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Sintaxe do Período Simples e CompostoNC SEC

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EAD - NÚCLEO COMUM
SINTAXE DO PERÍODO
SIMPLES E COMPOSTO
Lígia Mara Boin Menossi da Araujo
Renata de Oliveira Carreon
Hermes Talles dos Santos
Sylvia Jorge de Almeida Martins
Vera Lucia Massoni Xavier da Silva
http://unar.info/ead2
SINTAXE DO PERÍODO SIMPLES E COMPOSTO 
 
1 
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAS “DR. EDMUNDO ULSON” – UNAR” 
 
SUMÁRIO 
 
UNIDADE 1 - Sintaxe do Período Simples- Frase, Oração e Período 
UNIDADE 2 - Termos Constituintes da Oração: Sujeito e Predicado- Parte I 
UNIDADE 3 -Termos Constituintes da Oração: Sujeito e Predicado- Parte II 
UNIDADE 4 - Sujeito Inexistente e Componentes Ligados ao Verbo. 
UNIDADE 5 - Verbos com dois e três complementos: transitivos diretos ou indiretos 
UNIDADE 6 - Componente Ligado ao Nome 
UNIDADE 7- Adjunto adnominal 
UNIDADE 8 - Tipos de Predicado e Vocativo 
UNIDADE 9 - Aplicando o conhecimento: Frase, Oração e Período 
UNIDADE 10 - Aplicando os conceitos de verbos transitivos e de verbos intransitivos 
UNIDADE 11 – Sintaxe do Período Composto - Frase, Período, Oração 
UNIDADE 12 - Período Composto por Coordenação 
UNIDADE 13 - Subordinação 
UNIDADE 14 - Orações Subordinadas Adjetivas e Orações Subordinadas Adverbiais 
UNIDADE 15 - Orações Reduzidas 
Unidade 16 - Orações Subordinadas Adjetivas Reduzidas 
UNIDADE 17 - Sintaxe de Regência Verbal 
UNIDADE 18 - Sintaxe de Colocação 
UNIDADE 19 - Sintaxe de Concordância Nominal 
UNIDADE 20 - Sintaxe de Concordância Verbal 
 
 
 
 
 
 
SINTAXE DO PERÍODO SIMPLES E COMPOSTO 
 
2 
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAS “DR. EDMUNDO ULSON” – UNAR” 
 
APRESENTAÇÃO 
 
 
O assassino era o escriba 
Meu professor de análise sintática era o tipo do sujeito inexistente. 
Um pleonasmo, o principal predicado da sua vida, 
regular como um paradigma da 1ª conjugação. 
Entre uma oração subordinada e um adjunto adverbial, 
ele não tinha dúvidas: sempre achava um jeito 
assindético de nos torturar com um aposto. 
Casou com uma regência. 
Foi infeliz. 
Era possessivo como um pronome. 
E ela era bitransitiva. 
Tentou ir para os EUA. 
Não deu. 
Acharam um artigo indefinido em sua bagagem. 
A interjeição do bigode declinava partículas expletivas, 
conectivos e agentes da passiva, o tempo todo. 
Um dia, matei-o com um objeto direto na cabeça. 
 
Paulo Leminski. Caprichos e relaxos. São Paulo: Brasiliense, 1983. 
 
A sintaxe de uma língua diz respeito à ordenação, à disposição, à organização 
sequencial e à relação entre as palavras na composição de frases, orações e períodos, 
para construir sentidos. Pode-se considerar que a sintaxe seja a estrutura pela qual a 
língua se realiza e o conjunto de regras de funcionamento necessário para que essa 
estrutura produza sentidos. Em uma analogia, pode-se considerar que a sintaxe seja 
SINTAXE DO PERÍODO SIMPLES E COMPOSTO 
 
3 
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAS “DR. EDMUNDO ULSON” – UNAR” 
 
semelhante à organização de uma festa de confraternização de sua turma de final de 
ano. 
Para que ninguém fique sobrecarregado com todas as tarefas e a festa seja um 
sucesso, você seleciona alguns colegas para ajudá-lo e depois distribui as funções e 
tarefas que cada um poderá realizar. Semelhante processo ocorre quando usamos a 
língua; primeiramente selecionamos as palavras (substantivos, adjetivos, pronomes, 
verbos, advérbios, etc.) e depois, como fizemos para a festa, combinamos as palavras 
em frases e elas passam a ter funções específicas (sujeito, predicado, objeto direto, etc.), 
Assim, a sintaxe se realiza por meio das relações que as palavras estabelecem 
entre si. A análise sintática, muitas vezes, ocorre por meio da análise morfológica (classe 
de palavras), principalmente da classe dos verbos, a partir dos quais toda a sintaxe se 
organiza dentro das orações e períodos. 
Evidentemente, não interessa para o falante da língua apenas conhecer as regras 
combinatórias da língua, mas também os sentidos que as diferentes combinações 
produzem. Por isso é que costumamos aliar ao estudo da sintaxe, um estudo semântico 
(dos sentidos). Em outras palavras, o estudo de sintaxe procura descrever as regras que 
usamos para organizar as palavras em frases e os efeitos de sentido daí resultantes. 
Em vários momentos de nossos estudos sobre Linguagem, deixamos clara a 
concepção de linguagem como interação, como estabelecimento de vínculos e 
compromissos entre os envolvidos no ato de comunicação. 
 Assim, mais do que mera transmissão de informações, a linguagem é utilizada 
pelos interlocutores como forma de ação, ou melhor, dizendo, comum ação, em que 
um dos envolvidos atua sobre o outro. É evidente que, nessa troca, nessa interação, há 
necessidade de boa construção do que falamos. Eis o foco da disciplina Sintaxe do 
Período Composto. 
 Na disciplina, procuramos enfocar, além da sintaxe do período simples, a sintaxe 
do período composto como um meio para o ensino da língua. Dessa maneira, 
procuramos desmitificar o consenso, infelizmente arraigado na maioria dos 
SINTAXE DO PERÍODO SIMPLES E COMPOSTO 
 
4 
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAS “DR. EDMUNDO ULSON” – UNAR” 
 
profissionais do ensino, de que ensinar língua portuguesa é ensinar análise sintática. 
Objetivamos deixar clara a ideia de ensino de sintaxe do período composto de modo 
sistemático, integrado e como auxiliar da produção escrita e do ensino de morfologia. 
 
Autores: 
Lígia Mara Boin Menossi de Araujo 
Renata de Oliveira Carreon 
Hermes Talles dos Santos 
Sylvia Jorge de Almeida Martins 
Vera Lúcia Massoni Xavier da Silva 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SINTAXE DO PERÍODO SIMPLES E COMPOSTO 
 
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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAS “DR. EDMUNDO ULSON” – UNAR” 
 
PROGRAMA DA DISCIPLINA 
 
PROGRAMA DA DISCIPLINA SINTAXE DO PERÍODO SIMPLES E COMPOSTO 
 
Ementa: 
 Frase e seus tipos. Frase e oração. Classificação dos verbos quanto à 
transitividade. Os termos integrantes da oração. Termos acessórios da oração. 
Particularidades sintáticas e semânticas. Período simples e período composto. Conceitos 
de coordenação e de subordinação. Subordinação. Coordenação. Orações reduzidas. 
Algumas considerações sobre sintaxe de regência, de colocação e de concordância. 
 
Objetivos: 
 Apresentar a sintaxe ao aluno como uma parte da gramática que estuda a 
disposição das palavras na frase e sua relação lógica, pois, ao emitir uma 
mensagem, o emissor procura transmitir um significado completo e a sintaxe 
seria um instrumento essencial para as possibilidades combinatórias que nos 
oferece a língua por meio das palavras e orações. Em suma, levá-los a olhar a 
construção sintática mais do que simples regras gramaticais, mas também como 
uma ferramenta de entendimento e funcionamento da língua. 
 Construir os conceitos da sintaxe do período simples como frase, oração, sujeito, 
predicado e seus complementos tanto do ponto de vista sintático quanto de 
alguns aspectos semânticos e discursivos. 
 Propiciar conhecimentos sobre a organização do período composto. 
 Revisar os principais casos de regência, concordância e colocação pronominal. 
 
 
 
 
SINTAXE DO PERÍODO SIMPLES E COMPOSTO 
 
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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAS “DR. EDMUNDO ULSON” – UNAR” 
 
Metodologia 
 
Adotamos para a disciplina Sintaxe do Período Simples uma metodologia que 
alia a teoria à prática, propiciada por meio de atividades que permitam, a partir de 
exemplos, a reflexão sobre como a língua funciona em diferentes dimensões (fonética, 
sintática, semântica) para a construção dos sentidos de um discurso. 
O período composto será desenvolvido por meio de atividades que permitam, a 
partir de exemplos e de textos, a reflexão sobre a organização do período. 
 
Avaliação 
A avaliação terá caráter processual e, portanto, contínuo, sendo os seguintes 
instrumentos utilizados para a verificação da aprendizagem: 
1) Trabalhos individuais ou a partir da interatividade com seus pares; 
2)Provas bimestrais realizadas presencialmente; 
3) Trabalhos de pesquisa. 
 
As estratégias de recuperação incluirão: 
1) Retomada eventual dos conteúdos abordados nas unidades, quando não 
satisfatoriamente dominados pelo aluno; 
2) Elaboração de trabalhos com o objetivo de auxiliar a vivência dos conteúdos. 
 
Bibliografia Básica 
BECHARA, E. Moderna gramática portuguesa. 37. ed. Rio de Janeiro: Lucerna, 2009. 
CUNHA, C.; CINTRA, L. Nova gramática do português contemporâneo. Rio de Janeiro: 
Nova Fronteira, 2008. 
LIMA, C. H. da R. Gramática normativa da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Briguiet, 
1975. 
SINTAXE DO PERÍODO SIMPLES E COMPOSTO 
 
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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAS “DR. EDMUNDO ULSON” – UNAR” 
 
 
Bibliografia Complementar 
ABREU, Antônio Suárez . Gramática mínima para o domínio da língua padrão. São 
Paulo: Ateliê Editorial, 2003. v. 1. 
AZEREDO, J. C. Gramática Houaiss da língua portuguesa. São Paulo: Publifolha, 2008. 
BASTOS, L. K.; MATTOS, M. A. A produção escrita e a gramática. 2. ed. São Paulo: 
Martins Fontes, 1992. 
CIPRO NETO, P.; INFANTE, U. Gramática da língua portuguesa. 3. ed. São Paulo: 
Scipione, 2008. 
KOCH, I. G. V. Linguística aplicada ao português: sintaxe. São Paulo: Cortez, 1996. 
PERINI, M. Sofrendo a gramática: ensaios sobre a linguagem. 3. ed. São Paulo: Ática, 
2000. 
SACCONI, L. A. Nossa gramática: teoria e prática. 25. ed. SP: Atual. 1999. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SINTAXE DO PERÍODO SIMPLES E COMPOSTO 
 
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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAS “DR. EDMUNDO ULSON” – UNAR” 
 
 
UNIDADE 1- Sintaxe do Período Simples 
 
CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE 
 
Objetivos: Entender os conceitos e as diferenças entre frase, oração e período. 
 Nosso enfoque primordial, nesta primeira unidade, será mostrar o que diferencia 
frase, oração e período, ou seja, sua função dentro da frase e da língua quando posta 
em funcionamento para construir sentidos, assim como mostrar algumas de suas 
particularidades quanto às classificações. 
 
