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E-Book Completo_Estética Aplicada à Cirurgia Plástica_CENGAGE_V2(Pré e Pós Operatório De Cirurgia Plástica)(versão digital)

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Estética aplicada à cirurgia plástica
GRUPO SER EDUCACIONAL
ESTÉTICA APLICADA 
À CIRURGIA PLÁSTICA 
(Pré e Pós Operatório 
De Cirurgia Plástica)
ORGANIZADORES: JULIA DA VEIGA; JESSICA SANTOS
ESTÉTICA APLICADA 
À CIRURGIA PLÁSTICA
ORGANIZADORES JULIA DA VEIGA; JESSICA SANTOS
Este livro é fundamental para os estudantes e pro�ssionais de estética. 
Aqui você aprenderá tudo o que envolve a estética nos procedimentos para 
a cirurgia plástica, começando com as indicações ou contraindicações do 
procedimento até os cuidados pré e pós-operatório. 
Você terá acesso às informações sobre os cuidados e o acompanhamento 
multidisciplinar que deve acontecer para o processo de cicatrização da pele 
e a recuperação do corpo após uma cirurgia estética, sejam cirurgias faciais 
ou corporais.
Detalhada e ilustrada com imagens que facilitam o aprendizado, esta obra 
apresenta um conteúdo didático e de fácil entendimento.
I SBN 9786555580198
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C
M
Y
CM
MY
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CMY
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ESTÉTICA APLICADA À 
CIRURGIA PLÁSTICA
(PRÉ E PÓS OPERATÓRIO 
DE CIRURGIA PLÁSTICA)
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida ou 
transmitida de qualquer modo ou por qualquer outro meio, eletrônico ou mecânico, incluindo 
fotocópia, gravação ou qualquer outro tipo de sistema de armazenamento e transmissão de 
informação, sem prévia autorização, por escrito, do Grupo Ser Educacional. 
Diretor de EAD: Enzo Moreira
Gerente de design instrucional: Paulo Kazuo Kato 
Coordenadora de projetos EAD: Manuela Martins Alves Gomes
Coordenadora educacional: Pamela Marques
Equipe de apoio educacional: Caroline Guglielmi, Danise Grimm, Jaqueline Morais, Laís Pessoa
Designers gráficos: Kamilla Moreira, Mário Gomes, Sérgio Ramos,Tiago da Rocha
Ilustradores: Anderson Eloy, Luiz Meneghel, Vinícius Manzi 
 
Veiga, Julia da.
 Estética aplicada à cirurgia plástica/ Julia da Veiga ; Jessica Santos. – São Paulo: Cengage, 
2020.
 
 Bibliografia.
 ISBN: 9786555580198
 
 1. Estética - cirurgia plástica. 2. Cirurgia plástica. 3. Cuidados. 4. Santos, Jessica.
Grupo Ser Educacional
 Rua Treze de Maio, 254 - Santo Amaro 
CEP: 50100-160, Recife - PE 
PABX: (81) 3413-4611 
E-mail: sereducacional@sereducacional.com
“É através da educação que a igualdade de oportunidades surge, e, com 
isso, há um maior desenvolvimento econômico e social para a nação. Há alguns 
anos, o Brasil vive um período de mudanças, e, assim, a educação também 
passa por tais transformações. A demanda por mão de obra qualificada, o 
aumento da competitividade e a produtividade fizeram com que o Ensino 
Superior ganhasse força e fosse tratado como prioridade para o Brasil.
O Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego – Pronatec, 
tem como objetivo atender a essa demanda e ajudar o País a qualificar 
seus cidadãos em suas formações, contribuindo para o desenvolvimento 
da economia, da crescente globalização, além de garantir o exercício da 
democracia com a ampliação da escolaridade.
Dessa forma, as instituições do Grupo Ser Educacional buscam ampliar 
as competências básicas da educação de seus estudantes, além de oferecer-
lhes uma sólida formação técnica, sempre pensando nas ações dos alunos no 
contexto da sociedade.”
Janguiê Diniz
PALAVRA DO GRUPO SER EDUCACIONAL
Autoria
Julia da Veiga
Graduada em Estética e Pós graduada em Estética no Pré e Pós Procedimentos Médicos pela 
Universidade Anhembi Morumbi - SP. Instrumentadora Cirúrgica com especialização em Cirurgia 
Plástica e Dermatologia Escola SEIC-SP. Atualmente é consultora técnica de clínicas e empresas de 
locação de aparelhos estéticos e médicos.
Jéssica Sebastião dos Santos
Graduada em Estética e Pós-Graduada em Estética no Pré e Pós procedimentos médicos pela 
Universidade Anhembi Morumbi. Pós-Graduada em Metodologia de Ensino na Educação Superior 
pela EAD Laureate. Atualmente é professora autora de materiais acadêmicos para cursos de Estética, 
Cosmetologia e Podologia, é profissional da área técnica em clínica Dermatológica.
SUMÁRIO
Prefácio .................................................................................................................................................8
UNIDADE 1 - Técnicas de cirurgias plásticas ...................................................................................9
Introdução.............................................................................................................................................10
1 História da cirurgia plástica ................................................................................................................ 11
2 Cicatrização da pele humana ............................................................................................................. 13
3 Técnicas de cirurgias plásticas faciais ................................................................................................. 16
4 Técnicas de cirurgias plásticas mamárias ........................................................................................... 17
5 Técnicas de cirurgias plásticas abdominais ........................................................................................ 22
PARA RESUMIR ..............................................................................................................................25
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................................................26
UNIDADE 2 - Lifting facial, corporal e lipoaspiração .......................................................................27
Introdução.............................................................................................................................................28
1 Cirurgia plástica facial ........................................................................................................................ 29
2 Dermolipectomia ............................................................................................................................... 33
3 Orientações ....................................................................................................................................... 39
PARA RESUMIR ..............................................................................................................................40
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................................................41
UNIDADE 3 - Complicações em cirurgia plástica e novas tecnologias..............................................45
Introdução.............................................................................................................................................46
1 Complicações cirúrgicas gerais ........................................................................................................... 47
2 Fatores que facilitam as complicações cirúrgicas ............................................................................... 50
3 Complicações em cirurgias plásticas .................................................................................................. 52
4 Alterações cicatriciais ......................................................................................................................... 55
5 Novas tecnologias em cirurgia plástica .............................................................................................. 57
PARA RESUMIR ..............................................................................................................................62
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................................................63
UNIDADE 4 - Atuação do esteticista, eletroterapia e técnicas manuais aplicadas 
à cirurgia plástica ..........................................................................................................................65Introdução.............................................................................................................................................66
1 Esteticista ...........................................................................................................................................67
2 Equipe multidisciplinar....................................................................................................................... 69
3 Avaliação ............................................................................................................................................70
4 Eletroterapia aplicada à cirurgia plástica .......................................................................................... 71
5 Drenagem linfática manual ............................................................................................................... 77
PARA RESUMIR ..............................................................................................................................81
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................................................82
A cirurgia plástica é um procedimento que requer muitos cuidados e o 
acompanhamento de uma equipe multidisciplinar que conheça o processo de 
cicatrização da pele e a recuperação do corpo humano após a submissão a cirurgias 
estéticas. Este livro trará o conhecimento necessário em 4 unidades: técnicas de 
cirurgias plásticas; lifting faciais,corporais e lipoaspirações; complicações em cirurgia 
plástica e novas tecnologias; atuação do esteticista, eletroterapia e técnicas manuais 
aplicadas à cirurgia plástica. Vamos destrinchar o que será explicado.
 Na unidade 1, você aprenderá sobre a base das técnicas de cirurgias plásticas. Serão 
abordados nesta unidade a origem, as técnicas mais utilizadas em todo o mundo e 
quais os casos indicados ou não indicados para o procedimento. Ainda apresentaremos 
os cuidados que se deve ter durante a recuperação. O processo de recuperação do 
corpo humano após a cirurgia também será tratado aqui. 
 Na sequência, será apresentado o lifting, tanto para a face como para o corpo 
e ainda discutiremos sobre as lipoaspirações. Encontre nesta unidade os conceitos, 
definições e descrições das técnicas de cirurgias plásticas bem como os cuidados e as 
orientações para desenvolver protocolos de atendimento. 
 Na terceira unidade falaremos sobre as complicações em cirurgia plástica e 
novas tecnologias.Conheça aqui como é feita uma avaliação pré-cirúrgica para evitar 
complicações durante uma cirurgia. Vamos entender quais são os fatores de risco 
em cirurgias plásticas, as complicações pós-cirúrgicas que podemos encontrar e 
como a tecnologia tem influenciado na redução das complicações e na evolução dos 
procedimentos com o passar das décadas.
Por fim, a unidade 4 tratará da atuação do esteticista e apresentará a eletroterapia 
e as técnicas manuais aplicadas à cirurgia plástica. Serão mostradas as técnicas e 
tecnologias disponíveis no mercado e também a literatura nesse sentido. Os cuidados 
e as orientações para desenvolver protocolos de atendimento pré e pós-operatório em 
cirurgia plástica também serão descritos aqui.
Este é um livro fundamental para estudantes e profissionais da área estética. 
PREFÁCIO
UNIDADE 1
Técnicas de cirurgias plásticas
Olá,
Você está na unidade Técnicas de cirurgias plásticas. Conheça aqui como surgiram as 
cirurgias plásticas, como são realizadas as técnicas das cirurgias plásticas mais comuns 
em todo o mundo, os casos indicados para tais cirurgias e quando são contraindicados, o 
procedimento cirúrgico e os cuidados durante a recuperação.
