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UNOPAR – UNIVERSIDADE NORTE DO PARANÁ SISTEMA DE ENSINO A DISTÂNCIA GEOGRAFIA - LICENCIATURA Cidade 2020 Cidade 2020 Cidade Santo André 2021 EDSON DA R. CEZAR PROJETO DE ENSINO EM GEOGRAFIA EDUCAÇÃO AMBIENTAL Santo André 2021 PROJETO DE ENSINO EM GEOGRAFIA EDUCAÇÃO AMBIENTAL Projeto de Ensino apresentado à [Unopar Universidade Norte do Paraná], como requisito parcial à conclusão do Curso de Geografia. Docente supervisor: Prof. Igor Fernando Santini Zanatta EDSON DA R. CEZAR SUMÁRIO INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 3 1 TEMA - EDUCAÇÃO AMBIENTAL ...................................................................... 4 2 JUSTIFICATIVA ................................................................................................... 6 3 PARTICIPANTES ................................................................................................. 7 4 OBJETIVOS ......................................................................................................... 8 5 PROBLEMATIZAÇÃO .......................................................................................... 9 6 REFERENCIAL TEÓRICO ................................................................................. 11 7 METODOLOGIA ................................................................................................ 16 8 CRONOGRAMA ................................................................................................. 18 9 RECURSOS ....................................................................................................... 19 10 AVALIAÇÃO ....................................................................................................... 20 CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................... 21 REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 22 3 INTRODUÇÃO É iminente a corrida para a cura do planeta enquanto ecossistemas inteiros entram em colapso, a educação ambiental para crianças deve começar na escola justamente para vencermos essa corrida. Neste projeto educacional serão apresentadas maneiras de como conscientizar e enfatizar esse tema na educação infantil, abordando a sensibilização das crianças em relação ao meio ambiente, métodos de ensino ambiental para crianças, objetivos da educação ambiental para crianças, benefícios da educação ambiental nas crianças. O destino do planeta está nas mãos delas por isso é importante que desde pequenas, elas aprendam a racionalizar os recursos e a contribuir com seu grãozinho de areia na luta contra as mudanças climáticas. O resultado dessa difícil prova pode ser um mundo mais sustentável e melhor para viver. A escola é uma instituição inserida no contexto social, portanto, é uma unidade que também provoca impactos ao meio ambiente. Contribui com o crescimento dos problemas ambientais por gerar lixo e esgoto; pelo consumo e desperdício de energia e de água. Assim, deve-se pensar em estratégias permanentes de Educação Ambiental escolar, com ações práticas capazes de transformar a escola de causadora de impactos para uma unidade que contribua com a redução dos problemas, através do consumo consciente e de uma correta destinação dos seus resíduos. Desta forma, a escola efetiva-se como espaço formador de agentes de mudanças, visto que, é um ambiente propício à formação de novas atitudes, de novos comportamentos e valores, através do aprendizado voltado às questões ambientais. É imprescindível a compreensão de que a noção de meio ambiente não se refere somente à natureza, mas sim às relações de interdependência entre os seres humanos e os demais seres vivos que fazem parte do ambiente. O ser humano é parte integrante da natureza e o principal agente das modificações ocorridas na mesma, ao longo dos anos. Para concebermos o meio ambiente de maneira integrada, faz-se necessário que a Educação Ambiental torne-se parte do cotidiano na prática escolar. 