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E C O N O M I A C O M P O R T A M E N T A L PROF . NUT RAMPAZ ZO A S S U N T O S D A A U L A D E H O J E : 1 – O Q U E É E C O N O M I A C O M P O R T A M E N T A L ? 2 – SURGIMENTO 3 – A G E N T E S E C O N Ô M I C O S E E S C O L H A S 4 – CONSUMIDOR E UTILIDADE 5 – T O M A D A D E D E C I S Ã O 6 – E S C O L H A R A C I O N A L 7 – T E O R I A D A P E R S P E C T I V A ( P R O S P E C T O ) 8 – R A C I O N A L I D A D E LIMIT ADA 9 – T E O R I A D O S I S T E M A D U A L 10 – D I M E N S Õ E S T E M P O R A I S 11– D I M E N S Õ E S S O C I A I S 12 – H E U R Í S T I C A S 13 – V I E S E S A P R E S E N T A Ç Ã O Prof. Dra. Nut Rampazzo Graduada em Ciências Econômicas pela Universidade Federal de Pernambuco (2011). Mestre em Administração pela Universidade Federal de Pernambuco (2014). Doutora em Administração pela Universidade Federal de Pernambuco (2019). Professora dos Departamentos de Administração, Tecnologia da Informação e Psicologia da Uninassau. Organizadora de livro e autora de capítulos na área de Administração. O Q U E É E C O N O M I A C O M P O R T A M E N T A L ? Fonte: Youtube O Q U E É E C O N O M I A C O M P O R T A M E N T A L ? ● A Economia Comportamental é uma disciplina relativamente nova, decorrente da incorporação, pela economia, de desenvolvimentos teóricos e descobertas empíricas no campo da psicologia, da neurociência e de outras ciências sociais. ● Seus pesquisadores partem de uma crítica à abordagem econômica tradicional, apoiada na concepção do “homo economicus" que é descrito como um tomador de decisão racional, ponderado, centrado no interesse pessoal e com capacidade ilimitada de processar informações. O Q U E É E C O N O M I A C O M P O R T A M E N T A L ? ● A economia tradicional considera que o mercado ou o próprio processo de evolução são capazes de solucionar erros de decisão provenientes de uma racionalidade limitada. ● Em contraposição a essa visão tradicional, a Economia Comportamental sugere que a realidade é diferente: As pessoas decidem com base em hábitos, experiência pessoal e regras práticas simplificadas. ● Aceitam soluções apenas satisfatórias, buscam rapidez no processo decisório, tem dificuldade em equilibrar interesses de curto e longo prazo e são fortemente influenciadas por fatores emocionais e pelo comportamentos dos outros. O Q U E É E C O N O M I A C O M P O R T A M E N T A L ? ● Os economistas comportamentais buscam entender e modelar as decisões individuais e dos mercados a partir dessa visão alternativa a respeito das pessoas. ● Influências psicológicas, emocionais, conscientes e inconscientes que afetam o ser humano em suas escolhas, são incorporadas aos modelos. ● A Economia Comportamental propõe-se a entender e modelar as decisões dos agentes de forma mais realista. O Q U E É E C O N O M I A C O M P O R T A M E N T A L ? ● Economia Comportamental (EC): estudo das influências cognitivas, sociais e emocionais observadas sobre o comportamento econômico das pessoas. ● A EC emprega principalmente a experimentação para desenvolver teorias sobre a tomada de decisão pelo ser humano. ● Segundo a EC, nem sempre as pessoas são egoístas, calculam o custo- benefício de suas ações e tem preferências estáveis. ● Mais ainda, muitas das nossas escolhas não resultam de uma deliberação cuidadosa. O Q U E É E C O N O M I A C O M P O R T A M E N T A L ? ● Somos influenciados por informações lembradas, sentimentos gerados de modo automático e estímulos no ambiente. ● Vivemos o momento, tendemos a resistir às mudanças, a não sermos bons para predizer preferências futuras, somos sujeitos a distorções de memória e afetados por estados psicológicos. ● Somos animais sociais, com preferências sociais como confiança, altruísmo, reciprocidade e justiça, e temos o desejo de ser coerentes conosco e de valorizar as normas sociais. O Q U E É E C O N O M I A C O M P O R T A M E N T A L ? ● As implicações da EC são abrangentes e suas ideias vêm sendo aplicadas em várias esferas no setor privado e em políticas públicas, incluindo finanças, saúde, energia, desenvolvimento, educação e marketing de consumo. ● A popularidade da EC e das ciências comportamentais de modo geral: ○ ampliou a caixa de ferramentas conceituais dos profissionais da área prática; ○ incentivou pesquisas que investigam o comportamento real; ○ começou a favorecer uma cultura de “testar e aprender” entre os governos e as empresas. O Q U E É E C O N O M I A C O M P O R T A M E N T A L ? ● Quando se pede à EC que lide com questões práticas, é indispensável fazer experimentos antes de intervenções práticas. ● No setor privado, a EC reavivou o interesse dos profissionais nas áreas da Psicologia, particularmente Marketing, pesquisa com consumidores, negócios e consultoria sobre políticas. ● Os economistas comportamentais, em essência, usam a Psicologia para estudar problemas econômicos, mas como a EC é uma disciplina na intersecção da Psicologia com a Economia, nem sempre suas fronteiras são claramente definidas. E C O N O M I A C O M P O R T A M E N T A L ● Você já comprou um produto que pudesse ser personalizado? Como foi sua tomada de decisões? ● Imagine um computador, por exemplo. ● Marca bem conhecida ou alguma que você já tivesse possuído no passado? ● Escolher diversas características do produto ou um modelo básico com opções que podem ser mudadas posteriormente? S U R G I M E N T O ● A Economia Comportamental surge com o intuito de unir as descobertas da psicologia com a economia para criar modelos que descrevem de maneira mais realista as escolhas dos indivíduos. ● Separação das duas disciplinas principalmente em razão das diferentes metodologias utilizadas – a economia foi formalizada matematicamente e a psicologia se embasou na tradição experimental. ● Ao focar em teorias que enfatizavam as previsões, a economia escolheu por deixar de lado a busca por pressupostos mais realistas. S U R G I M E N T O ● A partir de 1950, houve uma tentativa de mudança por parte de alguns autores. ● Herbert Simon defendeu o uso de modelos que utilizavam mecanismos cognitivos para analisar o comportamento dos indivíduos. ● Simon cunhou o termo “racionalidade limitada” para sumarizar a proposta de que em função de limitações cognitivas, nossa mente não consegue solucionar problemas dentro dos padrões exigidos por um comportamento economicamente racional. S U R G I M E N T O ● A grande ruptura ocorre na década de 70 quando os psicólogos cognitivos começam a estudar o processo de decisão e comportamento dos agentes e adentrar no campo da economia. ● Estes modelam a racionalidade limitada de uma maneira familiar para os economistas. ● Neste momento, alguns economistas passam a aceitar que as anomalias verificadas por diversos autores não podem ser ignoradas e se apoiam na psicologia para buscar respostas. S U R G I M E N T O ● Ao final dos anos 70 temos dois trabalhos importantes que são considerados grandes marcos para a Economia Comportamental: ● Teoria da Perspectiva (Prospect Theory), dos psicólogos Daniel Kahneman e Amos Tversky. ● Em direção a uma teoria positiva da escolha do consumidor (Toward a Positive Theory of Consumer Choice), trabalho do economista Richard Thaler, publicado já em 1980. S U R G I M E N T O ● O primeiro, a chamada Teoria da Perspectiva, busca descrever de maneira mais realista o processo de decisão dos agentes corrigindo e explicando anomalias detectadas na teoria econômica tradicional. ● O segundo, o trabalho do economista Richard Thaler, publicado já em 1980, descreve uma série de anomalias não explicadas pelo mainstream da economia abrindo, assim, um novo campo de estudo. ● As descobertas sobre problemas de predição nos modelos da economia tradicional tem contribuído para um crescimento da Economia Comportamental. A G E N T E S E C O N Ô M I C O S E E S C O L H A S ● De acordo com a teoria econômica os agenteseconômicos são um conjunto de indivíduos sensatos e racionais levando a vida de maneira sensata e calculada. ● As múltiplas habilidades humanas são conhecidas: aprender línguas com facilidade, jogar xadrez, produzir música, literatura, tecnologia, arte, etc. ● Somos capazes de fazer muitas coisas maravilhosas, mas também falhamos de vez em quando, e os custos dessas falhas podem ser substanciais. A G E N T E S E C O N Ô M I C O S E E S C O L H A S ● Ex: Digitar no celular enquanto está dirigindo. ● Não é preciso digitar e dirigir o tempo todo para que isso seja perigoso e devastador. ● Outras decisões erradas podem ter custos altos: ○ Comer demais, ○ Poupar de menos, ○ Cometer crimes passionais... A G E N T E S E C O N Ô M I C O S E E S C O L H A S ● O modo como projetamos o mundo à nossa volta não nos ajuda a lutar contra a tentação e a pensar no longo prazo. ● Reflita: ○ a versão seguinte de fast food que será lançada será mais ou menos tentadora? ○ A próxima versão do smartphone nos fará consultá-lo mais ou menos vezes durante o dia? ○ E a próxima versão do Instagram nos fará abri-lo mais ou menos frequentemente? A G E N T E S E C O N Ô M I C O S E E S C O L H A S EMPRESAS CONSUMIDORES Renda Prioridades Planos Dinheiro Tempo Atenção Fonte: Diário do Comércio A G E N T E S E C O N Ô M I C O S E E S C O L H A S ● O mundo comercial quer nosso dinheiro, tempo e atenção em algum momento no futuro distante? Está tentando maximizar nosso bem-estar daqui a 30 ou 40 anos? ● Não. Os atores comerciais à nossa volta querem nosso dinheiro, tempo e atenção agora. ● E são muito bem-sucedidos em sua missão. Em parte porque controlam o ambiente em que vivemos (supermercados, shopping centers), em parte porque permitimos que sua presença em nossos computadores e telefones (apps, anúncios). A G E N T E S E C O N Ô M I C O S E E S C O L H A S Fonte: Canaltech A G E N T E S E C O N