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@direitoporpamella Procedimento Especial O processo civil é dividido em dois tipos de procedimento: Procedimento especial: é aquele disciplinado pela lei. Ex: mandado de injunção, habeas data, ação civil pública. Procedimento comum: é aquele que não há procedimento especial previsto em lei para que seja solucionado o conflito. Ação de Consignação em Pagamento A ação de consignação em pagamento é uma ação proposta pelo devedor contra o credor, quando este recusar- se a receber o valor de dívida ou exigir ou devedor valor superior ao entendido devido por este, além de outras hipóteses admitidas na legislação. Considera-se pagamento, e extingue a obrigação, o depósito judicial ou em estabelecimento bancário da coisa devida, nos casos e forma legais. A ação de consignação em pagamento é divido entre dois tipos de procedimento: Extrajudicial A consignação extrajudicial é uma decisão que, apesar de não precisar de determinação de um juiz, uma vez que é prevista na lei. São os principais requisitos para que seja feito essa modalidade da ação de consignação em pagamento: 1- O pagamento precisa ser feito em bancos como Bando do Brasil e Caixa Econômica. 2- O valor deverá ser depositado em dinheiro. 3- O devedor precisa saber quem é o credor. O banco fará a notificação do credor, por isso é necessário que se saiba quem é o credor, precisando ainda do endereço do mesmo. Diante disso, o credor poderá: No procedimento comum pode “errar” o nome da ação, já no especial precisa ter o nome da ação certa, pois a mesma está prevista na lei e terá procedimentos diferentes. A consignação em pagamento deve ser feita antes do devedor entrar em mora e caso entre em mora, ele precisa fazer a consignação com todos os acréscimos. O credor é informado de depósito e tem prazo de 10 dias para dizer se aceita ou não. PROCESSO CIVIL – PARTE ESPECIAL @direitoporpamella 1- Comparecer na agência bancária e levantar o depósito, manifestando sua aceitação. 2- Não recusar formalmente, diante dito estamos tratando de uma aceitação tácita do depósito, operando se o pagamento e a liberação do devedor da obrigação. O valor continuará depositado na agência bancará à sua disposição. 3- Manifestação formal junto ao banco que recusa o valor depositado. Dessa maneira, caso o credor recuse, será frustrada a tentativa do devedor em fazer a consignação em pagamento extrajudicial, então ele terá 30 dias (contada da ciência da recusa), fazendo uma petição inicial com a prova do depósito e da recusa. Será impossível fazer a consignação extrajudicial quando: • Objeto for coisa diversa de dinheiro. • Não por possível a utilização das vias extrajudiciais. Judicial Neste caso, o devedor oficializa o pagamento da quantia ou coisa devida. O credor é notificado e, se ele aceitar o depósito, a questão é resolvida e o credor terá de arcar com as despesas processuais. Caso o credor venha a contestar o valor e pedir complementação do pagamento, o devedor tem 10 dias para fazê-la. Entretanto, se o devedor não pagar esta complementação, o caso seguirá para audiência de instrução e julgamento, na qual o juiz decidirá se o que foi pago é válido ou não. São motivos para entrar com a ação da consignação em pagamento: 1- Recusa do credor em receber o valor. 2- Credor incapaz, desconhecido, ausente ou em local desconhecido ou inacessível. 3- Dúvida quanto à titularidade do crédito. 4- Litígio sobre o objeto do pagamento. 5- Outras hipóteses de pagamento por consignação são necessárias. Em sua defesa, o credor poderá alegar que: • Não houve recusa ou mora em receber a quantia devida. • Foi justa a recusa. • O depósito não se efetuou no prazo ou no lugar do pagamento. Em caso de dúvida sobre o credor, o procedimento será: Decorrido o prazo para ajuizamento da ação, o dinheiro voltará para o depositante. Após, o processo será extinto com julgamento do mérito, sendo o credor devidamente informado por carta com AR. Quando o credor for incapaz, precisa da ratificação do seu representante. @direitoporpamella Procedimento da Consignação em Pagamento Judicial Ação Monitória A ação monitória é uma espécie de atalho dentro do âmbito judicial, fazendo com que um credor de um bem ou uma quantia em dinheiro possa cobrar essa dívida sem ter que passar por todo o trâmite de uma ação de execução judicial. A ação monitória é um procedimento especial de cobrança. A ação monitória é um procedimento especial muito utilizado para que o direito do autor de cobrar certa dívida seja reconhecido, pois se baseia em prova escrita que não tenha função de título executivo, possibilitando uma averiguação rápida do direito do autor. Legitimado Ativo da Ação O legitimado ativo é qualquer pessoa física ou jurídica que afirme, com base em provas escritas sem eficácia de título executivo, ter direito ao pagamento de determinada quantia, à entrega de coisa ou adimplemento de uma obrigação de fazer ou não fazer. São requisitos para a ação monitória: 1- Documento escrito sem força executiva (não é título de crédito). Esse documento é emitido pelo próprio devedor. 2- Todas as espécies de obrigações são admissíveis. Na ação monitória, a inercia do réu acarreta a imediata convolação do Documento Escrito: é a prova documental que deverá demonstrar a existência da obrigação e convencer o magistrado. @direitoporpamella mandado monitório em título executivo judicial. Em sendo assim, para proteger o réu que for incapaz dos efeitos da revelia, vindo a sofrer as consequências graves da conversão e posterior cumprimento da obrigação, não é possível ao réu incapaz utilizar- se da ação monitória. A citação do réu será por qualquer um dos meios permitidos para o procedimento comum, mas além disso a citação será um mandado de pagamento ou mandado monitório. São requisitos da petição inicial para ação monitória: 1- Requisitos do artigo 319 do CPC: 2- Prova escrita sem eficácia de um título executivo. 