
Dor aguda, rápida, localizada e fugaz, de natureza 
provocada 
Queixa mais comum: dor ao frio ou ao comer doces 
Inspeção 
 
Restauração ou lesão de cárie extensa 
Não há exposição pulpar 
Testes pulpares 
 
Frio e calor: positivo e de curta duração 
Perirradicular: negativo 
Tratamento: 
 
Conservador 
Remoção de cárie ou da restauração defeituosa (e/ou 
extensa) 
Capeamento pulpar indireto 
Prognóstico favorável para o dente e para o tecido pulpar 
 
 A polpa é exposta: fica estabelecida uma área de contato direto com os microrganismos 
 A remoção dos irritantes não é suficiente para reverter o quadro 
 Sem eliminar o agressor, progride para necrose (lenta ou rápida) 
 Em alguns casos, a pulpite irreversível pode se instalar mesmo sem exposição da polpa à cavidade 
oral 
 Macroscopicamente, quando acessada, a polpa demonstra: 
o Sangramento discreto com ausência de hemorragia 
o Coloração vermelho escuro e opaco 
o Consistência pastosa ou liquefeita e sem resistência ao corte 
 Trata-se de um diagnóstico com base em achados subjetivos e objetivos de que a polpa inflamada 
vital é incapaz de se recuperar e retornar à sua higidez após a remoção dos fatores que levaram a 
essa condição inflamatória 
 sendo indicado o tratamento endodôntico não conservador: pulpectomia ou, quando indicada, a 
pulpotomia 
 
 
141 
 
APOSTILA ENDODONTIA 
 
Sinais e Sintomas 
Usualmente sintomática 
ESTÁGIO INTERMEDIÁRIO: 
 Dor Provocada, aguda e localizada 
 Persiste por um longo período de tempo após a 
remoção do estímulo e o paciente ainda localiza o 
dente 
 Uso de analgésicos pode ou não ser eficaz 
 
ESTÁGIO AVANÇADO: 
 Dor pulsátil, excruciante, lancinante, contínua e 
espontânea 
 A dor passa a ser difusa ou reflexa 
 O emprego de analgésicos geralmente não 
apresenta eficácia 
 
Inspeção 
 
Restauração ou lesão de cárie extensa 
Exposição pulpar: origem microbiana ou traumática 
Radiograficamente 
Lesões cariosas e/ou restaurações extensas, geralmente 
sugerindo exposição pulpar 
O espaço do ligamento periodontal apresenta-se normal ou, 
algumas vezes, ligeiramente espessado 
 
Testes pulpares 
 
FRIO: 
 Estágios iniciais: positivo 
 Estágios mais avançados: geralmente não há resposta 
positiva (perda de atividade por hipóxia e 
degeneração das fibras delta A) 
 Casos sintomáticos: pode causar alívio da dor (efeito 
vasoconstritor e anestésico) 
 
CALOR: 
 Resultado positivo 
 Nos casos sintomáticos, a aplicação de calor 
exacerba a dor 
Teste da cavidade: geralmente positivo 
Perirradiculares: pode ser negativa ou positiva 
Tratamento: 
 
Endodôntico convencional 
Geralmente não necessita de medicação sistêmica 
 
 As características podem incluir: 
o Dor aguda após estímulo térmico (demorando a cessar após a remoção do estímulo, geralmente 
30 segundos ou mais) 
o Dor espontânea (dor não provocada) 
 
142 
 
APOSTILA ENDODONTIA 
o Dor irradiada (também chamada dor referida ou dor reflexa) 
 
 Em algumas situações, o paciente pode relatar aumento da dor com aplicação de frio e seu alívio 
quando entra em contato com uma substância quente. 
 Outras vezes, é o contrário que ocorre (alívio com frio e dor com o quente), o que já foi atribuído ao 
fato de a fase de pulpite irreversível ser inicial ou tardia, mas o que se pode concluir, clinicamente, 
é que ambas caracterizam a necessidade de uma intervenção com remoção total ou parcial da 
polpa envolvida 
 A dor experimentada nesse quadro é importante, podendo ser paroxística, ou seja, uma dor 
excruciante considerada a de maior intensidade no curso da inflamação pulpar 
§ O paciente pode relatar dor em determinadas mudanças posturais, como dor em decúbito 
(quando se deita) ou ao curvar-se 
§ O uso de analgésicos e/ou anti-inflamatórios costuma não surtir o efeito desejado 
§ As causas mais frequentemente observadas estão relacionadas com cáries profundas, 
restaurações extensas ou, ainda, fraturas com exposição pulpar. 
 Em dentes de pacientes jovens, a inflamação crônica da polpa pode resultar na formação de um 
pólipo, condição conhecida como pulpite hiperplásica. 
 Caracterizada pela proliferação de um tecido polipoide que se projeta a partir da câmara pulpar 
 O pólipo formado, usualmente, torna-se epiteliado, uma vez que as células epiteliais descamadas 
da mucosa oral são adsorvidas à superfície do tecido granulomatoso, o que contribui para a 
redução da sensibilidade desse tecido pulpar exposto 
 Assintomático 
 Pacientes jovens com ápice aberto, a inflamação se prolonga e pode se apresentar com ou sem 
dor 
 Proliferação de um tecido granulomatoso 
 Remoção do pólipo com uma cureta 
 
 Como consequência da cárie não removida ou outros agentes causadores das alterações pulpares, 
ocorre necrose e, então, infecção pulpar 
 Caracterizada pelo somatório de alterações morfológicas que acompanham a morte celular em 
um tecido 
 Dependendo da causa, pode ser classificada como: 
 
143 
 
APOSTILA ENDODONTIA 
Necrose De Liquefação 
 Tipo mais comum 
 Resulta da ação de enzimas hidrolíticas, de origem bacteriana e/ou endógena (neutrófilos), que 
promovem a destruição tecidual 
Necrose de Coagulação 
 Lesão traumática 
 Interrupção do suprimento sanguíneo pulpar (rompimento do feixe vasculonervoso que penetra 
pelo forame apical), ocasionando isquemia tecidual. 
Necrose Gangrenosa 
 Tecido que sofreu necrose de coagulação e foi invadido por bactérias que promovem a liquefação 
 
 Quadro em que será necessário o tratamento endodôntico radical 
 A necrose do tecido pulpar está associada à presença de microrganismos, mesmo nos casos em 
que a causa da necrose teve origem em fatores não microbianos, como o traumatismo dental 
 Em resposta à agressão e à necrose da polpa dental, o organismo desencadeia processos 
inflamatórios agudos ou crônicos de defesa na região perirradicular 
 Podendo resultar na formação de cistos e granulomas perirradiculares e, eventualmente, no 
surgimento de coleções purulentas (abscessos) 
 O aspecto radiográfico de dentes com necrose pulpar variará desde situações em que ainda 
existirão os padrões de normalidade, passando pelos quadros de espessamento do espaço do 
ligamento periodontal, podendo ser identificadas as chamadas lesões perirradiculares. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sinais e 
Sintomas 
Usualmente assintomática 
Dor: episódio prévio 
Inspeção 
 
 Presença de cáries e/ou restaurações extensas 
 Alteração de cor (escurecimento da coroa, que pode 
estar relacionado a algum trauma) 
Testespulpares 
 
Frio e calor: negativos 
Perirradicular: negativo (necrose confinada no canal) 
Tratamento: 
 
Endodôntico convencional 
 Uso de medicação intracanal 
 
144 
 
APOSTILA ENDODONTIA 
 
Dinâmica dos processos patológicos pulpar e perirradicular tendo como início um processo de cárie. 
 
 
 Tecidos apicais normais não apresentam resposta dolorosa ao teste da percussão e palpação e 
radiograficamente a lâmina encontra-se intacta, bem como o espaço periodontal está uniforme. 
 Assim como no caso dos testes pulpares, o exame de palpação e percussão deve ser comparativo, 
iniciando-se por dentes cuja resposta esperada seja a normal. 
 Não exibe sintomatologia 
 O dente responde normalmente aos testes de percussão e palpação 
 Radiograficamente, revela integridade da lâmina dura e do espaço do ligamento periodontal em 
torno dos ápices de todas as raízes 
 
 
 
 
Pulpite reversível. À medida que a cárie avança na dentina em direção à polpa,
aumenta a gravidade do processo inflamatório pulpar.
Pulpite irreversível. Após exposição pulpar por cárie, a agressão exercida
diretamente por microrganismos é intensa e gera inflamação grave e
irreversível.
Pulpite irreversível e necrose parcial. A infecção avança no canal em direção
apical.
Necrose e infecção de praticamente toda a polpa radicular, como resultado do
avanço apical dos eventos compartimentalizados de agressão, inflamação,
necrose e infecção.
Estabelecida a infecção na porção apical do sistema de canais radiculares.
 
145 
 
APOSTILA ENDODONTIA 
 
 Quando a agressão é persistente e não se resolve pela mobilização dos mecanismos inespecíficos 
de defesa do hospedeiro, instala-se um processo crônico 
 Se a resposta imunológica não consegue eliminar o agente agressor, ela consegue controlá-lo, 
confinando-o ao local da agressão. 
 Na persistência do estímulo agressor, as próprias respostas de defesa do hospedeiro, específicas 
ou inespecíficas, podem gerar o dano tecidual. 
 Abrange: 
o Lesões na região periapical (mais comuns) 
o Lesões inflamatórias de origem endodôntica que afetam a porção lateral da raiz ou a área de furca 
 Em alguns casos, a lesão perirradicular pode se desenvolver mesmo antes de os processos de 
necrose e infecção atingirem o forame apical 
 O desenvolvimento da lesão perirradicular está relacionado: 
o A respostas imunes inata e adaptativa contra infecção intrarradicular 
o Na tentativa de conter a propagação da infecção ao osso e outros locais do corpo 
 Geralmente é caracterizada por reabsorção óssea, que permite ao osso recuar estrategicamente 
para longe da zona infectada, sendo substituído por um tecido inflamado. 
 
As principais alterações patológicas que acometem a polpa e
os tecidos perirradiculares são de natureza inflamatória e de
etiologia infecciosa
A inflamação é a principal resposta da polpa e dos tecidos
perirradiculares a uma gama variada de estímulos que causam
lesão tecidual
A intensidade da resposta inflamatória irá variar conforme o tipo
de agressão e, principalmente, a sua intensidade
Uma vez que a agressão rompe a integridade tecidual, a resposta
inflamatória visa localizar e preparar os tecidos alterados para a
reparação da região afetada.
 
146 
 
APOSTILA ENDODONTIA 
 
Formas de agressão física (mecânica ou térmica) e química à polpa e aos tecidos perirradiculares. 
A. Preparo cavitário (agressão mecânica e térmica). 
B. Sobreinstrumentação (agressão mecânica). 
C. Sobreobturação (agressão mecânica e química). 
D. Materiais restauradores temporários ou definitivos (agressão química). 
E. Ataque ácido da dentina e/ou polpa (agressão química). 
 
