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Transtornos alimentares 1 🧠 Transtornos alimentares Perturbações persistentes na alimentação ou no comportamento relacionado à alimentação que resulta no consumo ou na absorção alterada de alimentos Pica Características diagnósticas Característica essencial: ingestão de uma ou mais substâncias não nutritivas, não alimentares, de forma persistente por 1 mês Grave o suficiente para merecer atenção clínica Não alimentar: não se aplica a produtos com conteúdo nutritivo mínimo Inadequada para o estágio de desenvolvimento e não parte de uma prática cultural Substâncias típicas: papel, sabão, tecido, cabelo, fios, terra, giz, talco, tinta, cola, metal, pedras, carvão vegetal ou mineral, detergente ou gelo Geralmente não há aversão por alimentos em geral Transtornos alimentares 2 Idade mínima para diagnóstico: 2 anos, de modo a excluir a exploração de objetos com a boca → comumente ingeridos por crianças em desenvolvimento Características associadas que apoiam o diagnóstico Nenhuma outra anormalidade biológica é descrita além da deficiência de algumas vitaminas e minerais, como zinco e ferro. Em alguns casos a pica chega à atenção clínica somente acompanhando outras complicações médicas: problemas intestinais mecânicos, obstrução intestinal (como por bezoares), perfuração intestinal, infecções (ingestão de fezes ou sujeiras), intoxicações (como por tinta à base de chumbo) Prevalência, desenvolvimento e curso A prevalência aumenta conforme a gravidade de deficiência intelectual Ocorre em ambos os sexos Manifestação inicial: infância, adolescência ou na idade adulta Mais comum na infância Crianças: pode ocorrer em crianças com desenvolvimento normal em outras áreas Adultos: mais provável se houver deficiência intelectual ou outros transtornos mentais A ingestão de substâncias não nutritivas, não alimentares pode ocorrer na gestação quando há fissura específica (por giz ou gelo, por exemplo) O transtorno pode resultar em emergência médica e é potencialmente fatal Fatores de risco e prognóstico Transtornos alimentares 3 Ambientais: negligência, falta de supervisão e atraso do desenvolvimento podem aumentar o risco de desenvolver pica Valor espiritual: em algumas populações ingerir terra ou outras substâncias possui valor espiritual, medicinal ou outro valor social Pode ser ainda uma prática culturalmente aceita ou socialmente normal → não caracteriza diagnóstico de pica RX abdominal simples, US e outros métodos de imagem podem auxiliar o diagnóstico Exames de sangue podem ser solicitados para avaliar níveis de intoxicação ou a natureza da infecção Consequências funcionais Raramente a pica é a única causa de prejuízo funcional social, mas pode comprometer significativamente o funcionamento físico Diagnóstico diferencial Transtorno de ruminação Transtornos alimentares 4 Características diagnósticas Característica essencial: regurgitação repetida de alimentos depois de ingerido durante um período mínimo de 1 mês O alimento previamente deglutido (que pode estar parcialmente digerido) é trazido de volta à boca sem náusea aparente, ânsia de vômito ou repugnância O alimento pode ser remastigado e então ejetado da boca ou novamente deglutido Os indivíduos podem descrever o comportamento como habitual ou fora de seu controle A regurgitação deve ser frequente, ocorrendo várias vezes por semana Em geral, todos os dias Verificar se: o distúrbio não é mais bem explicado por uma condição gastrointestinal e não corre exclusivamente durante o curso de outros transtornos alimentares O diagnóstico pode ser feito durante toda a vida e principalmente em indivíduos com deficiência intelectual Lactentes: exibem posição características de tensionar e arquear as costas com a cabeça fletida para trás, com movimentos de sucção com a língua com impressão de obterem satisfação com a atividade → podem ficar irritados e famintos entre os episódios Perda ponderal e insucesso em ganhar peso Desnutrição Transtornos alimentares 5 Adolescentes e adultos talvez tentem disfarçar o comportamento de regurgitação cobrindo a boca com a mão ou tossindo Desenvolvimento e curso Manifestações iniciais: em lactentes, na infância, na adolescência ou na idade adulta Geralmente entre 312 meses