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FORMAÇÃO DO PROCESSO 
A PROPOSITURA DA DEMANDA – 
INICIATIVA DA PARTE 
O processo civil começa por iniciativa da parte, uma 
vez que a jurisdição é inerte. 
Ao apresentar a petição inicial, o autor fixará os 
limites objetivos e subjetivos da lide, indicando qual 
a sua pretensão, em face de quem ela é dirigida, e 
quais os fundamentos de fato e de direito que 
devem motivar o acolhimento. 
Haverá a propositura da ação quando a petição 
inicial for protocolada, nos termos do art. 312 do 
CPC. 
Proposta a ação, não se sabe ainda se o processo 
será viável. 
O juiz examinará a petição inicial para verificar se 
está ou não em termos e se tem ou não condições 
de ser recebida. 
Se detectar algum vício que possa ser sanado, 
concederá ao autor 15 dias para que o corrija. 
Mas se a inicial estiver em termos, determinará que 
o réu seja citado. 
Só então a relação processual estará completa, e a 
propositura da ação produzirá efeitos em relação ao 
réu. 
Não se confundem os momentos da propositura da 
demanda, o do despacho que ordena a citação e a 
citação propriamente dita. 
Cada um deles provocará um conjunto de 
consequências processuais. 
A partir da propositura da demanda, já existe 
litispendência. 
Palavra empregada no sentido de lide pendente, que 
produz, como principal consequência, a atuação do 
juiz e o impulso oficial no desenvolvimento do 
processo. 
Desde a propositura, o juiz se incumbirá de zelar 
pelo desenvolvimento do processo. 
OBS.: o termo “litispendência” pode ser usado, 
ainda, como proibição de que, estando em curso o 
processo referente a determinada ação, outra 
idêntica seja proposta. 
Nesse sentido, é a citação válida que induz 
litispendência; 
prevalecerá o processo da ação em que ocorreu a 
primeira citação válida, devendo o outro ser extinto 
sem resolução de mérito. 
Outro exemplo de efeito da litispendência é a 
interrupção da prescrição: o art. 240, § 1º, estabelece 
que é o despacho que ordena a citação válida que a 
provoca. 
Mas, se feita no tempo estabelecido pela lei, sua 
eficácia interruptiva retroage à data da propositura 
da demanda (art. 240, § 1º). 
O despacho que ordena a citação interrompe a 
prescrição, ainda que ordenado por juízo 
incompetente. 
Ao proferi-lo, o juiz, implicitamente, está recebendo 
a petição inicial, o que pressupõe que ela esteja em 
ordem. 
Quando ocorre a citação do réu a lei processual 
reserva a maiores efeitos e consequências 
processuais. 
O art. 240, caput, enumera alguns: a citação válida 
induz litispendência, faz litigiosa a coisa e constitui o 
devedor em mora. 
Além disso, a partir da citação, ocorre a 
estabilização da demanda, porque o autor não 
poderá mais alterar o pedido ou a causa de pedir, 
senão com o consentimento do réu. 
Até a citação, a possibilidade de aditamento da 
inicial e de alteração da ação proposta é livre, e 
independe do consentimento do adversário. Depois 
dela, a alteração depende da anuência deste, ficando-
lhe assegurada a possibilidade de manifestação no 
prazo mínimo de 15 dias, sobre as alterações 
implementadas, facultado o requerimento de prova 
suplementar (art. 329, II, do CPC). 
Após o saneamento, nenhuma alteração da ação 
proposta poderá ser admitida, mesmo que haja 
consentimento do réu. 
O IMPULSO OFICIAL 
O art. 2º consagra a regra de que, depois da 
propositura da demanda, o processo se 
desenvolverá por impulso oficial, cumprindo ao juiz 
zelar para que tenha andamento e se desenvolva até 
atingir o seu desfecho. 
Quando o ato processual depende de iniciativa do 
autor, o juiz aguardará que ele tome as providências. 
Se não o fizer, e o processo ficar paralisado, 
determinará que seja intimado para dar andamento 
ao feito em cinco dias, sob pena de extinção sem 
resolução de mérito 
OBS.: o Superior Tribunal de Justiça tem exigido 
que a extinção seja requerida pelo réu, nos termos 
da Súmula 240, não podendo o juiz promovê-la, de 
ofício. 
Se o réu não o requerer, o processo ficará paralisado 
por um ano, e só então o juiz poderá decretar-lhe a 
extinção, na forma do art. 485, II, do CPC). 
SUSPENSÃO DO PROCESSO 
O art. 313 do CPC enumera as causas de suspensão 
do processo. Há algumas que são aplicáveis a todos 
os tipos, como as previstas nos incisos I a III, VI, 
IX e X; outras são próprias do processo de 
conhecimento (incisos IV e V). 
As próprias ao processo de execução vêm tratadas 
no art. 921 (não serão estudadas agora). 
Enquanto o processo estiver suspenso, não serão 
praticados atos processuais, senão aqueles urgentes, 
necessários para a preservação dos direitos das 
partes, a fim de evitar danos irreparáveis, salvo no 
caso de arguição de impedimento e de suspeição, 
em que as tutelas e a urgência serão requeridas não 
ao próprio juiz, mas ao seu substituto legal, nos 
termos do art. 146, § 3º. 
São causas de suspensão do processo previstas no 
art. 313: 
1 Morte ou perda da capacidade processual de 
qualquer das partes, de seu representante legal ou 
procurador. 
Desde o momento da morte ou da perda de 
capacidade, o processo se considera suspenso, 
independentemente de determinação judicial. 
A suspensão é automática e se os fatos só vierem ao 
conhecimento do julgador posteriormente, terá 
efeitos ex tunc, sendo nulos todos os atos 
praticados nesse ínterim. 
Obs.: STJ entende nesse sentido. 
Em caso de morte da parte, o processo seguirá 
quando houver a sucessão pelo seu espólio ou 
herdeiros. 
Em caso de perda de capacidade processual ou 
morte de representante legal ou advogado, o juiz 
fixará prazo para regularização (art. 76 do CPC). 
A suspensão deverá observar o disposto no art. 313, 
§§ 1º, 2º e 3º. 
2 Convenção das partes 
Não poderá ultrapassar o prazo de seis meses. 
Havendo concordância das partes, o juiz não pode 
indeferir o requerimento. Pag 785 pdf 
3 Arguição de suspeição ou impedimento do juiz 
Desde a apresentação da arguição, o processo ficará 
suspenso e assim permanecerá até que haja decisão 
do relator do incidente, no Tribunal, a respeito dos 
efeitos em que ele o recebe. 
Se o receber no efeito suspensivo, o processo 
continuará suspenso e só voltará a correr depois que 
a arguição for julgada. Se receber a arguição sem 
efeito suspensivo, o processo voltará a correr. 
