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1 2 - Lei 13 300 - 2016 - Mandado de injunção-07

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Sistematização Concursos sistematizacaoconcursos@gmail.com @sistematizacaoconcursos 1 
 
 
LEI Nº 13.300, DE 23 DE JUNHO DE 2016. 
 
Disciplina o processo e o julgamento dos mandados de injunção 
 individual e coletivo e dá outras providências. 
 
Art. 1º Esta Lei disciplina o processo e o julgamento dos mandados de injunção individual e coletivo, 
nos termos do inciso LXXI do art. 5º da Constituição Federal. 
 
Previsão Constitucional 
 
Art. 5º, LXXI - conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora 
torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à 
nacionalidade, à soberania e à cidadania; 
 
Não cabe mandado de injunção: 
 se já existe norma regulamentadora do direito previsto na Constituição; 
 se a norma regulamentadora que falta diz respeito a direito previsto em normas 
infraconstitucionais; 
 se não foram regulamentados os efeitos de medida provisória não convertida em lei pelo 
Congresso Nacional. 
 Contra atos de particulares, pois estes não têm obrigação de legislar; 
 
 
Art. 2º Conceder-se-á mandado de injunção sempre que 
 a falta total ou parcial de norma regulamentadora 
 torne inviável 
 o exercício dos direitos e liberdades constitucionais 
 e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania. 
 
Parágrafo único. Considera-se parcial a regulamentação quando forem insuficientes as normas editadas 
pelo órgão legislador competente. 
 
MI é remédio 
constitucional 
contra omissão 
do legislador 
Para que seja cabível 
MI é necessário que 
essa omissão torne 
iniviável o exercício: 
 Direitos e liberdades constitucionais. 
 Nacionalidade. 
 Soberania. 
 Cidadania. 
 
Art. 3o São legitimados para o mandado de injunção, como impetrantes, as pessoas naturais ou jurídicas 
que se afirmam titulares dos direitos, das liberdades ou das prerrogativas referidos no art. 2º e, como 
impetrado, o Poder, o órgão ou a autoridade com atribuição para editar a norma regulamentadora. 
 
LEGITIMADOS 
Impetrante 
(legitimidade ativa) 
Impetrado 
(legitimidade passiva) 
Pessoas naturais ou jurídicas 
que se afirmam titulares dos direitos, das liberdades ou das 
prerrogativas referidos no art. 2º. 
Poder, o órgão ou a autoridade 
com atribuição para editar a norma regulamentadora 
Sistematização Concursos sistematizacaoconcursos@gmail.com @sistematizacaoconcursos 2 
Art. 4º A petição inicial deverá preencher os requisitos estabelecidos pela lei processual e indicará, 
 além do órgão impetrado, 
 a pessoa jurídica que ele integra ou aquela a que está vinculado. 
 
§ 1º Quando não for transmitida por meio eletrônico, a petição inicial e os documentos que a instruem 
serão acompanhados de tantas vias quantos forem os impetrados. 
 
§ 2º Quando o documento necessário à prova do alegado encontrar-se em repartição ou estabelecimento 
público, em poder de autoridade ou de terceiro, havendo recusa em fornecê-lo por certidão, no original, 
ou em cópia autêntica, será ordenada, a pedido do impetrante, a exibição do documento no prazo de 10 
(dez) dias, devendo, nesse caso, ser juntada cópia à segunda via da petição. 
 
§ 3º Se a recusa em fornecer o documento for do impetrado, a ordem será feita no próprio instrumento da 
notificação. 
 
Art. 5º Recebida a petição inicial, será ordenada: 
 
I - a notificação do impetrado 
 sobre o conteúdo da petição inicial, 
 devendo-lhe ser enviada a segunda via apresentada com as cópias dos documentos, 
 a fim de que, no prazo de 10 dias, preste informações; 
 
II - a ciência do ajuizamento da ação 
 ao órgão de representação judicial da pessoa jurídica interessada, 
 devendo-lhe ser enviada cópia da petição inicial, para que, querendo, ingresse no 
feito. 
 
