Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
21/08/2023, 16:05 wlldd_231_u4_pol_inc_aço_afi https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=geilmaarmil2019%40gmail.com&usuarioNome=GEILMA+AZEVEDO+DA+SILVA&disciplinaDescricao=&atividadeId=3681235&atividadeDesc… 1/20 Imprimir INTRODUÇÃO Olá, estudante! Nesta aula vamos aprofundar nossos estudos sobre o conceito de cidadania, ampliando seu espectro para lutas pela liberdade sexual e de gênero, pelos direitos civis e liberdade LGBTI+ (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transgênero, Intersexo e qualquer outra minoria relacionada). Ressalta-se que a cidadania é um conceito antigo que passou por transformações, desde a sua introdução por Aristóteles até concepção atual, passando pela Revolução Francesa, com o lema de liberdade, igualdade e fraternidade, muito utilizado na luta pelos direitos humanos. A partir dos anos de 1970, houve uma explosão de movimentos de lutas pelos direitos das minorias, que ampliaram a luta por cidadania e direitos civis, o que deu maior visibilidade aos grupos minoritários. Assim, cidadania passa a ser percebida como chave para conquistar mudanças e inovações, e deixa de ser somente associada ao exercício de direitos políticos, ampliando a percepção para a necessidade de uma compreensão diferente da ideia de igualdade, com diversidade. NOÇÕES FUNDAMENTAIS DE AÇÕES AFIRMATIVAS Aula 1 NOÇÕES DE RECONHECIMENTO DE MINORIAS Nesta aula vamos aprofundar nossos estudos sobre o conceito de cidadania, ampliando seu espectro para lutas pela liberdade sexual e de gênero, pelos direitos civis e liberdade LGBTI+. 29 minutos AÇÕES AFIRMATIVAS DE INCLUSÃO SOCIOECONÔMICA Aula 1 - Noções de reconhecimento de minorias Aula 2 - Ações a�rmativas de inclusão cultural e educacional Aula 3 - Ações a�rmativas de inclusão política Aula 4 - Povos indígenas, ribeirinhos e meio ambiente Referências 136 minutos 21/08/2023, 16:05 wlldd_231_u4_pol_inc_aço_afi https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=geilmaarmil2019%40gmail.com&usuarioNome=GEILMA+AZEVEDO+DA+SILVA&disciplinaDescricao=&atividadeId=3681235&atividadeDesc… 2/20 Nesta seção vamos focar nossos estudos sobre a necessidade de proteção às minorias e aos grupos vulneráveis. Você pôde observar até aqui que esses grupos vivem em posição de subjugação e vulnerabilidade e, portanto, necessitam de auxílio até mesmo para preservar a sua própria identidade. Além disso, outras justi�cativas para fortalecer essa proteção podem ser apontadas, a partir da análise da tríade consagrada pela Revolução Francesa, nos princípios da liberdade, da igualdade e da fraternidade, que balizam o respeito à dignidade humana. Assim, a efetivação do princípio da liberdade, transplantada para a temática minoritária, permite que cada ser humano seja quem é, ou quem quer ser. Já o princípio da igualdade, deve seguir a máxima aristotélica que propõe que a igualdade é composta de elementos da isonomia e da equidade, pelas quais se deve tratar os iguais de maneira igual e os desiguais de maneira desigual na medida de sua desigualdade, respectivamente, veri�ca-se que o princípio da igualdade se encontra visceralmente atrelado à temática minoritária. Por �m, a ideia de fraternidade, vai além do reconhecimento da igualdade e avança em um processo de construção de meios jurídicos e políticos para a proteger a dignidade humana e, em se tratando de pessoas em situação de vulnerabilidade, tal responsabilidade é ainda maior, e justi�ca a necessidade de proteção especí�ca e particular consagradas às minorias e aos grupos vulneráveis (JUBILUT; BAHIA; MAGALHÃES, 2014). Essa proteção pode ser concretizada por meio das ações a�rmativas, que podem ser compreendidas como medidas públicas e privadas, coercitivas ou voluntárias, implementadas para promover e integrar indivíduos e grupos sociais, tradicionalmente discriminados em função de sua origem, raça, sexo, opção sexual, idade, religião, patogenia física ou psicológica. As ações a�rmativas são, portanto, atos de discriminação lícitos e necessários à conformação do Estado Democrático de Direito, pois constituem medidas especiais e temporárias que, buscando remediar um passado discriminatório, objetivam acelerar o processo com o alcance da igualdade substantiva (MIRANDA, 2010). Essas ações podem ser estabelecidas na educação, na saúde, no mercado de trabalho, nos cargos políticos, ou seja, em qualquer dos setores em que a discriminação a ser superada se faz mais evidente e no qual é constatado um quadro de desigualdade e de exclusão. A sua implementação carrega uma intenção explícita de mudança nas relações sociais e propõem políticas de reparações e de reconhecimento que formarão os programas de ações a�rmativas, dirigidos à correção de desigualdades e à oferta de tratamento diferenciado, com vistas a corrigir desvantagens e marginalização criadas e mantidas pela estrutura social excludente e discriminatória (MIRANDA, 2010). É importante esclarecer que as ações a�rmativas não se limitam à política de cotas, podem ser medidas estatais e privadas que se voltam à integração socioeconômica dos grupos discriminados, mantendo sua identidade sociocultural. Por isso, é fundamental ressaltar que as ações a�rmativas não são atos de caridade nem de clientelismo, elas são ações de reconhecimento da identidade e do pertencimento cultural de grupos sociais, e têm caráter temporário. Ou seja, a intenção é que vigorem o tempo necessário para a efetivação da igualdade de condições. Isso signi�ca considerar não só o acesso aos bens sociais, mas também à desconstrução das representações e das mentalidades que sustentam preconceitos e reforçam discriminações (MIRANDA, 2010). 21/08/2023, 16:05 wlldd_231_u4_pol_inc_aço_afi https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=geilmaarmil2019%40gmail.com&usuarioNome=GEILMA+AZEVEDO+DA+SILVA&disciplinaDescricao=&atividadeId=3681235&atividadeDesc… 3/20 A DISCRIMINAÇÃO POSITIVA COMO INSTRUMENTO DE COMBATE ÀS DESIGUALDADES Para aprofundar nosso estudo a respeito do combate às desigualdades, vamos analisar com mais detalhe o conceito de igualdade, que pode ser analisado em três formas de expressão: a igualdade-identidade, a igualdade-diferenciação e a igualdade-discriminação. A primeira forma repousa no fundamento de que os indivíduos não são vistos naquilo que os diferencia, em suas particularidades, de sexo, de etnia, de idade, mas sim no que os une, enquanto seres humanos. A evolução dessa visão tradicional de igualdade formal conduziu ao reconhecimento de uma tolerância sobre um tratamento diferenciado, desde que este servisse não para aumentar as diferenças, mas, ao contrário, para atenuá-las, trazendo a segunda forma de igualdade, com a ideia de igualdade-diferenciação, que se fundamenta nas diferenças de fato, visando conferir tratamento jurídico diferenciado em situações especí�cas, na intenção de compensá-las e atenuá-las. A igualdade continua presente nessa concepção, uma vez que, na ideia de que os sujeitos de direito, enquanto pessoas, são todos igualmente diferentes, essa concepção permite atenuar o peso das desigualdades, especialmente quando se trata de infortúnios (JUBILUT; BAHIA; MAGALHÃES, 2014). Contudo, essa tomada de consciência das diferenças não foi su�ciente para criar a igualdade de condições e oportunidades, razão pela qual se concebe a terceira forma, a igualdade-discriminação, também conhecida como “discriminação positiva”, “ação a�rmativa” ou, “medida de aparência discriminatória”. O primeiro elemento de de�nição da igualdade-discriminação é o aspecto positivo ao grupo de