4 Admissão de incidente de resolução de demandas 
repetitivas 
Trata-se do incidente regulado nos arts. 976 e ss. do 
CPC, que será admitido quando houver efetiva 
repetição de processos que contenham controvérsia 
sobre a mesma questão jurídica, com risco de ofensa 
ao princípio da isonomia ou segurança jurídica. 
Nos termos do art. 982, II, admitido o incidente, o 
relator suspenderá os processos pendentes, 
individuais ou coletivos, que tramitam no Estado ou 
na região em que o incidente corre. 
A suspensão abrangerá os processos que versem 
sobre a mesma questão jurídica. Caso haja 
necessidade, a tutela provisória será requerida ao 
juízo onde tramita o processo suspenso. 
Além disso, é possível a qualquer interessado 
solicitar ao STF ou STJ a suspensão de todos os 
processos individuais ou coletivos que versem sobre 
a mesma questão jurídica, em todo o território 
nacional (art. 982, § 3º). 
5 Sentença de mérito que depende do julgamento de 
outro processo, ou da declaração de existência ou 
inexistência de relação jurídica que constitua o 
objeto principal de outro processo pendente ou que 
só possa ser proferida após a verificação de fato, ou 
da produção de certa prova, requisitada a outro 
juízo 
O dispositivo alude a dois tipos de relação de 
prejudicialidade: 
A externa, quando a sentença depende do 
julgamento de outro processo; 
E a interna, quando depende da verificação de fato 
ou produção de prova, requisitada a outro juízo. 
A prejudicialidade externa, em regra, torna conexas 
as ações, o que permite a reunião para julgamento 
conjunto. Mas ela nem sempre será possível, pois 
cada uma das ações pode estar vinculada a 
determinado juízo, por regras de competência 
absoluta. Para que nãohaja decisões conflitantes, 
suspende-se uma até que a outra seja julgada. 
Tem prevalecido o entendimento de que, mesmo na 
hipótese de prejudicialidade externa, a suspensão 
não pode ultrapassar o prazo de um ano a que alude 
o art. 313, § 4º. 
6 Força maior 
São os fatos imprevistos e inevitáveis, que impedem 
o prosseguimento do processo: as greves, as 
catástrofes naturais, as guerras e as revoluções. 
7 Discussão em juízo de questão decorrente de 
acidente e fatos da navegação de competência do 
Tribunal Marítimo 
O Tribunal Marítimo é um órgão administrativo, 
vinculado ao Ministério da Marinha e 
regulamentado pela Lei n. 2.180/54. 
De acordo com o art. 1o da lei, ele é órgão auxiliar 
do Poder Judiciário, que tem por atribuição julgar os 
acidentes e fatos das navegações marítima, fluvial e 
lacustre e as questões relacionadas com tais 
atividades, especificadas na referida Lei. 
Quando há acidente ou fato de navegação, o 
processo deverá ficar suspenso, aguardando a 
apuração pelo Tribunal Marítimo. 
Mas as conclusões dele não vinculam o Poder 
Judiciário, que não está impedido de concluir de 
forma diversa daquilo que foi decidido pelo 
Tribunal Marítimo. 
Foi vetado o art. 515, X, do CPC, que considerava 
título executivo judicial o acórdão do Tribunal 
Marítimo quando do julgamento de acidentes e 
fatos da navegação. 
 A razão do veto foi que o Tribunal é órgão 
administrativo, e a sua decisão não pode subtrair a 
questão do exame do Judiciário. 
8 Demais casos previstos em lei 
Há outros exemplos de suspensão do processo. São 
eles: 
A instauração do incidente de desconsideração da 
personalidade jurídica (art. 134, § 3o); a dúvida 
quanto à sanidade mental do citando (CPC, art. 245 
e parágrafos); 
A existência de processo crime versando sobre fato 
delituoso discutido também no juízo cível, caso em 
que é facultado ao juiz suspender o julgamento 
deste até a solução daquele (art. 315 do CPC). 
9 Parto ou concessão de adoção, quando a 
advogada responsável pelo processo constituir a 
única patrona da causa 
Trata-se de hipótese introduzida pela Lei n. 
13.363/2016. 
O prazo de suspensão do processo será de 30 dias, a 
contar do parto ou da concessão da adoção, que 
deverão ser comprovados mediante apresentação de 
certidão de nascimento ou documento similar que 
comprove a realização do parto, ou de termo 
judicial que tenha concedido a adoção, desde que 
haja notificação ao cliente. 
Se houver outros advogados responsáveis, não 
haverá suspensão. 
10 Advogado responsável pelo processo tornar-se 
pai, quando constituir o único patrono da causa 
Essa hipótese também foi introduzida pela Lei n. 
13.363/2016. O prazo de suspensão será de oito 
dias, a contar do parto ou da concessão da adoção, 
comprovados na forma indicada no item anterior. 
EXTINÇÃO DO PROCESSO 
A extinção do processo ou da fase de conhecimento 
se dá com a prolação da sentença. 
As sentenças que resolvem o mérito, e têm natureza 
condenatória, deixaram de pôr fim ao processo, 
pois, não havendo cumprimento voluntário da 
obrigação, prossegue- se com a fase de 
cumprimento de sentença. 
 O que anteriormente era chamado de processo de 
conhecimento passou a ser fase de conhecimento; e 
o subsequente processo de execução passou a ser 
fase de execução. 
Quando a sentença for de extinção sem resolução 
de mérito, de improcedência ou de procedência, 
mas sem que haja condenação, porá fim ao 
processo. 
 
Mas, mesmo nesses casos, será possível haver uma 
fase de execução relacionada à cobrança das verbas 
de sucumbência impostas na sentença. 
EXTINÇÃO DO PROCESSO SEM 
RESOLUÇÃO DE MÉRITO 
As hipóteses vêm tratadas no art. 485 do CPC. 
Quando há extinção sem resolução de mérito, não 
há óbice a que a ação seja reproposta, mas, nas 
hipóteses de litispendência e dos incisos I, IV, VI e 
VII do art. 485, a propositura de nova ação depende 
da correção do vício que deu ensejo à extinção do 
processo anterior. 
1. Quando o juiz indeferir a petição inicial 
Art. 330, que enumera as causas de indeferimento. 
Todas elas implicarão a extinção do processo sem 
resolução de mérito e podem ser reconhecidas pelo 
juiz de ofício, antes que o réu tenha sido citado. 
Art. 330. A petição inicial será indeferida quando: 
I - for inepta; 
II - a parte for manifestamente ilegítima; 
III - o autor carecer de interesse processual; 
IV - não atendidas as prescrições dos arts. 106 e 321 
. 
§ 1º Considera-se inepta a petição inicial quando: 
I - lhe faltar pedido ou causa de pedir; 
II - o pedido for indeterminado, ressalvadas as 
hipóteses legais em que se permite o pedido 
genérico; 
III - da narração dos fatos não decorrer logicamente 
a conclusão; 
IV - contiver pedidos incompatíveis entre si. 
