Buscar

Aula 1 - Fases do Processo de Evolução da Logística

Prévia do material em texto

Gestão da Cadeia de
Suprimentos
Aula 1 - Fases do processo de evolução da
Logística
INTRODUÇÃO
O processo evolutivo da Logística pode ser mais bem compreendido quando analisado em fases sequenciais. Nesta
aula, você irá identi�car as etapas que a Logística percorreu, em seu processo histórico, até alcançar o padrão de uma
empresa moderna. Por meio de um vídeo sobre esta empresa, você irá reconhecer o processo logístico desde a
obtenção da matéria prima até a comercialização dos produtos, passando pela distribuição dos custo gerados com a
utilização do processo, a importância da seleção de pessoas para realização do trabalho em equipe, e o bom
desempenho de toda a organização com o emprego desta prática.
OBJETIVOS
Fatores determinantes
Não se pode esquecer a in�uência da globalização, que trouxe como decorrência, dentre outros fatores, a abertura dos
mercados a nível mundial e aumento das incertezas econômicas. Em meio a operações logísticas muito mais
complexas e abrangentes, a Logística extrapolou os limites organizacionais, passando a assumir vínculos muito mais
fortes entre todos os elos da cadeia produtiva.
A Logística, em sua concepção inicial, consistia no simples ato de entregar o produto certo, no lugar solicitado, dentro
de um determinado intervalo de tempo. Com o passar dos anos, este conceito evoluiu, adquirindo novas vertentes,
procurando sempre se adaptar às necessidades especí�cas de cada década, no decorrer do século XX (Bowersox,
2001).
O processo evolutivo da Logística pode ser melhor compreendido ao ser analisado em fases sequenciais. Um estudo
feito por John Kent e Daniel Flint (Figueiredo & Arkader, 1998), analisa a evolução do pensamento logístico, em cinco
eras ou etapas principais.
Iniciamos com uma análise das várias fases, pelas quais as atividades logísticas passaram, desde
sua concepção inicial, até sua última fase, de integração total, tão presente nos dias atuais, com a
introdução do Supply Chain Management (SCM).
Segundo Fleury (2003), a origem das atividades logísticas se confunde com o início das atividades
econômicas organizadas. A partir do momento que o homem passou a realizar a troca de excedentes
da produção especializada, foram introduzidas três das mais importantes funções logísticas: estoque,
armazenagem e transporte.
O excesso da produção, gerada e não vendida, transformava-se em estoque, que precisava ser
armazenado, e posteriormente transportado até o local de consumo.
galeria/aula1/img/slidertransicao/slide1.jpg
Segundo tal estudo, o Pensamento Logístico teve sua introdução no início do século XX, numa época
em que prevalecia a economia agrária. De forma que as atividades logísticas, desenvolvidas até então,
limitavam-se ao transporte e à distribuição física da produção agrícola.
galeria/aula1/img/slidertransicao/slide2.jpg
 Porém, se por um lado a produção de mercadorias em grande quantidade deixou de ser problema, o
processo de distribuição e controle dos estoques das mesmas ainda se mostrava bastante precário (Bowersox, 2001).
Uma vez que não havia ainda so�sticados sistemas de comunicação e informática, as vendas eram feitas de forma
manual.
 O vendedor analisava a disponibilidade do produto solicitado no depósito, preenchendo a seguir uma nota
de venda ou pedido (em papel), o qual era encaminhado ao depósito. A partir de então era programada a entrega do
pedido na casa do cliente. Na busca pelas menores despesas, escolhiam os fornecedores que oferecessem os
menores preços e melhores condições de suprimento.
 Os meios disponíveis para tanto eram baseados em telefonemas, envio de correios, ou mesmo em
entrevistas marcadas com os fornecedores. Como se pode veri�car, somente o ato de se fazer o pedido consumia
bastante tempo e custos. Além do mais, grandes volumes de estoques eram gerados ao longo de toda a cadeia
logística, levando a um crescimento ainda maior dos custos (Novaes, 2001).