A cirurgia plástica é um procedimento que requer muitos cuidados do paciente e do 
acompanhamento de uma equipe multidisciplinar, portanto, conheça o processo de 
cicatrização da pele e a recuperação do corpo humano após a submissão a cirurgias 
estéticas.
Bons estudos!
Introdução
11
1 HISTÓRIA DA CIRURGIA PLÁSTICA
Para compreender o avanço e a importância das cirurgias plásticas no Brasil e no mundo, 
falaremos um pouco sobre a história da cirurgia plástica, vista muitas vezes pela sociedade como 
procedimentos relacionados apenas ao embelezamento do corpo. O objetivo inicial da técnica 
não estava relacionado diretamente à beleza. O conceito e o fundamento das cirurgias plásticas 
tratavam-se inicialmente de procedimentos para correção de deformidades de diferentes 
situações, fossem elas originadas do nascimento ou de traumas, mas que impediam a perfeita 
função de um órgão ou atividade motora.
Na Antiguidade, já eram realizadas cirurgias de reconstrução de nariz e reparo de traumas 
nos países Índia e Itália. No século XIX, ocorreu um grande avanço e diferenciação entre a 
cirurgia plástica estética e a cirurgia plástica reparadora, devido ao período de grandes guerras 
que ocorreu mesmo antes da Primeira Guerra Mundial, no século XX. No século XIX, a Guerra 
Franco-Prussiana, Guerra do Paraguai e Guerra Civil Americana tiveram grande proporção, já 
que deixaram um grande número de feridos que sofreram deformidades. Foram esses casos que 
originaram o início de um grande avanço da cirurgia plástica reparadora (MÉLEGA, 2011).
Com o avanço da indústria e a criação das máquinas, trabalhadores por muitas vezes sofreram 
acidentes, o que aumentou a necessidade de cirurgias de reparo. Além disso, o avanço das cirurgias 
reparadoras despertou o interesse da sociedade em reparar deformidades de origem genética 
e, consequentemente, a correção das alterações causadas pelo envelhecimento, passando a se 
diferenciar a cirurgia plástica estética da cirurgia plástica reparadora (MÉLEGA, 2011).
Atualmente, podemos afirmar que uma cirurgia de reparo também está relacionada com 
uma cirurgia estética, já que o médico cirurgião plástico tem o cuidado de tentar aproximar o 
resultado cirúrgico ao mais próximo do natural, para evitar alterações estéticas que prejudiquem 
a vida cotidiana e a autoestima do paciente. Porém, o aperfeiçoamento cirúrgico se deu ao 
longo de muitos anos, com o desenvolvimento de diferentes técnicas e instrumentações 
cirúrgicas. Portanto, as primeiras cirurgias não obtiveram resultados tão próximos à realidade de 
aperfeiçoamento estético como vemos nos dias de hoje.
Para compreender melhor como chegamos aos resultados atuais, veremos brevemente o 
desenvolvimento das cirurgias plásticas.
1.1 Cirurgias de reparação
É importante que o profissional que atende pacientes submetidos a cirurgias plásticas saiba 
diferenciar uma cirurgia somente estética de uma cirurgia de reparo, pois as cirurgias de reparo 
envolvem a correção de imperfeições. Por exemplo, uma cirurgia plástica no nariz pode incluir 
a correção de desvio de septo, uma cirurgia no abdome pode incluir uma correção de diástase 
12
abdominal (separação dos músculos do abdome, geralmente causado por gravidez) ou uma 
remoção de hérnia umbilical.
Há casos mais graves em que o paciente foi submetido a cirurgia plástica devido à remoção 
de tumores malignos, como por exemplo, quando há a remoção total da mama por causa de um 
câncer e, na mesma cirurgia, o médico já refaz uma mama pela cirurgia plástica, ou acidentes 
como queimaduras e outras situações que lhe causaram dor e traumas. Vale lembrar que, nessas 
situações, precisamos ter a compreensão de que o paciente está sensibilizado. Os profissionais 
que irão atender esse paciente precisam estar cientes de que se trata de um ser humano 
necessitado de atenção e cuidados que vão além do cuidado físico, o estado emocional interfere 
fortemente na imunidade, o que pode acelerar a recuperação ou deixá-la mais lenta.
Neste momento, você pode estar se perguntando por que estamos falando de cirurgias de 
reparo, mas entramos nesse assunto porque muitas vezes o seu paciente terá feito uma cirurgia 
grande que inclua um reparo, ou seja, a correção de uma alteração que não se trata apenas 
deestética, mas de saúde, e isso interfere na recuperação do paciente. Portanto, falaremos no 
decorrer dessa unidade sobre cirurgias plásticas específicas, mas que podem incluir algum tipo de 
reparo, pois é uma tendência que se tornou muito comum.
1.2 Tendência das cirurgias estéticas
Quando lemos sobre histórias da sociedade em diferentes épocas, seja através de livros, 
estórias em quadrinhos, filmes e desenhos, de acordo com a época e região em que eles foram 
criados, podemos identificar os costumes relacionados à cultura, religião, padrão social e os 
padrões de beleza. Desde escritos antigos, como a Bíblia, já se falavam em enfeites e vestes para 
embelezamento do corpo, que representavam a posição social e econômica do cidadão.
No decorrer das décadas, o padrão de beleza sofreu muitas alterações de acordo com os 
costumes de cada localidade, porém a beleza sempre esteve relacionada, pelo menos na maioria 
das vezes, à forma como o cidadão seria visto na sociedade, ou seja, uma grande influenciadora 
do “status” social. A cor da pele, a maquiagem, o modelo e a qualidade das roupas diziam para a 
sociedade a posição social do cidadão.
Com o passar do tempo, ocorreram muitas mudanças em relação ao preconceito relacionado 
ao padrão social, cor de pele e até mesmo no que diz respeito aos padrões de beleza, contudo, 
a busca pela beleza é incessante. Atualmente, continuam existindo padrões de beleza que levam 
as pessoas a procurarem tratamentos de embelezamento, e até a mudanças do corpo, como as 
cirurgias plásticas, modificando nariz, mama, abdome, em busca de um corpo perfeito que se 
encaixe nos costumes de cada cultura (MASIERO, 2015).
O desenvolvimento das cirurgias plásticas e a modernização tecnológica têm favorecido a 
13
evolução cirúrgica, que por sua vez tem obtido resultados cada vez mais próximos do natural. 
Antigamente, as mudanças do rosto ou do corpo feitas por procedimento cirúrgico eram mais 
visíveis e denunciavam a modificação, no entanto, nos dias atuais, podem ser feitas alterações 
minuciosas e quase imperceptíveis, como a blefaroplastia – cirurgia que remove excesso de pele 
da pálpebra – que deixa uma cicatriz quase imperceptível.
As mudanças e modernidades socioeconômicas também favoreceram o acesso a cirurgias 
plásticas. O que em tempos mais remotos era acessível apenas a pessoas com alto poder aquisitivo, 
hoje é acessível a pessoas com renda mais baixa, com auxílio de empréstimos e parcelamentos 
(MASIERO, 2015). Há até mesmo coberturas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), que favorecem 
o acesso a cirurgias plásticas tanto estética como reparadora, nos casos de pessoas que sofreram 
deformidades, ou necessitam melhorar a qualidade de vida, como por exemplo, pacientes que 
passaram por uma cirurgia bariátrica e com o emagrecimento apresentam muito excesso de pele, 
dificultando sua mobilidade.
No quesito beleza e perfeição das cirurgias estéticas, a cicatriz cirúrgica final é uma 
preocupação importante, pois em muitos casos pode ser a única coisa que irá “denunciar” o 
processo cirúrgico. É uma preocupação do médico e do paciente que a cicatriz fique mais discreta 
possível, com aspecto fino e regular, quanto mais próximo dessas características, mais bonito é 
o resultado cirúrgico. Devido a essa importância, foram desenvolvidos medicamentos, pomadas 
e fitas com ativos cicatrizantes para colaborar com esses resultados, o que não tem custo muito 
acessível por serem tecnologias caras.
Por ser tão importante no pós-operatório, vamos falar um pouco nesta unidade sobre os 
tipos de cicatriz. Assim, ao avaliar uma cicatriz cirúrgica, você saberá o quanto ela está próxima 
da estética natural, ou se sofreu alguma modificação indesejada e os motivos pelo quais ela pode 
ter ficado com aspecto inestético.
2 CICATRIZAÇÃO DA PELE HUMANA
Cicatrizes são marcas na pele causadas por lesões traumáticas cirúrgicas ou não cirúrgicas. 
As não cirúrgicas são normalmente irregulares e, muitas vezes, não têm aspecto discreto, como 
são causadas por lesões acidentais, muitas dessas cicatrizes são bastante aparentes e, às vezes, 
desenvolvem um formato indesejado. Quando uma cicatriz é cirúrgica, há uma preocupação do 
médico em fazer com que a cicatriz fique regular e o menos perceptível possível. Apesar dessas 
tentativas, o paciente pode ter individualmente uma tendência a formar cicatrizes com algum 
tipo de desenvolvimento fora do natural.
O processo de cicatrização é uma forma que o organismo tem para se proteger, como a pele 
é um órgão de proteção, quando sofremos traumas, a pele se recupera através da formação 
14
de novo tecido, formando uma cicatriz. A cicatrização passa por fases, começando pela fase 
inflamatória: quando acabou de ocorrer o trauma e são as plaquetas e os macrófagos que entram 
em ação, as plaquetas irão formar coágulos para estancar o sangue e formar matriz extracelular 
(MEC) que permite a circulação das células com maior facilidade e dá sustentação a elas para 
formação de novo tecido (MÉLEGA, 2011).