O indeferimento da inicial pressupõe que o juiz nem 
sequer tenha determinado a citação do réu. 
Quando a extinção do processo ocorrer mais tarde, 
depois da citação, em razão de qualquer outra das 
causas do art. 485, não haverá propriamente 
indeferimento da inicial. 
Também não pode ser considerada como tal a 
sentença de improcedência de plano, proferida na 
forma do art. 332 do CPC, já que ela extingue o 
processo com resolução de mérito. 
2. Quando fique parado por mais de um ano por 
negligência das partes 
Para que o processo seja extinto nessa hipótese, é 
indispensável que o juiz determine a intimação 
pessoal da parte a que dê andamento ao feito, em 
cinco dias. 
Somente depois de transcorrida in albis, poderá 
ocorrer a extinção. 
Essa hipótese é relativamente rara, uma vez que, de 
acordo com o inciso III, se o autor abandonar a 
causa por mais de trinta dias, e, intimado 
pessoalmente, não praticar o ato ou a diligência que 
lhe cabe, o juiz já poderá dar o processo por extinto. 
Mas isso exige prévio requerimento do réu, nos 
termos da Súmula 240 do Superior Tribunal de 
Justiça. Pode ocorrer que o autor abandone o 
processo, mas o réu não requeira a extinção. 
O processo ficará paralisado, porque o juiz não 
poderá extingui-lo de ofício. Ultrapassado um ano, a 
extinção poderá ser decretada, mesmo que o réu 
não a requeira. 
3. Quando, por não promover os atos e diligências 
que lhe compete, o autor abandonar a causa por 
mais de trinta dias 
É indispensável a prévia intimação pessoal do autor 
para que, em cinco dias, dê andamento ao feito, sob 
pena de extinção. 
Mesmo que o autor permaneça inerte, o juiz só 
estará autorizado a extinguir o processo se o réu o 
solicitar. É o que dispõe a Súmula 240 do STJ: “A 
extinção do processo, por abandono de causa pelo 
autor, depende de requerimento do réu”. 
Ora, o autor a quem não mais interesse o 
andamento do processo poderia, em vez de desistir, 
abandoná-lo, o que levaria à extinção do processo 
sem que o réu consentisse. 
Por causa disso, o STJ, por meio da súmula, exige 
prévio requerimento do réu para a extinção. 
Se o réu ainda não tiver apresentado resposta 
(contestação), desnecessário o seu requerimento 
para a extinção do processo, pelo juiz. 
A intimação do autor deve ser pessoal, por carta, 
mandado ou edital, se ele estiver desaparecido. 
4. Quando se verificar a ausência de pressupostos de 
constituição e desenvolvimento válido e regular do 
processo 
Esse dispositivo trata dos pressupostos processuais 
de validade, aos quais se poderia acrescentar os de 
eficácia. 
São matérias que podem ser conhecidas de ofício. 
A falta de qualquer deles deverá ser sanada, quando 
possível. 
Por exemplo, se falta a uma das partes capacidade 
processual ou postulatória, o juiz fixará prazo para 
regularização. Não sanado o vício, extinguirá o 
processo sem resolução de mérito. 
Nem sempre a falta de pressuposto processual 
gerará a extinção. Há situações em que provocará a 
nulidade dos atos processuais já realizados e a 
necessidade de repeti-los, mas não a extinção. 
Por exemplo, caso se constate que o juízo é 
incompetente ou o juiz impedido, os autos serão 
remetidos para o competente e imparcial, que, se 
necessário,determinará a repetição dos atos. 
Obs.: Em regra, os pressupostos processuais cuja 
falta enseja a extinção do processo são os 
relacionados às partes, sobretudo ao autor, a quem 
interessa o prosseguimento. 
5. Quando o juiz reconhecer a existência de 
perempção, litispendência e coisa julgada 
São os pressupostos processuais negativos, que 
devem ser examinados de ofício pelo juiz. 
 A litispendência e a coisa julgada têm em comum a 
existência de outra ação idêntica (com os mesmos 
três elementos): na primeira, tal ação ainda está em 
andamento e, na segunda, já foi definitivamente 
julgada. 
A perempção é a perda do direito de ação, imposta 
a quem, por três vezes anteriores, deu causa à 
extinção do processo por abandono. 
O CPC, art. 486, autoriza àquele cujo processo foi 
extinto sem resolução de mérito a “repropositura” 
da mesma ação. 
Mas, para isso, o vício que ensejou a primeira 
extinção deve ter sido sanado (§ 1o). 
No caso da litispendência, somente com a prova de 
que ela deixou de existir será admitida a nova ação. 
No caso da perempção e da coisa julgada, o vício 
será permanente, o que obstará a “repropositura”, 
excetuado, quanto a esta última, a possibilidade de 
que tenha sido desconstituída por ação rescisória ou 
ação declaratória de ineficácia. 
6. Quando verificar a ausência de legitimidade e do 
interesse processual 
O acolhimento da teoria abstratista eclética traduz 
ação como direito a uma resposta de mérito. Mas 
condicionado: o juiz só emitirá o provimento de 
mérito se preenchidas as condições da ação, o que 
ele deve examinar de ofício. 
Antes do mérito, ele verificará duas ordens de 
questões preliminares: os pressupostos processuais e 
as condições de ação. A sua falta pode levar à 
extinção do processo. 
7. Quando houver convenção de arbitragem ou 
quando o juízo arbitral reconhecer sua competência 
Vem prevista no art. 1º da Lei n. 9.307/96, que 
autoriza as pessoas capazes a convencionar a 
arbitragem para dirimir conflitos relacionados a 
interesses patrimoniais disponíveis. 
A convenção de arbitragem é também um 
pressuposto processual negativo, porque impede às 
partes o acesso ao Judiciário, diante do que foi 
convencionado. 
Da existência de convenção de arbitragem, o juízo 
não poderá conhecer de ofício. 
8. Quando houver desistência da ação 
O autor pode desistir da ação proposta. 
Ao fazê-lo, estará postulando a extinção do 
processo, sem exame do mérito. 
Não se confunde com a renúncia, em que o autor 
abre mão do direito material discutido, e o juiz 
extingue o processo com julgamento de mérito. 
A desistência pode ser requerida e homologada até a 
prolação de sentença em primeira instância. Depois, 
não mais, como decidiu o Supremo Tribunal 
Federal no RE 163.976-1/MG, DJU 16/04/1996, e, 
mais recentemente, o Superior Tribunal de Justiça 
no REsp 1.115.161/RS, de 5 de março de 2010, Rel. 
Min. Luiz Fux. 
Se ela for manifestada depois de oferecida 
contestação, a sua homologação dependerá da 
anuência do réu, conforme art. 485, § 4º. 
Se o réu não a ofereceu, tornando-se revel, 
desnecessário o consentimento. 
O consentimento do réu se justifica porque, depois 
da resposta, ele pode querer que o juiz examine as 
suas razões e profira sentença de mérito, com o que 
a decisão tornar-se-á definitiva, vedada a reiteração, 
que não seria obstada pela simples desistência. 