 Também os produtos eram transportados em lotes econômicos. Economias eram realizadas, recorrendo-se
a modos de transportes mais econômicos, menores fretes, assim como melhor utilização da capacidade de cada
veículo. O nível de estoque era controlado de forma periódica através de práticas como a “Quantidade Econômica de
Pedido”.
A partir de 1940, no entanto, a Logística começou a englobar um maior número de atividades,
relacionadas, sobretudo, com transporte, suprimentos, construção e assistência a feridos. A Logística
foi, então, dividida em dois segmentos: distribuição física e suprimentos.
galeria/aula1/img/slidertransicao/slide3.jpg
Nos EUA, o termo logística empresarial se desenvolveu tendo como maior preocupação o
fornecimento de armamentos e munições às missões militares. Ao entrar em guerra, o governo
americano propôs uma estratégia produtiva, em meio a qual, a população do país, bem como as
forças produtivas, foram voltadas para a produção bélica.
galeria/aula1/img/slidertransicao/slide4.jpg
Pelo fato do sistema de produção americano ter se concentrado durante a II Guerra Mundial na
produção bélica, no período pós-guerra, pôde-se veri�car, como decorrência, a formação de grandes
lacunas de demandas, sobretudo no mercado de automóveis, eletrodomésticos e bebidas.
Preocupadas em atender a essas novas necessidades, as empresas promoveram um considerável
aumento do processo produtivo.
 Os estoques eram renovados de forma a minimizar os custos com estocagem, manuseio e transporte, bem
como para elaborar e controlar os pedidos. Se já havia uma preocupação com os custos logísticos, esta era ainda sob
o enfoque puramente corporativo. Cada empresa buscava reduzir ao máximo seus custos, mesmo em detrimento de
outros elementos da cadeia de suprimentos.
ERA DA INTEGRAÇÃO INTERNA
A próxima fase proposta por Novaes marca o início do processo de integração na evolução logística, se dá a partir de
1970. Segundo o estudo proposto por John Kent e Daniel Flint, no entanto já se veri�ca na década de 60, uma primeira
tendência ao processo de integração. Tal fase é de�nida como "Era de Integração Interna", e caracteriza um período no
qual o pensamento logístico começou a assumir uma abordagem sistêmica.
As atenções, antes voltadas especialmente para a distribuição física, migraram para um enfoque mais amplo de
funções, motivadas, sobretudo pela economia industrial. Algumas atividades, como o gerenciamento de transporte,
suprimentos, distribuição, armazenagem, controle de estoque e de manuseio de materiais, já começaram a ser
colocadas em prática nessa época.
DÉCADA DE 60
A década de 60 é bastante in�uenciada pela necessidade de especialização da produção a nível mundial. Cada produto
era fabricado na área que melhor conciliasse as questões de baixo custo e localização geográ�ca, o que por sua vez
conduziu ao aperfeiçoamento dos sistemas de distribuição. O excesso da produção gerado nas regiões especializadas,
pode desta forma, ser transportado de forma econômica para outras áreas produtivas e consumidoras.
Ainda na década de 60 observou-se a in�uência da informática nos processos produtivos, com a introdução de cartões
perfurados e �tas magnéticas, que foram aos poucos substituindo alguns procedimentos manuais. O emprego de
computadores trouxe relativas melhoras ao tratamento de problemas de sequenciamento da produção, localização
otimizada de centros de distribuição, otimização de estoques, dentre outras atividades (Novaes, 2001).
LOGÍSTICA INTEGRADA
Nessa fase. começou a se veri�car uma certa inversão de valores no contexto social. A sociedade não se mostrava
mais satisfeita com a padronização de produtos. exigindo, portanto, uma maior variedade de opções.
Flexibilidade na produção
Dessa forma, aos poucos foram sendo veri�cadas mudanças nos sistemas produtivos, que
foram se tornando mais �exíveis de forma a proporcionar maior leque de opções. Ao passo
em que cresceram as variedades de cada produto, aumentaram também as suas
concentrações em estoques. Maiores estoques por sua vez, implicavam em aumento nos
custos de armazenagem. Diante de todasessas mudanças, os elementos-chave passaram a
ser a otimização de atividades, assim como seu planejamento, na busca da racionalização
integrada da cadeia de suprimentos.