Os macrófagos, além de proteger contra agentes agressores como fungos e bactérias, 
favorecem a formação de novo tecido com a epitelização e proliferação de fibroblastos. A fase 
proliferativa inicia-se entre dois e quatro dias após trauma. Nessa fase, atuam macrófagos, 
queratinócitos, fibroblastos que favorecem a formação de tecido conjuntivo e células endoteliais. 
Após cinco dias, começam a se formar células que dão estrutura à pele, como o colágeno. Essa 
estrutura demora 21 dias para ficar pronta e, nessa fase, não se produz elastina, por isso, é um 
período em que a cicatriz fica sem flexibilidade, se apalparmos temos a sensação de que está 
densa (MÉLEGA, 2011).
A fase proliferativa também é o momento de contração da cicatriz, quando se aproximam 
as bordas formando tecido epitelial caracterizado pela cor rosada. É aquela pele fina e rosada 
que vemos quando uma ferida ou um corte começa a fechar, ao que chamamos período de 
epitelização. Nessa fase, são produzidos diferentes tipos de fator de crescimento, um deles é 
o responsável pela formação de novos vasos, chamado de endotélio vascular (VEGF). Por esse 
motivo, a cicatriz recente tem um aspecto bastante avermelhado (MÉLEGA, 2011). 
Fase de remodelação ou maturação é o período em que acontece uma organização 
do colágeno produzido na fase proliferativa. O colágeno foi produzido de uma maneira 
desorganizada, o que auxilia na aceleração do fechamento da lesão com tecido epitelial. Agora, 
na fase de remodelação, esse colágeno sofre degradação e são formadas as fibras de colágeno, 
de acordo com a força de tensão local, pois essa força varia de acordo com a região da pele. 
Quando falamos de força, podemos entender observando as diferenças de resistência da pele 
nas diferentes partes do corpo, por exemplo, a pele do abdome é mais resistente do que a pele 
mais fina e menos resistente que existe no braço, na região que conhecemos popularmente como 
FIQUE DE OLHO
Matriz extracelular – MEC, é um componente gelatinoso que preenche os espaços entre as 
células, rica em macromoléculas (colágeno, elastina e glicoproteínas). Ela permite a interação, 
diferenciação e proliferação celular, sendo um componente de extrema importância na 
formação do tecido conjuntivo (ROCHA, apud BAYNES E DOMINICKZAC, 2000).
15
“tchauzinho” (MÉLEGA, 2011).
A fase de remodelação tem um período de seis a oito semanas, nesse período o volume da 
cicatriz diminui devido ao alinhamento das fibras de colágeno. Embora o colágeno diminua em 
quantidade, a pele consegue recuperar até 90% de sua força em relação à pele que não sofreu 
lesão. São por essas alterações que a pele onde há uma cicatriz tem maior sensibilidade e é 
menos resistente que uma região de pele que não tem cicatriz (MÉLEGA, 2011).
A estética da cicatriz tem ligação com o tipo de cicatrização, são elas:
Cicatriz de primeira intensão
Ocorre quando, em um corte cirúrgico, as bordas são suturadas, ou seja, aproximadas por 
linha ou outratécnica para manter as bordas unidas e não há indícios de infecção. O processo 
de cicatrização é mais rápido devido à aproximação das bordas que requerem formação de 
menor quantidade de tecido fibrótico. Nesse caso, após 6h, já se inicia o processo de cicatrização 
(ROCHA, apud TATARUNA et al., 1998).
Cicatriz de segunda intensão
Acontece quando não há aproximação das bordas da lesão por perda de tecido. A cicatrização 
é mais prolongada em comparação à cicatrização de primeira intenção. O colágeno produzido é 
de má qualidade, o que pode causar hipertrofia (MÉLEGA, 2011).
Cicatriz de terceira intensão ou primeira intensão retardada
Sucede nos casos em que foi prolongado o início da cicatrização de primeira intenção. Antes 
de suturar a lesão e aguardar a cicatrização natural, foi necessário realizar uma descontaminação 
da lesão, podendo ser necessário curativos e antibióticos (MÉLEGA,2011).
Os curativos e formas de sutura também são recursos que auxiliam uma boa cicatrização. 
Atualmente, os pontos são internos e, nas extremidades da cicatriz, vemos apenas os nós da linha 
de sutura. Além disso, são usadas fitas específicas como curativo. Veremos a partir do próximo 
tópico as técnicas cirúrgicas, cortes, cicatrizes e curativos de acordo com cada tipo de cirurgia.
FIQUE DE OLHO
A hipertrofia de uma cicatriz é causada pelo excesso de proliferação de fibroblastos da 
derme, decorrente de trauma ou inflamação. A cicatriz fica vermelha e elevada, mas não 
ultrapassa o limite das bordas (MÉLEGA, 2011).
16
3 TÉCNICAS DE CIRURGIAS PLÁSTICAS FACIAIS
As cirurgias faciais incluem as técnicas utilizadas para remoção de excesso de pele do rosto, 
que destacam o envelhecimento e as rugas, chamada de lifting facial. As rinoplastias, que 
alteram o formato do nariz; blefaroplastias, para remoção de excesso de pele das pálpebras, e a 
bichectomia, que reduz o tamanho das bochechas.
3.1 Técnicas cirúrgicas para rejuvenescimento facial
A estética do rosto é considerada um cartão de visita para as pessoas, influencia na 
autoestima no que diz respeito à beleza e ao envelhecimento. Em alguns casos, influencia até 
mesmo na funcionalidade natural de um órgão, como no caso de idosos que desenvolvem uma 
ptose palpebral tão significativa que chega a prejudicar o campo de visão. Às vezes, a pessoa fica 
sem conseguir enxergar pelas laterais dos olhos, por causa do excesso de pele.
No que diz respeito à remoção de excesso de pele, as cirurgias plásticas mais comuns são 
lifting facial e blefaroplastia. O lifting facial é mais indicado para pessoas a partir dos 40 anos, 
atualmente não são feitas remoções de pele em excesso como antigamente, o objetivo é observar 
as partes do rosto individualmente e promover as alterações na pele de forma sutil, para que a 
pele mantenha uma aparência natural sem demonstrar alterações cirúrgicas. A incisão cirúrgica 
é iniciada no couro cabeludo, próximo a costeleta, segue para a região pré-auricular, contorna o 
glóbulo da orelha e, se for pequena, termina nessa região. Caso a incisão seja maior, ela pode se 
prolongar para a região occipital, de maneira que seja coberta pelo cabelo (THORNE et al., 2009).
Para a blefaroplastia, o cirurgião avalia a órbita dos olhos, as sobrancelhas e a anatomia 
dos olhos, para que não ocorram alterações pós-cirúrgicas. A anatomia do rosto deve seguir a 
semelhança de quando o paciente era aproximadamente 10 anos mais jovem, inclusive faz parte 
da avaliação médica uma fotografia do paciente de 10 anos antes. A cicatriz da pálpebra superior 
deve ficar contida em uma das dobras do “pé de galinha”. Para isso, a marcação é feita com o 
paciente sentado e sorrindo, a cicatriz da pálpebra inferior fica localizada bem próxima aos cílios, 
é removido o excesso de pele, gordura e músculo. Trata-se de uma cirurgia delicada, que requer 
muita cautela médica e medidas exatas para evitar complicações (THORNE et al., 2009).
3.2 Técnicas cirúrgicas para contorno do rosto
A rinoplastia é uma técnica que tem por objetivo melhorar a aparência estética do nariz, formato, 
tamanho e correções de alterações estruturais que prejudicam a respiração. É uma cirurgia que 
requer muito conhecimento anatômico e habilidade por parte do médico em relação ao músculo, 
pele, ossos, cartilagem e mímica facial. O nariz é uma estrutura complexa, que envolve a análise de 
todas essas estruturas. Nem sempre será necessário mexer em todas essas estruturas para realizar 
uma rinoplastia, depende da avaliação médica e das queixas do paciente (THORNE et al., 2009).
17
O pós-operatório é um pouco incômodo e requer muitos cuidados, é preciso evitar muitos 
movimentos, inclusive o de mastigação, se restringindo a dietas líquidas de início e progredir 
aos poucos. O rosto pode edemaciar e a aplicação de gelo na região dos olhos pode ajudar, a 
cabeça deve ficar apoiada na cabeceira elevada em 45 graus, são utilizadas gaze abaixo do nariz, 
enquanto não cessar a drenagem de sangue e secreções (THORNE et al, 2009).
Atualmente, o tampão que se colocava no interior do nariz não é mais utilizado devido ao 
incômodo que causava, se usa placas de celulose retiradas após 15 dias. A sensação nesse período é 
de obstrução do nariz, como no período de gripe devido à cicatrização interna que forma crostas. O 
nariz não deve ser assoado para evitar sangramento, a recuperação ocorre após 30 dias.
 Uma das cirurgias estéticas mais atuais é a bichectomia, que consiste em uma técnica cirúrgica 
que remove o “excesso” de bochecha quando isso incomoda o paciente. A região é a de maior 
acúmulo de gordura na face, se estendendo da região das têmporas até a região da mandíbula. 
O objetivo inicial da cirurgia foi remover o excesso de gordura quando essa atrapalhava o 
movimento de mastigação e, constantemente, o paciente mordia a região da mucosa da boca 
devido ao volume das bochechas. Consequentemente, tornou-se uma cirurgia estética, por 
alterar o formato do rosto deixando-o mais fino (ALMEIDA, 2018). O procedimento é rápido, pode 
leva até 40 minutos, realizado pela cavidade oral, com pontos reabsorvíveis, apresenta edema 
inicial com recuperação pós-cirúrgica total de sete dias.