Mas o réu, ao manifestar eventual discordância, 
deverá fundamentá-la, expondo as suas razões. 
Se apenas silenciar, ou manifestar discordância sem 
nenhum fundamento, ou com algum que não seja 
razoável, o juiz homologará a desistência. 
Havendo litisconsórcio passivo, a desistência 
dependerá da anuência de todos os que tiverem 
apresentado contestação. 
Se houver desistência em relação a apenas um dos 
réus, só este precisará consentir, desde que já tenha 
respondido. 
Observações: 
Quando há mais de um réu, o prazo de contestação 
para todos eles só flui do instante em que todos 
estiverem citados (CPC, art. 231, § 1º). 
Pode ocorrer que um tenha sido citado, e esteja 
aguardando a citação dos demais, para que seu 
prazo de resposta possa fluir. 
Se o autor desistir da ação em relação aos demais, o 
citado deverá ser intimado para que o seu prazo 
corra. 
Há uma hipótese legal em que a desistência da ação, 
mesmo depois da contestação, independe da 
anuência do réu. Trata-se daquela prevista no art. 
1.040, § 1o, do CPC, quando a ação, em curso no 
primeiro grau de jurisdição, versar sobre questão 
jurídica afetada para o julgamento de recurso 
repetitivo. 
Se o autor propuser uma ação versando sobre 
determinada questão, idêntica àquela que é objeto 
do recurso paradigma, resolvida a questão em 
sentido contrário ao proposto pelo interessado, 
poderá ele desistir da ação, agora fadada ao 
insucesso, independentemente de consentimento do 
réu. 
Caso a desistência ocorra antes da contestação, o 
autor ficará isento de custas e honorários de 
sucumbência. Caso ocorra depois, eles serão 
devidos. 
9. Quando a ação for considerada intransmissível 
por disposição legal 
Existem ações de caráter personalíssimo, que não 
podem ser transmitidas aos herdeiros ou sucessores 
da parte, em caso de falecimento. 
 As ações de separação judicial e divórcio são 
exemplos: com o falecimento de qualquer dos 
cônjuges, o processo será extinto, sem resolução de 
mérito, de ofício pelo juiz. 
Outro é a interdição, quando ocorre o falecimento 
do interditando. Não estão entre as ações 
intransmissíveis aquelas em que se busca 
indenização por dano moral. 
O direito à indenização transmite-se aos herdeiros 
ou sucessores, que têm legitimidade para iniciar ou 
prosseguir na ação já ajuizada. A questão pacificou-
se com a edição da Súmula 642 do STJ: “O direito à 
indenização por danos morais transmite-se com o 
falecimento do titular, possuindo os herdeiros da 
vítima legitimidade ativa para ajuizar ou prosseguir a 
ação indenizatória”. 
10. Nos demais casos prescritos em lei 
A lei pode prever outras hipóteses de extinção sem 
resolução de mérito. São exemplos: a inércia do 
autor em promover a citação de litisconsorte 
necessário, ou em promover a substituição do seu 
representante legal ou do seu advogado, em caso de 
falecimento. 
CONSEQUÊNCIAS DA EXTINÇÃO DO 
PROCESSO SEM RESOLUÇÃO DE MÉRITO 
1. A reiteração de ações 
As sentenças de extinção sem resolução de mérito 
fazem apenas coisa julgada formal, não material. 
Por isso, não impedem a reiteração de demandas, 
por força do que dispõe expressamente o art. 486, 
caput. 
No caso de extinção por litispendência, 
indeferimento da inicial, falta de pressupostos 
processuais e de condições da ação (interesse e 
legitimidade), e existência de compromisso arbitral, 
não se poderia admitir a simples reiteração sem que 
o vício que ensejou a extinção anterior tenha sido 
solucionado. 
Assim, se houver “repropositura” da ação, a inicial 
só será recebida se o juiz verificar que o vício que 
levou à extinção anterior foi sanado (art. 486, § 1o). 
Do contrário, a inicial será indeferida de plano por 
haver mero bis in idem. Se a ação foi proposta em 
determinado juízo, que extinguiu o processo sem 
resolução de mérito pelas razões acima (do que a 
parte poderá ter recorrido), não seria razoável 
admitir que ela pudesse tentar a sorte em outro 
juízo, simplesmente repropondo a ação, sem 
nenhuma alteração. [Bis in idem = duas vezes do 
mesmo] 
O art. 286, II, do CPC determina que, em caso de 
reiteração, a distribuição seja feita por dependência. 
 A apreciação ficará a cargo do mesmo juízo que 
anteriormente proferiu a sentença extintiva. Por 
isso, se nos afigura correta a lição de Nelson e Rosa 
Nery: “Como a sentença de extinção do processo 
sem julgamento de mérito não faz coisa julgada 
material, a lide objeto daquele processo não foi 
julgada, razão pela qual pode ser reproposta a ação. 
A repropositura não é admitida de forma 
automática, devendo implementar-se o requisito 
faltante que ocasionoua extinção. 
Por exemplo: processo extinto por ilegitimidade de 
parte somente admite repropositura, se sobrevier 
circunstância que implemente essa condição da ação 
faltante no processo anterior. 
Do contrário, a repropositura pura e simples, sem 
essa observância, acarretaria nova extinção do 
processo sem julgamento de mérito por falta de 
interesse processual”. 
2. A cessação da litispendência 
Extinto o processo, e não havendo recurso, cessará 
a litispendência, com todas as consequências daí 
decorrentes: a coisa disputada deixa de ser litigiosa, 
o juízo deixa de ser prevento, a alienação de bens 
capaz de reduzir o devedor à insolvência deixa de 
ser fraude à execução. 
3. A interrupção da prescrição 
O despacho que ordena a citação, ainda que 
proferido por juízo incompetente, interrompe a 
prescrição, nos termos do CPC, art. 240, § 1º. 
O CC, em princípio, a interrupção da prescrição 
ocorrerá sempre, quando o juiz ordenar a citação do 
réu, ainda que o juízo seja incompetente, ainda que 
o processo venha a ser extinto sem resolução de 
mérito. 
Ressalva-se, no entanto, a hipótese de extinção com 
fulcro no art. 485, II e III, isto é, por inércia ou 
abandono do autor. 
Nessa situação, a jurisprudência prevalecente, 
inclusive do Superior Tribunal de Justiça, afasta a 
eficácia interruptiva do despacho que ordena a 
citação. Nesse sentido: 
“A citação válida interrompe o prazo (Lei dos 
Recursos 
Repetitivos) prescricional, ainda que promovida em 
processo posteriormente extinto sem julgamento do 
mérito, salvo se o fundamento legal da extinção for 
o previsto no art. 267, incisos II e III, do Código de 
Processo Civil (atual art. 485, II e III). Precedentes. 