3- Cobrança de soma em dinheiro: Expressa indicação do valor devido e memória de cálculo. 4- Cobrança de outras obrigações (fazer, não fazer e entregar), é necessária a indicação do conteúdo econômico da obrigação cujo cumprimento se está a demandar. 5- Deverá o juiz intimar o autor para emendar a petição inicial para adaptá-la ao procedimento comum em caso de dúvida quanto à idoneidade documento. ➢ Caso o processo necessite de prova pericial ou testemunhal, não poderá ser ação monitória. ➢ Pode ação monitória contra a fazenda pública. ➢ Em síntese precisa das condições da ação e de prova documental para cobrar a dívida. Por ser um rito mais rápido, não pode ser parte o incapaz, pois o ministério público teria que participar e o processo já não seria mais tão rápido. Art. 319. A petição inicial indicará: I - o juízo a que é dirigida; II - os nomes, os prenomes, o estado civil, a existência de união estável, a profissão, o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, o endereço eletrônico, o domicílio e a residência do autor e do réu; III - o fato e os fundamentos jurídicos do pedido; IV - o pedido com as suas especificações; IV - o pedido com as suas especificações; V - o valor da causa; VI - as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados; VII - a opção do autor pela realização ou não de audiência de conciliação ou de mediação. Quando o documento é forte é o juiz vai pedir para emendar e “fechar o convencimento) e caso não emende, o processo será extinto por falta de interesse (necessidade), depois de aditado é transformado em títulojudicial, já quando o título não é forte para convencimento do juiz, será feito o rito comum (ação de cobrança) @direitoporpamella ➢ Se a obrigação não for em dinheiro, deve-se falar no processo quanto que ela vale em dinheiro. Poderá fazer um procedimento completamente autônomo para produção de provas antecipadas (antes da ação monitória). É uma ação dúplice porque a outra parte vai poder usar as mesmas provas ao seu favor. • As varas serão diferentes. • A outra parte vai poder colher provas orais também. Além disso, o e-mail poderá ser considerada prova documental, desde que convença o magistrado (isso vale para o WhatsApp também). Vejamos em linha do tempo como é o procedimento da ação monitória: Procedimento da Monitória Nos embargos o réu poderá pedir a audiência do artigo 3° do CPC. Caso o réu não pague e não apresente embargos, o juiz transformará em título judicial (o autor ganha). Embargos da Ação Monitória O réu poderá alegar toda a matéria de mérito direta e indireta, ou seja, tudo aquilo que poderia ser alegado no processo de conhecimento. Ele precisa provar a inexistência da dívida ou que o valor é menor, caso contrário os embargos provavelmente serão rejeitados. O autor pode fazer a manifestação aos embargos antes da decisão de constituição de título de crédito. Cabelo reconvenção? Sim, cabe reconvenção apenas uma vez e não cabe reconvenção da reconvenção. Comprovado a litigância de má-fé, a parte será multada em 10% do valor da causa para a parte contrária. @direitoporpamella Ação Possessória As ações possessórias são aquelas que visam a assegurar a posse, independentemente de qual direito real tenha lhe dado causa. Tais direitos reais são protegidos por meio das chamadas ações petitórias, ou seja, aquelas que têm a propriedade ou outro direito real como fundamento. São consideradas ações possessórias: as ações de reintegração, de manutenção e o interdito proibitório. Esbulho Ação de reintegração de posse. Turbação Ação de manutenção de posse. Ameaça Interdito proibitório Como principais características estão a fungibilidade e o caráter dúplice das ações possessórias. A fungibilidade vem disposta no artigo 554 do CPC, autorizando ao juiz que conheça do pedido e outorgue a proteção legal caso uma ação seja proposta em vez de outra, ou pela impossibilidade de se identificar o esbulho ou a turbação, ou até mesmo pela mudança fática no momento da decisão. Bens Móveis A competência das ações possessórias para bens móveis está disposta no artigo 46 do CPC: Bens Imóveis Á competência das ações possessórias para bens imóveis está disposta no artigo 47, §2° do CPC: Essa ação permite fazer a cumulação de pedidos, sendo os pedidos característicos da ação possessória + perdas e danos + indenização dos frutos + lucros cessantes + danos emergentes e entre outros. Essa disposição está disciplinada no artigo 555 do CPC: Art. 554. A propositura de uma ação possessória em vez de outra não obstará a que o juiz conheça do pedido e outorgue a proteção legal correspondente àquela cujos pressupostos estejam provados. Art. 46. A ação fundada em direito pessoal ou em direito real sobre bens móveis será proposta, em regra, no foro de domicílio do réu. Art. 47 § 2º A ação possessória imobiliária será proposta no foro de situação da coisa, cujo juízo tem competência absoluta. Os danos morais não poderão ser objeto de cumulação de pedidos (se a quiser vai para o rito comum). Art. 555. É lícito ao autor cumular ao pedido possessório o de: I - condenação em perdas e danos; II - indenização dos frutos. http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10675439/artigo-554-da-lei-n-5869-de-11-de-janeiro-de-1973 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/91735/c%C3%B3digo-processo-civil-lei-5869-73 @direitoporpamella Ação Nova Segundo ao artigo 558 do CPC, as ações possessórias têm um prazo de 1 anos e 1 dias (contados da turbação e do esbulho) para serem