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SAÙDE / DOENÇA
IESC I
INTRODUÇÃO
 
Saúde e doença são vivenciados ao longo da vida. 
Os conceitos de saúde e doença utilizados em diversas culturas e momentos históricos refletem a maneira como as pessoas se relacionam.
 Estes conceitos têm conseqüências sobre: o diagnóstico e a terapia, a atitude e o comportamento dos profissionais de saúde.
 Influenciam também a forma como os indivíduos lidam com a doença, as suas atitudes, a forma como se dão as escolhas morais e o significado cultural dos comportamentos do estar doente ou bem de saúde (Engelhardt, 1998). 
O homem veio interpretando a questão da produção da saúde-doença (e sua causalidade) conforme o conhecimento da sociedade do momento e os valores que a ela atribui.
MODELO BIOLÓGICO DO PROCESSO SAÚDE/DOENÇA
Este modelo utiliza de instrumental teórico-metodológico das Ciências Biológicas (Naturais). 
 
TEORIA UNICAUSAL DA DOENÇA
Reconhece uma causa única e fundamental para a produção da doença, sempre localizada fora do organismo da pessoa e compreende a saúde como a ausência da doença.
Concepção mágica e sobrenatural da saúde/doença
Esta concepção considera a saúde e a doença como dois pólos opostos: a saúde é a ausência de doença e a doença é resultante de obra de demônios e espíritos malignos, às vezes invocados por terceiros, ou sinal da cólera divina, como consequência necessária provocada pela pessoa ou pelo grupo ao qual pertence (doença-punição), como fruto do humor divino (doença-maldição).
 
 Os poderes de diagnóstico e de cura são sobrenaturais.
 Assim, feiticeiros, sacerdotes e benzedeiras, que constituíam uma categoria à parte nas sociedades primitivas por serem considerados como os guardiões dos segredos vitais e executores dos rituais, eram os agentes de saúde.
 
 
As concepções de saúde-doença surgidas ao longo da história da sociedade humana, podem ser agrupadas em dois modelos:
 
Modelo biológico
Modelo social.
Na Antigüidade Grega, com o desenvolvimento de novas formas de conhecimento, obtidas através da observação empírica, cujas maiores expressões na medicina foram Hipócrates e Galeno, temos uma fissura nessa concepção mágica.
 
Ainda hoje, algumas condições adversas são consideradas como decorrentes de inveja, castigo divino ou possessão de espíritos malignos e são tratadas com benzedura, oração, exorcismo, uso de amuletos, etc.
 
Para os sumérios, os demônios se apossavam dos corpos, produzindo a doença e precisavam ser exorcizados (Sevalho, 1993).
Concepção empírica da saúde/doença (teoria do miasma)
 
 Saúde e doença ainda continuam sendo consideradas entidades distintas e opostas, mas a saúde-doença seria resultante do equilíbrio e desequilíbrio de elementos. Galeno (130-199 DC) elaborou um modelo de saúde e doença como uma estrutura de elementos, qualidades, órgãos, temperamentos, horários do dia e épocas do ano. 
Saúde era entendida, nessa perspectiva, como uma condição de harmonia ou balanço entre esses componentes básicos. Doença, por outro lado, era interpretada como a desproporção dos fluidos ou humores do corpo.
 
Saúde = ausência de doença, representada pelo equilíbrio de quatro humores: o quente, o frio, o úmido e o seco.
Doença = elemento externo, proveniente da natureza, que entra e sai do corpo incontrolavelmente (miasma). Doença é um desequilíbrio dos quatro humores. Busca-se no ambiente físico a influência dos astros, clima, insetos e outros animais, associados à doença.
 
Hipócrates estabeleceu correspondência entre os humores, seus elementos, qualidades e órgãos:
-Sangue, com sede no coração, é quente e corresponde ao fogo;
-Pituita, produzida pelo cérebro, é fria e corresponde ao ar; (secreção mucosa eliminada pelo nariz)
-Bile amarela, produzida pelo fígado, é seca e corresponde à terra; 
 -Bile negra, sediada no baço e no estômago, é úmida e corresponde à água.
 
O tratamento baseava-se na aplicação dos elementos contrários, para restabelecer a harmonia. A dieta tinha grande importância no processo terapêutico, seguida pela medicação e finalmente pela cirurgia. 
 
Nesse período havia também uma crença na harmonia entre o homem e o ambiente. 
Hipócrates em “Ares, águas e lugares” relaciona fatores do meio físico a doenças, destacando como fatores essenciais para a endemicidade local, o clima, o solo, a água, o modo de vida e a nutrição. 
Os cuidados de saúde pública deveriam procurar a adaptação do homem ao seu meio ambiente natural, sendo que as obras sanitárias procuravam evitar os maus ares (miasmas) que pudessem interferir na harmonia dos humores (ex. drenagem de pântanos).
 