bene�ciários da medida, que se destina a combater uma discriminação negativa existente. O segundo elemento assegura uma igualização de resultado, por exemplo, a reserva de candidaturas para mulheres em eleições, diferente de uma bolsa concedida a um estudante com situação �nanceira desfavorável (igualdade-diferenciação), pois, embora a atribuição da bolsa não deixede constituir um resultado, não se trata de uma �nalidade em si, mas de um meio para a obtenção do resultado. Ou seja, enquanto a igualdade-diferenciação visa ao alcance de uma igualdade de meios, a igualdade-discriminação se aplica, com mais ou menos intensidade, para uma igualização de resultados. Não obstante, nenhuma dessas expressões da igualdade é exclusiva; deve haver uma articulação entre medidas que expressam diferentes dimensões da igualdade, sempre buscando a realização do princípio constitucional da igualdade em última instância (JUBILUT; BAHIA; MAGALHÃES, 2014). Portanto, justamente para evitar que os impactos discriminatórios se perpetuem e se posterguem no tempo, devem ser implementadas políticas públicas cuja ação seja de discriminação positiva. Isso porque, caso as políticas estatais sejam apenas neutras, elas podem se con�gurar em fonte geradora de discriminação indireta, uma vez que, embora aparentemente não sejam discriminatórias, seus efeitos poderão manter, perpetuar e até mesmo exacerbar uma discriminação. Daí a necessidade de um protagonismo estatal, orientado pelo dever do Estado Democrático de Direito de respeitar e não violar direitos, proteger e não permitir que terceiros violem esses direitos, e implementar ações a�rmativas, ou discriminação positiva que garantam direitos humanos (JUBILUT; BAHIA; MAGALHÃES, 2014). 21/08/2023, 16:05 wlldd_231_u4_pol_inc_aço_afi https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=geilmaarmil2019%40gmail.com&usuarioNome=GEILMA+AZEVEDO+DA+SILVA&disciplinaDescricao=&atividadeId=3681235&atividadeDesc… 4/20 AS REIVINDICAÇÕES POR RECONHECIMENTO, REPRESENTATIVIDADE E EMPODERAMENTO Nesta seção, estudante, buscaremos alinhar teoria e prática, analisando como as reivindicações por reconhecimento, representatividade e empoderamento se apresentam ao longo da história das sociedades, por meio dos movimentos sociais que buscam garantias de direitos. Conforme a evolução e o crescimento desses grupos, as frentes de lutas também se modi�caram, passando a ter o ser humano como centro das reivindicações e questões trabalhistas, de saúde e de moradia passaram a fazer parte dessas mobilizações. Atualmente, os movimentos sociais protagonizados pela sociedade civil, somam um conjunto variado de demandas por meio de múltiplas bandeiras de lutas sociais. A partir dos anos de 1970 e 1980, houve uma intensi�cação desses movimentos e uma amplitude das demandas que passaram a fazer parte de suas reivindicações. Após as conquistas de direitos que se concretizaram com a promulgação da Constituição Federal de 1988, novas reivindicações e buscas por representatividade se sucederam durante os anos de 1990 e início dos 2000. Nessa esteira, até os dias atuais, novas formas de articulação surgiram, especialmente via internet. Por meio da dinâmica realidade das redes sociais, ações reivindicatórias são mais e�cazmente organizadas, com maior alcance de participantes. São organizados movimentos sociais que podem se materializar em denúncias, abaixo-assinados, mobilizações, marchas, concentrações, passeatas, distúrbios, negociações, expressões culturais temáticas, entre outros (SANTOS et al., 2018). Com relação à busca por reconhecimento, representatividade e empoderamento, ganham destaque o movimento feminista e o movimento LGBTQI+ que, em diversos contextos são considerados como transgressores. Isso porque a corrente dominação patriarcal busca manter seu lugar de privilégio e liderança, pois por meio da cultura do desmerecimento, o modelo dominante busca dar a esses movimentos, que ele considera como transgressores, menor relevância e aceitação. Como se não bastasse as desigualdades e injustiças cotidianas, esses movimentos se veem diante uma luta que precisa ser travada todos os dias, que é a de se provar como um movimento social sério, que efetivamente conquista direitos e garantias, pelas suas manifestações, sejam elas práticas ou teóricas (SANTOS et al., 2018). Assim, para dar cumprimento às suas reinvindicações por reconhecimento, representatividade e empoderamento, é necessário que esses grupos aliem a educação ao empoderamento, pois é com essa união que se tem as melhores condições de aprimorar a capacidade de agir, reforçando os poderes pessoais de leitura crítica da realidade. Esse envolvimento da educação com o empoderamento é estratégico e precisa se rodear de certos cuidados, uma vez que o empoderamento, apesar de signi�car, mais poder, ou acréscimo de poder, é um conceito disputado no espectro das orientações políticas vigentes, dando origem a dissensos interpretativos (BARBOSA; MÜHL, 2016). Por esse motivo, o processo de empoderamento se compromete com a luta pela equidade, com o propósito de promover uma sociedade mais justa, pois empoderamento signi�ca ampliar a liberdade de escolher e agir, ou seja, signi�ca buscar um aumento da autoridade e do poder dos indivíduos e grupos sobre os recursos e as decisões que afetam suas próprias vidas. O empoderamento proporciona que a pessoa possa de�nir seus próprios objetivos, adquirir competências, ou ter suas competências reconhecidas (ONU MULHERES, 2016). 21/08/2023, 16:05 wlldd_231_u4_pol_inc_aço_afi https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=geilmaarmil2019%40gmail.com&usuarioNome=GEILMA+AZEVEDO+DA+SILVA&disciplinaDescricao=&atividadeId=3681235&atividadeDesc… 5/20 VÍDEO RESUMO Neste vídeo vamos aprofundar nossos estudos acerca das políticas de inclusão e ações a�rmativas, que nada mais são do que medidas especiais e temporárias, cujo objetivo é eliminar desigualdades historicamente acumuladas, garantir a igualdade de oportunidades, entre outras reinvindicações para compensar perdas provocadas pela discriminação e marginalização decorrentes de motivos raciais, étnicos, religiosos, de gênero e outros. Em resumo, ações a�rmativas são medidas tomadas que visam atribuir direitos iguais a grupos da sociedade que são oprimidos ou sofrem com as sequelas do passado de opressão. Saiba mais Veja como este boletim do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – IPEA, analisa algumas ações a�rmativas do serviço público no Brasil. Para visualizar o objeto, acesse seu material digital. INTRODUÇÃO Olá, estudante! Nesta aula vamos aprofundar nossos estudos sobre as políticas de inclusão e ações a�rmativas no nosso país, à luz dos princípios constitucionais. Vamos estudar como aprimorar a diversidade por meio da cultura e da educação. Além disso, veremos que as cotas para acesso dessas minorias à universidade são fundamentais para mitigar exclusões históricas do nosso país. Vamos ver também que a epistemologia histórica do ocidente precisa ter o contraponto das epistemologias negras, femininas e indígenas, para que sejam valorizadas a cultura e a diversidade dos povos. Por �m, vamos analisar a importância das cotas para participação e acesso de minorias em produções culturais. COTAS PARA ACESSO A UNIVERSIDADES Nesta seção vamos focar nossos estudos sobre a questão das cotas para acesso às universidades. Começaremos com alguns conceitos importantes, destacados no Texto Constitucional, que consagra, simultaneamente, o princípio da igualdade formal, ou seja, igualdade perante a lei, expressamente previsto no Aula 2 AÇÕES AFIRMATIVAS DE INCLUSÃO CULTURAL E EDUCACIONAL Nesta aula vamos aprofundar nossos estudos sobre as políticas de inclusão e ações a�rmativas no nosso país, à luz dos princípios constitucionais. 