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Resenha saude mental


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Memória
A memória é um sistema de armazenamento de forma múltipla e de distinto processamento, essencial para o funcionamento cognitivo e funções cerebrais superiores. Ela pode ser classificada em memória procedimental (comportamentos aprendidos), episódica (memória autobiográfica) e semântica (representações do conhecimento).
A memória também pode ser entendida como implícita (quando não temos consciência do processo de memorização) ou explicita (quando uma determinada tarefa envolve memorização e fazemos esforços conscientes para memorizar imagens, palavras ou textos). Com isso diversas partes neuroanatômicas do cérebro estão relacionadas para a codificação da memória, tais como o hipocampo (memória explicita), gânglios da base e amidalas (memória explicita). Além disso, o uso de benzodiazepínicos em pessoas normais, estresse pós-traumático, apresentam memória implícita preservada e explicita prejudicada.
De acordo com Jasper, a memória possui 3 aspectos: capacidade de fixação (capacidade de memorizar algo novo), memória propriamente dita (reservatório de disponibilidade permanente, que se tornam conscientes em momentos apropriados) e capacidade de reprodução (trazer o conteúdo armazenado na memória à consciência), onde todas elas podem sofrer alterações e se diversificar de acordo com a modalidade que apresentam.
Psicopatologia da memória:
A psicopatologia da memória pode ser classificada em hipermnésia (lembranças evocadas com vivacidade e exatidão, além do normal), hipomnésia (diminuição do número de lembranças).
Amnésia (desaparecimento completo a um determinado momento da vida do indivíduo), também pode ser separada em anterógrada (esquecimento depois do transtorno) e retrograda (perda de memória dos fatos antes da lesão), transitória (incapacidade de fixar acontecimentos recentes, com transtornos de orientação, fabulações), lacuna (perda total de memória, geralmente em casos de traumatismo cranioencefálico, epilepsia). As paramnésias (transtorno qualitativo da memória de evocação), são classificadas em ilusões mnêmicas, alucinações mnêmicas, fabulações e deja vu e criptomnésia.
Inteligência
A inteligência pode ser definida como capacidade de compreender e resolver novos problemas e conflitos e de adaptar-se a novas situações. No entanto, algumas incapacidades intelectuais podem ser originadas de fatores ocorridos no pré-natal, perinatal ou pós-natal que poderá acarretar consequências durante toda a vida do indivíduo.
Sensopercepção
A sensopercepção refere-se aos inúmeras informações sensoriais que o indivíduo recebe do ambiente que o cerca, tanto interno quanto externo a ele, o que se depara e contrapõe, o que é aprendido, pensado, reconhecido (real ou irreal, concreto ou abstrato). As sensações são decorrentes dos estímulos fisicoquímicos e captados pelos receptores, que quando tomados à consciência, é chamado de percepção, no qual varia de individuo para individuo, devido as experiencias registradas anteriormente na memória. Já as representações são fotografias vivenciada de forma única e individual, com pouca nitidez e instabilidade.
As alterações na sensopercepção pode ser manifestada de diferentes formas, tais como: hiperestesia (Aumento da intensidade e duração das percepções), em casos de uso de psicóticos, epilepsia, drogas e hipoestesia (o contrário), manifestada em quadros de depressão, estupor, obnubilação.
Já as alterações na qualidade das sensações, modificam a familiaridade, estranheza, desrealização e animo, que se modificam de acordo com a predisposição afetiva do indivíduo.
Alterações na síntese de percepções geralmente são causadas pelas lesões corticais em áreas de associação perceptiva, onde há uma perda da capacidade de reconhecimento dos objetos (agnosia), onde consegue enxergar perfeitamente o objeto, descrevê-lo, mas não consegue reconhecê-lo.
Além dessas alterações, há também as ilusões, que são percepções enganosas de um objeto real. Ela pode ser originada pela falta de atenção, cansaço, medo, susto, como no caso de crianças com medo de dormirem sozinhas.
ALTERAÇÕES DE PERCEPÇÃO NA AUSENCIA DO OBJETO
Além das alterações citadas acima, há alterações de percepção na ausência do objeto, ou seja, um distúrbio psicossensorial dotada de clareza, vivacidade, objetividade, mesmo na ausência do objeto. Esse comportamento é notório nas alucinações, acompanhada de sofrimento. Diferente do delírio, que se manifesta com a percepção de objeto inexistente, tal realizar uma transmissão telepática.
Alguns estudos apontam que a epilepsia ativa determinadas áreas corticais, e podem produzir efeitos alucinatórios. Isso também é notado em uso de alucinógenos, tais como LSD, que produz alterações neurobioquímicas nas vias serotoninérgicas, dopaminérgicas e colinérgicas. 
Alterações auditivas ocorrem de forma simples, com sons, ruídos e assobios ou complexas, de audioverbais, ouvir o próprio pensamento, proferir injurias, sendo encontradas na esquizofrenia e outros transtornos psicóticos.
A deaferentação neuronal é uma teoria que remete a respeito de alucinações auditivas em decorrência da liberação neuronal, ocorrendo principalmente em pacientes idosos.
Há também as alucinações visuais, como clarões, borrões, figuras, pessoas, em que o paciente pode assistir ou participar da cena, sugerindo um quadro de delirium. Geralmente esses eventos são raros na esquizofrenia e comuns na narcolepsia com cataplexia, síndromes demenciais, intoxicações por alucinógenos.
Alterações táteis geralmente associadas a alucinações visuais, apresentam agulhadas, formigamentos, choques, em que no delirium tremens, o paciente se sente preso por fios ou arames. Pode ocorrer também sensações anômalas cenestésicas, como se algum órgão estivesse alterado, apodrecido, revirado.
Alterações nos odores, cheiros desagradáveis fazem parte das alucinações olfativas, cujo quadro, associado a alterações gustativas, remetem fortemente a esquizofrenia e quadros epiléticos.
As alucinoses se manifestam com alucinações com menor convicção da realidade e menor participação do eu. Paciente reconhece a experiencia sensitiva como estranha e patológica.

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