Rigidez no planejamento
Apesar do planejamento logístico já possuir nessa fase um alcance que vai além das
fronteiras organizacionais, abrangendo também clientes e fornecedores, tal planejamento
era caracterizado por ser ainda bastante rígido, não permitindo correções em tempo real. O
planejamento uma vez de�nido, não podia ser mais modi�cado, sendo implementado em
períodos longos. Por esse motivo, a interligação que conecta as diversas partes que
compõem a cadeia de suprimentos nessa fase é rígida.
Especialização no gerenciamento de materiais
A década de 70 corresponde a um período crítico, em que ocorreu uma série de crises
econômicas no contexto mundial, tais como a crise do petróleo, que encareceu de forma
extraordinária o transporte de mercadorias. Os efeitos das crises repercutiram nos meios
produtivos, ocasionando uma certa mudança de prioridades. Dessa forma, as empresas que
antes priorizavam o atendimento às necessidades de demanda, a partir de então voltaram-
se mais para questões como manutenção e suprimentos. Surgiram assim, pro�ssionais
especializados no gerenciamento de materiais.
Preocupação com a qualidade dos serviços
Foi nesse período que a Logística passou a assumir uma forte preocupação não só
relacionada ao produto, mas também à qualidade de serviços prestados. As operações
logísticas buscavam dessa forma, conciliar baixo custo com melhora do nível de serviço.
Nesse sentido. a logística voltou-se para questões de produtividade e custos de estoque.
INTEGRAÇÃO FLEXÍVEL
 Na quarta e última era, que se estende até os dias atuais, o pensamento logístico assumiu uma visão mais
estratégica no meio intra e inter empresarial.
 Tal era é bastante in�uenciada pelos efeitos da globalização. Diante desse novo contexto, em que a
Logística passou a ser vista como poderosa arma estratégica na conquista de novos mercados, se desenvolveu o
importante conceito de Supply Chain Management. Conceito este que propiciou uma integração ainda mais forte entre
todos os elementos da cadeia produtiva, levando-os a atuar de forma conjunta, visando alcançar um objetivo comum
que gerasse benefícios a todos.
A terceira fase, que começou em �ns da década de 1980, e ainda está em fase de implementação em
muitas empresas, é caracterizada pela mudança de natureza do planejamento, que passou a assumir
um caráter mais �exível, respondendo melhor às necessidades instantâneas do processo. A
integração dinâmica e �exível foi veri�cada ao longo da cadeia de suprimentos, envolvendo não só as
relações internas da empresa, mas também o relacionamento entre a empresa e seus fornecedores e
clientes. Tal relacionamento ainda se dava, no entanto, de dois em dois, entre as entidades da cadeia
logística.
Tal fase, na qual se desenvolveu o importante conceito de Logística Integrada, foi bastante
in�uenciada pelo emprego de poderosas tecnologias de informação e sistemas de comunicações,
que contribuíram para uma grande revolução na forma de se tratar as informações. A mudança no
nível de integração foi favorecida pela adoção do EDI (Intercâmbio eletrônico de dados), que conduziu
à �exibilização do processo de programação. As informações, que antes só apresentavam alguma
funcionalidade no tratamento histórico, passaram a ser essenciais para atualização de dados em
tempo real.
Grandes melhoras no sistema de controle de estoque foram propiciadas pela introdução do código de
barras em supermercados. Tal tecnologia possibilitou o aumento do nível de integração entre o setor
de vendas com depósitos e centros de distribuições. A coleta de dados, assim como a troca de
informações, antes realizada de forma manual, sujeita a procedimentos demorados e muitas fontes
de erro, passaram a ser realizadas de forma automática, com o emprego de tecnologias de captura de
dados operantes em rádio-frequência (Bowersox, 2001).
A interligação entre os elementos da cadeia já adquiriu nessa fase, um certo grau de �exibilidade,
possibilitando responder de forma instantânea a eventuais mudanças externas.
 Dessa forma, pretendia-se reduzir custos e desperdícios, reduzir estoques que se acumulam ao longo dos
vários elos da cadeia de suprimentos; melhorar a qualidade de serviços ao consumidor �nal e minimizar o ciclo de vida
do pedido.
