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SP 3.3 Em busca da perfeição 1 � SP 3.3 Em busca da perfeição Assunto #Aminoácidos #Proteínas Aula NCS - Tutoria Tipo Aula Materiais https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/1341116/mod_resource/content/1/Aula23BioqAvan_Metabolismo%20de%2 Período 1 Status Done Definição de proteínas e aminoácidos (tipos e funções). Proteína Polímero formado por vários monômeros (aminoácidos) ligados por ligações peptídicas Formada por resíduos de aminoácidos ✅ Ligação peptídica: ocorre entre um carbono e um nitrogênio, resultantes da desidratação entre dois aminoácidos Estrutura primária: sequencia dos resíduos de aminoácidos, AT (amino terminal), CT (carboxila terminal) Estrutura secundária: mais polares, mais “flexíveis” - hélice. Sequencia mais apolar, mais rígida - folha Estrutura terciária: cadeia polipeptídica, proteína pronta, nem todas conseguem realizar sua função apenas na estrutura terciária. Estrutura quaternária: hemoglobina. Estruturas terciárias interagem. Funções: transporte → Hb enzimática → catalisadores biologicos hormonal → insulina estrutural → colágeno contráteis → actina e miosina nutricional → AA essenciais https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/1341116/mod_resource/content/1/Aula23BioqAvan_Metabolismo%20de%20Amino%C3%A1cidos.pdf SP 3.3 Em busca da perfeição 2 defesa → IgA, IgG, IgM Aminoácido Carbono central + grupo amino + grupo carboxila + R (radical - diferenciar aminoácidos) responsáveis pelo funcionamento correto do organismo, bem como na formação de músculos, enzimas, células do sistema imunológico etc. Função: responsáveis pela formação das proteínas. Os diferentes aminoácidos se combinam de inúmeras formas para dar origem a milhares de proteínas. Digestão e absorção das proteínas. Digestão: 1. Boca e Esôfago: A digestão das proteínas começa na boca, onde o alimento é fisicamente dividido em pedaços menores pela mastigação. Enzimas na saliva começam a quebrar alguns carboidratos, mas as proteínas não são significativamente afetadas nessa etapa. Depois de mastigar e engolir o alimento, ele passa pelo esôfago até o estômago por meio do movimento peristáltico. 2. Estômago: No estômago, as proteínas encontram um ambiente altamente ácido (pH de 1,5 a 3,5), principalmente devido à secreção de ácido clorídrico pelas células parietais. Este ácido não apenas mata muitos microrganismos potencialmente perigosos no alimento, mas também desnatura as proteínas da comida, o que significa que a estrutura tridimensional das proteínas é desfeita e elas são desdobradas em estruturas lineares. SP 3.3 Em busca da perfeição 3 O estômago também secreta uma enzima chamada pepsina, produzida pelas células principais na forma inativa de pepsinogênio. O ácido clorídrico no estômago ativa o pepsinogênio em pepsina. A pepsina é uma enzima proteolítica, o que significa que quebra as proteínas em peptídeos menores. 3. Intestino Delgado e Pâncreas: O quimo (mistura de alimento e sucos gástricos do estômago) então entra no intestino delgado. Aqui, ocorre a maior parte da digestão das proteínas. O pâncreas secreta suco pancreático no intestino delgado. Este suco contém várias enzimas proteolíticas, como tripsina, quimotripsina e carboxipeptidase. Estas enzimas são secretadas como proenzimas inativas (tripsinogênio, quimotripsinogênio, procarboxipeptidase) e são ativadas no intestino delgado. A tripsina é ativada pelo enteropeptidase, uma enzima presente na membrana da mucosa do intestino delgado, e então a tripsina ativa as outras proenzimas. Estas enzimas quebram peptídeos em fragmentos ainda menores. As células da mucosa do intestino delgado também produzem peptidases, que quebram os peptídeos menores em aminoácidos. Absorção: Após a digestão das proteínas em aminoácidos e peptídeos de cadeia curta, a absorção desses nutrientes ocorre principalmente no intestino delgado. A absorção de aminoácidos e pequenos peptídeos é um processo ativo, o que significa que requer energia. 