31 minutos http://repositorio.ipea.gov.br/bitstream/11058/11122/1/EmQuestao_n12_Acoes.pdf 21/08/2023, 16:05 wlldd_231_u4_pol_inc_aço_afi https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=geilmaarmil2019%40gmail.com&usuarioNome=GEILMA+AZEVEDO+DA+SILVA&disciplinaDescricao=&atividadeId=3681235&atividadeDesc… 6/20 caput do art. 5º; e o princípio da igualdade material, que é realizado pela lei e constitui o fundamento dos objetivos sociais previstos no art. 3º da Constituição Federal,dos direitos sociais previstos nos arts. 6º, 7º ao 11 e no Título VIII que trata da Ordem Social. Portanto, a nossa Carta Magana “não se contenta com a posição abstencionista característica do Estado Liberal, que veda ao Estado todo tipo de tratamento discriminatório arbitrário” (JUBILUT; BAHIA; MAGALHÃES, 2014, p. 25), criando obrigações concretas para o Poder Público agir no sentido de reduzir as desigualdades de fato existentes na sociedade, por meio de políticas públicas e leis que atendam as especi�cidades dos grupos menos favorecidos. Essas políticas estão previstas nos incisos I, III e IV do art. 3º, que tratam dos objetivos fundamentais da República, a partir da: construção de uma sociedade livre, justa e solidária; redução das desigualdades sociais e regionais; promoção do bem comum. Além disso, o Texto Constitucional estabeleceu, especi�camente, tratamento diferenciado a determinados grupos vulneráveis, por exemplo, no inciso XX do art. 7º, que traz a proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos especí�cos; e o inciso VIII do art. 37, que reserva percentual de cargos e empregos públicos para as pessoas com de�ciência, além de ter valorizado explicitamente a contribuição indígena e afro-brasileira à cultura nacional no § 1º do art. 215. Tais objetivos e valores só se realizam por meio de políticas promocionais que combinem redistribuição e reconhecimento (BRASIL, 1988). Importante destacar as discriminações positivas estabelecidas pela Constituição Federal que não são taxativas, pois ela não vedou a adoção de outras diferenciações, desde que plenamente justi�cadas. Assim, não é correto a�rmar que as políticas de cotas ou outras espécies de ações a�rmativas sejam inconstitucionais, tampouco que sejam incompatíveis com o princípio da igualdade, posto que, quando existe um vínculo de correlação lógica entre a peculiaridade diferencial e o objeto, as discriminações positivas são estabelecidas justamente para realizar os valores e objetivos fundamentais previstos na Carta Maior (JUBILUT; BAHIA; MAGALHÃES, 2014). Especi�camente, com relação à política de cotas nas universidades, ela promove a “abertura desta instituição à diversidade e à pluralidade, com a inserção de crenças, tradições e valores culturais de grupos tradicionalmente excluídos, como os negros e os povos indígenas” (JUBILUT; BAHIA; MAGALHÃES, 2014, p. 25). Dessa forma, essa ação a�rmativa contribui para a democratização do acesso ao ensino superior, conferindo maiores possibilidades de ascensão social a grupos vulneráveis e minorias e a democratização do acesso aos postos de poder existentes na sociedade. Portanto, com base nesses pressupostos, podemos a�rmar que a adoção de políticas de ação a�rmativa está em consonância não só com a ordem constitucional brasileira, como com a ordem internacional, mas também com a necessidade de buscar justiça social e reconhecimento do direito à diferença, aliviando a carga do passado discriminatório e fomentando, no presente, as transformações sociais necessárias para o futuro. Como são medidas de exceção, elas devem ser transitórias e prever mecanismo de revisão periódica de seus resultados, pois só se justi�cam se servirem para alcançar objetivos concretos de redução de desigualdades sociais e combate aos mecanismos de exclusão fruto de práticas culturais que aniquilam o direito à diferença. 21/08/2023, 16:05 wlldd_231_u4_pol_inc_aço_afi https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=geilmaarmil2019%40gmail.com&usuarioNome=GEILMA+AZEVEDO+DA+SILVA&disciplinaDescricao=&atividadeId=3681235&atividadeDesc… 7/20 EPISTEMOLOGIAS NEGRAS, FEMININAS E INDÍGENAS Para aprofundar nosso estudo a respeito das ações a�rmativas em favor do combate às desigualdades, vamos ver como esse combate passa pela superação do modelo de Estado uniformizado e uniformizador ainda vigente na maioria dos países, o qual foi criado a partir de instituições como: o exército nacional; as moedas nacionais; os bancos nacionais; a polícia; a burocracia estatal; o direito internacional; as ideias de democracia representativa; a separação de poderes; as constituições nacionais; entre outras ideias e instituições que buscam a ideia de uniformização; homogeneização; normalização e negação sistemática da diversidade (JUBILUT; BAHIA; MAGALHÃES, 2014). Em contraponto, as transformações recentes no direito constitucional, com o Estado Plurinacional e a repercussão desses movimentos no direito internacional anunciam um possível rompimento de 500 anos de tradição uniformizadora e hegemônica comandada por uma visão estritamente europeia. Para compreender esse processo, precisamos compreender o pluralismo epistemológico, para entender a sustentação desse novo constitucionalismo e de um possível novo direito internacional. Para tanto, precisamos antes compreender alguns dos vários mecanismos que sustentam a hegemonia ideológica europeia (ocidental): a defesa de uma história linear, construída como justi�cativa para uma suposta missão civilizatória, baseada na ideia de culturas mais desenvolvidas (na realidade com mais poder militar e econômico), ao intervir em outras culturas, desenvolvem avanços civilizacionais; e a intervenção humanitária, para levar direitos humanos e democracia. Esses discursos encobrem as reais motivações econômicas que movimentam os civilizadores e a unicidade �losó�ca e epistemológica que rebaixa e esconde o considerado diferente (JUBILUT; BAHIA; MAGALHÃES, 2014). Assim, a epistemologia das mulheres, dos indígenas, dos negros e quilombolas confronta o discurso hegemônico, racista, machista e colonialista, confronta a academia e questiona a matriz epistêmica ocidental, ressaltando três grandes premissas, que são também ensinamentos dessas epistemologias: 21/08/2023, 16:05 wlldd_231_u4_pol_inc_aço_afi https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=geilmaarmil2019%40gmail.com&usuarioNome=GEILMA+AZEVEDO+DA+SILVA&disciplinaDescricao=&atividadeId=3681235&atividadeDesc… 8/20 Portanto, podemos perceber que a academia é monoepistêmica e se fundamenta nas epistemologias ocidentais impostas ao mundo todo, movimentando-se em via de mão única, pois a sua condição de detentora do conhecimento válido não lhe permite dialogar verdadeiramente com outros conhecimentos e outros sujeitos conhecedores. Diante desse quadro, as epistemologias negras, indígenas e quilombolas, entre outras, reivindicam mudanças, não apenas na instituição acadêmica, mas também no campo político, assumindo uma postura crítica, contra colonialista, antimachista e antirracista. En�m, o som do tambor e do maracá deve guiar as epistemologias ocidentais no labirinto que elas próprias entraram (ALVES, 2019). COTAS PARA PARTICIPAÇÃO E ACESSO DE MINORIAS EM PRODUÇÕES CULTURAIS Nesta seção, caro estudante, buscaremos alinhar teoria e prática, analisando algumas políticas públicas que tentam dar maior acesso e participação de minorias em produções