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Introdução às Ciências Físicas I 1o Semestre de 2012 AP1 de ICF1 Profas Ana Maria Senra Breitschaft e Erica Ribeiro Polycarpo Macedo 1 Gabarito da Primeira Avaliação Presencial de ICF1 – AP1 Primeiro semestre de 2012 Questão 1: (3,5 pontos) No experimento 1 da Aula 1 propusemos um modelo de propagação da luz onde fizemos a hipótese que os raios se propagavam em linha reta. Para comprovar a nossa hipótese utilizamos a caixa escura. Inicialmente medimos diretamente o diâmetro D de uma mancha luminosa que aparecia no anteparo. Os valores dessa medida e da sua incerteza foram colocados na tabela 1. A seguir, utilizando a propagação retilínea da luz e aplicando geometria à figura 1, obtivemos a relação teórica entre o diâmetro D da mancha luminosa e as medidas a, b e d representadas nesta figura. Os valores das medidas diretas das distâncias a, b e d e das suas incertezas experimentais foram colocados na Tabela 2. Tabela 2 € a [cm] € δa [cm] € b [cm] € δb [cm] € d [cm] € δd [cm] 10,0 0,3 21,0 0,2 1,0 0,1 A expressão teórica do diâmetro D da mancha associada ao modelo de propagação retilínea da luz é dada por: € D = d(1+ ba ) . A incerteza da medida foi estimada através dos valores de Dmax e Dmin calculados da seguinte forma: . 2 );1)(();1)(( minmaxminmax DD D aa bbddD aa bbddD − = + − +−= − + ++= δ δ δ δ δ δ δ a) Calcule D, Dmax e Dmin e δ D com as fórmulas do modelo e transporte para a Tabela 3, tomando os seguintes cuidados: • Dmax e Dmin devem ser representados com 4 algarismos significativos; • a incerteza δD deve ser representada com apenas um algarismo significativo; • o número de algarismos significativos do D tem que ser compatível com a maneira como a incerteza δD está escrita na tabela. D = d(1+ ba ) =1,0(1+ 21,0 10, 0) = 3,1 cm Dmax = (1, 0+ 0,1)(1+ 21,0+ 0,2 10, 0− 0,3) ≅ 3,50412… cm ; Dmin = (1, 0− 0,1)(1+ 21,0− 0,2 10, 0+ 0,3) ≅ 2, 71747… cm ; δD = 3,504− 2, 7172 =0,3935cm ≅ 0,4cm. € D [cm] Dδ [cm] 3,0 0,1 a b d L D Figura 1 Tabela 1 UFRJ Introdução às Ciências Físicas I 1o Semestre de 2012 AP1 de ICF1 Profas Ana Maria Senra Breitschaft e Erica Ribeiro Polycarpo Macedo 2 0,2 0,2 0,2 0,2 Tabela 3 D[cm] Dmax [cm] Dmin [cm] Dδ [cm] 3,1 3,504 2,717 0,4 b) Escreva o intervalo dos números reais I1 que representa a faixa de valores da medida direta do diâmetro da mancha luminosa (Tabela 1). I1 = [2, 9 , 3,1]cm c) Escreva o intervalo dos números reais I2 que representa a faixa de valores da medida indireta do diâmetro da mancha luminosa (Tabela 3). I2 = [2, 7 , 3, 5]cm d) Represente no seguimento de reta a seguir os intervalos I1 e I2 . Qual a interseção entre os intervalos I1 e I2 . I1∩ I2 = [2, 9 , 3,1]cm e) Os resultados obtidos comprovam o modelo de propagação retilínea da luz? Justifique. Como existe interseção ente as faixas de valores obtidas pela medida direta do diâmetro da mancha luminosa e a faixa de valores obtida com o modelo, os resultados experimentais são compatíveis com a propagação retilínea da luz. Questão 2: (3,0 pontos) Na figura 2, está representada uma lente de acrílico na forma de um meio círculo, onde o ponto C representa o centro do círculo. Incidimos na superfície curva ADB um raio luminoso, que chamaremos de raio luminoso 1, cujo prolongamento passa pelo ponto C. O índice de refração da lente vale 1,46 e o índice de refração do ar vale 1,00. OBS.: Os ângulos de refração devem ser calculados com a Lei de Snell. a) Meça o ângulo de incidência € θ1inc do raio luminoso 1 e escreva no desenho o seu valor. A normal a superfície curva desta lente passa pelo ponto C. Como o raio luminoso incidente tem seu prolongamento passando por C, a normal à superfície no ponto em que este raio a atinge está na mesma direção do raio incidente, logo o ângulo de incidência deste raio é igual a ZERO. b) Calcule o ângulo de refração do raio luminoso que refrata na superfície curva ADB e chame-o de raio luminoso 2. Como o ângulo de incidência do raio luminoso 1 é igual a ZERO, o ângulo de refração, também, será igual a ZERO. O raio luminoso 1, a normal e o raio luminosos 2 estão todos na mesma direção. c) Desenhe na figura 2 o raio luminoso 2. Na figura 2. d) Desenhe na figura 2 a normal à superfície no ponto em que o raio luminoso 2 toca a superfície plana AB. Na figura 2. cm 2,0 (0,5 para cada item, perde 0,2 se o aluno errar os significativos) 0,2 0,2 0,2 0,4 0,5 2,9 3,3 3,1 2,7 3,5 I1 I2 Introdução às Ciências Físicas I 1o Semestre de 2012 AP1 de ICF1 Profas Ana Maria Senra Breitschaft e Erica Ribeiro