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ÉTICA E CIDADANIA Olá! Para finalizarmos as nossas aulas, iremos apresentar um tema transversal, portanto, vamos fazer a seguinte pergunta: você sabe qual a relação da educação ambiental com a Educação Física? Pois bem! Do ponto de vista ambiental, a educação física posiciona seu trabalho para valorizar a produção cultural cotidiana, problematizando criticamente o conhecimento a partir dos elementos da cultura, ou seja, o que é historicamente construído, o que é significativo e o que valoriza a vida. Assim, sabe-se que a atividade física e o contato com a natureza em ambientes denominados espaços abertos, são possíveis e trazem benefícios à saúde. Além de reduzir o estresse, o exercício ao ar livre pode combater a crescente prevalência de inatividade física. Dessa forma, a relação da Educação Física com a educação ambiental está comprovada, pois, tem potencial para abordar temas socialmente relevantes como o meio ambiente, relacionando conteúdos pertinentes à sua especificidade com os princípios da educação ambiental em benefício da humanidade e do mundo. Bons estudos! AULA 8 – RELAÇÃO ENTRE EDUCAÇÃO FÍSICA E A EDUCAÇÃO AMBIENTAL Nesta aula, você vai conferir os contextos conceituais da psicologia entenderá como ela alcançou o seu estatuto de cientificidade. Além disso, terá a oportunidade de conhecer as três grandes doutrinas da psicologia, behaviorismo, psicanálise e Gestalt, e as áreas de atuação do psicólogo. Compreender o conceito de psicologia Identificar as diferentes áreas de atuação da psicologia Conhecer as áreas de atuação do psicólogo. Nesta aula, você vai estudar os conceitos básicos desta disciplina. Após esses estudos, você será capaz de: Aprofundar conceitos básicos da Educação Ambiental. Relacionar a educação física, saúde e a sua correlação na educação ambiental Compreender o papel da educação física e saúde no contexto ambiental. 8 EDUCAÇÃO AMBIENTAL A educação ambiental (EA) propõe que o conhecimento científico, tratado de forma contextualizada e com questões relacionadas à realidade, dá a possibilidade ao aluno a oportunidade de se posicionar sobre os temas polêmicos de nosso tempo, como por exemplo, desmatamento, acúmulo de poluição, aquecimento global, mudanças climáticas, produção de organismos geneticamente modificados e seus efeitos na saúde e no meio ambiente, entre outros temas. Também, recomendam que o ensino de ciências da natureza, contribui para nossa compreensão das questões socioambientais em nosso contexto sociocultural (FRAGOSO, 2018). O pensamento ambiental vai além do pensamento ecológico e de um conjunto de ferramentas para uma gestão ambiental eficaz. É uma teoria que orienta a prática a partir da transformação dos princípios que organizaram e legitimaram a racionalidade teórica e instrumental da modernidade. É uma racionalidade que une pensamento e valores, razão e significado, diferenças e diversidade, cultura e natureza. Toda informação sobre o meio em que vivemos é cultura, pode ser um intermediário entre a natureza e o homem. Essa cultura de estilo de vida antiética, irracional e comprometedora que prevalece entre as pessoas deve ser mudada. Acredita-se que são necessárias mudanças de atitude, e sirva de exemplo para as gerações futuras. Isso vai acontecer através da educação, pois, assim nos tornaremos verdadeiros humanos. Assim, a questão ambiental se apresenta como um plano para a reconstrução do conhecimento, constituição da identidade dos povos, da condição humana e da nova adaptação do mundo em diferentes casos. O conhecimento ambiental compreende o ser no tempo e na história e valoriza o poder transformador do desejo de saber, por meio, da aprendizagem e da educação. O saber interdisciplinar no conhecimento dos processos da vida, e as várias formas de vida, dessa forma, o mesmo se aplica à interseção interdisciplinar e transdisciplinar. O conhecimento ambiental enfrenta certas dificuldades quando se trata de conhecimento fragmentado em departamentos, aprendemos de forma separada a analisar e distinguir, porém, não aprendemos a relacionar, tendo em vista que uma disciplina isolada dificulta o conhecimento, por isso, o método visa cruzar conhecimentos e caminhos juntos (FRAGOSO, 2018). O conhecimento se funde das práticas de diferentes campos em uma abordagem complexa e é difícil tratá-los com uma única