5. Recurso especial provido” (REsp 1.181.619/RS, 
Rel. Min Castro Meira, julgado em 08/06/2010). 
Embora o CPC atual tenha atribuído ao despacho 
que ordena a citação, e não à citação válida, o 
condão de interromper a prescrição, a solução dada 
pelo V. Acórdão prevalece: se o processo é extinto 
sem resolução de mérito, por abandono ou inércia 
do autor (art. 485, II e III), a eficácia interruptiva do 
despacho que ordenou a citação não prevalece. Mas 
só nessas hipóteses; nas demais, ainda que venha a 
ser extinto sem exame do mérito, a interrupção 
persiste. 
4. A possibilidade de retratação, caso haja apelação 
Toda vez que o juiz extinguir o processo sem 
resolução de mérito e houver apelação, ele pode, no 
prazo de cinco dias, retratar-se. É o que dispõe o 
art. 485, § 3o, do CPC. 
Essa possibilidade independe do fundamento em 
que se embasa a extinção, bastando que seja sem 
resolução de mérito. Se o juiz mantiver a sentença, 
intimará a parte contrária a oferecer contrarrazões e 
determinará a remessa oportuna dos autos ao órgão 
ad quem. 
Se o juiz se retratar, ou ele determinará a 
continuação do processo do ponto em que estava, 
quando foi proferida a sentença meramente 
extintiva, se ainda não houver nos autos elementos 
bastantes para que ele julgue o mérito; ou então, no 
lugar da sentença extintiva, proferirá sentença 
definitiva, de mérito, se já encontrar nos autos os 
elementos necessários para fazê-lo. 
Especificamente, no caso da extinção por 
indeferimento da inicial, o procedimento a ser 
observado é o do art. 331 do CPC, em que há 
necessidade de citação do réu para oferecer 
contestação. 
Quando há julgamento de mérito, é preciso 
distinguir. Se tiver havido sentença de 
improcedência liminar, nas hipóteses do art. 332, a 
apelação permitirá ao juiz retratar-se. 
Se houver o julgamento antecipado parcial de 
mérito, o que ocorrerá nas hipóteses do art. 356, o 
juiz decidirá um ou mais pedidos, em caráter 
definitivo, por decisão interlocutória, contra a qual 
caberá agravo de instrumento, sempre dotado de 
juízo de retratação. 
Mas, havendo sentença com resolução de mérito 
(excetuada a hipótese do art. 332), não haverá 
possibilidade de retratação. 
DA RESOLUÇÃO DE MÉRITO 
Aquele que vai a juízo formula uma pretensão. Ao 
fazê-lo, dá início a um processo que poderá ter dois 
tipos possíveis de desfecho: a extinção sem 
resolução de mérito, examinada nos itens anteriores, 
e a resolução de mérito que, ou porá fim ao 
processo (naqueles em que não houver condenação, 
seja por força de improcedência, seja pela natureza 
do provimento postulado, que pode ser meramente 
declaratório ou constitutivo), ou, havendo 
condenação, não porá fim ao processo, mas à fase 
de conhecimento. 
Então, só se poderia falar em resolução de mérito 
quando o juiz examina o pedido, acolhendo-o ou 
rejeitando-o. 
Portanto, quando profere sentença de procedência 
ou de improcedência. 
As hipóteses de resolução de mérito estão previstas 
no art. 487 do CPC e se verificam: 
1. Quando o juiz acolher ou rejeitar o pedido do 
autor da ação ou reconvenção 
É a sentença de mérito por excelência; o juiz, depois 
de examinar as questões preliminares, relacionadas 
aos pressupostos processuais e às condições de 
ação, julgará o pedido. 
2. Quando o juiz pronunciar, de ofício ou a 
requerimento, a decadência ou a prescrição 
Ambas podem ser reconhecidas de ofício, e causam 
o indeferimento da inicial, se o juiz as detecta de 
início. 
Se não reconhecidas desde logo, podem ser 
pronunciadas a qualquer tempo. Mas antes de 
pronunciá-las, deve o juiz cumprir o determinado 
no art. 10 do CPC. 
Art. 10. O juiz não pode decidir, em grau algum de 
jurisdição, com base em fundamento a respeito do 
qual não se tenha dado às partes oportunidade de se 
manifestar, ainda que se trate de matéria sobre a 
qual deva decidir de ofício. 
 
3. Quando o juiz homologar reconhecimento da 
procedência do pedido formulado na ação ou 
reconvenção 
Pressupõe que o direito discutido no processo seja 
disponível, e que o réu tenha poderes para fazê-lo. 
O juiz acolherá o pedido, proferindo sentença 
definitiva, já que o reconhecimento versará não 
sobre matéria processual, mas sobre o direito 
substancial discutido. 
4. Quando o juiz homologar transação 
A transação também pressupõe direitos e interesses 
disponíveis. É negócio jurídico civil, bilateral, em 
que as partes, por concessões recíprocas, acordam 
sobre a questão discutida. 
Vale desde que haja acordo de vontade entre elas, e 
pressupõe o preenchimento dos requisitos gerais 
dos negócios jurídicos: partes capazes, objeto lícito 
e forma prescrita ou não defesa em lei. 
A força obrigatória da transação não depende da 
homologação judicial, mas da manifestação bilateral 
de vontades. A homologação servirá apenas para 
encerrar o processo. 
Por isso, mesmo que o acordo não esteja 
homologado, aqueles que o firmaram não podem 
voltar atrás unilateralmente. Pode haver um distrato, 
um novo acordo de vontades que altere ou extinga 
o anterior. 
Caso a transação imponha obrigação a um dos 
contratantes, não cumprida voluntariamente, dar-se-
á início à fase de execução: a sentença 
homologatória não terá posto fim ao processo, mas 
tão somente à fase de cognição, sucedida pela de 
execução. 
A transação pode ser celebrada em qualquer fase do 
processo, mesmo depois da sentença, ainda que 
tenha transitado em julgado, ou já na fase de 
execução. 
Não haverá ofensa à coisa julgada material, porque a 
sentença regulava uma situação de conflito. 
Desde que verse sobre direito disponível, as partes, 
de comum acordo, podem regular a situação de 
outra maneira, por meio da transação. 
Se a transação for parcial, o processo prosseguirá 
quanto ao restante. O objeto da transação pode 
ultrapassar o objeto litigioso: o art. 515, II, do CPC, 
considera título executivo judicial a sentença 
homologatória de autocomposição judicial, sem 
nenhuma ressalva quanto ao seu objeto. 
5. Quando o juiz homologar a renúncia à pretensão 
formulada na ação ou reconvenção 
A situação assemelha-se à do reconhecimento 
jurídico do pedido, com a diferença de que a 
renúncia é do autor. 
Também atinge o direito material, e pressupõe que 
ele seja disponível. 
DO PROCESSO E DO PROCEDIMENTOOs procedimentos podem ser comuns ou especiais. 