Nos lactentes, o transtorno cede com frequência de forma espontânea A ruminação parece ter uma função calmante e estimulante semelhante à de outros comportamentos motores repetitivod, como balançar a cabeça ritmicamente Fatores de risco e prognóstico Ambientais: problemas psicossociais → falta de estimulação, negligência, situações de vida estressantes e problemas na relação pais-filhos Consequências funcionais e comorbidades Desnutrição secundária à regurgitação repetida → atraso no desenvolvimento e efeito negativo no processo de desenvolvimento e aprendizagem Alguns indivíduos restrigem a ingestão de alimentos por ser socialmente indesejável a regurgitação Perda ponderal e baixo peso Transtornos alimentares 6 Pode ocorrer no contexto de uma condição médica ou outro transtorno mental concomitante Diagnósticos diferenciais Transtorno de compulsão alimentar Características diagnósticas Característica essencial: episódios recorrentes de compulsão alimentar que devem ocorrer pelo menos 1x por semana durante 3 meses, em média Episódio de compulsão alimentar: ingestão, em um período determinado, de uma quantidade de alimento definitivamente maior do que a mioria das pessoas consumiria em um mesmo período sob circunstâncias semelhantes Período de tempo determinado: geralmente inferior a 2h Não é necessário que o episódio limite-se a um único contexto Transtornos alimentares 7 Lanches contínuos ao longo do dia não são considerados compulsão alimentar O consumo excessivo de alimento deve ser acompanhado por uma sensação de falta de controle → incapacidade de evitar de comer ou parar de comer depois de começar O prejuízo no controle pode não ser absoluto: parar de comer quando alguém chega ao local; O tipo de alimento consumido varia tanto entre diferentes pessoas quanto num mesmo indivíduo; É preciso que a compulsão seja caracterizada por sofrimento marcante 3 dos seguintes aspectos: � Comer muito mais rapidamente que o normal � Comer até se sentir desconfortavelmente cheio � Ingerir grande quantidade de alimento sem estar fisicamente com fome � Comer sozinho por vergonha do quanto se come � Sentir-se desgostoso de si mesmo, deprimido ou muito culpado em seguida Indivíduos com esse transtorno sentem vergonha de seus problemas alimentares e tentam ocultar os sintomas → Transtornos alimentares 8 ocorre em segredo ou o mais discretamente possível Gatilhos: afeto negativo, estressores interpessoais, restrições dietéticas, tédio e sentimentos negativos relacionados ao peso corporal, à forma do corpo e ao alimento. O transtorno ocorre em indivíduos de peso normal, com sobrepeso ou obesos A maioria dos indivíduos obesos não se envolvem em compulsão alimentar recorrente Aqueles com transtorno consomem mais caloriais e têm maior prejuízo funcional Prevalência, fatores de risco e prognóstico Mais prevalenteem mulheres de todas as etnias; Comum em amostras de adolescentes e universitários; Mais prevalente em quem busca tratamento para emagrecer do que na população geral; Fatores genéticos e fisiológicos: parece comum em famílias, reflete em influências genéticas Desenvolvimento e curso Início do transtorno: adolescência ou em adultos jovens, mas pode ocorrer na idade adulta tardia A prática de dieta segue o desenvolvimento de TCA Relativamente persistente Mudança diagnóstica para outro transtorno não é comum Questões diagnósticas culturais e consequências funcionais O TCA ocorre com frequência em países industrializados Consequências funcionais: risco de maior ganho de peso e desenvolvimento de obesidade, diminuição do desempenho de papéis sociais e da qualidade de vida, maior morbidade e mortalidade médicas Obesidade = TCA Transtornos alimentares 9 Diagnósticos diferenciais Transtorno alimentar restritivo ou evitativo Características diagnósticas Característica essencial: esquiva ou restrição da ingestão alimentar, manifestada por fracasso clinicamente significativo em satisfazer as demandas nutricionais ou ingestão energética insuficiente A deficiência nutricional significativa também baseia-se em avaliações clínicas EF e laboratoriais Em lactentes, a desnutrição é potencialmente fatal Dependência de nutrição enteral/ suplementação nutricional oral: é preciso suplementar a alimentação para mandated