ESTUDANDO E REFLETINDO 
 
Frase Oração e Período 
 
Atualmente, entre os estudiosos de Gramática, parece não haver consenso sobre 
o que seja FRASE. Todos concordam que a FRASE é um enunciado capaz de produzir 
sentido completo, entretanto, para alguns, o que a caracteriza como tal é a ausência de 
verbos, enquanto, para outros, a presença ou ausência destes não é responsável pela 
caracterização do enunciado como FRASE ou não. Por conta disso, geralmente 
empregamos a noção de frase indiferentemente à presença de verbos ou não nos 
enunciados. 
O que nos importa, na verdade, é considerar que FRASE é o enunciado capaz de 
produzir sentidos, e estes as permitem ser classificadas em: 
a. Declarativa: O dia está chuvoso.; Fogo!  faz-se uma declaração ou 
constatação, pode ser afirmativa ou negativa; 
b. Interrogativa: Fico ou saio desta aula?; Diga se isto é ou não verdade.  faz-se 
uma pergunta/indagação; 
SINTAXE DO PERÍODO SIMPLES E COMPOSTO 
 
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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAS “DR. EDMUNDO ULSON” – UNAR” 
 
c. Exclamativa: Que festa maravilhosa!  faz-se uma exposição de alguma 
emoção – alegria, tristeza, medo etc. –, por ser emotiva, o enunciado 
elabora-se a partir do ponto de vista do enunciador; 
d. Imperativa: Por favor, faça silêncio.; Saia já daqui!; Socorro!  faz-se um 
pedido ou uma ordem; 
e. Optativa: Que dê tudo certo na sua vida; Eu quero mais que ele vá pro inferno! 
 faz-se um desejo. Alguns gramáticos classificam como optativa as frases 
que exprimem bons desejos e como imprecativas as que desejam maus 
desejos. 
 
BUSCANDO CONHECIMENTO 
 
Se não há muito consenso entre o que seja FRASE, o mesmo não ocorre com a 
definição de ORAÇÃO. 
ORAÇÃO é uma frase e, por isso, produz sentido completo, porém é construída 
e organizada por meio da presença de um verbo. Eis a principal caracterização de uma 
ORAÇÃO: a presença de um verbo ou de uma locução verbal. 
Ex.1: Homens ou mulheres, todos têm diretos iguais. 
 
Ex.2: Graças a nosso empenho nos estudos, passamos nos vestibulares 
desejados. 
Ex.3: As inscrições para o time de críquete costumam ser realizadas no final de 
cada semestre. 
 O mesmo consenso existe para a noção de PERÍODO: um enunciado é 
construído por meio de uma ou mais orações. Os PERÍODOS podem ser classificados 
em: 
a. Quando um enunciado é constituído por uma única oração, temos um 
período simples: 
SINTAXE DO PERÍODO SIMPLES E COMPOSTO 
 
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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAS “DR. EDMUNDO ULSON” – UNAR” 
 
O verbo possui uma forma relativamente neutra, conhecida como forma no 
infinitivo. A forma infinitiva é relativamente neutra, pois não se relaciona 
diretamente a alguma pessoa e algum modo, e produz o sentido de um tempo 
infinito, perpétuo, que não pode ser categorizado como presente, passado ou 
futuro. 
 Costuma-se dizer que a forma verbal infinitiva assume outras formas conforme 
a pessoa, o tempo e o modo com que se relacionam. 
 
Ex.1: Doar  infinitivo. 
Na semana passada, doamos cem reais para as ações de ajuda 
humanitária.  doamos: pessoa [nós], tempo [passado], modo [indicativo]. 
 
Ex.2.: Encontrar  infinitivo. 
Se eu o encontrasse agora...  encontrasse: pessoa [eu], tempo [presente], 
modo [subjuntivo]. 
 
Ex. 3.: Trazer  infinitivo. 
Por favor, traga-me um café.  traga: pessoa [você], tempo [presente], modo 
[imperativo] (indicando um pedido envolto em uma ordem). 
 
 
Ex.1: Nosso intuito é a vitória nas campanhas desse ano! 
Ex.2: A vida só vale se bem vivida. 
Ex.3: Pedro e Paulo são irmãos. 
b. Quando apresenta duas ou mais orações, temos um período composto: 
 
Ex.1: O vizinho saiu de casa às sete da manhã e até agora de noite não voltou. 
 
Ex.2: Que esperança tenho eu, se você vive a ignorar meus sentimentos. 
Ex.3: O vizinho, que é muito meu amigo, saiu de casa às sete da manhã e até 
agora de noite não voltou. 
Ex.4: Que esperança tenho eu, se você vive a ignorar meus sentimentos e vive a 
me deixar sozinho. 
 
SINTAXE DO PERÍODO SIMPLES E COMPOSTO 
 
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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAS “DR. EDMUNDO ULSON” – UNAR” 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
UNIDADE 2 - Termos Constituintes da Oração: Sujeito e Predicado- 
Parte I 
 
CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE 
 
Objetivo: Identificar no período simples o que é Sujeito e o que é Predicado 
 Nesta unidade, iniciaremos explanando sobre verbos e suas classificações de 
acordo com um perspectiva semântica para, em seguida, focarmos o que seja a função 
sujeito e o predicado. Para encerrarmos, demonstraremos por meio de exemplos dos 
tipos de sujeito. 
 
ESTUDANDO E REFLETINDO 
 
VERBO 
Para iniciarmos os estudos de análise sintática, devemos entender o que é verbo, 
pois é a partir dele que procuraremos compreender mais especificamente o que é 
sujeito e predicado em uma oração. 
 Os verbos, segundo uma classificação semântica, ou seja, segundo uma 
classificação que leva em conta os sentidos do enunciado, podem indicar ação, 
SINTAXE DO PERÍODO SIMPLES E COMPOSTO 
 
12 
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAS “DR. EDMUNDO ULSON” – UNAR” 
 
processo ou estado. Ao mesmo tempo, os verbos também indicam a pessoa, o tempo 
e o modo a que se relacionam. 
Verbos de ação 
Alguns verbos indicam ação ou acontecimento realizados por um agente. 
Naquela manhã, eu acordei às seis horas em ponto. 
Nesse exemplo, o verbo acordar indica uma ação realizada por uma pessoa [eu] e o 
tempo em que essa ação aconteceu que, neste caso, é o passado no modo indicativo, o 
qual indica ou relata o acontecimento ou ação. 
Parem de falar agora! 
O verbo parar indica uma ação (a ser realizada), destinada a um grupo de pessoas 
[vocês], por meio do modo imperativo, o qual indica geralmente ordens e pedidos. 
 
O pássaro voa alto. 
O verbo indica que o pássaro exerce a ação de voar. Contudo, para que essa ação 
aconteça é preciso que o agente exerça movimentos contínuos. Ou seja,o verbo indica 
que o pássaro age durante ação de voar. Essa noção de continuidade é conhecida 
como aspecto. Também indica que a pessoa que responsável pela ação verbal, a 
terceira do plural [ele], o tempo presente do indicativo. 
O jogador nervoso chutou a bola muito além do gol. 
O verbo chutar indica a ação que o jogador realizou, indica que sua pessoa é a terceira 
do singular [ele] e o tempo passado ou pretérito no modo indicativo. 
Verbos de processo 
Diferentemente dos verbos de ação, os de processo geralmente indicam um 
acontecimento ou ocorrência sofridos por um sujeito. O agente nunca será o 
provocador do evento, mas sempre será alguém ou algo que sofre ou experimenta essa 
ocorrência. 
Minha sopa ferveu rapidamente no fogão novo. 
SINTAXE DO PERÍODO SIMPLES E COMPOSTO 
 
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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAS “DR. EDMUNDO ULSON” – UNAR” 
 
O verbo indica um processo porque não se interpreta que a sopa fez a ação de “ferver-
se”, mas foi afetada pelo processo. Indica também que a pessoa do verbo é a terceira 
[ela] e tempo da ação é o passado. 
O copo quebrou em mil pedacinhos azuis. 
O verbo quebrar indica processo também porque o copo não fez a ação de “quebrar-
se”, mas sofreu essa ação, esse acontecimento. 
Todavia, quando mudamos o contexto em que o enunciado é produzido, seu sentido 
muda: 
E eu fiquei tão magoada, que quebrei o copo que ele me deu em mil pedacinhos azuis. 
Nesse caso, o verbo quebrar, que antes era de processo, agora é de ação, pois há um 
agente que faz a ação de quebrar, é esse agente o responsável pelo acontecimento 
expresso no enunciado. 
Verbos de estado 
Os verbos de estado diferem semanticamente dos outros dois por não realizarem nem 
sofrerem ação ou evento. Eles indicam, geralmente, estado, comentário, atributo ou 
característica sobre algo ou alguém. Os principais verbos de estado são: SER, ESTAR, 
PERMANECER, PARECER, FICAR, CONTINUAR e TORNAR(-SE). Além desses, alguns 
outros verbos como ANDAR e VIVER podem indicar estado, como nos seguintes 
exemplos: 
- Ana anda sempre correndo. [Andar: sentido próximo a estar]; 
- As portas do armário vivem abertas. [Viver: sentido próximo a estar]. 
Talvez ela seja a mulher da minha vida. 
O verbo ser indica um estado, ou seja, um atributo ou um comentário, relacionado a 
uma pessoa [ela], o tempo é presente/atual e, por conta do modo subjuntivo (aliado ao 
emprego do talvez), gera uma afirmação com caráter de incerteza. 
Sua amiga não está muito feliz hoje. 
O verbo estar indica um estado em que sua amiga não se encontra. A pessoa do verbo 
é a terceira do singular e o tempo é o presente do indicativo. 
SINTAXE DO PERÍODO SIMPLES E COMPOSTO 
 
14 
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAS “DR. EDMUNDO ULSON” – UNAR” 
 