Se a agressão proveniente da infecção do canal 
radicular for de alta intensidade, uma lesão 
perirradicular sintomática se estabelece, podendo 
evoluir para um abscesso agudo. 
 
Se a agressão proveniente da infecção do canal 
radicular for reduzida pelas defesas do hospedeiro, o 
quadro cronifica. 
 
 
147 
 
APOSTILA ENDODONTIA 
 
Se a agressão proveniente da infecção do canal 
radicular for originalmente de baixa intensidade ou 
for reduzida pelas defesas do hospedeiro, o processo 
crônico se estabelece e pode levar à reabsorção 
óssea com a formação de um granuloma e 
posteriormente um cisto. 
 Inflamação do periodonto apical, em que ocorrem sintomas clínicos de dor à mordida e/ou 
percussão e palpação apical. 
 Processo degenerativo pulpar: resposta gravemente dolorosa à percussão/palpação e tratamento de 
canal faz-se necessário. 
 Quando acompanhada de necrose pulpar, as respostas aos testes pelo frio, quente e elétrico são 
negativas; 
 Restaurações com sobrecontornos oclusais, pontos de contato oclusais prematuros, maloclusões e 
forças ortodônticas excessivas podem desencadear o seu aparecimento, mesmo com a vitalidade 
e higidez pulpar (a remoção dos fatores desencadeadores nesses casos levará à remissão total do 
quadro) 
 Por outro lado, a sobreinstrumentação de canais além da região foraminal, a extrusão de debris, 
restos necróticos e microrganismos, além da injeção incidental, via forame, de substâncias químicas 
irritantes, são fatores que podem levar ao aparecimento do quadro de periodontite apical 
sintomática. 
 Sinal característico e patognomônico: sensação de “dente crescido” 
o o ligamento periodontal inflamado leva a uma discreta extrusão do elemento, produzindo tal 
desconforto, no qual o paciente mal consegue tocar o dente com seu antagônico. 
 Agressão (bactérias) de alta intensidade 
 Resposta inflamatória aguda no ligamento periodontal (PAA) 
 Aumento da permeabilidade vascular, gerando edema e pressão hidrostática tecidual 
 O edema comprime as fibras nervosas, causando dor. 
 
Espessamento Do Espaço Do Ligamento Periodontal 
 
148 
 
APOSTILA ENDODONTIA 
 
Sinais e 
Sintomas 
 Dor intensa, espontânea e localizada 
 Extrema sensibilidade ao toque do dente 
 Sensação de dente crescido 
 Mastigação usualmente provoca ou exacerba a dor 
Inspeção 
 Radiograficamente, espessamento do ELP apical 
Testes pulpares 
 
Frio e calor: negativos 
 Perirradicular: positivo ou negativo (depende da 
extensão da resposta inflamatória) 
Tratamento: 
 
Conservador 
Endodôntico convencional 
Medicação intracanal 
Exsudato controlado 
 
 O quadro costuma ser doloroso, pela pressão do pus e tumefação dos tecidos moles, 
frequentemente acompanhadas de manifestações sistêmicas, como prostração, febre, 
infartamento ganglionar, podendo haver trismo. 
 O inchaço existente pode ser intra e/ou extrabucal e a infecção poderá progredir para a cortical ou 
espaços medulares do osso – o que caracteriza a osteomielite – ou se difundir pelos tecidos moles 
como uma celulite, sendo notadamente grave a angina de Ludwig, um tipo de celulite de tecidos 
moles com risco de morte envolvendo três compartimentos no assoalho da boca, incluindo os 
espaços submentuais, sublinguais e submandibulares bilateralmente. 
 
 Resposta inflamatória não consegue eliminar o agente agressor ou reduzir a intensidade da injúria, 
o que leva a uma exacerbação do processo inflamatório. 
 Inflamação purulenta (bactérias altamente virulentas associadas a infecção), levando a um APA 
 Duração do processo agudo: 72 a 96h – eficaz em reduzir a agressão bacteriana – destruição da 
arquitetura tecidual 
 A disseminação da infecção para espaços anatômicos da cabeça e do pescoço pode provocar 
quadros clínicos graves, inclusive com risco de vida. 
 Abscessos são cavidades circundadas por paredes de tecido fibrótico ou de granulação, que 
contêm pus em seu interior. 
 O aspecto radiográfico dos abscessos apicais dependerá do tempo de evolução do caso, podendo 
apresentar um espessamento do espaço periodontal e/ou uma imagem perirradicular difusa, mal 
definida, nesse caso com perda da continuidade da lâmina dura. 
 Poderá também ocorrer o aspecto radiográfico da lesão crônica original, com ou sem radiolucidez 
difusa associada 
 
 
 
149 
 
APOSTILA ENDODONTIA 
Classificação Quanto A LocalizaçãoDa Coleção Purulenta 
FASE INICIAL - ÁPICE RADICULAR 
 Restrito ao espaço anatômico apical 
 Aumento gradativo do exsudato purulento: compressão dos tecidos da região 
 Percussão e palpação: exarceba a dor 
 Extrusão e mobilidade dentária 
 Ausência de edema 
 Radiografia normal 
FASE EM EVOLUÇÃO – REGIÃO SUBPERIÓSTEA 
 Aumento da coleção purulenta no ápice radicular e disseminação para os espaços medulares do 
osso alveolar – pus na cortical óssea 
 Edema intra e/ou extracelular difuso, sem ponto de flutuação 
 Febre e prostração 
 Exacerbação da dor pela palpação e percussão 
FASE EVOLUÍDA – REGIÃO SUPRAPERIOSTEAL (REGIÃO SUBMUCOSA) 
 Exsudato purulento rompe o periósteo e o pus invade o espaço submucoso 
 Edema intra e/ou extraoral com ponto de flutuação 
 Febre e prostração 
 Drenagem cirúrgica (cutânea ou mucosa) 
 Dreno para manter aberta a via de drenagem 
 Pode haver destruição óssea perirradicular 
 
 
 
Tumefação associada a abscesso perirradicular agudo. 
A. Intraoral, neste caso específico, localizada no palato e associada a abscesso no incisivo lateral superior. 
B. Extraoral. 
 
 
 
 
 
 
 
150 
 
APOSTILA ENDODONTIA 
 
Sinais e 
Sintomas 
Não responde bem ao uso de analgésicos 
Dor espontânea, pulsátil, lancinante e localizada 
Pode ou não apresentar evidências de envolvimento sistêmico 
 Tumefação intra e/ou extraoral pode estar presente 
Inspeção 
 
Radiograficamente, espessamento do ELP apical: 
 Resultado do edema que causa uma ligeira extrusão do dente do 
alvéolo 
 Extensão direta da necrose e da infecção pulpar: agudização de um 
granuloma ou cisto: observa-se a presença de destruição óssea 
perirradicular (área radiolúcida) 
 Mobilidade dentária e ligeira extrusão dentária 
Testes pulpares 
 
Frio e calor: negativo 
 Em raras ocasiões, os testes de calor e elétrico podem oferecer falsos 
resultados, em virtude da presença de líquido no canal oriundo da 
necrose por liquefação 
 Os testes de frio e de cavidade são os mais seguros 
Perirradiculares (percussão e palpação): positivo 
 Deve ser realizado com extrema cautela, pois a sensibilidade pode 
ser exagerada 
Tratamento: 
 
Drenagem da coleção purulenta com eliminação do agente agressor 
A drenagem é feita via canal radicular e/ou incisão da mucosa 
O canal deve ser limpo e desinfetado, preferencialmente na consulta de 
emergência 
Medicação intracanal 
Tratamento endodôntico 
 
 
151 
 
APOSTILA ENDODONTIA 
Vias De Disseminação E Drenagem Do Abscesso 
O abscesso irá se disseminar por áreas de menor resistência e a proximidade do ápice com a cortical óssea 
também irá ditar se a tumefação será por vestibular ou lingual/palatina. 
DENTES INFERIORES, CORTICAL VESTIBULAR 
A via de disseminação poderá ser o fundo do 
vestíbulo mandibular, se o ápice do dente 
envolvido estiver localizado acima da inserção do 
músculo bucinador (dentes posteriores) ou 
mentoniano (dentes anteriores) 
DENTE ANTERIOR INFERIOR, CORTICAL 
VESTIBULAR 
A via de disseminação poderá ser o espaço 
mentoniano, se o ápice do dente envolvido estiver 
localizado abaixo da inserção do músculo 
mentoniano 
DENTE ANTERIOR INFERIOR, CORTICAL LINGUAL 
A via de disseminação poderá ser o espaço 
submentoniano, se o ápice do dente envolvido 
estiver localizado abaixo da inserção do músculo 
milo-hióideo 
DENTES INFERIORES, CORTICAL LINGUAL 
A via de disseminação poderá ser o espaço 
sublingual, se o ápice do dente envolvido estiver 
localizado acima da inserção do músculo milo-
hióideo 
DENTES POSTERIORES INFERIORES, CORTICAL 
LINGUAL 
 A via de disseminação pode ser o espaço 
submandibular, se o ápice do dente 
envolvido estiver localizado abaixo da 
inserção do músculo milo-hióideo 
 Se os espaços submentoniano, sublingual 
e submandibular forem envolvidos ao 
mesmo tempo, o quadro é denominado 
angina de Ludwig, que ainda pode 
avançar para os espaços faríngeo e 
cervical, resultando em obstrução das vias 
aéreas e em risco à vida 
 Os segundos e terceiros molares inferiores 
também podem drenar para o espaço 
pterigomandibular. Infecções resultantes 
da anestesia troncular do nervo alveolar 
inferior também podem atingir esse 
espaço. 
DENTES POSTERIORES SUPERIORES, CORTICAL 
VESTIBULAR 
A via de disseminação poderá ser o fundo de 
vestíbulo, se o ápice do dente envolvido estiver 
localizado abaixo da inserção do músculo 
bucinador 
DENTES SUPERIORES, CORTICAL PALATINA 
A via de disseminação poderá ser o palato. Os 
dentes comumente envolvidos são o incisivo 
lateral superior, o primeiro pré-molar superior e 
os molares superiores (raiz palatina). 
INCISIVO CENTRAL SUPERIOR, CORTICAL 
VESTIBULAR 
A via de disseminação poderá ser a base do lábio 
superior, se o ápice do dente envolvido estiver 
localizado acima da inserção do músculo 
orbicular da boca. 
CANINO E PRIMEIRO MOLAR SUPERIORES, 
CORTICAL VESTIBULAR 
A via de disseminação poderá ser o espaço 
infraorbitário ou canino, se o ápice do dente 
envolvido estiver localizado acima da inserção do 
músculo levantador do ângulo da boca 
 
 
 