ciência. A sua construção parte da necessidade de estimular uma nova compreensão da realidade, articulando elementos que transitam entre campos, procurando compreender o complexo mundo real e utilizar novas práticas de acordo com a realidade educativa. Ainda de acordo com Fragoso (2018), a educação apresenta-se no mundo como uma ferramenta de intervenção eficaz para o desenvolvimento de novos conceitos seguidos de uma mudança de hábitos. É também um fator decisivo na construção do conhecimento e como ocorre o desenvolvimento intelectual de geração em geração. A educação basicamente estimula o pensamento crítico e cria discussões que despertam o interesse dos alunos. Os alunos que não estão próximos do objeto de estudo (neste caso, o meio ambiente) não podem participar de muitas coisas que surgem na vida moderna e não terão uma postura crítica de sua realidade. O objetivo dessa abordagem é despertar o interesse através da problematização pertencente ao seu mundo, buscando desenvolver o pensamento crítico e criativo. A escola é um espaço de trocas e conhecimentos, um lugar possível que estimula os alunos a pensarem sobre sua responsabilidade e, a princípio, sobre os integrantes do meio. De acordo com o artigo 6º das DCNEA (Diretrizes Curriculares Nacionais de Educação Ambiental), as escolas devem implementar uma abordagem ambiental que leve em consideração a interface natureza, sociocultural, produção, trabalho, consumo, superando o despolitizado, acrítico, ingênuo e naturalista, na qual, ainda muito presente na prática pedagógica das instituições de ensino. Do ponto de vista da educação ambiental nas escolas, o professor é o mediador do processo de ensino e aprendizagem, que traz informações sobre suas dimensões multidimensionais, promove a integração no contexto local e elabora apresentações baseadas na realidade e experiências dos alunos, nas quais temas transversais são aplicados na prática, ou seja, eixos geradores de conhecimento que nascem de experiências específicas, possibilitando a convergência do conhecimento científico e o cotidiano. Preservar a passividade e da condição de mero espectador torna a educação ambiental apenas teórica e não aplicável à realidade, o que dificulta a visualização dos problemas socioambientais, a interpretação da realidade e a participação ativa dos alunos como agentes ativos e transformadores (FRAGOSO, 2018). Sob esse ponto de vista, os PCN (Parâmetros Curriculares Nacionais) questionam a fragmentação do conhecimento tradicionalmente existente nas escolas brasileiras e favorecem a inclusão da educação ambiental na escola, pois enfatizam a necessidade de práticas pedagógicas que promovam a interligação das áreas científicas. Desse modo, eles recomendam uma ação interdisciplinar e multidisciplinar que faça a mediação entre o conhecimento científico em diferentes disciplinas, o conhecimento dos alunos e as realidades locais e globais. As práticas de educação ambiental nas escolas baseada em uma sociedade justa e sustentável, nos valores da liberdade e da igualdade, solidariedade, democracia, justiça social, responsabilidade, sustentabilidade e a educação é um direito de todos. No entanto, o conhecimento se intensifica quando é construído coletivamente, em que há troca de saberes,com que sabemos e o que aprendemos. É com esta construção coletiva que o ensino deve se preocupar mais. Conforme você compreendeu a educação ambiental é um tema transversal e a sua inclusão é muito importante no ambiente de ensino, pois, a mesma contribui para a formação de cidadão conscientes e aptos a decidir e atuar na realidade socioambiental de um modo comprometido com a vida, com o bem-estar de cada um e da sociedade, local e global, portanto, no próximo tópico iremos tratar a educação física, saúde e a sua correlação na educação ambiental. Entretanto, primeiro vamos fazer a seguinte pergunta: mas o que a atividade física e saúde tem a ver com o meio ambiente? Pois bem! Os estudos sobre as interações humanas e ambientais geralmente consideram os efeitos extremos do ambiente sobre os indivíduos e vice-versa. Além de melhorar a saúde física e mental do indivíduo, a atividade física também contribui para o seu bem-estar geral. Por outro lado, um estilo de vida sedentário é uma condição indesejável que representa uma ameaça à saúde. Portanto, torna-se importante verificar como diferentes ambientes