 ATENÇÃO: 
Eu virei uma fera 
O verbo indica o estado ou atributo para qual o sujeito que enuncia a oração passou. A 
pessoa do verbo é a primeira do singular e o tempo é o passado do indicativo. 
Eu virei a mesa 
Nesse caso, o verbo indica uma ação, pois não expressa um estado ou atributo em que 
o sujeito se encontra e também não expressa uma ação sofrida por ele. Dessa forma, 
como dissemos anteriormente, quando mudamos o contexto em que o enunciado é 
dito, o sentido também muda. 
BUSCANDO CONHECIMENTO 
 
SUJEITO E PREDICADO 
 
Conforme veremos, a seguir, é a partir do verbo que analisaremos os elementos, 
sujeito e predicado, que compõem a oração: 
Ex.1: Os deputados aumentaram seus salários. 
Aumentar é um verbo que pede necessariamente dois complementos para que a 
oração tenha sentido: 1. Alguém ou algo que o pratique ou o desencadeie (os 
deputados); e 2. Algo que seja afetado por sua ação (seus salários). 
Ex.2: O rapaz deu um presente para sua namorada. 
Dar pede, nesse caso, três complementos: 1. Alguém ou algo que pratique o fazer (o 
namorado); 2. Algo ou alguém que seja afetado pelo fazer (presente); e 3. Alguém ou 
algo que recebe o fazer (sua namorada). 
Ex.3: Pedro é estudioso. 
O verbo ser pede necessariamente dois complementos: 1. Alguém ou algo (Pedro) que 
permita alguma atribuição ou comentário; e 2. O atributo, a qualidade, o estado ou a 
condição (estudioso). 
Ex.4: A porta está trancada por dentro. 
SINTAXE DO PERÍODO SIMPLES E COMPOSTO 
 
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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAS “DR. EDMUNDO ULSON” – UNAR” 
 
Também o verbo estar pede dois complementos: 1. Alguém ou algo que seja atribuído 
um estado ou condição (A porta); e 2. A condição ou o estado (tranca por dentro). 
Ex.5: O sol raiou. 
Os verbos intransitivos pedem apenas um complemento: 1. Alguém ou algo que 
desempenhe a ação (o sol). 
 
 
 
 
UNIDADE 3 -Termos Constituintes da Oração: Sujeito e Predicado- 
Parte II Sujeito: 
 
CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE 
 
Objetivo: Identificar no período simples o que é Sujeito e o que é Predicado 
 
ESTUDANDO E REFLETINDO 
 
Dessa forma, podemos considerar que SUJEITO seja aquele, que junto a verbos 
de ação, desempenhe um fazer, junto a verbos de processo sofra o evento e, junto a 
verbos de estado, aquele que recebe ou se faz algum comentário ou atribuição de 
qualidade, estado ou condição. Além disso, SUJEITO é o termo com o qual o verbo 
concorda em número e pessoa, ex.: 
- Antônio ganhou quinhentos reais no último sorteio da nossa rifa.  (nº: singular 
[Antônio], p.: 3ª do sing. [ele]). 
- Antônio, Pedro e João ganharam quinhentos reais no bingo da quermesse.  (nº: 
plural [Antônio, Pedro e João], p. 3ª do plural [eles]). 
- Eu comprei um relógio novo essa semana.  (nº: sing. [eu], p.: 1ª do sing. [eu]). 
SINTAXE DO PERÍODO SIMPLES E COMPOSTO 
 
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Embora o sujeito na oração em questão seja A marinha do Brasil, seu 
núcleo significativo é apenas marinha, pois é a palavra responsável pela 
maior parte da produção de sentido. Se o tirarmos, o sujeito não produzirá 
sentido, e, se o alterarmos, teremos um novo sentido, p. ex., o corpo de 
fuzileiros navais do Brasil, o presidente do Brasil. 
- Paulo e eu compramos entradas para o Show de calouros.  (nº pl. [Paulo e eu], p.: 1ª 
do plural [nós]). 
Predicado 
PREDICADO seria tudo aquilo que em uma oração não pertence ao SUJEITO. Ou 
ainda, PREDICADO é aquilo que o complementa o verbo, recebendo ou sendo afetado 
pela ação ou atribuição por ele pretendida. Assim, o SUJEITO não pertence ao 
predicado, pois é aquele que faz ou a que se atribui algo. 
Ex.:A marinha do Brasil encontrou um navio à deriva. 
 ENCONTRAR pede dois complementos: 1. Alguém ou algo que desencadeie a ação; e 
2. Alguém ou algo que 
 
 
seja encontrado. Assim, o complemento 1.,a marinha, é SUJEITO e o complemento 2, 
um navio à deriva, mais o verbo, encontrar, formam o PREDICADO da oração. 
Como o predicado complementa o verbo, não existe predicado desprovido de 
verbo, que pode estar apagado (elíptico), mas sempre estará presente, como vemos a 
seguir: 
 
Sujeito 
 
 
 
O dia 
Predicado 
amanheceu. 
amanheceu ensolarado. 
amanheceu ensolarado no Brasil 
inteiro. 
hoje está nublado. 
SINTAXE DO PERÍODO SIMPLES E COMPOSTO 
 
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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAS “DR. EDMUNDO ULSON” – UNAR” 
 
 
Observe que, no ex.2, o sujeito 
não está anteposto ao verbo. 
A oração está construída na 
ordem inversa, isto é, primeiro 
o predicado e depois o sujeito. 
 
vem surgindo lentamente. 
sucede a noite. 
será decisivo para nós. 
começa já quente. 
Os exemplos ilustram que o predicado pode ser formado apenas do verbo ou 
pelo verbo e seus complementos (com exceção do sujeito, como já vimos antes), mas 
necessariamente deve ter um verbo. 
OS TIPOS DE SUJEITO 
 Agora que você já sabe identificar Sujeito e Predicado, passemos à identificação 
dos TIPOS de SUJEITOS. 
a. Sujeito Simples: 
Ex.1: Marina apaixonou-se por um estrangeiro. 
Ex.2: Na tarde de ontem, chegou a Brasília a comitiva dos prefeitos de São Paulo. 
Ex.3: Naquela época, os professoreseram respeitados pelos estudantes. 
Ex.4: Quem fechou a porta? 
O sujeito de uma oração é simples quando possui 
apenas um núcleo significativo, os quais são nas orações 
acima, respectivamente, Marina, comitiva, professores e 
quem. 
b. Sujeito Composto: 
Ex.1: Nem pais nem filhos participaram do evento 
promovido pela prefeitura. 
Ex.2: Proteínas, carboidratos, lipídios, vitaminas e sais minerais são nutrientes 
comumente encontrados nos vegetais. 
Ex.3: Em um passado recente, o vestibular e a nota do Enem compunham a forma de 
ingresso na maioria das universidades brasileiras. 
O sujeito composto é formado por dois ou mais núcleos significativos, geralmente 
unidos por conjunções aditivas (e, mais e nem). 
SINTAXE DO PERÍODO SIMPLES E COMPOSTO 
 
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c. Sujeito Oculto, Elíptico, Implícito, Subentendido ou Desinencial: 
Ex.1: Vão na frente. 
Ex.2: Querido amigo, espero sua melhora! 
Ex.3: Formamos um grupo e fomos para o jogo. 
Ex.4: Cão e gato não se dão, vivem brigando. 
O sujeito oculto pode ser recuperado geralmente pela desinência verbal. No primeiro 
caso, sabemos que o sujeito é vocês; no segundo, eu; e no terceiro, nós, embora eles 
não apareçam explicitamente na frase, sabemos quem está praticando a ação. 
No caso quatro, o sujeito de viver pode ser recuperado pelo contexto, isto é, por aquilo 
que o rodeia, como anteriormente foi explicitado o sujeito cão e gato, sabemos que 
esses também são sujeitos desse verbo. Dessa forma, não podemos considerar que o 
sujeito de viver seja indeterminado, embora esteja conjugado na terceira pessoa do 
plural [Eles]. 
d. Sujeito indeterminado: 
Ex.1: Disseram-me que o delator foi você. 
Ex.2: Ligaram, agora de pouco, para você. 
Ex.3: Precisa-se de costureiras. 
Ex.4: Nesta cidade, vive-se bem, apesar de algumas penúrias. 
O sujeito indeterminado ocorre em orações em que não se deseja explicitar quem ou o 
que praticou o fazer verbal. Para isso, geralmente, empregamos o verbo conjugado na 
terceira pessoa do plural [eles], como nos exemplos 1 e 2, nestes casos, não 
conseguimos recuperar quem seja o sujeito das ações, produzindo assim o sentido de 
indeterminação. 
No ex.3.,temos uma construção com um verbo transitivo indireto acompanhado pela 
partícula se, que neste caso é um índice de indeterminação do sujeito (IIS). É um índice 
porque indica que o sujeito da oração está indeterminado: quem precisa de 
costureiras? Não temos como responder a essa indagação. 
SINTAXE DO PERÍODO SIMPLES E COMPOSTO 
 
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Vale explicitar que o IIS só ocorre com verbos transitivos indiretos, ou seja, 
aquele cujos objetos são preposicionados (precisar de, necessitar de, obedecer 
a, auxiliar em...) ou intransitivos. 
Com verbos transitivos diretos, como, p.ex., vender: Vendem-se casas  a 
partícula se indica que o verbo foi apassivado, ou seja, o sujeito da oração não 
é responsável pelo fazer verbal. O sujeito casa não pode praticar a ação de se 
autovender. 
No ex.4.,temos um caso de IIS, pois o verbo viver é intransitivo. Neste caso, também 
não conseguimos identificar quem seja o sujeito da oração, gerando uma ideia de 
indeterminação. 
 
Estes são os tipos de sujeitos existentes na língua portuguesa. A gramática ainda 
considera que há outro tipo, o Sujeito Inexistente, pois sintaticamente o verbo anula sua 
existência. Dessa forma, pode-se considerar que ele não seja de fato um sujeito, já que 
não existe formalmente em uma oração.Veremos na próxima unidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SINTAXE DO PERÍODO SIMPLES E COMPOSTO 
 
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UNIDADE 4 - Sujeito Inexistente e Componentes Ligados ao Verbo. 
 
CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE 
 
Objetivo: Conhecer os componentes ligados ao Verbo dentro da oração. 
 