152 
 
APOSTILA ENDODONTIA 
 Consiste na inflamação e na destruição do periodonto apical de origem pulpar, e, nesses casos, 
não há dor ou ela é muito discreta 
 Quadro relacionado a dentes portadores de necrose pulpar 
 A lesão perirradicular assintomática em fase inicial, se não tratada, pode evoluir para a formação 
do granuloma, que é caracterizado por reabsorção óssea e substituição do osso reabsorvido por 
um tecido mole com inflamação crônica. 
 No exame radiográfico, manifesta-se a radiolucidez apical. 
 Resposta inflamatória associada a PAA é eficaz na redução da intensidade da agressão 
 A resposta cronifica, resultando em um PAC 
 Se o agente agressor for incialmente de baixa intensidade, a inflamação crônica no ligamento 
periodontal pode se estabelecer sem ser precedida por uma resposta inflamatória aguda 
 
 
 
 
 
 
 Patologia perirradicular mais comumente encontrada 
 A partir do momento que há reabsorção óssea detectada na radiografia 
ou na tomografia computadorizada de feixe cônico, e na ausência de 
sintomas, uma lesão perirradicular assintomática está estabelecida. 
 Infiltrado inflamatório crônico com elementos de reparação (tecido 
granulomatoso que substitui o osso reabsorvido) 
 Na periferia (circunscrevendo a lesão): cápsula (fibras colágenas) 
 No granuloma, após o tratamento endodôntico, o granuloma começa 
a reduzir e há formação óssea na área (por isso que é necessário 
acompanhar o caso depois) 
 Detectada radiograficamente: quantidade suficiente de osso é 
reabsorvida 
 
 
 
 
 
Sinais e 
Sintomas 
Assintomático (episódios prévios de dor) 
Presença de cárie profunda ou de restauração extensa associada ou 
não a cárie reicidivante 
O ELP encontra-se normal ou espessado 
Testes pulpares 
 
Frio e calor: negativos 
Perirradiculares: negativos 
Tratamento: 
 endodôntico convencional com uso de MIC 
 
153 
 
APOSTILA ENDODONTIA 
 
Sinais e Sintomas 
Usualmente assintomático 
Presença de cárie profunda ou de restauração extensa 
O dente pode apresentar escurecimento 
Testes pulpares 
 
Frio e calor: negativos 
Perirradicular: negativo 
Radiograficamente 
Principal elemento do diagnóstico 
Área radiolúcida associada ao ápice radicular ou 
lateralmente a raiz, bem circunscrita com perda da 
integridade da lãmina dura 
Cárie e/ou restauração extensa 
Tratamento: 
 
Conservador 
Não é necessária uma cirurgia perirradicular 
(paraendodôntica) 
 
 Sempre originado de um granuloma, que se tornou epiteliado 
 Mantida a causa, que é a infecção situada no interior do sistema de canais radiculares, a 
proliferação epitelial assume maiores proporções, gerando lojas no interior das aglomerações de 
células epiteliais. Está formado o cisto perirradicular. 
 Nem todo granuloma necessariamente progride para cisto 
 Resultado de uma infecção endodôntica de longa duração 
 Cisto consiste em uma cavidade patológica que contém material fluido ou semissólido,composto 
principalmente por células epiteliais degeneradas 
 
Sinais e 
Sintomas 
Assintomáticos 
 Encontra associado a uma drenagem intermitente ou 
contínua (fístula intra ou extraoral) 
Presença de cárie profunda ou de restauração extensa 
 
154 
 
APOSTILA ENDODONTIA 
Testes pulpares 
 
Frio e calor: negativo 
Perirradicular: negativo 
Tratamento: 
 
 
Endodôntico convencional 
Cirurgia perirradicular 
 
 Acompanhar o paciente para ver se o granuloma reduz, se não reduzir quer dizer que virou um 
cisto e aí é necessária a cirurgia perirradicular para remover a lesão 
 Resulta do egresso gradual de irritantes do canal radicular para os 
tecidos perirradiculares, com consequente formação de exsudato purulento 
no interior de um granuloma/cisto. 
 Também pode se originar da cronificação do abscesso perirradicular 
agudo. 
 Sua característica clínica principal é a presença de fístula. 
 O conteúdo purulento não fica confinado, sendo eliminado pela via de 
menor resistência 
 Pode se originar da cronificação do APA 
 
Sinais e 
Sintomas 
 Dor intensa, espontânea e localizada 
 Extrema sensibilidade ao toque do dente 
 Sensação de dente crescido 
 Mastigação usualmente provoca ou exacerba a dor 
Inspeção 
 
Achados radiográficos: 
 Área de destruição óssea perirradicular 
 Os limites da área radiolúcida podem não ser bem definidos 
 Cáries e/ou restaurações profundas 
 
Testes pulpares 
 
Frio e calor: negativo 
 Perirradicular: positivo ou negativo (depende da extensão da resposta 
inflamatória) 
Tratamento: 
 Endodôntico convencional 
 
155 
 
APOSTILA ENDODONTIA 
 
A. Fístula intraoral. 
B. Fístula extraoral. Um cone de guta-percha foi introduzido na fístula para seguir seu trajeto e indicar 
o dente responsável (fistulografia). 
 
 Fístula ativa ou não, usualmente localizada ao nível da mucosa alveolar 
 Fistulografia (rastreamento radiográfico de fístulas) 
 Quando o paciente apresenta uma fístula cuja origem precise ser esclarecida, pode-se introduzir 
um cone de guta-percha delicadamente através do trajeto fistuloso, desde sua saída (parúlide) até 
o ponto em que encontre resistência 
 Uma radiografia será então realizada, e o dente responsável, detectado, identificando-se também 
a sua causa. 
 Mudanças da microbiota 
 Queda da resistência do hospedeiro 
 Invasão bacteriana na região periapical 
 Diagnóstico diferencial: presença radiograficamente de lesão periapical 
 Abscesso fênix 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
156 
 
APOSTILA ENDODONTIA 
\o\oo\\\o\\\\\\o\\\o\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\
\\\o\oo\\o\\\\\\\\\oo\oo\oooo\\\o\o\\\\\\\\\\\\ 
Definida como um evento fisiológico ou patológico decorrente, principalmente, da ação de células clásticas 
ativadas, sendo caracterizada pela perda progressiva ou transitória de cemento ou cemento e dentina. 
 
 Os tecidos mineralizados do dente não são normalmente reabsorvidos, enquanto o osso é 
continuamente remodelado. 
 Fenômeno estritamente local e podem ser induzidas por fatores traumáticos e/ou infecciosos. 
 Os tipos de traumatismos mais envolvidos são: 
o Luxação lateral 
o Intrusão 
o Avulsão seguida de reimplante 
o Fratura radicular 
o Fratura coronária (com lesão de luxação). 
 A necrose pulpar associada a lesões perirradiculares, assim como os movimentos ortodônticos 
intempestivos, dentes impactados, traumatismo oclusal ou tecido patológico (cistos ou neoplasias), 
também são relacionados como fatores etiológicos das reabsorções dentárias. 
 Quando um traumatismo dentário ocasiona ruptura do feixe vasculonervoso apical de um 
elemento dentário, a polpa entra em necrose e as bactérias presentes na saliva ou no sulco gengival 
REABSORÇÃO Dentária 
 
157 
 
APOSTILA ENDODONTIA 
poderão invadir e colonizar a cavidade pulpar através de túbulos dentinários que possam estar 
expostos à cavidade bucal ou ao sulco gengival 
 O traumatismo poderá acarretar o aparecimento de micro e macrofissuras de esmalte, que 
também funcionam como vias para a invasão bacteriana 
 Além da injúria traumática que representa o fator desencadeante, a infecção pulpar que representa 
o fator de manutenção poderá perpetuar a reabsorção dentária de natureza inflamatória. 
 A reabsorção de um dente permanente poderá ser decorrente de traumatismo dentário; de um 
processo inflamatório crônico do tecido pulpar e/ou periodontal; ou, ainda, ser induzida por meio 
da pressão exercida pela movimentação ortodôntica dentária, neoplasias ou devido à erupção 
dentária. 
Na patologia das reabsorções dentárias, normalmente há envolvimento pulpar, periodontal ou pulpo-
periodontal. 
Osteoclastos 
o Essa célula participa do processo de remodelação óssea, por reabsorver osso 
o A diferenciação anormal ou redução no número de osteoclastos pode resultar em osteosclerose 
o O excesso de atividade osteoclástica incluem osteoporose, artrite reumatóide, mieloma múltiplo, 
metástase de câncer, doenças periodontais e lesões perirradiculares. 
 
 As atividades osteoblástica e osteoclástica são processos fisiológicos normais do tecido ósseo, o 
qual sofre reabsorção e aposição, como parte de um processo contínuo de remodelação. 
 Os tecidos mineralizados dos dentes permanentes não sofrem remodelação e, portanto, não são 
normalmente reabsorvidos. 
 Eles são protegidos, na superfície radicular, pelo pré-cemento (cementoide) e por cementoblastos 
e, na cavidade pulpar, pela pré-dentina e por odontoblastos 
 A perda da integridade da camada de odontoblastos e cementoblastos que reveste a pré-dentina 
e o pré-cemento, respectivamente, causada mecânica ou quimicamente, permite o acesso de 
células clásticas ao tecido mineralizado e predispõe à reabsorção. 
 Cemento 
 
 Tecido semelhante ao osso; 
 Mais resistente ao processo reabsortivo 
 Apenas o terço apical da raiz dental é 
recoberto por cemento celular, onde estão 
 
158 
 
APOSTILA ENDODONTIA 
situados os cementócitos, enquanto o 
restante da raiz é recoberta por cemento 
acelular. 
 Entre a camada de cemento periférica e a 
dentina radicular, encontra-se uma 
camada de cemento intermediária que 
parece ser mais hipercalcificada que a 
dentina adjacente e o cemento periférico. 
 As possíveis razões para o cemento ser 
significativamente menos afetado por 
reabsorção do que o osso incluem: 
o Presença de pré-cemento. 
o Restos epiteliais de malassez podem, 
de alguma forma, proteger o cemento 
contra reabsorção. 
o Cementoblastos formam uma 
camada que reveste a superfície 
radicular e podem também exercer 
papel protetor por não responderem a 
estímulos reabsortivos como o fazem 
as células que revestem o osso. 
o Ausência de vascularização do 
cemento. 
 Osteoclasto para a célula capaz de 
reabsorver osso e odontoclasto para a que 
reabsorve o dente. 
 O osteoclasto pode existir em dois 
diferentes status funcionais – o móvel e o 
reabsortivo 
Em função da superfície dentária afetada em: 
 Reabsorções externas: quando se iniciam na superfície radicular externa; 
 Reabsorções internas: quando se iniciam nas paredes da cavidade pulpar 
 Reabsorções internas – externas (perfurantes): quando o processo reabsortivo se estabelece nas 
superfícies radiculares externas e internas, ocorrendo a comunicação entre as áreas de reabsorção. 
o Nesses casos, geralmente, não é possível identificar em que superfície dentária iniciou-se o 
processo de reabsorção. 
 Pode iniciar-se em qualquer ponto da superfície radicular nos 
dentes erupcionados completamente. 
 No exame radiográfico; fica mantido o contorno da cavidade 
pulpar, havendo superposição do canal radicular sobre a área irregular 
da reabsorção externa 
 Os tecidos mineralizados dos dentes permanentes não são 
normalmente reabsorvidos 
 A superfície radicular é protegida pelo pré-cemento ou 
cementoide e pela camada de cementoblastos. 
 As camadas de cementoblastos e pré-cemento são sensíveis a 
pequenas agressões físicas, químicas ou biológicas que poderão 
danificá-las, removendo-as ou acelerandoa mineralização do pré-
cemento. 
 Estes eventos expõem áreas de cemento que serão colonizadas por células clásticas, dando início 
à reabsorção dentária externa. 
 A agressão responsável pela lesão dos cementoblastos e do pré-cemento também induz, na região, 
um processo inflamatório, propiciando um acúmulo maior de mediadores locais da reabsorção. 
 