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4 TÉCNICAS DE CIRURGIAS PLÁSTICAS MAMÁRIAS
As cirurgias mamárias têm sido uma das técnicas de cirurgia plástica mais procuradas devido 
à possibilidade de aumento, redução e melhora de toda a estética da mama. Alterações causadas 
pelo excesso de mama que prejudicam a postura da mulher, a amamentação e as remoções 
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de mama devido a tumores malignos são os principais motivos que aumentam a procura das 
cirurgias plásticas, também é muito comum a procura do aumento de tamanho das mamas. Cada 
objetivo de mudança da estética mamária requer um tipo de técnica cirúrgica, veremos a seguir 
as principais técnicas de cirurgias estéticas mamárias.
4.1 Mamoplastia de aumento
A mama é uma região de muita importância para mulheres, ela está ligada à feminilidade, 
sexualidade e maternidade, o que já explica a crescente procura das cirurgias plásticas mamárias. 
Normalmente, o desejo pelo aumento das mamas está relacionado com o pouco desenvolvimento 
das mesmas, que já pode ser identificado durante a juventude, levando mulheres jovens a passar 
por uma cirurgia. Outro fator que leva à cirurgia de aumento é o pós-amamentação, nesse caso 
a pele além de ficar flácida, a alteração das glândulas mamárias faz com que a mama fique com 
aspecto caído e murcho, assim costuma-se realizar uma redução com aumento de mama.
A mamoplastia de aumento consiste na colocação de implante de silicone para aumentar o 
volume das mamas. A avaliação do médico para a escolha da prótese consiste na avaliação da 
estrutura da pele da paciente no que diz respeito à elasticidade, firmeza e quantidade; avaliação 
da estrutura corpórea para que a escolha do tamanho da prótese esteja proporcional ao tamanho 
da paciente, evitando que efeitos indesejados, como alteração da postura e dores na colunaaconteçam caso a prótese seja muito grande, como também a quantidade de pele suficiente para 
suportar o tamanho da prótese é avaliada (ADAMS JUNIOR, 2013).
Dentro dos padrões normais de estética e estrutura da mama, o médico avalia a opinião da 
paciente em relação ao tamanho da mama que ela deseja ficar após a cirurgia, e apresenta a ela 
os tamanhos de prótese em seu consultório, de acordo com os tamanhos para ela recomendados. 
Faz parte da avaliação médica explicar e escolher com a paciente o formato da mama e a 
localização da prótese, isso diferencia no formato da mama e na sensação e palpação da prótese 
mamária (ADAMS JUNIOR, 2013).
Exames de palpação na mama e exames pré-operatórios a nível clínico, como os exames 
de sangue, fazem parte da preparação para a cirurgia. Com o resultado em mãos e a escolha 
da prótese, o médico começa a traçar o plano cirúrgico. A prótese no Brasil mais comum é a 
revestida de poliuretano e texturizada, preenchida de gel de silicone, as arredondadas e altas são 
para mulheres de estrutura larga, e as próteses anatômicas para as mulheres de estrutura estreita 
(MÉLEGA, 2011).
Existem três vias de acesso para o implante de prótese mamária que o médico deve orientar 
a paciente para que ela opine sobre qual seria a sua preferência, de acordo com a localização da 
cicatriz, a estética da mama e a percepção da prótese ao tocar a mama.
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1. Incisão transaxilar: é realizada na região da axila, para evitar cicatriz na mama, porém a 
implantação de prótese de poliuretano e anatômica (as mais comuns no Brasil) é mais complicada 
devido à estrutura da prótese (MÉLEGA, 2011). Por esse motivo, o uso da técnica não é muito comum.
2. Incisão periareolar: é realizada ao redor da aréola, mais recomendado nos casos em que a 
paciente deseja reduzir o tamanho da auréola, ou quando existe excesso de tecido ou formação 
tumoral na região, pois a cicatriz pós-cirúrgica e a posição da prótese por essa via podem 
prejudicar diagnósticos por exame nas mamas, ainda que a colocação da prótese seja por baixo 
da gordura, pode ser difícil estancar o sangramento. Por isso, é uma técnica utilizada em casos 
muito específicos (MÉLEGA, 2011).
3. Inframamária: esta é a mais comum das incisões. É a localizada na borda inferior da mama, 
uma via que facilita o campo de visão da estrutura da mama para o cirurgião. Ela permite o 
implante de diferentes tipos de prótese, a cicatriz pode ser escondida pelas roupas e a técnica é 
mais segura (MÉLEGA, 2011).
Outra característica da mamoplastia de aumento é a forma que a prótese é posicionada. 
A escolha do posicionamento da prótese mamária está relacionada com a estrutura do corpo, 
como também a estética. As próteses posicionadas, antes do músculo peitoral, são apalpadas 
mais facilmente e, em pessoas muito magras, é possível perceber a borda do silicone durante 
uma palpação. A aparência é mais artificial do que quando a prótese é posicionada abaixo do 
músculo, pois o músculo reduz a facilidade em perceber as bordas da prótese, sem interferir no 
posicionando na camada de gordura da mama (ADAMS JUNIOR, 2013).
 A mamoplastia de aumento pode estar associada a outras técnicas de cirurgia plástica 
mamária, para tratar alterações inestéticas em diferentes situações, como veremos a seguir.
4.2 Mastopexia
Mastopexia é a redução do volume da mama, devido a diferentes causas, como por exemplo, 
um desenvolvimento exacerbado da mama que ocasiona má postura, alterações de coluna e braços; 
pode estar associada ou não com ptose ou flacidez de pele. A mastopexia, na maioria das vezes, não 
é realizada junto com a colocação de prótese pois, nesse caso, a paciente deseja reduzir o volume.
De acordo com o grau de ptose da mama, é escolhida a técnica de incisão para reduzir a 
mama. Quando a flacidez de pele é pequena, pode ser feita uma incisão na auréola e por ela 
ser removido o excesso de pele. Mas quando a redução da mama exige um processo cirúrgico 
grande, é utilizada a técnica de T invertido ou em âncora. A cicatriz é grande e a paciente precisa 
estar ciente do tamanho da cicatriz antes de fazer a cirurgia (THORNE et al, 2009).
Antes de iniciar a cirurgia, o médico faz as marcações dos locais onde serão feitas as incisões 
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para demarcar o excesso de pele que deve ser removido, cada demarcação corresponde a um 
tipo de técnica.
Na técnica de T invertido, as marcações são feitas em contorno da auréola, pois ela será 
removida durante o processo cirúrgico e as bordas da incisão são aproximadas e suturadas em 
volta da auréola. Quando o médico avalia a região em que serão removidos o excesso de pele, 
ele desenha a região da remoção em relação ao local em que devem ser aproximadas as bordas. 
A técnica de T invertido é assim chamada porque a sutura fica em torno da auréola, uma linha do 
centro da auréola até a borda da mama e outra na linha da borda da mama. Essa técnica também 
é chamada de âncora, pois o formato da cicatriz também se assemelha a uma âncora.
Outra técnica de Mastopexia é a técnica de incisão em formato Pirulito ou Mastopexia 
vertical. É uma técnica que resulta no final em uma cicatriz ao redor da auréola e outra do centro 
da auréola para baixo na posição vertical. É recomendada para casos que precisam de menor 
remoção de pele.
Ainda que as cicatrizes sejam grandes, quando elas são de primeira intenção, se tornam 
quase imperceptíveis. Com o passar dos meses, algumas inclusive ficam muito finas e quase não 
aparecem, principalmente ao redor da aréola e abaixo da mama.
4.3 Mastopexia com aumento
Quando uma paciente está satisfeita com o volume da mama, mas o que a incomoda é a ptose da 
mama, o médico fará uma reorganização do volume mamário. Nesse caso, pode não ser necessária 
uma prótese mamária, porque o próprio volume que a paciente já tem é o suficiente. Esse processo 
pode reduzir a necessidade de uma mastopexia muito grande, pois reduz a quantidade de pele, mas 
não reduz o volume da mama. É uma cirurgia um pouco mais complexa, pelo fato de que a maioria 
das pacientes que se submetem ao procedimento tem uma idade mais avançada.
Segundo Thorne et al. (2009), a mastopexia com aumento é mais complexa e requer mais 
atenção do que apenas a mastopexia, porque quando é necessário colocar uma prótese, é 
preciso ter muito cuidado para não prejudicar a irrigação sanguínea do mamilo. Embora seja 
mais dolorida no pós-operatório, a técnica mais segura é colocar a prótese mamária na posição 
submuscular, facilitando a irrigação sanguínea para o mamilo.
Em procedimentos como a mastopexia, o mamilo é desconectado da pele reposicionado em 
outro lugar. Por esse motivo, há um rompimento dos vasos sanguíneos do mamilo e quando 
reposicionado, ele precisa formar novos vasos rapidamente para evitar necrose e perda do 
tecido. Algumas alterações de mama exigem, além de cirurgias de redução e aumento de mama, 
cirurgias mais complexas como uma reconstrução de mama e, consequentemente, de mamilo. 
Veremos, nesta unidade, os procedimentos para o cirurgião plástico.