4 1 TEMA - EDUCAÇÃO AMBIENTAL O Tema a ser abordado nesse projeto será Educação Ambiental e tem por objetivo desenvolver ações sobre questões e problemas ambientais, onde os alunos possam construir os conhecimentos necessários para a conscientização e modificação de atitudes e comportamentos que poderão resultar na preservação e recuperação do meio ambiente de forma mais eficaz através da geografia em caráter interdisciplinar na Educação Básica como forma de compreender a realidade. Ao longo de toda a história da humanidade, os seres humanos sempre utilizaram os recursos naturais, explorando-os sem grandes preocupações com a recuperação de áreas degradadas, com os rios e com o ar que foram sendo poluídos. Além do crescente aumento populacional, o advento da industrialização, passou a exigir grande quantidade de matérias primas, aumentou a queima de combustíveis fósseis e o lançamento na atmosfera de enorme quantidade de CO2, trazendo consequências negativas para o Planeta, como por exemplo, o aquecimento global. Além disso, a indústria passou a produzir uma enorme quantidade de embalagens descartáveis, agravando consideravelmente os problemas ambientais gerados pela sociedade consumista. Isso fez com que os recursos naturais se tornassem escassos e a natureza degradada, dando início à crise ambiental contemporânea. Desta maneira, a preocupação com a degradação dos recursos naturais deve ser de todos e através da Educação Ambiental pode-se obter bons resultados. No momento em que bens naturais públicos indispensáveis à vida são apropriados ou degradados por determinados grupos sociais ou por atividades econômicas, tais usos tornam-se inacessíveis e impróprios comprometendo a qualidade de vida e ceifando o direito à sobrevivência. Por isso, é necessário que ocorra maior atenção e reflexão a respeito desses acontecimentos. Pois, conforme consta na Constituição Federal do Brasil (1988) no Capítulo VI, Artigo 225, em que estabelece que todos tenhamos direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à qualidade de vida, impondo- se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para a presente e futuras gerações. Mais do que nunca, devem ser promovidos debates sobre os problemas ambientais como estímulo à compreensão dos riscos presentes nas agressões à natureza, à identificação dos reais agentes da degradação, bem 5 como o reconhecimento de que o acesso a um ambiente limpo é uma conquista cidadã. É de suma importância que os debates sobre Educação Ambiental sejam realizados de maneira interdisciplinar, pois caracterizam antes de tudo ato de pensar, de construir a partir de decisões tomadas pelo grupo, pois o ser humano necessita compartilhar com os outros suas experiências e cabe aos professores trabalharem unidos aos seus alunos na busca de soluções para os problemas por eles detectados. É necessário que a interdisciplinaridade seja entendida como um processo tanto individual quanto coletivo e que a solução dos problemas aconteça principalmente na relação com os outros. É necessário que haja o envolvimento dos alunos na tomada de decisões, pois eles se engajam melhor na proposta, se ela não vier imposta, pronta, acabada, pensada unicamente pelo (a) professor (a). Nos dias atuais, os alunos têm muitos anseios e interesse em participar. Se isso não acontece, o aluno perde a motivação, principalmente diante de disciplinas e/ou conteúdos que não tem nada a ver com suaspreocupações ou com sua vida. Hoje sei que de nada adianta questionar os alunos, se eles não têm como retorno a oportunidade de discutir, de refletir, no sentido de conscientizar a necessidade da busca da solução dos problemas do ensino/aprendizagem, a partir de um trabalho coletivo, em sala de aula, alunos e professores juntos. Daí emergirão os temas para as suas discussões, a procura de um caminho comprometido com uma visão política transformadora. Deste modo, a relação professor aluno/conhecimento de faz na prática, determinando a teoria que, por sua vez, vem recriar a prática. No que se refere à natureza – objeto de estudo da Educação Ambiental - o aluno deve se sentir parte integrante dela. Por isso, ser interdisciplinar é um saber importante para o ser humano, para que ele seja responsável e possa tomar decisões práticas. Num projeto interdisciplinar, é imprescindível a participação dos envolvidos diretamente, pois há busca de informações, há troca de ideias, há discussão e há tomada de decisões, em todas as etapas desenvolvidas. Há prazos e tarefas de cada aluno, de cada grupo e para todos, tudo deve ser definido conjuntamente. Deste modo, aprende-se a definir funções, dividir o trabalho e também compartilhar com os demais colegas do colégio, ou mesmo com seus familiares, os conhecimentos aprendidos durante os estudos. 