culturais. Analisando a história das políticas públicas culturais no Brasil, poderemos observar que somente após a Revolução de 1930 houve ampliação dos espaços culturais por parte do Estado. A criação do Ministério da Educação e Saúde em 1930 e a entrada de Mário de Andrade no Departamento de Cultura da Prefeitura da cidade de São Paulo (1935) introduziram novas de�nições para a cultura (RUBIM, 2007). Em 1939, foi criado o Departamento de Informação e Propaganda (DIP), que implementou uma política pública cultural nacionalista, que buscou apaziguar os ânimos entre as classes sociais e valorizar a cultura brasileira. O Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (SPHAN) teve um papel de protagonismo cultural até o �nal O primeiro grande ensinamento é a possibilidade de ser transepistêmico, ou seja, a premissa de que os saberes não são submetidos a ordem hierárquica de conhecimento. Os sonhos, a poesia, as imagens, os cantos, os sons, as histórias, as plantas, os animais etc.tem igualmente capacidade explicativa, comunicativa e transformadora, podendo ser transmitidas, ensinadas e aprendidas através da fala, da cantoria, pintura, do desenho ou da escrita e principalmente, cada uma delas está conectada e coexiste com as outras sem negar a existência umas das outras. O segundo grande ensinamento está no que se refere a uma característica distintiva do pensamento feminista negro, que se [...] refere ao relacionamento com outros projetos de justiça social. O terceiro grande ensinamento advém da concepção de que o conhecimento é coletivo e corporal [...] Vem da força do povo, da realidade social e da força vital dos ancestrais. Assim, a grande premissa das epistemologias não ocidentais [...] reside no fato de que o conhecimento não é individual, mas coletivo. — (ALVES, 2019, p. 90 e 91). 21/08/2023, 16:05 wlldd_231_u4_pol_inc_aço_afi https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=geilmaarmil2019%40gmail.com&usuarioNome=GEILMA+AZEVEDO+DA+SILVA&disciplinaDescricao=&atividadeId=3681235&atividadeDesc… 9/20 da década de 1960, quando passou a se chamar Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) (RUBIM, 2007). Em 1964 o cenário muda de forma signi�cativa com o início da ditadura no Brasil, a volta do tradicionalismo juntamente com um autoritarismo de proporções monumentais. A ditadura militar controlava a indústria cultural e os meios audiovisuais do país, de acordo com a política de segurança nacional. Nesse sentido, foram criadas a Fundação Nacional de Artes – FUNARTE e a Secretaria de Cultura do MEC – Ministério da Educação e Cultura (RUBIM, 2007). Após o �m da ditadura e com a promulgação da Constituição Federal de 1988, foi criado o Ministério da Cultura. No entanto, no início dos anos de 1990, com o Governo Collor, houve um ensaio neoliberal no país, tirando parte da autonomia do Estado na área de produção cultural, que praticamente desmonta a área de cultura no plano federal. O Ministério da Cultura foi extinto a uma secretaria e são também extintos inúmeros órgãos, como a Empresa Brasileira de Filmes – EMBRAFILME, o Conselho Nacional de Cinema – CONCINE, entre outros (RUBIM, 2007). Com a diminuição do Estado na área cultural, houve um estímulo ao mercado por meio de algumas leis de isenção �scal, por exemplo, a Lei Rouanet e a Lei do Audiovisual, as quais têm por premissa o auxílio �scal para patrocinar produções nacionais. Assim, as verbas utilizadas nas produções nacionais continuam sendo basicamente do Estado, mas o mercado privado a ser o protagonista, o que acaba por corroer o poder de intervenção do Estado nas políticas culturais e potencializa a intervenção do mercado. Isso proporciona um crescimento na produção cinematográ�ca na região Sudeste, principalmente em São Paulo e Rio de Janeiro, o que aumento a desigualdade na produção cultural (RUBIM, 2007). Em 2001, foi criada a Agência Nacional do Cinema – ANCINE, uma agência reguladora que tem como atribuições o fomento, a regulação e a �scalização do mercado do cinema e do audiovisual no Brasil. Uma autarquia especial, vinculada ao Ministério da Cidadania, que mudou os princípios básicos de como as políticas públicas relacionadas ao audiovisual. Isso abriu novas oportunidades de criação, �nanciamento, suporte e aumentou o dinamismo da área, com a produção de centenas de series, �lmes, curtas, entre outras produções relacionadas ao audiovisual (OCA, 2022). No entanto, como demonstram os dados do Observatório Brasileiro do Cinema e do Audiovisual – OCA, não existe diversidade de gênero na produção audiovisual. Somando todas as diretoras que trabalharam em uma produção cinematográ�ca, o número total chega há um pouco mais de 20% do total de produções, percentual muito abaixo do número de mulheres da população brasileira (OCA, 2022). VÍDEO RESUMO Neste vídeo vamos aprofundar nossos estudos acerca das políticas de inclusão e ações a�rmativas nas áreas da cultura e da educação. Vamos dar um destaque especial para a questão das cotas para o acesso aos cursos universitários, para as de�nições epistemológicas das mulheres e das comunidades negras e indígenas, assim como para a participação e para o acesso dessas minorias em produções culturais. 21/08/2023, 16:05 wlldd_231_u4_pol_inc_aço_afi https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=geilmaarmil2019%40gmail.com&usuarioNome=GEILMA+AZEVEDO+DA+SILVA&disciplinaDescricao=&atividadeId=3681235&atividadeDes… 10/20 Saiba mais Conheça o Observatório de Coletivos Culturais da Periferia de São Paulo (OCCP), criado em 2019, e que tem como objetivos veri�car processos de comunicação construídos por essas experiências, analisar relações institucionais e de diálogos de saberes desenvolvidas por estes grupos com organismos o�ciais e as comunidades onde atuam, bem como veri�car quais interseccionalidades envolvem as sujeitas e os sujeitos periféricos que participam dos coletivos. Para visualizar o objeto, acesse seu material digital. INTRODUÇÃO Olá, estudante! Nesta aula vamos aprofundar nossos estudos sobre as ações a�rmativas de inclusão política. Veremos a importância dessas ações para que haja uma diversidade nas representações políticas. Observe que se analisarmos a origem do termo representação, veremos que ela provém do latim: repraesentare, que signi�ca ato de trazer literalmente à presença algo previamente ausente (SOUZA; RICHER, 2018). Ou seja, representação sugere uma ação pela qual uma pessoa age por outra. Portanto, no âmbito político, a representação assume uma posição muito importante no contexto democrático, em que os indivíduos participam e se fazem representar nas decisões políticas. Assim, os representantes mantêm vínculos fortes com os representados, representando-os politicamente e com autonomia para decidir sobre questões que possam afetar os seus direitos. PARTICIPAÇÃO E REPRESENTAÇÃO POLÍTICA DE MINORIAS Nesta seção vamos focar nossos estudos sobre a participação e a representação política das minorias. Importante destacar que, entre as diversas minorias existentes nas sociedades atuais, cada uma delas tem as suas pautas especí�cas e seus motivos de exclusão política. Portanto, cada grupo tem as suas reivindicações próprias por direitos e reconhecimento (ARAÚJO, 2020). Em comum, essas minorias se deparam com o modelo cultural e social europeu ocidental dominante, em que predomina o homem branco, rico e intelectual. Nesse modelo, qualquer indivíduo que não se enquadre no padrão dominante, é considerado hierarquicamente inferior. Para contrapor esse modelo, há uma diversidade Aula 3 AÇÕES AFIRMATIVAS DE INCLUSÃO POLÍTICA Nesta aula vamos aprofundar nossos estudos sobre as ações a�rmativas de inclusão política. 