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4. 4 Reconstrução de mama e de mamilo
As cirurgias de reconstrução mamária são realizadas, na maioria das vezes, em casos que 
a paciente foi submetida a mastectomia total, quando a mama é retirada totalmente devido 
ao câncer de mama. Pode acontecer que a cirurgia seja realizada no mesmo dia da retirada da 
mama, mas independente das condições, seja um caso mais simples ou mais grave, a paciente 
deve ser bem conscientizada antes de submeter a uma cirurgia tão agressiva. Os danos que ela 
sofre não são apenas físicos, mas um trauma psicológico.
 Com início nos anos 60, as próteses preenchidas com gel de silicone foram as mais seguras 
para reconstrução mamária. A técnica continuou se aperfeiçoando para que as mamas fossem 
reconstruídas com aspecto mais natural possível. Atualmente, foram desenvolvidas próteses 
anatômicas com uma válvula, ela ajuda a modelar a prótese para adequar à anatomia da paciente. 
A cirurgia para reconstrução total da mamaé mais adequada para pacientes magras, que farão 
as duas mamas ou apenas uma. Nesses casos, é mais fácil aproximar o tamanho das mamas 
(THORNE et al., 2009).
A reconstrução mamária apresenta muitas particularidades, para cada caso há um perfil 
cirúrgico adequado. Após a cirurgia de reconstrução mamária, também é feita a reconstrução do 
mamilo, que deve se aproximar da cor, textura e formato do mamilo natural, o que é um grande 
desafio para o cirurgião. Um dos maiores cuidados do médico é medir a posição do mamilo 
nas duas mamas. Antes da cirurgia, a paciente também ajuda o médico a escolher a posição, 
indicando com uma fita adesiva a região que gostaria de ter o seu mamilo (THORNE et al., 2009).
Os mamilos são reconstruídos por técnicas de retalhos, enxertos e até tatuagem. Cada caso é 
selecionado e fica à escolha do médico e do paciente.
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5 TÉCNICAS DE CIRURGIAS PLÁSTICAS ABDOMINAIS
As cirurgias plásticas abdominais têm uma procura tão comum quanto as cirurgias de mama, 
o objetivo é remover o excesso de pele flácida acumulada do abdome. A procura é maior entre as 
mulheres que tiveram um grau acentuado de emagrecimento, ex-obesos e após gestações. Pode 
estar associada com outras cirurgias, como de mama e lipoaspiração, para remoção de excesso 
de gordura e modelagem do corpo, o que é muito comum acontecer.
5.1 Abdominoplastia
A abdominoplastia pode ser realizada de três maneiras diferentes, quando a incisão é total, 
contornando praticamente toda a região de abdome e costas, chamada de abdominoplastia total. 
Essa técnica é mais utilizada em casos de paciente obesos que sofreram grande emagrecimento 
e acentuada flacidez de pele. Normalmente, a abdominoplastia é realizada com incisão de um 
lado a outro do abdome, essa é a mais comum das cirurgias de abdome. Outra técnica cirúrgica 
é a mini abdominoplastia, quando a incisão é realizada apenas na região central do abdome. 
Em todas essas técnicas, a incisão é feita na linha pubiana contornando a crista ilíaca, para que 
a roupa íntima ou o biquíni cubra a cicatriz e a paciente se sinta mais bonita sem precisar se 
preocupar em escondê-la.
O último conceito de abdominoplastia consolidado em 1988 inclui a avaliação da existência 
de excesso de pele, excesso de gordura, diástase ou separação dos músculos reto e oblíquo, 
posição de implantação de umbigo, avaliação de alterações presentes na região supraumbilical 
(acima do umbigo) e infraumbilical (abaixo do umbigo). O ideal é que a cirurgia não dure mais 
que três horas. Porém, quando são acrescidas outras cirurgias, o tempo de intervenção aumenta 
(MÉLEGA, 2011).
Antes de iniciar a cirurgia, é feita a demarcação das áreas de incisão com a paciente de 
pé. O médico faz o desenho da área que deve ser removida e as bordas que serão unidas no 
final do processo cirúrgico, como pode ser observado na imagem “Demarcação cirúrgica da 
abdominoplastia”.
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Figura 1 - Demarcação cirúrgica da abdominoplastia 
Fonte: Ronstik, iStock, 2020.
#ParaCegoVer: Na foto, o cirurgião está demarcando a região do abdome de uma mulher para 
realizar a abdominoplastia.
A demarcação muda de acordo com o volume de pele que dever ser removida. Existem 
diferentes incisões, como a que forma um desenho de uma âncora, nos casos que necessitam 
grande remoção de pele (SONCINI et al., 2016), ou as incisões feitas na região pubiana, 
contornando todo o abdome, como representado na imagem “Suturas da abdominoplastia”.
Figura 2 - Suturas da abdominoplastia 
Fonte: Marc Dufresne, iStock, 2020.
#ParaCegoVer: A foto mostra o antes e o depois de uma abdominoplastia.
Há casos em que se faz necessário refazer o umbigo, isso quando o deslocamento da pele é feito 
da região pubiana até a região do abdome superior próximo às costelas, quando normalmente é 
retirada grande quantidade de pele, e com ela é removido também o umbigo. Então, o cirurgião 
refaz também o umbigo (MÉLEGA, 2011). Entre as técnicas de abdominoplastia, existe a mini 
abdominoplastia, cirurgia que remove o excesso de pele localizado abaixo do umbigo. A incisão é 
pequena e feita apenas na extensão da região pubiana.
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Finalizada a cirurgia, o paciente permanece no hospital por pelo menos 24h. Normalmente, 
já sai do centro cirúrgico com o dreno. Alguns médicos mantêm o paciente no hospital por três 
dias e já o libera sem o dreno, outros dão alta para o paciente, que vai embora com o dreno, e 
permanece por mais pelo menos 7 dias com ele. Essas variações acontecem de acordo com o 
perfil do médico e do paciente.
5.2 Cuidados no pós-cirurgias plásticas
As recomendações para o pós-cirurgia plástica são basicamente as mesmas, 
independentemente do tipo de cirurgia a que o paciente se submeteu, como: manter alimentação 
saudável, não fumar, não ingerir bebidas alcóolicas, uso de cintas e meias compressivas, as 
quais o paciente já sai com elas do centro cirúrgico para evitar o excesso de edema. Tomar as 
medicações conforme orientação do médico, tomar cuidado com as limitações de movimento, 
como por exemplo, não dirigir, principalmente para pós-cirúrgico de mama, deve-se evitar mexer 
muito os braços, não pegar peso e não praticar atividades físicas.
Com o acompanhamento médico necessário e os cuidados recomendados pelo médico, 
seguidos à risca, a recuperação é rápida, mas requer paciência, pois o paciente terá que seguir as 
orientações quanto ao limite de suas atividades, que aos poucos serão liberadas pelo médico. O 
uso da cinta compressiva ou do sutiã pós-cirúrgico é muito importante para evitar complicações 
e manter uma cicatriz bonita, isso vale também para o uso de fitas e curativos que devem 
permanecer na cicatriz conforme orientação do médico.
Normalmente, após a cirurgia são colocadas microporagens nas cicatrizes, que auxiliam a 
cicatrização. Elas são laváveis e fáceis de secar, permanecendo na pele por dias, até a recomendação 
médica de troca. Também pode acontecer que o médico utilize uma cola cicatrizante em lugar de fitas, 
embora seja uma técnica cara, ela muito favorece a cicatrização e pode ficar na pele por até trinta dias.
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Nesta unidade, você teve a oportunidade de:
• identificar casos clínicos em que há recomendação de cirurgia plástica;
• conhecer as técnicas cirúrgicas para o embelezamento do rosto, plástica mamária e 
estética do abdome;
• entender a importância da cicatrização da incisão cirúrgica e o processo de cicatrização 
da pele;
• compreender o formato e dimensão das cicatrizes de cirurgia plástica;
• aprender os cuidados pós-cirúrgicos.
PARA RESUMIR
ADAMS JUNIOR, W. P. Mamoplastia de aumento – Série atlas de cirurgia plástica. Porto 
Alegre: AMGH, 2013.
ALMEIDA, A. V. V.; ALVARY, P. H. G . A bichectomia como procedimento cirúrgico estético-
-funcional: um estudo crítico. Case report. J Business Techn. v.7, n.1, p. 3-14, 2018.
MASIERO, L. M. Mudanças culturais: uma reflexão sobre a evolução das cirurgias plásti-
cas. Revista Antropología del Cuerpo , Salamanca, n. 0, p. 62-77, jul./dec. 2015. Disponí-
vel em: < https://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?codigo=5192196 > . Acesso em: 3 
fev. 2020.
MÉLEGA, J. M.; VITERBO, F.; MENDES, F. H. Cirurgia plástica: os princípios e a atualidade. 
Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011.
MENEGASSI, L.; GUIMARÃES, R. S. Cirurgia plástica estética: que expectativas são essas? 
Revista de Psicologia, v. 3, n. 1, p. 51-67, 1 jan. 2012. Disponível em: < http://periodicos.
ufc.br/psicologiaufc/article/view/104 > . Acesso em: 2 fev. 2020.
ROCHA, J. C. T. Terapia laser, cicatrização e angiogênese. Revista Brasileira em Promoção 
da Saúde , v.17, n. 1, p. 44-48, 2004. Disponível em: < https://periodicos.unifor.br/RBPS/
article/view/345/2044 > .Acesso em: 1 fev. 2020.
SONCINI, J. A.; BAROUDI, R. Revisão da técnica de abdominoplastia com dissecção redu-
zida e fixação com pontos de Baroudi. Revista Brasileira de Cirurgia Plástica, v.31, n. 2, p. 