 Enquanto nas fases anteriores da evolução logística, podia-se perceber um papel bem delimitado entre os
vários elementos que compunham a cadeia logística, na quarta fase, tal separação já não é mais tão nítida. De forma
que se pode observar um certo grau de interseção entre as operações envolvidas ao longo da cadeia logística.
 Tal fase é denominada, segundo o estudo proposto por John Kent e Daniel Flint, como a Era do Supply
Chain. Na medida em que a logística abandonou seu caráter operacional, migrando para o nível estratégico, passou a
ser denominada de Logística Integrada. Veri�cou-se assim, uma maior preocupação do processo logístico como um
todo, envolvendo maior controle de toda a cadeia produtiva entre fornecedores, distribuidores e consumidores.
Segundo Novaes (2001), outros aspectos que ganharam maior relevância nesta nova fase, são os seguintes:
Preocupação dos impactos logísticos no meio ambiente
Assim como o tratamento atribuído à questão da logística reversa. Numa fase bastante
marcada pelos efeitos da globalização, que contribuíram para o aumento da circulação de
mercadorias por meios terrestres, os congestionamentos de trânsito tornaram-se mais
frequentes, elevando bastante o nível de poluição atmosférica. Diante do movimento de uma
série de entidades em defesa do meio ambiente, começou-se a re�etir mais sobre os
agentes poluentes envolvidos em operações logísticas. Houve uma maior preocupação
também com o descarte de alguns produtos �nais, muitas vezes malé�cos ao meio
ambiente, no processo produtivo. Descobriu-se que muitas dessas matérias-primas, após
serem submetidas a uma série de tratamentos, ou operações de reciclagem, poderiam ser
reaproveitadas. Tentava-se reduzir dessa forma, os desperdícios de materiais, o que por sua
vez possibilitaria diminuição de custos.
Abertura das Fronteiras Organizacionais
Seja através da formação de parcerias com fornecedores e clientes, seja pela prática da
terceirização de uma série de atividades. Desta forma, cresceu de forma intensiva a
circulação da informação por toda a cadeia produtiva, possibilitando o acesso mútuo de
informações organizacionais e estratégicas. Consequentemente, uma maior grau de
sincronismo foi veri�cado na cadeia de suprimentos em toda a sua extensão. As diversas
operações logísticas deixaram assim de atuar isoladamente, não sendo mais exclusivas de
um setor especí�co. Pode-se perceber o grande grau de relevância que foi atribuído aos
canais de comunicação, assim como aos novos sistemas de informações, ao propiciar um
�uxo de informações mais e�ciente. A questões como integridade da informação e
con�abilidade de transmissão, foi dedicada uma atenção especial.
Surgimento da Prática do "Postponement" ou Postergação
Que possibilita a redução de prazo de entrega do produto, assim como diminuição das
incertezas ao longo da cadeia. Por meio desta, os produtos �cam armazenados nos centros
de fabricação na sua forma semi-acabada, só recebendo o acabamento, quando solicitados
para venda, nos centros de distribuição. O postponement permite responder de forma
bastante �exível às necessidades de customização do usuário �nal. Grandes volumes de
estoques de produtos acabados que se acumulavam nos pontos de venda, gerando custos
de estoque, foram dessa forma, bastante reduzidos.
Preocupação com a satisfação plena do consumidor
Seja ele intermediário ou �nal, fato este que por sua vez conduziu a uma progressiva
melhora na prestação de serviços, em termos de e�ciência, qualidade, redução de preços e
otimização de tempo. Diante da forte pressão por redução de estoque,os clientes
institucionais foram induzidos a realizarem compras de forma mais frequente, e em
menores quantidades, exigindo, portanto, o cumprimento de prazos menores de entrega, não
sujeitos a eventuais erros ou atrasos. Já o consumidor �nal, com um estilo de vida bastante
marcado pelas pressões do trabalho, considera mais relevante, questões de qualidade de
serviço e atendimento, capazes de proporcionar maior conforto, con�ança e cumprimento
�el de prazos. Tais exigências tornam-se mais críticas e, portanto, mais complexas de serem
gerenciadas, e otimizadas perante o tempo, com a prática progressiva do comércio
eletrônico (Fleury,2003). Pode-se imaginar a verdadeira situação caótica que surgiu nas
operações logísticas, na medida em que os produtos precisavam ser entregues diretamente
na casa de uma in�nidade de consumidores �nais, ao invés de num único centro de
distribuição.