1. Absorção de Aminoácidos: Os aminoácidos são absorvidos pelas células epiteliais da mucosa do intestino delgado, conhecidas como enterócitos. Essas células têm transportadores de aminoácidos específicos na sua superfície que facilitam a absorção. Cada transportador reconhece e transporta um subgrupo de aminoácidos com estruturas químicas semelhantes. Este processo de absorção é dependente de sódio, ou seja, o transporte de aminoácidos é acoplado ao transporte de íons de sódio (Na+) de volta para a célula, um processo que ocorre naturalmente devido ao gradiente de concentração do sódio. 2. Absorção de Dipeptídeos e Tripeptídeos: Além dos aminoácidos individuais, dipeptídeos (dois aminoácidos ligados) e tripeptídeos (três aminoácidos ligados) também podem ser absorvidos pelas células intestinais. Esta absorção é mediada por um transportador específico chamado PEPT1. SP 3.3 Em busca da perfeição 4 Uma vez dentro das células intestinais, estes peptídeos são rapidamente quebrados em aminoácidos individuais por enzimas peptidases intracelulares. 3. Liberação na Circulação: Os aminoácidos são então transportados para fora dos enterócitos, para a corrente sanguínea. Do lado de dentro da célula, a concentração de aminoácidos é alta. Portanto, os aminoácidos movem-se para fora da célula (para a corrente sanguínea), onde a concentração de aminoácidos é mais baixa. Esse processo é facilitado por transportadores de aminoácidos específicos. Depois de entrarem na corrente sanguínea, os aminoácidos são transportados para o fígado e outros tecidos onde são utilizados para a síntese de proteínas e outras moléculas nitrogenadas. Descrever o processo de síntese proteica. 1. Transcrição: É realizada dentro do núcleo da célula. Nesse processo há a formação de RNA mensageiro a partir de uma fita molde de DNA. Uma enzima chamada RNA polimerase se liga em uma parte específica do DNA, e assim sintetiza o RNAm que será formado por um sequência de bases nitrogenadas complementares ao DNA. bases nitrogenadas DNA: Adenina (A), Guanina (G), Citosina (C), Timina (T) bases nitrogenadas RNA: Adenina (A), Guanina (G), Citosina (C), Uracila (U) ✅ Lembrando: Adenina ↔ Timina ou Uracila Citosina ↔ Guanina 2. Splicing/processamento do mRNA O mRNA sintetizado passa por um processo de modificação antes de deixar o núcleo. Isso envolve a remoção de sequências não codificadoras chamadas íntrons e a união das sequências codificadoras chamadas éxons. A molécula de RNAm carrega essa informação até o citoplasma das células, onde encontra o Ribossomos, que será responsável pela tradução. 3. Tradução É um processo no qual haverá a leitura da mensagem contida no RNA mensageiro pelos ribossomos, decodificando a mensagem que diz a sequência exata de aminoácidos dessa proteína. Realizado através do RNAt (transportador) que carrega os aminoácidos correspondentes de acordo com os codon do RNAm (trinca de nucleotideos). Ribossomos se liga ao codon de iniciação O codon de iniciação é decodificado pelo RNAt que carrega o primeiro aminoácido. SP 3.3 Em busca da perfeição 5 O ribossomo percorre o mRNA em direção ao seu final, lendo os códons sequencialmente. À medida que o ribossomo se move, novos tRNAs trazem os aminoácidos correspondentes aos códons do mRNA, formando o anticodon. Os aminoácidos são unidos em uma cadeia por ligações peptídicas, formando a sequência primária da proteína. A tradução termina quando quando o ribossomo encontra um códon de parada no mRNA. Os códons de parada não codificam aminoácidos, mas sinalizam o final da síntese da proteína. A cadeia polipeptídica é liberada do ribossomo e passa por modificação para se tornar uma proteína funcional. Processo de obtenção de energia por meio de proteínas A produção de energia a partir de proteínas é geralmente considerada um mecanismo secundário em relação à utilização de carboidratos e lipídios. No entanto, em situações de jejum prolongado ou em casos de dieta pobre emcarboidratos, o organismo pode recorrer à quebra de proteínas para obter energia. Degradação das proteínas em aminoácidos (aminoácidos são as unidades estruturais das proteínas e podem ser convertidos em intermediários metabólicos que entram nas vias metabólicas para a produção de energia) Quebra dos aminoácidos ocorre principalmente no fígado. Os aminoácidos podem ser convertidos em intermediários que tanto participam da glicólise quanto do ciclo do ácido cítrico. 