No cuidado individual havia ênfase na higiene aristocrática, o ideal de saúde se baseava em nutrição, excreção, exercício e descanso.
 A arte de curar cabia ao médico.
 
Com o Império Romano, há a preocupação com o meio ambiente . 
A construção de obras como os banhos públicos e os aquedutos que transportavam água de grandes distâncias para a cidade, a limpeza das ruas, o controle do suprimento de alimentos e a fiscalização de mercados foram medidas tomadas para o controle da saúde pública.
 
Durante o primeiro período medieval ainda se enfrentava os problemas de saúde em termos mágicos e religiosos, em que a saúde e a qualidade de vida eram consideradas um produto do bom relacionamento com Deus.
 
As pessoas passam a viver aglomerados nos feudos, por conta da proteção que os muros dos castelos ou das igrejas davam. Nestas cidades não havia serviços de esgotamento sanitário nem coleta de lixo. 
A população conservava alguns hábitos da vida rural, os animais circulavam pelas ruas, muitas vezes dormiam dentro dos domicílios.
 
A relação entre a doença e a atmosfera passa a ter outra significação, atribuindo-se aos maus odores que emanavam dos corpos pútridos e dos restos em decomposição, o ar pestilento. 
Assim recomendavam-se medidas de limpeza, ventilação e enterro dos mortos o mais profundamente possível. (Rosen, 1994)
Com a Revolução Industrial e a intensificação do comércio, as medidas sanitárias de quarentena e isolamento traziam problemas de ordem política e econômica, além de se mostrarem insuficientes para dar conta dos problemas de saúde. (Rosen, 1994)
 
Em 1849 John Snow escreve “Sobre a maneira de transmissão do cólera”, em que, utilizando a observação e a estatística verificou que a distribuição geográfica dos casos de cólera em Londres, estava relacionada a pontos de captação da água distribuída naquela cidade uma vez que a água era captada no rio Tâmisa em diversos pontos e distribuída por grupos específicos, cada um responsável por uma área da cidade. (Rosen, 1994), reforçando a teoria da contagiosidade.
 
A febre puerperal (pós parto), comum no início do século XIX, tinha como explicações a teoria miasmática e a do contágio. 
Alguns acreditavam que ela era conseqüência do ar ou ainda da falta de eliminação dos lóquios após o parto, que ficariam retidos no organismo, produzindo então a febre e o pus. 
Outros, como Semmelweis , acreditavam que, como os médicos faziam as autópsias antes dos partos, acabavam transportando, de alguma forma, nas roupas, cabelos, algum germe que produziria a doença
 
Concepção científica
 
No século XIX a medicina seguia o modelo das Ciências Naturais, concentrando-se na cura das doenças e negligenciando a manutenção da boa saúde. 
Em termos científicos ocorreram grandes descobertas: a vacina da varíola; o desenvolvimento da microbiologia; a descoberta de agentes causadores de doenças, como a febre tifoide, a hanseníase, a malária e a tuberculose. 
A causa da doença era então relacionada a um agente microscópico, específico para cada uma delas.
 A causa da doença continuava a ser vista como um fator externo ao organismo da pessoa. Por exemplo, ter o bacilo de Koch significava ter tuberculose independente de outros fatores como, por exemplo, o estado nutricional ou o modo de vida e trabalho.
 
O médico era então o agente de saúde que tratava e prevenia, especificamente,cada doença.
 
Com o desenvolvimento da microbiologia, intensificaram-se estudos no sentido de descobrir novas formas de combater os agentes causadores das doenças. 
Assim, foram desenvolvidos alguns antibióticos e antissépticos.
 
TEORIA MULTICAUSAL 
 
No início do século XX, a patologia constitucional e a medicina antropológica começam a reagir à forma de ver a doença pela abordagem dada pela doença infecciosa. 
A medicina recupera a importância das circunstâncias individuais e sociais na saúde-doença - patologia constitucional no nível físico, medicina antropológica no nível físico ou mental. 
O homem passa a ser concebido como participante da natureza e da cultura. 
Assim, tendo o biológico como pano de fundo, a teoria multicausal diz que a doença é resultante de várias causas, que se ordenam dentro de três categorias: o agente, o hospedeiro (a pessoa doente), e o meio ambiente (físico, social e econômico). 
Esses fatores acham-se inter-relacionados, em constante equilíbrio, o que corresponderia à noção de saúde. Quando ocorre algo que leve a um desequilíbrio, como por exemplo, a desnutrição, a mutação de um agente etiológico, ou ainda a falta de saneamento básico, temos a doença.
 