O comum segue sempre o mesmo padrão; os 
especiais o são cada um a sua maneira. 
O CPC, no Livro I, Título I, da Parte Especial, 
cuida do procedimento comum. 
No mesmo livro, Título III, cuida dos numerosos 
procedimentos especiais, estabelecendo o que cada 
qual tem de peculiar. 
Os processos que observarão o procedimento 
comum são identificados por exclusão: todos 
aqueles para os quais a lei não tenha previsto o 
especial. 
Art. 318, parágrafo único, do CPC: “O 
procedimento comum aplica-se subsidiariamente 
aos demais procedimentos especiais e ao processo 
de execução”. 
O CPC trata do procedimento comum a partir do 
art. 319, dividindo-o em quatro fases: 
A postulatória, na qual o autor formula sua 
pretensão por meio da petição inicial e o réu 
apresenta a sua resposta; 
A ordinatória, em que o juiz saneia o processo e 
aprecia os requerimentos de provas formulados 
pelas partes; 
A instrutória, em que são produzidas as provas 
necessárias ao convencimento do juiz; 
A decisória. 
Isso não significa que, em cada uma das fases, sejam 
praticados apenas atos processuais do tipo que lhes 
dá o nome. 
A classificação leva em conta apenas o tipo de ato 
predominante. Por exemplo, em qualquer das 
quatro fases, não apenas na última, o juiz proferirá 
decisões interlocutórias. 
Há possibilidade de atos instrutórios, como a 
juntada de documentos, em qualquer fase. 
 
E o juiz, a quem cumpre fiscalizar o bom 
andamento do processo, poderá a todo tempo 
determinar atos de saneamento, de regularização de 
eventuais vícios ou deficiências. 
FASE POSTULATÓRIA - PETIÇÃO INICIAL 
É o ato que dá início ao processo, e define os 
contornos subjetivo e objetivo da lide, dos quais o 
juiz não poderá desbordar. 
É por meio dela que será possível apurar os 
elementos identificadores da ação: as partes, o 
pedido e a causa de pedir. 
Daí a sua importância para o processo e a 
necessidade de um exame particularmente pelo juiz, 
antes de determinar a citação do réu, uma vez que 
até então será possível eventual correção ou 
emenda, o que, depois da resposta do réu, 
dependerá de seu consentimento. 
Requisitos da petição inicial: 
Vêm enumerados nos arts. 319 e 320 do CPC. 
O 319 indica quais são os requisitos intrínsecos da 
própria petição inicial; o 320 diz respeito a eventuais 
documentos que devam necessariamente 
acompanhá-la. 
De acordo com o art. 319, a petição inicial deverá 
indicar: 
O juízo a que é dirigida: 
Como ela contém um requerimento dirigido ao 
Poder Judiciário, e como este é composto por 
inúmeros órgãos, entre os quais é dividida a 
competência, o autor deve indicar para quem a sua 
petição é dirigida. 
Um eventual erro não ensejará o indeferimento da 
inicial, mas tão somente a remessa da inicial ao 
correto destinatário. 
EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) 
DOUTOR(A) JUIZ(A) 
DE DIREITO DA ____a VARA CÍVEL DA 
COMARCA DA 
CIDADE DE VILHENA/RO 
Os nomes, prenomes, estado civil, a existência de 
união estável, a profissão, o número de inscrição no 
Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro 
Nacional de Pessoa Jurídica, o endereço eletrônico, 
o domicílio e residência do autor e do réu: 
A indicação e a qualificação são indispensáveis para 
que as partes sejam identificadas. Nenhuma 
dificuldade existirá em relação ao autor, mas é 
possível que o réu, no momento da propositura, não 
esteja identificado ou seja incerto. 
Isso não impedirá o recebimento da inicial caso o 
juiz verifique que não há meios para tal 
identificação. 
A citação será, então, feita por edital, na forma do 
CPC, art. 256, I. 
É o que ocorre, por exemplo, nas ações possessórias 
quando há grandes invasões de terra, em que nem 
sempre será possível identificar e qualificar os 
invasores, caso em que a citação deverá observar o 
disposto no art. 554, § 1º, do CPC. 
Os nomes e prenomes servirão para identificar as 
partes. 
O estado civil e a existência de união estável, além 
de auxiliar a identificação poderão ter relevância 
naquelas ações em que se exige outorga uxória. 
A inscrição no cadastro também facilitará a 
identificação, seja da pessoa física, seja da jurídica. 
E os endereços são relevantes para que possam ser 
localizadas, quando da necessidade da comunicação 
pessoal dos atos processuais. 
Quando a parte for pessoa jurídica, a inicial deverá 
fornecer os elementos necessários para a sua 
identificação 
FULANA, brasileira, solteira, assistente social, 
inscrita no Cadastro de Pessoa Física sob o n.º 
XXX.XXX.XXX-XX, endereço eletrônico: 
fulana@gmail.com, residente e domiciliada na Rua 
XX, n.º XX, Setor XX, Vilhena - XX, CEP: 
XX.XXX-XXX, vêm respeitosamente à presença de 
Vossa Excelência, por sua advogada que esta 
subscreve, com escritório situado na Avenida XX, 
n.º XX, Setor XX, Vilhena - XX, CEP: XX.XXX-
XXX, com fulcro nos artigos XX e seguintes do 
Código de Processo Civil, propor a presente 
AÇÃO DE ALIMENTOS C/C PEDIDO DE 
ALIMENTOS PROVISÓRIOS 
em face de CICLANO, brasileiro, aposentado, 
viúvo, inscrito no CPF sob o no. XXX.XXX.XXX- 
XX, endereço eletrônico: jeneci@gmail.com, 
residente e domiciliado na Rua XX, n.º XX, Setor 
XX, Vilhena - XX, CEP: XX.XXX-XXX, pelos 
motivos de fato e de direito que seguem: 
Causa de pedir: 
O autor deve indicar quais são os fatos e os 
fundamentos jurídicos em que se embasa o pedido, 
a causa de pedir. 
Esse é um dos requisitos de maior importância da 
petição inicial, sobretudo a descrição dos fatos, que, 
constituindo um dos elementos da ação, vincula o 
julgamento (teoria da substanciação). 
O juiz não pode se afastar dos fatos declinados na 
inicial, sob pena de a sentença ser extra petita. 
A causa de pedir e o pedido formulados darão os 
limites objetivos da lide, dentro dos quais deverá ser 
dado o provimento jurisdicional. 
Por isso, os fatos devem ser descritos com clareza e 
manter correspondência com a pretensão inicial. 
É causa de inépcia da petição inicial a falta de causa 
de pedir, ou de correspondência entre ela e o pedido 
(CPC, art. 330, § 1º). 
Além dos fatos, o autor deve indicar qual o direito 
aplicável ao caso posto à apreciação do juiz. 
Não é necessária a indicação do dispositivo legal, 
mas das regras gerais e abstratas das quais se 
pretende extrair a consequência jurídica postulada. 