1. Desaminação (remove o grupamento amino do aminoácido) a. promove também, a síntese de moléculas de amônia e de ácidos orgânicos (piruvato e acetil-CoA e diversos intermediários do ciclo do ácido cítrico) 2. Ácidos orgânicos → entram na via do metabolismo aeróbico para produzir ATP 3. Amônia produzida durante a desaminação se associa aos íons hidrogênio (H+) → amônia e o íon amônio são tóxicos → fígado converte em uréia → urina Além disso, se os estoques de glicogênio estiverem baixos e a concentração de glicose plasmática ameaçada, proteína → glicose: Fígado → aminoácidos ou piruvato → entram na via da glicólise → a via volta a produzir glicose-6-fosfato e glicose (gliconeogênese) Os aminoácidos cujo catabolismo produz piruvato ou algum intermediário do ciclo do ácido cítrico são denominados glicogênicos. Esses intermediários são substratos para a gliconeogênese e, portanto, podem originar de forma efetiva a glicose no fígado e no rim. SP 3.3 Em busca da perfeição 6 Os aminoácidos cujo catabolismo produz acetoacetato ou um de seus precursores (acetil-CoA ou acetoacetil-CoA) são denominados cetogênicos. O acetoacetato é um dos "corpos cetônicos", que incluem também o 3-hidroxibutirato e a acetona. Leucina e lisina são os únicos aminoácidos exclusivamente cetogênicos encontrados nas proteínas. Seus esqueletos carbonados não servem de substrato para a gliconeogênese e, portanto, não podem levar à produção efetiva de glicose. Para que serve o uso de anabolizantes esteroides e suplementos alimentares para mudança corporal? Anabolizantes Mecanismo de ação: Os anabolizantes esteroides se ligam a receptores de hormônios dentro das células, ativando processos de síntese proteica e inibindo a degradação muscular. Isso leva a um aumento na síntese de proteínas musculares, resultando em ganho de massa muscular. Oximetolona SP 3.3 Em busca da perfeição 7 Metandriol Donazol Suplemento alimentar Suplementos alimentares não são medicamentos e, por isso, não servem para tratar, prevenir ou curar doenças. Sua finalidade é fornecer nutrientes, substâncias bioativas, enzimas ou probióticos em complemento à alimentação.(Vitaminas, minerais, fibras, ácidos graxos ou aminoácidos) TIPOS: Suplementos hipercalóricos: cheios de calorias, sua composição é rica em gorduras, vitaminas, proteínas, carboidratos e minerais. É conhecido como suplemento alimentar para engordar, já que ele auxilia nessa tarefa. Suplementos termogênicos: sua composição é feita, geralmente, de guaraná, cafeína, citrus, entre outras substâncias, que ajudam a acelerar o metabolismo. Ele pode ser indicado para pessoas que querem emagrecer. Suplementos proteicos: é comum que pessoas que buscam ganho de massa muscular (como os adeptos à musculação façam uso deste tipo de suplemento), pois são feitos de proteínas que ajudam o músculo a se recuperar mais rápido depois do treino, favorecendo o seu aumento de tamanho. Suplementos antioxidantes: sempre que nos alimentamos, o organismo produz radicais livres como resultado do processo de nutrição do organismo. Esse suplemento ajuda a combater o efeito do excesso de radicais livres nas células. Suplementos hormonais: são feitos para estimular a produção de algum hormônio, como, por exemplo, a tiroxina, estrogênio, entre outros e servem para a reposição dos mesmos quando estão em falta. Suplementos polivitamínicos e minerais: esses completam as vitaminas e os minerais como cálcio, ferro, magnésio, entre outros. Suplementos probióticos: ajudam em diversos problemas do intestino, por meio de microorganismos vivos presentes em sua formulação. Qual seu efeito esperado? A finalidade principal do suplemento alimentar é complementar a dieta com nutrientes, substâncias bioativas, enzimas ou probióticos. Os benefícios de seu uso estão relacionados à substância ou ao microrganismo fornecido. Segurança: Para fornecer nutrientes, substâncias bioativas e enzimas, só podem ser utilizados nos suplementos constituintes (ingredientes) que tenham sido autorizados pela Anvisa. Os microrganismos usados como fonte de probióticos incluem-se nesse regra. Na formulação dos suplementos alimentares, também podem ser adicionados os aditivos permitidos para a categoria e os ingredientes de uso tradicional em alimentos utilizados para dar sabor, cor, aroma, consistência ou volume. Suplementos mais populares: Whey Protein: O Whey protein é um suplemento proteico normalmente feito a base da proteína extraída do soro do leite. Este suplemento é utilizado para ganhar massa muscular. Isto porque suas proteínas de alto valor biológico contribuem para a reparação do músculo, que sofre microlesões durante a prática de exercícios. Com a ajuda da proteína do Whey Protein, a fibra muscular é reparada e fica maior e mais forte. Confira os benefícios, quantidade recomendada e como consumir o Whey Protein. BCAA: O BCAA é formado por três aminoácidos essenciais que não são produzidos pelo organismo, são eles: L-Valina, L- Leucina e L-Isoleucina. Esses aminoácidos essenciais ajudam as células a produzirem proteínas. Eles participam do processo de produção de energia durante a prática de atividade física, principalmente de exercícios de longa duração e, assim, evitam a fadiga central. Veja os benefícios e como tomar o BCAA. Creatina: A creatina é um aminoácido e está presente tanto nos alimentos de origem animal quanto no organismo humano, que o produz. Quais as consequências do uso de anabolizantes e suplementos alimentares nos diferentes sistemas corporais a) Muscular: i) Endócrino: SP 3.3 Em busca da perfeição 8 Hipertrofia muscular Se usado corretamente: promove aumento da performance e melhora da composição corporal (mais músculos, menos gordura) Regeneração muscular Aumenta risco de lesões em tendões (enrijecidos e redução do colágeno tipo 1), cartilagens, meniscos e ligamentos b) Nervoso e Sensorial: Comportamental (agressividade, irritabilidade) Tremores Distúrbios do sono e fadiga Psicopatologias Euforia Alucinações Hipersensibilidade Alteração da libido Alteração em neurotransmissores (GABA) Distúrbios de imagem corporal c) Digestório: Problemas no fígado (peliose hepática, icterícia, hepatotoxidade) e pâncreas, inclusive tumores Má absorção dos nutrientes Reações gastrointestinais Alterações de enzimas hepáticas como a bilirrubina (icterícia) Elevação na concentração de sais biliares (nefropatia do ácido biliar) d) Esquelético: Dores nas juntas Modulação do cálcio Fechamento prematuro de epífises Ossificação por injeções intramusculares e) Imunológico: Aumento do processo inflamatório f) Cardíaco: Aumento da pressão arterial (maioria, mas redução também pode acontecer) Insuficiência Cardíaca (Aumento de fibrose muscular, redução da densidade capilar e do fluxo sanguíneo no miocárdio, o que conduz o organismo ao aumento nas vias pró-apoptóticas) Doença coronariana Hipertrofia cardíaca (foco: ventrículo esquerdo - aumento das fibras de colágeno no tecido cicatrizante) Bloqueia a secreção de dois hormônios que estimulam os testículos a produzirem espermatozoides e testosterona natura Elevação do colesterol Engrossamento da voz A dextrose tem alto índice glicêmico, por isso seu pico de insulina será rápido, o que é prejudicial para pacientes com diabetes e acima do peso", Alteração das concentrações plasmáticas de colesterol, diminuindo