Ô M I C O S E E S C O L H A S ● Um estudo importante feito por Ralph Keeney mostrou o abrangente impacto da tomada de decisão ruim em nossa vida ou, para ser mais preciso, em nossa morte. ● Usando dados sobre mortalidade do Center of Disease Control, Ralph estimou que aproximadamente metade das mortes de adultos de 15 a 64 anos de idade nos Estados Unidos são causadas ou ajudadas por decisões pessoais ruins, em especial as relacionadas ao tabagismo, à falta de atividade física, à criminalidade, ao uso de drogas e álcool e ao comportamento sexual imprudente.” A G E N T E S E C O N Ô M I C O S E E S C O L H A S ● Se as pessoas fossem criaturas 100% racionais, a vida seria maravilhosa e simples. ● Só precisaríamos dar a elas as informações necessárias para que tomassem boas decisões, e elas imediatamente tomariam as decisões certas. ○ Comem demais? Bastaria informá-las sobre as calorias. ○ Se não poupam, bastaria dar-lhes uma calculadora de aposentadoria, e elas começariam a poupar às taxas apropriadas. ○ Digitam enquanto dirigem? É só explicar-lhes o quanto isso é perigoso. A G E N T E S E C O N Ô M I C O S E E S C O L H A S ● Infelizmente, a vida não é tão simples, e a maioria dos problemas que temos hoje em dia não se deve à falta de informação. ● E é por isso que nossas repetidas tentativas de melhorar o comportamento fornecendo mais informação fazem pouco (ou nada) para melhorar as coisas. ● Pressupostos econômicos: agente racional, que busca os próprios interesses e capaz de absorver toda informação disponível. ● Realidade: pessoas decidem com base nos hábitos e experiências, agem pela intuição e acreditam em regras simplificadoras da realidade. CONSUMIDOR E UTILIDADE ● As pessoas consomem porque querem realizar seus desejos. ● A teoria econômica descreve esse comportamento afirmando que consumidores procuram maximizar a sua utilidade. ● De maneira geral, podemos entender utilidade como satisfação. ● Um bem é útil se é capaz de satisfazer os desejos do consumidor. ● Tudo o que pode ser consumido e que atende um querer tem utilidade. CONSUMIDOR E UTILIDADE ● A utilidade serve como ferramenta de classificação dos diversos bens que os consumidores desejam consumir. ● É uma construção científica utilizada pelos economistas para entender como consumidores racionais tomam decisões. ● É uma medida ordinal: o consumidor prefere A a B, B a A ou as duas cestas são igualmente satisfatórias. CONSUMIDOR E UTILIDADE CONSUMIDOR E UTILIDADE ● Quando o consumidor que se desloca de um ponto para outro ao longo da mesma curva de indiferença não aumenta nem diminui o nível de satisfação que obtém com o consumo dos dois bens. ● Mas, se aumentamos o consumo de ambos os bens, nos movemos para a direita e acima. ● Estaremos migrando para curvas de indiferença cada vez mais elevadas. ● E isso significa alcançar níveis de utilidade cada vez mais elevados. CONSUMIDOR E UTILIDADE ● Mas será que o consumidor sempre maximiza seu nível de utilidade? Não. ● Problemas: ○ Informações limitadas ○ Não processamos bem as informações ○ Temos restrições de tempo e dinheiro para obter as informações ○ Limitações cognitivas T O M A D A D E D E C I S Ã O ● Pense na compra de um bem... Por que decidimos mal? ○ Questões psicológicas (consumismo) ○ Falta de Educação Financeira – conhecimento ○ Complexidade das tomadas de decisão ○ Não avaliamos bem os riscos ○ Paradigmas financeiros nocivos T O M A D A D E D E C I S Ã O ● Decisão racional da compra de um carro novo: ● Será que preciso trocar de carro? ● Avaliar qual limite POSSÍVEL de gasto ● Considerar diversos modelos disponíveis ● Levantar custos: seguro, IPVA, combustível ● Reais necessidades (potência motor, opcionais) ● Depreciação estimada de cada veículo ● etc T O M A D A D E D E C I S Ã O ● Decisão real da compra de um carro novo: ● A opinião de amigos e parentes conta muito ● A busca por status pode ser primordial ● A maneira como o vendedor conduz o processo influencia no resultado final ● Olhamos se a parcela cabe no orçamento ● etc E S C O L H A R A C I O N A L ● O modelo básico apresentado para personalização do produto representa uma escolha padrão (default). ● O fabricante pode empregar a noção de “framing” e apresentar as opções de modos diferentes, recorrendo a um modo de personalização baseado em “adicionar” ou “deletar” opções. ● A estratégia de “framing” na apresentação das opções será associada a diferentes âncoras de preço antes da personalização, o que pode influenciar o valor percebido do produto. E S C O L H A R A C I O N A L ● Em um mundo ideal, defaults, frames e preços-âncora não influenciariam as escolhas dos consumidores. ● Nossas decisões seriam resultado de uma cuidadosa ponderação de custos e benefícios e se baseariam em preferências existentes. ● Sempre tomaríamos decisões ótimas. E S C O L H A R A C I O N A L ● No livro “The Economic Approach to Human Behavior”, do economista Gary S. Becker, publicado em 1976, o autor apresentou uma célebre série de ideias conhecidas como os pilares da chamada teoria da “escolha racional”. ● A teoria supõe que os agentes humanos têm preferências estáveis e procuram maximizar o comportamento. ● Becker, que aplicou a teoria da escolha racional a esferas tão diferentes como crime e casamento, acreditava que disciplinas acadêmicas como a sociologia podiam aprender com a hipótese do “homem racional” proposta pelos economistas neoclássicos em fins do século 19. T E O R I A D A P E R S P E C T I V A ( P R O S P E C T O ) ● Enquanto a racionalidade econômica influenciava outros campos das ciências sociais de dentro para fora, psicólogos confrontavam o pensamento econômico prevalecente com dados da realidade. ● Entre eles, salientaram-se Amos Tversky e Daniel Kahneman, com vários artigos que pareciam erodir as ideias sobre a natureza humana, defendidas pela corrente dominante dos economistas. ● Talvez esses dois autores sejam mais conhecidos por teremformulado a teoria da perspectiva que mostra que nem sempre as decisões são ótimas. T E O R I A D A P E R S P E C T I V A ( P R O S P E C T O ) ● Nossa disposição para correr riscos é influenciada pelo modo como as escolhas são apresentadas (framed), isto é, depende do contexto. Consideremos o seguinte problema de decisão clássico: ● O que você prefere: A) Um ganho certo de $250, ou B) Uma chance de 25% de ganhar $1000 e uma chance de 75% de não ganhar nada? C) E que tal: Uma perda certa de $750, ou D) Uma chance de 75% de perder $1000 e uma chance de 25% de não perder nada? T E O R I A D A P E R S P E C T I V A ( P R O S P E C T O ) ● O trabalho de Tversky e Kahneman mostra que as respostas diferem conforme as escolhas são apresentadas (framed) como um ganho (1) ou uma perda (2). ● Diante do primeiro tipo de decisão, grande parte das pessoas optará pela alternativa sem risco (A), enquanto no segundo problema as pessoas mostram maior probabilidade de escolher D, a mais arriscada. ● Isso acontece porque temos maior aversão à perda do que apreço por um ganho equivalente. R A C I O N A L I D A D E LIMITADA ● A importância da Economia corroborada pela Psicologia refletiu-se mais tarde no conceito de “racionalidade limitada”, um termo associado ao trabalho de Herbert Simon nos anos 1950. ● Segundo essa concepção, nem todas as decisões são ótimas. ● Existem restrições ao processamento de informações pelos seres humanos, porque há limites de conhecimento (ou de informações) e de capacidades computacionais. R A C I O N A L I D A D E LIMITADA ● Embora a ideia de limites humanos à racionalidade não fosse completamente nova em Economia, o programa de estudos sobre “heurísticas e vieses” de Tversky e Kahneman trouxe importantes contribuições metodológicas. ● Defendeu uma abordagem rigorosa à compreensão das decisões econômicas com base na medição de escolhas reais feitas sob diferentes condições. ● O princípio da limitação de conhecimentos ou informações que baseia a racionalidade limitada é um dos temas abordados no livro Nudge, de 2008. R A C I O N A L I D A D E LIMITADA ● Nessa obra, Thaler e Sunstein ressaltam que experiência, boas informações e feedback rápido são os principais fatores que permitem às pessoas tomar boas decisões. ● Por exemplo, o impacto de fumar é mais perceptível no decorrer dos anos, enquanto o efeito desse hábito sobre as células e órgãos internos geralmente não se evidencia para o indivíduo. ● O feedback genérico destinado a induzir uma mudança comportamental limita- se a informações como os custos econômicos do comportamento prejudicial à saúde e suas possíveis consequências ao organismo. R A C I O N A L I D A D E LIMITADA ● Programas mais recentes voltados para a mudança de comportamento. ● Uso de aplicativos de celular para ajudar o usuário a parar de fumar. ● Feedback comportamental positivo e personalizado, que pode incluir o número de cigarros não fumados e o dinheiro poupado, além de informações sobre melhora da saúde e prevenção de doença. T E O R I A D O S I S T E M A D U A L ● Daniel Kahneman usa uma estrutura teórica de sistema dual para explicar por que nossas avaliações e decisões frequentemente não estão em conformidade com noções formais de racionalidade. T E O R I A D O S I S T E M A D U A L Fonte: Youtube D I M E N S Õ E S T E M P O R A I S ● Outro ramo importante da EC introduz uma dimensão temporal a avaliações e preferências humanas. ● Essa área reconhece que as pessoas têm viés para o presente e não são boas em predizer tendências, percepções de valores e comportamentos futuros. ● Segundo as teorias do desconto intertemporal, os eventos do presente recebem pesos maiores do que os do futuro. D I M E N S Õ E S T E M P O R A I S ● A inconsistência temporal também ocorre quando uma pessoa, no presente, não prediz acuradamente quais serão suas preferências no futuro. ● Essa incapacidade