166-171,2016.Disponível em: < http://www.rbcp.org.br/details/1730/pt-BR/revisao-da-
-tecnica-de-abdominoplastia-com-disseccao-reduzida-e-fixacao-com-pontos-de-baroudi 
> . Acesso em 1 fev. 2020.
THORNE, H., C.; GRABB, C., W.; SMITH, W., J. Grabb & Smith - Cirurgia Plástica. 6. ed. Rio 
de Janeiro: Guanabara Koogan, 2009.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
UNIDADE 2
Lifting facial, corporal e 
lipoaspiração
Você está na unidade Lifting facial, corporal e lipoaspiração. Conheça aqui os conceitos, 
definições e descrições das técnicas de cirurgias plásticas, assim como cuidados e 
orientações para desenvolver protocolos de atendimento.
Bons estudos!
Introdução
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1 CIRURGIA PLÁSTICA FACIAL
A cirurgia é o ramo da medicina especializado no tratamento de deformidades, lesões e 
doenças externas ou internas, realizado por meio de operações. No contexto das possibilidades 
cirúrgicas, encontra-se a cirurgia plástica, que tem por finalidade a reconstituição artificial de uma 
parte do corpo. A cirurgia plástica é dividida em reparadora e estética. A primeira tem a finalidade 
de recuperar a função e restaurar a forma alterada por alguma enfermidade, traumatismo ou 
defeito congênito (LEAL, 2010). A cirurgia do tipo estética objetiva o embelezamento pela melhora 
da forma (LOPES; MEYER, 2014).
A aparência física se relaciona de forma íntima com a autoestima dos seres humano e, de 
certa forma, torna as pessoas mais bem aceitas pela sociedade (PITANGUY, 1992).
Lifting facial 
A face revela o íntimo de nossa expressão, é parte essencial da comunicação humana e seus 
traços marcam a nossa individualidade. Em razão do processo de envelhecimento, todos os tecidos 
da face são afetados de diferentes maneiras. A pele perde elasticidade, reabsorção de gordura, os 
músculos perdem tônus e volume. Além disso, os ossos perdem volume, o que leva a sua diminuição 
e aumento da flacidez dos tecidos moles sobrejacentes, que dependem desses para sustentação. 
A pele não é uma estrutura de suporte e essa é deslocada por meio da redução do tecido 
mole subcutâneo. Com o envelhecimento, tal tecido perde sua elasticidade, portanto aplica tração 
direta na pele causando maior deterioração, transformando-a em uma camada inerte, hipotônica 
e inatural (CAMPO, 2014). Para alcançar resultados naturais, a pele deve ser redistribuída 
indiretamente para reposicionamento dos tecidos moles profundos (MONTEDONIO; QUEIROZ 
FILHO; POUSA; PAIXÃO; ALMEIDA, 2010).
A ritidoplastia possui diversos sinônimos. São exemplos ritidectomias, meloplastias, erguimento 
facial, lift (erguimento) facial e cirurgia de rejuvenescimento facial. Fatores intrínsecos, determinados 
pela genética do indivíduo, e extrínsecos, tais como exposição solar, tabagismo, radiações ionizantes 
etc (MONTEDONIO; QUEIROZ FILHO; POUSA; PAIXÃO; ALMEIDA, 2010), determinam a intensidade 
das alterações envolvidas no envelhecimento facial (PATROCÍNIO, 2006).
A primeira geração foi a ritidoplastia cutânea, em que somente se remove pele. A segunda 
geração veio com a descrição do SMAS (sistema músculo-aponeurótico subcutâneo). Nesta, o 
cirurgião aplica um tratamento ao SMAS (plicatura, sutura, secção parcial, etc.), objetivando tornar 
mais duradoura a cirurgia. A terceira geração chegou justamente pela tentativa de se alcançar o 
sulco nasogeniano, que até então não era alterado pelas outras técnicas. É a ritidoplastia por 
planos profundos, em que se disseca profundamente ao SMAS. Porém, seu uso está cada vez 
menor devido aos altos índices de lesão de ramos do nervo facial (PATROCÍNIO, 2006).
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Técnica cirúrgica
A ritidoplastia pode ser realizada de forma completa ou parcial, conhecida também como 
mini lifting, dependendo da necessidade pelo grau de envelhecimento facial. Esta é dividida 
em completa, trata terço superior, médio e inferior. Terço superior ou frontal. Existe a técnica 
tradicional, na qual é realizado um corte na região coronal, que fica escondido na área do cabelo 
ou na linha do início do cabelo, e parte do tecido é ressecado.
A outra técnica cirúrgica é realizada através de incisões pequenas no couro cabeludo, a região 
da testa é descolada, são enfraquecidos os músculos que proporcionam as rugas e as sobrancelhas 
são reposicionadas (SBCP, 2016). A ritidoplastia frontal videoassistida tem se revelado uma opção 
a mais no arsenal terapêutico do cirurgião plástico, por proporcionar o tratamento avançado das 
estruturas musculares, ligamentares e fibrosas da periórbita (BAKER; DAYAN; CRANE; KIM, 2007).
Conjuntamente, esta forma de abordagem não altera a posição da linha de implantação do 
cabelo, bem como modifica o aspecto e o comportamento dinâmico da região frontal estendendo-
se pela periórbita, na qual proporciona a reposição de tecidos e equilíbrio das forças musculares 
na região (TROILIUS, 2004).
O terço médio da face (midface) é uma área da face limitada superiormente por uma linha 
imaginária, que une as duas suturas zigomático-frontais e inferiormente, no nível do implante 
dos dentes na maxilla (SCHELLINI; SAMPAIO, 2005).
“Midface lift” subperiostal é uma técnica que se propõe a reorientar os tecidos da região 
média da face, já consagrada para correção estética do envelhecimento facial, geralmente 
associada a outros procedimentos como um “lifting” de toda a face (SCHELLINI; SAMPAIO, 2005).
No terço inferior, os sinais característicos do envelhecimento incluem lipodistrofia, flacidez 
cutânea, ptose platismal, ptose da gordura submentual e glândulas salivares proeminentes 
(ROHRICH; RIOS; SMITH; GUTOWSKI, 2006).
Na responsabilidade que nos é entregue de preparar e, posteriormente, reabilitar uma face 
para que este cliente possa voltar com tranquilidade à sua vida cotidiana, ter um conhecimento 
amplo sobre o assunto para entregar resultados com segurança é essencial.
FIQUE DE OLHO
O envelhecimento é inevitável por ser uma condição fisiológica. Contudo, temos tecnologias, 
práticas clínicas e cirúrgicas à disposição que auxiliam no processo de saúde e bem-estar.
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Lipoenxertia facial
Rostos magros tendem a parecerem mais envelhecidos. Os coxins de gordura que auxiliam na 
sustentação da face naturalmente vão sendo atrofiados. Uma alternativa é o uso de preenchedores 
ou biostimuladores de colágeno, a outra é a lipoenxertia. Esta gordura é aspirada do próprio 
indivíduo e injetada para melhorar o contorno facial (DORNELLES, 2013).
A face pode ser dividida didaticamente em regiões anatômicas e dentro de limites precisos 
para lipoenxertia, cada uma delas recebendo volumes específicos de gordura em função da 
necessidade estética. As principais regiões lipoenxertadas são a glabela, região temporofrontal, 
malar, sulco nasogeniano, lábios, região mentual e rugas de expressão (MONTEDONIO; QUEIROZ 
FILHO; POUSA; PAIXÃO; ALMEIDA, 2010). 
Blefaroplastia
A ritidoplastia pode vir acompanhada de outras cirurgias, que auxiliam e complementam o 
seu resultado, como a blefaroplastia, lifting de lábios e lifting de sobrancelhas (ISHIZUKA, 2012).
Blefaroplastia é uma palavra de origem grega (blepharos refere-se às pálpebras e plástia relativo 
à forma), utilizada para denominar a cirurgia de rejuvenescimento palpebral. Essa cirurgia deve 
visar não somente aos benefícios estéticos, mas também ter um cuidado com o aspecto funcional 
das pálpebras. A blefaroplastia envolve a remoção da pele excessiva das pálpebras superiores e 
inferiores e do tecido adiposo periorbitário, que se desloca através de septos orbitários arqueados, 
podendo ser realizada isoladamente ou associada a outros procedimentos que completam 
o tratamento de sinais de envelhecimento facial (ISHIZUKA, 2012).
A prevenção das complicações ou mesmo a predição das mesmas inicia-se com uma 
avaliação pré-operatória minuciosa (ISHIZUKA, 2012). Deve incluir uma história clínica detalhada 
(comorbidades, uso de medicações, antecedentes oftalmológicos, pessoais e familiares), e 
exame físico meticuloso(ISHIZUKA, 2012). A avaliação do aspecto psicológico do paciente e 
suas expectativas em relação à cirurgia são também bastante importantes (PATROCÍNIO, 2006).
A programação da técnica cirúrgica a ser utilizada é baseada nas alterações anatômicas 
encontradas e nas queixas apresentadas, levando em conta as expectativas do paciente e 
as reais possibilidades cirúrgicas para melhora da estética. As complicações não são comuns 
e, quando ocorrem, são geralmente discretas e transitórias, como hematoma e equimose 
(ISHIZUKA, 2012).
Entretanto, algumas vezes, podem ser definitivas, como cegueira, ou necessitarem de novas 
abordagens cirúrgicas para correção, como ectrópio e ptose palpebral. A posição da sobrancelha 
é importante tanto do ponto de vista estético quanto funcional, variando seu formato de acordo 
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com a raça, idade e gênero. Uma sobrancelha bem posicionada é sinal de juventude e beleza, 
havendo literatura que classifica sua posição (MIRANDA; MATAYOSHI, 2019).