o HDL e aumentando o LDL.A Alteração perfil tireoidiano Surgimento do diabetes do tipo 2 Mudança noperfil lipídico j) Excretor: Edemas nos rins Cálculo renal Sobrecarga no fígado e nos rins Insuficiência renal Proteinúria Síndrome nefrótica Glomeruloesclerose segmentar Perda de podócitos k) Geniturinário: Oligospermia Azoospermia Inibe a secreção da gonadotrofina Converte andrógenos em estrógenos Atrofia testicular Ereção dolorosa e persistente (priapismo) l) Reprodutor: Ginecomastia em homens Redução das mamas em mulheres Redução dos testículos Disfunção erétil Diminuição dos espermatozoides Desregulação menstrual Câncer de próstata Anovulação Atrofia uterina m) Tegumentar: Provocam acne Calvície ou alopecia Surgimento/ aumento de pelos SP 3.3 Em busca da perfeição 9 Alterações na função elétrica. Vasodilatação (testosterona) Aumento na produção de plaquetas e trombina (efeito trombogênico) Calcificação vascular -> elasticidade de vasos g) Respiratório: Bradicardia Aumento do risco de hipertensão arterial pulmonar Insuficiência do ventrículo direito Constrição, ressecamento ou obstrução dos vasos pulmonares Dispneia aos esforços Desconforto torácico e síncope h) Linfático: Retenção de líquido no organismo, Formação de coágulos Reações alérgicas graves Foliculite Hipertrofia das glândulas sebáceas Cistos sebáceos Estrias atróficas Fisiopatologia da icterícia (tipos, causas e consequências) Icterícia é a coloração amarelada da pele, decorrente do acúmulo de bilirrubina no plasma, um metabólito da degradação do grupo heme, e constitui um sinal clínico comum causado por diversas síndromes ou doenças. A esclerótica é o local onde mais comumente se identifica um quadro de icterícia. TIPOS : A icterícia pode ser classificada em pré-hepática, hepática e pós-hepática. 1. A icterícia pré-hepática é causada por excesso na produção de bilirrubina devido à hemólise, principalmente intravascular intensa. Esse excesso de bilirrubina sobrecarrega a capacidade do fígado de removê-la do plasma e de secretá-la na bile. 2. A icterícia hepática é caracterizada por um distúrbio que ocorre no fígado, dificultando assim, a sua funcionalidade, onde o fígado terá dificuldade de retirar a bilirrubina presente no sangue, fazendo com que esse pigmento fique por mais tempo no sangue, devido a um problema gerado pelos hepatócitos. 3. A icterícia pós-hepática ocorre por obstrução ou estenose do ducto biliar, seja por cálculos, parasitas ou por processos inflamatórios. A estase biliar ocorre devido a problemas na eliminação da bilirrubina nos ductos biliares, acumulando, portanto, nos hepatócitos CAUSAS : a icterícia surge quando há excesso de uma substância chamada bilirrubina. A icterícia é um sintoma típico das doenças do fígado e das vias biliares, sendo as hepatites, a cirrose e a obstrução das vias biliares suas principais causas. As causas da icterícia são diversas, entre elas, estão a prematuridade, a oferta inadequada de leite materno, diabetes materna, predisposição genética e a incompatibilidade sanguínea entre mãe e filho, quando um tem fator RH positivo e o outro negativo.As causas mais comuns de icterícia são Hepatite https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/doen%C3%A7as-hep%C3%A1ticas-e-da-ves%C3%ADcula-biliar/hepatite SP 3.3 Em busca da perfeição 10 Doença hepática relacionada ao álcool Uma obstrução do ducto biliar por cálculos biliares (geralmente) ou tumor Uma reação tóxica a uma substância ou erva medicinal Hepatite Hepatite é uma inflamação do fígado geralmente causada por um vírus, mas que pode ser causada por uma doença autoimune ou pelo uso de certos medicamentos ou drogas. A hepatite provoca danos ao fígado, tornando-o menos capaz de transportar a bilirrubina para os dutos biliares. A hepatite pode ser aguda (de curta duração) ou crônica (que persiste no mínimo seis meses). A hepatite viral aguda é uma causa comum de icterícia, Quando a hepatite