A indicação do direito aplicável não vincula o juiz, 
que conhece o direito (jura novit curia) e pode valer-
se de regras diferentes daquelas apontadas na 
petição inicial. 
Por isso, pode haver alguma tolerância do juízo em 
relação a isso na inicial, mas não em relação aos 
fatos, que devem ser descritos com toda a precisão e 
clareza necessárias para que o juiz possa 
compreendê-los. 
DOS FATOS 
A autora é cliente da empresa promovida, 
adquirente de um cartão __________, onde a 
mesma utiliza para compra de alimentos para a sua 
residência. Ocorre que no dia _________ a autora 
realizou uma compra de um _________, no 
supermercado __________ resultando em uma 
compra no valor de __________ conforme extrato 
de compra em anexo. Ocorre que constava no 
aplicativo disponibilizado pela promovida o saldo 
positivo no valor de __________conforme 
comprovante em anexo. 
Na ocasião da compra, a promovente não conseguiu 
realizar a compra, sendo informado que o 
pagamento não teria sido confirmado pela empresa 
que administra o referido cartão. 
Sendo assim, tal infortuno causou a promovente 
vários constrangimentos. 
Descrever constrangimentos 
Com efeito, é de ser reconhecido o direito à 
indenização pelos constrangimentos causados em 
razão da má qualidade do serviço ofertado pela 
promovida, frente aos valores depositados no cartão 
utilizado pela promovente, em face das evidências 
que atribuem verossimilhança aos argumentos da 
autora (extrato de deposito em anexo), aplicando-se, 
assim, o princípio da equidade. 
DO DIREITO. 
A requerida é empresa, fornecedora de serviços 
Bancários, tendo em vista que agiu de forma 
omissiva. Assim, a relaçãoé consumerista, o que 
exige que a demanda seja analisada sob a e égide do 
Código de Defesa do Consumidor, vejamos: 
Art. 2º Consumidor é toda pessoa física ou jurídica 
que adquire ou utiliza produto ou serviço como 
destinatário final. 
Posto isto, a relação se faz completa, quando existir 
a prestação e remuneração da atividade ao qual está 
sendo proferida. Nestes termos, dispõe em lei 
Especial, vejamos: 
Art. 3º Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, 
pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem 
como os entes despersonalizados, que desenvolvem 
atividade de produção, montagem, criação, 
construção, transformação, importação, exportação, 
distribuição ou comercialização de produtos ou 
prestação de serviços. [...] 
§ 2° Serviço é qualquer atividade fornecida no 
mercado de consumo, mediante remuneração, 
inclusive as de natureza bancária, financeira, de 
crédito e securitária, salvo as decorrentes das 
relações de caráter trabalhista. 
Assim sendo, tendo em vista que a instituição 
requerida agiu com negligência ao se esquivar de 
erro cometido, verifica-se, a sua evidente 
responsabilidade em reparar os prejuízos suportados 
pela Requerente. 
O legislador esteve atento para que humilhação 
causada em constatação ao erro causado pelo 
fornecedor sem justa causa em negócio jurídico que 
tenha por objeto coisa determinada, dando ao 
prejudicado o direito de pleitear a sua indenização, 
mediante o ajuizamento de ação própria, como foi 
referido acima. 
Pedido e suas especificações 
É a pretensão que o autor leva à apreciação do juiz. 
É desnecessário realçar a sua importância, já que, 
sendo um dos três elementos da ação, forma, com a 
causa de pedir e as partes, o núcleo central da 
petição inicial. 
É preciso que o autor indique com clareza o pedido 
imediato, o tipo de provimento jurisdicional 
(condenatório, constitutivo, declaratório) e o 
mediato (bem da vida almejado). 
Ambos vincularão o juiz, já que servem para 
identificar a ação. O julgador não poderá conceder 
nem um provimento jurisdicional, nem um bem da 
vida, distintos daqueles postulados na inicial. 
Daí a necessidade de que seja indicado com clareza 
e de que mantenha correlação lógica com a causa de 
pedir. 
A atividade judiciária é silogística: o juiz, ao proferir 
o julgamento, examinará a premissa maior (as regras 
gerais e abstratas do ordenamento jurídico, os 
fundamentos jurídicos) e a premissa menor (os 
fatos), para então extrair delas as consequências 
jurídicas (pedido). 
DOS PEDIDOS. 
Diante do exposto, REQUER : 
1. Conceder o benefício da Justiça Gratuita frente à 
hipossuficiência da autora; 
2. Conceder a Inversão do Ônus da Prova, em favor 
da autora; 
3. Seja designada data para realização de audiência 
de conciliação. 
4. Que seja deferido à Parte Autora a produção de 
todas as provas admitidas em Direito, notadamente, 
perícia, a juntada posterior de documentos, tudo de 
logo requerido, oitiva de testemunhas; 
5. CITAR a requerida, para que querendo apresente 
resposta, em tempo hábil, sob pena de sofrer os 
efeitos da revelia e serem reputados como 
verdadeiros os fatos alegados nesta inicial; 
6. JULGAR TOTALMENTE PROCEDENTE os 
pedidos formulados na presente inicial, condenando 
a requerida ao pagamento de indenização por dano 
moral no valor de R$ 000000000. 
Por isso, é preciso que na petição inicial, o autor 
indique os fatos, o direito e o pedido, que deve 
decorrer logicamente da aplicação do direito ao fato 
concreto levado ao seu conhecimento. 
 
Valor da causa: 
A toda causa será atribuído um valor certo, ainda 
que ela não tenha conteúdo econômico 
imediatamente aferível (CPC, art. 291). 
Tal atribuição terá grande relevância para o 
processo, pois repercutirá sobre: 
a) a competência, pois o valor da causa é critério 
para 
fixação do juízo; 
b) o procedimento: pois influi, por exemplo, sobre o 
âmbito de atuação do juizado especial cível; 
c) no cálculo das custas e do preparo, que podem 
ter por base o valor da causa; 
d) nos recursos em execução fiscal, conforme a Lei 
n. 6.830/80; 
e) na possibilidade de o inventário ser substituído 
por arrolamento sumário (CPC, art. 664, caput). 
Todas as demandas – o que inclui reconvenções, 
oposições e embargos de devedor – devem indicar o 
valor da causa. 
Exemplo 
Dá-se à causa o valor de R$ 00000000 
Qual deve ser o valor da causa? 
Deve corresponder ao conteúdo econômico do que 
está sendo postulado, e não daquilo que é 
efetivamente devido. 
Com frequência, o réu o impugna sob o argumento 
de que o valor pretendido é excessivo e que o autor 
não faz jus a tal montante. 
Mas o que cabe ao juiz avaliar, se houver 
impugnação na contestação, é o conteúdo 
econômico da pretensão formulada, sem qualquer 
juízo de valor a respeito de ela ser ou não devida. 
Do contrário, o juiz teria de antecipar o exame do 
mérito, decidindo-o já nessa fase. 