159 
 
APOSTILA ENDODONTIA 
 Observada nos reimplantes, transplantes e luxações 
 Qualquer traumatismo dentário capaz de provocar um dano irreversível ao ligamento periodontal 
e/ou à superfície radicular pode desencadear uma reabsorção substitutiva 
 Também denominada reabsorção por substituição 
 
 A luxação intrusiva e a avulsão dentária, pela extensão do dano ao ligamento periodontal, são os 
traumatismos responsáveis pelo maior número de reabsorções substitutivas. 
 Na ausência do ligamento periodontal, ou de parte dele, assim como do fator ou fatores 
antirreabsortivos, o tecido ósseo fica intimamente justaposto à superfície radicular, estabelecendo 
uma anquilose dentoalveolar. 
o Essa união direta entre o osso e a raiz favorece a atração e ligação de células clásticas à 
superfície radicular. 
o Devido ao ciclo normal de remodelação óssea, o dente anquilosado se converte em parte 
integrante deste sistema; assim, a raiz é substituída gradualmente por osso 
 
 É dependente da destruição do ligamento periodontal. 
 A polpa não está envolvida no processo 
 Em caso de grandes injúrias do ligamento periodontal (mais de 20% da superfície radicular), o 
número de células vitais remanescentes do ligamento periodontal é muito pequeno ou mesmo 
inexistente, permitindo que as células osteogênicas se movam da parede do alvéolo e colonizem a 
superfície radicular danificada. 
 Consequentemente, há formação de tecido ósseo em contato direto com a raiz dentária. 
o Esse fenômeno é denominado anquilose dentoalveolar. 
 
 A substituição progressiva dos tecidos dentários pelo osso é denominada reabsorção substitutiva. 
 A anquilose dentoalveolar e a reabsorção substitutiva não podem ser revertidas porque o tecido 
ósseo reabsorve e remodela durante toda a vida. 
Clinicamente: 
 É assintomática. 
 O dente anquilosado mostra-se imóvel (sem mobilidade fisiológica) e, frequentemente, em 
suboclusão/infraoclusão 
 Permanece estável no arco, até uma pequena porção remanescente de raiz 
 O som à percussão é metálico (alto), claramente diferente dos dentes adjacentes. Pode revelar a 
anquilose, mesmo antes da radiografia. 
Radiograficamente 
 Desaparecimento do espaço pericementário 
 Substituição contínua da raiz por osso, a qual se origina no segmento apical 
 As margens da reabsorção são irregulares. 
 
160 
 
APOSTILA ENDODONTIA 
 
 O traumatismo, além do dano à 
estrutura periodontal, pode afetar o 
suprimento neurovascular apical para a 
polpa dentária 
 Pode ocorrer obliteração da 
cavidade pulpar ou necrose pulpar 
 Nos dentes com necrose, pode 
ocorrer um processo infeccioso com 
superposição de uma reabsorção dentária 
externa substitutiva, a qual, conforme vai 
progredindo, se encontra com zonas de 
tecido pulpar necrosado e infectado. 
 O tratamento endodôntico geralmente consegue conter o processo infeccioso, mas não a 
reabsorção externa substitutiva. 
 O tratamento ortodôntico é contraindicado em dentes anquilosados ou com reabsorções 
substitutivas. 
 Ou de superfície 
 É uma reabsorção externa que paralisa sem qualquer intervenção 
 É autolimitante e prontamente reparada 
 Pode se estabelecer em qualquer ponto situado ao longo da raiz dentária. 
 
 A reabsorção é paralisada porque: 
o A área danificada da raiz e o processo inflamatório instalado não têm magnitude suficiente para 
manter e dar continuidade à reabsorção 
o Um fator inibidor da reabsorção presente na dentina é maior do que o estímulo recebido pelas 
células clásticas oriundo de pequenas agressões ao complexo protetor da raiz 
o A polpa não está envolvida. 
 
 Etiologia: lesões traumáticas de baixa intensidade localizadas nos tecidos de sustentação do dente, 
como a concussão e a subluxação. 
 Raramente são observadas no exame radiográfico 
 São autolimitantes e reparam-se espontaneamente, por meio de neoformação cementária, com 
restabelecimento do contorno original da raiz. 
 Ao exame clínico: o dente apresenta-se com características de normalidade e nenhum tratamento está 
indicado, em função de a reparação ocorrer espontaneamente. 
 
 Pode ser provocada por tratamento ortodôntico, dentes impactados, erupções dentárias, cistos, 
neoplasias e traumatismo oclusal 
 Cessa, desde que removida a causa, estando a polpa dentária hígida 
 
161 
 
APOSTILA ENDODONTIA 
 Contudo, em determinadas circunstâncias, nas quais a remoção cirúrgica da causa possa 
comprometer a integridade do feixe vasculonervoso pulpar, o tratamento endodôntico se faz 
necessário. 
 Quando o tratamento ortodôntico é a causa e o estímulo para a reabsorção, ela cessará após a 
remoção da força. 
 Nos casos de dentes vitais em que não há paralisação, a reabsorção pode estar associada à 
patologia pulpar (inflamação pulpar). 
o Nestes casos, a terapia endodôntica é indicada na tentativa de cessar a reabsorção. 
 A reabsorção está localizada com mais frequência na região apical dos dentes do que nas paredes 
laterais. 
 Progride continuamente 
 Sua paralisação exige a intervenção do profissional que retira ou elimina o fator de manutenção 
presente no interior do canal radicular 
 Podem ser classificadas em: 
o Reabsorção dentária externa apical 
o Reabsorção dentária externa do segmento médio 
o Reabsorção dentária externa cervical. 
Reabsorção Dentária Externa Apical 
 É uma reabsorção dentária progressiva localizada no ápice radicular e ocorre em dentes portadores 
de necrose pulpar e lesão perirradicular crônica. 
 O processo é progressivo, provocando desde pequenas perdas de substâncias, imperceptíveis ao 
exame radiográfico, até grandes destruições que podem comprometer o sucesso do tratamento 
endodôntico 
A. Região apical normal. 
B. Aspecto histológico da reabsorção. 
C. Aspecto radiográfico. 
 
 
Reabsorção dentária externa apical presente em dente com 
tratamento endodôntico. 
 Polpa necrosada e infectada constitui-se no principal fator 
etiológico. 
 As bactérias no interior do sistema de canais radiculares 
promovem uma inflamação crônica nos tecidos perirradiculares 
que induzem a liberação de mediadores químicos, como 
interleucinas, prostaglandinas e TNF que podem estimular ou 
ativar as células clásticas que promovem a reabsorção óssea e 
dentária apical. 
 
162 
 
APOSTILA ENDODONTIA 
 A sobreinstrumentação pode desencadear a reabsorção inflamatória apical. 
o Porém, a continuidade da reabsorção está ligada à presença de um estímulo de manutenção, 
epresentado por uma lesão perirradicular crônica. 
Clinicamente: 
 É assintomática. 
 Sintomas que podem levar a seu diagnóstico estão associados à inflamação perirradicular. 
Radiograficamente 
 Observam-se áreas radiotransparentes no ápice radicular e no osso adjacente. 
 Geralmente, há um encurtamento da raiz, representado por um plano perpendicular ao eixo 
radicular. 
 A reabsorção, na maioria das vezes, é irregular, podendo ser mais acentuada em uma das faces da 
raiz, adquirindo o aspecto denominado bico de flauta. 
 Outras vezes, além do encurtamento da raiz, a reabsorção adentra o canal em sentido coronário. 
 O tratamento deve ser direcionado ao combate da infecção endodôntica. 
 A instrumentação deve ser realizada em toda a extensão do canal remanescente buscando-se, com 
os instrumentos mais calibrosos, criar um batente ligeiramente aquém da margem mais reabsorvida. 
 
A. Encurtamento da raiz. 
B. Reabsorção adentra o 
canal. 
C. Manutenção do lúmen 
do canal. 
D. Bico de flauta. 
 
 
 
Reabsorção Dentária Externa Lateral 
 Progressiva 
 Estabelecida nos segmentos médio e/ou apical da superfície radicular 
 A face externa da raiz é, normalmente,bem protegida pelo ligamento periodontal e pelo cemento. 
o Se o ligamento periodontal for perdido, ocorrerá anquilose. 
 Injúrias traumáticas de baixa intensidade, como oclusão traumática, concussão e subluxação, 
geralmente não causam necrose pulpar. 
 Após o dano mecânico na superfície da raiz, o tecido lesado será eliminado pela resposta inflamatória 
local e ocorrerá a reparação com novo cemento e ligamento periodontal, devido à ausência de 
estímulos para a continuação da resposta inflamatória (reabsorção dentária externa lateral 
transitória). 
 
163 
 
APOSTILA ENDODONTIA 
 
 No exame clínico pode demonstrar uma flutuação, ou até mesmo uma fístula. 
 Também está presente em dentes cujos canais foram tratados de maneira deficiente 
 
 Resposta inflamatória no periodonto = tecido de granulação 
 Ao lado dessa área, a superfície radicular sofre uma reabsorção intensa, 
Radiograficamente: 
 Perda contínua de tecido denta 
 Associada a zonas radiolúcidas persistentes e progressivas no osso 
adjacente 
 Podem estar localizadas nas faces laterais (mesial e distal) ou vestibular 
ou palatina da raiz dentária. 
 Quando localizadas nas faces vestibular ou lingual, as lesões 
(reabsorções) movem-se com as variações de angulagem horizontal 
radiográfica. 
 Devido à falta de comunicação com a cavidade pulpar, é possível distinguir claramente o contorno 
do canal radicular, por meio da área radiolúcida de reabsorção. 
o Essas características diferenciam as reabsorções externas das internas. 
 