Classificação de posicionamento de sobrancelha, segundo Miranda e Matayoshi (2019):
• Aspecto jovial e arqueamento alto da sobrancelha;
• Moderado arqueamento de sobrancelha;
• Leve arqueamento de sobrancelha;
• Pouco arqueamento da sobrancelha, aspecto cansado e aparecimento de dobras;
• Aspecto muito cansado, sobrancelha sem arqueamento, aparecimento intenso de dobras.
 Lifting nasolabial
Assim como toda a face, os lábios também sofrem transformações com as alterações das 
estruturas faciais (CARDIM; SILVA; SALOMONS; DORNELLES; BOM JOS, 2011).
A perda de volume e arquitetura, associada ao descenso do lábio, promove a perda de visualização 
dos dentes superiores, enquanto a rotação externa sofrida pelo lábio inferior permite a visualização da 
arcada dentária inferior, ocasionando o aspecto envelhecido (AUSTIN; WESTON, 1992).
Existe uma grande procura do lifting facial pelos indivíduos que foram submetidos a grandes 
emagrecimentos ou gastroplastia. O rosto é uma região difícil de camuflar e, após a cirurgia, estes 
conseguem se encontrar como o indivíduo que era antes. É importante estar com estabilidade 
do peso corporal, que geralmente acontece entre 12 a 18 meses após a cirurgia (GERK, 2007). 
Percebe-se aumento da autoestima com a restruturação do contorno facial.
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Lifting corporal
Uma condição constante nessa nova imagem corporal é a flacidez cutânea associada à 
ptose das diversas regiões anatômicas, como mamas, braços, coxas, glúteos e tronco. Ao lado 
do impacto psicossocial do dermatocalázio generalizado, também há implicações médicas, com 
doenças como o intertrigo e limitações funcionais para deambulação, micção e atividade sexual 
(ORPHEU, 2009).
No escopo da cirurgia plástica, o tratamento do excesso de pele após perda ponderal 
maciça pode ser considerado desafiador, uma vez que atinge todo o corpo do paciente e requer 
estratégias para minimizar as complicações pelo cuidado integral, desde o planejamento das 
incisões até a avaliação dos resultados no período pós-operatório tardio (ORPHEU, 2009). A 
avaliação de resultados é complexa em cirurgia plástica, ao envolver parâmetros subjetivos e 
contar com poucas publicações comparativas, porém é necessária para permitir progressos 
(GERK, 2007). Em relação ao paciente, após perda ponderal maciça, o resultado da cirurgia 
plástica, seja de dermolipectomias, ou pexias de tecidos ptóticos, o que se observa no período 
pós-operatório tardio é a manutenção de flacideresidual em graus variados, a ponto de afligir o 
cirurgião, o paciente ou ambos (CINTRA JUNIOR, 2012).
A perda do conteúdo gorduroso é acompanhada por modificações estruturais da derme, 
caracterizadas por alterações qualitativas e quantitativas de elastina e do colágeno, determinando 
diminuição da elasticidade do continente cutâneo, que perde a capacidade retrátil e permite a 
ptose das dobras (TAGLIOLATTO; MEDEIROS; LEITE, 2012).
2 DERMOLIPECTOMIA
A dermolipectomia é o procedimento cirúrgico que remove o excesso de pele e pode ser 
realizada na região dos braços, conhecida como braquial; coxas, conhecida com crural, entre 
outras regiões (LEAL, 2010).
Desta necessidade de remodelar o contorno corporal, entra em cena a cirurgia do contorno 
corporal (ROCHA, 2012). Ela é definida como uma cirurgia reconstrutiva e funcional, dados da 
literatura apontam que mais de 70% dos pacientes com perda maciça de peso buscam este tipo 
de procedimento para melhorar sua qualidade de vida (KITZINGER; ABAYEV; PITTERMAN; KARLE; 
BOHDJALIAN; LANGER, 2012).
Dermolipectomia crural 
A dermolipectomia de coxa é a cirurgia plástica que tem como objetivo remover o excesso de 
pele e, em alguns casos, o excesso de gordura da região interna da coxa. A anestesia para este tipo 
de procedimento será a anestesia peridural ou geral. O tempo de internação pode variar de 24 a 
34
48 horas, e vai depender muito da recuperação e orientação do médico. 
A cirurgia pode ser realizada de duas formas, quando existe apenas a flacidez próxima à virilha, 
a cicatriz fica posicionada na prega já existente nessa região. Quando a flacidez acomete toda a 
região entre as coxas, haverá uma cicatriz mais extensa, que poderá chegar até a proximidade 
dos joelhos. A extensão da cicatriz manterá estreita relação com a intensidade da flacidez e, 
portanto, com a quantidade de tecido a ser removido (KITZINGER; ABAYEV; PITTERMAN; KARLE; 
BOHDJALIAN; LANGER, 2012).
Dermolipectomia braquial
 A flacidez dos membros superiores e da região do tórax logo abaixo das axilas é uma 
deformidade muito prevalente, tendo como principais causas predisposição familiar, abandono 
dos exercícios físicos e alterações decorrentes do processo natural do envelhecimento, e é 
comumente associada a perda ponderal acentuada de indivíduos obesos. A dermolipectomia de 
braço é a cirurgia plástica que tem como objetivo remover o excesso de pele e, em alguns casos, o 
excesso de gordura da região posterior do braço (ABRANTES; MAZZARONE; STEFANELLO, 2019). 
Essa pele, por ser muito fina, não contrai o suficiente após a perda de peso, acarretando em 
excesso de pele e flacidez (LIMA JUNIOR; CAVALCANTE; LIMA, 2013).
Nos pacientes que tiveram grandes perdas ponderais, os membros superiores, geralmente, 
apresentam uma acentuada ptose dos tecidos do braço, que se localiza na região interna e 
inferior, estendendo-se da axila ao cotovelo, quando o braço está em abdução, determinando um 
exagerado contorno convexo, contendo ou não depósito de gordura (LIMA JUNIOR; CAVALCANTE; 
LIMA, 2013). A braquioplastia consiste no tratamento cirúrgico desta deformidade, que, na 
maioria dos casos, é realizada por meio de ressecções dermo-gordurosas e síntese dos 
retalhos por deslizamento, podendo estar ou não associada à lipoaspiração (RODRIGUES, 2013).
Uma grande preocupação quanto à dermolipectomia dos membros superiores consiste na 
cicatriz resultante, o que certamente limita alguns cirurgiões a indicar esta cirurgia (RODRIGUES, 
2013). A cicatriz tende à retração, o processo de cicatrização é lento, resultando muitas vezes 
em cicatrizes alargadas e aparentes (RODRIGUES; HELENE; MALHEIROS, MORENO; 
GUEDES, 2009).
Observamos, ainda, que o processo de cicatrização é lento, sendo necessário aguardar de dez 
meses a dois anos para se obter uma cicatriz plana e esbranquiçada (RODRIGUES, 2013).
Recomendações no pós-operatório:
Evitar esforços por 30 dias.
Evitar molhar o curativo durante a primeira fase (2 dias).
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Dentre as dermolipectomias mais comuns, temos a dermolipectomia braquial e crural 
(RODRIGUES, 2013).
Dermolipectomia braquial
Nos membros superiores, a grande perda ponderal resulta em excedentes de pele e tecido 
celular subcutâneo que se estende do olécrano pela axila e parede lateral do tórax, lembrando o 
aspecto de asa de morcego (SOUTO; FREITAS; MERHEB, 2005).
Lipoaspiração
Alipoaspiração é a técnica cirúrgica utilizada para remoção de depósitos de gordura em locais 
considerados inestéticos (PINTARELLI; GOMES; ROCHA, 2014 ). Inicialmente, tinha a intenção 
de tratar regiões específicas, mas com os avanços da técnica, áreas maiores começaram a ser 
lipoaspiradas. Com isso, alterações hematológicas e metabólicas começaram a ser percebidas e 
algumas adaptações foram necessárias. Estas mudanças transformaram a lipoaspiração em um 
procedimento de extensão variável.
São utilizadas cânulas, inseridas no tecido subcutâneo através de pequenas incisões posicionadas 
de forma estratégica. Estas cânulas podem ser acopladas em seringas ou aparelho de aspiração. 
promovendo sucção da gordura por pressão negativa. As regiões que são comumente operadas 
são mais abdômen, culote, flancos submentoniana, face interna da coxa e joelho, axilas, dorso 
e braço. A lipoaspiração não é indicada para tratamento de obesidade, apenas para tratamento de 
lipodistrofias localizadas (CARVALHO; RIBEIRO; BARBOSA; COELHO; FERREIA, 2003).
A lipoaspiração passou, em mais de 20 anos de existência, de uma cirurgia pouco acreditada 
para uma das mais aceitas. Durante muitos anos, diversos autores publicaram diferentes técnicas 
colocadas em prática (ASSUMPÇÃO, 2012). A lipoaspiração, intervenção estética mais realizada 
no Brasil, foi definida também como a mais associada à manutenção de quadros dolorosos no 
pós-operatório (BENATTI; LIRA; OYAMA; NASCIMENTO; LANCHA, 2011).
36
Figura 1 - Lipoaspiração 
Fonte: BraunS, Istock, 2020.
#ParaCegoVer: Na imagem, temos um momento cirúrgico que caracteriza a lipoaspiração. O 
médico está marcando com um pincel o abdome da paciente.