consideradas como ação nova. As ações possessórias podem conter liminares com as regras previstas no artigo 562 do CPC: É importante ressaltar que quando a ação é contra o poder público, não poderá ter liminar pois antes é necessário ouvir o representante do Estado. Ação Velha É considerada ação velha quando, contados da turbação ou do esbulho, já se passou mais de 1 anos e 1 dias. Nesse caso, o procedimento será comum, sem poder requerer liminar, como diz o parágrafo único do artigo 558 do CPC anteriormente mencionado. São pontos importantes entender quer: ➢ Procedimento Comum sem mudar o caráter e ação possessória. ➢ Por ser velha não tem audiência de justificação prévia. ➢ Se o juiz não se convenceu, não irá ter direito a tutela antecipada de urgência. Deverá comprovar os requisitos das ações possessórias para ter direito a liminar, sendo eles: 1- Prova da posse. 2- Prova da turbação ou esbulho. 3- Data da ofensa 4- Cumulação de pedidos. II - indenização dos frutos. Art. 558. Regem o procedimento de manutenção e de reintegração de posse as normas da Seção II deste Capítulo quando a ação for proposta dentro de ano e dia da turbação ou do esbulho afirmado na petição inicial. Parágrafo único. Passado o prazo referido no caput , será comum o procedimento, não perdendo, contudo, o caráter possessório. Art. 562. Estando a petição inicial devidamente instruída, o juiz deferirá, sem ouvir o réu, a expedição do mandado liminar de manutenção ou de reintegração, caso contrário, determinará que o autor justifique previamente o alegado, citando- se o réu para comparecer à audiência que for designada. Parágrafo único. Contra as pessoas jurídicas de direito público não será deferida a manutenção ou a reintegração liminar sem prévia audiência dos respectivos representantes judiciais. Se o juiz não acreditar nas provas da posse, ele marcará uma audiência de justificativa prévia, sendo assim não vai ser mais uma liminar pois o réu será citado e intimado da audiência. @direitoporpamella Alguns autores acreditam que continua sendo liminar porque o réu não apresentou a defesa no processo. Nas ações possessórias a defesa também pode fazer condenar, pois ela tem o caráter dúplice onde o réu poderá fazer pedidos em sua contestação. A audiência de justificação prévia é marcada quando o juiz não está convencido das alegações do autor, prevista no artigo 562 do CPC: ➢ Lembrando que contra o Estado, terá a audiência de justificação prévia de qualquer maneira. O réu será citado e intimado para comparecer na audiência e sendo proferida decisão na própria audiência, saem as partes intimadas da decisão e o réu terá 15 dias para contestar da decisão. A sentença das ações possessórias não exige da fase do cumprimento de sentença foi a sentença é autoexecutável, como por exemplo: despejo para reintegração de posse. O artigo 564 do CPC dispõe com relação a citação nas ações possessórias: Ela possui todos os requisitos iguais a possessória no qual se trata, mas o requisito a mais é a participação do Ministério Público e a Defensoria Pública (no caso de existir ali hipossuficientes, que é o que acontece na maioria das vezes). Art. 562. Estando a petição inicial devidamente instruída, o juiz deferirá, sem ouvir o réu, a expedição do mandado liminar de manutenção ou de reintegração, caso contrário, determinará que o autor justifique previamente o alegado, citando- se o réu para comparecer à audiência que for designada. Parágrafo único. Contra as pessoas jurídicas de direito público não será deferida a manutenção ou a reintegração liminar sem prévia audiência dos respectivos representantes judiciais.Art. 564. Concedido ou não o mandado liminar de manutenção ou de reintegração, o autor promoverá, nos 5 (cinco) dias subsequentes, a citação do réu para, querendo, contestar a ação no prazo de 15 (quinze) dias. Parágrafo único. Quando for ordenada a justificação prévia, o prazo para contestar será contado da intimação da decisão que deferir ou não a medida liminar. @direitoporpamella A citação será pessoal, naqueles que estão lá presentes e caso haja mais, os demais serão citados por edital. É necessário que exista uma ampla publicidade da demanda para que todos os interessados saibam que está correndo um processo, segundo o parágrafo 3° do 554 do CPC: Caso a posse seja velha: 1- O juiz deverá designar audiência de mediação antes de conceder as medidas liminares. 2- Se concedida a liminar e ela não for executada em até 1 ano, o juiz poderá designar audiência de mediação. 3- MP e Defensoria deverão ser intimados da mesma forma que a posse nova. 4- Poderá haver intimação de órgãos públicos responsáveis por políticas agrárias e urbanas. É a ação competente em caso de ameaça, sem qualquer tipo de agressão. Será expedido um mandado proibitório com cominação de pena pecuniária. Por ter multa, existe a possibilidade de execução da multa nos próprios autos após a confirmação da liminar por meio da sentença, sendo título executivo judicial. Requisitos São requisitos para essa ação: • Ameaça. • Probabilidade que venha se efetivar. Cabe ao autor do requerimento provar a posse e a violência iminente para fundamentar seu pedido. Ação de Separação e Divórcio Quando duas pessoas se casam é criado um vínculo entre eles e se eles resolvem se separar, o divórcio é a forma de quebrar esse vínculo O divórcio pode ser dividido em litigiosa e voluntária: Geralmente é citado os líderes da comunidade. Art. 554. § 3º O juiz deverá determinar que se dê ampla publicidade da existência da ação prevista no § 1º e dos respectivos prazos processuais, podendo, para tanto, valer-se de anúncios em jornal ou rádio locais, da publicação de cartazes na região do conflito e de outros meios. O objetivo