Art. 6o A petição inicial será desde logo indeferida quando a impetração for manifestamente incabível 
ou manifestamente improcedente. 
 
INDEFERIMENTO DESDE LOGO DA INICIAL 
Mandado de segurança Mandado de injunção 
 Não for o caso de mandado de segurança; 
 Faltar-lhe algum dos requisitos legais; 
 Decorrido o prazo legal para a impetração. 
 Manifestamente incabível; 
 Manifestamente improcedente. 
 
Parágrafo único. Da decisão de relator que indeferir a petição inicial, caberá agravo, em 5 dias, para o 
órgão colegiado competente para o julgamento da impetração. 
 
Art. 7º Findo o prazo para apresentação das informações, será ouvido o Ministério Público, que opinará 
em 10 dias, após o que, com ou sem parecer, os autos serão conclusos para decisão. 
 
Lei 12.016/2009 
Mandado de segurança 
Lei 13.300/2016 
Mandado de injunção 
Lei 9.507/1997 
Habeas data 
Art. 12. Findo o prazo a que se refere o 
inciso I do caput do art. 7º desta Lei, o 
juiz ouvirá o representante do 
Ministério Público, que opinará, dentro 
do prazo improrrogável de 10 (dez) 
dias. 
 
Parágrafo único. Com ou sem o parecer 
do MP, os autos serão conclusos ao 
juiz, para a decisão, a qual deverá ser 
necessariamente proferida em 30 dias. 
Art. 7º Findo o prazo para apresentação 
das informações, será ouvido o 
Ministério Público, que opinará em 10 
dias, após o que, com ou sem parecer, 
os autos serão conclusos para decisão 
Art. 12. Findo o prazo a que se refere o 
art. 9°, e ouvido o representante do 
Ministério Público dentro de 5 dias, os 
autos serão conclusos ao juiz para 
decisão a ser proferida em 5 dias. 
Ministério Público em 10 dias 
Juiz decide em 30 dias 
Ministério Público em 10 dias 
- 
Ministério Público em 5 dias 
Juiz decide em 5 dias 
Sistematização Concursos sistematizacaoconcursos@gmail.com @sistematizacaoconcursos 3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Art. 8º Reconhecido o estado de mora legislativa, será deferida a injunção para: 
 
I - determinar prazo razoável 
 para que o impetrado 
 promova a edição da norma regulamentadora; 
 
 
II - estabelecer as condições 
 em que se dará o exercício dos direitos, das liberdades ou das 
prerrogativas reclamados 
 ou, se for o caso, as condições em que poderá o interessado promover 
ação própria visando a exercê-los, 
 caso não seja suprida a mora legislativa no prazo determinado. 
 
Parágrafo único. Será dispensada a determinação a que se refere o inciso I do caput quando comprovado 
que o impetrado deixou de atender, em mandado de injunção anterior, ao prazo estabelecido para a edição 
da norma. 
 
Art. 9º A decisão terá 
 eficácia subjetiva limitada às partes e 
 produzirá efeitos até o advento da norma regulamentadora. 
 
 
§ 1º Poderá ser conferida eficácia ultra partes ou erga omnes à decisão, 
 quando isso for inerente ou indispensável 
 ao exercício do direito, da liberdade ou da prerrogativa objeto da impetração. 
 
 
§ 2º Transitada em julgado a decisão, 
 seus efeitos poderão ser estendidos aos casos análogos 
 por decisão monocrática do relator. 
 
 Quando a sentença conceder o mandado de injunção e houver o trânsito em julgado, o relator, de 
forma monocrática, ou seja, sem precisar de outros desembargadores, poderá aplicar os efeitos em 
casos análogos / similares. 
 
§ 3º O indeferimento do pedido por insuficiência de prova não impede a renovação da impetração 
fundada em outros elementos probatórios. 
 
 Indeferimento por insuficiência de provas gera coisa julgada secundum eventum probationis (segundo 
o resultado da prova), ou seja, se a ação foi indeferida por insuficiência de provas, se houver novas 
provas, o impetrante poderá propor uma nova ação. 
 