Desenvolvimento Contínuo da Cadeia de Suprimentos
Devemos considerar o estado da arte da Logística na nova era, descrevendo as suas
características em relação às diversas fases já consolidadas, demonstrando-a como a nova
tendência da Cadeia de Suprimentos do século XXI. Para isto, são apresentados três fatores
já chamados de Triplo A, também chamados de Agilidade, Adaptabilidade e Alinhamento
Estratégico. Os objetivos do fator Agilidade são reagir rapidamente a mudanças de curto
prazo em demanda ou oferta e processar sem atropelos distúrbios externos. Para que estes
objetivos sejam atingidos, recomenda-se que as empresas adotem os seguintes métodos:
• Promover um �uxo de informações com fornecedores e clientes;
• Desenvolver relacionamentos de colaboração com fornecedores;
• Projetar para postergação;
• Formar reservas de estoques com compra de componentes essenciais de baixo custo;
• Contar com um sistema logístico ou com parceiros con�áveis;
• Esboçar planos de emergência e desenvolver equipes de gestão de crises.
Atualmente as organizações são desa�adas a operar de forma e�ciente e e�caz para garantir a continuidade de suas
atividades, o que as obriga a constantemente desenvolver vantagens em novas frentes de atuação. As demandas
impostas pelo aumento da complexidade operacional e pela exigência de maiores níveis de serviço pelos clientes, mas
que anseiam por preços declinantes, servem de exemplo aqui.
Competir é preciso e, portanto, é uma realidade que não se pode mais ignorar. Assim, todas as organizações buscam
diferenciar-se de seus concorrentes para conquistar e manter clientes. Só que isto está se tornando cada vez mais
difícil. O aumento da arena competitiva, representado pelas possibilidades de consumo e produção globalizadas, a
necessidade de que se façam lançamentos mais frequentes de novos produtos, os quais, em geral, terão ciclos de vida
curtos, e a mudança no per�l dos clientes, cada vez mais bem informados e exigentes, forçam as empresas a serem
criativas, ágeis e �exíveis, mas também a aumentarem sua qualidade e con�abilidade.
A agregação de valor poderá surgir da oferta de entregas (glossário) mais con�áveis e frequentes, em menores
quantidades, da oferta de maior variedade de produtos, melhores serviços de pós-venda, maiores facilidades de se
fazer negócio e sua singularização na organização. Todas essas facilidades poderão ser transformadas em um
diferencial aos olhos do cliente, que pode estar disposto a pagar um valor mais alto por melhores serviços, que
representem benefícios.
Logística planeja, implementa...
Muito se fala a respeito da Logística como sendo, atualmente, a responsável pelo sucesso ou insucesso das
organizações. Porém, o que se pode perceber no mercado é que muito pouco se sabe sobre as atividades logísticas e
como as mesmas devem ser de�nidas nas organizações.
É importante então evitar que situações de modismo acabem por in�uenciar o uso errado da palavra e, o que seria
muito pior, de suas técnicas e atividades. Como se pode perceber, a atividade logística está inserida em diversos
pontos da organização e sua correta aplicação se faz necessária para o bom andamento das atividades. Mas, a�nal, o
que é realmente a Logística?
Saiba Mais
, O termo Logística, de acordo com o Dicionário Aurélio, vem do francês logistique e tem como uma de
suas de�nições a parte da arte da guerra que trata do planejamento e da realização de: projeto e
desenvolvimento, obtenção, armazenamento, transporte, distribuição, reparação, manutenção e
evacuação de material (para �ns operativos ou administrativos). Pela de�nição do Council of Logistics
Management, "Logística planeja, implementa e controla o �uxo e armazenamento e�ciente e
econômico de matérias-primas. materiais semi-acabados e produtos acabados, bem como as
informações a eles relativas, desde o ponto de origem até o ponto de consumo, com o propósito de
atender às exigências dos clientes”.