de avaliar plenamente o efeito de estados emocionais na tomada de decisão é conhecida como lacuna da empatia (quente-frio). ● Os fatores quentes incluem emoções, enquanto os fatores frios se caracterizam pela ausência delas. ● Quando fazemos planos para o futuro, geralmente somos otimistas demais. D I M E N S Õ E S S O C I A I S ● Ao contrário do conceito de motivação e tomada de decisão baseado na ideia do homo economicus, a EC não pressupõe que o ser humano faz escolhas em isolamento ou para servir aos seus próprios interesses. ● Além das dimensões cognitivas e afetivas, uma área importante da EC também considera as forças sociais, pois as decisões são tomadas por indivíduos que são moldados pelos ambientes sociais e integrados a esses ambientes. D I M E N S Õ E S S O C I A I S ● A confiança, que é uma das explicações para as discrepâncias entre o comportamento real e o comportamento predito por um modelo de agentes auto-interessados, torna possível a vida social e permeia as relações econômicas. ● Embora a confiança possa nos deixar vulneráveis e, por isso, reflita preferências de risco, ela também pode ser resultante de preferências sociais. ● “Aversão à traição”: as pessoas aceitam riscos maiores quando estão diante de uma dada probabilidade de má sorte do que com a mesma probabilidade de serem traídas por outra pessoa. D I M E N S Õ E S S O C I A I S ● A justiça está relacionada a motivação pela reciprocidade: nossa tendência a retribuir a ação de outra pessoa com uma ação equivalente. ● Nossas preferências não são simplesmente uma questão de gostos básicos; elas também são influenciadas por normas, por exemplo, as que se manifestam nos papéis de cada sexo. ● Preocupação em manter uma ideia positiva de quem somos como pessoas. Quando o resultado de uma ação ameaça essa imagem positiva, podemos mudar nosso comportamento, embora frequentemente mudemos apenas nossas atitudes ou crenças. D I M E N S Õ E S S O C I A I S ● A justiça está relacionada a motivação pela reciprocidade: nossa tendência a retribuir a ação de outra pessoa com uma ação equivalente. ● Nossas preferências não são simplesmente uma questão de gostos básicos; elas também são influenciadas por normas, por exemplo, as que se manifestam nos papéis de cada sexo. ● Preocupação em manter uma ideia positiva de quem somos como pessoas. Quando o resultado de uma ação ameaça essa imagem positiva, podemos mudar nosso comportamento, embora frequentemente mudemos apenas nossas atitudes ou crenças. H E U R Í S T I C A S ● Heurísticas são estratégias práticas que diminuem o tempo de tomada de decisão e permitem que as pessoas funcionem sem parar constantemente para pensar em seu próximo curso de ação. ● As heurísticas são úteis em muitas situações, mas também podem levar a vieses inconscientes. ● Foi na década de 1950 que o psicólogo Herbert Simon, vencedor do prêmio Nobel, sugeriu que, enquanto as pessoas se esforçam para fazer escolhas racionais, o julgamento humano está sujeito a limitações cognitivas. H E U R Í S T I C A S ● Mas as pessoas são limitadas pela quantidade de tempo que têm para fazer uma escolha, bem como pela quantidade de informações que temos à nossa disposição. ● Outros fatores, como inteligência geral e precisão das percepções, também influenciam o processo de tomada de decisão. ● Durante a década de 1970, os psicólogos Amos Tversky e Daniel Kahneman apresentaram suas pesquisas sobre os vieses cognitivos. Eles propuseram que esses vieses influenciam a maneira como as pessoas pensam e fazem julgamentos. H E U R Í S T I C A S ● Eles propuseram que esses vieses influenciam a maneira como as pessoas pensam e fazem julgamentos. ● Por isso, somos forçados a confiar em atalhos mentais para nos ajudar a entender o mundo. ● As heurísticas desempenham papéis importantes na solução de problemas e na tomada de decisão. ● Quando estamos tentando resolver um problema ou tomar uma decisão rápida, geralmente recorremos a esses atalhos mentais.H E U R Í S T I C A S ● Os psicólogos sugeriram algumas teorias diferentes para as razões pelas quais confiamos nas heurísticas: ● Substituição de atributos: as pessoas substituem questões complexas e difíceis por questões mais simplificadas, que estabeleçam alguma relação. ● Redução de esforço: pessoas utilizam-se de heurística para reduzir seu esforço mental, seria uma espécie de “preguiça mental”. ● Rápido e econômico: fazemos uso das heurísticas porque são rápidas e, geralmente, corretas. H E U R Í S T I C A S Quantas escolhas você faz por dia? H E U R Í S T I C A S Fonte: Youtube V I E S E S ● Inconscientes, os vieses cognitivos são pré-julgamentos que influenciam o processamento de informações pelo cérebro. ● Funcionam como atalhos mentais que tornam o pensamento mais fácil e rápido, mas podem ser perigosos ao nos levarem a tomar decisões irracionais. ● O School of Thought, uma organização internacional sem fins lucrativos dedicada ao ensino de habilidades de pensamento crítico e criativo, selecionou os 24 vieses cognitivos que mais embaraçam a sua vida. V I E S E S – A N C O R A G E M ● A ordem em que recebemos as informações contribui para determinar o curso das nossas percepções. ● Por isso, a primeira informação que acessamos é sempre a mais relevante e influencia todos os demais julgamentos. ● Fique atento a esse viés especialmente durante negociações, como a compra de uma casa ou de um carro. ● Dica: O preço inicial oferecido terá um efeito significativo na sua mente na hora de fechar o negócio. V I E S E S – A N C O R A G E M Fonte: Google Imagens V I E S E S – C U S T O A F U N D A D O ● Um projeto no qual investimos tempo, dinheiro ou emoções é mais difícil de ser abandonado. ● Por causa desse apego irracional ao que já nos custou algo, podemos distorcer os julgamentos e fazer investimentos imprudentes. ● Dica: Pergunte a si mesmo se você já não investiu o suficiente em algum projeto sem retorno, se você repetiria esse investimento caso pudesse voltar atrás e como aconselharia um amigo na mesma situação. V I E S E S – OTIMISMO ● Resultados positivos costumam ser superestimados. ● Até pode ser benéfico manter uma atitude positiva, mas é imprudente permitir que ela afete a nossa habilidade de fazer julgamentos racionais. ● Dica: Faça julgamentos realísticos. V I E S E S – P E S S I M I S M O ● A probabilidade de resultados negativos também pode ser superestimada. ● Esse costuma ser um mecanismo de defesa contra desapontamentos, mas pode levar a quadros de depressão e ansiedade. ● Dica: Lembre-se de que, mesmo se algo de bom acontecer, você tende a continuar pessimista. V I E S E S – E F E I T O D U N N I N G - K R U G E R ● Quanto menos sabemos sobre um assunto, mais confiantes nos sentimos sobre ele. ● E o contrário também é verdadeiro. ● Por isso, muitos especialistas tendem a subestimar suas próprias habilidades, reconhecendo o quanto ainda desconhecem. ● Dica: procure desconfiar das suas certezas. Em um mundo cada vez mais dinâmico e rápido, lembre de questionar as respostas simples dadas para problemas complexos. V I E S E S – E F E I T O B A C K F I R E (TIRO P E L A C U L A T R A ) ● Desafios às nossas crenças nos levam a acreditar de modo ainda mais forte nelas. ● Assim, sentimos que um ataque a uma ideia parece um ataque contra nós mesmos. ● Dica: aquilo que desconhece nunca irá colocá-lo em encrenca, mas aquilo que você sabe, irá. V I E S E S – E F E I T O D E E N Q U A D R A M E N T O ● O contexto influencia muito. ● Acreditamos que pensamos de modo independente, mas somos condicionados pela forma como as informações são apresentadas e pelas sugestões sutis que elas oferecem. ● Dica: tenha humildade intelectual para aceitar que você pode ser manipulado e procure estabelecer limites a essa influência, prestando atenção ao modo como as coisas são apresentadas – as propagandas, por exemplo. V I E S E S – E G O Í S M O ● Nossos fracassos tendem a ser percebidos como fruto de fatores externos. ● Porém, os sucessos são vistos como mérito próprio. ● Dica: pare de culpar as circunstâncias pelos erros e se conscientize desse viés antes de julgar os outros. V I E S E S – B A R N U M ● As declarações vagas fazem com que tapemos os seus buracos, uma vez que a nossa mente está sempre em busca de conexões. ● Por isso, nos apropriamos de manifestações nebulosas para interpretá-las e fazê-las parecerem pessoais. ● Dica: profissionais como astrólogos e médiuns se utilizam desse viés para fazer você sentir que estão falando algo relevante. ● Mas essas coisas podem se aplicar a qualquer um, não só a você. V I E S E S – H I P Ó T E S E D O M U N D O J U S T O ● O desejo de que o mundo seja justo nos leva a presumir que ele existe. ● Por isso, uma realidade em que as pessoas nem sempre recebem aquilo que merecem ameaça a narrativa que construímos na mente. ● Dica: dê mais ênfase à compreensão do que à culpa. ● Cada um tem a sua própria história, todos podem cometer falhas e coisas ruins acontecem mesmo com pessoas boas. V I E S E S – E N D O G R U P A L ● O sentimento de pertencimento faz favorecer quem se parece conosco. ● Dica: imagine-se na posição de quem está de fora do seu grupo e tente ser desapaixonado com quem está dentro dele. V I E S E S – E R R O F U N D A M E N T A L E A T R I B U I Ç Ã O ● O julgamento que fazemos dos outros sempre é pelas suas características, enquanto nos julgamos pela situação. ● Se tivemos uma noite ruim de sono, sabemos por que estamos mais lentos no dia seguinte. ● Se vemos alguém mais devagar, presumimos que é uma pessoa lenta. ● Dica: você será mais atencioso – e objetivo – ao reconhecer o contexto em que vive outra pessoa. V I E S E S – E F E I T O D O E S P E C T A D O R ● Em uma emergência em espaço público, presumimos que alguém irá tomar alguma atitude e não reagimos. ● Ocorre uma