ESTUDANDO E REFLETINDO 
 
Para ocorrer a inexistência do sujeito, é preciso que o verbo esteja conjugado na 
terceira pessoa do singular e, principalmente: 
i. quando o verbo indicar algum fenômeno da natureza como, por exemplo, anoitecer, 
trovejar, nevar, escurecer, chover, relampejar, ventar etc. 
Ex.1: No verão brasileiro, chove muito no fim da tarde. 
Ex.2: Neva muito nos países mais próximos dos polos. 
Ex.3: Por conta da frente fria, ventou bastante no litoral paulista. 
Observe que, nas orações acima, não podemos dizer que algo ou alguém seja 
responsável pelo fazer indicado pelo verbo. Diferentemente do que ocorre na seguinte 
SINTAXE DO PERÍODO SIMPLES E COMPOSTO 
 
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Em todos os exemplos acima, a inexistência verbal pode ser compreendida por conta da 
relevância do processo verbal, isto é, das indicações dos verbos, pois esses processos 
não podem ser atribuídos ou desempenhados por nenhum tipo de sujeito racionalmente 
compreensível. 
 
frase, o dia escureceu rápido ontem. Nesse caso, o responsável ou o que sofre a ação 
indicada pelo verbo escurecer é dia, sujeito da oração. 
No ex.3, podemos considerar que haja uma justificativa para o fato de ventar, a frente 
fria, mas essa não é responsável pela ação de ventar. 
ii. Com o verbo haver, indicando existência ou acontecimento. 
Ex.1: Na sala havia três sofás. [existência] 
Ex.2: Houve dois acidentes graves em rodovia da nossa cidade. [acontecimento] 
Ex.3: Amanhã haverá aulas de matemática. [existência] 
iii. Com os verbos haver, fazer, passar e ir, indicando tempo decorrido (passado). 
Ex.1: Há dois anos que não volta à casa de meus pais. 
Ex.2: Já faz, no mínimo, doze horas que não como nada. 
Ex.3: Vai para três meses que esse menino nasceu. 
Ex4. Era tarde, passava das quatro horas da madrugada. 
iv. Com o verbo ser e estar, indicando tempo em geral, isto é, um período temporal não 
muito determinável. 
Ex.1. É o tempo da cheia nos rios. 
Ex.2: Era mês de março e já se podia sentir o outono. 
Ex.3: Pessoal, está na hora do almoço. 
 
 
Componentes Ligados ao Verbo 
SINTAXE DO PERÍODO SIMPLES E COMPOSTO 
 
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Nesse momento, não analisaremos os 
complementos 1., pois vimos que são 
sujeitos. 
Além do sujeito e predicado, o período também é composto por 
complementos que iremos conhecer nesta unidade, portanto, entraremos em contato 
com aqueles ligados ao Verbo. 
Complementos verbais 
Como já fizemos anteriormente, vamos continuar nossos estudos a partir do 
verbo. Em uma oração, podemos considerar que não só os objetos sejam 
complementos do verbo, mas também o sujeito, pois ele é responsável pela produção 
de sentidos, cuja centralidade está no verbo principal. Entretanto, como vimos há 
verbos que dispensam o sujeito como complemento, caso dos verbos sem sujeito; e há 
ainda verbos que dispensam os complementos verbais, caso dos intransitivos. 
No que concerne à questão da complementação verbal, vamos somente 
considerar como complementos os objetos e predicativos verbais, ou seja, aquilo que é 
considerado como PREDICADO. 
Para trabalharmos a noção de complementos verbais, retomemos a seguinte 
ideia: 
Ex.1. AMAR  necessita de dois complementos: 1. Alguém ou algo que 
desempenhe o fazer; e 2. Alguém ou algo que receba o fazer. 
Ex.2. TELEFONAR  necessita de dois complementos, como o verbo anterior. 
Ex.3. CONVIDAR  necessita de três complementos: 1. Alguém ou algo que 
desempenhe o fazer; 2. Alguém ou algo para receber o fazer; 3. Algo que especifique o 
fazer em questão. 
 
 
BUSCANDO CONHECIMENTO 
 
a. Verbos sem complemento 
SINTAXE DO PERÍODO SIMPLES E COMPOSTO 
 
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São verbos que não precisam de complementos. São raros e geralmente indicam 
fenômeno da natureza. São capazes de, sozinhos, constituírem uma oração. Sãoconsiderados intransitivos por não possuírem objetos: 
Choveu, 
Trovejou. 
Está ventando. 
Amanheceu. 
b. Verbos com um complemento: intransitivos 
 São verbos que necessitam apenas de um complemento, que têm em torno de 
si apenas uma “casa vazia” e, só após ser preenchida, é que constitui uma oração 
completa. Também são considerados intransitivos. Geralmente essa casa vazia a ser 
preenchida exerce a função de sujeito: 
Meu tio morreu em circunstâncias difíceis. 
O cachorrinho desapareceu. 
O copo caiu. 
O pássaro voou para longe. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SINTAXE DO PERÍODO SIMPLES E COMPOSTO 
 
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UNIDADE – 5 Verbos com dois e três complementos: transitivos 
diretos ou indiretos 
 
CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE 
 
Objetivos: Conhecer verbos com dois e três complementos 
 
ESTUDANDO E REFLETINDO 
 
Os verbos com dois complementos, como vimos, na unidade anterior têm duas casas 
vazias: a de sujeito e a de objeto. Como possuem objeto, os verbos com dois ou mais 
complementos são considerados transitivos. 
No Ex.1., observamos que o sentido do verbo AMAR se constrói por meio de 
uma relação direta com seu objeto, ou ainda, o objeto está diretamente ligado ao 
SINTAXE DO PERÍODO SIMPLES E COMPOSTO 
 
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As principais preposições que articulam os 
complementos verbais do português 
contemporâneo são: a, para, de, por e em. 
verbo com que se relaciona. Por isso, são chamados também de verbos transitivos 
diretos: AMAR:Pessoas 
 Rapaz Bonito 
 Meninas altas 
 Jóia 
 Sorvetes 
Outros exemplos: O tribunal anulou as eleições. 
O oposição derrubou o partido governista. 
Os escritores fizeram uma excelente conferência. 
A gata abandonou seu filhote. 
Já no Ex.2., observamos que o sentido de TELEFONAR não se constrói por meio 
de uma relação direta com seu complemento: 
TELEFONAR 
amigo; 
namorado; 
empresa; 
outro país; 
número indicado no 
panfleto. 
É necessário que haja um 
articulador entre o verbo e seu objeto 
para que a construção de sentidos 
aconteça. Essa articulação é feita pelas 
preposições, que ficam entre o verbo e seu objeto. Por ser uma relação indireta entre o 
verbo e seu objeto, tais verbos são chamados de transitivos indiretos. 
 No caso do verbo TELEFONAR, a preposição é para: 
TELEFONAR 
 
para 
 
 amigo; 
 namorado; 
 empresa; 
SINTAXE DO PERÍODO SIMPLES E COMPOSTO 
 
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Dessa forma, podemos classificar os verbos em transitivos direto, indireto e direto 
e indireto: 
 São DIRETOS, quando se relacionam diretamente com seus complementos 
[Ex.1] e, consequentemente, seu objeto também será direto, isto é, um objeto direto, 
pois se relaciona diretamente como o verbo a que complementa. 
 São INDIRETOS, quando se relacionam indiretamente com seus 
complementos [Ex.2] e, consequentemente, seu objeto é indireto. 
 São DIRETO e INDIRETO, quando se relacionam tanto diretamente e 
indiretamente com seus complementos [Ex.3] e, consequentemente, seus objetos serão 
direto e indireto. 
 outro país; 
número indicado no 
panfleto. 
Outros exemplos: 
O cantor não gostava de entrevistas. 
Os torcedores assistiram ao final do campeonato. 
Eu preciso de sal e açúcar logo. 
Verbos com três complementos: transitivos diretos e indiretos 
São aqueles que, como no exemplo 3, precisam preencher o espaço do sujeito e mais 
dois complementos do verbo. Por exigir objetos, são também transitivos; como exigem 
tanto um objeto diretamente ligado ao verbo quanto um indiretamente ligado, tais 
verbos são chamados de transitivos diretos e indiretos. 
No Ex.3., CONVIDAR é um tipo de verbo que precisa de 2 complementos objetais, 
sendo que em um a relação é direta e em outro é indireta (preposicionada): 
 
 
CONVIDAR 
 
amigo; 
 
 
para 
 
 festa; 
turma; reunião; 
colegas da 
loja; 
 encontro; 
funcionários. jantar. 
Outro exemplo: 
Eu dei lindos presentes para meus amigos no Natal. 
SINTAXE DO PERÍODO SIMPLES E COMPOSTO 
 
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Conforme Ignácio1 (2003: 46-47), em alguns casos, o VERBO TRANSITIVO 
DIRETO pode ter seu objeto preposicionado, por razões estilísticas, semânticas (para 
evitar ambiguidade), ou por exigência própria da palavra que assume a função de 
objeto direto. Por isso, não basta observar a presença de uma preposição entre o verbo 
e seu complemento para dizer que ele seja indireto e, consequentemente, seu objeto 
indireto. É preciso analisá-lo semanticamente. 
Ex.1. Nós devemos amar a Deus. [estilística]  AMAR: transitivo direto; a Deus: 
objeto direto (OD). 
Ex.2. Eu amo Luiza como a uma irmã. [semântica]  a uma irmã: OD. 
Ex.3. Ame primeiro a ti. [exigência sintática do pronome “ti”]  a ti: OD. 
Adjunto adverbial 
Compreendemos por adjunto adverbial o termo que determina o verbo, um 
adjetivo ou advérbio, especificando-lhes ou intensificando-lhes o sentido. 
i) O passarinho morreu de fome. 
 esse termo está associado a um verbo que só exige 
um complemento, o sujeito. Trata-se então de um 
verbo intransitivo. 
 não se trata, pois, de um complemento do verbo. 
 
ii) O aluno fez os exercícios de matemática rapidamente. 
 esse termo está associado a um verbo transitivo 
que já vem acompanhado de seus dois 
complementos: o aluno e exercícios de matemática. 
 portanto, não se trata de um complemento do 
verbo. 
 
