Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Prévia do material em texto

Transtornos alimentares 1
🧠
Transtornos alimentares
Perturbações persistentes na alimentação ou no comportamento relacionado à 
alimentação que resulta no consumo ou na absorção alterada de alimentos
Pica
Características diagnósticas 
Característica essencial: ingestão de uma ou mais substâncias não nutritivas, 
não alimentares, de forma persistente por 1 mês
Grave o suficiente para merecer atenção clínica
Não alimentar: não se aplica a produtos com conteúdo nutritivo mínimo
Inadequada para o estágio de desenvolvimento e não parte de uma prática 
cultural
Substâncias típicas: papel, sabão, tecido, cabelo, fios, terra, giz, talco, tinta, 
cola, metal, pedras, carvão vegetal ou mineral, detergente ou gelo
Geralmente não há aversão por alimentos em geral
Transtornos alimentares 2
Idade mínima para diagnóstico: 2 anos, de modo a excluir a exploração de 
objetos com a boca → comumente ingeridos por crianças em desenvolvimento 
Características associadas que apoiam o diagnóstico 
Nenhuma outra anormalidade biológica é descrita além da deficiência de 
algumas vitaminas e minerais, como zinco e ferro.
Em alguns casos a pica chega à atenção clínica somente acompanhando 
outras complicações médicas: problemas intestinais mecânicos, obstrução 
intestinal (como por bezoares), perfuração intestinal, infecções (ingestão de 
fezes ou sujeiras), intoxicações (como por tinta à base de chumbo)
Prevalência, desenvolvimento e curso 
A prevalência aumenta conforme a gravidade de deficiência intelectual 
Ocorre em ambos os sexos
Manifestação inicial: infância, adolescência ou na idade adulta
Mais comum na infância
Crianças: pode ocorrer em crianças com desenvolvimento normal em outras 
áreas
Adultos: mais provável se houver deficiência intelectual ou outros transtornos 
mentais
A ingestão de substâncias não nutritivas, não alimentares 
pode ocorrer na gestação quando há fissura específica (por 
giz ou gelo, por exemplo)
O transtorno pode resultar em emergência médica e é potencialmente fatal 
Fatores de risco e prognóstico 
Transtornos alimentares 3
Ambientais: negligência, falta de supervisão e atraso do desenvolvimento 
podem aumentar o risco de desenvolver pica
Valor espiritual: em algumas populações ingerir terra ou outras substâncias 
possui valor espiritual, medicinal ou outro valor social 
Pode ser ainda uma prática culturalmente aceita ou socialmente normal → 
não caracteriza diagnóstico de pica
RX abdominal simples, US e outros métodos de imagem podem auxiliar o 
diagnóstico 
Exames de sangue podem ser solicitados para avaliar níveis de intoxicação 
ou a natureza da infecção 
Consequências funcionais 
Raramente a pica é a única causa de prejuízo funcional social, mas pode 
comprometer significativamente o funcionamento físico 
Diagnóstico diferencial 
Transtorno de ruminação
Transtornos alimentares 4
Características diagnósticas 
Característica essencial: regurgitação repetida de alimentos depois de 
ingerido durante um período mínimo de 1 mês
O alimento previamente deglutido (que pode estar 
parcialmente digerido) é trazido de volta à boca sem náusea 
aparente, ânsia de vômito ou repugnância
O alimento pode ser remastigado e então ejetado da boca ou novamente 
deglutido
Os indivíduos podem descrever o comportamento como 
habitual ou fora de seu controle
A regurgitação deve ser frequente, ocorrendo várias vezes por semana 
Em geral, todos os dias
Verificar se: o distúrbio não é mais bem explicado por uma condição 
gastrointestinal e não corre exclusivamente durante o curso de outros 
transtornos alimentares
O diagnóstico pode ser feito durante toda a vida e principalmente em 
indivíduos com deficiência intelectual 
Lactentes: exibem posição características de tensionar e arquear as costas 
com a cabeça fletida para trás, com movimentos de sucção com a língua com 
impressão de obterem satisfação com a atividade → podem ficar irritados e 
famintos entre os episódios 
Perda ponderal e insucesso em ganhar peso 
Desnutrição 
Transtornos alimentares 5
Adolescentes e adultos talvez tentem disfarçar o 
comportamento de regurgitação cobrindo a boca com a mão 
ou tossindo 
Desenvolvimento e curso 
Manifestações iniciais: em lactentes, na infância, na adolescência ou na idade 
adulta 
Geralmente entre 312 meses
Nos lactentes, o transtorno cede com frequência de forma espontânea