Leavell e Clark (1965) em seu livro “Medicina Preventiva”, traduzido para o português em 1976, desenvolvem a teoria da História Natural da Doença, segundo a qual todas as doenças têm um curso natural em que a situação de equilíbrio entre hospedeiro, agente etiológico e meio ambiente corresponde à saúde. Havendo desequilíbrio temos a doença, que se não for tratada, pode levar, no seu curso natural, à cura espontânea, à incapacidade ou à morte.
 
A doença resulta da interação dos três fatores biológicos - hospedeiro, agente e meio ambiente, cada qual com seus mecanismos de adaptação.
 
As características do agente patológico como, por exemplo, o bacilo ou o pó, são resistência, capacidade de produzir doença (patogenicidade) e capacidade de infectar (virulência). 
As do hospedeiro podem ser: idade, sexo, raça, classe social, fatores genéticos, hábitos, etc; e as do ambiente: geografia, clima, instabilidade familiar, condições de moradia. etc. Estas características têm papel idêntico na determinação mecânica do equilíbrio.
 
Verifica-se que as relações que os hospedeiros estabelecem entre si não são levadas em consideração, o social não participa, ou melhor, é referido como caráter dos indivíduos (p. ex. status econômico-social, hábitos).
 
leavell e clark
História natural da doença” refere-se a um conjunto de relações específicas existentes entre Três elementos: 
• Agente causador de doença 
• O suscetível ao adoecimento (individuo) 
• O meio ambiente repleto de interações. 
• Essas interações criam estímulo patológico no meio ambiente, levando a defeitos, invalidez, recuperação ou morte. 
• É possível estabelecer medidas de prevenção voltadas tanto para a fase anterior ao adoecimento (período prépatológico) como para a fase posterior (período patológico)
A prevenção primária pode ser feita no período pré-patogênico, através de ações de promoção de saúde, isto é, medidas voltadas para o desenvolvimento de uma saúde geral ótima e a proteção específica do homem contra agentes etiológicos específicos ou a criação de barreiras contra agentes do meio ambiente. 
 No início da fase de patogênese, deve-se fazer a prevenção secundária através de diagnóstico precoce e tratamento imediato e adequado. 
Este nível no caso de progressão do processo de patogênese, o tratamento com vistas a evitar seqüelas e limitar a invalidez. 
Havendo a instalação de invalidez, pode-se, através da reabilitação, conseguir a prevenção terciária.)
As condições de saúde dependem do equilíbrio entre o hospedeiro e o ambiente.
 MODELO SOCIAL
 
Utiliza-se de instrumental teórico metodológico das Ciências Sociais. 
 
Com o declínio da Idade Média e o surgimento dos Estados Nacionais, a “riqueza” precisa ser medida. O povo como elemento produtivo e o exército necessita não só ser contado, mas de disciplina e saúde.
 
O controle das doenças e o saneamento das cidades se fazem necessários. A medicina social surge das revoluções europeias buscando o controle do meio ambiente prejudicial e o “tratamento” das condições de vida. 
 
Já no século XX, a Epidemiologia social, considera a doença como produto das condições de vida e de trabalho de cada grupo social. 
Tem como variáveis o estilo de vida, a organização social e as condições de trabalho. Privilegia o social como o fator mais importante (Arredondo, 1993).
 
DETERMINAÇÃO SOCIAL DO PROCESSO SAÚDE-DOENÇA
Neste modelo, parte-se do princípio de que o processo saúde-doença diz respeito a um grupo humano, e não ao indivíduo. 
A concepção dicotômica saúde x doença é excluída, e passa a ser considerada resultante da forma como a coletividade se apropria da natureza por meio de determinada forma de organização social, determinando perfis ou padrões típicos de saúde-doença característicos de cada grupo social. 
 
Para Breilh e Granda (1986), o processo saúde-doença é a “síntese do conjunto de determinações que operam numa sociedade concreta, produzindo, nos diferentes grupos sociais o aparecimento de riscos ou potencialidades característicos, por sua vez manifestos na forma de perfis ou padrões de doença ou saúde”.
A qualidade de vida de cada grupo social é diferente, sendo também diferente a sua exposição a processos de risco que produzem o aparecimento de doenças e formas de morte específicas, assim como seu acesso a bens e serviços. 
Cada grupo social leva inscrito em sua condição de vida o correspondente perfil de saúde-doença uma complexa trama de processos e formas de determinação, que para fins de estudo, a epidemiologia separou em três dimensões (Breilh e Granda, 1986):
 
A dimensão estrutural: formada pelos processos de desenvolvimento da capacidade produtiva e das relações sociais;
A dimensão particular, formada pelos processos de reprodução social, isto é, aqueles processos relativos à forma de produzir e consumir de cada grupo socioeconômico; e 
A dimensão individual, formada pelos processos que levam os indivíduos a adoecerem ou morrerem, ou que favorecem a manutenção da saúde e o desenvolvimento somático e psíquico.
 