a ingesta adequada A incapacidade de participar de atividades sociais normais ocorre em decorrência da perturbação O transtorno alimentar restritivo não inclui evitação ou restrição da ingesta alimentar em virtude da Transtornos alimentares 10 indisponibilidade de alimento ou de praticas culturais e nem comportamentos normais para o desenvolvimento A restrição, em alguns indivíduos, pode se basear em características de qualidade do alimento, sensibilidade extrema a aparência, cor, odor, textura, temperatura ou paladar Ingestão restritiva/seletiva/exigente/perseverante A restrição alimentar também pode ser uma resposta negativa condicionada associada à ingestão alimentar, antes ou de depois, de uma experiência aversiva → engasgo, sufocamento, investigação traumática ou vômitos repetidos Disfagia funcional e globus hystericus Características associadas que apoiam o diagnóstico A falta de interesse em nutrição e alimentação leva a uma perda de peso e atraso de crescimento Lactentes: sonolência, aflição e agitação ao se alimentar Pode estar associado a dificuldades emocionais mais generalizadas → transtorno emocional de evitação alimentar Desenvolvimento e curso Desenvolve-se geralmente na fase de lactente ou 1ª infância e podem persistir na idade adulta Manifesta-se mais em crianças do que em adultos Crianças podem ser irritadiças e díficeis de consolar durante a amamentação ou parecer apáticas e retraídas Interação pais-filhos podem contribuir para o problema da alimentação do bebê Abuso ou negligência infantil são sugeridos se alimentação e peso melhorarem em resposta a mudança do cuidador Fatores de risco e prognóstico Temperamentais: outros transtornos podem aumentar o risco Ambientais: ansiedade familiar e mães com transtornos alimentares Transtornos alimentares 11 Genéticos e fisiológicos: condições gastrointestinais, refluxo gastroesofágico, vômitos e outros problemas médicos Não deverá ser diagnosticado esse transtorno se a evitação da ingesta alimentar estiver relacionada unicamente a práticas religiosas ou culturais específicas Igualmente comum em ambos os sexos quando lactentes/1ª infância Marcadores diagnósticos e consequências funcionais Desnutrição, baixo peso, atraso no crescimento e necessidade de nutrição artificial Limitações funcionais e dificuldades sociais → impacto negativo no funcionamento familiar Diagnósticos diferenciais Anorexia nervosa Transtornos alimentares 12 Subtipos � Tipo restritivo → nos últimos 3 meses o indivíduo não se envolveu em episódios de compulsão alimentar ou comportamento purgativo a� Comportamento purgativo: vômitos autoinduzidos ou uso indevido de laxantes, diuréticos ou enemas b� Perda de peso conseguida essencialmente por meio de dieta, jejum e/ou exercício físico excessivo � Tipo compulsão alimentar purgativa → nos últimos 3 meses o indivíduo se envolveu em episódios recorrentes de compulsão alimentar purgativa a� Tendência maior a impulsividade e abuso de álcool e outras drogas A alternância entre os subtipos ao longo do curso do transtorno não é incomum Características diagnósticas 3 características essenciais: Transtornos alimentares 13 � Restrição persistente da ingesta calórica � Perturbação na percepção do próprio peso ou própria forma � Medo intenso de ganhar peso ou engordar ou comportamento persistente que interfere no ganho de peso O indivíduo mantém o peso abaixo daquele minimamente normal para a idade, gênero, trajetória do desenvolvimento e saúde física Perda ponderal significativa Além do IMC, devem ser considerados a história ponderal, a constituição corporal e a existência de qualquer perturbação fisiológica Indivíduos com anorexia nervosa possuem medo intenso de ganhar peso ou de engordar → o medo não costuma ser aliviado pela perda de peso A preocupação pode aumentar até se o peso diminuir Podem não reconhecer ou perceber o medo de ganhar peso A vivência e a significância do peso e da forma corporal são distorcidas nesses indivíduos e algumas pessoas sentem-se completamente acima do peso. Outras percebem que estão magras, mas se preocupam com gorduras localizadas Hábitos comuns: pesagens frequentes, medição obcessiva de partes do corpo e uso persistente de espelhos para checar áreas percebidas de “gorduraˮ A estima dessas