A ruminação parece ter uma função calmante e estimulante 
semelhante à de outros comportamentos motores 
repetitivod, como balançar a cabeça ritmicamente 
Fatores de risco e prognóstico 
Ambientais: problemas psicossociais → falta de estimulação, negligência, 
situações de vida estressantes e problemas na relação pais-filhos
Consequências funcionais e comorbidades 
Desnutrição secundária à regurgitação repetida → atraso no desenvolvimento e 
efeito negativo no processo de desenvolvimento e aprendizagem 
Alguns indivíduos restrigem a ingestão de alimentos por ser socialmente 
indesejável a regurgitação 
Perda ponderal e baixo peso 
Transtornos alimentares 6
Pode ocorrer no contexto de uma condição médica ou outro transtorno mental 
concomitante 
Diagnósticos diferenciais 
Transtorno de compulsão alimentar
Características diagnósticas 
Característica essencial: episódios recorrentes de compulsão alimentar que 
devem ocorrer pelo menos 1x por semana durante 3 meses, em média
Episódio de compulsão alimentar: ingestão, em um período determinado, de 
uma quantidade de alimento definitivamente maior do que a mioria das pessoas 
consumiria em um mesmo período sob circunstâncias semelhantes 
Período de tempo determinado: geralmente inferior a 2h 
Não é necessário que o episódio limite-se a um único contexto 
Transtornos alimentares 7
Lanches contínuos ao longo do dia não são considerados compulsão 
alimentar
O consumo excessivo de alimento deve ser acompanhado 
por uma sensação de falta de controle → incapacidade de 
evitar de comer ou parar de comer depois de começar
O prejuízo no controle pode não ser absoluto: parar de comer quando alguém 
chega ao local;
O tipo de alimento consumido varia tanto entre diferentes pessoas quanto num 
mesmo indivíduo;
É preciso que a compulsão seja caracterizada por sofrimento marcante  3 
dos seguintes aspectos:
� Comer muito mais rapidamente 
que o normal 
� Comer até se sentir 
desconfortavelmente cheio 
� Ingerir grande quantidade de 
alimento sem estar fisicamente 
com fome
� Comer sozinho por vergonha do 
quanto se come
� Sentir-se desgostoso de si 
mesmo, deprimido ou muito 
culpado em seguida
Indivíduos com esse transtorno sentem vergonha de seus 
problemas alimentares e tentam ocultar os sintomas → 
Transtornos alimentares 8
ocorre em segredo ou o mais discretamente possível 
Gatilhos: afeto negativo, estressores interpessoais, restrições dietéticas, tédio 
e sentimentos negativos relacionados ao peso corporal, à forma do corpo e ao 
alimento.
O transtorno ocorre em indivíduos de peso normal, com sobrepeso ou obesos 
A maioria dos indivíduos obesos não se envolvem em compulsão alimentar 
recorrente 
Aqueles com transtorno consomem mais caloriais e têm maior prejuízo 
funcional 
Prevalência, fatores de risco e prognóstico 
Mais prevalenteem mulheres de todas as etnias;
Comum em amostras de adolescentes e universitários;
Mais prevalente em quem busca tratamento para emagrecer do que na 
população geral;
Fatores genéticos e fisiológicos: parece comum em famílias, reflete em 
influências genéticas
Desenvolvimento e curso
Início do transtorno: adolescência ou em adultos jovens, mas pode ocorrer na 
idade adulta tardia
A prática de dieta segue o desenvolvimento de TCA
Relativamente persistente
Mudança diagnóstica para outro transtorno não é comum
Questões diagnósticas culturais e consequências funcionais 
O TCA ocorre com frequência em países industrializados
Consequências funcionais: risco de maior ganho de peso e desenvolvimento 
de obesidade, diminuição do desempenho de papéis sociais e da qualidade de 
vida, maior morbidade e mortalidade médicas
Obesidade = TCA
Transtornos alimentares 9
Diagnósticos diferenciais 
Transtorno alimentar restritivo ou evitativo
Características diagnósticas 
Característica essencial: esquiva ou restrição da ingestão alimentar, 
manifestada por fracasso clinicamente significativo em satisfazer as demandas 
nutricionais ou ingestão energética insuficiente 
A deficiência nutricional significativa também baseia-se em avaliações 
clínicas  EF e laboratoriais 
Em lactentes, a desnutrição é potencialmente fatal 
Dependência de nutrição enteral/ suplementação nutricional oral: é preciso 
suplementar a alimentação para mandated a ingesta adequada 
A incapacidade de participar de atividades sociais normais ocorre em 
decorrência da perturbação 
O transtorno alimentar restritivo não inclui evitação ou 