é provocada por uma doença autoimune ou um medicamento, ela não é contagiosa para outras pessoas. Doença hepática relacionada ao álcool Beber grande quantidade de álcool por um período prolongado lesiona o fígado. A quantidade de álcool e o tempo necessário para causar lesões variam, mas normalmente elas ocorrem em pessoas que bebem muito por, no mínimo, oito a dez anos. Obstrução do ducto biliar Com os dutos biliares obstruídos, a bilirrubina pode se acumular no sangue. A maior parte das obstruções é causada por cálculos biliares, mas algumas são causadas por câncer (como câncer pancreático ou nos dutos biliares) ou distúrbios raros no fígado (como colangite biliar primária ou colangite esclerosante primária). Sinais e sintomas associados à icterícia ( consequências ) Além da pele e dos olhos amarelados, a icterícia costuma acometer também as mucosas. O freio da língua é outro ponto onde pode-se notar o pigmento amarelado da bilirrubina. A deposição do pigmento na pele, além de ser responsável pela coloração amarelada, também causa uma coceira intensa. Muitas vezes, o paciente se queixa mais da coceira do que da própria alteração de cor da pele. Colúria Quando há muita bilirrubina direta no sangue, há consequentemente muita bilirrubina sendo filtrada pelos rins. O resultado é uma urina cor escura (tipo Coca-Cola) ou com um alaranjado forte, causado pelo excesso de pigmento na mesma. Como a bilirrubina indireta não é solúvel na água, ela não é filtrada pelos rins. Portanto, a colúria é um sinal típico de icterícia por bilirrubina direta. Acolia fecal Como é a bilirrubina a responsável pela coloração habitual das fezes, quando ocorre algum impedimento na excreção da bilirrubina conjugada para os intestinos, o paciente pode apresentar fezes mais claras, por vezes, quase brancas, devido a ausência de pigmento na mesma A icterícia é um dos problemas mais comuns nos recém-nascidos, sendo caracterizada pela coloração amarelada da pele, olhos e mucosa. Seu tratamento, se iniciado já nos primeiros sintomas, é eficaz. Entretanto, a demora no diagnóstico pode ocasionar danos irreversíveis, inclusive, cerebrais. A bilirrubina não se deposita só na pele e nos olhos, podendo aparecer no cérebro e causar neurotoxicidade. Então, pode ser danosa e causar até retardo mental no bebê, com alterações irreversíveis e até crises convulsivas nos primeiros dias de vida quando os níveis são muito altos. https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/doen%C3%A7as-hep%C3%A1ticas-e-da-ves%C3%ADcula-biliar/doen%C3%A7a-hep%C3%A1tica-relacionada-ao-%C3%A1lcool/doen%C3%A7a-hep%C3%A1tica-relacionada-ao-%C3%A1lcool https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/doen%C3%A7as-hep%C3%A1ticas-e-da-ves%C3%ADcula-biliar/dist%C3%BArbios-da-ves%C3%ADcula-biliar-e-dutos-biliares/c%C3%A1lculos-biliares https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/doen%C3%A7as-hep%C3%A1ticas-e-da-ves%C3%ADcula-biliar/dist%C3%BArbios-da-ves%C3%ADcula-biliar-e-dutos-biliares/tumores-dos-dutos-biliares-e-da-ves%C3%ADcula-biliar https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/doen%C3%A7as-hep%C3%A1ticas-e-da-ves%C3%ADcula-biliar/medicamentos-e-o-f%C3%ADgado/les%C3%A3o-hep%C3%A1tica-causada-por-medicamento https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/doen%C3%A7as-hep%C3%A1ticas-e-da-ves%C3%ADcula-biliar/hepatite/considera%C3%A7%C3%B5es-gerais-sobre-a-hepatite https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/doen%C3%A7as-hep%C3%A1ticas-e-da-ves%C3%ADcula-biliar/fibrose-e-cirrose-hep%C3%A1tica/colangite-biliar-prim%C3%A1ria-cbp https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/doen%C3%A7as-hep%C3%A1ticas-e-da-ves%C3%ADcula-biliar/dist%C3%BArbios-da-ves%C3%ADcula-biliar-e-dutos-biliares/colangite-esclerosante-prim%C3%A1ria SP 3.3 Em busca da perfeição 11 Relacionar a ingestão de proteína e aminoácido com aumento de tecido adiposo 1º A enzima aminotransferase