6 2 JUSTIFICATIVA O objetivo da Educação Ambiental é promover mudança de comportamentos e que estes novos comportamentos sejam desenvolvidos de maneira interdisciplinar no ambiente imediato que é o colégio, em situações reais e não de simulação. Que os conflitos que aparecem sejam trabalhados em atividades democráticas, dialógicas e dinâmicas, fundamentadas pela práxis, e que resultem na redução dos impactos ambientais. Tal objetivo não é tão simples, por isso, a necessidade de desenvolver um projeto de ensino concreto, no qual os alunos trocarão experiências e experimentarão desafios. O conteúdo consiste numa sugestão de atividades que tendem a ajudar aos alunos na consolidação de conceitos e soluções para o ecossistema de maneira significativa através da Educação Ambiental. 7 3 PARTICIPANTES O público-alvo desse Projeto de Ensino destina princípios da Educação Ambiental perante a lei que são de enfoque humanista com a concepção ambientalista salientando os aspectos socioambientais e culturais e indicando ser um projeto que visa à interdisciplinaridade, a incorporação da ética, a articulação entre o global e local. Além disso, está presente nas abordagens da Educação Ambiental, o caráter participativo, democrático, abrindo espaço para a participação efetiva da comunidade estudantil na construção de marcos referenciais e na construção de sínteses inovadoras entre os novos conhecimentos e o saber comunitário. Se todos dentro do ambiente escolar estão preocupados com essa realidade, a harmonia escolar, trabalhando a questão ambiental funciona e vai além dos limites do prédio escolar, chegam às casas dos alunos e a toda comunidade, transformando a informação em mudança e o conhecimento em responsabilidade. 8 4 OBJETIVOS O objetivo principal é desenvolver ações educativas sobre questões e problemas ambientais, através de métodos ativos, conscientizando sobre a necessidade de proteção e preservação do meio ambiente. Constatou-se que educação ambiental na escola é hoje o instrumento muito eficaz para se conseguir criar e aplicar formas sustentáveis de interação sociedade-natureza. Este é o caminho para que cada indivíduo mude de hábitos e assuma novas atitudes que levem à diminuição da degradação ambiental, promovam a melhoria da qualidade de vida e reduzam a pressão sobre os recursos ambientais. 9 5 PROBLEMATIZAÇÃO A opção metodológica “pode ter efeitos decisivos sobre a formação da mentalidade do aluno, de sua cosmovisão, de seu sistema de valores e, finalmente, de seu modo de viver”. A metodologia utilizada pelo educador pode ensinar o educando a “ser livre ou submisso, seguro ou inseguro; disciplinado ou desordenado; responsável ou irresponsável; competitivo ou cooperativo”. Através dessa problemática boas metodologias de ensino têm um papel fundamental no aumento da autonomia dos alunos no processo de aprendizagem. Em vista da existência de problemas ambientais em quase todas as regiões do país, torna-se importantíssimo o desenvolvimento e implantação de programas educacionais ambientais, os quais são de suma importância na tentativa de se reverter ou minimizar os danos ambientais. Porém, existem barreiras que impedem da educação ambiental avançar. A principal dificuldade em se praticar a Educação Ambiental no cotidiano do ambiente escolar se dá na generalizada incompreensão do significado de meio ambiente. É comum perceber o não entendimento de que o meio ambiente não é apenas fauna e flora, e que os seres humanos também fazem parte da natureza. Boa parte daquilo que se diz tratar de Educação Ambiental hoje em dia, na verdade, se identifica com atitudes desvinculadas do contexto no qual se insere ou com o qual interagem alicerçadas em conceitos vazios, palavras ocas ou ativismo irrefletido. Essas ações pontuais são indesejáveis para quem pensa uma Educação Ambiental crítica e transformadora. A natureza já não tem mais pontos de referência na sociedade atual. As pessoas são arrastadas pelas novas