restrição da ingesta alimentar em virtude da 
Transtornos alimentares 10
indisponibilidade de alimento ou de praticas culturais e nem 
comportamentos normais para o desenvolvimento 
A restrição, em alguns indivíduos, pode se basear em características de 
qualidade do alimento, sensibilidade extrema a aparência, cor, odor, textura, 
temperatura ou paladar 
Ingestão restritiva/seletiva/exigente/perseverante
A restrição alimentar também pode ser uma resposta negativa condicionada 
associada à ingestão alimentar, antes ou de depois, de uma experiência 
aversiva → engasgo, sufocamento, investigação traumática ou vômitos 
repetidos 
Disfagia funcional e globus hystericus 
Características associadas que apoiam o diagnóstico 
A falta de interesse em nutrição e alimentação leva a uma perda de peso e 
atraso de crescimento 
Lactentes: sonolência, aflição e agitação ao se alimentar 
Pode estar associado a dificuldades emocionais mais generalizadas → 
transtorno emocional de evitação alimentar 
Desenvolvimento e curso 
Desenvolve-se geralmente na fase de lactente ou 1ª infância e podem persistir 
na idade adulta
Manifesta-se mais em crianças do que em adultos
Crianças podem ser irritadiças e díficeis de consolar durante a amamentação 
ou parecer apáticas e retraídas
Interação pais-filhos podem contribuir para o problema da alimentação do 
bebê
Abuso ou negligência infantil são sugeridos se alimentação e peso melhorarem 
em resposta a mudança do cuidador 
Fatores de risco e prognóstico 
Temperamentais: outros transtornos podem aumentar o risco 
Ambientais: ansiedade familiar e mães com transtornos alimentares
Transtornos alimentares 11
Genéticos e fisiológicos: condições gastrointestinais, refluxo gastroesofágico, 
vômitos e outros problemas médicos
Não deverá ser diagnosticado esse transtorno se a evitação da ingesta 
alimentar estiver relacionada unicamente a práticas religiosas ou culturais 
específicas
Igualmente comum em ambos os sexos quando lactentes/1ª infância
Marcadores diagnósticos e consequências funcionais 
Desnutrição, baixo peso, atraso no crescimento e necessidade de nutrição 
artificial 
Limitações funcionais e dificuldades sociais → impacto negativo no 
funcionamento familiar
Diagnósticos diferenciais 
Anorexia nervosa
Transtornos alimentares 12
Subtipos 
� Tipo restritivo → nos últimos 3 meses o indivíduo não se envolveu em 
episódios de compulsão alimentar ou comportamento purgativo 
a� Comportamento purgativo: vômitos autoinduzidos ou uso indevido de 
laxantes, diuréticos ou enemas
b� Perda de peso conseguida essencialmente por meio de dieta, jejum 
e/ou exercício físico excessivo 
� Tipo compulsão alimentar purgativa → nos últimos 3 meses o indivíduo 
se envolveu em episódios recorrentes de compulsão alimentar purgativa
a� Tendência maior a impulsividade e abuso de álcool e outras drogas
A alternância entre os subtipos ao longo do curso do 
transtorno não é incomum
Características diagnósticas 
3 características essenciais:
Transtornos alimentares 13
� Restrição persistente da ingesta 
calórica
� Perturbação na percepção do 
próprio peso ou própria forma
� Medo intenso de ganhar peso ou 
engordar ou comportamento 
persistente que interfere no 
ganho de peso
O indivíduo mantém o peso abaixo daquele minimamente normal para a idade, 
gênero, trajetória do desenvolvimento e saúde física
Perda ponderal significativa 
Além do IMC, devem ser considerados a história ponderal, a constituição 
corporal e a existência de qualquer perturbação fisiológica
Indivíduos com anorexia nervosa possuem medo intenso de ganhar peso ou de 
engordar → o medo não costuma ser aliviado pela perda de peso 
A preocupação pode aumentar até se o peso diminuir
Podem não reconhecer ou perceber o medo de ganhar peso
A vivência e a significância do peso e da forma corporal são 
distorcidas nesses indivíduos e algumas pessoas sentem-se 
completamente acima do peso. Outras percebem que estão 
magras, mas se preocupam com gorduras localizadas 
Hábitos comuns: pesagens frequentes, medição obcessiva de partes do corpo 
e uso persistente de espelhos para checar áreas percebidas de “gorduraˮ
A estima dessas pacientes dependem diretamente das percepções 
corporais
Transtornos alimentares 14
A perda de peso é frequentemente vista como uma 
conquista marcante, um sinal de autodisciplina 
extraordinária, enquanto o ganho ponderal é percebido como 
falha de autocontrole inaceitável 