 
Parte 
protocola 
a petição 
inicial 
Juiz 
despacha 
a inicial 
Notificação para 
informações em 10 dias 
Representação judicial 
da PJ interessada 
MP opina 
em 10 dias 
Com ou sem parecer do MP, 
juiz profere a decisão 
estipulando prazo razoável 
para edição da norma. 
Sentença que 
denega ou concede:cabe apelação. 
Exceção: 
Ultra partes 
IMPORTANTE 
Teoria concretista 
intermediária, 
individual ou 
coletiva. 
(art. 8º + 
art. 9º, caput). 
 
De forma 
excepcional, teoria 
concretista 
intermediária geral. 
(art. 8º + 
art. 9º, § 1º ). 
Regra: 
intra partes 
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Art. 10. Sem prejuízo dos efeitos já produzidos, 
 a decisão poderá ser revista, 
 a pedido de qualquer interessado, 
 quando sobrevierem 
 relevantes modificações das circunstâncias de fato ou de direito. 
 
Parágrafo único. A ação de revisão observará, no que couber, o procedimento estabelecido nesta Lei. 
 
Art. 11. A norma regulamentadora superveniente 
 produzirá efeitos ex nunc 
 em relação aos beneficiados por decisão transitada em julgado, 
 salvo se a aplicação da norma editada lhes for mais favorável. 
 
Efeitos da norma regulamentora superveniente à decisão judicial em MI 
Regra Exceção 
A norma regulamentora superveniente produz 
efeitos ex nunc 
(não retroage, nunca retroage). 
Se a norma regulamentora superveniente for mais 
favorável ao beneficiado, aplica-se o efeito ex 
tunc, ou seja, a norma superveniente retroage. 
Simplificando: Eu entro com MI. Meu MI é concedido. O 
juiz fixa as condições para que eu exerça meus direitos, já 
que não há norma regulamentadora. 
Daí o poder competente edita a norma. 
Em regra, essa norma não se aplica ao meu caso. 
EX NUNC. 
Simplificando: Eu entro com MI. Meu MI é concedido. O 
juiz fixa as condições para que eu exerça meus direitos, já 
que não há norma regulamentadora. Daí o poder competente 
edita a norma. 
Se essa norma tiver efeitos que me beneficie, essa norma vai 
retroagir e alcançar o meu direito. 
 
Parágrafo único. Estará prejudicada a impetração se a norma regulamentadora for editada antes da decisão, 
caso em que o processo será extinto sem resolução de mérito. 
 
 Simplificando: se eu entro com MI e no decorrer do processo a norma regulamentadora é editada 
pelo órgão competente, o processo é extinto sem resolução do mérito. 
 A impetração do MI restará prejudicada por perda superveniente do objeto da ação. 
 
Art. 12. O MANDADO DE INJUNÇÃO COLETIVO pode ser promovido: 
 
I - pelo Ministério Público, 
 quando a tutela requerida for especialmente relevante para a defesa da ordem 
jurídica, 
 do regime democrático ou 
 dos interesses sociais ou individuais indisponíveis; 
 
II - por partido político 
 com representação no Congresso Nacional, 
 para assegurar o exercício de direitos, liberdades e prerrogativas de seus 
integrantes ou relacionados com a finalidade partidária; 
 
III - por 
 Organização sindical, 
 Entidade de classe ou 
 Associação legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos 1 (um) ano, 
 para assegurar o exercício de direitos, liberdades e prerrogativas em favor da 
totalidade ou de parte de seus membros ou associados, na forma de seus estatutos 
e desde que pertinentes a suas finalidades, dispensada, para tanto, autorização 
especial; 
 
Revisão de 
decisão em MI 
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IV - pela Defensoria Pública, 
 quando a tutela requerida for especialmente relevante para a promoção dos 
direitos humanos e a defesa dos direitos individuais e coletivos dos necessitados, 
 na forma do inciso LXXIV do art. 5º da Constituição Federal . 
 
Parágrafo único. Os direitos, as liberdades e as prerrogativas 
 protegidos por mandado de injunção coletivo 
 são os pertencentes, 
 indistintamente, 
 a uma coletividade indeterminada de pessoas 
 ou determinada por grupo, classe ou categoria. 
 