espécie de paralisia mental que nos distrai do senso de responsabilidade pessoal. ● Dica: presuma que você será a pessoa que irá ajudar ou chamar ajuda. ● Tente ser a mudança que você quer ver no mundo. V I E S E S – D I S P O N I B I L I D A D E ● Os nossos julgamentos são influenciados pelo que nos salta à mente com mais facilidade. ● Por isso, memórias recentes são mais poderosas e parecem mais relevantes. ● Dica: procure novas perspectivas e estatísticas ao invés de confiar no seu primeiro julgamento. V I E S E S – M A L D I Ç Ã O D O C O N H E C I M E N T O para o ● Uma vez que entendemos algo, presumimos ser óbvio para todos. ● Assim, acabamos esquecendo o quão complicado é o caminho conhecimento. ● Dica: tente ir devagar ao ensinar algo novo a alguém, repita as informações mais importantes e cite exemplos práticos. V I E S E S – C R E N Ç A de encontro às nossas crenças tende a ser● Uma conclusão que vai racionalizada e amparada. ● Por isso, é tão difícil nos afastarmos do que acreditamos e levar em consideração os méritos de um argumento. ● Na prática, é como se nossas ideias fossem impenetráveis à crítica. ● Dica: pergunte a si mesmo quando e como você chegou a essa crença ao invés de defendê-las automaticamente. V I E S E S – D E C L I N I S M O ● O passado tende a ser lembrado melhor do que realmente foi, enquanto esperamos um futuro bem pior do que provavelmente seja. ● Mesmo estando no momento mais próspero e pacífico da história, muitos acreditamos que está ficando pior. ● Dica: desvie dos pensamentos nostálgicos e use métricas mensuráveis – como a expectativa de vida, os dados de criminalidade e os índices de qualidade de vida. V I E S E S – P E N S A M E N T O D E G R U P O ● A dinâmica social influencia nossas decisões em uma situação de grupo, uma vez que a divergência pode ser desconfortável e perigosa. ● A opinião daquela pessoa mais confiante – ou da que fala primeiro – costuma determinar a decisão dos demais. ● Dica: procure manterum pensamento crítico em atividades em grupo e avaliar as situações com objetividade. V I E S E S – N E G A T I V I D A D E ● Sentimos a dor do sofrimento e da perda com mais intensidade do que a alegria da gratificação e do prazer. ● Dica: liste os prós e os contras para fazer avaliações mais objetivas. V I E S E S – E F E I T O P L A C E B O ● Um remédio, mesmo falso, pode fazer efeito se acreditarmos que ele irá funcionar. ● Isso pode acontecer em situações que são controladas pela nossa mente, como dores, mas não em viroses ou fraturas. ● Dica: a homeopatia, a acupuntura e outras formas de medicina natural são mais efetivas do que o efeito placebo. ● Mantenha-se saudável usando a medicina baseada em evidências e consultando um médico. V I E S E S – C O N F I R M A Ç Ã O ● Informações que confirmam nossas crenças recebem atenção especial. ● Somos mais propensos a procurar e concordar com aquilo que consente com nossas hipóteses e ignorar e discordar do que contrasta. ● Dica: assuma suas ideias como uma espécie de software no qual você está tentando encontrar problemas em vez de procurar pensamentos para serem defendidos. V I E S E S – E F E I T O A U R É O L A alguém atraente influencia o nosso● O quanto gostamos ou achamos julgamento sobre essa pessoa. ● Isso ocorre porque os nossos juízos são automáticos e é especialmente importante na vida profissional. ● Dica: fique atento aos seus julgamentos. Se quiser ser objetivo, você precisa controlar conscientemente essas influências. V I E S E S – R E A T Â N C I A ● O oposto do que alguém nos pede costuma ganhar mais a nossa disposição do que o pedido em si. ● Isso porque sentimentos que a nossa liberdade está sendo ameaçada e queremos resistir. ● Dica: cuide para não perder a objetividade quando alguém está lhe pedindo algo. A sabedoria está mais ligada à reflexão do que à reação. V I E S E S – E F E I T O H O L O F O T E ● O que os outros pensam sobre nós mesmos costuma ser superestimado. ● No geral, a maioria das pessoas está bem mais preocupada em si mesmo do que em você. ● Dica: considere como você faz os outros se sentirem ao invés de se preocupar como lhe julgam. É assim que as pessoas lembram umas das outras. R E V I S Ã O D A A U L A A N T E R I O R Fonte: Youtube A I M P O R T Â N C I A D A E C O N O M I A C O M P O R T A M E N T A L ● A economia comportamental é um campo de estudo que busca entender como o comportamento humano interfere nas decisões econômicas. ● Esta ciência não para de crescer e está transformando a forma como as empresas enxergam os processos decisórios. ● A economia clássica sempre considerou o homem como um ser racional, que toma decisões de forma lógica, pura e simples. ● Assim, na economia clássica, uma pessoa jamais compraria um tênis se não precisasse dele. ● Na prática, no entanto, nós sabemos que não é bem assim. A I M P O R T Â N C I A D A E C O N O M I A C O M P O R T A M E N T A L ● Os economistas comportamentais, portanto, passam a entender o comportamento econômico sob o viés das emoções e da irracionalidade humana, que sempre podem influenciar nas nossas decisões econômicas. ● A Economia Comportamental aposta na irracionalidade humana como motor das decisões econômicas, certo? ● Mas se acreditamos na irracionalidade influenciando as ações das pessoas, o que o estudo dessa área propõe para entender as pessoas? ● Os seres humanos são irracionais, mas previsíveis. A I M P O R T Â N C I A D A E C O N O M I A C O M P O R T A M E N T A L ● Imagine, em um exemplo simples, o seu hábito de olhar as notificações do celular enquanto trabalha. ● Provavelmente, a essa altura da sua vida, você faz isso de forma irracional. ● Porém, como esse hábito é recorrente, podemos dizer que ele é previsível e que, ao longo do dia, percebendo ou não, você vai parar de fazer o que está fazendo para conferir o celular. A I M P O R T Â N C I A D A E C O N O M I A C O M P O R T A M E N T A L ● Essa previsibilidade irracional é tema do livro de mesmo nome do economista Dan Ariely, grande nome da economia comportamental. ● A obra e o trabalho de Dan Ariely fala bastante sobre como tomamos decisões irracionais mas em padrões coerentes. A I M P O R T Â N C I A D A E C O N O M I A C O M P O R T A M E N T A L Fonte: Youtube A I M P O R T Â N C I A D A E C O N O M I A C O M P O R T A M E N T A L ● A economia comportamental estuda também as tentações que influenciam nossas decisões. ● Tentações maiores e menores são responsáveis por nos fazer agir diante de situações diversas, inclusive economicamente. ● Quando pesquisamos um produto na internet e não o compramos, o que é mesmo que acontece? Ele volta para nos assombrar. ● Essa é uma forma de atingir as pessoas com base nas tentações delas e fazer com que elas se submetam novamente à tentação. F E R R A M E N T A S E M E T O D O L O G I A S E X P E R I M E N T A I S ● O método experimental é predominante nos trabalhos de Economia Comportamental. ● Experimentos podem ser conduzidos em diversos ambientes, sendo os três mais tradicionais: laboratórios, campo e natural. ● Cada pesquisador deve ponderar suas vantagens e desafios antes de decidir. E X P E R I M E N T O E M L A B O R A T Ó R I O (VAN T AGE N S ) ● Estudos experimentais tradicionalmente são feitos em laboratório. ● Pesquisadores podem expor os participantes a estímulos ou pedir-lhes para cumprir tarefas. ● Número limitado de variáveis em um ambiente controlado. ● Permitem que os pesquisadores estudem relações de causa e efeito. ● Os participantes são alocados aleatoriamente para as condições de tratamento, o que resolve o problema do viés de seleção. E X P E R I M E N T O E M L A B O R A T Ó R I O ( D E S V A N T A G E N S ) ● Possível introdução no laboratório de influências diversas no comportamento, por ser um ambiente artificial. ● Representatividade do conjunto de participantes, que em geral provêm de populações de estudantes. ● A própria situação de estarem em um experimento de laboratório já pode alterar a reação dos participantes aos estímulos usados. E X P E R I M E N T O E M L A B O R A T Ó R I O ● Um clássico estudo de Psicologia do Consumidor foi realizado em laboratório por Levin e Gaeth (1988). ■ Uma amostra de estudantes foi designada diferentes condições envolviam provar e aleatoriamente para experimentais que avaliar carne. ■ Os pesquisadores controlaram cuidado- samente a quantidade de alimento que os participantes provaram e as horas do dia em que o experimento ocorreu. E X P E R I M E N T O E M L A B O R A T Ó R I O ● Alguns participantes primeiro provaram a carne e depois viram o rótulo. Outros viram o rótulo antes de provar a carne. ■ Os pesquisadores dividiram esses grupos em duas condições adicionais, as ênfases (framing) do rótulo: a carne era descrita ou como sendo 75% sem gordura (moldura positiva) ou como tendo 25% de gordura (moldura negativa). E X P E R I M E N T O E M L A B O R A T Ó R I O ● No fim do experimento, os participantes avaliaram a carne em termos de qualidade, teor de gordura e sabor. ■ A carne foi avaliada mais favoravelmente quando apresentada em um frame positivo. ■ O ato de provar o produto reduziu o efeito de framing, mas a ordem em que a carne foi provada e rotulada não fez diferença. E X P E R I M E N T O E M L A B O R A T Ó R I O ● Algumas tarefas experimentais não precisam, rigorosamente, ser realizadas em um ambiente de laboratório. ● Os experimentos em laboratório podem convertidos em experimentos online. ● Essa metodologia permite aos pesquisadores atingirem mais facilmente populações variadas e reduz as influências introduzidas pelo experimentador. ● Como não dispõem dos controles existentes em laboratório, os experimentos online são considerados uma espécie de quase-experimento. E X P E R I M E N T O D E C A M P O VANTAGENS: ● Causas e efeitos investigados emum