 Normalmente, a reabsorção não atinge o lúmen do canal – reabsorção externa não perfurante. 
 Às vezes, o processo pode penetrar no canal radicular ou, durante a instrumentação, ocorrer a 
comunicação – reabsorção externa perfurante 
Não Perfurantes 
 Realiza-se o tratamento endodôntico em dentes com necrose ou o retratamento endodôntico, 
dando ênfase ao combate da infecção endodôntica 
 A instrumentação deve ser realizada, visando à limpeza e à modelagem do canal radicular. 
Injúrias mais graves, como luxações ou avulsões (causam a ruptura dos vasos 
sanguíneos do forame apical e necrose pulpar isquêmica) 
Bactérias então alcançarão o canal radicular, através de 
microrrachaduras do esmalte-dentina ou de túbulos dentinários 
expostos, estabelecendo-se, em 2 a 3 semanas, um processo 
infeccioso endodôntico. 
A reabsorção dentária externa localizada na superfície radicular, vencendo 
a barreira estabelecida pelo cemento, deixará expostos túbulos dentinários 
adjacentes. Bactérias presentes no canal podem atravessar os túbulos e 
alcançar os tecidos periodontais laterais e provocar uma resposta 
inflamatória (RDELProgressiva)
 
164 
 
APOSTILA ENDODONTIA 
 Solução de hipoclorito de sódio a 2,5% é usada como substância coadjuvante do preparo. 
 A smear layer deve ser removida e uma medicação intracanal, usada. 
 Medicamento intracanal: pasta HPG com contrastante (iodofórmio ou óxido de zinco). 
o Damos preferência ao uso desta pasta, em função de ela, ao preencher o canal radicular, revelar, 
radiograficamente, a presença ou não de possível comunicação com a área de reabsorção. 
 A seguir, realiza-se o selamento coronário. 
 renovamos a pasta de hidróxido de cálcio 7 dias após a sua colocação inicial. 
 Persistindo a tumefação, renovamos o PQM e o medicamento, a cada 7 dias. 
 Não havendo sintomas clínicos, retiramos a pasta e obturamos o canal radicular. 
 
Reabsorção dentária externa lateral não perfurante. 
Sequência radiográfica. 
A. Inicial. 
B. Após preparo e colocação da pasta HPG com agente 
contrastante. 
C. Após obturação, controle de 2 anos. 
 
 
Perfurantes (Interna – Externa) 
 uso de um medicamento intracanal é imprescindível, tendo como objetivo eliminar bactérias, 
preencher todo o canal e a região da perfuração (reabsorção). 
 pasta HPG com contrastante. 
 Após o uso da pasta HPG, com finalidade antimicrobiana, podemos obturar o canal e a área 
reabsorvida definitivamente. 
 devemos usar material obturador contendo hidróxido de cálcio. 
 O canal deve ser obturado pela técnica de compactação lateral. 
 O material obturador deve preencher o canal radicular e a área reabsorvida 
 
Reabsorção dentária externa lateral perfurante. 
Sequência radiográfica. 
A. Inicial. 
B. Obturação convencional do segmento apical do canal. 
Preenchimento da área de reabsorção com pasta de 
hidróxido de cácio com veículo oleoso. Controle de 2 anos. 
 
 
 
165 
 
APOSTILA ENDODONTIA 
Reabsorção Dentária Externa Cervical Invasiva 
 É progressiva 
 Localização: no segmento coronário da raiz, no sentido coroa-
ápice, além do epitélio juncional do dente. 
 Outros nomes: reabsorção inflamatória subepitelial da raiz ou 
reabsorção cervical 
 Resulta de uma reação inflamatória do ligamento periodontal 
advinda de estímulo microbiano oriundo do sulco gengival ou mesmo 
do canal radicular. 
 Pode ocorrer: 
o Mais apicalmente na superfície radicular. 
o Em dentes reimplantados e anquilosados, em infraoclusão, ou 
dentes luxados. 
o Dentes com polpa viva ou dentes tratados endodonticamente. 
 
 Bactérias do sulco gengival que estimulam e mantêm a resposta inflamatória no periodonto 
(através dos túbulos dentinários), no nível da união da raiz. 
 Na área inflamada e infectada, há produção e liberação de mediadores químicos da reabsorção 
que ativarão as células clásticas a reabsorverem a dentina e o osso. 
o Produtos bacterianos também contribuem para a progressão da reabsorção. 
 É assintomática e, geralmente, detectada por meio do exame radiográfico. 
 Os dentes unirradiculares são, geralmente, os afetados, e o processo tende a ser lento. 
 A polpa não está envolvida e os testes de sensibilidade estarão dentro de limites normais. 
 Em estados avançados, o tecido de granulação pode ser observado solapando o esmalte da coroa 
dentária, dando-lhe uma aparência rosada. 
o Esta mancha rósea é oriunda do ligamento periodontal, e não da polpa dentária. 
o Nestas condições, geralmente o esmalte é fraturado, promovendo a comunicação da reabsorção 
com o sulco gengival 
 
 A mancha rósea tem sido tradicionalmente descrita como um sinal patognomônico da reabsorção 
radicular interna, localizada na região coronária e oriunda da polpa dentária. Em consequência, 
muitos casos de reabsorção cervical são mal diagnosticados e tratados como reabsorção radicular 
interna. 
 
 
 
166 
 
APOSTILA ENDODONTIA 
Radiograficamente: 
 Quando localizada nas faces proximais da superfície radicular, é caracterizada por uma área 
radiolúcida no interior da raiz, que se expande na dentina em sentidos coronário e apical. 
 a sondagem revela paredes duras e resistentes. 
 A reabsorção óssea sempre acompanha a reabsorção cervical, com imagens que se confundem 
com bolsas infraósseas de origem periodontal. 
 Quando vestibular ou lingual, a imagem radiográfica depende da extensão da área reabsorvida. 
o Inicialmente, uma radiolucidez próxima à margem cervical será observada. 
o Com o progresso da reabsorção sobre a dentina, a área radiolúcida pode estender-se em sentidos 
apical e coronário. 
o Devido à falta de comunicação com a cavidade pulpar, é possível distinguir o contorno do canal, 
identificado por linhas radiopacas através da área radiotransparente da reabsorção cervical. 
 
 Pode se apresentar clínica e radiograficamente na superfície radicular como uma cratera ampla 
ou como uma pequena abertura 
 Dependendo da extensão e do local da reabsorção, a osteotomia poderá ser indicada. 
 O tratamento endodôntico poderá ou não ser indicado, em função da quantidade de dentina que 
separa o assoalho da área reabsorvida do lúmen do canal radicular. 
Reabsorção Cervical Invasiva 
 Quando as células reabsortivas penetram 
na dentina e causam reabsorção dela 
entre o cemento e pré-dentina. 
 A polpa se mantém vital. 
 Esse processo espalha-se ao redor do 
canal radicular depositando tecido duro 
de aparência osteíde. 
 Radiograficamente, não apresentaum 
padrão ou modelo definido que possa 
caracterizá-la; entretanto, revela uma área 
radiolúcida irregular, geralmente 
superposta ao canal radicular, que 
conserva a sua forma original. 
 A lesão move-se com as variações de 
angulagem horizontal radiográfica. 
 
 
167 
 
APOSTILA ENDODONTIA 
 
Reabsorção dentária externa cervical 
invasiva. Abertura ampla na superfície 
radicular. 
Retratamento endodôntico e 
tratamento cirúrgico da reabsorção. 
 
 
 O acesso à área de reabsorção será via canal radicular e não cirúrgico, por via externa. 
 
 Pode iniciar-se em qualquer ponto da superfície da cavidade pulpar. 
 Podem ser transitórias ou progressivas. 
transitórias 
 Envolvem apenas a perda de odontoblastos e pré-dentina 
 São autolimitantes e reparadas por novo tecido duro que pode preencher a lacuna de reabsorção. 
Progressivas 
 continuam além do local em que a dentina foi exposta após a perda dos odontoblastos e pré-
dentina. 
 Quanto ao mecanismo do processo reabsortivo, são classificadas em inflamatória e substitutiva. 
 
 Se caracteriza pela reabsorção da face interna da cavidade pulpar, por células clásticas adjacentes 
ao tecido de granulação da polpa. 
 Resulta de uma inflamação crônica pulpar 
 Fatores Etiológicos: traumatismo e a infecção 
 O traumatismo e o superaquecimento do dente, por preparo cavitário, podem danificar os 
odontoblastos e pré-dentina, fazendo com que a reabsorção se instale além do tecido de 
granulação. 
Histologicamente 
 A polpa coronária apresenta uma zona com tecido pulpar necrosado e infectado e esse é o fator 
de manutenção do processo de reabsorção. 
 para a reabsorção interna progredir, os túbulos dentinários contaminados devem promover a 
comunicação da área necrosada com a área do canal com tecido vital. 
 Nos casos em que não há uma área de necrose pulpar, a reabsorção interna é dita transitória. 
 
168 
 
APOSTILA ENDODONTIA 
Clinicamente: 
 Assintomática 
 diagnosticada durante exame radiográfico de rotina 
 A dor pode estar presente, se a perfuração da coroa ocorrer (mancha rósea) e o tecido metaplásico 
ficar exposto ao meio oral. 
 Parte da polpa coronária apresenta-se, frequentemente, necrótica, enquanto o segmento pulpar 
remanescente permanece com vitalidade, podendo, assim, responder ao teste de sensibilidade 
pulpar. 
Localização 
 Pode ocorrer em qualquer região da cavidade pulpar que apresente polpa viva. 
 Se ocorrer na coroa, a rede vascular do tecido de granulação pode ser vista através do esmalte 
como um ponto róseo (mancha rósea) 
Radiograficamente 
 apresenta-se como uma área radiolúcida 
 caracterizada por um aumento uniforme, de aspecto ovalado, do canal radicular. 
 
Reabsorção dentária 
interna inflamatória. 
Não perfurante. 
A. Molar inferior. 
B. Incisivo central 
superior. 
C. Canino inferior. 
D. Incisivo central 
superior. 
E. Incisivo central 
superior. 
 
169 
 
APOSTILA ENDODONTIA 
São Divididas Em Não Perfurantes E Perfurantes (Interna−Externa) 
 
Reabsorção dentária interna inflamatória. 
A. Não perfurante. 
B. Perfurante. 
Não Perfurantes 
 O tratamento endodôntico deve ser 
realizado prontamente, com o intuito de paralisar 
o processo. 
 Este cessa quando remove a polpa, tendo 
em vista a interrupção da circulação sanguínea 
que nutre as células clásticas. 
Perfurantes 
 O tratamento pode ser não cirúrgico e cirúrgico. 
 O tratamento não cirúrgico é semelhante ao empregado na reabsorção dentária externa 
perfurante 
 O cirúrgico depende do tamanho e da localização da reabsorção. É realizado após o tratamento 
do canal radicular. 
 Quando localizada na região cervical: Os procedimentos cirúrgicos empregados são semelhantes 
aos de reabsorção cervical. 
o Dependendo da extensão e da localização da reabsorção interna perfurante, a exodontia deve 
ser indicada. 
 Quando localizada no terço apical, é indicada a remoção apical. 
 Em outros segmentos da raiz, quando acessível, procede-se ao fechamento do defeito, com 
materiais indicados para as obturações retrógradas. 
 