Mandado de segrança 
 coletivo 
Mandado de injunção 
 coletivo 
PP com representação no CN PP com representação no CN 
Organização sindical 
Entidade de classe 
Associação (1 ano) 
Organização sindical 
Entidade de classe 
Associação (1 ano) 
- Ministério Público 
- Defensoria Pública 
 
Art. 13. No mandado de injunção coletivo, 
 a sentença fará coisa julgada limitadamente às pessoas integrantes da 
coletividade, do grupo, da classe ou da categoria substituídos pelo impetrante, 
 sem prejuízo do disposto nos §§ 1º e 2º do art. 9º. 
 
Parágrafo único. O mandado de injunção coletivo 
 não induz litispendência em relação aos individuais, 
 mas os efeitos da coisa julgada não beneficiarão o impetrante 
 que não requerer a desistência da demanda individual no prazo de 30 dias 
 a contar da ciência comprovada da impetração coletiva. 
 
 A litispendência se caracteriza através do ajuizamento de duas ações que possuam as mesmas partes, a 
mesma causa de pedir e o mesmo pedido. Ou seja, há litispendência quando se repete ação que está 
em curso. 
 O MI coletivo não induz litispendência, isso quer dizer que a pessoa pode impetrar um MI individual 
e o seu respectivo sindicato, por exemplo, pode ajuizar um MI coletivo. 
 As duas ações poderão tramitar normalmente. 
 No entanto, se aquele que impetrou MI individual não requerer a desistência em 30 dias, contado da 
data em que soube que o MI coletivo foi impetrado, não poderá ser beneficiado na sentença do MI 
coletivo. 
 
Art. 14. Aplicam-se subsidiariamente ao mandado de injunção as normas do mandado de segurança, 
disciplinado pela Lei no 12.016, de 7 de agosto de 2009, e do Código de Processo Civil, instituído pela 
Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973, e pela Lei no 13.105, de 16 de março de 2015, observado o 
disposto em seus arts. 1.045 e 1.046. 
 
Mandado de injunção  Aplicação subsidiária  MS e CPC 
 
 
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ANOTAÇÕES 
 
Vamos tecer alguns comentários sobre as teorias que explicam a natureza jurídica da decisão 
judicial que concede o mandado de injunção: 
 
T
E
O
R
IA
 
C
O
N
C
R
E
T
IS
T
A
 D
IR
E
T
A
 
A concessão da ordem no MI 
“concretiza” 
 o direito de forma direta, não 
dependendo da 
atuação do órgão omisso, 
 até que a norma 
regulamentadora venha a ser 
regulamentada. 
 
É como se a decisão judicial 
fosse uma lei. 
Teoria concretista direta geral - decisão vale para 
todos (erga omnes). 
Teoria concretista direta coletiva - decisão vale 
para grupo, classe ou categoria de pessoas. 
Teoria concretista direta individual - Decisão 
vale apenas para o impetrante, pessoa natural ou 
jurídica (individual); 
IN
T
E
R
M
E
D
IÁ
R
IA
 
Julgando procedente o 
mandado de injunção, o 
Judiciário fixa ao órgão 
omisso prazo 
para elaborar a norma 
regulamentadora. 
 
Se o órgão não elabora no 
prazo definido, o Judiciário 
decide. 
Teoria concretista geral - decisão vale para todos 
(erga omnes). 
Teoria concretista coletiva - decisão vale para 
grupo, classe ou categoria de pessoas. 
Teoria concretista individual - Decisão vale 
apenas para o impetrante, pessoa natural ou jurídica 
(individual); 
N
Ã
O
 
C
O
N
C
R
E
T
IS
T
A
 
A decisão apenas decreta a mora do Poder, órgão ou autoridade com atribuição para 
editar a norma regulamentadora, reconhecendo-se formalmente a sua inércia. 
 