29 minutos https://www.observatorio-periferias.com/ 21/08/2023, 16:05 wlldd_231_u4_pol_inc_aço_afi https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=geilmaarmil2019%40gmail.com&usuarioNome=GEILMA+AZEVEDO+DA+SILVA&disciplinaDescricao=&atividadeId=3681235&atividadeDes… 11/20 de públicos e grupos historicamente compreendidos como minorias: negros, mulheres, comunidade LGBTQI+, etc., os quais estão a demandar direitos iguais e paridade de participação na esfera pública dominante (ANSELMINI; CRISTIANETTI, 2020). As minorias podem ser de�nidas de acordo com critérios quantitativos e qualitativos. Conforme o critério quantitativo, a de�nição de minorias está relacionada com Entretanto, o elemento numérico, por si só, não é su�ciente para caracterizar uma minoria, pois as mulheres representavam 51,03% da população brasileira, no censo de 2010 do IBGE, ou seja, são a maioria numérica, mas são consideradas minorias sociais, sob o critério qualitativo. Segundo esse critério, são considerados minorias, os grupos de cultura não dominante dentro da sociedade em que estão inseridos e; portanto, são suscetíveis de maior violação de seus direitos (BRAGATO, 2018). Acrescenta Teixeira (2008), queà expressão proteção às minorias poderia ser atribuída a proteção à discriminação e contra a assimilação. Assimilação entendida como processo de uniformização de comportamentos e costumes. Assim, para caracterizar um grupo dentro de um estado como minoria, é necessário observar a sua situação política, econômica e cultural e suas relações com a maioria dominante, se são amigáveis ou hostis. Por conseguinte, é necessário compreendermos que o conceito de minoria deve abranger os grupos não dominantes, ou seja, os vulneráveis. Assim, deve ser aplicado o critério qualitativo e não somente quantitativo na de�nição do conceito de minoria, uma vez que nem sempre a vulnerabilidade apresenta-se em grupos numericamente inferiores. A importância dessa de�nição reside no fato de que essa ampliação do conceito de minorias para o aspecto qualitativo, permite que esses grupos tenham maior possibilidade de buscar o seu reconhecimento para, consequentemente, lutarem pela proteção de seus direitos e reivindicá-los por meio de uma participação política mais ativa e igualitária (ANSELMINI; CRISTIANETTI, 2020; JUBILUT; BAHIA; MAGALHÃES, 2014). Nesse sentido, podemos concluir que são necessárias políticas a�rmativas que se destinem a incrementar a representatividade das minorias nos cargos políticos. Dessa forma, elas terão cada vez mais espaço nos debates e proporcionarão maior democratização. Grupos numericamente inferiores ao resto da população de um Estado, em uma posição não dominante, cujos membros possuem características étnicas, religiosas ou linguísticas diferentes das do resto da população e mostram, ainda que implicitamente, um sentimento de solidariedade, dirigida no sentido de preservar a sua cultura, tradições, religião ou linguagem. — (ANSELMINI; CRISTIANETTI, 2020 apud ONU, 2010) 21/08/2023, 16:05 wlldd_231_u4_pol_inc_aço_afi https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=geilmaarmil2019%40gmail.com&usuarioNome=GEILMA+AZEVEDO+DA+SILVA&disciplinaDescricao=&atividadeId=3681235&atividadeDes… 12/20 A REPRESENTAÇÃO DE MULHERES, NEGROS, INDÍGENAS E LGBTQI+ NO BRASIL Para aprofundarmos nosso estudo a respeito da participação e representação das minorias no Brasil, vamos observar como se dão as políticas e ações a�rmativas em favor de mulheres, negros, indígenas e LGBTQI+. A Constituição Federal de 1988 não se refere explicitamente a “minorias”; contudo, dedica grande parte de suas normas ao estabelecimento de tratamentos especiais para grupos desfavorecidos. A Constituição Federal de 1988 trata de uma variedade de grupos minoritários, entre os quais se incluem os índios e os quilombolas, com sua identidade étnica e cultural peculiar. Mas há também regras especí�cas em relação a muitos grupos minoritários sem referência identitária, por exemplo: mulheres, negros, crianças, idosos, desamparados, pessoas com de�ciência, trabalhadores rurais, presos, etc. (DIMOULIS, 2021). No âmbito desse debate, é importante de�nir o uso dos termos identidade e identitário, os quais são utilizados para se referir às minorias e aos seus desejos. Sem dúvida, é desejo dessas minorias manter a identidade coletiva que as distingue dos demais. Portanto, o termo identidade, utilizado neste texto, serve para manter a identidade coletiva distinta que gera unidade e permite sua reprodução intrínseca. Contudo, no que se refere ao termo identitário, é importante destacar que ele serve para expressar reivindicações políticas e jurídicas de grupos estruturalmente e institucionalmente excluídos (DIMOULIS, 2021). Nesse sentido, Pode-se a�rmar que para muitos grupos minoritários não é evidente a existência de unidade político-cultural, nem a consciência dessa identidade. Já outras minorias não possuem consciência coletiva, mas possuem a consciência da necessidade de se unir para lutar contra a discriminação. Por esse motivo, na política, as Pergunta-se se esses grupos desejam realmente preservar uma identidade coletiva ou querem apenas manter a identidade pessoal, sem que isso acarrete consequências negativas para o indivíduo membro de uma minoria social. Nessa perspectiva, pergunta-se, por exemplo, se a mulher negra brasileira deseja ser o que ela “é” e não deseja ser vista como membro de um coletivo que abrange as mulheres negras do Brasil (ou do mundo), como algo que é diferente e deve permanecer diferente dos demais grupos humanos. A questão é difícil e não permite resposta unitária. Isso ocorre porque a identidade da mulher negra brasileira (e qualquer outra) não consiste apenas em um conjunto de características que a diferenciam do homem negro colombiano, do homem gay grego ou da aposentada pobre vietnamita. Sua identidade traz as marcas da submissão e do desigual tratamento, ainda que sejam comuns os per�s hagiográ�cos de grupos, sem mencionar a relação de poder que os constitui. A mulher negra brasileira deseja apenas preservar lembranças, tradições e características fenotípicas ou quer ser o que é hoje, vítima de racismo, de superexploração e de exclusão social?. — (DIMOULIS, 2021, p. 40) 21/08/2023, 16:05 wlldd_231_u4_pol_inc_aço_afi https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=geilmaarmil2019%40gmail.com&usuarioNome=GEILMA+AZEVEDO+DA+SILVA&disciplinaDescricao=&atividadeId=3681235&atividadeDes… 13/20 minorias apresentam instabilidade e transitoriedade. A preocupação em proteger sua voz expressa-se no direito parlamentar e eleitoral, assim como no papel da justiça constitucional (DIMOULIS, 2021). O DESAFIO DAS FALSAS REPRESENTAÇÕES DE MINORIAS Nesta seção, caro estudante, buscaremos alinhar teoria e prática, analisando algumas representações das minorias. É importante começarmos essa análise da representação das minorias reconhecendo que este é um problema central em diversas discussões normativas e empíricas da ciência política. Nesses debates, podemos observar que, entre as diversas minorias existentes na nossa sociedade, cada uma delas têm suas causas especí�cas de reivindicações próprias por direitos e reconhecimento, além de motivos especí�cos para serem excluídos da política. No entanto, esses grupos têm demonstrado que são parte relevante do debate político e da agenda de pesquisa sobre as inequidades da representação e, dessa forma, demonstram que, mesmo sendo mais da metade da população, no caso das mulheres, elas são minoria em