afetam a qualidade de vida e tornar a atividade física uma prática diária integral (PRESOTTO, et al., 2016). A natureza ajuda a reduzir o estresse, as pesquisas mostram que marcadores endócrinos como adrenalina, noradrenalina e cortisol, conhecidos como hormônios do estresse, diminuem quando expostos à natureza, sugerindo que essa exposição afeta os mecanismos que desencadeiam alterações induzidas pelo estresse. Além disso, o exercício aumenta os neurotransmissores noradrenalina e serotonina, que estão reduzidos em indivíduos deprimidos, o que contribui para a melhora do humor. Para viver melhor, todo cidadão deve poder se beneficiar da prática física nas diversas áreas relacionadas à saúde. Assim, combinar os exercícios físicos e o contato com a natureza em ambientes conhecidos como grandes espaços é uma coisa que se tornar acessível e traz grandes benefícios a saúde. Praticar exercícios ao ar livre reduz o estresse e neutraliza o aumento da inatividade. Dessa forma, os benefícios para a saúde aumentam com o desenvolvimento de grandes espaços, incluindo, florestas, orlas, campos, parques, jardins entre outros espaços verdes. Estes espaços verdes ou naturais são benéficos para a saúde há muitos anos. De acordo com as pesquisas recentes indicam que as atividades ao ar livre parecem ser mais benéficas para a saúde. Assim, a prática física no meio ambiente, pode proporcionar inúmeros benefícios, tanto fisicamente quanto em relação a saúde mental, pois, melhora o humor e a auto percepção, bem como, a estabilidade emocional e o autocontrole, reduzindo o estresse e melhorando o humor. Contudo, a possibilidade de contato e comunicação com outras pessoas no meio ambiente juntamente com o exercício em diferentes fatores em graus variáveis, podem contribuir para melhorar o estado de humor das pessoas que se exercitam (PRESOTTO, et al., 2016). Enfim conclui-se que para que aconteça o trabalho da prática física, é necessário que desenvolva programas que sejam apoiados pelas políticas públicas, pois, sabemos que a prática de se exercitar deve ser incorporada não só ao cotidiano das pessoas, mas também à cultura popular, à medicina, ao planejamento familiar e à educação infantil. Essa necessidade decorre de vários fatores: sociais e econômicos. O treino ao ar livre não deve ser encarado apenas como uma opção para quem anseia pela emoção dos desportos radicais, mas deve ser uma prática acessível que todos adotam como um hábito de vida por todos. Uma das formas de o promover a pratica física ao ar livre é trabalhar em conjunto com as políticas públicas, para que possa desenvolve programas que incluam o progresso e a manutenção de parques urbanos, zonas verdes de biodiversidade e áreas de lazer onde se podem praticar diversas atividades desportivas, o que aumenta as oportunidades para o exercício. (PRESOTTO, et al., 2016). Para você compreenda melhor no próximo tópico, será abordado um breve conceito da relação da educação física com a educação ambiental. 8.1 Educação física e a educação ambiental Durante décadas, a educação física foi guiada por arquétipos olímpicos, com uma modalidade esportiva voltada para o desempenho e alto nível dos alunos. O sistema competitivo da escola reflete claramente essa constatação, começando no nível local, passando pelo nível estadual e chegando ao nível federal. Sob a orientação de modelos esportivos de alto nível, a educação esportiva da escola posiciona o aluno como um objeto e não como um sujeito e como uma personalidade que possui uma disposição especial para o movimento típico do esporte de alto nível, (MARIA, 2012). Muitas vezes as aulas nem sequer motivam e preparam o aluno para fazer treinos esportivos nas horas vagas, o que se refletirá em sua vida. O binômio educação física, caracterizam o esporte nas escolas e estabelece o conteúdo de uma disciplina que carece da formação de identidade e crenças ambientais críticas por meio da educação física que pode contribuir para a formação das futuras gerações de homens e mulheres preocupados com os outros seres, levando em consideração que não apenas as ciências naturais são responsáveis pelo meio ambiente, mas também diferentes ramos da ciência naturais e das várias disciplinas. A abordagem interdisciplinar objetiva superar a fragmentação do conhecimento. Portanto, esse é um enfoque a ser perseguido pelos educadores ambientais, já que