Raramente buscam ajuda por perda de peso → buscam por angústia pelas 
sequelas somáticas e psicológicas da inanição 
Características associadas que apoiam o diagnóstico 
A semi-inanição pode resultar em condições fatais;
Perturbações fisiológicas: amenorreia, anormalidade dos sinais vitais;
Desnutrição: reversível com reabilitação nutricional 
Perda da densidade óssea: irreversível em seu total 
Gravemente abaixo do peso: sinais de sintomas depressivos, humor 
deprimido, isolamento social, irritabilidade, insônia e diminuição da libido 
Depressão: pode ser secundária a inanição ou grave o suficiente para fechar 
diagnóstico de transtorno depressivo 
Preocupação com alimentos → alguns até estocam comida
Pode-se desenvolver TOC 
Angústia ao se alimentar publicamente, sentimentos de fracasso, desejo forte 
por controlar o próprio ambiente, pensamentos inflexíveis, espontaneidade 
social limitada e expressão emocional excessivamente contida
Exercício físico em excesso: pode preceder ou proceder ou ser concomitante 
ao transtorno 
Indivíduos podem fazer o uso 
indevido de medicamentos, 
manipulando a dosagem para 
perder peso ou evitar ganhá-lo 
Aqueles com DM podem omitir ou
reduzir as doses de insulina a fim 
de minimizar o metabolismo de 
carboidratos
Prevalência, desenvolvimento e cursoPredomínio entre jovens do sexo feminino 101 
Início: comum durante a adolescência ou jovem adulto 
Transtornos alimentares 15
Comum em países ricos pós-industrializados
Raramente antes da puberdade ou depois dos 40 anos
Início associado a eventos de vida estressantes 
Indivíduos mais velhos tendem a ter duração maior da doença
Fatores de risco e prognóstico 
Temperamentais: transtornos de ansiedade ou traços obcessivos na infância
Ambientais: culturas que valorizam a magreza ou ocupações e trabalhos que 
incentivam a magreza, como modelo ou atletas de elite
Genéticos e fisiológicos: parentes biológicos de 1º grau com o transtono 
Marcadores diagnósticos 
Hematologia: leucopenia, linfocitose aparente e até anemia leve e 
trombocitopenia
Bioquímica: desidratação, ureia elevada, hipercolesterolemia, enzimas 
hepáticas elevadas e alcalose/acidose metabólica
Endocrinologia: T3 diminuída e níveis séricos de estrogênio diminuído
ECG bradicardia sinusal e raramente arritmias
Massa óssea: baixa densidade óssea, com osteopenia ou osteoporose → risco 
de fratura maior
EEG encefalopatia metabólica
Sinais e sintomas físicos: amenorreia, perda de peso, menarca atrasada, 
constipação, dor abdominal, letargia, energia excessiva, intolerância ao frio, 
alguns desenvolvem lanugo (pelo corporal fino e macio), hipertrofia das 
glândulas salivares e erosão do esmalte dentário
Achado mais marcante no EF: emaciação → emagrecimento 
Algumas pessoas podem ter cicatrizes ou calos na mão → contato repetido 
para vômito autoinduzido
Consequências funcionais 
Alto risco de suicídio;
Várias limitações funcionais: isolamento social e fracasso acadêmico ou 
profissional;
Transtornos alimentares 16
Diagnósticos diferenciais 
Bulimia nervosa
Transtornos alimentares 17
Características diagnósticas 
3 aspectos essenciais:
� Episódios recorrentes de compulsão alimentar 
� Comportamentos compensatórios inapropriados recorrentes para impedir o 
ganho de peso
� Autoavaliação indevidamente influenciada pela forma e pelo peso corporal
Os critérios devem ocorrer por 1x por semana por 3 meses
Episódio de compulsão alimentar: ingestão, em um período determinado, de 
uma quantidade de alimento definitivamente maior do que a mioria das pessoas 
consumiria em um mesmo período sob circunstâncias semelhantes 
Período de tempo determinado: geralmente inferior a 2h 
Não é necessário que o episódio limite-se a um único contexto 
Lanches contínuos ao longo do dia não são considerados compulsão 
alimentar
O consumo excessivo de alimento deve ser acompanhado 
por uma sensação de falta de controle → incapacidade de 
evitar de comer ou parar de comer depois de começar
O prejuízo no controle pode não ser absoluto: parar de comer quando alguém 
chega ao local;
Transtornos alimentares 18
Indivíduos com esse transtorno sentem vergonha de seus 
problemas alimentares e tentam ocultar os sintomas → 
ocorre em segredo ou o mais discretamente possível 
Gatilhos: afeto negativo, estressores interpessoais, restrições dietéticas, tédio 
e sentimentos negativos relacionados ao peso corporal, à forma do corpo e ao 
alimento.