                                                            
1 IGNÁCIO, S. E. Análise sintática em três dimensões: uma proposta pedagógica. 2.ed. Franca: Ribeirão Gráfica e Editora, 
2003. 
SINTAXE DO PERÍODO SIMPLES E COMPOSTO 
 
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BUSCANDO O CONHECIMENTO 
 
Vejamos alguns exemplos de adjuntos adverbiais: 
a) Ele morrera de frio. (Causa) 
b) Fui ao cinema ontem. (Tempo) 
c) Fui ao cinema com meu irmão. (Companhia) 
d) Comemos muita pipoca e muito chocolate. (Intensidade) 
e) Abrimos o vinho com nosso novo abridor. (Instrumento) 
f) Não temos previsão para a entrega do seu pacote. (Negação) 
g) Você só sai daqui se eu deixar. (Condição) 
h) Faço até o impossível por sua felicidade. (Fim) 
i) Ana e Maurício foram a Ubatuba passar as férias. (Lugar) 
j) O professor de matemática dança bem. (Modo) 
k) Vivi com Daniel perto de dois anos. [C. Lispector] (Companhia) 
l) Acaso meu pai entenderia mesmo de poemas? [L. Jardim] (Dúvida) 
m) Há homens para nada, muitos para pouco, alguns para muito, nenhum para 
tudo. [Marquês de Maricá] (Fim) 
n) Dou-te com o chicote, ouviste! [Luandino Vieira] (Instrumento) 
o) Gosto demais de ti. (Intensidade) 
p) A chuva levou-os para casa. (Lugar) 
q) Voltamos de bote para a ponta do Caju. [L. Barreto] (Meio) 
r) Henriqueta foi subindo a escada, pé ante pé, como um ladrão. [V. Nemésio] 
(Modo) 
s) A Custódia esteve cinco anos na clausura. [A. Ribeiro] (Tempo) 
t) Ele fala como papagaio e anda como tartaruga. (Comparação) 
u) Estou realmente preocupado. (Afirmação) 
v) Mande o convite por email. (Meio) 
 
SINTAXE DO PERÍODO SIMPLES E COMPOSTO 
 
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UNIDADES 6 – Componentes Ligados ao Nome 
 
CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE 
 
Objetivos: Estudar os componentes ligados ao Nome dentro do período simples 
 Temos como alvo principal conhecer os termos ligados ao Nome por meio de 
uma reflexão sintático-semântica, assim ao levantarmos conjuntamente esses 
elementos e suas funções poderemos construir analogias que nos esclareçam quanto as 
suas diferenças e semelhanças. É muito interessante, confiram! 
 
ESTUDANDOE REFLETINDO 
 
Predicativos do Sujeito e do Objeto 
Compreendemos por PREDICATIVO o termo que indica estado, característica, 
condição ou qualidade do sujeito ou do objeto e que faça parte do predicado da 
oração. 
 
SINTAXE DO PERÍODO SIMPLES E COMPOSTO 
 
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 PREDICATIVO DO SUJEITO: A condição, a qualidade, a característica ou o estado 
referem-se ao sujeito da oração. Geralmente, este tipo de predicativo é 
construído com verbos de ligação ou intransitivos. 
 
Ex.1: Nosso cachorro está doente. 
 Sujeito Verbo de 
ligação 
Estado do 
sujeito = 
predicativo do 
sujeito 
 
 
 
Ex.2: Minha vida Anda muito agitada ultimamente. 
 Sujeito Verbo de 
ligação 
Estado do 
sujeito = 
predicativo do 
sujeito 
 
 
 
 
 
 
 
Ex.3 Justino é bom engenheiro e mesmo assim continua pobre. 
 
 
Sujeito 
V. de 
ligação 
Característica do 
suj.= 
Predicativo do 
sujeito 
 v. de 
ligação 
Qualidade 
do suj. = 
Predic. do 
sujeito. 
SINTAXE DO PERÍODO SIMPLES E COMPOSTO 
 
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Ex.4: 
 
Os dirigentes do 
clube 
 
chegaram 
 
Atrasados 
 
para a última reunião. 
 Sujeito V. 
intransitivo 
Condição do 
sujeito = pred. 
do suj. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ex.5: 
Nossos 
namorados 
voltaram Bêbados da festa de 
formatura. 
 Sujeito V. 
intransitivo
Condição/característica 
do suj. = pred. Do suj. 
 
 
 
 
 
SINTAXE DO PERÍODO SIMPLES E COMPOSTO 
 
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Não confunda: verbos de ligação com verbos de estado. Como explicita Ignácio (2003, 
p. 46) “Embora a maioria dos verbos de ligação funcione como verbos estativos, quando 
indicam mudança de estado como “tornar-se”, por exemplo, funcionam como verbo de 
processo”. Ou seja, como vimos anteriormente, se mudamos o contexto em que o 
enunciado é produzido, a classificação do verbo também muda, uma vez que falar “ela 
ficou linda do dia para a noite” é diferente de “ela ficou ali parada” ou “a água ficou 
extremamente quente”. 
BUSCANDO CONHECIMENTO 
O PREDICATIVO DO SUJEITO também pode ocorrer com verbos transitivos diretos, 
quando o objeto direto for representado por uma forma pronominal: 
 
Ex.6: O diretor julga- se muito inteligente. 
 Sujeito V. trans. 
direto 
Obj. 
direto 
[pronome]
Qualid./característica 
do sujeito = pred. 
do sujeito 
 
 
 
Ex.7: Não me Considero atraente. 
 Suj. Oculto [EU] Obj. 
direto 
[pronome]
V. trans. 
Direto 
Característica do 
suj.= pred. do 
sujeito 
 
 
 
 
 
SINTAXE DO PERÍODO SIMPLES E COMPOSTO 
 
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 PREDICATIVO DO OBJETO: atribui característica, qualidade, condição ou estado 
ao núcleo do objeto da oração. 
 
 
 
 
Ex.1: 
 
 
 
Não 
 
 
 
Compraste 
 
 
 
Flores 
 
 
 
coloridas? 
 Suj. Oculto [TU] V. trans. 
Direto 
Objeto 
direto 
Característica do 
objeto = do 
predicativo do 
objeto 
 
 
Ex.2: Elegeram- me representante discente. 
 Suj. 
Indeterminado 
V. trans. 
Direto 
Obj. 
direto 
Condição do objeto = 
predicativo do objeto 
 
 
 
Ex.3: O procurador Precisa das provas em boas condições. 
 Sujeito V. trans. 
Indireto 
Obj. indireto Característica do 
objeto = predicativo 
do objeto 
 
 
 
Ex.4: Chamaram- lhe de sem-vergonha. 
 Sujeito V. trans. Obj. Qualidade do 
SINTAXE DO PERÍODO SIMPLES E COMPOSTO 
 
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indeterminado Indireto indireto objeto = 
predicativo do 
objeto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
UNIDADE 7- Adjunto adnominal 
 
CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE 
 
Objetivo: Estudar os termos ligados ao nome – adjuntos adnominais. 
 
ESTUDANDO E REFLETINDO 
 
Adjunto adnominal 
Entendemos por adjuntos adnominais os termos que se ligam a um nome (substantivo), 
geralmente caracterizando-o, delimitando-o ou individualizando-o. Assim, esse núcleo 
substantivo vem acompanhado de palavras ou locuções que possuem valor adjetivo. 
SINTAXE DO PERÍODO SIMPLES E COMPOSTO 
 
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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAS “DR. EDMUNDO ULSON” – UNAR” 
 
Nos exemplos abaixo, sublinhamos os adjuntos adnominais e destacamos com as setas 
a função sintática do todo onde está inserido o adjunto adnominal: 
Ex. 1: “Os teus olhos negros são como duas flores do mal” (Eça, Primo Basílio) 
 
 
 Sujeito simples Predicativo do sujeito 
 Núcleo: olhos Núcleo: flores 
Ex. 2: As pipas coloridas contrastavam com o céu azul. 
 
 
 Sujeito simples Objeto indireto 
 Núcleo: pipas Núcleo: céu 
A essas palavras e locuções que se relacionam com substantivo, os quais são 
núcleo do sujeito ou do objeto, classificamos como ADJUNTOS ADNOMINAIS. 
Funcionam como ADJUNTO ADNOMINAL as seguintes classes gramaticais: 
a) artigos: 
 1. Definidos: o , a, os, as; 
Os fogos iluminavam a cidade. 
“O ovo é a cruz que a galinha carrega na vida” (Clarice Lispector) 
2. Indefinidos: um, uma, uns, umas; 
Um menino e uma menina perguntaram-nos sobre você. 
Por conta do ocorrido, vimos umas viaturas circulando por aqui. 
 
b) adjetivo: menina inteligente, homem sofrido, cadeira desconfortável; 
As construções antigas eram mais trabalhadas artisticamente. 
“Na areia podemos fazer até castelos soberbos, onde abrigar o nosso íntimo sonho” 
(Rubem Braga) 
c) locuções ou expressões adjetivas: cor do céu, força de touro, língua de trapo; 
SINTAXE DO PERÍODO SIMPLES E COMPOSTO 
 
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Tomamos pela manhã um suco de melancia. 
Eu ainda prefiro os livros de papel. 
“Tinha uma memória de prodígio.” (J. Lins do Rego) 
d) pronome adjetivo (possessivo, demonstrativo, indefinido, interrogativo, relativo): 
meu pai, nossos quadros, esse livro, cada pessoa, qual aluno?, bandeira cujo 
emblema é um gavião; 
Muitas pessoas votaram em favor da greve. 
Minha mãe fez o bolo cuja cobertura meu irmão destruiu. 
Deposito a minha dona no limiar da sua moradia. (F. Botelho) 
e) numeral: segunda colocada, dez anos, cinco pães. 
Os alunos deram três versões para a história. 
O namorado lhe trouxe cinco rosas vermelhas. 
Complemento nominal 
Entendemos como complemento nominal o termo acompanhado de preposição 
que completa o sentido de um nome. Podemos defini-lo então segundo os critérios de: 
 Relação – trata-se de um termo sempre relacionado a um nome 
 Forma – sempre vem associado a um nome por meio de uma preposição 
(normalmente a ou de) 
 
Ex. 1: A agressão ao juiz decretou o fim do jogo. 
 
Ex. 2: Só Joana parecia alheia a toda aquela confusão. 
 
Ex. 3: Tinha nojo de si mesma. (Machado de Assis) 
 
 
Ex. 4: A vida dela era necessária a ambas. 
Outros exemplos: 
SINTAXE DO PERÍODO SIMPLES E COMPOSTO 
 
37 
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A queima de fogos sempre me deixa nervosa. 
Eu tenho necessidade de amor. 
A lembrança do passado não deixava nosso avô em paz. 
 