termos de expressão política, tanto fora quanto dentro dos espaços decisórios institucionalizados (ARAÚJO, 2020). No entanto, apesar da importância desses movimentos reivindicatórios, visando e promovendo mudanças de valores e práticas sociais, as instituições políticas e o sistema eleitoral são vistos, como uma das principais causas da exclusão, e, paradoxalmente, como uma das potenciais fontes de solução do problema. Os sistemas eleitorais e a estrutura interna das organizações partidárias são temas centrais nesse paradoxo. Ainda mais, que o compromisso com a democracia tem levado pesquisadores a concluírem que as demandas de grupos minoritários por soluções institucionais, tais como aquelas que asseguram cotas ou reserva de vagas nos processos de seleção de representantes, são a melhor forma de impedir o surgimento e o crescimento das falsas representações (ARAÚJO, 2020, p. 286). Por esse motivo, os partidos políticos são importantes, como lembra Young (2006) lembra que essas organizações são canais importantes na representação de opiniões, pois, por meio da elaboração dos seus programas, eles buscam expressar os interesses de uma determinada parcela do eleitorado, organizando os temas políticos, segundo princípios, valores e prioridades que eles se propõem a representar. Ademais, no Brasil, os partidos políticos detêm o monopólio da representação, sendo somente possível alcançar cargos eletivos por meio deles. Portanto, é possível a�rmar que os partidos políticos detêm o controle do recrutamento e da formação de das representações e dos governantes. Não obstante,a ênfase recente nas dinâmicas participativas, antielitistas, associadas às novas formas de mobilização social, às novas práticas governamentais e à criação de instituições que viabilizam a participação direta, as instituições representativas são tidas como indispensáveis. Destacam-se os partidos como instituições centrais do sistema, por seu forte poder de mobilização política, a despeito da crise das últimas décadas. 21/08/2023, 16:05 wlldd_231_u4_pol_inc_aço_afi https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=geilmaarmil2019%40gmail.com&usuarioNome=GEILMA+AZEVEDO+DA+SILVA&disciplinaDescricao=&atividadeId=3681235&atividadeDes… 14/20 Nesse ponto, precisamos analisar um aspecto institucional importante, no que se refere à representação das minorias e do desa�o que é enfrentar as falsas representações. Precisamos analisar a forma como os partidos políticos se organizam internamente e como enfrentam o problema das falsas representações dos grupos minoritários. Araújo (2020) a�rma que vários estudos sustentam que a adoção de medidas a�rmativas formais e de práticas de empoderamento das minorias no interior das estruturas partidárias, inclusive na ocupação de funções de poder na estrutura das organizações partidárias daria às minorias oportunidades para in�uenciar a distribuição dos recursos �nanceiros, organizacionais e logísticos dos partidos políticos, de modo a torná-la mais equânime entre os diversos segmentos que compõem o seu corpo de �liados. VÍDEO RESUMO Neste vídeo vamos aprofundar nossos estudos acerca ações das a�rmativas de inclusão política das minorias. Daremos também um destaque especial para a questão das representações político-partidárias e a forma como os partidos políticos devem ser organizados para garantir a participação dessas minorias, a partir de suas próprias estruturas organizacionais. Saiba mais O artigo Como representar as minorias ausentes na política brasileira traz uma importante re�exão sobre como as tecnologias digitais podem facilitar a representação de minorias na política, como mostra o caso do Brasil: Para visualizar o objeto, acesse seu material digital. INTRODUÇÃO Olá, estudante! Nesta aula vamos aprofundar nossos estudos sobre as ações a�rmativas de inclusão socioeconômica. A renda é um dos componentes mais importantes da economia, pois a partir dela as pessoas movimentam a economia. A qualidade de vida da população está diretamente relacionada à renda e aos bens e Aula 4 POVOS INDÍGENAS, RIBEIRINHOS E MEIO AMBIENTE Nesta aula vamos aprofundar nossos estudos sobre as ações a�rmativas de inclusão socioeconômica. A renda é um dos componentes mais importantes da economia, pois a partir dela as pessoas movimentam a economia. 32 minutos https://www.opendemocracy.net/pt/representar-minorias-ausentes-politica-brasil/ 21/08/2023, 16:05 wlldd_231_u4_pol_inc_aço_afi https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=geilmaarmil2019%40gmail.com&usuarioNome=GEILMA+AZEVEDO+DA+SILVA&disciplinaDescricao=&atividadeId=3681235&atividadeDes… 15/20 serviços que ela pode adquirir. Portanto, a desigualdade de renda vai além das relações econômicas e sociais, pois ela pode afetar outros aspectos, como a segurança, pois a criminalidade aumenta na medida em que há uma lacuna maior entre os mais pobres e os mais ricos. Assim, nesta aula vamos dar um destaque especial para a questão da solidariedade, do apoio mútuo e da autogestão, enquanto ações que fazem parte do desenvolvimento dos direitos humanos e da busca da igualdade material. Também veremos as políticas de promoção de emprego e renda básica e de redistribuição de investimentos públicos e redirecionamentos �scais. SOLIDARIEDADE, APOIO MÚTUO E AUTOGESTÃO Nesta seção vamos focar nossos estudos sobre ações a�rmativas de inclusão socioeconômica, lembrando que essas ações fazem parte do desenvolvimento dos direitos humanos e da busca da igualdade material. Assim, veri�camos que, a partir da Declaração Universal de 1948, começam a se desenvolver tratados internacionais voltados à proteção de direitos fundamentais (PIOVESAN, 2005). A evolução desse conceito demonstrou que é insu�ciente tratar o indivíduo de forma genérica, sendo necessário especi�car o sujeito de direito, com suas peculiaridades e particularidades, além de suas violações de direitos, que exigem uma resposta especí�ca e diferenciada. Nesse cenário, cada um dos grupos vulneráveis deve ser visto nas especi�cidades e peculiaridades de sua condição social. Nesse sentido, destacam-se três vertentes, no que tange à concepção da igualdade: a igualdade formal, reduzida à fórmula “todos são iguais perante a lei”; a igualdade material, correspondente ao ideal de justiça social e distributiva (orientada pelo critério socioeconômico); e a igualdade material, correspondente ao ideal de justiça como reconhecimento de identidades (orientada pelos critérios gênero, orientação sexual, idade, raça, etnia e demais critérios) (PIOVESAN, 2005). Quando embasada pelo critério socioeconômico, a igualdade material corresponde ao ideal de justiça distributiva e requer a adoção de medidas concretas de enfrentamento da marginalização e da desigualdade real. Ele está relacionado ao princípio da solidariedade, o qual deve ser compreendido como um dever jurídico, fundamentado nos direitos sociais. Ele se concretiza por políticas públicas que buscam garantir amparo e proteção social aos mais fracos e mais pobres, ou seja, aqueles que não dispõem de recursos próprios para viver dignamente (JUBILUT; BAHIA; MAGALHÃES, 2014). A primeira fase de proteção dos direitos humanos foi marcada pela tônica da proteção geral, que expressava o temor da diferença (que no nazismo havia sido orientada para o extermínio) com base na igualdade formal. A título de exemplo, basta avaliar quem é o destinatário da Declaração de 1948, bem como basta atentar para a Convenção para a Prevenção e Repressão ao Crime de Genocídio, também de 1948, que pune a lógica da intolerância pautada na destruição do “outro” em razão de sua