Tipos de lipoaspiração
Existem dois tipos de lipoaspiração, a seca, em que a região é aspirada sem infiltração 
de nenhum liquido, e a úmida, conhecida como tumescente, é injetada uma solução de soro 
com adrenalina, com ou sem anestésico. Com o desenvolvimento da técnica tumescente de 
lipoaspiração, a mesma permitiu a remoção de grande quantidade de gordura de forma mais 
segura. Com mais essa opção, junto ao conhecimento de que o tecido adiposo é um órgão 
endócrino, levou os pesquisadores a acreditarem que a lipoaspiração poderia ser um método viável 
para melhoria do perfil metabólico, por meio de imediata perda de massa de gordura corpórea, 
funcionando assim como um possível coadjuvante no tratamento da obesidade e comorbidades, 
associado à realização de atividade física e mudança de hábitos de vida (CARVALHO; RIBEIRO; 
BARBOSA; COELHO; FERREIRA 2003). 
Laser
A introdução da tecnologia do laser na lipoaspiração inicialmente gerou muita dúvida sobre 
sua efetividade no tratamento do tecido, em decorrência da comercialização de equipamentos não 
adequados pelo comprimento de onda, sem afinidade/absorção pela água no tecido-alvo, a gordura 
(DORNELLES, 2013). Com a aplicação do laser no procedimento da lipoaspiração, há diminuição 
do trauma mecânico aos tecidos circunvizinhos, o que se traduz em menor estímulo à formação 
de fibrose, com diminuição do sangramento pela coagulação dos vasos sanguíneos, favorecendo o 
conforto pós-operatório, com recuperação mais rápida (MOTTA, 2018). Além disso, há acentuada 
retração tecidual, tanto imediata como tardia, pelo estímulo ao colágeno (ILUZ, 1989).
37
Vibro e ultrassônica
Os avanços tecnológicos observados nos últimos anos, como o desenvolvimento da 
lipoaspiração ultrassônica e da vibrolipoaspiração, trouxeram benefícios ao paciente, como a 
diminuição do trauma tecidual, mas sobremaneira para o cirurgião, com a diminuição do estresse 
físico do ato cirúrgico (CARVALHO; RIBEIRO; BARBOSA; COELHO; FERREIRA 2003).
Alta definição
A tradicional lipoaspiração abdominal consiste em lipoaspiração da camada profunda e 
geralmente deixa uma camada de gordura por toda a parede do abdome, preservando a gordura 
subdérmica, o que minimiza irregularidades. O tratamento apenas desta camada falha em 
alcançar o objetivo da “barriga tanquinho”, porque a gordura subdérmica atrapalha a visibilidade 
dos detalhes da musculatura (MOTTA, 2018). A técnica da lipoaspiração superficial é realizada 
usando uma cânula fina para criar um refinamento da dobra cutânea ou sulco e foi primeiramente 
relatada por Illouz, para aprimorar a aparência da dobra infraglútea (ILUZ, 1989).
Lipoescultura
É uma evolução da lipoaspiração, porque ela permite o reaproveitamento da gordura 
aspirada. É possível fazer a enxertia em diversas regiões do corpo, como glúteos e sulcos da 
face. A anestesia depende muito da área a ser operada e do volume de gordura a ser retirado. 
Pode ser desde anestesia local, anestesia local com sedação, peridural ou ainda anestesia geral 
(CARVALHO; RIBEIRO; BARBOSA; COELHO; FERREIRA, 2003).
Em 2003, foi introduzido o conceito de lipoescultura de alta definição, refinando o conceito 
original para uma abordagem tridimensional, na qual não apenas o abdômen, mas também as 
costas, braços e pernas eram tratados com a terceira geração (HOYOS; MILLARD, 2007). Indicada 
para quem tem objetivo de enaltecer a musculatura.
Você deve estar se questionando a respeito de qual é a diferença entre lipoaspiração e 
lipoescultura, também conhecida como lipoenxertia. Vamos esclarecer de forma rápida e objetiva: 
a lipoaspiração apenas faz a retirada da gordura do corpo, e a lipoenxertia faz o reaproveitamento 
da gordura retirada. É possível fazer a enxertia em diversas regiões do corpo, como glúteos e 
sulcos da face. A anestesia depende muito da área a ser operada e do volume de gordura a 
ser retirado. Pode ser desde anestesia local, anestesia local com sedação, peridural ou ainda 
anestesia geral (CARVALHO; RIBEIRO; BARBOSA; COELHO; FERREIRA, 2003).
A transferência de gordura vem sendo cada vez mais utilizada no contorno glúteo e mamário, 
porém a limitação volumétrica da lipoaspiração como método de colheita do material pode 
representar um impedimento formal para muitos pacientes, especialmente da população pós-
38
bariátrica. No entanto, como qualquer outro procedimento cirúrgico, a lipoaspiração não é isenta 
de complicações locais ou sistêmicas.
Dentre as inúmeras complicações locais, destacam-se irregularidades na pele (visíveis e 
palpáveis), edema prolongado, equimoses, hiperpigmentação, alterações na sensibilidade da 
pele, seromas, hematomas, correção insuficiente da lipodistrofia, úlceras e necroses da pele, 
infecções locais, dermatites de contato, cicatrizes inestéticas e persistência do edema. E dentre 
as complicações sistêmicas da lipoaspiração clássica, destacam-se perfurações viscerais, reações 
alérgicas a medicações no intra e pós-operatório, reação febril, infecção sistêmica, arritmias 
cardíacas, taquicardias, anemia, choque hipovolêmico, tromboembolismo pulmonar e trombose 
venosa profunda, embolia gordurosa, síndrome da embolia gordurosa, sepse e, até 
mesmo, óbito (FRANCO; BASSO; TINCANI; KHARMANDAYAN, 2012).
Invariavelmente, a mídia e a população em geral divulgam de forma maciça os casos 
de complicações, principalmente aqueles de maior gravidade. Dependendo da região do corpo 
lipoaspirada (abdômen, glúteos, braços e coxas), o repouso é indicado por mais de uma semana 
(ALMEIDA; MEJIA, 2020).
Em geral, a paciente vai levar de um mês a dois para recuperar-se totalmente. As atividades 
físicas ficam restritas por quinze dias, e o banho de sol por um mês, ou até as manchas roxas 
desaparecerem completamente. O uso de cinta compressora é Indispensável. A cinta ajuda a pele 
a aderir novamente na camada gordurosa restante. Isso evita a flacidez e garante um contorno 
corporal perfeito. No pós-operatório é importante que se faça drenagem linfática nos locais em 
que a gordura foi retirada. No caso da lipoescultura, a drenagem linfática será feita apenas nas 
regiões aspiradas e jamais no local que ela foi implantada, porque a movimentação da gordura 
pela manipulação irá fazer com que essaneoformação vascular necessária não se forme 
(CAMPOS; BRANCO; GROTH, 2007).
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3 ORIENTAÇÕES 
A eficiência de uma cirurgia plástica não depende somente do seu planejamento cirúrgico, 
mas também dos cuidados pré e pós-operatórios, que são fatores preventivos de possíveis 
complicações e promovem um resultado estético mais satisfatório (ALMEIDA; MEJIA, 2020). O 
não encaminhamento ao tratamento pós-operatório ou o encaminhamento tardio (após 25º– 
30º dia de PO) podem privar o paciente de adquirir uma recuperação mais saudável, mais curta e 
com menos sofrimento físico e/ou psicológico, além de poderem comprometer o resultado final 
da cirurgia (CAMPOS; BRANCO; GROTH, 2007).
Pós-operatório
Sabemos que, após uma lesão, o tecido lesionado é substituído por tecido conjuntivo 
vascularizado, além disso, um conjunto de eventos bioquímicos se estabelece para reparar o dano 
e promover a cicatrização. Os eventos que desencadeiam a cicatrização são intercedidos por 
mediadores bioquímicos. Assim, o processo de cicatrização tem como finalidade restabelecer a 
homeostasia tecidual (CAMPOS; BRANCO; GROTH, 2007).
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Nesta unidade, você teve a oportunidade de:
• estudar as cirurgias faciais e corporais;
• aprender sobre a evolução das técnicas cirúrgicas;
• compreender a importância das orientações pré-cirúrgicas;
• conhecer as indicações pós-cirúrgicas;
• obter informações de segurança, risco, bem como arsenal científico confiável.
PARA RESUMIR
ABRANTES, D. S. E.; MAZZARONE, F.; STEFANELLO, B. Perfil epidemiológico e avaliação 
quantitativa da ressecção de pele em braquioplastia pela técnica de Pitanguy. Rev. Bras. 
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ALMEIDA, I. M.; MEJIA, D. P. M. Tratamentos fisioterapêuticos no pré e pós-operatório 
de lipoaspiração no Brasil. Disponível em: < docplayer.com.br/17483611-Tratamentos-
fisioterapeuticos-no-pre-e-pos-operatorio-de-lipoaspiracao-no-brasil.htm l>. Acesso 
em: 11 mar. 2020.
ASSUMPCAO, G. G. Lipoaspiração associada à miniabdominoplastia com abaixamento 
do umbigo sem desinserção umbilical. Rev. Bras. Cir. Plást, São Paulo, v. 27, n. 3, p. 
450-456, Sept. 2012. Disponível em: < http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_
arttext&pid=S1983-51752012000300021&lng=en&nrm=iso>.Acesso: 11 mar. 2020.
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BENATTI, F. B.; LIRA, F. S.; OYAMA, L. M.; NASCIMENTO, C. M.; LANCHA, A. H Jr. Strategies 
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