tecnologias e cenários urbanos, e existe pouco da relação natural que havia com a cultura da terra. Para que a situação não piore, é preciso agir, proteger o ambiente, contudo, percebe-se um interesse, que a princípio partiu do conceito de design e decoração uma busca pelo resgate ecológico e logo após foi possível observar algumas manifestações por meio de escolas, partidos políticos, ONGS, etc. isso mostra que é possível buscar uma salvação, um tentativa de preservar o meio ambiente, mas certamente, a aprendizagem será mais eficaz se a atividade envolver as situações da vida real, do meio em que vivem os alunos, sempre com o objetivo de demonstrar que, se bem aproveitados e preservados, os recursos do meio ambiente só trazem benefícios para todos. 10 Uma das formas que pode ser utilizada para o estudo dos problemas do meio ambiente é através de uma educação consciente e um planejamento voltado para a responsabilidade ambiental dos indivíduos, podendo alcançar a mudança de comportamento de inúmeros alunos, tornando-os influente na defesa do meio ambiente para que se tornem ecologicamente equilibrados e saudáveis. É neste contexto que o desenvolvimento desse Projeto de Ensino busca atuar na questão pedagógica referente a Educação Ambiental e sua interdisciplinaridade que se faz tão necessária. 11 6 REFERENCIAL TEÓRICO Conforme Varine (2000, p. 62), "a natureza é um grande patrimônio da sociedade Consequentemente, a Educação Ambiental se torna uma prática social, com a preocupação da preservação dessa sua riqueza". Para o autor, se o meio ambiente está sendo atacado, agredido, violentado, devendo-se isso ao veloz crescimento da população humana, que provoca decadência de sua qualidade e de sua capacidade para sustentar a vida, não basta apenas denunciar os estragos feitos pelo homem na natureza, é necessário um processo educativo, com atitudes pró-ambientais e sociais. É claro que o crescimento da população, por si só não pode ser considerado o grande mal que ataca e destrói o meio ambiente, as necessidades dessa população em comer, vestir-se, locomover-se são os fatores que interferem no meio ambiente, pois todo esse consumo é feito de forma desordenada, e sem consciência de que é necessário um compromisso com o lixo produzido, além disso, não existem políticas eficazes para administrar essa produção de insumos, a nossa sociedade não foi educada para lidar com o lixo e desta forma, esseconceito de responsabilidade ambiental é novo aos nossos olhos, e se moldando ao passo que as escolas adotam esse interesse em educar seus alunos para que as gerações seguintes recebam e administrem melhor essa questão. De acordo com a Lei 9.795/99, Entende-se por educação ambiental os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade (LEI 9.795, 1999, art. 1º). A Educação Ambiental além de ser um processo educacional das questões ambientais, alcança também os problemas socioeconômicos, políticos, culturais e históricos pela interação de uma forma ou de outra destes campos com o meio ambiente, desta forma é de fato um tema de alta interdisciplinaridade e contribui muito para o processo de letramento do aluno. Sua aplicação tem a extensão de auxiliar na formação da cidadania, de maneira que extrapola o aprendizado tradicional, fomentando o crescimento do cidadão e consequentemente da Nação, daí a sua importância. Pela sua plenitude e abrangência, a Educação Ambiental 12 incrementa a participação comunitária, conscientizando todos os participantes, professores, alunos e a comunidade estudada, ante a interação necessária para o seu desenvolvimento, ou seja, é um tema altamente atual, que necessita ser abordado com muita responsabilidade pelo professor. A Universidade de Stanford analisou, em 2017, a forma como essa disciplina “Educação Ambiental” beneficia os estudantes, desde o ensino infantil até o ensino médio. Depois de consultar mais de uma centena de estudos científicos publicados entre 1994 e 2013 por outras instituições sobre esse assunto, eles concluíram que 83 % dos estudantes melhoraram seu comportamento ecológico e 98 % ampliaram seu conhecimento em outras matérias como matemática e ciências. As questões que o ambientalismo suscita estão nos dias de hoje, associadas