Radiograficamente 
 Aumento irregular da cavidade pulpar 
 O contorno pulpar não é mantido, não havendo a superposição da cavidade pulpar sobre a área 
de reabsorção. 
 Revela ausência da linha radiopaca de demarcação entre o canal radicular e a imagem da 
reabsorção na dentina. 
Histologicamente 
 Há metaplasia do tecido pulpar normal por tecido ósseo medular. 
 A reconstituição contínua do tecido ósseo, a expensas da dentina, é responsável pelo aumento 
gradual da cavidade pulpar. 
 
170 
 
APOSTILA ENDODONTIA 
Etiologia: 
 Traumatismo, geralmente, de baixa intensidade. 
 Localiza-se na coroa dentária e nos segmentos radiculares cervical e médio. 
 Dependendo da localização e da possibilidade de acesso à área de reabsorção, o tratamento 
endodôntico pode ser instituído, com intuito de paralisar o processo. 
 
 Primeiro material biocerâmico: MTA 
 Podem ser utilizados em: 
1. Cirurgias apicais 
2. Capeamento pulpar 
3. Procedimentos regenerativos 
4. Reparos de defeitos causados por perfurações acidentais 
5. Reabsorções dentárias 
 
 Ocorre o contato direto entre o biomaterial e os tecidos vivos, e dessa forma, a bioatividade é uma 
propriedade essencial para a mineralização e o reparo tecidual 
 Promove a biomineralização 
 A substituição dos agentes radiopacificadores permitiu o uso para dentes anteriores, uma vez que 
não provocam o manchamento na estrutura dental 
 BIO-C Repair, um cimento reparador biocerâmico pronto para uso (putty 
o Dentre as suas principais características, o fabricante destaca a indução da regeneração tecidual, 
a ação antibacteriana pelo elevado pH, a inibição da infiltração bacteriana pela expansão de presa 
e a adesão química à dentina. 
 
 
 
 
 
 
 
 
171 
 
APOSTILA ENDODONTIA 
 
 
 Procedimentos preventivos não invasivos a procedimentos operatórios/cirúrgicos 
 Tratamento Endodôntico 
o Procedimento doloroso 
 Endodontia moderna: prevenção e tratamento assintomático 
 Tratamento pautado em evidências clínicas 
 A medicação sistêmica coadjuvante ajuda nesse processo 
 Diagnóstico: entender a causa do problema para depender menos de medicamentos 
 É preciso avaliar: 
o Perfil do paciente 
o Prognóstico 
o Manifestações sistêmicas 
o Alteração Pulpar 
o Dor Pulpar 
o Alteração Perirradicular 
o Dor Periapical 
 Não subestime a anamnese e exame físico 
 Nem sempre a queixa do paciente é o problema principal 
Diagnóstico Possíveis: 
1. Polpa normal 
2. Pulpite reversível (tratamento mais conservador) 
3. Pulpite irreversível assintomática 
4. Pulpite irreversível sintomática 
5. Necrose pulpar 
6. Tecidos apicais normais 
7. Periodontite apical aguda 
8. Periodontite apical crônica 
9. Abscesso perirradicular agudo 
10. Abscesso perirradicular crônico (característica importante: trato fistuloso) 
 
 Os tipos marcados em amarelo são os casos em que o paciente apresentará dor 
 Os demais casos necessitam apenas de procedimento local 
 Tudo o que for crônico: o paciente não sente dor 
 Quando temos alteração nos tecidos apicais, quer dizer que a infecção extravasou o forame e está 
causando inflamação 
Casos em que o paciente ainda pode sentir dor: 
Terapêutica Em Endodontia 
 
172 
 
APOSTILA ENDODONTIA 
 Paciente estava sem dor e passa a sentir dor 
 Caso crônico que agudiza 
 Causas: 
 Microrganismos e seus produtos 
o Extrusão apical 
o Aumento do potencial de oxirredução 
o Introdução de novos microrganismos 
 Iatrogenias 
o Sobreinstrumentação 
o Instrumentação incompleta 
o Extravasamento de substância irrigadora 
o Perfurações 
 Emergência verdadeira que se desenvolve entre as sessões do tratamento – dor ou tumefação 
 A dor é devido a uma agressão 
 Ocorre entre as sessões, antes do PQM 
 Deve-se irrigar e realizar um PQM mais efetivo, colocar medicação intracanal e prescrever 
medicamentos 
 É relativamente normal 
 Ligeiro desconforto previsível 
 Espontaneamente nos primeiros dias(24h) 
 Pacientes livres de sintomas até 6 dias 
 Se houver expectativa de dor pós-operatória, pode-se prescrever um analgésico para o paciente 
 Se a dor for aguda e persistente: 
o Em caso de obturação adequada: prescrever analgésicos 
o Em caso de sobreobturação: aguardar 7 dias 
o Em caso de obturação inadequada: retratamento 
 Paciente já chega com dor 
 Maior probabilidade de dor durante e após procedimento endodôntico. 
Quais os medicamentos indicados nesses casos e como prescrever? 
Arsenal terapêutico útil que permite o desenvolvimento do atendimento de modo racional e com maior 
margem de segurança. 
 Devemos prescrever o medicamento certo, na dose certa e na hora certa. 
 O manejo eficaz do paciente com dor endodôntica envolve 3 etapas: 
 Diagnóstico 
 Tratamento dentário adequado 
 Medicamentos (analgésicos ou anti-inflamatórios) 
o O uso de analgésicos com anti-inflamatórios dependerá da expectativa de dor e da intensidade 
da dor 
 
173 
 
APOSTILA ENDODONTIA 
Princípios gerais do tratamento da dor: 
Identificar: 
 Origem 
 Intensidade (aguda ou crônica) 
 Iniciar com o menos potente (porém eficaz) 
 O ideal é não utilizar, mas se for o caso, utilizar com cautela 
 Monitorizar efeitos adversos (conhecimento da droga) 
 Grupo de medicamentos que diminuem ou interrompem as vias de transmissão nervosa, reduzindo 
a percepção de dor (nocicepção) 
 Dor: experiência sensorial e emocional desagradável, associada a um dano tecidual potencial ou 
real. 
 Percepção: interpretação complexa da excitação sensorial integrada com emoções (medo, 
ansiedade, memória de experiências prévias – subjetiva) 
 Indicações: 
 Pulpopatias (pulpite reversível ou irreversível sintomática) 
o Periodontite apical aguda 
o Abscesso perirradicular agudo 
o Agressão a região periapical (ultrapassando o limite CDC ou pelo uso de substâncias irritantes) 
o Dor após obturação 
o Flare-Up 
 Consulta adicional: limitação de tempo, inabilidade do operador, dor perirradicular ou problemas 
anatômicos 
Analgésicos de ação periférica 
 Agem no local, inibindo a ação dos mediadores pró-inflamatórios que geram o estímulo da dor 
Analgésicos de ação central 
 Atuam diretamente no sistema nervoso central, alterando completamente a percepção da dor pelo 
organismo 
Classificação 
 Opioides/Narcóticos e Não Opióides/Não Narcóticos (ação leve ou moderada) 
Opióides 
 Codeína 60 a 80mg/dia 
 Geralmente se usq associada ao paracetamol (tylex) 
 Cloridrato de tramadol 
 Comprimido 50mg (Sylador) 
 Cápsulas 50mg (Tramal) 
 Tramal Retard 100mg (utilizado apenas em casos de extrema dor) 
 A cada 8 horas 
 
174 
 
APOSTILA ENDODONTIA 
 São prescritos em receituário de controle especial (2 vias) 
 
 
Utilizados em casos de expectativa de dor muito altas 
Não Opióides 
 Empregador por um período curto: dor aguda de baixa intensidade (prescrever por 24 a 48h, no 
máximo 3 dias) 
 
 
PARACETAMOL
TYLENOL
DÔRICO
SONRIDORACETOFEN
RESFENOL
DIPIRON
A
ANADOR
ANALGEX
ANALGIN
BARALGIN
MAGNOPIR
OL
NOVALGINA
 
175 
 
APOSTILA ENDODONTIA 
Paracetamol 
 Analgésico e Antitérmico 
 Quase não exerce ação anti-inflamatória 
 Seguro em gestantes e lactantes, crianças e idosos 
 Hepatotoxicidade (não deve ser prescrito associado a drogas com potencial hepatotóxico – 
nimesulida) 
 Uso com prilocaína (metahemoglobinemia) 
 Contraindicação: História de alergia ao medicamento ou de alergia aos sulfitos (varfarina sódica) 
 
 Comprimidos de 500 e 750mg 
 Solução (gotas): 100mg/ml ou 200mg/ml 
 1 gota/Kg (máximo 30kg) 
 Intervalos de 4 em 4h ou de 6 em 6h (a escolha do intervalo dependerá da expectativa e da 
intensidade da dor) 
 Dose máxima: 4000mg/dia 
 Não exceder 1000mg na mesma dose 
 
Dipirona 
 Analgésico e Antitérmico 
 Quase não exerce ação anti-inflamatória 
 Uso máximo de 7 dias 
 Toxicidade a medula óssea: por isso não é recomendado para pacientes imunodeprimidos 
 Depressor dos nociceptores: indicado para dores já instaladas 
 
 Comprimido de 500mg ou 1g 
 Solução em gotas 500mg/ml 
o 1 gota/Kg (máximo 30kg) 
 Solução endovenosa ou intramuscular: 2ml 
 Intervalo entre as drogas: 4 em 4h ou 6 em 6h 
 Diminuição da P.A. 
 