ambiente natural. ● Geralmente não há noção de que se está sendo estudado. DESVANTAGENS: ● Menor controle sobre (terceiras) variáveis que não são parte da relação de causa e efeito em estudo. ● Mais difíceis de replicar. ● Podem ser caros. E X P E R I M E N T O D E C A M P O ● Um estudo na China, por Hossain e List (2012), procurou aumentar a produtividade dos empregados de uma empresa de componentes eletrônicos para computadores. ● Alguns dos empregados receberam uma carta com um frame de ganho (a condição de “recompensa”), na qual se informava que, além do salário, eles receberiam uma remuneração adicional de $80 para cada semana em que a produção semanal média de sua equipe atingisse no mínimo K unidades por hora. E X P E R I M E N T O D E C A M P O ● Outra condição experimental (“punição”) atuava com base na aversão à perda. ● A carta aos trabalhadores desse grupo dizia que, além de seu salário normal, eles receberiam um único adicional de $320. ● No entanto, para cada semana em que a produção semanal média de sua equipe fosse inferior a K unidades por hora, esse adicional ao salário seria reduzido em $80. E X P E R I M E N T O D E C A M P O ● Os resultados mostraram que receber qualquer incentivo em forma de bônus aumentou a produtividade em até 9% para os trabalhadores dos grupos e em até 12% para os indivíduos. ● Por outro lado, o frame baseado em perda (punição) não alterou o desempenho dos que trabalhavam sozinhos e a produtividade dos que trabalhavam em grupo aumentou entre 16% e 25% acima da dos grupos da condição de recompensa. E X P E R I M E N T O N A T U R A L ● Outro tipo de quase-experimento é o natural. ● Essa metodologia é o tipo experimental mais limitado quando se fala em controles e possibilidade de replicação. ● Os pesquisadores não manipulam o tratamento do experimento, que ocorre naturalmente. E X P E R I M E N T O N A T U R A L ● Ambiente natural (altíssima validade ecológica). ● Sem consciência de estar sendo estudado. ● Pouco dispendiosos, se feitos retrospectivamente, com dados já disponíveis. ● Éticos. E X P E R I M E N T O N A T U R A L ( D E S V A N T A G E N S ) ● Ausência de controle sobre o delineamento. ● Não é possível manipular variáveis independentes. ● Não há amostragem aleatória e variáveis extrínsecas podem influenciar os resultados. ● Limites à replicabilidade. ● Podem ser dispendiosos e/ou demorados, especialmente os longitudinais. E X P E R I M E N T O N A T U R A L ● Johnson et al. (1993) analisaram o framing em mercados de seguros. ● Quando adquire uma apólice de seguro, o consumidor pode ter uma franquia anual, que é a quantia que não será coberta pelo seguro em caso de sinistro. ● Essa franquia é percebida como uma perda e o segurado sente tanto a perda do prêmio que pagou como o custo da franquia. ● As seguradoras podem oferecer um desconto que será deduzido caso seja preciso pagar pelo sinistro: uma integração das perdas que deverá ser mais atrativa para os consumidores. E X P E R I M E N T O N A T U R A L ● Em um experimento natural simples, eles compararam uma mudança em leis de seguro de veículos em dois estados no começo dos anos 1990. ● A lei permitia que os motoristas de New Jersey (NJ) e Pensilvânia (PA) abrissem mão do direito de moverem processos legais em troca de pagarem prêmios de seguro mais baixos. ● Em NJ, os motoristas tinham preços de seguro mais baixos e um custo adicional se quisessem incluir o direito de processar. Na PA, os motoristas tinham o direito de processar integral e podiam reduzir seus prêmios abrindo mão desses direitos. E X P E R I M E N T O N A T U R A L ● Cerca de 20% mudaram da opção default quando a mudança representava um aumento no prêmio (NJ) e aproximadamente 25% trocaram quando houve uma redução no prêmio (PA). ● Como resultado, apenas 20% dos motoristas de NJ optaram pelo direito integral de processar, enquanto 75% das pessoas na PA mantiveram seu direito de processar. ● Johnson et al. supuseram que isso se devia, ao menos em parte, a efeitos de framing. E S T R U T U R A S C O M P O R T A M E N T A I S E M O D E L O S I N T E G R A T I V O S ● As estruturas e modelos comportamentais permitem aos profissionais executarem funções relacionadas a diagnóstico, melhor prática, transferência de conhecimento e tomada de decisão. ● Uma boa ferramenta comportamental é ao mesmo tempo uma lente conceitual e um auxiliar de decisões para que os profissionais entendam os problemas e formulem soluções. ● Sobretudo, ela é parcimoniosa, universal e suficientemente flexível para ser aplicada repetidamente e, assim, aumentar a eficiência. E S T R U T U R A S C O M P O R T A M E N T A I S E M O D E L O S I N T E G R A T I V O S ● Em essência, com o passar do tempo a ferramenta passa a representar uma abordagem que foi experimentada e posta à prova. ● Os modelos comportamentais podem servir a propósitos de intervenção ou explicação. ● Muitos modelos que procuram integrar ideias da EC e disciplinas relacionadas concentram-se mais em influências do contexto sobre o comportamento, como os ambientes de escolha. N U D G I N G E A R Q U I T E T U R A D E E S C O L H A S ● Ferramentas comportamentais podem ajudar os profissionais a selecionar, formular ou aplicar nudges, que foram definidos assim por Thaler e Sunstein (2008, p. 6): Um nudge [...] é qualquer aspecto da arquitetura de escolha que altera o comportamento das pessoas de um modo previsível sem proibir quaisquer opções nem alterar significativamente seus incentivos econômicos. Para que uma intervenção seja considerada um mero nudge, deve ser fácil e barato evitá-la. Nudges não são imposições. Dispor as frutas ao nível do olhar é considerado nudge. Proibir junk food, não. N U D G I N G E A R Q U I T E T U R A D E E S C O L H A S ● Talvez o nudge mais frequentemente mencionado seja o estabelecimento de defaults (padrões), que são linhas de ação determinadas previamente e que vigoram se o tomador de decisão não especificar nada em contrário. ● Trabalhar com defaults é particularmente eficaz quando a tomada de decisão envolve inércia ou incerteza. ● Por exemplo, requerer que as pessoas declarem sua opção por não doarem seus órgãos tem sido associado a taxas de doação mais elevadas. N U D G I N G E A R Q U I T E T U R A D E E S C O L H A S ● Nudge são técnicas de persuasão. ● São sugestões, sutilezas, pequenos incentivos, empurrõezinhos, com baixo custo e aplicáveis às mais diversas áreas. ● A tradução de Nudge para o português significa empurrão. ● Chamado de “Teoria do Incentivo”, é uma maneira de apresentar uma proposta para uma determinada pessoa prevendo a resposta que terá. N U D G I N G E A R Q U I T E T U R A D E E S C O L H A S ● A proposta do Nudge é entender o processo de tomada de decisões, de forma que se possa influenciar outra pessoa. ● Seja isso um acordo, uma parceria, uma compra ou qualquer outra atividade. ● Alterações na forma de redação do texto de uma notificação por atraso no recolhimento do tributo, por exemplo, podem aumentar a arrecadação, do mesmo modo que cores calmas e a presença de um conciliador em uma sala podem favorecer um acordo. N U D G I N G E A R Q U I T E T U R A D E E S C O L H A S positivas, como● Contudo, essa técnica permite não só propor decisões também decisões negativas. ● Sendo assim, é preciso saber trabalhar de forma correta atentando-se para a apresentação de uma proposta. ● Os seus benefícios podem ser aproveitados não só por empresas, mas também por escolas, pessoas físicas e até mesmo pelo próprio governo. N U D G I N G E A R Q U I T E T U R A D E E S C O L H A S ● Sua aplicação prática parte do pressuposto de que os seres humanos são fortemente influenciados pelas coisas que o cercam, como pessoas, ambiente, etc. ● Desse modo, todos de certo modo, tomam decisões de forma nem sempre racional, mas sendo influenciados pelas cores, aromas, iluminação,formatos e até mesmo uma simples mudança de ordem na apresentação das palavras em um discurso. N U D G I N G E A R Q U I T E T U R A D E E S C O L H A S ● Como podemos incentivar os pedestres que querem ficar parados nas escadas rolantes a permanecerem à direita, a deixar a esquerda livre para quem quer andar? Pintura nas escadas !! N U D G I N G E A R Q U I T E T U R A D E E S C O L H A S ● Como incentivar os fumantes a descartar adequadamente os cigarros em uma coleção separada? Propor uma pesquisa! Quem é o melhor jogador do mundo? N U D G I N G E A R Q U I T E T U R A D E E S C O L H A S ● Como incentivar o fechamento adequado da torneira da pia? Desenhando Euros que são jogados fora! N U D G I N G E A R Q U I T E T U R A D E E S C O L H A S ● Como incentivar o gerenciamento correto das toalhas de papel em um banheiro público? Mostrando os efeitos no planeta dos resíduos! N U D G I N G E A R Q U I T E T U R A D E E S C O L H A S ● Como limitar uma área para fumantes e ao mesmo tempo incentivar os fumantes a parar de fumar? Delimitando a área dedicada a eles com um caixão !! N U D G I N G E A R Q U I T E T U R A D E E S C O L H A S ● Como podemos evitar que as bananas sozinhas e sem deixadas atenção sejam desperdiçadas? Com uma frase divertida e uma área dedicada: Me pegue, sou solteira! N U D G I N G E A R Q U I T E T U R A D E E S C O L H A S ● Como conscientizar as pessoas sobre o problema dos resíduos de plástico? Com uma… imagem especial! N U D G I N G E A R Q U I T E T U R A D E E S C O L H A S ● Como permitir que os clientes se comuniquem se ser por não querem incomodados assistentes de loja? Com um código de cores! Em vermelho: Eu gostaria de ser atendido/a Em preto: Gostaria de dar uma olhada sozinho/a N U D G I N G E A R Q U I T E T U R A D E E S C O L H A S ● Sua aplicação prática parte do pressuposto de que os seres humanos são fortemente influenciados pelas coisas que o cercam, como pessoas, ambiente, etc. ● Desse