dessa ação é para que a situação não evolua para um esbulho ou uma turbação. E de acordo com o Art. 562, se a petição inicial atender aos critérios, então o juiz poderá emitir um mandado liminar, sem necessidade de ouvir o réu. Ou seja, o divórcio é o instrumento jurídico pelo qual se põe fim ao casamento. Se um casal quer se separar, é pelo divórcio que vão conseguir a dissolução do casamento. @direitoporpamella O divórcio voluntário ou consensual é a maneira mais célebre de se fazer um divórcio e menos custosa. Para que ela seja feita, é necessário que o casal esteja de acordo com todos os pontos do divórcio, sendo eles: • Data dor término; • Eventual partilha de bens; • Regulamentação da guarda, período de convivência e pensão alimentícia caso o casal tenha filhos. ➢ Após, abrirá vista para o Ministério Público. ➢ Deverá as partes assinarem a petição inicial e o juiz também assinará (por conta dos processos digitais, a assinatura pode ser digital). ➢ Precisa de ao menos um advogado. Petição Inicial São requisitos dessa petição inicial: 1- Os requisitos de qualquer petição inicial, disposto no artigo 319 do CPC; 2- O artigo 320 do CPC que diz que deverá acompanhar a petição inicial todos os documentos indispensáveis à propositura da ação: No caso da ação de divórcio consensual será: a certidão de casamento, rol dos imóveis do casal e entre outros. 3- Valor dos imóveis do casal atualizado pela tabela FIB; 4- Acordo com relação aos filhos (pensão, visitas e entre outros); 5- Estipulação do desejo de voltar para o nome de solteiro ou não. Extrajudicial O código de processo civil também prevê uma forma de separação/divórcio sem a intervenção jurisdicional, mas em caso de litígio, filhos incapazes e nascituro não poderá ser feito dessa maneira. ➢ Precisa de ao menos um advogado. O divórcio litigioso é utilizado quando os cônjuges não conseguem entrar em consenso quanto ao divórcio em si, ou quanto às obrigações dele decorrentes. Quanto ambas as partes aceitam o divórcio, o processo será de homologação do que ambos acordaram e eles não serão partes do processo e sim interessados. Art. 320. A petição inicial será instruída com os documentos indispensáveis à propositura da ação. O divórcio será averbado no verso da certidão de casamento. As partes serão chamadas de divorciando e divorcianda. A escritura independe de homologação judicial, podendo ser registrado no cartório. Havendo litígio entre as partes para por fim ao casamento, a ação tramitará pelo procedimento especial de jurisdição contenciosa. Só o divórcio quebra o vínculo, a mera separação não tem efeito jurídico nenhum. @direitoporpamella Poderá fazer diversos pedidos, como por exemplo, o de danos morais, mas sempre observando a compatibilidade da ação especial, pois o juiz pode separar as ações por observar que o pedido é incompatível. Competência Em caso de ações de divórcio, anulação de casamento e reconhecimento ou dissolução de união estável, a competência será: 1- O foro de domicílio do guardião do filho; 2- O foro do último domicílio do casal, caso não possuam filhos incapazes; 3- O foro do domicílio do réu, caso nenhuma das partes residirem no antigo domicílio do casal. São considerações dessa ação: • Sempre o juiz privilegiará a solução consensual, devendo ser auxiliado por profissionais de mediação/conciliação. • O mandado de citação geralmente acompanha a petição inicial, mas nesse caso, para obedecer ao espírito desarmado (caso a parte tenha falado algo na petição inicial que ofenderia a parte) para que tenha chances de conciliação. • Precisa necessariamente de advogado ou defensores. Oposição É importante ressaltar que a oposição não era uma ação especial autônoma e sim um espécies de intervenção de terceiro. O Ingresso do terceiro, através da oposição, implica que ele acione tanto o autor, quanto o réu, normalmente solicitando contra o autor uma ação declaratória negativa da pretensão deste e contra o réu uma ação de eficácia condenatória. São características da ação de oposição: 1- É típico do processo de conhecimento; 2- Pode ser oferecida em qualquer momento antes da sentença do processo; 3- Sustenta-se que o opoente é titular do direito de propriedade sobre o bem reivindicado, buscará o reconhecimento do seu direito sobre o crédito disputado pelos opostos; 4- Os autos tramitaram em autos apartados. Existem duas espécies de oposição: a interventiva, também conhecida por Não poderá pedir alimentos na própria ação de divórcio pois se trata de lei autônoma. Terá quantas audiências de conciliação forem necessárias. É uma ação bifronte. É um exercício de direito de ação que ocorre no processo de conhecimento, não se podendo aplicá-la no processo de execução. Isso porque o instituto da oposição, ação, volta-se a um pedido que se insere no mérito. @direitoporpamella intervenção principal e a oposição autônoma. Interventiva A oposição interventiva se verifica até a audiência de instrução e a oposição será processada conjuntamente com a ação originária, embora os autos sejam apensados (ação bifronte como já mencionado). Quando for interventiva, o juiz julgar primeiro a oposição para depois julgar a original, sendo assim, se a oposição for julgada improcedente, a ação originária será julgada sem interferências. Autônoma A oposição autônoma é ajuizada entre depois da realização da audiência de instrução e a sentença, a oposição será feitoem um novo processo, com seus próprios autos. Encerrado a instrução do processo original, o juiz suspenderá o curso do mesmo com o objetivo de aguardar a ação de oposição chegar nesse mesmo momento processual para que exista uma única sentença para os dois. Sendo assim, para melhor entendimento, vejamos o quadro comparativo a seguir: Interventiva A oposição interventiva se verifica até a audiência de instrução e será apensado à ação principal. Autônoma A oposição autônoma é ajuizada entre a audiência de instrução e a sentença e é um processo incidente e corre em autos separados. Facultativa ou Obrigatória O opoente não é obrigado a entrar com uma ação de oposição pois trata-se de uma faculdade, já que ele poderá aguardar o julgamento da ação original e posteriormente propor ação em face do vencedor da demanda anteriormente encerrada. Considerações Importantes 1- Será distribuído para juízo certo e determinado, sendo o juiz que está com o processo original. 