Atualmente as organizações são desa�adas a operar de forma e�ciente e e�caz para garantir a continuidade de suas
atividades, o que as obriga a constantemente desenvolver vantagens em novas frentes de atuação. As demandas
impostas pelo aumento da complexidade operacional e pela exigência de maiores níveis de serviço pelos clientes, mas
que anseiam por preços declinantes, servem de exemplo aqui.
Pode-se de�nir Logística como sendo a junção de quatro atividades básicas: as de aquisição, movimentação,
armazenagem e entrega de produtos.
Atenção
, Para que essas atividades funcionem, é imperativo que as atividades de planejamento logístico, quer
sejam de materiais ou de processos, estejam intimamente relacionadas com as funções de
manufatura e marketing., , Existem diversos tipos de organização, sejam privadas ou públicas, que se
utilizam dos serviços logísticos, como empresas manufatureiras, empresas de transporte, empresas
alimentícias, Forças Armadas, serviços postais, distribuição de petróleo, transporte público e muitas
outras.
Logística é a chave de muitos negócios por várias razões, entre as quais incluímos o alto custo de operação das
cadeias de abastecimento. Pode-se perceber que a tendência das organizações é a horizontalização, atividade cujos
muitos produtos até então produzidos por determinada empresa do �m da cadeia de fornecimento passam a ser
produzidos por outras empresas, ampliando o número de fontes de suprimento e di�cultando a administração desse
exército de fornecedores.
Alguém pode estar se perguntando:
Se os custos são tão altos, por que então horizontalizar e criar demanda para atividades logísticas?
A resposta para a indagação acima se resume em duas palavras: mercado globalizado.
À medida que as empresas investem em parceiros comerciais, aumentam os gastos com o planejamento de toda a
cadeia. Ao analisar essa situação de forma holística, percebe-se que há uma redução de custos. Entretanto, mais
importante do que tal redução, a atividade logística passa a agregar valor, melhorando os níveis de satisfação dos
usuários e, ainda, a mudança na atividade logística, se não for acompanhada por todas as organizações, levará à
falência aquelas que não se enquadrarem.
Contudo, pode �car uma questão a ser resolvida: como se dá a redução nos custos?
Tal redução, acompanhada de um estudo logístico, é explicada pela especialização das empresas fornecedoras, haja
vista que as mesmas acabam por investir em tecnologia de ponta para os desenvolvimentos dos materiais, até então
produzidos pela empresa que está no �m da cadeia, que agora passarão a ser fabricados pela mais nova empresa
horizontalizada.
A partir desse momento, a tendência é que exista uma redução de custos, proporcionada pelo ganho de escala na
produção e pelo desenvolvimento Tecnológico, focado agora em uma determinada linha de produto. Como se pode
perceber, a atividade logística está inserida em diversos pontos da organização e sua correta aplicação se faz
necessária para o bom andamento das atividades.
OBJETIVOS DA LOGÍSTICA
Atualmente as organizações são desa�adas a operar de forma e�ciente e e�caz para garantir a continuidade de suas
atividades, o que as obriga aconstantemente desenvolver vantagens em novas frentes de atuação. As demandas
impostas pelo aumento da complexidade operacional e pela exigência de maiores níveis de serviço pelos clientes, mas
que anseiam por preços declinantes, servem de exemplo aqui.
Como agregar mais valor e, ao mesmo tempo, reduzir os custos, garantindo o aumento da lucratividade?
A logística tem sido urna das maneiras mais frequentemente utilizadas para vencer esses desa�os. A explicação reside
na sua capacidade de evoluir para responder às necessidades advindas das profundas e constantes mudanças que as
organizações estão enfrentando. O modo como a Logística vem sendo aplicada e desenvolvida, no meio empresarial e
acadêmico, denota a evolução do seu conceito, a ampliação das atividades sob sua responsabilidade e, mais
recentemente, o entendimento de sua importância estratégica. Em seu estágio mais avançado, está sendo utilizada
para o planejamento de processos de negócios que integram não só as áreas funcionais da empresa, como também a
coordenação e o alinhamento dos esforços de diversas organizações na busca por reduzir custos e agregar o máximo
valor ao cliente �nal. A isto tem sido dado o nome de Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos.