às necessidades de constituição de uma cidadania para os desiguais, à ênfase dos direitos sociais, ao impacto da degradação das condições de vida decorrentes da degradação socioambiental, notadamente nas grandes cidades e à necessidade de ampliar a assimilação, pela sociedade, do reforço a práticas centradas na sustentabilidade por meio da educação ambiental. É necessário, portanto, repensar o público por meio da sociedade e verificar a dimensão da oferta institucional e a criação de canais para viabilizar novas formas de cooperação social. Os desafios para ampliar a participação, principalmente das crianças, estão vinculadas à predisposição dos governos locais de criar espaços públicos e plurais de articulação e participação. Nos quais, Segundo Jacobi “(...) os conflitos se tornam cada vez mais visíveis e as diferenças se confrontam como base constitutiva de legitimidade dos diversos interesses em jogo, ampliando as possibilidades de a população participar mais intensamente dos processos decisórios como um meio de fortalecer a sua responsabilidade na fiscalização e controle dos agentes responsáveis pela degradação ambiental.” (Jacobi, 1998 p 89). Ao implementar um projeto de educação para o ambiente, nas escolas de educação Infantil, fará com que o aluno compreenda o problema existente e sua responsabilidade e do seu papel enquanto parte fundamental do processo. 13 Desenvolvendo, assim, as competências e valores que conduzirão a repensar e avaliar de outra maneira as suas atitudes diárias e suas consequências no meio ambiente em que vivem. Como as crianças irão aprender o propósito do ambiente, os conteúdos programáticos selecionados, será uma das formas de tomada de consciência, tornando-se mais agradáveis e de maior interesse para o aluno. Por seu caráter humanista, interdisciplinar e participativo, a Educação Ambiental pode contribuir muito para renovar o processo educativo, trazendo a permanente avaliação crítica e a adequação dos conteúdos à realidade local e o envolvimento dos educandos em ações concretas de transformação desta realidade. Para realmente abordar estes princípios e atingir seus objetivos a Educação Ambiental para crianças, precisa de uma ampla gama de métodos e do preparo dos educadores para ministrar as aulas. É importante também, conceituar e entender muito bem essa fase. Pode dizer que ela se torna indispensável nos dias atuais, pois, vai oferecer os fundamentos para o desenvolvimento da criança em seus diversos aspectos: físico, psíquico e cognitivo. É fundamental que as crianças travem contato com a natureza, despertando sentimentos e exercitando todos os sentidos. Ver e compreender a natureza como o resultado de inúmeras relações de causa e efeito “pode contribuir para uma religação, um novo despertar para valorização do todo” (Trigueiro 2003 p 56). Quando se altera qualquer dos elementos pertencentes ao mundo natural, há uma reação em quase todo seu sistema, num processo de busca de equilíbrio. A educação infantil, precisa estar vivenciando, tendo contato, com diferentes elementos, fenômenos e acontecimentos do mundo, que elas sejam instigadas por questões significativas para que tenham acesso a modos variados de compreender e representar o que está acontecendo a sua volta. O desafio de acordo com Jacobi (1998) é de formular uma educação ambiental que seja reflexiva e inovadora, em dois níveis: formal e não formal, essa educação deve estar acima de tudo como um ato político e educacional, voltado exclusivamente para transformação social. O seu enfoque deve estar sempre em busca de uma perspectiva positiva que relaciona o homem, natureza e o universo, tomando como referência que os recursos naturais se esgotam e que o principal responsável pela sua degradação é o homem. Os alunos, assim, refletem e gradativamente tomam consciência do mundo de 14 diferentes maneiras em cada etapa do seu desenvolvimento. As transformações que ocorrem em seu pensamento se dão simultaneamente ao desenvolvimento da linguagem e de suas capacidades de expressão. A Educação ambiental, portanto, nas suas diversas possibilidades, abre um estimulante espaço para representar práticas sociais e o papel dos professores como mediadores e transmissores de um