2- Deverá preencher todos os requisitos processuais, podendo ser rejeitado por falta delas, sendo cabível recurso: Autônoma Apelação Interventiva Agravo de instrumento 3- A citação dos opostos será por advogado se tiver na procuração dizendo que eles poderão receber citação dos seus clientes. Se o réu-oposto for revel e não tiver advogado no processo original, sua citação será por edital, mas se sua defesa for por conta da defensoria pública será citação pessoal. 4- Cabe reconvenção. 5- Reconhecendo a existência do direito do autor-oposto e do réu- O processo ficará suspenso por no máximo 1 ano, se o processo ainda não tiver chegado no mesmo momento processual, o juiz julgará a ação original e depois a oposição, onde o opoente não ficará submetido aos efeitos da primeira sentença. @direitoporpamella oposto, não leva a procedência imediata, mas o juiz analisará a questão do opoente, se tem razão ou não. Se o oposto for reconhecido pelo autor e réu da outra ação, o juiz homologará esse reconhecimento. Ação de Exigir ou Prestar Contas A ação de exigir contas é uma espécie da ação de prestação de contas e decorre da existência da administração de bens, valores ou interesses de determinado sujeito seja confiada a outrem. É uma ação considerada “completamente especial”, pois ela não vira procedimento comum em nenhum momento. Ou seja, sempre que existir a obrigação de prestar contas e o indivíduo não a prestar espontaneamente, poderá o titular daqueles bens administrados utilizar deste meio para exigir que as contas sejam prestadas. Legitimidade Ativa A legitimidade ativa é daquele indivíduo que afirmar que teve seus bens, valores ou interesses administrados por outrem Isso está disciplinada no artigo 550 do CPC: Legitimidade Passiva A legitimidade passiva é ocupada por aquele que administrou os bens, ou seja, o réu da ação. Esse indivíduo poderá, após a citação, prestar contas ou oferecer contestação no prazo de 15 dias, conforme o artigo 550 do CPC. Primeira Fase A primeira fase do procedimento tem o fim de verificar se existe, de fato, um dever, no caso concreto, de prestar contas. (Se esse direito não existir, o processo já pode ser extinto de imediato). É importante que o autor demonstre em sua petição inicial, a origem da obrigação de prestar contas. Ou seja, se essa obrigação é legal ou contratual. Além disso, a inicial precisa ser instruída com provas de que o réu teve a administração do bem ou tenha O objetivo desta ação consiste em liquidar a relação jurídica existente entre as partes, de modo a apurar a existência ou não de saldo em favor de algum dos litigantes. Art. 550. Aquele que afirmar ser titular do direito de exigir contas requererá a citação do réu para que as preste ou ofereça contestação no prazo de 15 (quinze) dias. Essa ação é dividida em duas fases: 1- Análise se o réu deverá exigir contas ou não; 2- Análise das contas prestadas pelo réu. https://bvalaw.com.br/areas-expertise/bancario/ https://bvalaw.com.br/areas-expertise/bancario/ @direitoporpamella envolvimento com os débitos e créditos. Ficará ao encargo do autor propor uma ação para executar o título judicial. Caso a primeira fase seja: Julgado Procedente: poderá entrar com um agravo de instrumento. Julgado Improcedente: poderá entrar com uma apelação. São respostas do réu: Não contesta e não presta contas: revel. Apresentar as contas mas não contestar: o autor será intimado para que no prazo de 15 dias se manifeste com relação as contas prestadas e caso ele concorde, o juiz homologará, mas se ele negar, o juiz julgará antecipadamente a lide pela revelia do réu. Apresentar contestação negando a obrigação de prestar as contas: caso o juiz tenha provas o suficiente que lhe convença, prolatará sentença decidindo se o réu tem ou não a obrigação de prestar contas, mas acaso as provas sejam insuficientes, o juiz determinará a produção das provas, designando audiência de instrução e julgamento. Apresenta contestação e apresenta contas: o autor terá 15 dias para se manifestar com relação ao que foi apresentado e o juiz prolatará sentença julgando as contas, dependendo da decisão uma das partes terá um título judicial ou não. Segunda Fase Após o juiz julgar procedente o pedido de exigir contas, o réu terá 15 dias para prestá-las. Caso o réu seja revel na primeira fase, o juiz acatará as alegações do autor e intimará o réu para prestar contas no prazo de 15 dias da mesma forma. Embargos de Terceiros Os embargos de terceiro, por serem um procedimento especial que faz com que uma pessoa de fora do processo (um terceiro) entre para alegar que o bem restrito é seu. Além disso, não é necessário que o terceiro espere que o seu bem seja penhorado para ingressar com a ação, basta que a ameaça de ser penhorado ocorra para que ele tenha legitimidade ativa dos embargos. O artigo 674, §1° e §2° do CPC diz respeito a quem pode ser embargante: Essa ação tem natureza dúplice, podendo encontrar saldo devedor para o autor, ele sairá da ação devendo para o réu. Sendo assim, não cabe reconvenção. É importante ressaltar que cabe a