nacionalidade, etnia, raça ou religião. — (PIOVESAN, 2005, p.46) 21/08/2023, 16:05 wlldd_231_u4_pol_inc_aço_afi https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=geilmaarmil2019%40gmail.com&usuarioNome=GEILMA+AZEVEDO+DA+SILVA&disciplinaDescricao=&atividadeId=3681235&atividadeDes… 16/20 Ainda segundo o princípio da solidariedade, para fugir da tendência à atomização, impõe-se deveres positivos de colaboração e apoio mútuo, levando-se em conta as diferenças de condição social entre os membros da sociedade. Trata-se da aplicação de um critério de justiça que busca, na distribuição de bens e serviços pelos poderes públicos, a compensação entre os que têm e os que não têm, ou seja, uma alocação mais justa de recursos e bens, transferindo a riqueza dos ricos para os pobres (JUBILUT; BAHIA, MAGALHÃES, 2014). Para tanto, como poderoso instrumento de inclusão social e de garantia de implantação do princípio da igualdade, existem as ações a�rmativas. Elas se constituem em medidas especiais e temporárias que buscam remediar um passado discriminatório e acelerar o processo de alcance da igualdade material por parte de grupos vulneráveis, como as minorias étnicas e raciais e as mulheres, entre outros grupos (PIOVESAN, 2005). POLÍTICAS DE PROMOÇÃO DE EMPREGO E RENDA BÁSICA Para aprofundar nosso estudo a respeito das ações a�rmativas de inclusão socioeconômica no Brasil, vamos analisar algumas políticas de promoção de emprego e renda básica, a partir da ótica macroeconômica, que analisa o comportamento econômico, em termos amplos, de grandes agregados, como: renda, nível geral de preços, emprego, etc. Assim, a teoria macroeconômica questões conjunturais, no curto prazo, como desemprego e in�ação e, no longo prazo, analisa os grandes agregados, preocupando-se com a trajetória de longo prazo da economia e com as questões estruturais, que não envolvem apenas a utilizaçãode instrumentos de política econômica, mas também fatores institucionais, sociais, tecnológicos, como quali�cação da mão de obra, progresso tecnológico, qualidade de vida da população, distribuição de renda, etc. (VASCONCELLOS; GARCIA, 2019). Nesse sentido, com relação à geração de empregos, Vasconcellos e Garcia (2019) a�rmam que essa é uma das funções do governo para estimular a economia e o interesse de empresários em investir e contratar. Dessa forma, a con�ança dos empresários, em relação ao futuro do país, é elevada, o que faz com que eles queiram investir ainda mais no setor produtivo e gerar empregos. O resultado disso é o aumento da massa salarial do país e da capacidade de compra das pessoas, melhorando as suas condições de vida e estimulando outros setores da economia, pois o consumo passa a ser maior, o que gera crescimento econômico. No entanto, é preciso diferenciar crescimento econômico de desenvolvimento econômico. O desenvolvimento envolve um aspecto mais qualitativo e representa melhorias nas condições de vida ou bem-estar da população. Assim, enquanto o crescimento econômico estiver alto e houver uma distribuição justa da renda gerada, assim como investimentos em saúde, educação e lazer, por parte do governo, signi�ca que o país está se desenvolvendo. Porém, poderá ocorrer uma elevada taxa de crescimento, mas baixo desenvolvimento econômico, caso haja muita concentração de renda e os investimentos em questões sociais não sejam realizados, ou ocorram com baixa intensidade, prejudicando o bem-estar da população e, consequentemente, o desenvolvimento econômico do país (SILVA et al., 2018). Um exemplo de política que trouxe crescimento sem desenvolvimento econômico no Brasil foi o chamado milagre econômico, ocorrido durante o período da Ditadura entre 1967 e 1973, quando a concentração de renda no país foi acentuada, deliberada pelo governo, que a�rmava ser necessário primeiro crescer para depois distribuir. 21/08/2023, 16:05 wlldd_231_u4_pol_inc_aço_afi https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=geilmaarmil2019%40gmail.com&usuarioNome=GEILMA+AZEVEDO+DA+SILVA&disciplinaDescricao=&atividadeId=3681235&atividadeDes… 17/20 Para evitar a reincidência de cenários como esse, existem as políticas de promoção de renda, que se referem à intervenção direta do governo na formação de rendas, como salários e aluguéis, a partir do controle de preços. Alguns tipos de controle podem ser considerados dentro do âmbito das políticas monetária, �scal ou cambial. Por exemplo, o controle das taxas de juros e da taxa de câmbio. Outra forma de controle é atuação sobre preços e salários, que buscam evitar o aumento da in�ação (VASCONCELLOS; GARCIA, 2019). Portanto, os objetivos que envolvem as políticas de rendas estão relacionados a questões estruturais, que buscam resultados no longo prazo. São modi�cações mais profundas e complexas que buscam justiça social e melhor distribuição de renda no país. Dessa forma, elas servem de exemplo da busca pelo desenvolvimento econômico (SILVA et al., 2018). REDISTRIBUIÇÃO DE INVESTIMENTOS PÚBLICOS E REDIRECIONAMENTOS FISCAIS Nesta seção, estudante, buscaremos alinhar teoria e prática, analisando algumas ações a�rmativas de redistribuição de investimentos públicos. Assim, para que o governo alcance esses objetivos, é necessária a análise da situação por meio da avaliação de alguns indicadores que vão subsidiar o delineamento das ações a�rmativas necessárias para garantir a redistribuição de investimentos públicos (SILVA et al., 2018). É importante destacar que não existe uma medida precisa para mensurar o desenvolvimento econômico e o bem-estar da população. A renda ou o produto per capita é uma das medidas mais utilizadas para avaliar o crescimento econômico, mas ela não mede o bem-estar da coletividade, isto é, não considera os custos sociais derivados do crescimento econômico, tais como poluição, congestionamentos, piora do meio ambiente, etc. e não considera diferenças na distribuição de renda entre os vários grupos da sociedade. Daí a necessidade de uso de outros indicadores que permitam uma visão mais adequada do padrão de vida e de bem-estar. Nesse sentido, o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é o indicador mais utilizado para veri�car o grau de desenvolvimento econômico e social. Ele é composto por uma média aritmética de três indicadores sociais: o índice de expectativa de vida ao nascer, o índice de educação e o índice de atividade econômica. Ele varia de zero a um e quanto mais próximo de um, maior o padrão de desenvolvimento humano do país (VASCONCELLOS; GARCIA, 2019). Outro indicador importante de desenvolvimento econômico é o que avalia a dispersão da distribuição da renda, o Índice ou Coe�ciente de Gini. Ele consiste em um número entre zero e um, em que o valor zero corresponde a uma situação de completa igualdade de renda entre os indivíduos, ou de desigualdade de renda nula, e o valor um corresponde à situação de completa desigualdade. Assim, quanto mais o índice de uma sociedade se aproximar de um, mais podemos dizer que ela tende a ser desigual, com mais indivíduos recebendo uma pequena parcela da renda e menos indivíduos recebendo uma grande parcela (VASCONCELLOS; GARCIA, 2019). Outro índice de desenvolvimento econômico e social importante é o que mede as condições de pobreza. Existem duas medidas: a pobreza absoluta e a pobreza relativa. A pobreza absoluta é o número de indivíduos que não atingem níveis mínimos de condições de vida, que não conseguem consumir uma quantidade de calorias minimamente adequada para sua subsistência, ou seja, sofrem de subnutrição e, por conseguinte, devem sofrer de outros problemas sérios que prejudicam a sua sobrevivência. A