Aposto 
Aposto é o termo que se apõe (põe juntamente) a outro termo para explicá-lo, 
explicitá-lo, esclarecê-lo, ampliá-lo ou resumi-lo: 
Ex. 1: Sete anos de pastor Jacó servia Labão, Pai de Raquel, serrana bela. (Camões) 
 Pai de Raquel é aposto de Labão e serrana bela é aposto de Raquel. 
Ex. 2: Mas como explicar que, logo em seguida, fossem recolhidos José Borges Couto 
Leme, pessoa estimável, o Chico das Cambraias, folgazão emérito, o escrivão Fabrício, e 
ainda outros? (Machado de Assis) 
Pessoa estimável é aposto de José Borges, folgazão emérito é aposto de Chico das 
Cambraias e Fabrício é aposto de escrivão. 
Ex. 3: Jogador Messibrilha no clássico entre Barcelona e Real Madrid. (Jornal da Globo) 
Ex. 4: O presidente Lula governou o Brasil, país de todos, por oito anos. 
 Assim, o aposto pode ser marcado com vírgulas, mas pode também não haver 
pausa entre o aposto e a palavra principal, quando esta é um termo genérico como 
jogador e presidente, que será individualizado ou especificado pelo aposto: 
Ex. 5: A cidade do Rio de Janeiro tem muita violência. 
Ex. 6: No mês de maio irei a um Congresso 
 
BUSCANDO CONHECIMENTO 
 
I. ADJUNTO ADNOMINAL X COMPLEMENTO NOMINAL 
 
SINTAXE DO PERÍODO SIMPLES E COMPOSTO 
 
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Tanto o adjunto adnominal quanto o complemento nominal podem vir na forma de DE 
+ NOME. Ex: Os direitos dos escravos (Ad ADN). A libertação dos escravos (CN). 
Vejamos alguns critérios de distinção: 
 
1. ADJUNTO ADNOMINAL: 
a) Geralmente o adjunto adnominal se liga a substantivos concretos: vaso de porcelana, 
livro de gramática, caneta de João, onda do mar, jornal de domingo, água da chuva. 
Podemos então dizer que, quando podemos substituir a expressão DE + NOME por um 
adjetivo equivalente ou cognato, não há dúvida de que seja um adjunto adnominal: 
vaso grande, livro pesado, caneta bonita, onda marítima, jornal dominical, água pluvial. 
b) Liga-se a substantivos concretos de raiz verbal (isto é, a raiz do substantivo é um 
verbo) e tem relações semelhantes às do item a), já que também pode ser substituído 
por adjetivo equivalente: matador de sangue frio, vendedor de fama, cantor de poucos 
recursos (matador violento, vendedor famoso, cantor pobre). Exemplos: 
Amélia é uma vendedora de renome. (famosa) 
O matador de sangue frio fez mais uma vítima hoje. (violento) 
Foi morto o assassino do Rio de Janeiro. (carioca) 
O assassino de pouca inteligência queria vingança. (ignorante) 
c) Liga-se a substantivos abstratos e tem relação de subjetividade (função de sujeito): 
i. com abstratos de AÇÃO: 
A chegada de seu namorado tornou-a outra pessoa. (=ele chegou) 
A vinda do presidente americano nos deixava nervosos. (=o presidente americano 
vinha) 
A corrida de cavalos teve seu recorde de público ontem. (=cavalos correram) 
ii. com abstratos de PROCESSO: 
A chegada do outono aqueceu o comércio local. (= o outono chegou) 
A fervura da água me chamou a atenção (= a água ferveu) 
iii. com abstratos de ESTADO: 
SINTAXE DO PERÍODO SIMPLES E COMPOSTO 
 
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A ganância daquelas mulheres sempre nos surpreendeu. (= aquelas mulheres são 
gananciosas) 
A beleza dos grandes prédios é incontestável. (= os grandes prédios são bonitos) 
COMPLEMENTO NOMINAL: 
a) Completa substantivos concretos de raiz verbal numa relação de objetividade (função 
de objeto). Enquanto os Adj Adn se ligam a esses substantivos dando-lhes algum 
atributo, o CN dará a ideia de complemento de um verbo: 
Amélia é uma vendedora de livros. (=Ela vende livros. Não é possível, como nos outros 
exemplos a seguir, trocar por algum adjetivo sem sacrificar o sentido: “vendedora 
calma”, “vendedora ansiosa”) 
O matador de mulheres fez mais uma vítima hoje. (= Ele mata mulheres) 
O assassino do comerciante queria vingança. (=Ele matou o comerciante) 
b) Completa substantivos abstratos de AÇÃO, numa relação de objetividade: 
A venda dos cavalos foi noticiada por vários jornais. (= alguém vende os cavalos. Não é 
possível, nesse caso, trocar por algum adjetivo sem sacrificar o sentido: “a venda 
maravilhosa”, “a venda silenciosa”) 
A matança dos peixes abalou meu vizinho significativamente (= alguém matou os 
peixes) 
II COMPLEMENTO NOMINAL X OBJETO INDIRETO 
O complemento nominal, do ponto de vista da forma e do significado, assemelha-se 
muito ao objeto indireto. Mas, do ponto de vista da relação que estabelece com outro 
termo na oração, não podemos confundi-los: o complemento nominal é associado a 
um nome e o objeto indireto é associado a um verbo. 
Observe os exemplos: 
a. As crianças duvidam de tudo. 
b. As crianças têm dúvida de tudo. 
Embora as orações sejam semelhantes, em a. temos um verbo que exige dois 
complementos: o sujeito (as crianças) e um objeto indireto (de tudo), portanto, o de 
SINTAXE DO PERÍODO SIMPLES E COMPOSTO 
 
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tudo se associa ao verbo, completando-o. Já em b. o verbo também exige dois 
complementos: o sujeito (as crianças) e um objeto direto (dúvida) e, por isso, de tudo 
não pode ser um objeto desse verbo, não só porque o verbo ter não precisa de mais 
um complemento, mas também porque o de tudo está se relacionando a dúvida. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
UNIDADE 8- Tipos de Predicado e Vocativo 
 
CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE 
 
Objetivos: Identificar os tipos de predicado e o vocativo 
 Nesta unidade, iremos identificar, classificar e empregar os predicados verbal, 
nominal e verbo-nominal por meio de sua função na construção dos sentidos no texto. 
Em seguida, iremos tecer uma breve explanação sobre Vocativos! 
 
ESTUDANDO E REFLETINDO 
 
SINTAXE DO PERÍODO SIMPLES E COMPOSTO 
 
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Tipos de predicado 
 
a) Predicado nominal 
 O Predicado nominal (PN) é formado por um verbo de ligação + predicativo. 
Portanto, o núcleo da afirmação estará contido no nome, e não no verbo: 
 
Ex. 1: Os alunos estão cansados. 
 sujeito predicado 
 
 
Ex. 2: Eu sou a tua sombra. 
 sujeito predicado 
 
b) Predicado verbal 
 O Predicado verbal (PV) tem como núcleo, ou seja, como elemento principal o 
verbo e em torno dele a oração se estrutura. No Predicado verbal o verbo nunca será 
de ligação, pois é formado por verbos transitivos ou intransitivos. 
 
Ex. 3: Choveu a semana toda em São Carlos. 
 predicado 
 
 
 
Ex. 4: Os alunos jogavam baralho nos intervalos. 
 sujeito predicado 
 
 
 
SINTAXE DO PERÍODO SIMPLES E COMPOSTO 
 
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Ex. 5: Assistam ao filme no cinema mais barato. 
 predicado 
 
c) Predicado verbo-nominal 
 
Ex. 6: Os alunos jogavam baralho cansados. 
 sujeito predicado 
 
 
O Predicado verbo-nominal (PVN) é a soma do verbal e nominal e, portanto, tem dois 
núcleos importantes para o sentido: o verbo e o nome. Para entender melhor essa 
soma do PV com o PN, podemos imaginar que há um verbo de ligação oculto na frase, 
que poderia ser explicitado na seguinte frase: 
 
Os alunos jogavam baralho (e estavam) cansados. 
 
 
 
BUSCANDO CONHECIMENTO 
 
Nos PVN o verbo não é de ligação, pois tem sentido próprio e atribui uma ação 
ao sujeito. Assim, o predicado expressa uma ação do sujeito (jogar), mas também 
expressa um estado (cansados). O PVN sempre terá um verbo intransitivo ou transitivo 
e um predicativo do sujeito ou do objeto: 
 
 
Ex. 7: A menina ria despreocupada. 
 sujeito predicado 
SINTAXE DO PERÍODO SIMPLES E COMPOSTO 
 
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Atenção: Vocativo x Aposto 
O vocativo não mantém relação com nenhum outro termo da oração: 
Pai, vai logo! 
 
 
 
 
Ex. 8: Ele bebia grandes goles de vinho magoado comigo. 
sujeito predicado 
 
 
Vocativo 
Compreendemos vocativo por uma interpelação ou chamamento explícito ao 
interlocutor, isto é, aquele a quem o texto ou o discurso de dirige. Sintaticamente, não 
está associado nem a um nome, nem a um verbo. 
 
Ex. 1: Senhor presidente, é visível que temos interesses conflitantes. 
Ex. 2: Minha querida amiga, fique tranquila. 
Ex. 3: Saia daqui, seu traidor! 
Ex. 4: “Ó pedaço de mim, 
 
 
Ó metade afastada de mim, 
Leva o teu olhar 
Que a saudade é o pior tormento...”(Chico Buarque) 
 
 
 
 
 
 
 
SINTAXE DO PERÍODO SIMPLES E COMPOSTO 
 
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UNIDADE 9- Aplicando o conhecimento: frase, oração e período. 
 
CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE 
 
Objetivo: Aplicar o conceito de frase, oração e período em situações práticas. 
 
ESTUDANDO E REFLETINDO 
 
A construção de frases e orações passa por algumas determinações dadas na 
própria língua, o que podemos considerar como sintaxe. Discutindo mais sobre a 
produção de sentidos, é importante frisar que a organização sequencial entre as 
SINTAXE DO PERÍODO SIMPLES E COMPOSTO 
 
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palavras se faz necessário, caso contrário, não poderíamos entender o discurso do 
outro. 
Portanto, a sintaxe se realiza por meio das relações que as palavras estabelecem 
entre si. O estudo da sintaxe descreve as regras que utilizamos para organizar as 
palavras na produção de sentidos, sendo que esta organização viabiliza a produção de 
sentidos, mediando a nossa relação com o mundo. 
A sintaxe é considerada uma parte da gramática que estuda a disposição das 
palavras, estruturadas dentro de uma lógica. A construção sintática não é resultado 
somente das regras pré-estabelecidas, mas da combinação de possíveis estruturas na 
produção dos sentidos. 
A sintaxe de uma língua diz respeito à relação que se estabelece entre as 
palavras ao compor as frases, as orações e os períodos. 
A frase é todo enunciado linguístico capaz de transmitir uma ideia A frase é uma 
palavra ou conjunto de palavras que constitui um enunciado de sentido completo. A 
frase começa com letra maiúscula e termina em um ponto final. 
Chama-se oração qualquer enunciado que possua um verbo, podendo ter ou não 
sentido completo. Contam-se as orações pelo número de verbos presentes. 
Leia as tirinhas abaixo e grife as orações, justifica os sentidos em função dos 
conceitos apresentados em unidades anteriores. 
1. Em terra de barata, quem tem (verbo) um olho é (verbo) rei. - período 
Justifique.............................................................................................. 
2. Mais vale uma naftalina na mão que duas rolando! - período 
Justifique............................................................................................... 
 
3. Não suporto filosofia barata!!! - oração 
Justifique ............................................................................................................. 
 
4. Putz! – frase. Tem coisa que eu nunca ouvir falar! - período 
SINTAXE DO PERÍODO SIMPLES E COMPOSTO 
 
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Justifique............................................................................................................... 
 