permite, pela compreensão mais globalizada do ambiente, trabalhar a interação em equilíbrio dos seres humanos com a natureza. (GUIMARÃES, 2001, p.59). O conceito de sustentabilidade refere-se à interação de todos os elementos da natureza. Quando olhamos para os animais, as florestas, o solo, a água e o ar, percebemos que não são elementos isolados, mas, ao contrário, trabalham juntos para garantir a sobrevivência da vida no planeta. Os seres humanos também pertencem ao reino animal, mas o que os distingue dos outros animais é a sua capacidade de pensar e intervir. Toda a natureza sofre com as ações erradas das pessoas e o resultado são tempestades, erosão do solo, cheias dos rios, enchentes, desequilíbrio climático, extinção de animais e plantas, falta de água potável e surgimento de doenças (MARIA, 2012). Dessa forma, isso apresenta sérios riscos para todas as formas de vida e aumenta a pobreza e todos os problemas sociais relacionados. A poluição ambiental significa também a deterioração das condições de vida de grande parte da população, principalmente das pessoas com menor poder aquisitivo, portanto, preservar os recursos naturais significa garantir a continuidade da vida e o equilíbrio entre ar, água, solo, floresta, animais, ou seja, a natureza incluindo o ser humano. A integração das pessoas com a natureza é tão importante quanto a integração das pessoas entre si. Quando percebemos que somos parte da natureza, e não seus donos, iniciamos a jornada para um mundo mais justo e sustentável. Ao entendermos o quão frutífero é a relação entre as pessoas e a natureza na natureza por meio da aventura, podemos aproximar essa discussão da Educação Física, que é considerada uma área privilegiada do conhecimento e emergiram plenamente as intervenções mais versáteis nesse segmento. A Educação Física na maioria dos casos, realiza as suas atividades ao ar livre, aproveitando esses momentos para desenvolver as convicções ambientais e proteger o meio ambiente. Além disso, o contato direto com o ambiente natural pode reduzir sintomas como estresse e sobrecarga intelectual, bem como, manter a qualidade de vida, o que abre a possibilidade de uma educação física voltada para questões de educação ambiental (MARIA, 2012). Essas frustrações do ser humano devem ser amenizadas por meio de aventurasna natureza, relacionadas a experiências nunca antes imaginadas, como: explorar cavernas ou enfrentar obstáculos em trilhas no meio da floresta. Essas atividades envolvem emoções e sentimentos que transcendem sua forma e conteúdo, pois se relacionam a rituais, mitos, medos e imagens de aventura, ousadia, distinção e modos de vida. Uma visão contemporânea desta atividade que procura interagir com as pessoas meio ambiente fornece pistas para relacionamentos pautados na ética e no respeito à vida, envolvendo o compromisso com a preservação da natureza, podendo assim criar novos sentimentos para a vida humana, mais sensíveis e afetuosos. Essas atividades permitem que o tempo e o espaço sejam afastados das experiências cotidianas, incluindo as sensoriais e motoras, ampliando a possibilidade de autoconhecimento e mudança de hábitos diferentes dimensões; atraindo escolas, clubes, pesquisadores e organização não governamental, como por exemplo, (ONGs). As atividades na natureza não devem ser compreendidas como remédios para todos os males, mas sim uma tentativa de envolver as emoções e sentimentos dos participantes com o objetivo de contribuir para uma mudança dos comportamentos e atitudes ambientais que têm destruído o planeta terra. Assim, os ambientes naturais são locais de grande interesse para os participantes, como: Saneamento na comunidade, áreas naturais e no próprio espaço da Educação Física; Excursões; Acampamentos recreativos; Recreação turística como trilhas; Cuidado e preservação das áreas desportivas; Exposições e outras atividades organizadas pelos estudantes. Assim, o professor de educação física pode utilizar os locais próximos à escola para ministrar esse conteúdo, a fim de uma educação voltada para a consciência ambiental. Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais – (PCNs) de Educação Física do ensino fundamental. No projeto pedagógico de cada escola, esta dimensão está contemplada no trabalho diário através de horas de educação física, na utilização das instalações escolares bem como nas áreas próximas, como parques, praças e praias, campos de treino. Representam o meio ambiente com o qual o sujeito lida e são adequados para o desenvolvimento de propostas de trabalho, porque permitem discutir a adequação de salas para a prática de educação física, seja em locais mais próximos à natureza ou no centro urbano (MARIA, 2012). Nesse sentido, podemos oferecer aos alunos a oportunidade de praticar atividades físicas em contato com a natureza, sendo que essas atividades físicas podem ser as mesmas desenvolvidas nas quadras escolares, porém, a natureza pode oferecer novos desafios aos alunos. Vale ressaltar também que, ao fazê-lo, o professor ensina aos seus alunos a importância da educação ambiental, bem como, a proteção da mesma. Como uma perspectiva educacional, a educação ambiental pode existir em Todas as disciplinas, quando analisam assuntos que permitem dar atenção à relação do ser humano com seu ambiente natural e relações sociais, sem deixar de lado suas particularidades. Através dos professores, como educadores, tem como responsabilidade intervir, incentivar e proporcionar aos alunos esse contato com a natureza e ensiná-los a importância de proteger o meio ambiente e demonstrar a relação entre educação ambiental, atividade física no meio ambiente e educação física escolar. Portanto, é necessário esclarecer alguns conceitos sobre as questões ambientais (MARIA, 2012). Depois de compreendermos um pouco sobre a educação ambiental e a sua relação com a educação física. Para dar continuidade aos nossos estudos, no próximo tópico iremos tratar sobre a educação física e a saúde em relação ao meio ambiente. Como você pode observar é possível adquirir saúde e bem-estar através da prática física nos espaços de meio ambiente. Assim, no próximo tópico iremos aprofundar melhor nas questões sobre a correlação entre o meio ambiente a e educação física e a saúde. 8.2 Educação física, saúde e meio ambiente Antes de começarmos você precisa compreender sobre a saúde ambiental, fique agora com uma breve conceituação sobre a saúde ambiental, dessa forma, a saúde ambiental é definida como a relação entre o meio ambiente e a saúde da população. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), essa relação inclui todos os componentes e fatores que afetam fortemente a saúde, incluindo desde a exposição de substâncias químicas até componentes biológicos ou até mesmo a situações que afetam a condição psicológica, social e econômica de um indivíduo ou de um país. Assim, podemos dizer que são diversas maneiras de poluição ocasionadas pelo próprio ser humano, tais como, aquáticas, terrestres, atmosférica, sonoras, entre outras (PAULA, 2012). Temos como exemplo de poluição que é comum ao mundo, como por exemplo, o despejo de lixo a céu aberto é cada vez maior, com consequências cada vez mais preocupantes para o meio ambiente e a saúde pública, levando a doenças como: vermes, infecções intestinais como a diarreia, assim como a gripe, leptospirose, dengue, meningite, dor de cabeça, dor de dente, febre, alergias e náusea. No entanto, um dos elementos mais atacados pelo homem é o ar, que é essencial para a vida, pois, a convivência com a poluição do ar tem trazido interferências sérias para a saúde. Conforme a estimativa realizada pela da Organização Mundial de Saúde (OMS), 5% das 55 milhões de mortes no mundo a cada ano são causadas pela poluição do ar. É importante ressaltar que uma das principais fontes de poluição são os carros e a indústria, que estão por toda parte. Contudo, a poluição tem causado alterações clínicas na população, como aumento de sintomas respiratórios e cardiovasculares, crises de asma, limitações funcionais, atendimentos de emergência e internações. Assim, como existe a poluição do ar temos também, como exemplo, o outro tipo de poluição que tem grande impacto na população principalmente para as pessoas que vivem no centro das grandes cidades sendo ela a poluição sonora, desse modo, tais ruídos são gerados principalmente pelos meios de transporte (PAULA, 2012). Enfim, os estudos que já foram realizados sobre esse tipo de poluição demonstram que o ruído do tráfego é considerado um limiar para riscos à saúde e, portanto, a medicina preventiva define o limite ao qual um cidadão pode ser exposto sem riscos em um ambiente urbano. Dessa forma, é preocupante que os níveis de ruído estejam aumentando em estradas normalmente movimentadas. Como você pode observar, a saúde ambiental é caracterizada como um ramo da saúde pública que se preocupa com todos os aspectos do ambiente natural que afetam a saúde humana, incluindo a qualidade de vida, que estão estabelecidos por fatores físicos, químicos, biológicos, sociais e psicológicos no meio ambiente. De acordo com isso, vamos tratar sobre como possibilidade de conscientização de algumas atividades realizadas ao meio ambiente. 