 Associações: 
 Paracetamol + Cafeína: Dorex 
o Comprimido (500mg + 25mg) 
 Paracteamol + Cafeína: Sonridor Caf 
o Comprimido (500mg + 65mg) 
 Paracetamol + Diclofenaco + Carisoprodol + Cafeína: Tandrilax 
o Comprimido (300mg + 50mg +35mg) 
o É mais forte por conter anti-inflamatório 
 Dipirona + Cafeíina + Orfenadrina: Dorflex 
o Comprimido (300mg + 50mg + 35mg) 
o Ação analgésica e relaxante muscular 
 
176 
 
APOSTILA ENDODONTIA 
Opções Aanalgésicas não convencionais 
 São AI de potente ação analgésica 
 Clonixinato de Lisina (Dolamin): Comprimido 125mg) 
 Cetorolaco de Tometamina (Toragesic): Comprimido 10mg sublingual) 
 Maleato de Flupirtina (Katadolon): Cápsula 100mg 
 Substâncias ou medicamentos que combatem a inflamação nos tecidos 
 Classificação: 
o Esteroidais, Hormonais, Corticosteróides ou Corticóides (agem na fosfolipase A2: início da 
cascata da inflamação) 
o Não esteroidais ou Não Hormonais (agem na COX: inflamação aguda) 
 
 Medicação pré e pós-operatória em intervenções endodônticas, quando houver expectativa de 
resposta inflamatória de maior intensidade! 
 Tratamento da dor já instalada (urgências), como coadjuvantes dos procedimentos de ordem local. 
 Limitar o uso da droga, pois é usado para dores agudas (prescrito por 2 a 5 dias) 
 Uso preventivo: quando se tem expectativa de dor 
 Uso terapêutico: quando o paciente já chega com dor 
 
 Indicações: 
o Pulpite irreversível 
o Abscesso perirradicular agudo 
o Periodontite apical aguda 
o Agressão a região periapical (ultrapassando o limite CDC ou pelo uso de substâncias irritantes) 
o Dor após obturação 
o Flare-Up 
 Consulta adicional: limitação de tempo, inabilidade do operador, dor perirradicular ou problemas 
anatômicos 
 
Ibuprofeno 
 Eleição para crianças, gestantes e idosos 
 Alivium, Ibufran, Advil 
 De primeira escolha 
 Comprimidos e drágeas de 600mg 
 Solução oral gotas 100mg/ml 
 1 gota/kg (máximo 30 gotas) 
 6/6h ou 8/8h 
 Dose máxima: 2400mg 
 Dor pós endodôntica: Ibuprofeno + 
Paracetamol 1g (interessante em casos de 
flare-up por ser uma dor mais intensa) 
 
 
 
 
 
177 
 
APOSTILA ENDODONTIA 
Nimesulida 
 Arflex: 200mg (utilizado uma vez ao dia) 
 Maxsulid: 400mg 
 Hepatotoxicidade 
 Scaflam (nome comercial mais conhecido) 
 Comprimidos 100mg 
 Suspensão oral 50mg/ml 
 12/12h 
 
 
 
Meloxicam 
 Movatec 
 Piroxicam 
 Comprimidos 7,5mg/15mg 
 24/24h 
Diclofenaco 
 Dor já instalada 
 De segunda escolha 
 Cataflam, Voltaren 
 Comprimido/drágea 50mg 
 8/8h 
Anti-Inflamatórios Não Hormonais ou Não Esteroidais 
 Derivados do ácido propiônico 
 Flanax, Naproxin (Naproxeno) 
 Profenid (cetoprofeno) 
 Posologia 
 Naproxeno: 10x mais potente que o Ibuprofeno 
o Adulto: 550mg de 8/8h 
o Criança: 5 a 7mg/kg de 8/8h 
 Cetoprofeno: 
o Adulto: 50mg de 8/8h (Via oral ou Intramuscular) 
o Crianças: 1mg/kg de 8/8h 
Corticóides 
 Pode ser prescrito antes do procedimento: analgesia preemptiva 
 Dor aguda moderada a severa 
 Dose única (não produz efeitos adversos clinicamente significativos, diminui a necessidade 
exagerada de analgésicos) 
 Mais seguros para serem empregados em gestantes ou lactantes, hipertensos, diabéticos, 
nefropatas e hepatopatas com doença controlada. 
 
 Dexametasona (Decadron 4mg) 
o Dose única de 8mg (antes do procedimento) 
o 1 vez por dia por 3 dias 
 Betanetasona (Celestone 2mg) 
o Dose única de 4mg 
o 12/12h por 3 dias (dose de manutenção em casos mais crônicos) 
 Prednisona (Metilcorten 20mg) 
o Dose única 
o 8/8h ou 12/12h por 3 dias 
 
 
178 
 
APOSTILA ENDODONTIA 
Antibióticos 
 Substâncias químicas produzidas por microrganismos vivos, capazes de inibir ou destruir germes 
patogênicos 
 Erros de3 prescrição podem levar a: 
 Resistência bacteriana 
 Desquilíbrio da microbiota intestinal 
 Tornar o paciente Susceptívela reações alérgicas 
 Infecções fúngicas 
 Nunca esquecer que a descontaminação local é o principal tratamento associado a infecção 
endodôntica (os antibióticos apenas irão auxiliar nas defesas do organismo) 
1° Caso De Indicação De Antibiótico Na Endodontia 
Abscesso Perirradicular Agudo 
 Quando houver uma tumefação difusa com envolvimento sistêmico (febre, mal estar, linfadenite 
regional ou trismo) ou se não conseguiu tratar naquele mesmo dia 
 Prescrever uma dose de ataque (dose maior de 2 comprimidos para aumentar os níveis plasmáticos 
do antibiótico e nos dias seguintes 1 comprimido a cada 8h, no caso da amoxicilina) 
 Tumefação localizada e sem envolvimento sistêmico: drenagem via incisão e/ou via canal seguido 
pelo PQM completo – NÂO precisa de antibiótico 
2° Caso De Indicação De Antibiótico Na Endodontia 
Avulsão Dentária 
 Há indicação porque houve contato com superfície contaminada 
 Mesmo com a delicada lavagem do dente, há Danos as fibras residuais do ligamento periodontal, 
o que aumenta o risco de reabsorção por substituição pós implante 
 Os antibióticos irão evitar a proliferação de microrganismos e favorecerão o reparo do ligamento 
periodontal 
 Cloridrato de Cloxicilina (de escolha nesses casos de avulsão): inibe a ação dos osteoclastos 
3° Caso De Indicação De Antibiótico Na Endodontia 
Sintomatologia e Exsudação Persistente 
 Procedimentos de instrumentação e MIC não estão sendo suficientes 
 Infecção persistente 
 Reagudizações 
4° Caso De Indicação De Antibiótico Na Endodontia 
Infecções Progressivas 
 Caso evolui muito rápido 
 Início rápido de inchaço (dentro de 24h) 
 
179 
 
APOSTILA ENDODONTIA 
 Infecção disseminada 
Casos em que não se deve utilizar 
 Pulpite irreversível sintomática 
 Periodontite apical aguda 
 Necrose e lesão periapical 
 Casos com fístula (seria um abscesso crônico) 
 Abscesso perirradicular agudo com edema flutuante localizado 
Dose de Ataque 
 Infecção já instalada 
Uso profilático em paciente de risco 
 O procedimento endodôntico gera bacteremia: via de entrada sistêmica (alvéolo) 
 Pacientes imunodeprimidos 
 Diabéticos descompensados 
 Pacientes propensos a desenvolver um quadro de bacteremia 
 Endocardite bacteriana 
 Pacientes com próteses ortopédicas 
 Pacientes recebendo quimioterapia (Se a contagem de leucócitos for inferior a 2500) 
 Transplantes de medula óssea (Se a contagem de leucócitos for inferior a 2500) 
 
 Regime profilático 
o Bochechos com antisséptico 
o Gluconato de clorexidina a 0,12% imediatamente antes do procedimento para reduzir a incidência 
ou a magnitude de bacteremias 
 Pacientes não alérgicos à penicilina: 
o Amoxicilina: 2g e 50mg/kg 1h antes do procedimento 
 Pacientes alérgicos à penicilina 
o Clindamicina: 600mg e 50mg/kg 
o Azitromicina ou Claritromicina: 500mg e 15mg/kg 1h antes do procedimento 
Opções parenterais 
 
 
180 
 
APOSTILA ENDODONTIA 
Infecção Endodôntica 
 Não ocorre remissão espontânea 
 Antibioticoterapia sistêmica não resolve! 
 Polpa necrosada não tem suprimento sanguíneo (células de defesa e antibióticos não chegam no 
local) 
 Infecção mista 
 Etiologia polimicrobiana 
 Infecção inicial: 
o Bactérias gram-positivas 
o Anaeróbios e anaeróbios facultativos (Streptococcus ssp. Lactobacillus ssp. Actinomyces ssp.) 
 Infecção em evolução: 
o Bactérias gram-negativas (prevotella) – mais resistentes 
o Anaeróbias (mais resistentes) facultativos e estritos 
 É preciso administrar o antibiótico em uma concentração adequada 
 O medicamento deve sensibilizar o microrganismo 
 Antibiótico deve ser de amplo espectro 
 Deve ter máxima toxicidade seletiva 
 Os efeitos se devem a sua ação específica sobre determinados alvos estruturais ou metabólicos dos 
microrganismos 
 O antibiótico que age na parede celular (amoxicilina) é bactericida – causa a morte da bactéria 
o O bom de ser bactericida é porque o combate à infecção vai depender menos do sistema 
imunológico do paciente 
Antibióticos de interesse em endodontia 
CLASSE MEDICAMENTO MECANISMO DE AÇÃO 
Penicilinas (P-
Lactâmico) 
Penicilinas G E V, Amoxicilina E 
Ampicilina 
Bactericida, inibe a síntese de parede celular 
Cefalosporinas (P-
Lactâmicos) 
Cefalexina, Cefalotina, Cefaclor, 
Cefadroxila, Ceftazidima, 
Ceftriaxona 
Bactericida, inibe a síntese de parede celular 
(reação alégica cruzada às penicilinas) 
Lincosamidas Clindamicina 
Bacteriostático (bactericida em alta concentração), 
inibe a síntese protéica por ligação a subunidade 
do ribossomo bacteriano 
Nitromidazol Metronizadol Bactericida, dano ao DNA 
Quinolonas Ciprofloxacin, Moxifloxacin 
Bactericida, inibe a ação da DNA girasse ou 
topoisomerase 
Macrolídeos 
Eritromicina, Azitromicina, 
Claritromicina 
Bacteriostático, inibe a síntese protéica por ligação 
à subunidade 50S do ribossomo bacteriano 
Tetraciclinas Tetraciclina, Minociclina, Cloxiclina 
Bacteriostático, inibe a síntese protéica por ligação 
à subunidade 30S do ribossomo bacteriano 
Antibióticos que atuam na parede celular: 
 Agem na parede celular 
 Praticamente atóxicos, exceto por reações de hipersensibilidade 
 Penicilinas e cefalosporinas 
 