fungibilidade recursal caso a parte entre com o recurso de apelação ou agravo de instrumento, sendo assim, cabe ambos os recursos contra a decisão de primeira fase. Mesmo que ele tenha se manifestado no processo, ele não contestou, então ele será revel. Não existe uma restrição de quais ações são cabíveis os embargos de terceiro, pois o principal requisito é a constrição de um bem que é seu em um processo que no qual não é parte. @direitoporpamella O embargo de terceiro sempre será contra as duas partes do processo original? Não, o embargante precisa somente ajuizar contra aquele que realizou a constrição do seu bem. Na ação de embargos de terceiro, só haverá litisconsórcio necessário entre o credor e o devedor que deu causa à constrição ilegal, por indicação do bem à penhora ou oferecimento dele em garantia real, sobre a qual preferencialmente recai a penhora. Poderá entrar com os embargos de terceiro a qualquer momento durante o processo de conhecimento, desde que não transite em julgado a sentença que leva consigo a restrição do bem indevidamente apontado no processo. Sendo assim: Fase de Conhecimento: em qualquer momento antes do trânsito em julgado. Fase de Cumprimento de Sentença: em até 5 dias depois da adjudicação, da alienação ou da arrematação do bem, mas deve ser sempre antes da assinatura da carta. Segundo o artigo 676 do CPC, os embargos de terceiro serão julgados pelo mesmo juiz que está com o processo original em mãos. É cabível as tutelas provisórias: Inibitória:no caso de ameaça de penhora do bem, ou seja, o bem foi arrolado. Desconstitutiva: quando já concretizado o ato constritivo, ou seja, o bem já foi penhorado. Art. 674. Quem, não sendo parte no processo, sofrer constrição ou ameaça de constrição sobre bens que possua ou sobre os quais tenha direito incompatível com o ato constritivo, poderá requerer seu desfazimento ou sua inibição por meio de embargos de terceiro. § 1º Os embargos podem ser de terceiro proprietário, inclusive fiduciário, ou possuidor. § 2º Considera-se terceiro, para ajuizamento dos embargos: I - o cônjuge ou companheiro, quando defende a posse de bens próprios ou de sua meação, ressalvado o disposto no art. 843; II - o adquirente de bens cuja constrição decorreu de decisão que declara a ineficácia da alienação realizada em fraude à execução; III - quem sofre constrição judicial de seus bens por força de desconsideração da personalidade jurídica, de cujo incidente não fez parte; É importante ressaltar que caso quem tenha dado causa foi o executado, o exequente também entrará pois ele é o principal interessado, mas se quem deu causa foi apenas o exequente, o embargo deverá ser somente contra ele. https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art843 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art843 @direitoporpamella Quando o bem em questão tiver mais de um dono ou for o caso de embargos por cônjuge, o bem indivisível irá sofrer os atos materiais, sendo eles o de arrematação, adjudicação ou alienação particular e o valor será dividido conforme a porcentagem que cada um tem, ou seja, ele não ficará com a sua metade sendo o bem indivisível. O processo será apartado do processo original que lhe deu causa e são propostos por petição que preencha os requisitos gerais do artigo 319 do CPC além disso, o embargante deverá alegar: ➢ Provas sumárias de sua posse ou domínio do bem (caso o juiz não se convença ele poderá marcar a audiência de justificação prévia como já visto nas ações possessórias). ➢ Demonstrar sua qualidade de terceiro; ➢ Oferecer documentos e caso necessário, arrolar testemunhas. Previsto pelo artigo 677 do CPC: Inventário e Partilha Inventário é um procedimento judicial ou extrajudicial com a finalidade de transferir a propriedade do falecido (de cujus) para os que ficaram vivos (herdeiros), fazendo um levantamento de tudo o que ele possuía, a fim de que a divisão entre os seus sucessores seja igualitária. Inicialmente precisamos saber o que é espólio: Inicialmente, o inventário poderá ser feito pela: Art. 677. Na petição inicial, o embargante fará a prova sumária de sua posse ou de seu domínio e da qualidade de terceiro, oferecendo documentos e rol de testemunhas. § 1º É facultada a prova da posse em audiência preliminar designada pelo juiz. § 2º O possuidor direto pode alegar, além da sua posse, o domínio alheio. § 3º A citação será pessoal, se o embargado não tiver procurador constituído nos autos da ação principal. § 4º Será legitimado passivo o sujeito a quem o ato de constrição aproveita, assim como o será seu adversário no processo principal quando for sua a indicação do bem para a constrição judicial. O espólio é um termo que vem do latim espolium, que significa despojo ou algo que tenha sobrado. A palavra é usada para definir bens que uma pessoa reuniu em vida e deixou para seus herdeiros, sem considerar dívidas ou outras obrigações. @direitoporpamella 1- Jurisdição voluntária (quando não existe grandes conflitos entre as partes); 2- Jurisdição contenciosa (quando existe conflito entre as partes). Podendo o rito ser: 1- Inventário pelo rito tradicional e solene; 2- Inventário pelo rito de arrolamento que poderá ser sumário ou comum; O inventário judicial sempre foi o tradicional, pois por muitos anos era a única forma de realizar a partilha dos bens do autor da herança. Prazo O processo de inventário deverá ser instaurado, conforme já destacamos em momento anterior, no prazo de até 60 (sessenta) dias, contados da data do falecimento segundo o artigo 611 do CPC: Além disso, existe uma multa pelo atraso no ajuizamento da ação. No Estado de São Paulo o valor da multa é de 10% do valor total do ITCMD e se o atraso superar 180 dias, a multa será de 