pacientes dependem diretamente das percepções corporais Transtornos alimentares 14 A perda de peso é frequentemente vista como uma conquista marcante, um sinal de autodisciplina extraordinária, enquanto o ganho ponderal é percebido como falha de autocontrole inaceitável Raramente buscam ajuda por perda de peso → buscam por angústia pelas sequelas somáticas e psicológicas da inanição Características associadas que apoiam o diagnóstico A semi-inanição pode resultar em condições fatais; Perturbações fisiológicas: amenorreia, anormalidade dos sinais vitais; Desnutrição: reversível com reabilitação nutricional Perda da densidade óssea: irreversível em seu total Gravemente abaixo do peso: sinais de sintomas depressivos, humor deprimido, isolamento social, irritabilidade, insônia e diminuição da libido Depressão: pode ser secundária a inanição ou grave o suficiente para fechar diagnóstico de transtorno depressivo Preocupação com alimentos → alguns até estocam comida Pode-se desenvolver TOC Angústia ao se alimentar publicamente, sentimentos de fracasso, desejo forte por controlar o próprio ambiente, pensamentos inflexíveis, espontaneidade social limitada e expressão emocional excessivamente contida Exercício físico em excesso: pode preceder ou proceder ou ser concomitante ao transtorno Indivíduos podem fazer o uso indevido de medicamentos, manipulando a dosagem para perder peso ou evitar ganhá-lo Aqueles com DM podem omitir ou reduzir as doses de insulina a fim de minimizar o metabolismo de carboidratos Prevalência, desenvolvimento e cursoPredomínio entre jovens do sexo feminino 101 Início: comum durante a adolescência ou jovem adulto Transtornos alimentares 15 Comum em países ricos pós-industrializados Raramente antes da puberdade ou depois dos 40 anos Início associado a eventos de vida estressantes Indivíduos mais velhos tendem a ter duração maior da doença Fatores de risco e prognóstico Temperamentais: transtornos de ansiedade ou traços obcessivos na infância Ambientais: culturas que valorizam a magreza ou ocupações e trabalhos que incentivam a magreza, como modelo ou atletas de elite Genéticos e fisiológicos: parentes biológicos de 1º grau com o transtono Marcadores diagnósticos Hematologia: leucopenia, linfocitose aparente e até anemia leve e trombocitopenia Bioquímica: desidratação, ureia elevada, hipercolesterolemia, enzimas hepáticas elevadas e alcalose/acidose metabólica Endocrinologia: T3 diminuída e níveis séricos de estrogênio diminuído ECG bradicardia sinusal e raramente arritmias Massa óssea: baixa densidade óssea, com osteopenia ou osteoporose → risco de fratura maior EEG encefalopatia metabólica Sinais e sintomas físicos: amenorreia, perda de peso, menarca atrasada, constipação, dor abdominal, letargia, energia excessiva, intolerância ao frio, alguns desenvolvem lanugo (pelo corporal fino e macio), hipertrofia das glândulas salivares e erosão do esmalte dentário Achado mais marcante no EF: emaciação → emagrecimento Algumas pessoas podem ter cicatrizes ou calos na mão → contato repetido para vômito autoinduzido Consequências funcionais Alto risco de suicídio; Várias limitações funcionais: isolamento social e fracasso acadêmico ou profissional; Transtornos alimentares 16 Diagnósticos diferenciais Bulimia nervosa Transtornos alimentares 17 Características diagnósticas 3 aspectos essenciais: � Episódios recorrentes de compulsão alimentar � Comportamentos compensatórios inapropriados recorrentes para impedir o ganho de peso � Autoavaliação indevidamente influenciada pela forma e pelo peso corporal Os critérios devem ocorrer por 1x por semana por 3 meses Episódio de compulsão alimentar: ingestão, em um período determinado, de uma quantidade de alimento definitivamente maior do que a mioria das pessoas consumiria em um mesmo período sob circunstâncias semelhantes Período de tempo determinado: geralmente inferior a 2h Não é necessário que o episódio limite-se a um único contexto Lanches contínuos ao longo do dia não são considerados compulsão alimentar O consumo excessivo de alimento deve ser acompanhado por uma sensação de falta de controle → incapacidade de evitar de comer ou parar de comer depois de começar O prejuízo no controle pode não ser absoluto: parar de comer quando alguém