Uso recorrente de comportamentos compensatórios inapropriados para evitar 
o ganho de peso → comportamentos purgativos ou purgação 
Vomitar é o meio mais comum e 
torna-se um objetivo
Vômito: alívio do desconforto 
físico e redução do medo de 
ganhar peso
Indivíduos podem fazer o uso 
indevido de medicamentos, 
manipulando a dosagem para 
perder peso ou evitar ganhá-lo 
T3 para aumentar o 
metabolismo
Xarope de ipeca: induz 
vômito
Aqueles com DM podem omitir ou
reduzir as doses de insulina a fim 
de reduzir a metabolização dos 
alimentos nos episódios de 
compulsão alimentar
Indivíduos com o transtorno podem, ainda, jejuar por um dia ou se exercitar 
excessivamente na tentativa de impedir o ganho de peso
Exercício excessivo: quando interfere de maneira significativa, quando corre 
em horas ou contextos inapropriados ou quando o indivíduo continua a se 
exercitar na presensa de uma lesão ou outras condições médicas
Características associadas que apoiam o diagnóstico 
Geralmente os indivíduos estão dentro da faixa normal de peso ou com 
sobrepeso 
É incomum entre obesos 
Evitação de alimentos que percebem como engordantes ou com potencial para 
desencadear compulsão alimentar 
Transtornos alimentares 19
Irregularidade menstrual ou amenorreia ocorrem com frequência e distúrbios 
hidroeletrolíticos
Complicações raras, mas fatais: lacerações esofágicas, ruptura gástrica e 
arritmias cardíacas 
Prevalência, desenvolvimento e curso 
Acomete mais jovens do sexo feminino: 11,5% de prevalência 
Proporção feminino-masculino: 101 
Início: adolescência ou jovens adultos
Antes da puberdade ou depois dos 40 é incomum
Compulsão alimentar: começa antes ou depois de um episódio de dieta para 
perder peso, geralmente
Vivência de múltiplos episódios estressantes podem precipitar o 
aparecimento de bulimia nervosa
O curso pode ser crônico ou intermitente → períodos de remissão alternados 
com recorrência de compulsão alimentar
Remissão  1 ano → evolução favorável 
Risco maior de mortalidade
Na minoria dos casos ocorre a mudança diagnóstica de bulimia nervosa 
para anorexia nervosa 1015%
Comum em países industrializados;
Fatores de risco e prognóstico 
Temperamentais: preocupações com o peso, baixa autoestima, sintomas 
depressivos e outros transtornos
Ambientais: internalização de um ideal corporal magro e indivíduos que 
sofrem abuso sexual ou físico na infância 
Genéticos e fisiológicos: obesidade infantil e maturação puberal precoce
Modificadores de curso: gravidade da comorbidade psiquiátrica implica em 
evolução desfavorável
Marcadores diagnósticos 
Não existe teste diagnóstico específico para bulimia nervosa
Transtornos alimentares 20
Anormalidades eletrolíticas, perda de ácido gástrico (alcalose metabólica), 
níveis ligeiramente aumentados de amilase sérica
EF perda significativa e permanente do esmalte dentário pelos vômitos 
recorrentes
Dentes desgastadosm corroídos e esburacados 
Cáries mais frequentes
Glândulas salivares hipertrofiadas
Risco de suicídio e consequências funcionais 
Alto risco de suicídio;
Prejuízo grave no desempenho de papéis, principalmente, sociais;
Muitos indivíduos com bulimia nervosa sofrem de pelo menos um outro 
transtorno mental e múltiplas comorbidades;
Maior frequência de sintomas depressivos
Uso de estimulantes para controlar o apetite e o peso 
Frequência maior de boderline
Diagnósticos diferenciais 
Transtornos alimentares 21
Anorexia nervosa Bulimia nervosa
Perda de peso excessivo
Perda de peso um pouco abaixo do
indicado
Início mais precoce Início mais tardio
Nega fome Sente fome
Alta diminuição da libido Sexualmente mais ativo
Mais obsessivo Mais impulsivo
Amenorreia Menstruação mais irregular
Restrição da ingesta calórica Episódios de compulsão alimentar
Restrição ou purgação Purgação
Nega a doença e normaliza peso e
comportamento
Vergonha, medo e culpa do peso e
comportamento
Mais introvertido Menos introvertido
 Morgana Rodrigues Duarte- 
TXI

Mais conteúdos dessa disciplina