conhecimento necessário para que os alunos adquiram uma base adequada de compreensão essencial do meio ambiente global local, da interdependência dos problemas e soluções e da importância da responsabilidade de cada um para construir uma sociedade planetária mais consciente e protetora. “Deve estimular e potencializar o poder das diversas populações, promover oportunidades para as mudanças democráticas que estimulem os setores educacionais e sociais em todas as faixas etárias, implicando as comunidades a retomarem seus próprios destinos.” (Jacobi, 1998, p.32) O trabalho então, da Educação Ambiental no contexto da Educação Infantil deve ter como princípio uma consciência global das questões relativas e interligadas ao meio ambiente para que possam assumir posições diferentes e afinadas com os valores referentes à proteção da natureza como proteção à vida. A educação ambiental no contexto da educação infantil deve buscar valores que conduzam a uma convivência harmoniosa com o ambiente e as demais espécies que habitam o planeta, auxiliando as crianças a analisar criticamente o princípio que tem levado à destruição inconsequente dos recursos naturais e de várias espécies. Andrade (2000) diz que: “A natureza não é fonte inesgotável de recursos, suas reservas são finitas e devem ser utilizadas de maneira racional, evitando o desperdício e considerando a reciclagem como processo vital” (p 36). As demais espécies que existem no planeta merecem nosso respeito. Além disso, a manutenção da biodiversidade é fundamental para a nossasobrevivência. É necessário planejar o uso de ocupações do solo nas áreas urbanas e rurais, considerando que é necessário ter condições dignas de moradia, trabalho, transporte e lazer, áreas destinadas à produção de alimentos e proteção de recursos naturais. 15 Quando se assume uma sala da Educação Infantil, Currie (1998) nos lembra de que a escola é um lugar que deve ser propício para as transformações, pois nela o cuidado com as crianças pode ser ampliado ganhando novos sentidos. Além da forma de cuidado que lhe tem sido tradicionalmente atribuída, a educação infantil pode viabilizar a criação de um ambiente desafiador onde as potencialidades possam ser desenvolvidas. Desta forma, sugere-se que o professor, nas aulas com a Educação Infantil, tenha como base as características de uma natureza integrada numa rede interdependente, de trocas de elementos. Que ele: “Percorra desde a preocupação do mundo com as questões ecológicas que começaram relacionadas à natureza intocada, até as considerações sobre os direitos e deveres dos alunos e sua comunidade com relação à qualidade do ambiente em que vive, chegando às possibilidades de atuação individual, coletiva e institucional.” (PCN, 1997 – p 58). A Educação Ambiental, portanto, é condição necessária para modificar um quadro de crescente degradação sócio ambiental, mas ainda não é suficiente é apenas “mais uma ferramenta de mediação necessária entre culturas, comportamentos diferenciados e interesses de grupos sociais para a construção das transformações desejadas” (Bezerra, 2007, p 10). O educador entra então, com a função de mediador na construção de referenciais ambientais e deve saber usá-los como instrumentos para o desenvolvimento de uma prática social centrada no conceito da natureza. 16 7 METODOLOGIA Para este Projeto Educacional será utilizado o modelo a seguir: PLANO DE AULA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL COM ABORDAGEM INTERDISCIPLINAR. Educador: Edson da R. Cezar Turma: 5º Ano do Ensino Fundamental Período de execução: 05 dias ÁREAS DO CONHECIMENTO: Geografia, História, Ciências Físicas e Biológicas. TEMA: Cidadania e Meio Ambiente OBJETIVOS: Desenvolver atitude preservacionista através da interação entre os diferentes saberes; Compreender que o fomentar da consciência ambiental passa por saberes produzidos pelas diversas áreas de conhecimento; Avaliar a própria relação e da comunidade local com o meio ambiente Despertar o interesse da turma para a problemática ambiental; Entender que o desgaste ambiental atual é decorrente de um sistema político- econômico que vê na natureza uma fonte de matérias-primas. CONTEÚDOS: O conceito de Cidadania na atualidade. A relação do homem com a natureza ontem e hoje. Preservação – Questão de sobrevivência. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS: A questão ambiental vem sendo veiculada em todas as mídias, dessa forma, o primeiro momento da aula ocorrerá numa conversa em que o professor apresente o tema a ser estudado naquela aula de maneira informal; em seguida, será exibido o vídeo para a Sensibilização do público: aquecimento global extraído do Youtube no endereço: https://www.facebook.com/saullopaes/videos/725861534825537/ Por se tratar de um vídeo curto (pouco mais de um minuto), será possível manter a atenção dos alunos durante toda a exibição, fato imprescindível para que haja uma reflexão acerca da problemática apresentada. 17 Despertar o interesse da turma para a problemática ambiental; Entender que o desgaste ambiental atual é decorrente de um sistema político- econômico que vê na natureza uma fonte de matérias-primas. CONTEÚDOS: O conceito de Cidadania na atualidade. A relação do homem com a natureza ontem e hoje. Preservação – Questão de sobrevivência. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS: A questão ambiental vem sendo veiculada em todas as mídias, dessa forma, o primeiro momento da aula ocorrerá numa conversa em que o professor apresente o tema a ser estudado naquela aula de maneira informal; em seguida, será exibido o vídeo para a Sensibilização do público: aquecimento global extraído do Youtube no endereço htt://www.youtube.com/wath?v=qN5QVbaVB7A. Por se tratar de um vídeo curto (pouco mais de um minuto), será possível manter a atenção dos alunos durante toda a exibição, fato imprescindível para que haja uma reflexão acerca da problemática apresentada. Após a exibição do vídeo, será levantada uma breve discussão que deve estimular a argumentação e trazer à luz a mensagem dessa produção fílmica. Em meio a essa socialização de ideias, o professor, em seu papel de mediador, discorre superficialmente acerca do conceito de cidadania, mostrando à turma que ser um cidadão não é fruto apenas do cumprimento das leis, mas, principalmente da construção de uma atitude de autopreservação, tanto social quanto natural. Desse modo, a turma certamente perceberá que não se pode praticar a cidadania parcialmente, pois quem assim proceder pode ser posto à margem da sociedade. Nesse debate, o professor levantará alguns questionamentos acerca do futuro que esperam para a Terra e sobre o que estão fazendo para que a humanidade faça parte desse futuro. Após, o professor sugere que a sala seja dividida em dois grupos. De um lado aqueles que acreditam na superação dos problemas ambientais através da “destruição-criadora”, ou seja, do desenvolvimento das novas tecnologias em substituição às antigas; do outro, os que defendem uma ação imediata, uma revogação da atual concepção de desenvolvimento. Os grupos apresentarão painéis sobre o Mundo que temos X o Mundo que queremos que ficarão expostos em lugar visível para que todos tenham acesso e compromisso com a Educação Ambiental. Culminando com a aula e para finalizar será exibido o vídeo Planeta Azul de Chitãozinho e Xororó onde os alunos poderão socializar. 18 8 CRONOGRAMA A proposta do plano de aula tem o Período de execução de 05 dias da semana, os planos de aula serão atualizados a cada semana, sendo que cada disciplina deverá apresentar sua participação no tema Educação Ambiental. Áreas do conhecimento envolvidas na atividade interdisciplinar: Geografia, História, Ciências Físicas e Biológicas. Tema: Cidadania e Meio Ambiente DISCIPLINAS: CRONOGRAMA SEMANAL / TEMA MEIO AMBIENTE SEGUNDAS TERÇAS QUARTAS QUINTAS SEXTAS GEOGRAFIA X X HISTÓRIA X X CIÊNCIAS FISICAS E BIOLOGICAS X Obs: Planejamento semanal com os professores das disciplinas envolvidas na atividade. Avaliação: Somará pontos para todas as matérias envolvidas, contando participação. 19 9 RECURSOS Os recursos necessários para a realização das aulas serão: Datashow, Computador e Tv (rede internet - Wifi) Pendrive - Quadro-negro Cadernos, canetas Impressoras – Cartazes. 20 10 AVALIAÇÃO Cada aluno será avaliado perante os itens a seguir: - Observação na participação dos alunos em grupo e individual. - Observação na participação em todas as atividades propostas. - Observação através da participação oral e escrita. -Observação na interação interdisciplinar. 