Para cada classe social, definem-se modalidades de trabalhos e de consumo, que permitem destacar os problemas e as idades de impacto mais freqüentes, e só então, se estabelecem os processos de saúde associados
SOCIOMÉDICO (Neoconservador)
O Perfil epidemiológico resulta de fatores biológicos, psíquicos, sociais e culturais, que operam hierarquicamente em diferentes níveis de determinação. 
Tais fatores também determinam a forma como se organiza a sociedade para dar resposta às condições de saúde que geram. 
 
Esta proposta “contempla um enfoque integral sobre os determinantes do processo saúde-doença .... Inclui categorias de análise para diferenciar o rol da resposta social organizada do Setor Saúde” (Arredondo, 1993)
 
3. NOVO MODELO 
 
O PARADIGMA DA PRODUÇÃO SOCIAL DA SAÚDE
A nova saúde pública, surge do reconhecimento de que “a saúde de um indivíduo, um grupo de indivíduos, ou de uma comunidade depende também de coisas que o homem criou e faz, das interações dos grupos sociais, das políticas adotadas pelo governo, inclusive os próprios mecanismos de atenção à doença, do ensino da medicina, da enfermagem, da educação, das intervenções sobre o meio ambiente” (saneamento de, urbanismo, etc.). 
O termo nova saúde pública, se refere aos esforços para elevar os padrões de saúde através da melhoria das condições de vida (WHO (a), 2000).
 
O Informe Lalonde publicado pelo governo do Canadá em 1974, foi a primeira declaração teórica geral da saúde pública surgida dos descobrimentos feitos no campo da epidemiologia e das doenças não infecciosas (Terris, 1992). 
O conceito de campo da saúde passa da perspectiva tradicional de que a prática da medicina é o princípio de todos os progressosda saúde para um conceito de campo da saúde mais amplo, que consta de quatro elementos: 
biologia humana;
meio ambiente;
estilos de vida; 
organização da atenção sanitária
Este documento demonstra ter uma orientação preventiva ao afirmar que 
Até agora, quase todos os esforços feitos pela sociedade para melhorar a saúde e a maioria dos gastos diretos em saúde têm se centrado na organização dos serviços de atenção à saúde. 
Quando identificamos as principais causas atuais de doença e morte no Canadá, vemos que estão arraigadas nos outros três elementos do conceito: biologia humana, meio ambiente e estilos de vida. 
É evidente que se está gastando grandes somas no tratamento de enfermidades que poderiam ter-se evitado (tradução da autora)
 
Ser saudável significa então, além de não estar doente, ter a possibilidade de atuar, de produzir a sua própria saúde, quer por meio de cuidados tradicionalmente conhecidos, quer por ações que influenciem o seu meio: ações políticas para a redução de desigualdades, educação, cooperação intersetorial, participação da sociedade civil nas decisões que afetam sua existência. (Santos e Westphal, 1999).
		Promoção	Prevenção
	Foco	Saudável, salutogênico.	Doença, risco de adoecer
	Objetivos	Atuar sobre determinantes de saúde e criar as “opções saudáveis” 	Redução de riscos, proteção de indivíduos e grupos contra riscos específicos.
	A quem se dirigem as ações	População em geral, grupos especiais, comunidades, processos, condições e sistemas que necessitam ser modificados. 	Pessoas e grupos em risco, pessoas doentes. 
	Modelos com os quais se implantam	Sócio-políticos, ecológicos e sócio culturais.	Ações sobre fatores de risco (sedentarismo, tabagismo, hábitos alimentares inadequados, comportamento sexual, etc), Práticas clínicas preventivas, reabilitação.
	Papel dos interventores	Semelhante à prevenção primária
Novos interventores sociais: os políticos e os comunitários devem gerar condições para indivíduos e coletividades se empoderarem	Interventores clínicos que buscam prevenir complicações e mortes
	Estratégias	Informação, educação, comunicação para a saúde, marketing social, participação comunitária, empoderamento e ação política.	Programas de detecção, diagnóstico precoce, readaptação e reabilitação.
 
Promoção da Saúde e Prevenção de doenças

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