pobreza relativa ocorre 21/08/2023, 16:05 wlldd_231_u4_pol_inc_aço_afi https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=geilmaarmil2019%40gmail.com&usuarioNome=GEILMA+AZEVEDO+DA+SILVA&disciplinaDescricao=&atividadeId=3681235&atividadeDes… 18/20 quando o indivíduo tem o mínimo necessário para subsistir, mas não possui os meios necessários para viver de acordo com a área onde está inserido ou como as pessoas de status social comparável (VASCONCELLOS; GARCIA, 2019). Podemos perceber que a pobreza absoluta é uma condição mais severa e indesejável, pois inclui aqueles que têm efetivamente di�culdades para sobreviver. No caso da pobreza absoluta, é necessário estabelecer uma renda mínima que a pessoa deveria ter para que pudesse consumir uma quantidade mínima de calorias para sobreviver. Em geral, o indicador mais utilizado para de�nir quem faz parte do grupo dos considerados pobres é a chamada linha de pobreza, em que são considerados pobres todos aqueles que têm renda inferior a essa linha (VASCONCELLOS; GARCIA, 2019). VÍDEO RESUMO Neste vídeo vamos aprofundar nossos estudos acerca das ações a�rmativas de inclusão socioeconômica. Vamos dar um destaque especial para a questão da solidariedade, do apoio mútuo e da autogestão, enquanto ações que fazem parte do desenvolvimento dos direitos humanos e da busca da igualdade material. Também veremos as políticas de promoção de emprego e renda básica e de redistribuição de investimentos públicos e redirecionamentos �scais Saiba mais Estudante, este artigo traz a pesquisa Síntese de Indicadores Sociais (SIS) divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geogra�a e Estatística (IBGE), que analisou a pobreza no Brasil. Para visualizar o objeto, acesse seu material digital. Aula 1 BARBOSA, M. G.; MÜHL, E. H. Educação, empoderamento e lutas pelo reconhecimento: a questão dos direitos de cidadania. Educação e Pesquisa, v. 42, p. 789-802, 2016. INSTITUTO DE PESQUISA ECONÔMICA APLICADA - IPEA. Ações a�rmativas no serviço público: a reserva de vagas para pessoas negras. Policy Brief - Em Questão, n. 12, mar. 2022. Disponível em: http://repositorio.ipea.gov.br/bitstream/11058/11122/1/EmQuestao_n12_Acoes.pdf . Acesso em: 28 set. 2022.JUBILUT, L. L.; BAHIA, A. G. M. F.; MAGALHÃES, J. L. Q. D. Direito à diferença: aspectos teóricos e conceituais da proteção às minorias e aos grupos vulneráveis. v. 1. São Paulo: Editora Saraiva, 2014. REFERÊNCIAS 15 minutos http://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2017-12/ibge-brasil-tem-14--de-sua-populacao-vivendo-na-linha-de-pobreza http://repositorio.ipea.gov.br/bitstream/11058/11122/1/EmQuestao_n12_Acoes.pdf 21/08/2023, 16:05 wlldd_231_u4_pol_inc_aço_afi https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=geilmaarmil2019%40gmail.com&usuarioNome=GEILMA+AZEVEDO+DA+SILVA&disciplinaDescricao=&atividadeId=3681235&atividadeDes… 19/20 MIRANDA, S. A. D. Diversidade e ações a�rmativas: combatendo as desigualdades sociais. São Paulo: Grupo Autêntica, 2010. ONU MULHERES. Princípios de empoderamento das mulheres. 2016. Disponível em: http://www.onumulheres.org.br/wp-content/uploads/2016/04/cartilha_WEPs_2016.pdf. Acesso em: 11 set. 2022. SANTOS, A. P. F. dos et al. Movimentos sociais e mobilização social. Porto Alegre: Grupo A, 2018. Aula 2 ALVES, L. da C. Reivindicando o território epistêmico: mulheres negras, indígenas e quilombolas interpelando a antropologia. Humanidades & Inovação, v. 6, n. 16, p. 82-94, 2019. BRASIL. Presidência da República. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Acesso em: 11 set. 2022. JUBILUT, L. L.; BAHIA, A. G. M. F.; MAGALHÃES, J. L. Q. D. Direito à diferença: aspectos teóricos e conceituais da proteção às minorias e aos grupos vulneráveis. v. 1. São Paulo: Editora Saraiva, 2014. Observatório de Coletivos Culturais da Periferia de São Paulo - OCCP. c2020. Disponível em: https://www.observatorio-periferias.com/ . Acesso em: 28 set. 2022. OCA – Observatório Brasileiro do Cinema e do Audiovisual. Disponível em: https://www.gov.br/ancine/pt- br/oca/. Acesso em: 11 set. 2022. RUBIM, A. A. C. Políticas culturais no Brasil: tristes tradições, enormes desa�os. In: RUBIM, A. A C; BARBALHO, A. (orgs.). Políticas culturais no Brasil. Salvador: EDUFBA, 2007. Aula 3 ANSELMINI, P.; CRISTIANETTI, J. Minorias e a busca pelo reconhecimento no Estado Democrático de Direito: uma abordagem a partir de Jurgen Habermas e Nancy Fraser. Revista Jurídica Cesumar-Mestrado, v. 20, n. 1, p. 151-165, 2020. ARAÚJO, P. M. Mulheres e homens na representação política – per�s sociais e trajetórias de parlamentares no Congresso Nacional. Revista Pós-Ciências Sociais, [S. l.], v. 16, n. 32, p. 283–311, 2020. Disponível em: https://periodicoseletronicos.ufma.br/index.php/rpcsoc/article/view/13246 . Acesso em: 17 jun. 2022 BRAGATO, F. F. Sobre o conceito de Minorias: uma análise sobre a racionalidade moderna, direitos humanos e não discriminação. In: STRECK, L. L.; ROCHA, L. S.; ENGELMANN, W. (org.). Constituição, Sistemas Sociais e Hermenêutica: Anuário do Programa de Pós-Graduação em Direito da Unisinos. Mestrado e Doutorado. N. 14. São Leopoldo: Karywa, Unisinos, 2018. DIMOULIS, D. Direito de Igualdade: antidiscriminação, minorias sociais, remédios constitucionais. Coimbra: Grupo Almedina (Portugal), 2021. http://www.onumulheres.org.br/wp-content/uploads/2016/04/cartilha_WEPs_2016.pdf http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm https://www.observatorio-periferias.com/ https://www.gov.br/ancine/pt-br/oca/ https://periodicoseletronicos.ufma.br/index.php/rpcsoc/article/view/13246 21/08/2023, 16:05 wlldd_231_u4_pol_inc_aço_afi https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=geilmaarmil2019%40gmail.com&usuarioNome=GEILMA+AZEVEDO+DA+SILVA&disciplinaDescricao=&atividadeId=3681235&atividadeDes… 20/20 Imagem de capa: Storyset e ShutterStock. JUBILUT, L. L.; BAHIA, A. G. M. F.; MAGALHÃES, J. L. Q. D. Direito à diferença: aspectos teóricos e conceituais da proteção às minorias e aos grupos vulneráveis. v. 1. São Paulo: Editora Saraiva, 2014. SOUZA, C. A. de; RICHER, R. Alguma coisa está fora da ordem: participação, representação e movimentos sociais no Brasil contemporâneo (2013-2018). In: Democratização, tensões e aprendizados, 2018. Disponível em: https://www.jstor.org/stable/pdf/j.ctvn96fr4.22.pdf. Acesso em: 11 set. 2022. TEIXEIRA, Â. M. A. Os direitos das minorias sob a proteção da ONU. Fragmentos de Cultura, v. 18, n. 1, 2018. YOUNG, I. Representação política, identidade e minorias. Lua Nova, São Paulo, n. 67, p. 139-190, 2006. Aula 4 JUBILUT, L. L.; BAHIA, A. G. M F.; MAGALHÃES, J. L. Q. D. Direito à diferença: aspectos teóricos e conceituais da proteção às minorias e aos grupos vulneráveis. v. 1. São Paulo: Editora Saraiva, 2014. OLIVEIRA, N. IBGE: 50 milhões de brasileiros vivem na linha da pobreza. 2017. Disponível em: http://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2017-12/ibge-brasil-tem-14--de-sua- populacao-vivendo-na-linha-de-pobreza. Acesso em: 11 set. 2022. PIOVESAN, F. Ações a�rmativas da perspectiva dos direitos humanos. Cadernos de Pesquisa, v. 35, n. 124, p. 47, p. 43-55, jan.-abr. 2005. SILVA, D. F. da et al. Realidade socioeconômica e política brasileira. Porto Alegre: Grupo A, 2018. VASCONCELLOS, M. A; GARCIA, M. E. Fundamentos da economia. 6. ed. São Paulo: Saraiva, 2019. https://storyset.com/ https://www.shutterstock.com/pt/ https://www.jstor.org/stable/pdf/j.ctvn96fr4.22.pdf http://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2017-12/ibge-brasil-tem-14--de-sua-populacao-vivendo-na-linha-de-pobreza
Compartilhar