(http://www2.uol.com.br/niquel/bau/bau_tiras/14.gif) 
 
(http://www2.uol.com.br/niquel/benedito/tiras_benedito/12.gif) 
 
 
 
BUSCANDO O CONHECIMENTO 
 
Aplicando o conceito de período simples já estudado, leia o texto abaixo e grife as 
frases e classifique-as quanto à: 
 Imperativas, 
 Declarativas 
 Interrogativas 
 
Sabe com quem está falando? 
 
SINTAXE DO PERÍODO SIMPLES E COMPOSTO 
 
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Dia de prova na faculdade, cem alunos na sala de aula, professor chato, 
impaciente e louco para ir embora: 
– Dez horas em ponto a prova termina e quem não entregar até essa 
hora, não entrega mais! – diz o professor. 
 
Às 10h08, um aluno corre com a prova na mão até a mesa do professor, 
que arrumava suas coisas para ir embora. 
– Eu avisei que não aceitaria provas fora do horário! Esqueça. 
O aluno, com ar de autoritarismo, perguntou: 
– Você sabe com quem está falando? 
A resposta do professor, com certo ar de sarcasmo: 
– Não, não faço a menor ideia. 
Empinando mais o nariz, o aluno voltou a repetir: 
– Tem certeza disso? 
– Absolutíssima!!! 
O aluno levantou parte da pilha de provas, enviou a dele no meio, 
embaralhou as provas e disse: 
– Então descobre... 
Encontre e circule os verbos no excerto abaixo: 
 
Educação social-escolar humanista e inovadora 
 
Quanto mais rapidamente muda tudo, mais difícil é aprender, viver plenamente, 
realizar-nos. Há uma tensão crescente entre as expectativas e nossa realidade. As 
organizações precisam de pessoas criativas e as escolas preparam pessoas previsíveis; 
precisam de pessoas que saibam colaborar, trabalhar em equipe e as escolas preparam 
para o individualismo, para a competição pessoal. 
SINTAXE DO PERÍODO SIMPLES E COMPOSTO 
 
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Muitas pessoas estão perdidas, desfocadas, fazendo escolhas pouco adequadas. 
É cada vez mais importante sermos cada vez mais autônomos, desenvolvendo um 
caminho pessoal coerente e o que vemos é a dependência crescente da moda, da 
aparência, do consumo, da mídia; a falta de reflexão profunda, de opiniões 
fundamentadas e de práticas libertadoras. 
Numa sociedade cada vez mais complexa, a educação social – além da escolar - 
é decisiva para encontrar novos caminhos de aprendizagem e realização. A educação 
atual é previsível, repetidora, distante da vida. Com as mudanças tão profundas em 
todos os campos, a educação precisa ser muito mais criativa, diferente, envolvente. 
A escola sozinha não dá conta dessas demandas. Ela precisa ser repensada 
profundamente e ao mesmo tempo a sociedade propor ações educativas muito mais 
abrangentes e significativas, que envolvam continuamente as organizações econômicas 
e sociais, as famílias, o poder público e as mídias. 
 
(José Manuel Moran, Texto complementar do livro A educação que desejamos: 
novos desafios e como chegar lá, da Editora Papirus, extraído do sítio eletrônico: 
http://www.eca.usp.br/prof/moran/humanista.htm) 
 
 
UNIDADE 10- Aplicando os conceitos de verbos transitivos e de 
intransitivos 
 
CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE 
 
Objetivo: Aplicar os conceitos de verbos transitivos e de intransitivos nas situações 
práticas. 
 
ESTUDANDO E REFLETINDO 
 
SINTAXE DO PERÍODO SIMPLES E COMPOSTO 
 
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1. Todos os verbos das orações que seguem são transitivos diretos. Identifique-os por 
meio de retângulos e destaque seu objeto direto. 
 
Modelo: Todos os alunos a merenda. 
 
 
 Verbo transitivo objeto direto 
 Direto 
 
a) O Brasil já exportou muito café. 
 
b) Depois de muito tempo, abracei novamente o meu amigo. 
 
c) O professor elogiou o trabalho do aluno. 
 
d) O governo brasileiro importa carne. 
 
2. Os verbos das orações que seguem são transitivos indiretos. Identifique-os por meio 
de retângulos e destaque o objeto indireto, fazendo um círculo nas preposições. 
 
a) Assistimos a um ótimo filme na semana passada. – Verbo transitivo indireto 
 
b) O povo brasileiro aspira à melhores condições de vida. 
c) Conspiram contra nossos planos de governo. 
 
d) Minha mãe nunca gostou de bolo de chocolate. 
 
comeram 
SINTAXE DO PERÍODO SIMPLES E COMPOSTO 
 
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3. Quanto à transitividade, nas frases abaixo, classifique os verbos e seus complementos 
em: D  Direto, I  Indireto, e DI  Direto e Indireto. 
 
a. Aos aplicados o mundo dará boas recompensas. Direto e Indireto 
b. O cachorro gosta de carne e de osso. 
c. Quem não tem escrúpulos, não merece nosso respeito. 
d. A vida ensinou-me a paciência. 
e. O carteiro deixou este embrulho para você. 
f. Auxilia-me nisto, por favor? 
g. Tenho passado por maus relacionamentos nestes últimos anos. 
h. Se o vires, receba-o de braços abertos. 
i.Enviei a meu chefe a carta de demissão. 
j. O churrasqueiro temperou a carne com muito sal e limão. 
k. O presidente enviou mensagem aos senadores. 
l. Os cidadãos, muitas vezes, discordam dos seus representantes. 
m. O garoto tomou da mão do pai, com medo do alvoroço. 
 
 
 
 
BUSCANDO O CONHECIMENTO 
 
Analise o texto abaixo, dividindo-o em orações. Na sequência, classifique os verbos, 
em itálico, quanto a sua transitividade. 
Instruam seus filhos: 
A menina que você chama de gorda, passa dias sem comer 
para perder peso. 
SINTAXE DO PERÍODO SIMPLES E COMPOSTO 
 
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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAS “DR. EDMUNDO ULSON” – UNAR” 
 
O menino que você chama de burro, quem sabe tenha problemas de 
aprendizagem. 
A menina que você chamou de feia, passa horas se arrumando para que pessoas 
como você a aceitem. 
O menino que você provoca e goza na escola, pode receber maus tratos 
em casa e você só está contribuindo para destruir sua auto-estima. 
 
Se você é contra BULLYING (violência psicológica) e quiser... compartilhe! 
 
(Com adaptações. Autor desconhecido. Texto veiculado na internet, disponível 
em: http://www.orkut.com/CommMsgs? 
cmm=29755&tid=5590744072912178304&start=1) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
UNIDADE 11 – Sintaxe do Período Composto - Frase, Período, 
Oração 
 
CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE 
 
Objetivos: Retomar os conceitos Frase, Período e Oração. 
 Para iniciarmos a sintaxe do período composto, recortamos, para a unidade em 
questão, a revisão dos conceitos de frase, período e unidade. 
SINTAXE DO PERÍODO SIMPLES E COMPOSTO 
 
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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAS “DR. EDMUNDO ULSON” – UNAR” 
 
 
ESTUDANDO E REFLETINDO 
 
Quando expressamos ideias na intenção de nos comunicarmos, por vezes o 
fazemos com uma única frase: a frase-oração. É quando temos o chamado período 
simples, de oração única, absoluta, como se constata no exemplo abaixo 
Sou teu amigo. 
 Se o fizermos somando, num mesmo período, mais de uma ideia, teremos o 
chamado período composto, como se pode verificar no exemplo a seguir. 
Sou teu amigo, estou aqui, fica tranquilo. 
 Vale dizer que toda unidade linguística que faz referência a uma experiência 
comunicada se dá o nome de enunciado ou período. 
 Há, como dissemos acima, enunciados ou períodos curtos, como 
Sim, eu quero, 
 ou os mais extensos como: 
Os meninos e as meninas estudiosos, todos os dias, após o término de suas tarefas, 
pegam livros e se deleitam com as histórias. 
 Os enunciados ou períodos são variáveis, mas apresentam traços comuns, tais 
como: 
 
a) constituem mensagens completas e em consonância com a situação em que se 
encontram falante e ouvinte; 
b) são unidades sequenciais delimitadas por silêncio precedente a ele e uma pausa 
final; 
c) são proferidos por contornos melódicos particulares. 
Vale dizer que a curva entonacional é expressão material que evoca a 
modalidade da intenção comunicativa do falante em relação ao seu interlocutor. 
Assim, depreendemos: 
SINTAXE DO PERÍODO SIMPLES E COMPOSTO 
 
53 
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAS “DR. EDMUNDO ULSON” – UNAR” 
 
a) exposição, afirmação ou negação de fatos: 
José trabalha. 
José não trabalha. 
 
b) questionamentos: 
Quem trabalha? 
 
c) apelação: 
Dê-me um doce, por favor. 
 
d) tradução de sentimentos individuais: 
Que dia horrível! 
Quanta alegria! 
 
É claro que a emissão de qualquer enunciado acima requer entonações 
específicas. Pode-se afirmar que há cinco classes de enunciados: 
a) declarativos; 
b) interrogativos; 
c) imperativo-exortativo; 
d) vocativo e exclamativo. 
 
BUSCANDO CONHECIMENTO 
 
Oração e Frase 
 As frases podem manifestar-se em orações simples ou orações complexas. 
 Oração é constituída em torno de uma palavra essencial: o verbo. Nem sempre 
as orações possuem sentido completo, mas caracterizam-se, muitas vezes, em 
sequências, formando uma oração complexa, como se observa abaixo: 
SINTAXE DO PERÍODO SIMPLES E COMPOSTO 
 
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José disse que ia sair 
 Ora, se temos dois verbos, então, há duas orações: José disse e ia sair. 
 A frase tem comportamento diferente. Sua definição é enunciado com sentido 
completo, às vezes com presença de verbo; às vezes sem verbo, como nos exemplos 
abaixo: 
Fogo! 
Depressa! 
 A oração, como já afirmado anteriormente, reúne, na maioria das vezes, duas 
unidades significativas, entre as quais se estabelece a relação predicativa- sujeito e 
predicado. 
Pedro trabalha 
Sujeito Predicado 
 Com o que abordamos até aqui, já dá para você saber como reconhecer as 
orações que constituem um período: basta localizar os verbos, pois cada verbo forma 
uma oração. Assim, um período é constituído por orações, cujo elemento principal é o 
verbo. Se houver um verbo, então, o período é simples; se houver dois verbos, o 
período é composto e assim por diante. 
 Segundo Abreu (2003), 
 
 
O verbo, do ponto de vista do significado, é uma palavra como os 
substantivos, adjetivos e advérbios de modo, que têm uma significação 
externa. Isso quer dizer que o verbo nomeia algo pertencente ao mundo físico, 
como ler, quebrar, perfurar, ou ao mundo psicológico, como amar, refletir, 
pensar. 
Mas o verbo possui, além disso, algo mais dentro do seu significado. Trata-se 
de uma estrutura virtual de relação, também chamada de estrutura 
argumental. Cada vez que nos lembramos de um verbo, surge em nossas 
mentes, intuitivamente, um conjunto de lugares virtuais que sabemos, por 
intuição, que devem ser preenchidos. Quando pensamos em um verbo como 
riscar, por exemplo, além de entendermos o seu significado, associamos a ele 
dois argumentos: 
a) Alguém que risca (um agente, aquele que desencadeia a ação); 
b) Algo que é riscado (um objeto afetado; aquilo que sofre alguma alteração 
mediante uma ação). 
Podemos concluir, portanto que o verbo riscar inclui em seu significado uma 
estrutura de dois argumentos. 
SINTAXE DO PERÍODO SIMPLES E COMPOSTO 
 
55 
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(ABREU, 2003, p. 79). 
 