8.3 Atividades na natureza: como possibilidade de conscientização Nos dias atuais, a proximidade entre o homem e a natureza, tornou-se um grande atrativo. Uma razão para isso é que ela é cada vez mais apoiada por mercados que oferecem atividades fora dos ambientes urbanos. Este é um tópico acadêmico que tem sido desenvolvido no meio acadêmico tanto na área de educação física quanto na área do turismo. Pois, de acordo com as duas áreas ambas trabalham o mesmo objeto de estudo (PAULA, 2012). Vários termos se referem e descrevem essas práticas, como por exemplo, esportes de aventura, esportes radicais, atividades outdoor, esportes selvagens, entre outros. No entanto, essas atividades podem limitar-se a uma forma que as classifique prioritariamente como esporte, ao mesmo tempo em que podem ser praticadas como forma de entretenimento, ou seja, lazer. Surgem cada vez mais paradigmas vinculando a melhoriada qualidade de vida às atividades na natureza, para substituir as de caráter de competição. A maioria dessas atividades decorreram-se da reformulação de métodos antigos através de contato com o meio, a exemplo disso temos, os passeios a cavalo, caminhadas, surf, mergulho, escalada, canoagem, mountain bike, sandboard. Outros projetos, como o parapente, tornaram-se possíveis devido ao desenvolvimento tecnológico. Essas maneiras de movimento são frequentemente relacionadas a liberdade, como forma de aventuras e integração ao meio. De modo geral, as atividades de natureza são de caráter cooperativo, pois, a maioria das atividades ocorre em grupos ou com no mínimo de dois participantes. Portanto, atitudes como respeito, reconhecimento de limitações e confiança não se refletem apenas na relação entre as pessoas, mas também na relação das pessoas com a natureza. Enfim, saber respeitar a imprevisibilidade da natureza é um pré-requisito para estas práticas. Além disso, ele aponta que, nesses casos de exposição física, ela se torna um campo de informação que envia e recebe mensagens, e não apenas um instrumento de ação. Pois, o desempenho físico nesses lugares de aventura pode levar as pessoas a pensar que são parte integrante do meio ambiente (PAULA, 2012). Outro ponto importante envolve o objetivo a ser alcançado pelo praticante, porque por mais que exista um objetivo, o importante não é simplesmente chegar ao fim da trilha, mas sim percorrê-la. Ou seja, são os valores processuais ligados a estas práticas que fazem a diferença e assim estabelecem um outro conceito relevante para as condições em que vivemos. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS FRAGOSO. E; NASCIMENTO. E.C.M. a educação ambiental no ensino e na prática escolar da Escola Estadual Cândido Mariano – AQUIDAUANA/MS. Revista de Educação Ambiental: ambiente & educação. Vol. 23, n. 1, 2018. GUIMARÃES, M. A dimensão ambiental na educação. 4 ed. Campinas: Papirus, 2001 MARIA.C.P. A educação física e o meio ambiente – uma proposta interdisciplinar na vivência do caminhar em uma trilha ecológica, no morro dos conventos, nas aulas de educação física com adolescentes do ensino fundamental. 2012. Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado para a (obtenção de grau de Licenciado no Curso de Educação de Educação Física da Universidade do Extremo Sul Catarinense) – UNESC. CRICIÚMA-SC, 2012. PAULA.N. Educação física e meio ambiente: algumas relações possíveis. 2012. Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Instituto de Biociências da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” - Campus de Rio Claro, para obtenção do grau de Bacharel em Educação Física. Rio Claro – Rj, 2012. PRESOTTO.A. T; MULLER.C. D; LOURENÇO.E. D; DORNELLES.M; DEUS.T; BERLESE.D. B; VIEIRA.C.E. S; MACHADO.A. B; FEKSA.D.L.R. Benefícios do exercício físico e sua relação com o meio ambiente. (Revista Digital. Buenos Aires), v. 20, n 213, n. p., fev. 2016.
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