20% do ITCMD. Competência Deverá ser ajuizado perante o foro do último domicílio do falecido, conforme prevê o art. 48, do Código de Processo Civil: Legitimidade A legitimidade poderá ser exercida por: ➢ Pelo cônjuge ou companheiro sobrevivente em qualquer que seja o regime de bens. Quando o valor dos bens do espólio for igual ou inferior a 1.000 (mil) salários- mínimos, o inventário processar-se-á na forma de arrolamento, cabendo ao inventariante nomeado, independentemente de assinatura de termo de compromisso, apresentar, com suas declarações, a atribuição de valor aos bens do espólio e o plano da partilha. Art. 611. O processo de inventário e de partilha deve ser instaurado dentro de 2 (dois) meses, a contar da abertura da sucessão, ultimando-se nos 12 (doze) meses subsequentes, podendo o juiz prorrogar esses prazos, de ofício ou a requerimento de parte. Art. 48. O foro de domicílio do autor da herança, no Brasil, é o competente para o inventário, a partilha, a arrecadação, o cumprimento de disposições de última vontade, a impugnação ou anulação de partilha extrajudicial e para todas as ações em que o espólio for réu, ainda que o óbito tenha ocorrido no estrangeiro. Parágrafo único. Se o autor da herança não possuía domicílio certo, é competente: I - o foro de situação dos bens imóveis; II - havendo bens imóveis em foros diferentes, qualquer destes; III - não havendo bens imóveis, o foro do local de qualquer dos bens do espólio. @direitoporpamella ➢ Herdeiro ou herdeiros que se achar na posse ou na administração do espólio. ➢ Determinação judicial caso exista discussão. ➢ Testamenteiro deixado pelo próprio falecido. Procedimento 1- Será feito uma petição simples apresentando a certidão de óbito para abrir o inventário. 2- Será nomeado um inventariante, normalmente será aquele que está na posse ou administração dos bens, mas poderá ser qualquer um. 3- O inventariante terá 20 dias para apresentar as primeiras declarações contendo tudo que o falecido deixou, segundo o artigo 620 do CPC. 4- Será feita a citação dos interessados por AR nos termos do artigo 626 do CPC. A Fazenda Pública analisará todos os bens deixados pelo falecido e caso ele concorde com os valores estipulados não precisará de perícias em um primeiro momento. Após a análise desse laudo do perito, o juiz prolatará uma decisão que caberá pela parte lesionada um agravo de instrumento. 5- Após a citação dos interessados, eles terão o prazo de 15 dias para se manifestar com relação às primeiras declarações. As partes poderão abordar: erros ou omissões, reclamar sobre quem foi nomeado como inventariante, impugnar caso seja um herdeiro excluído (que será nas varas ordinárias) Em caso de herdeiro excluído, se ele tiver provas documentais suficientes para apresentar ao juiz, o mesmo decidirá no mesmo processo sobre sua inclusão ou não, mas se não tiver, será caso de questões de alta indagação, devendo ser discutida em autos próprios enquanto o inventário continua seguindo. Sempre que existir alguma impugnação das partes, o juiz analisará se ele pode resolver ou se será necessário mandar para o ordinário. 6- Será feito o cálculo dos impostos e as partes serão intimadas para se manifestarem com relação ao cálculo em até 5 dias. Cabendo impugnaçãoou concordância do mesmo e ao final firmará a homologação desses cálculos. 7- Após o valor firmado, as partes terão que pagar os impostos em até 30 dias. Segundo o artigo 618 do CPC, o inventariante terá ampla autonomia no exercício das suas incumbências. Deverá chamar ao processo a Fazenda Pública para analisar os bens deixados, o testamenteiro se tiver e o Ministério Público caso tenha menores e incapazes no processo. Caso exista impugnação das partes pelos valores, mesmo tendo sido aceito pela Fazenda Pública, o juiz nomeará um perito. É importante ressaltar que qualquer decisão dentro do processo de inventário caberá um AGRAVO DE INSTRUMENTO. @direitoporpamella 8- O juiz prolatará uma sentença, também chamada de formal de partilha. 9- Expedição do formal para cada parte adquirir sua parte da herança. Questões de alta indagação Segundo Vicente Greco Filho, “são as questões que dependem de cognição com dilação probatória não documental, bem como aquelas que, por força de lei, somente podem ser resolvidas em processo com contraditório pleno, em procedimento ordinário, como, por exemplo, a anulação de casamento, a anulação de testamento depois de registrado, a investigação de paternidade, quando contestada”. Arrolamento é uma forma simples e rápida de inventariar e partilhar os bens do falecido, levando em consideração o valor dos bens e o acordo entre partes dos sucessores capazes. O arrolamento aplica-se, também, ao pedido de adjudicação, quando houver herdeiro único. Tipos de Inventário por Arrolamento Comum: é basicamente o inventário contencioso (com litígio), onde existe uma limitação de até 1.000 salários- mínimos e pode ter incapazes. Sumário: é um inventário voluntário (sem litígio), sem qualquer limitação em seu valor, mas é necessário que não tenha incapazes. Procedimento 1- Iniciará o processo com uma petição inicial simples contando para o juiz sobre a ocorrência da morte + apresentação da certidão de óbito + o inventariante. 2- Será apresentado as primeiras declarações do inventariante, porém ela é mais completa do que no procedimento tradicional. 3- Citação dos interessados, Ministério Público (quando tiver incapazes) e Fazenda Pública. 