modo, todos de certo modo, tomam decisões de forma nem sempre racional, mas sendo influenciados pelas cores, aromas, iluminação, formatos e até mesmo uma simples mudança de ordem na apresentação das palavras em um discurso. N U D G I N G E A R Q U I T E T U R A D E E S C O L H A S ● O conceito de nudge foi popularizado por Richard Thaler e Cass Sunstein e remonta aos estudos do Nobel Daniel Kahneman, que questiona a visão de que as decisões humanas são tomadas com base em uma análise racional de custo-benefício. ● A economia comportamental ganha destaque e passa a ser usada como aliadas das administrações públicas ao redor do mundo, sendo a Nudge Unit mais conhecida a do Behavioral Insights Team – BI TEAM, ligada ao governo britânico e que auxilia o primeiro-ministro a tomar decisões com base no comportamento humano. N U D G I N G E A R Q U I T E T U R A D E E S C O L H A S ● Essa organização desenvolveu uma metodologia simplificada para que os formuladores de políticas públicas possam atuar com base na economia comportamental. ● O conjunto dos quatro pilares básicos para a formulação das políticas foi batizado de estrutura EAST. ● Em uma tradução livre isso significa dizer que para elaborar políticas mais eficazes e eficientes é preciso ser Fácil, Atraente, Social e Oportuno. N U D G I N G E A R Q U I T E T U R A D E E S C O L H A S ● Make it Easy, ou fazer ser fácil, tem relação direta com simplificação de processos, padrões pré-prenchidos e reduzir o esforço necessário para tomar determinada decisão. ● Ações que levem isso em conta possuem uma taxa de aceitação e engajamento maior. ● Make it attractive – fazer ser atraente – inclui não só recompensas e sanções, mas também formas de atrair a atenção por meio de imagens, cores e personalização. N U D G I N G E A R Q U I T E T U R A D E E S C O L H A S ● Make it Social, ou fazer ser social, mostra a importância do comportamento social, que claramente influencia outros indivíduos a fazer o mesmo. ● Utilizar o poder de redes sociais é um dos caminhos atuais mais relevantes. ● Da mesma forma, os formuladores de políticas precisam se atentar para não reforçar inadvertidamente um comportamento problemático ao enfatizar sua alta prevalência. N U D G I N G E A R Q U I T E T U R A D E E S C O L H A S ● Make it timely trata de analisar quando a opção será posta frente ao indivíduo, uma vez que a mesma proposta oferecida em momentos diferentes tem mais ou menos probabilidade de ser aceita a depender do contexto. ● Tornar as pessoas mais receptivas a determinada ideia pode interferir drasticamente na sua aceitação ou rejeição. ● Aqui também se inclui a questão da imediatidade, sendo necessário levar em consideração que as pessoas tendem a se inclinar por benefícios no curto prazo em detrimento do longo prazo. N U D G I N G E A R Q U I T E T U R A D E E S C O L H A S ● No âmbito brasileiro, o município do Rio de Janeiro foi pioneiro ao criar uma Nudge Unit em parceria com a Fundação João Goulart em 2018. ● Chamada de NudgeRio, a ideia remonta aos Grupos Transversais de Trabalho – GTTs dentro do programa Líderes Cariocas. ● Em 2015, o grupo atuou na tentativa de diminuição da dívida de Imposto Territorial Urbano (IPTU) em um experimento feito com 400 contribuintes. ● Em vez do envio de cartas padrão foi utilizada a técnica baseada em mensagens personalizadas ao público-alvo. N U D G I N G E A R Q U I T E T U R A D E E S C O L H A S ● Os chamados direcionados, contavam, por exemplo, com o reforço positivo de afirmar que “o bom cidadão paga os impostos” e o retorno foi de uma ampliação de 200% na arrecadação do IPTU em atraso daquele ano. ● Os resultados da Nudge Rio chamaram a atenção também quanto à ação de rematrícula dos alunos da rede municipal, em que obteve êxito ao diminuir as longas filas e aumentar as matrículas online apenas com o envio de mensagens personalizadas para os pais e responsáveis além de modificações no site, fazendo-o mais intuitivo. N U D G I N G E A R Q U I T E T U R A D E E S C O L H A S ● Ações como essa se destacam por não terem custos financeiros ou impactos financeiros significativos para a administração. ● O comportamento humano precisa ser levado em consideração na elaboração e implementação de qualquer política pública ou ação governamental, pois nem todas as pessoas terão a mesma reação ou tomarão as mesmas decisões. ● Levar o comportamento humano em consideração pode ser de grande valia para a administração pública. N U D G I N G E A R Q U I T E T U R A D E E S C O L H A S ● A principal contribuição que o estudo das influências comportamentais sob o marco da economia tem a oferecer é o direcionamento da tomada de decisões por meio do estímulo do desenvolvimento de uma consciência crítica que propicie a autonomia a partir da maior reflexão e entendimento das opções disponíveis, sem imposições ou retirada do direito de escolha. ● Por isso há a necessidade de expansão da discussão do tema no Brasil, onde as iniciativas pautadas em nudges ainda são poucas e pouco conhecidas. ● Estudos, trabalhos e pesquisas que envolvam a temática têm, então, um amplo espaço de crescimento a ser conquistado. ● T E S T A R E A P R E N D E R ● Em anos recentes, vem aumentando o interesse de alguns pesquisadores em retirar o estudo da tomada de decisão de laboratórios em universidades e levá-los para contextos do mundo real. ● Alguns estudiosos ressaltam que não são representativas as amostras compostas de estudantes (geralmente ocidentais) que tendem a ser analisadas nos laboratórios universitários. ● Para a maioria dos profissionais, a questão é simplesmente: o programa ou política que proponho funcionará quando for implementado? T E S T A R E A P R E N D E R ● Já faz tempo que se usam dados do mundo real em áreas como saúde, educação e comportamento online e cada vez mais os experimentos de campotêm sido recomendados como um modo valioso de testar hipóteses comportamentais em Economia, negócios e políticas públicas. ● O delineamento experimental mais básico consiste em uma condição de teste em que há pessoas recebendo um tratamento ou intervenção e uma condição de controle. ● Essas condições representam as variáveis independentes (ou causais) em um experimento. T E S T A R E A P R E N D E R ● As unidades de análise do experimento (por exemplo, pessoas) são alocadas aleatoriamente nas diferentes condições. ● Geralmente a condição de controle representa práticas correntes ou o status quo e fornece aos pesquisadores dados de referência sobre o comportamento que teria ocorrido se não houvesse sido introduzida à mudança. ● Para as empresas e os formuladores de políticas, a abordagem do tipo “testar e aprender”, baseada nesses testes controlados randomizados (RCTs), reduz a incerteza quanto à eficácia de novos programas ou políticas. T E S T A R E A P R E N D E R nos contextos em que o comportamento● Para isso, mede os impactos realmente ocorrerá. ● Fazer experimentos de campo não só permite aos pesquisadores observarem comportamentos significativos, mas também geralmente é mais fácil explicar a um público mais amplo a sua estrutura e os resultados que geram. ● No setor público, que sofre com orçamentos cada vez mais reduzidos, a abordagem do tipo testar e aprender pode aumentar a confiança de que o dinheiro público está sendo gasto nas políticas certas e de que essas políticas podem valer o que custam. T E S T A R E A P R E N D E R ● Analogamente, as empresas podem adquirir dados valiosos para decisões importantes em pequena escala antes de colocá-los em ação no mercado como um todo. ● Além de serem capazes de reduzir o risco de implementar uma política ou um programa observando os resultados na vida real, as vantagens de testar também incluem a capacidade de comparar várias hipóteses concorrentes e descobrir se um resultado esperado acontecerá em diferentes contextos ou cenários. T E S T A R E A P R E N D E R ● Por meio de experimentos de negócios, as empresas podem melhorar sua compreensão das relações entre uma mudança de estratégia e as reações comportamentais de empregados, clientes, concorrentes ou outras partes interessadas. ● Portanto, a maior vantagem de um experimento de campo aleatoriamente controlado é permitir o exame de relações de causa e efeito. ● Outras metodologias quantitativas geralmente são mais fracas nesse aspecto. T E S T A R E A P R E N D E R ● Consideremos o “big data”, por exemplo, a tendência recente de encontrar padrões em vastos conjuntos de informações acumuladas. ● Essa abordagem apresenta dois problemas principais: informações, 1) baseia-se demais na correlação em vez de na causação; 2)costuma fornecer uma quantidade avassaladora de variáveis e possíveis relações. ● Portanto, quando se trata de investigar relações causais, menos é mais. M IN HA I N T E R V E N Ç Ã O VAI F U N C I O N A R ? ● Independentemente de ser usada por economistas, administradores de empresas ou formuladores de políticas públicas, a experimentação do tipo testar e aprender em geral se baseia em um processo semelhante. ● A seguir veremos um passo-a-passo para profissionais e iniciantes em experimentos de campo, baseado na experiência pessoal do autor e em várias fontes publicadas. ● São 5 passos: Determinar a hipótese; Formular o teste; Executar o teste; Analisar os resultados e Aprender com os resultados. M IN HA I N T E R V E N Ç Ã O VAI F U N C I O N A R ? ● DETERMINAR A HIPÓTESE: Uma pesquisa sempre começa com uma questão ou mais. Que resultado você quer mudar, e que tratamento(s) ou intervenção(ões) você quer testar para atingir esse resultado? ● Seus tratamentos podem ser os mais diversos, de incentivos econômicos tradicionais a nudges comportamentais experimentados e testados ou, ainda, tipos de intervenção totalmente novos. ● Ao formular suas hipóteses, você