chega ao local; Transtornos alimentares 18 Indivíduos com esse transtorno sentem vergonha de seus problemas alimentares e tentam ocultar os sintomas → ocorre em segredo ou o mais discretamente possível Gatilhos: afeto negativo, estressores interpessoais, restrições dietéticas, tédio e sentimentos negativos relacionados ao peso corporal, à forma do corpo e ao alimento. Uso recorrente de comportamentos compensatórios inapropriados para evitar o ganho de peso → comportamentos purgativos ou purgação Vomitar é o meio mais comum e torna-se um objetivo Vômito: alívio do desconforto físico e redução do medo de ganhar peso Indivíduos podem fazer o uso indevido de medicamentos, manipulando a dosagem para perder peso ou evitar ganhá-lo T3 para aumentar o metabolismo Xarope de ipeca: induz vômito Aqueles com DM podem omitir ou reduzir as doses de insulina a fim de reduzir a metabolização dos alimentos nos episódios de compulsão alimentar Indivíduos com o transtorno podem, ainda, jejuar por um dia ou se exercitar excessivamente na tentativa de impedir o ganho de peso Exercício excessivo: quando interfere de maneira significativa, quando corre em horas ou contextos inapropriados ou quando o indivíduo continua a se exercitar na presensa de uma lesão ou outras condições médicas Características associadas que apoiam o diagnóstico Geralmente os indivíduos estão dentro da faixa normal de peso ou com sobrepeso É incomum entre obesos Evitação de alimentos que percebem como engordantes ou com potencial para desencadear compulsão alimentar Transtornos alimentares 19 Irregularidade menstrual ou amenorreia ocorrem com frequência e distúrbios hidroeletrolíticos Complicações raras, mas fatais: lacerações esofágicas, ruptura gástrica e arritmias cardíacas Prevalência, desenvolvimento e curso Acomete mais jovens do sexo feminino: 11,5% de prevalência Proporção feminino-masculino: 101 Início: adolescência ou jovens adultos Antes da puberdade ou depois dos 40 é incomum Compulsão alimentar: começa antes ou depois de um episódio de dieta para perder peso, geralmente Vivência de múltiplos episódios estressantes podem precipitar o aparecimento de bulimia nervosa O curso pode ser crônico ou intermitente → períodos de remissão alternados com recorrência de compulsão alimentar Remissão 1 ano → evolução favorável Risco maior de mortalidade Na minoria dos casos ocorre a mudança diagnóstica de bulimia nervosa para anorexia nervosa 1015% Comum em países industrializados; Fatores de risco e prognóstico Temperamentais: preocupações com o peso, baixa autoestima, sintomas depressivos e outros transtornos Ambientais: internalização de um ideal corporal magro e indivíduos que sofrem abuso sexual ou físico na infância Genéticos e fisiológicos: obesidade infantil e maturação puberal precoce Modificadores de curso: gravidade da comorbidade psiquiátrica implica em evolução desfavorável Marcadores diagnósticos Não existe teste diagnóstico específico para bulimia nervosa Transtornos alimentares 20 Anormalidades eletrolíticas, perda de ácido gástrico (alcalose metabólica), níveis ligeiramente aumentados de amilase sérica EF perda significativa e permanente do esmalte dentário pelos vômitos recorrentes Dentes desgastadosm corroídos e esburacados Cáries mais frequentes Glândulas salivares hipertrofiadas Risco de suicídio e consequências funcionais Alto risco de suicídio; Prejuízo grave no desempenho de papéis, principalmente, sociais; Muitos indivíduos com bulimia nervosa sofrem de pelo menos um outro transtorno mental e múltiplas comorbidades; Maior frequência de sintomas depressivos Uso de estimulantes para controlar o apetite e o peso Frequência maior de boderline Diagnósticos diferenciais Transtornos alimentares 21 Anorexia nervosa Bulimia nervosa Perda de peso excessivo Perda de peso um pouco abaixo do indicado Início mais precoce Início mais tardio Nega fome Sente fome Alta diminuição da libido Sexualmente mais ativo Mais obsessivo Mais impulsivo Amenorreia Menstruação mais irregular Restrição da ingesta calórica Episódios de compulsão alimentar Restrição ou purgação Purgação Nega a doença e normaliza peso e comportamento Vergonha, medo e culpa do peso e comportamento Mais introvertido Menos introvertido Morgana Rodrigues Duarte- TXI