4- As partes deverão se manifestar com relação às primeiras declarações podendo: Não concordar com os valores ou o plano de inventário: o juiz nomeará Em casos que existir questões de alta indagação, ou seja, alguma discussão necessária de alguém que deveria estar no inventário ou não, o juiz separará sua cota parte enquanto ela discute sua questão em outro processo e ao final da resolução, a sua cota parte ficará com ela ou será dividida entre os participantes do inventário. No arrolamento alguns atos processuais feitos no inventário comum são dispensados, fazendo com que se torne mais ágil e mais econômico o processo. Deverá o inventariante apresentar nas primeiras declarações: • Arrolamento dos bens do falecido; • Estipulação dos valores dos bens; • Apresentação do plano de partilha. @direitoporpamella um perito e depois as partes poderão se manifestar com relação a esse laudo, tudo estando certo o juiz homologará o laudo do perito (cabendo agravo de instrumento pela parte lesionada). Inclusão ou exclusão dos herdeiros: as partes poderão se manifestar com relação aos herdeiros no processo (podendo ser caso de alta indagação e necessitando de um processo apartado para a discussão da questão). 5- Após os cálculos do perito, as partes deverão pagar todas as dívidas e impostos (ITCMD). A existência de credores do espólio não impedirá a homologação da partilha, se forem reservados bens suficientes para o pagamento da dívida. 6- O juiz prolatará sentença (também chamada também de forma de partilha). No arrolamento, não serão conhecidas ou apreciadas questões relativas ao lançamento, ao pagamento ou à quitação de taxas judiciárias e de tributos incidentes sobre a transmissão da propriedade dos bens do espólio. A taxa judiciária, se devida, será calculada com base no valor atribuído pelos herdeiros, cabendo ao fisco, se apurar em processo administrativo valor diverso do estimado, exigir a eventual diferença pelos meios adequados ao lançamento de créditos tributários em geral. A reserva de bens será realizada pelo valor estimado pelas partes, salvo se o credor, regularmente notificado, impugnar a estimativa, caso em que se promoverá a avaliação dos bens a serem reservados. @direitoporpamella Manual de Processo Civil Daniel Amorim Assunção 2021. CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO (normaslegais.com.br) Possessórias: conceito, características e espécies, com base no Novo Código de Processo Civil (jusbrasil.com.br) Interdito proibitório no Novo CPC: O que é e como funciona (projuris.com.br) https://lfg.jusbrasil.com.br/noticias/2154271/qual-a-diferenca-entre-oposicao- interventiva-e-oposicao-autonoma-aurea-maria-ferraz-de- sousa#:~:text=A%20oposi%C3%A7%C3%A3o%20interventiva%20se%20verifica,s em%20preju%C3%ADzo%20da%20causa%20principal. http://www.normaslegais.com.br/guia/clientes/arrolamento- inventario.htm#:~:text=INVENTARIO%20ARROLAMENTO&text=Arrolamento%20% C3%A9%20uma%20forma%20simples,adjudica%C3%A7%C3%A3o%2C%20quand o%20houver%20herdeiro%20%C3%BAnico. https://dramarcelamfurst.jusbrasil.com.br/artigos/198325356/do-inventario- arrolamento-comum-e-o-novo-cpc http://www.normaslegais.com.br/guia/clientes/consignacao-em-pagamento.htm#:~:text=A%20a%C3%A7%C3%A3o%20de%20consigna%C3%A7%C3%A3o%20em%20pagamento%20%C3%A9%20uma,este%2C%20al%C3%A9m%20de%20outras%20hip%C3%B3teses%20admitidas%20na%20legisla%C3%A7%C3%A3o. https://ebradi.jusbrasil.com.br/artigos/386304398/possessorias-conceito-caracteristicas-e-especies-com-base-no-novo-codigo-de-processo-civil#:~:text=As%20a%C3%A7%C3%B5es%20possess%C3%B3rias%20s%C3%A3o%20aquelas%20que%20visam%20a,a%20propriedade%20ou%20outro%20direito%20real%20como%20fundamento. https://ebradi.jusbrasil.com.br/artigos/386304398/possessorias-conceito-caracteristicas-e-especies-com-base-no-novo-codigo-de-processo-civil#:~:text=As%20a%C3%A7%C3%B5es%20possess%C3%B3rias%20s%C3%A3o%20aquelas%20que%20visam%20a,a%20propriedade%20ou%20outro%20direito%20real%20como%20fundamento. https://www.projuris.com.br/interdito-proibitorio-no-novo-cpc/#REQUISITOS_PARA_INTERDITO_PROIBITORIO https://lfg.jusbrasil.com.br/noticias/2154271/qual-a-diferenca-entre-oposicao-interventiva-e-oposicao-autonoma-aurea-maria-ferraz-de-sousa#:~:text=A%20oposi%C3%A7%C3%A3o%20interventiva%20se%20verifica,sem%20preju%C3%ADzo%20da%20causa%20principal https://lfg.jusbrasil.com.br/noticias/2154271/qual-a-diferenca-entre-oposicao-interventiva-e-oposicao-autonoma-aurea-maria-ferraz-de-sousa#:~:text=A%20oposi%C3%A7%C3%A3o%20interventiva%20se%20verifica,sem%20preju%C3%ADzo%20da%20causa%20principal https://lfg.jusbrasil.com.br/noticias/2154271/qual-a-diferenca-entre-oposicao-interventiva-e-oposicao-autonoma-aurea-maria-ferraz-de-sousa#:~:text=A%20oposi%C3%A7%C3%A3o%20interventiva%20se%20verifica,sem%20preju%C3%ADzo%20da%20causa%20principal https://lfg.jusbrasil.com.br/noticias/2154271/qual-a-diferenca-entre-oposicao-interventiva-e-oposicao-autonoma-aurea-maria-ferraz-de-sousa#:~:text=A%20oposi%C3%A7%C3%A3o%20interventiva%20se%20verifica,sem%20preju%C3%ADzo%20da%20causa%20principal http://www.normaslegais.com.br/guia/clientes/arrolamento-inventario.htm#:~:text=INVENTARIO%20ARROLAMENTO&text=Arrolamento%20%C3%A9%20uma%20forma%20simples,adjudica%C3%A7%C3%A3o%2C%20quando%20houver%20herdeiro%20%C3%BAnico http://www.normaslegais.com.br/guia/clientes/arrolamento-inventario.htm#:~:text=INVENTARIO%20ARROLAMENTO&text=Arrolamento%20%C3%A9%20uma%20forma%20simples,adjudica%C3%A7%C3%A3o%2C%20quando%20houver%20herdeiro%20%C3%BAnico http://www.normaslegais.com.br/guia/clientes/arrolamento-inventario.htm#:~:text=INVENTARIO%20ARROLAMENTO&text=Arrolamento%20%C3%A9%20uma%20forma%20simples,adjudica%C3%A7%C3%A3o%2C%20quando%20houver%20herdeiro%20%C3%BAnicohttp://www.normaslegais.com.br/guia/clientes/arrolamento-inventario.htm#:~:text=INVENTARIO%20ARROLAMENTO&text=Arrolamento%20%C3%A9%20uma%20forma%20simples,adjudica%C3%A7%C3%A3o%2C%20quando%20houver%20herdeiro%20%C3%BAnico
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