talvez deseje se planejar levando em conta qual será a dificuldade de realizar o experimento usando a equipe e os recursos existentes. M IN HA I N T E R V E N Ç Ã O VAI F U N C I O N A R ? um estudo são● FORMULAR O TESTE: As hipóteses e conceitos de transformados em variáveis. ● Muitas vezes esse é o aspecto do delineamento de uma pesquisa que determina o sucesso ou o fracasso do experimento. ● Os pesquisadores precisam indagar se suas condições experimentais são bem fundamentadas e se as variáveis realmente medem o que se está supondo que medem. M IN HA I N T E R V E N Ç Ã O VAI F U N C I O N A R ? ● Você também terá de se perguntar sobre as unidades de aleatoriedade da amostra. ● Serão no nível dos indivíduos ou em níveis agregados de comportamento individual? M IN HA I N T E R V E N Ç Ã O VAI F U N C I O N A R ? ● Com ajuda da estatística determine quantas unidades serão necessárias em sua amostra para obter resultados confiáveis e quanto tempo deverá ter o período de teste. ● Se o resultado que lhe interessar usar dados de canais existentes, como os valores das vendas, você pode examinar a variação no seu histórico de dados para tomar uma decisão mais bem fundamentada sobre o número de dados necessário. ● Como será dispendioso refazer o experimento, às vezes é melhor coletar dados a mais do que a menos — se o seu orçamento permitir. M IN HA I N T E R V E N Ç Ã O VAI F U N C I O N A R ? ● Com ajuda da estatística determine quantas unidades serão necessárias em sua amostra para obter resultados confiáveis e quanto tempo deverá ter o período de teste. ● Se o resultado que lhe interessar usar dados de canais existentes, como os valores das vendas, você pode examinar a variação no seu histórico de dados para tomar uma decisão mais bem fundamentada sobre o número de dados necessário. ● Como será dispendioso refazer o experimento, às vezes é melhor coletar dados a mais do que a menos — se o seu orçamento permitir. M IN HA I N T E R V E N Ç Ã O VAI F U N C I O N A R ? ● EXECUTAR O TESTE: A logística de executar seu experimento e introduzir sua intervenção pode ser repleta de dificuldades. ● O fundamental ao se executar um teste é assegurar que a intervenção e a medição dos resultados sejam feitas do modo como foram originalmente concebidas. ● Isso pode incluir monitorar diretamente a intervenção ou instruir a equipe para que relate eventos anormais. M IN HA I N T E R V E N Ç Ã O VAI F U N C I O N A R ? ● Entre as questões a serem consideradas está o possível efeito sobre os resultados comportamentais de as pessoas saberem sobre o experimento. ● Os sujeitos de um experimento em um estudo sobre a higiene das mãos, por exemplo, podem passar a lavar as mãos como resultado de saber que estão sendo observados. ● Possíveis problemas relacionados a erro humano podem ser prevenidos com instrução ou treinamento apropriado. ● Também é aconselhável estar preparado para problemas técnicos. M IN HA I N T E R V E N Ç Ã O VAI F U N C I O N A R ? ● ANALISAR OS RESULTADOS: Na etapa da análise, os experimentadores precisam descobrir se existem diferenças nos resultados entre os grupos de teste e de controle ou mudança em resultados entre diferentes períodos experimentais, e se essas diferenças são estatisticamente significantes. ● Analisar os dados coligidos em seu experimento pode ser relativamente fácil se ele seguir um delineamento básico de grupo de teste e grupo de controle. ● Delineamentos ou análises mais complexas podem requerer a ajuda de um estatístico. M IN HA I N T E R V E N Ç Ã O VAI F U N C I O N A R ? ● Ao analisar os resultados, você talvez queira examinar diferentes subgrupos de sua amostra, por exemplo, comparar a higiene das mãos em enfermeiros e médicos, ou diferentes segmentos de consumidores em um experimento que usa frame para desconto em produto. ● Alternativamente, talvez você queira determinar como os diferentes tipos de locais envolvidos em seu experimentointeragem com a intervenção. ● Por exemplo, a resposta da equipe do Hospital Unidade A a uma intervenção voltada para a higiene das mãos foi diferente da resposta da equipe do Hospital Unidade B? M IN HA I N T E R V E N Ç Ã O VAI F U N C I O N A R ? ● A análise estatística de experimentos costuma incluir também as chamadas variáveis de controle. ● Não é o mesmo que um grupo de controle. ● São fatores mensuráveis fora do controle do experimentador que podem influenciar o resultado de interesse. ● No experimento do hospital, isso poderia incluir a mudança na carga de trabalho do pessoal médico, por exemplo. M IN HA I N T E R V E N Ç Ã O VAI F U N C I O N A R ? ● APRENDER COM OS RESULTADOS: Depois de analisar os dados, você talvez conclua que são necessários testes adicionais para esclarecer seus resultados, ou talvez decida refazer o experimento com intervenções totalmente diferentes. ● Testar uma intervenção sempre inclui o “risco” de não encontrar diferenças entre o grupo de teste e o grupo de controle, mas isso, em si, já pode ser uma descoberta importante. ● Para saber o que funciona, você pode decidir incluir mais de um grupo de teste ou intervenções menos conservadoras no futuro. M IN HA I N T E R V E N Ç Ã O VAI F U N C I O N A R ? ● Se estiver confiante de que sua intervenção funcionou, você está pronto para implementá-la na prática, seja ela uma política governamental, seja um programa de marketing. ● Se estiver interessado em construir uma cultura de testar e aprender em sua organização, pense em montar um banco de dados sobre seus experimentos e aprendizados. ● Nesse processo, você desenvolverá não só um conhecimento sólido produzido pelos resultados de seus testes, mas também sua compreensão da prática experimental. A S S U N T O S D A A U L A D E H O J E : 1 – G L O S S Á R I O D E T E R M O S 2 – A V A N Ç O S R E C E N T E S 3 – E C E E C O N O M I A D O D E S E N V O L V I M E N T O 4 – R E C U R S O S M E N T A I S E C O N F I A N Ç A 5 – E C E E D U C A Ç Ã O 6 – N E U R O E C O N O M I A 7 – E C E F I N A N Ç A S C O M P O R T A M E N T A I S 8 – E C E C O N T A B I L I D A D E C O M P O R T A M E N T A L 9 – E C E M E R C A D O F I N A N C E I R O 10 – E X P E R I Ê N C I A D O C O N S U M I D O R E A D A P T A Ç Ã O H E D Ô N I C A 11– E C E P E S Q U I S A D E M E R C A D O 12 – E C N A E M P R E S A : C A S E S D E S U C E S S O 13 – I N P U T S D A E C O N O M I A C O M P O R T A M E N T A L 14 – R E F E R Ê N C I A S B I B L I O G R Á F I C A S G L O S S Á R I O D E T E R M O S ● A tendência dos indivíduos a serem mais afetados pelas perdas do que os ganhos. ● Desta forma, a satisfação de se obter determinado ganho é menor do que sofrimento da perda equivalente. G L O S S Á R I O D E T E R M O S ● Kahneman e Tversky (1979) propõem um problema para explicar este efeito. ● Imagine um jogo de cara ou coroa: se der cara, você perde R$100, caso dê coroa, você ganha R$150. ● Você aceitaria esta aposta? ● Apesar de o valor esperado da aposta ser positivo (você se candidata a ganhar mais do que pode perder), muitas pessoas não aceitam. G L O S S Á R I O D E T E R M O S ● E se os valores fossem: se der cara, você perde R$100, caso dê coroa, você ganha R$250? ● Você aceitaria esta aposta? ● Provavelmente sim, correto? ● Em diversos experimentos sobre esse tema, observa-se que somos 2 vezes mais impactados pela perda do que pelo ganho. G L O S S Á R I O D E T E R M O S ● Inclinação de um indivíduo a valorizar mais um item que possui do que o mesmo item caso este não faça parte de sua dotação. ● O efeito posse pode ser observado pela diferença entre os valores que os indivíduos demonstram estarem dispostos a receber por um bem possuído (disposição a receber) e os valores que eles estão dispostos a pagar pelo mesmo bem quando não o possuem (disposição a pagar). G L O S S Á R I O D E T E R M O S ● O economista Jack Knetsch realizou um experimento famoso que evidencia o efeito posse. ● Nele, metade dos participantes recebia uma caneca como recompensa por participar do preenchimento de um questionário. ● Após o preenchimento, foi oferecido para os participantes a possibilidade de trocarem suas canecas por uma barra de chocolate. G L O S S Á R I O D E T E R M O S ● O mesmo foi feito no sentido inverso para a outra metade dos candidatos, ou seja, estes foram recompensados com barra de chocolate e foi oferecido para trocarem por uma caneca. ● A porcentagem de candidatos que trocaram suas dotações iniciais foi bem menor do que a porcentagem de candidatos que permanecerem com o mesmo bem recebido inicialmente. G L O S S Á R I O D E T E R M O S ● É a preferência de um indivíduo por manter seu estado atual, mesmo se uma alteração de sua situação proporcionasse um aumento de bem-estar. ● Este viés estimula o indivíduo a permanecer no nível de referência atual. ● Como resultado, as pessoas muitas vezes “escolhem” opções pré-definidas, mesmo quando muitas outras estão disponíveis. G L O S S Á R I O D E T E R M O S ● Esta ideia de inércia revolucionou a poupança de aposentadoria nos Estados Unidos: muitas empresas agora inscrevem os funcionários em programas de poupança privada de forma automática, em vez de fazê-los preencherem e enviarem um formulário para se inscreverem. ● Mesmo quando os indivíduos sabiam que o programa era algo que valia a pena, eles não se inscreviam, não porque não sabiam do benefício, o que às vezes acontecia, mas simplesmente por uma preferência pelo status quo, pelo familiar, por ficar onde está e não correr o risco de algo piorar. G L O S S Á R I O D E T E R M O S ● O efeito de framing se refere ao fato que a escolha é influenciada pela forma como o problema é expresso. ● Muitas vezes, as pessoas são influenciadas pelo formato do problema, assim, elas acabam respondendo de forma diferente dependendo de como este foi apresentado. G L O S S Á R I O D