Polycarpo Macedo 3 Considerar ângulos de incidência com diferenças entre 15o e 25o. 0,2 0,2 0,2 Os ângulos de refração podem variar de 22o à 38o, dependendo do ângulo de incidência medido no item e. 0,2 e) Meça o ângulo de incidência do raio luminoso 2 no ponto especificado no item anterior e determine o valor do ângulo de reflexão do raio luminoso refletido neste ponto. Chame o de raio luminoso 3. Medindo o ângulo de incidência do raio luminoso 2, vemos que ele vale θ2 = 20° . O valor do ângulo do raio refletido também será θ3 = 20° f) Desenhe o raio luminoso 3 e escreva no desenho o valor do ângulo de reflexão determinado no item e. Na figura 2. g) Calcule o ângulo de refração do raio luminoso que refrata na superfície plana AB e chame-o de raio luminoso 4. O ângulo de refração será dado por: nlentesenθ2 = nar senθ4 , onde θ4 é o ângulo de refração que procuramos. Logo senθ4 = nlente nar senθ2 ≅ 0, 4994 ⇒ θ4 ≅ 30° h) Desenhe na figura 2 o raio luminoso 4. Na figura 2. i) Calcule o valor do ângulo de incidência na superfície plana AB a partir do qual o raio luminoso 2 não conseguiria sair do prisma por esta superfície plana. O ângulo limite para este caso é dado por: senθlimite = nar nlente sen90° ≅ 0,685 . Com isso temos que θlimite ≅ 43,2° . Figura 2 C A B D Raio luminoso 3 Raio luminoso 2 Raio luminoso 1 Normal Raio luminoso 4 20° 20° 30° 0,7 0,7 Introdução às Ciências Físicas I 1o Semestre de 2012AP1 de ICF1 Profas Ana Maria Senra Breitschaft e Erica Ribeiro Polycarpo Macedo 4 0,1 0,4 0,1 0,1 0,1 € d 2x € r A € r B € r C € d 1 € d 2 € d 3 € d 1y € d 1x € θ3 d2 y = 0 B C y x Questão 3 (3,5 pontos) Um carro parte da cidade A que está a uma distância de 70 km da origem do sistema de eixos coordenados O na direção 1-2. Ele segue primeiro para a cidade B, que dista 160 km de A, na direção 5-6 (que forma um ângulo de 30o com a direção 1-2), no sentido de 5 para 6. Depois ele segue para a cidade C, que dista 200 km de B, na direção 3-4 no sentido de 4 para 3. As direções estão representadas na figura 3, assim como a posição da cidade A, a origem do sistema de eixos O e a direção dos unitários € ˆ i e € ˆ j . NO SEU GRÁFICO 1,0 cm DEVE CORRESPONDER A 20 km. a) Desenhe na figura 3 o vetor deslocamento € d 1 do carro que vai de A até B. Na figura. b) Desenhe na figura 3 o vetor deslocamento € d 2 do carro que vai de B até C. Na figura. c) Desenhe na figura 3 o vetor deslocamento € d 3 do carro que vai de A até C. Na figura. d) Trace na figura 3 um sistema de eixos coordenados com a origem em O, o eixo OX com a direção e o sentido do vetor unitário € ˆ i e o eixo OY com a direção e o sentido do vetor unitário € ˆ j . Os vetores unitários € ˆ i e € ˆ j estão representados na figura 3. Na figura. e) Projete os vetores deslocamentos € d 1 e € d 2 nas direções dos vetores unitários € ˆ i e € ˆ j . Desenhe na figura 3 os vetores projetados € d 1x , d1y, € d 2x e d2y . Na figura. f) Calcule as componentes dos vetores € d 1 e € d 2 . Não é para medir no desenho. d1x = d1 cos(60°) = 80km ; d1y = −d1sen(60°) = −80 3km ≅ −138,6 km d2x = −d2 cos(0°) = −200km ; d2y = d2 sen(0°) = 0 km g) Calcule as componentes do deslocamento total € d 3. Calcule o módulo de € d 3 e o ângulo que ele faz com o eixo OX. Não é para medir no desenho. Figura 3 0,8 Introdução às Ciências Físicas I 1o Semestre de 2012 AP1 de ICF1 Profas Ana Maria Senra Breitschaft e Erica Ribeiro Polycarpo Macedo 5 0,5 (0,3 para o vetor e 0,2 para o módulo) d3 = d1 + d2 d3x = d1x + d2x = (80− 200)km = −120km d3y = d1y + d2y ≅ (−138,6+ 0)km ≅ −138,6km d3 = d3x2 + d3y2 ≅183,3km ; θ3 =180°+ arctan d3y d3x # $ % & ' ( ≅ 229° h) Desenhe na figura 3 os vetores posição dos pontos A, B e C. Represente esses vetores em termos dos vetores unitários € ˆ i e € ˆ j . Não é para medir no desenho. xA = 0km ; yA = 70km ⇒ rA = 70 jˆ( )km rB = rA + d1 xB = xA + d1x = (0+80)km = 80km ; yB = yA + d1y ≅ (70−138,6)km ≅ −68,6km ⇒ rB = 80 iˆ − 68,6 jˆ( )km rC = rA + d3 xC = xA + d3x = (0−120)km = −120km ; yC = yA + d3y ≅ (70−138,6)km ≅ −68,6km ⇒ rC = −120 iˆ − 68,6 jˆ( ) km i) Sabendo que o carro levou duas horas para se deslocar de A até B e duas horas e meia para ir de B até C, calcule o vetor velocidade média (em km/h) associada ao percurso total do carro. Escreva esse vetor em termos dos unitários € ˆ i e € ˆ j . Determine o módulo do vetor velocidade média. vm = d3 tC − tA( ) = −120 iˆ −138,6 jˆ( )km 4,5 h ≅ −26, 7 iˆ −30,8 jˆ( ) km/h vm = d3 tC − tA( ) ≅ 40, 7 km/h 0,4 0,4 0,6
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