Diante desse cenário, muitas empresas vêm empreendendo esforços para organizar uma rede integrada e realizar de
forma e�ciente e ágil o �uxo de materiais, que vai dos fornecedores e atinge os consumidores, garantindo a
sincronização com o �uxo de informações que acontece no sentido contrário.
As empresas que têm implementado o Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos (glossário) estão conseguindo
signi�cativas reduções de estoque.
Apesar dos expressivos resultados obtidos, muitas di�culdades existem na implementação desse conceito. pois torna-
se necessária uma profunda análise na cultura das empresas que irão compor a cadeia.
A visão funcional deve ser abandonada, informações precisam ser compartilhadas. inclusive aquelas sobre os custos.
Os relacionamentos devem ser construídos com base em con�ança mútua; o horizonte de tempo desloca-se do curto
para o longo prazo, e um dos elos, chamado de elo forte, será responsável pela coordenação do sistema, e seu
desempenho neste papel será fundamental para o alcance dos objetivos.
Um outro desa�o é equacionar os diferentes tamanhos e objetivos dos componentes, e como isso exige uma mudança
de cultura, o estabelecimento da cadeia requer tempo e esforço.
Dada a complexidade desse novo arranjo, que passa a ter dimensão interorganizacional, a medição de desempenho
necessita de indicadores que permitam o controle da performance da cadeia como um todo. Não se pode esquecer
que deve existir compatibilidade entre os sistemas de informação dos elos, que muitas vezes se utilizam de
plataformas diferentes.
Por último, e muitas vezes esquecido, está o fato de que o elemento humano é de suma importância e, portanto, deverá
ser treinado e estar preparado para esta nova realidade. Cabe registrar a escassez de pro�ssionais nessa área, em
especial, aqueles com visão sistémica e conhecedores de todas as atividades logísticas.
Embora o conceito de Supply Chain Management ainda esteja sendo desenvolvido e não exista uma metodologia única
para a sua implementação, sua adoção poderá ser uma fonte potencial de obtenção de vantagem competitiva para as
organizações e mostra-se como um caminho a ser seguido pelas demais.
Comentario
, No Brasil. a maioria das empresas ainda está aplicando a logística de forma embrionária, o que as
coloca em desvantagem diante de concorrentes externos. Poucos são os segmentos mais
adiantados, como os da indústria automobilística e dos supermercados, que adotaram tais medidas., ,
Esforços para mudar este cenário já estão acontecendo, o que permite uma visão mais otimista na
aplicação da logística no aproveitamento de seus benefícios para o país. melhorando assim nossa
capacidade de competir.
Glossário
OFERTA DE ENTREGAS
Competir é preciso e, portanto, é uma realidade que não se pode mais ignorar. Assim, todas as
organizações buscam diferenciar-se de seus concorrentes para conquistar e manter clientes. Só que
isto está se tornando cada vez mais difícil. O aumento da arena competitiva, representado pelas
possibilidades de consumo e produção globalizadas, a necessidade de que se façam lançamentos
mais freqüentes de novos produtos, os quais, em geral, terão ciclos de vida curtos, e a mudança no
per�l dos clientes, cada vez mais bem informados e exigentes, forçam as empresas a serem criativas,
ágeis e �exíveis, mas também a aumentarem sua qualidade e con�abilidade.
GERENCIARNENTO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS
Em suma, o Supply Chain Management consiste no estabelecimento de relações de parcerias, de
longo prazo, entre os componentes de uma cadeia produtiva, que passarão a planejar
estrategicamente suas atividades e partilhar informações de modo a desenvolverem suas atividades
logísticas de forma integrada, através e entre suas organizações. Com isso, melhoram o desempenho
conjunto pela busca de oportunidades, implementada em toda a cadeia, e pela redução de custos
para agregar mais valor ao cliente �nal.

Continue navegando