Não se pode perder de vista a lealdade e a boa-fé 
processual. 
Às vezes, o autor postula, por exemplo, indenização 
por danos morais, estimando o valor em montante 
excessivo, ao mesmo tempo em que pede justiça 
gratuita para eximir-se do recolhimento das custas 
iniciais e do pagamento das verbas de sucumbência. 
 
O juiz poderá determinar a redução equitativa do 
valor da causa, se verificar que, fixada em montante 
excessivo, pode prejudicar o exercício de alguma 
faculdade processual pelo réu, que depende do 
recolhimento de custas calculadas com base no seu 
valor. É o que foi decidido pelo STJ – 3a Turma, 
REsp 784.986, Rel. Min. Nancy Andrighi. 
O valor da causa não repercute sobre os limites 
objetivos da lide. 
Se o autor postula um montante e atribui valor à 
causa menor, ainda que isso passe despercebido e o 
valor seja mantido, o juiz na sentença não ficará 
limitado a este, mas ao que foi pedido. 
Critérios para a fixação do valor da causa 
O art. 292 do CPC fornece alguns critérios para 
fixação do valor da causa. 
Em regra, deve corresponder ao conteúdo 
econômico da demanda. 
Naquelas que não têm conteúdo econômico, a 
fixação será feita por estimativa do autor. 
Os incisos I, VI, VII e VIII do art. 292 cuidam do 
valor da causa nas ações de cobrança de dívida: 
deverá corresponder à soma monetariamente 
corrigida do principal, dos juros de mora vencidos e 
de outras penalidades, se houver, até a propositura 
da ação. 
Se houver cumulação de pedidos, os valores 
deverão ser somados; se os pedidos forem 
alternativos, corresponderá ao de maior valor; e se 
houver pedido principal e subsidiário, 
corresponderá ao do primeiro. 
Quando o pedido for genérico, o valor da causa 
deve ser estimado pelo autor, que cuidará para que 
mantenha proporcionalidade com o conteúdo 
econômico da pretensão. 
Alguns exemplos específicos: 
Quando a ação for de alimentos, o valor deve 
corresponder a 12 prestações mensais pedidas pelo 
autor; e quando a ação for de divisão, demarcação e 
reivindicação, o valor será o da avaliação da área ou 
do bem objeto do pedido. 
Controle judicial do valor da causa 
O art. 293 do CPC autoriza o réu a impugnar o 
valor da causa, em preliminar de contestação. 
Além disso, o juiz, de ofício, poderá determinar a 
correção, tanto que o art. 337, § 5o, estabelece que, 
dentre as matérias alegáveis em preliminar, o juiz só 
não pode conhecer de ofício a convenção de 
arbitragem e a incompetência Relativa. 
As demais, incluindo incorreção no valor da causa, 
ele deve conhecer de ofício. 
O juiz deve fazer esse controle, pois o autor pode: 
■ ter desrespeitado algum dos critérios fixados em 
lei; 
■ ter atribuído valor à causa em montante 
incompatível com o conteúdo econômico da 
demanda, que possa repercutir sobre a competência 
ou procedimento a ser observado. 
As provas com que o autor pretende demonstrar a 
verdade dos fatos alegados: 
Como na petição inicial o autor ainda não tem 
condições de saber o que será controvertido pelo 
réu, há certa tolerância quanto a este requisito da 
inicial. 
Entende-se quea sua omissão não é razão para 
indeferi-la, nem impede que oportunamente sejam 
requeridas provas pelo autor. 
A opção do autor pela realização ou não de 
audiência de conciliação ou mediação: 
Não se trata, propriamente, de um requisito da 
inicial, mas da oportunidade que o autor tem de 
manifestar desinteresse na audiência inicial de 
tentativa de conciliação, que se realiza no 
procedimento comum, antes da contestação do réu. 
Essa audiência deve, obrigatoriamente, ser 
designada, salvo se o processo for daqueles que não 
admite autocomposição, ou se ambas as partes 
manifestarem desinteresse na sua realização. 
A inicial é a oportunidade que o autor tem para 
manifestá-lo. 
Mas ainda que ele o faça, o juiz deve designá-la, pois 
somente se o réu também o fizer, ela será cancelada. 
Ele deve fazê-lo por petição, apresentada com 10 
dias de antecedência, contados da data marcada para 
a audiência. 
Se o autor silenciar a respeito de sua opção, 
presume-se que ele concorda com a realização, já 
que ela só não será marcada se o desinteresse for 
expressamente manifestado por ambas as partes 
(art. 334, § 2o). 
Documentos: 
O art. 320 do CPC estabelece que a petição inicial 
será instruída com os documentos indispensáveis à 
propositura da ação. 
Os que não o forem podem ser juntados a qualquer 
tempo, na forma do art. 435 do CPC. 
Mas os indispensáveis devem ser juntados desde 
logo. 
Por exemplo, em ação de separação judicial, é 
indispensável juntar a certidão de casamento; em 
ação reivindicatória de imóveis, a certidão de 
propriedade; em ação de alimentos de procedimento 
especial, a prova da paternidade ou do parentesco; 
em ação de anulação de contrato escrito, o contrato. 
Se o documento não estiver em poder do autor, 
caber-lhe-á requerer ao juiz que ordene ao réu ou ao 
terceiro a sua exibição (CPC, arts. 396 a 404). 
Com a inicial, o autor juntará ainda a procuração e o 
comprovante de recolhimento das custas judiciais, 
salvo eventual requerimento de justiça gratuita. 
Deficiências da petição inicial e possibilidade de 
correção 
Ao verificar que a inicial não preenche os requisitos 
dos arts. 319 e 320 do CPC, ou que apresenta 
defeitos ou irregularidades capazes de dificultar o 
julgamento de mérito, o juiz determinará que o 
autor a emende, ou a complete, no prazo de quinze 
dias, indicando com precisão o que deve ser 
corrigido ou completado. 
Não a pode indeferir, desde logo, se existe a 
possibilidade de o vício ou irregularidade serem 
sanados pelo autor. 
Daí a necessidade de que o juiz faça uma leitura 
atenta, antes de recebê-la, uma vez que depois da 
citação do réu é defeso ao autor modificar o pedido 
ou a causa de pedir, sem o consentimento dele 
(CPC, art. 329, II). 
Mas tem-se admitido, mesmo depois da contestação, o 
aditamento da inicial, do qual não resulte alteração do 
pedido ou causa de pedir, mas que sirva apenas para o 
esclarecimento de alguma dúvida ou o afastamento de 
algum defeito, que dificultava a sua compreensão. 
O prazo para emenda da inicial não é preclusivo: se o 
autor a emendar depois dos quinze dias, o juiz receberá a 
emenda, salvo se tiver proferido a sentença de 
indeferimento. Se necessário, poderá determinar outra 
emenda, até que todos os esclarecimentos sejam 
prestados.

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