Foi a teoria dominante do STF por muito tempo. 
Fonte: Direito constitucional esquematizado* / Pedro Lenza. - 21 ed. - São Paulo. Saraiva, 2017. (Coleção esquematizado') 
 
 Legislador adotou com regra  posição concretista intermediária geral, individual ou coletiva. 
 STF já adotou em alguns dos seus julgados a posição concretista direta. 
 
Questões sobre o tema consideradas CORRETA: 
 
(FCC – 2010) O mandado de injunção tem recebido nova interpretação constitucional, não se limitando à declaração da 
existência da mora legislativa para a edição da norma regulamentadora, admitindo-se ao Judiciário assegurar, 
concretamente, o exercício do direito individualizadopela falta da norma. 
 
(Quadrix – 2020) Em relação ao mandado de injunção, a teoria concretista geral dispõe que a decisão tomada pelo 
Supremo Tribunal Federal (STF) ostentará eficácia contra todos. 
 
Questões sobre o tema consideradas INCORRETA: 
 
(Cespe – 2009) O STF adota a posição de que o mandado de injunção não tem função concretista, porque não cabe ao 
Poder Judiciário conferir disciplina legal ao caso concreto sob pena de violação ao princípio da separação dos poderes. 
 
(Quadrix – 2020) Em relação ao mandado de injunção, a teoria concretista individual intermediária dispõe que a decisão 
tomada diante de omissão legislativa implementa diretamente o direito reivindicado pelo autor da ação. 
Sistematização Concursos sistematizacaoconcursos@gmail.com @sistematizacaoconcursos 7 
Jurisprudência 
 
MI – 4.158/2014: A aposentadoria especial de servidor público portador de deficiência é assegurada 
mediante o preenchimento dos requisitos previstos na legislação aplicável à aposentadoria especial dos 
segurados do Regime Geral de Previdência Social, até que seja editada a lei complementar exigida pelo 
art. 40, § 4º, II, da CF/1988. (...) 2. A eficácia do direito à aposentadoria especial objeto do art. 40, § 4º, da 
CF/1988 exige regulamentação mediante lei complementar de iniciativa privativa do presidente da 
República, de modo que cabe ao Supremo Tribunal Federal, ex vi do art. 102, I, q, da Lei Maior, o 
julgamento do mandado de injunção impetrado com o objetivo de viabilizar o seu exercício. 
 
MI 708/2007: Greve no setor público. O STF declarou a omissão legislativa quanto ao dever 
constitucional em editar lei que regulamente o exercício do direito de greve no setor público e, por 
maioria, aplicar ao setor, no que couber, a lei de greve vigente no setor privado (Lei nº 7.783/89). Até 
que o Congresso Nacional legisle, a aplicação da lei da iniciativa privada aplica-se para todo o 
funcionalismo público, exceto para servidores da segurança pública. 
 
Previsão constitucional do direito à greve no funcionalismo público 
 
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao 
seguinte: (...) 
 
VII - o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica; 
 
 
ARE 654432/GO: O exercício do direito de greve, sob qualquer forma ou modalidade, é vedado aos 
policiais civis e a todos os servidores públicos que atuem diretamente na área de segurança pública. 
Prevaleceu o voto do ministro Alexandre de Moraes. Para ele, a interpretação teleológica dos arts. 9º, 37, 
VII, e 144 da Constituição Federal (CF) veda a possibilidade do exercício de greve a todas as carreiras 
policiais previstas no citado art. 144. Não seria necessário, ademais, utilizar de analogia com o art. 142, 
§ 3º, IV, da CF, relativamente à situação dos policiais militares. 
 
Constituição Federal 
 
Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem 
pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, através dos seguintes órgãos: 
 
I - polícia federal; 
II - polícia rodoviária federal; 
III - polícia ferroviária federal; 
IV - polícias civis; 
V - polícias militares e corpos de bombeiros militares. 
VI - polícias penais federal, estaduais e distrital. (Emenda Constitucional nº 104, de 2019) 
 
(...)§ 8º Os Municípios poderão constituir guardas municipais destinadas à proteção de seus bens, serviços e instalações, 
conforme dispuser a lei. 
 
§ 10. A segurança viária, exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do seu patrimônio 
nas vias públicas:

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