retira o grupo amina do aminoácido, separando em amina e alfa-cetoácido (intermediário para o ciclo de krebs, então vai para o ciclo). OBS. As aminotransferases precisam de vitamina B6 para seu funcionamento. !Ou seja... Os alfa-cetoácidos assim formados, em geral, encaminham-se para o Ciclo doácido Cítrico, podendo sofrer oxidação até CO2 e H2O, ou ainda, seus esqueletos carbônicos podem fornecer unidades de três e quatro átomos de carbono para a conversão em glicose. VIA METABÓLICA DAS PENTOSE FOSFATO (NÃO PREFERENCIAL) : Quando há excesso de ATP, há um acúmulo de pentose 6P, usando a via alternativa das pentoses fosfato. ALGUMAS FUNÇÕES: Permite a combustão total da glicose em uma série de reações independentes do ciclo de Krebs; Forma NADPH extramitocondrial necessário para a síntese dos lipídios Converter hexoses e pentoses Degradação oxidativa de pentoses pela conversão de hexoses, que podem entrar para a via glicolítica; Agente redutor utilizado para a biossíntese de ácidos graxos e esteróides(colesterol e derivados) bem como a manutenção da integridade das membranas de eritrócitos. 1º FASE OXIDATIVA: PRODUZ NADPH PELA REDUÇÃO DE NADP A glicose 6 fosfato é transformada pela (OXIDAÇÃO) glicose fosfato desidrogenase em 6 fosfogliconolactona, liberando naph, depois fosfogliconato e depois ribose 5fosfato. 2º FASE NÃO OXIDATIVA: INTERCONVERTER AÇÚCARES FOSFORILADOS Organiza Carbonos em diferentes posições e forma diferentes carboidratos, que serão utilizados em diferentes vias do metabolismo. Quais são os destinos dos aminoácidos para formar compostos nitrogenados não protéicos? (catecolamina, cortisol, bases do DNA,…) É necessário retirar o grupo amina dos aminoácidos para que eles formem compostos nitrogenados não proteicos, podendo ser direcionados então para a síntese de: Nucleotídeos: Alguns aminoácidos fornecem grupos aminos ou carbonos para a síntese de bases nitrogenadas; Neurotransmissores: Os aminoácidos tirosina, triptofano e histidina são usados como precursores para a síntese de neurotransmissores, como dopamina e serotonina; SP 3.3 Em busca da perfeição 12 Creatina; Óxido nítrico: O aminoácido arginina é utilizado para a síntese de óxido nítrico; Pigmentos: O triptofano é um precursor na síntese de melanina, que é o pigmento responsável pela coloração da pele, cabelo e olhos; Ureia: Aminoácidos como arginina e ornitina estão envolvidos na síntese de ureia no fígado. Objetivo da transaminação: coletar os grupos amino de muitos aminoácidos diferentes na forma de apenas um, o L- glutamato, que funciona como doador de grupos amino para as vias biossintéticas ou para as vias de excreção que levam à eliminação dos produtos nitrogenados; Desaminação é o processo pelo qual o aminoácido libera o seu grupo amina na forma de amônia e se transforma em um cetoácido correspondente. Esta reação é catalisada pelas enzimas desaminases ou desidrogenases, esse processo ocorre no fígado; A transaminação + desaminação são fundamentais para que o grupo amina se libere do aminoácido e para que então possa ocorrer a síntese de compostos nitrogenados não proteicos. Qual é a relação entre creatina e creatinina com a condição da paciente? (Valores de referencia…) A creatina e a creatinina são duas substâncias diferentes que estão relacionadas ao metabolismo energético e à função renal. Vou explicar brevemente a relação de cada uma delas com a condição da paciente: Creatina: A creatina é uma substância produzida naturalmente pelo organismo a partir dos aminoácidos glicina, arginina e metionina. Também pode ser consumida na alimentação, especialmente em peixes e carnes. No entanto, existe como um suplemento, sendo encontrada de forma concentrada. Ela desempenha um papel importante no fornecimento de energia rápida para os músculos durante atividades intensas e de curta duração. A creatina serve como fonte de produção de energia para as células musculares, de modo que melhora