21 CONSIDERAÇÕES FINAIS Diante do que foi exposto no trabalho, podemos concluir que a educação ambiental não é somente desenvolvida em sala de aula, podendo ser trabalhado também na comunidade, pois é um trabalho coletivo voltado para a conscientização dos alunos e da sociedade sobre os problemas que ocorrem no meio ambiente, onde todos os professores podem trabalhar essa temática de maneira que abrange todas as disciplinas. De uma forma geral, podemos evidenciar que existem grandes dificuldades e desafios no Ensino Fundamental relacionados à Educação Ambiental, e se faz necessária articulação de ações educativas, condições adequadas e capacitações dos professores paraque possam trabalhar essa temática com atividades voltadas para educação ambiental, de maneira que possibilite a conscientização e sensibilização dos alunos e desenvolvam a criticidade dos mesmos, gerando novos conceitos e valores sobre a natureza, contribuindo para a preservação do meio ambiente, preservando assim para as gerações futura. Podemos observar que a educação ambiental não é uma temática somente da disciplina de geografia, pois esse tema pode ser abordado em todas as disciplinas no âmbito escolar, com objetivo de ensinar aos alunos a importância da educação ambiental. Ao abordar a importância da educação ambiental no ensino de geografia podemos mencionar que a geografia esta ligada as questões ambientais uma vez que o ensino de geografia estuda o meio ambiente a relação homem e natureza, abordando questões sociais, ambientais e sua transformação, levando ao aluno a pensar e entender os processos que ocorrem no meio ambiente, formando assim, cidadãos com práticas ambientais voltadas para a preservação do mesmo. Embora a Educação Ambiental sozinha não seja suficiente para resolver os problemas ambientais, é peça fundamental, pois contribui para a conscientização do cidadão quanto ao seu papel na preservação do meio ambiente. Mediante o desenvolvimento do trabalho observou-se que o mesmo está embasado nas questões sobre educação conservadora, uma vez que a mesma faz com que transmita conhecimento correto fazendo com que o aluno compreenda a problemática ambiental, tornando-se um cidadão mais consciente dos problemas que ocorre no planeta. 22 REFERÊNCIAS Lei n. 9.795, de 27 de abril de 1999. Dispõe sobre a Educação Ambiental, institui a Política Nacional de Educação Ambiental e dá outras providências. Brasília: Diário Oficial da União, 1999. A Carta da Terra. Última versão em português. Um programa da UNESCO. Maio 2000. Disponível em Acesso em: 13 out. 2005. AZEVEDO, Cleide Jussara Cardoso de. Concepção e prática da população em relação ao lixo domiciliar na área central da cidade de Uruguaiana- RS. Uruguaiana, PUCRS- Campus II. Monografia de pós-graduação. Educação ambiental. 1996, 68p. BRANDÃO, Carlos Rodrigues. "Outros afetos, outros olhares, outras ideias, outras relações". A Questão Ambiental: Cenários de Pesquisa. Textos NEPAM, Campinas: Ed. da UNICAMP, n. 3, p.13-34, 1995. FARMAN, J. C.; GARDINER, B. G.; SHANKLIN, J. D. Large losses of total ozone in Antarctic reveal seasonal Clodx/NOx interaction. Nature, v. 315, n. 6016, p. 207 - 210 May 1985. SITE: https://pt.scribd.com/document/213626518/Plano-de-Aula-de-Educacao- Ambiental-com-abordagem-interdisciplinar Acesso em 18/09/2021 ás 02:41am FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1975. KIRCHHOFF, V. W. J. H.; CASICCIA, C.; SAHAI, Y.; ZAMORANO,F.; VALDERRAMA, V. Observations of the 1995 ozone hole over Punta Arenas, Chile. Journal Geophysical Research, v. 102, n. D13, p. 16109 – 16120 1997. OLIVEIRA, Alexandre Ferreira de. As Questões Ambientais e o Ensino da Biologia- Centro Universitário Leonardo da Vinci-UNIASSELVI- Monografia de graduação do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas- 2011 https://pt.scribd.com/document/213626518/Plano-de-Aula-de-Educacao-Ambiental-com-abordagem-interdisciplinar%20Acesso%20em%2018/09/2021 https://pt.scribd.com/document/213626518/Plano-de-Aula-de-Educacao-Ambiental-com-abordagem-interdisciplinar%20Acesso%20em%2018/09/2021
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