 Conforme o autor citado, o fato de o verbo possuir uma estrutura argumental 
dá-lhe o status de predicador, assim como também o tem os substantivos abstratos e 
os adjetivos. Assim, um substantivo abstrato como crença, por exemplo, possui 
estrutura argumental de dois lugares: um agente: aquele que crê e um objetivo afetado: 
aquilo em que se crê, como em: 
A crença nos direitos humanos ainda perdura. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
UNIDADE 12- Período Composto por Coordenação 
 
CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE 
 
Objetivos: Estudar o período composto por coordenação. 
 Já dissemos que, se somarmos, num mesmo período (conjunto de orações), mais 
de uma ideia, teremos o período composto. 
 Observemos o exemplo abaixo 
SINTAXE DO PERÍODO SIMPLES E COMPOSTO 
 
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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAS “DR. EDMUNDO ULSON” – UNAR” 
 
Sou teu amigo, estou aqui, fica tranquilo. 
 
 Em todas essas orações, apenas adicionamos umas às outras, formando um 
período composto por coordenação. Na verdade, observamos três verbos: ser, estar e 
ficar, então, temos um período composto por coordenação, formado por três orações. 
 A coordenação caracteriza-se pela junção de orações, sintaticamente, 
independentes entre si (parataxe), ora justapostas, assim, como no exemplo dado 
acima, ora ligadas por conjunções coordenadas. 
 Mais uma vez ressaltamos que, na coordenação, há independência sintática, 
mas, semanticamente, há dependência, pois queremos expressar três ideias: ser amigo, 
estar aqui e ficar tranquilo 
 
ESTUDANDO E REFLETINDO 
 
 Vamos retomar a ideia de orações independentes entre si. Para tanto, observe o 
exemplo abaixo. 
Pedro trabalha. Ele ganha muito dinheiro. 
 Ora, falar de independência sintática implica dizer que cada uma das orações 
que constituem o período acima mantémrelações de predicação, isto é: sujeito Pedro e 
predicado: trabalha; ele, sujeito e predicado ganha muito dinheiro. 
 Ainda sobre o exemplo acima, você deve ter observado que todas as noções 
nele expressas se dispõem num paralelismo, num encadeamento de ideias, pois são da 
mesma natureza e função. Não há, unindo essas orações conjunções. A segunda 
oração, ele ganha muito dinheiro, está apenas justaposta à primeira, não apresentando 
nenhum elo. Eis a assindética. 
 As orações assindéticas são denominadas também de justapostas. Segundo 
Bechara (2009), 
SINTAXE DO PERÍODO SIMPLES E COMPOSTO 
 
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Sob o ponto de vista sintático e semântico, tais justaposições se aproximam, 
pela independência sintática e estreito relacionamento semântico, da parataxe 
ou coordenação. 
(BECHARA, 2009, p. 479). 
 
BUSCANDO CONHECIMENTO 
 
Quando, unindo as orações, existem elos, elas são denominadas sindéticas. As 
conjunções coordenativas, que introduzem as orações coordenadas sindéticas são: 
aditivas, adversativas, alternativa, conclusivas e explicativas. 
 As conjunções aditivas mais típicas são o e e o nem (que equivale a e não). No 
entanto, a coordenada aditiva pode ser introduzida pelas locuções não só... mas 
também, tanto ...como, tanto...quanto. 
Sou brasileiro e tenho consciência dos problemas de meu país. 
Ele não veio, nem explicou a ausência. 
Manuela não queria ir ao cinema, nem encontrar ninguém. 
Os usuários da telefonia celular não só reclamam à Anatel como também falam mal da 
empresa. 
 
 Agora, não basta decorar as conjunções, mas faz-se necessário o entendimento 
do tipo de relação que elas estabelecem. As aditivas, por exemplo, podem estabelecer 
outras relações que não a de adicionarem ideias, como se constata nos exemplos 
abaixo: 
Pedro diz que não está nem aí com a vida e vive se lastimando. 
Joana trabalhou e não ganhou o suficiente para viver. 
Empresta dinheiro e perca um amigo. 
 
 Nas duas primeiras orações o e estabelece, nitidamente, uma relação de 
oposição, noções contrárias ao estabelecido nas duas primeiras proposições. 
SINTAXE DO PERÍODO SIMPLES E COMPOSTO 
 
58 
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 Segundo Abreu (2003), esta opção pelo uso de e e não de mas tem efeito de 
atenuação. 
 No terceiro exemplo, observamos uma relação condicional, isto é, se você 
emprestar dinheiro, você perderá um amigo. Trata-se de uma relação do tipo lógico: 
se...então. 
 A conjunção e pode indicar, também, sequencialidade no tempo, conforme se 
depreende no exemplo abaixo. 
O copeiro colocou a mesa e José sentou. 
José sentou e o copeiro colocou a mesa. 
 No primeiro exemplo, a relação temporal é, primeiro, o copeiro colocou a mesa; 
depois, José sentou, enquanto que no segundo exemplo, primeiro foi José que sentou 
e, depois, o copeiro colocou a mesa. 
 As conjunções coordenadas adversativas expressam relação de oposição, 
contradizendo a expectativa estabelecida na primeira oração. São adversativas: mas, 
porém, todavia, contudo, entretanto. Incluem-se também as locuções conjuntivas no 
entanto, não obstante. 
 Na verdade, as adversativas assinalam oposição, o contrário do que se poderia 
esperar do enunciado anterior. 
 
Jorge estava aqui, porém se manteve espiritualmente distante todo tempo. 
Ele preparou-se para o concurso, todavia foi infeliz nas provas. 
 
 Nos exemplos, manter-se distante e ir infeliz nas provas opõem-se a estar aqui e 
preparar-se para o concurso, respectivamente. 
 Vale dizer que a conjunção mas é a única que tem posição fixa, é colocada 
sempre iniciando a oração coordenada sindética. Quanto às demais, podem ser 
empregadas em qualquer posição da oração coordenada. 
Todos fizeram promessas, poucos, entretanto, as cumpriram. 
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Todos fizeram promessas, poucos as cumpriram, entretanto. 
 
 Segundo Abreu (2003), as conjunções adversativas, à exceção de mas, e as 
locuções conjuntivas eram, antigamente, advérbios de reforço, empregados com o 
próprio mas. Assim, dizia-se, por exemplo: 
O dia está bonito, mas/todavia/entretanto, porém há promessas de chuva. 
 
Por contiguidade sintática, esses advérbios assumiram o significado de mas, 
mantendo-se, contudo, a liberdade sintática dos advérbios, o que permite 
posicioná-los em lugares diferentes da oração coordenada adversativa. 
(ABREU, 2003, p. 131). 
 
 As alternativas (ou; ou...ou; ora; ora...ora; quer...quer, já...já), por sua vez, 
relacionam ideias que se excluem ou alternam, podendo repetir: 
Jorge virá ou não virá? 
Ora chove, ora faz sol. 
Ele há de se haver comigo, quer eu o encontre, quer não. 
 
 Vale dizer que das alternativas a única que pode ser utilizada apenas na segunda 
oração é ou. 
 As conclusivas são logo, pois, portanto, por conseguinte, por consequência e 
entrosam orações de tal forma que o afirmado na segunda oração é resultado, 
consequência, efeito do que se declarou na primeira. 
Fizeste a tua parte, não deves, portanto, te preocupar. 
Jorge não se confraterniza com ninguém, é, pois, um rebelde. 
 
 A conjunção pois, conclusiva, caracteriza-se por vir sempre depois do verbo. 
 A oração explicativa é introduzida por pois (antes do verbo), isto é, quer dizer, 
porque, porquanto, que. 
A menina chorou que os olhos ficaram inchados. 
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Maria calou-se, pois não lhe deram ouvidos. 
Ele explicou-se, isto é, tentou fazê-lo 
Apressa-te João, que o avião vai decolar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
UNIDADE 13- Subordinação 
 
CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE 
 
Objetivos: Explicitar as orações subordinadas. 
 Nesta unidade, tratamos da subordinação. Mas em que consistem as orações 
subordinadas? No período composto por coordenação (hipotaxe), não há paralelismo 
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de funções e de valores sintáticos. As orações se agrupam por um processo de 
hierarquização, num enlace mais estreito do que ocorre na coordenação. 
 
ESTUDANDO E REFLETINDO 
 
As orações subordinadas são termos de uma oração complexa desenvolvidos, 
eles próprios, em outras orações. Assim em: 
Eu quero que estudes. 
Que estudes exerce a função de objeto direto do verbo querer. 
 A primeira classificação de orações subordinadas diz respeito à função exercida 
por ela na oração principal. Assim, se a subordinada exercer o papel de substantivo, 
cuja função pode ser de sujeito, objeto, predicativo, complemento nominal e aposto, 
ela recebe o nome de substantiva. Se desempenhar o papel de adjunto adnominal, será 
denominada adjetiva. Se funcionar como adjunto adverbial, será denominada adverbial. 
 Vale dizer que as orações subordinadas, por desempenharem função sintática, 
não subsistem sem a oração principal. São sintaticamente dependentes dela, fazem, 
portanto, parte da oração principal e exercem função nela. 
 Isso significa que qualquer oração subordinada é, verdadeiramente, um pedaço 
da frase, um fragmento da frase, como podemos observar nos exemplos abaixo. 
a) Cumpre estudarmos essa lei. 
b) Saí logo que ela chegou. 
c) Ela percebeu que você mentia. 
d) O aluno que lê tem melhor vocabulário. 
 
 
Em a, a oração estudarmos essa lei, exerce, em relação à principal, cumpre, o 
papel de sujeito; em b, logo que ela chegou, funciona como adjunto adverbial da 
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oração principal: saí; em c, que você mentia, é objeto direto de perceber; em d, que lê, 
exerce o papel de adjunto adnominal de aluno, o que implica dizer aluno leitor. 
 
 São três as

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