a força e o tônus muscular. A creatina também é frequentemente utilizada como suplemento alimentar por atletas e fisiculturistas para aumentar o desempenho físico A maior parte da creatina no corpo é armazenada nos músculos esqueléticos na forma de fosfocreatina. Quando ocorre uma demanda rápida de energia, como em exercícios intensos, a fosfocreatina é quebrada, liberando um grupo fosfato e gerando adenosina trifosfato (ATP), que é a principal fonte de energia utilizada pelos músculos. No contexto da condição da paciente, se ela está sofrendo de problemas musculares, como fraqueza ou deterioração muscular, a análise dos níveis de creatina no sangue pode ser útil para avaliar a função muscular. Níveis elevados de creatina no sangue podem indicar um aumento na degradação muscular ou uma disfunção na produção ou eliminação da creatina. Nesse caso, é importante investigar a causa subjacente desses problemas musculares. Suplemento de creatina: É um suplemento nutricional ideal para atletas, pois promove a transmissão de energia dentro da estrutura celular, na forma de fosfocreatina. O armazenamento de fosfocreatina nas células musculares pode ser ampliado através da suplementação com creatina. Melhora o desempenho durante períodos de atividade muscular intensa, o que resulta no crescimento reforçado do músculo, além de maior força. O reservatório maior de fosfocreatina também leva a uma maior regeneração de ATP e, portanto, ajuda na recuperação após o exercício intensivo - tanto em nível amador quanto de competição. SP 3.3 Em busca da perfeição 13 Creatinina: A creatinina é um produto de degradação da creatina, que é produzido pelos músculos e eliminado pelos rins a partir do metabolismo muscular, que serve para produzir energia para a contração muscular. A creatinina é filtrada pelos rins e excretada na urina. A dosagem da creatinina no sangue é um dos principais testes utilizados para avaliar a função renal. Níveis elevados de creatinina no sangue podem indicar uma redução na função dos rins, o que pode ser um sinal de doença renal, já que nessas situações a creatinina não é eliminada corretamente e tende a estar mais alta que o normal. A medição da creatinina é um teste comum realizado em exames de sangue, conhecido como "dosagem de creatinina sérica". Os valores de referência de creatinina no sangue variam de acordo com a idade e o gênero: Recém nascidos: 0,60 a 1,30 mg/dL; Bebês entre 1 e 6 meses: 0,40 a 0,60 mg/dL; Crianças e adolescentes (1 a 18 anos): 0,4 0 a 0,90 mg/dL; Mulheres adultas: 0,60 a 1,2 mg/dL; Homens adultos: 0,70 a 1,3 mg/dL. É normal que a concentração de creatinina varie de acordo com a quantidade de massa muscular. Por esse motivo, sua concentração no sangue vai aumentando nas crianças e diminuindo nos adultos, conforme a idade. Além disso, é normal que homens tenham níveis normais de creatinina mais elevados. Portanto, a relação entre creatina e creatinina na condição da paciente é que a creatina está envolvida no metabolismo energético muscular, enquanto a creatinina é um produto resultante da degradação da creatina e é utilizado como um indicador da função renal. Ambos os parâmetros podem ser analisados para avaliar a função muscular e renal da paciente, respectivamente, e ajudar a identificar possíveis problemas relacionados a esses sistemas. Referências Bioquímica [Internet]. Available from: https://uab.ufsc.br/biologia/files/2020/08/Bioqu%C3%ADmica.pdf Resumo de Aminoácidos: definição e classificação! - Sanar Medicina [Internet]. Sanar | Medicina. Available from: https://www.sanarmed.com/resumo-de-aminoacidos-definicao-e-classificacao Ed. Guanabara Koogan. 2ª ed, 1996. -SILVERTHORN, D. Fisiologia Humana: Uma Abordagem Integrada, 7ª Edição, Artmed,. 2017 https://uab.ufsc.br/biologia/files/2020/08/Bioqu%C3%ADmica.pdf https://www.sanarmed.com/resumo-de-aminoacidos-definicao-e-classificacao
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