 
181 
 
APOSTILA ENDODONTIA 
Amoxicilina 
 Padrão ouro em qualidade 
 Fármaco de primeira escolha 
 Rápida absorção 
 Níveis sanguíneos mais prolongados 
 Baixa toxicidade 
 Bactericida 
 Baixo custo 
 Eficácia contra os prováveis 
microrganismos presentes em infecções 
odontogênicas 
 Amoxil: nome comercial mais comum 
 Cápsulas de 500mg 
 Comprimidos de 500mg de 8/8h 
 Comprimidos de 875mg de 12/12h 
 Suspensão oral 250mg/5ml 
 Reduz a eficácia de contraceptivos orais 
Cindamicina 
 Licosamida 
 Recomendado como 2ª opção nas infecções orodentais 
 Para alérgicos à penicilina 
 Bem absorvido por via oral – bacteriostático sp 
 Atinge concentrações ósseas similares às concentrações plasmáticas: excelente penetrabilidade 
óssea, em outros tecidos e abscessos 
 Seu uso pode acarretar Diarreia e colite pseudomembranosa 
o Seleção da bactéria clostridium difficile 
o Dor abdominal 
o Diarreia amarelo esverdeada 
o Presença de sangue e muco nas fezes 
 Dalacin C 
 Colite pseudomembranosa 
 Cápsulas 300mg 
 Suspensão oral 75mg/5ml de 6/6h 
Macrolíodeos 
 Possui alta eficácia em gram positivos e menos em gram negativos e anaeróbios 
 Eritromicina agem melhor em gram positivos, logo não será tão eficaz em casos de infecção 
disseminada 
 Infecção disseminada contém muito gram negativa e aneróbia 
 Azitromicina tem maior espectro contra Streptococcus e stafilococcus 
 Opção para paciente alérgico a amoxicilina 
 Atividade bactericida: maior concentração em tecidos infectados por se agrupar dentyro dos 
neutrófilos e por ter meia vida prolongada 
 Eritromicina: 
o Deve ser evitada em pacientes com doença hepática 
o Apresentações: comprimido 500mg e suspensão oral 250mg/5ml de 6/6h 
 Azitromicina: comprimido 500mg, doses diárias 
 
 
 
182 
 
APOSTILA ENDODONTIA 
Associação de antimicrobianos 
Casos mais graves, incluindo condições com risco de morte: associações podem ser necessárias – efeitos 
microbianos otimizados, com espectro de ação ampliado 
 Infecções avançadas/persistentes 
 Bactérias produtoras de betalactamase 
 Amoxicilina + Clavulanato de Potássio: Clavulin 
 Inibidor da competividade da enzima beta-lactamase 
 Apresentação: 500mg + 125mg 
o Intervalo das doses: 8 em 8h/7 dias 
 Bactérias produtoras de beta lactamase impedem a ação da penicilina 
 O clavulanato se liga a lactamase, permitindo a ação da penicilina 
 Sulbactam: semelhante ao clavulanato 
 Nomes comerciais: Sino clav (875mg), Lânico, Atak clav 
 Amoxicilina + Metronidazol: Flagyl 
 Ação bactericida: anaeróbios estritos gram-negativos 
 250mg de 8 em 8h/7 dias 
Como prescrever? 
 Realizada em 2 vias (farmácia + paciente) 
 Validade em todo território nacional 
 Válida por 10 dias a contar da data de emissão 
 Poderá conter prescrição de outras categorias de medicamentos (não sujeitos a controle especial) 
 
 Injeçãoalém do forame: 
o Forame alargado 
o Pressão extrema no êmbolo da seringa 
 Precauções devem ser tomadas com o uso de NaOCl para evitar a propagação da solução nos 
tecidos circundantes. 
 O reconhecimento deve ser precoce do acidente com NaOCl e o gerenciamento imediato 
adequado. 
Como identificar? 
 Dor aguda 
 Edema 
 Hiperemia 
 Equimose (coleção de sangue sem limites 
definidos) 
 Parestesia 
 Dormência na região 
Como evitar? 
 Utilizar agulhas endodônticas adequadas: projetadas para dispersar o irrigante pela extremidade 
lateral 
 
183 
 
APOSTILA ENDODONTIA 
 Pressão cuidadosa no êmbolo da seringa 
 Agulha livre no interior do canal radicular (para promover um fluxo) 
 Usar outras ferramentas de irrigação (pontas ultrassônicas) 
 
O que fazer caso aconteça? 
 Irrigação imediata com solução salina (soro) 
 Iniciar o tratamento da resposta inflamatória para controlar a dor 
 Corticóides: controle do edema e hiperalgesia 
o Administrar ampola de Betametasona (4mg intramuscular) - imediatamente 
o Prescrever Decadron 4mg de 8/8h por 3 dias, depois por mais 3 dias de 12/12h (formato de 
desmame) 
 Antibiótico: prevenir infecção secundária 
o Administrar 1g de amoxicilina: dose única 
o Primeiras 24h: compressas de gelo – intervalos de 15min 
 No caso de equimoses: compressas quentes no período de 24h 
 Prescrever Dipirona 1g para controle da dor 
 Mantém intactos seus reflexos protetores 
 Drogas usadas para diminuir a ansiedade e a tensão 
 Em pequenas doses recomendadas não causam danos físicos ou mentais 
 Utilizados quando os métodos não farmacológicos não funcionam 
Derivados Benzodiazepínicos: 
 GABA = ácido gama-aminobutírico (principal neurotransmissor do SNC) 
o Diminuição da propagação dos impulsos excitatórios 
o Regulação do tônus muscular 
o Os benzodiazepínicos vão aumentar a ação do GABA 
 Apresentam outros efeitos desejáveis: 
o Aumenta o limiar da dor 
o Diminuição do metabolismo basal (potencializando o efeito do AL) 
o Redução do fluxo salivar e do reflexo do vômito 
o Relaxamento da musculatura esquelética 
o Inalteração da pressão arterial e frequência cardíaca 
o Manutenção da glicemia em níveis aceitáveis nos diabéticos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
184 
 
APOSTILA ENDODONTIA 
Principais Benzodiazepínicos 
NOME 
GENÉRICO 
INÍCIO DE AÇÃO ADULTOS IDOSOS CRIANÇAS ADMINISTRAÇÃO (DOSE ÚNICA) 
Diazepam 
(Valium) 
30 – 45min 5 a 10mg 5mg 0,2 a 0,5mg/kg 
40 a 60min antes da 
intervenção 
Lorazepam 
(Lorax) 
60 - 120min 1 a 2mg 1mg ---------- 1,5 a 2h antes da intervenção 
Alprazolam 
(Frontal) 
60 – 90min 
0,5 a 
0,75mg 
0,25mg ---------- 
20 a 30min antes da 
intervenção 
Midazolam 
(Dormonid) 
30min 7,5 a 15mg 7,5mg 
0,2 a 
0,35mg/kg 
20 a 30min antes da 
intervenção 
 
 Conclusão 
 Medicação sistêmica é um recurso válido como coadjuvante na terapia endodôntica. 
 A instauração ou não de terapia local e a avaliação do paciente são de fundamental importância 
para eleição da terapia sistêmica correta. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
185 
 
APOSTILA ENDODONTIA 
 
 
 Modelagem/Ampliação 
 Sanificação 
 Limpeza 
 Dr. Gary Carr em 1990, foi lançado o primeiro microscópio operatório 
 Além de ampliar a imagem, ele permite que o dentista trabalhe numa posição ergonômica. 
 Vantagens: 
o Aliar iluminação à ampliação do campo operatório 
o Iluminação e magnificação 
o Melhora na ergonomia e na biossegurança 
o Capacidade de comunicação com os pacientes e outros profissionais da área de saúde 
 
MAGNIFICAÇÃO APLICAÇÃO 
3x Exame clínico, visualização do rosto e das estruturas adjacentes, anestesia, isolamento 
absoluto, incisão e rebatimento de tecidos moles, entre outras aplicações. 
5x Maior campo visual e profundidade de imagem 
8x Remoção de restaurações e tecido cariado, acesso coronário, preparo e obturação dos 
canais radiculares, selamento de perfurações, plastia gengival, osteotomia, apicectomia, 
retropreparo e retro-obturação 
12,5x Diagnóstico de trincas, localização de canais, remoção de instrumentos fraturados, inspeção 
do ápice radicular após apicectomia e retropreparo, entre outras aplicações. 
19x Menor campo visual e profundidade de imagem requer maior intensidade de luz 
Magnificação e Endodontia Mecanizada 
 
186 
 
APOSTILA ENDODONTIA 
 
1976: especificação n°28 – normas para fabricação de limas e alargadores 
 Aço inoxidável 
 Cabo plástico colorido 
 Parte ativa 16mm 
 Conicidade padrão 0,02mm/mm 
 Diâmetro da ponta ativa 
 1915: Limas tipo K – Kerr Manualfacture 
 
 Ligas de aço carbono são muito rígidas e possuem um alto grau de fraturas 
 Haste Triangular: (Flexofile) é mais flexível (Tipo K) 
 Haste Quadrangular: K-File Colorinox (tipo K) 
 Haste em forma de vírgula: Limas Hedstroen (tem um poder de corte maior) 
 Vem sendo mais utilizada para remover polpa, corpo estranho ou guta-percha 
 Das limas manuais, a Hedstroen é a única que não é fabricada por usinagem 
 
187 
 
APOSTILA ENDODONTIA 
 Limas fabricadas por usinagem são menos resistentes que as limas fabricadas por torção 
 As de aço inoxidável são mais rígidas em comparação com as de Ni-Ti 
 Limas Mecanizadas fornecem: 
o Previsibilidade 
o Otimização 
o Qualidade 
 Exemplos: 
o Reciproc Blue 
o Reciproc One File Endo 
o Wave One Gold Glider 
o Wave One Gold 
o Easy 
o PathFile 
o Protaper Next 
o Protaper Gold 
 Todas possuem maior flexibilidade 
 John McSpaden – 1990: Instrumentos Rotatórios de Ni-Ti 
 
 
 
 
 
 
188 
APOSTILA ENDODONTIA 
 
 
Sistema Reciproc 
 É possível trabalhar o canal com um único instrumento 
 Ligas M-Wire (maior resistência a fadiga cíclica) 
 Instrumento único 
 Mais flexibilidade 
 Conicidade constante 3mm 
 Preparos conservadores dos terços cervical e médio 
 Possui 3 limas: R25, R40 e R50 
 
 
 
 
 
 
189 
APOSTILA ENDODONTIA 
 
Reciproc Blue 
 Mais flexibilidade 
 Mais resistência a fadiga cíclica 
 Dentes com curvaturas acentuadas 
 Canais atrésicos 
Sistema Wave One 
 Ni-Ti M-Wire 
 Conicidade constante nos primeiros 3mm 
 Conicidade regressiva 
 3 Limas: Small, Primary e Large 
 
 
Wave One Gold 
 Liga tratada com ciclos de aquecimento e resfriamento 
 Melhoria na resistência e flexibilidade 
 Secção transversal: paralelograma 
 Diminui efeito de rosqueamento 
 Conicidade constante 3mm, regressiva 
 4 Limas: Small, Primary, Medium e Large 
 Vantagens: 
o Redução no tempo operatório 
o Impacto na curva de aprendizagem 
o Capacidade de explorar e negociar o canal 
 
 
 
 
190 
APOSTILA ENDODONTIA 
 
 
 “Pavimentação do caminho”: para dar maior lisura a superfície das paredes do canal 
 Alisar as paredes antes de trabalhar com os instrumentos do PQM, melhorando a exceução do 
tratamento e a vida útil do instrumento 
 Diminui o índice de fraturas do instrumento por torção ou fadiga 
 
 
 Significa alargar a entrada dos condutos 
 Pode ser feito com gates, limas manuais, SX, Wave One... 
 
dentalovesdentaloves
APOSTILA FEITA POR @DENTALOVES