E T E R M O S ● Um exemplo clássico do Kahneman e Tversky (1979) é sobre a forma de comunicar o impacto de uma epidemia na cidade. ● Existem dois programas para se combater determinada doença que infectou 600 pessoas e você deve escolher entre um deles: Caso escolha o programa A, 200 pessoas são salvas. Caso escolha o programa B, existe a chance de um terço de se salvar 600 pessoas e a chance de dois terços de todas morrerem. ● A maioria das pessoas escolhe a opção A. G L O S S Á R I O D E T E R M O S ● No entanto, se o problema for formulado como a escolha entre o programa C, que causa a morte de 400 pessoas e o programa D, que causa a morte de 600 com dois terços de chance e salva as 600 com um terço de chance, muitas pessoas escolhem a opção D. ● O problema é o mesmo, apenas formulado de forma diferente e isso influenciou a escolha de muitas pessoas. G L O S S Á R I O D E T E R M O S ● O dinheiro é mentalmente alocado para várias “contas”, como roupas ou entretenimento, gasolina ou estudos, ao invés de ser percebido como fungível. ● Isso quer dizer que determinadas quantidades de alocamos dinheiro para diferentes categorias e gastamos de acordo com o determinado. G L O S S Á R I O D E T E R M O S ● João comprou o ingresso do cinema antecipadamente por R$20 e guardou em sua carteira junto com uma nota de R$20 que possuía. ● Imagine agora duas situações: 1– Ao chegar no cinema, João percebe que perdeu o ingresso do cinema. Como já havia gastado R$20, desiste de assistir ao filme. 2 – Ao chegar no cinema, João percebe que perdeu os R$20. G L O S S Á R I O D E T E R M O S ● Na situação 2 ele vai ao cinema de qualquer maneira, pois não associa esse dinheiro perdido ao valor pago pelo cinema. ● Em ambos os casos, o valor da perda é a mesma. G L O S S Á R I O D E T E R M O S ● A presença de muita informação no ambiente impede o indivíduo de avaliar e tomar uma boa decisão. G L O S S Á R I O D E T E R M O S ● Em um experimentoclássico de Iyengar e Lepper foram apresentadas dois cenários em um supermercado: ● Na primeira delas, foi montado um stand com 24 opções de geleias e os consumidores podiam experimentar todas elas. ● Na segunda situação, foi montado um stand com apenas 6 opções de geleias e os consumidores também podia experimentar todas. G L O S S Á R I O D E T E R M O S ● Foi verificado que o primeiro cenário, em que os consumidores tinham muitas opções, atraiu mais consumidores que o stand com menos opções. Iyengar e Lepper constataram que 60% das pessoas pararam neste stand e 40% pararam no stand com menos opções. ● Surpreendentemente, essa atração inicial não levou a compra: apenas 3% dos consumidores efetivamente compraram algum tipo de geléia quando pararam no stand com o maior número de opções, enquanto 30% dos consumidores compraram quando pararam no stand com menor numero de opções. G L O S S Á R I O D E T E R M O S ● Damos mais valor a benefícios que são recebidos agora do que benefícios a serem recebidos no futuro. ● Ou seja, tendemos a reduzir (descontar) o valor das coisas quanto mais no futuro for o seu recebimento. G L O S S Á R I O D E T E R M O S ● Ao ter que escolher ganhar R$100 hoje ou R$110 amanhã, muitas pessoas escolhem a primeira opção. ● Já ao ter que escolher entre ganhar R$100 daqui a um ano e R$110 daqui a um ano e um dia, muitos decidem esperar um dia a mais pelos R$10 adicionais. G L O S S Á R I O D E T E R M O S ● Short-cuts que tomamos para fazer escolhas ou regras que simplificam a nossa tomada de decisão. ● Assim, heurísticas são procedimentos simples que tomamos que nos ajudam a encontrar respostas adequadas, ainda que imperfeitas, para problemas difíceis. G L O S S Á R I O D E T E R M O S G L O S S Á R I O D E T E R M O S ● Default é a resposta-padrão para determinado problema, o caminho de menor resistência (automático). ● Normalmente, em problemas difíceis ou problemas em que é verificado uma sobrecarga de informação e escolhas (choice overload), as pessoas tendem a escolherem a opção já conhecida, ou default. ● G L O S S Á R I O D E T E R M O S ● Foi comparada a escolha de pessoas em se tornarem doadores de órgãos para transplantes em dois países. ● Em um deles, a opção de se tornar um doador órgãos era a escolha padrão (as pessoas deveriam marcar, em um formulário de inscrição, caso NÃO se quisessem participar do programa). ● No outro país, a opção padrão era a de não ser um doador (as pessoas deveriam marcar em um formulário caso QUISESSEM ser doadores de órgãos). G L O S S Á R I O D E T E R M O S ● Em ambos os casos, as pessoas tendiam a não divergirem da opção-padrão. Isso fez com que a quantidade de doadores nos países que utilizavam o primeiro tipo de formulário ser bem maior do que os países que utilizavam o segundo tipo. G L O S S Á R I O D E T E R M O S ● É um conceito bastante intuitivo. Significa ter mais confiança em relação a algo do que seria realista. ● Em muitos casos, ser otimista é excelente, no entanto, a superconfiança é uma extrapolação que faz com que os indivíduos vejam a realidade de forma enviesada não levando em conta possíveis problemas. G L O S S Á R I O D E T E R M O S ● Uma pessoa que possui excesso de confiança em relação a seu senso de direção, por exemplo, escolhe fazer uma viagem sem um mapa ou se recusa a perguntar por ajuda e acaba se perdendo no caminho. G L O S S Á R I O D E T E R M O S ● Econs são pessoas que se comportam exatamente economistas, como descrito pelos também chamados de homem econômico. ● Estes possuem racionalidade perfeita, preferências são consistentes, no sentido econômico de que suas são egoístas e sempre tomam ações que maximizam sua satisfação. G L O S S Á R I O D E T E R M O S pelos psicólogos e economistas● Humanos são os indivíduos descritos comportamentais. ● Estes nem sempre são racionais (possuem preferências consistentes), podem agir de maneira altruísta, são influenciados por suas emoções, em alguns momentos podem tomar decisões que não são as melhores (não maximizam sua satisfação), estão sujeitos a vieses e se utilizam de heurísticas para resolverem problemas. G L O S S Á R I O D E T E R M O S ● É um processo comportamental já bastante documentado, que ocorre quando colocamos dinheiro ou tempo ou qualquer outro tipo de investimento em algo, e descobrimos que não conseguiremos atingir nossos objetivos. G L O S S Á R I O D E T E R M O S ● Nestes casos, há uma tendência das pessoas em continuarem a investir dinheiro, tempo, etc. mesmo sabendo que isso poderá ser em vão. Daí o nome: “custo afundado”. ● Persistir em más decisões, devido a um apego “irracional” a algum projeto, mesmo sabendo que que não poderemos recuperar nossos investimentos, é algo comum de se encontrar no dia a dia de qualquer pessoa. G L O S S Á R I O D E T E R M O S um bilhete não● Suponha que você tenha comprado antecipadamente reembolsável para um jogo de basquete . ● No entanto, na noite do jogo, você simplesmente não tem vontade de ir mais : você está cansado, está caindo uma tempestade lá fora, e o jogo será televisionado. ● Você lamenta o fato de que você comprou o bilhete, porque, francamente, você prefere ficar em casa, acender sua lareira e assistir confortavelmente o jogo na TV. Mas o fato é que você comprou o bilhete – e era muito caro e difícil de obter. G L O S S Á R I O D E T E R M O S ● O que você fará? Se a pessoa incorrer no “custo afundado”, ela irá ao evento, mesmo que o benefício não compense os custos de deslocamento e etc... G L O S S Á R I O D E T E R M O S ● Quando uma decisão precisa ser feita, aumenta-se a atenção no processo de tomada de decisão. ● Isto é especialmente útil para as escolhas que são tipicamente passivas (por exemplo, receber uma vacina da gripe). ● Para realizar uma escolha ativa reforçada, apresenta-se algumas opções de escolha que destacam o custo de se escolher o “não”. G L O S S Á R I O D E T E R M O S ● Ao invés de esperar que as pessoas receberem uma vacina contra a gripe, apareçam em eles poderiam uma clínica para ser perguntadas diretamente. a)sim, gostaria de tomar uma vacina contra a gripe e proteger a mim e a minha família, ou b) não, estou disposto a colocar a mim e a minha família ao risco de doenças. ● A probabilidade de obter uma vacina contra a gripe deve aumentar com a escolha ativa, e aumentar ainda mais com a escolha ativa reforçada. G L O S S Á R I O D E T E R M O S ● É o fenômeno que acontece quando os consumidores tendem a ter uma mudança específica na preferência entre duas opções quando é apresentado com uma terceira opção, que é dominante de forma assimétrica. G L O S S Á R I O D E T E R M O S ● A é melhor que B em um atributo, mas não tão bom em um segundo atributo. Adicionando a terceira opção, B*, que é pior do que B em ambos os atributos, a preferência do consumidor poderá mover-se no sentido de B. ● B* pode ser chamado de isca (decoy), porque não é realmente preferível, mas desloca escolhas entre as outras duas opções. G L O S S Á R I O D E T E R M O S é uma página de● Um dos exemplos mais conhecidos do efeito isca assinatura da revista norte-americana The Economist. ● O professor Dan Ariely testou o fenômeno com os alunos do MIT pedindo que escolhessem entre 3 tipos diferentes de assinaturas mensais: a) Assinatura online por R$59,00 b) Assinatura impressa por R$125,00 c) Assinatura impressa + Versão online por R$125,00 G L O S S Á R I O D E T E R M O S ● Nesse cenário 84% das pessoas escolheram a assinatura impressa + online e 16% a assinatura online. Ou seja, as pessoas preferiram a opção C. Ninguém escolheu a opção “B”. ● Depois ele testou um segundo cenário no qual pediu que as pessoas imaginassem que a The Economist forneceria apenas duas opções: ● a) Assinatura online por R$59,00 ● b) Assinatura impressa + Versão online por
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