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3) EXAME MICROSCÓPICO DA URINA

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EXAME MICROSCÓPICO DA URINA
EDIBERTO NUNES 
Farmacêutico - Bioquímico
Especialista em Citologia e Análises Clínicas
Mestre em Ciências Morfológicas
Professor de Uroanálises
EXAME DE URINA ROTINA (EAS)
ANÁLISE FÍSICA
RESULTADO VALOR DE REFÊNCIA
- Volume 50 ml 30 - 50 mL
- Aspecto Turvo Límpido
- Cor Amarelo citrino Amarelo citrino
- Densidade 1,030 1,010 - 1,035
ANÁLISE QUÍMICA
- pH 6,0 5,5 - 6,5
- Proteínas Positivo (++) Negativo
- Glicose Positivo (traço) Negativo
- Corpos cetônicos Negativo Negativo
- Sangue Positivo (+) Negativo
- Leucócitos Positivo (++) Negativo
- Nitrito Positivo Negativo
- Bilirrubina Negativo Negativo
- Urobilinogênio Normal Normal
ANÁLISE MICROSCÓPICA
- Leucócitos 10 - 12 p/c Até 5 p/c
- Eritrócitos 6 - 8 p/c Até 2 p/c
- Células Descamativas Frequentes Raras a Frequentes
- Cristais Ausentes -
- Cilindros Eritrocitário e Granuloso (F) Ausentes
- Flora Bacteriana Abundante Rara
A terceira etapa da uroanálise consiste na
avaliação microscópica do sedimento urinário. Os
resultados do sedimento urinário devem ser
interpretados juntamente com o conhecimento do
método de coleta, análises física e química.
O exame microscópico do sedimento urinário
pode fornecer os seguintes dados:
Confirmação ou não de doença renal.
Confirmação de infecção do trato urinário.
Indicação do tipo e atividade da lesão renal ou 
seu desenvolvimento.
Técnica utilizada para sedimentoscopia:
SEDIMENTOSCOPIA
CÉLULAS EPITELIAIS
É comum encontrar células epiteliais na urina,
já que elas provém dos tecidos de revestimento do
sistema geniturinário.
São vistos três tipos de células epiteliais na
urina que são classificados de acordo com seu
local de origem dentro do sistema urinário.
Células Escamosas: são as mais frequentes e as
menos significativas das células epiteliais. Provém
do revestimento da vagina e das porções inferiores
da uretra masculina e feminina.
Células Transicionais: originam-se do
revestimento da bexiga, pelve e porção superior da
uretra. Raramente tem importância patológica.
Células dos Túbulos Renais: são as mais
importantes, seu achado indica necrose tubular e
outras patologias.
CÉLULAS EPITELIAIS DO TRATO URINÁRIO
HEMÁCIAS OU ERITRÓCITOS
Como as hemácias não podem entrar no
filtrado do néfron íntegro, o achado de mais de 2
hemácias por campo é considerado anormal. A sua
presença na urina está associada a lesão da
membrana glomerular ou a lesão vascular no trato
geniturinário.
A presença em grande quantidade de
hemácias na urina está frequentemente associada
a:
Glomerulonefrite
Infeções aguda
Reações tóxicas e imunológicas
Doenças malignas
Distúrbios circulatórios
Cálculo renal
DISMORFISMO 
ERITROCITÁRIO
LEUCÓCITOS
Geralmente encontra-se menos de 5
leucócitos por campo na urina normal. Embora os
leucócitos, como as hemácias, possam estar na
urina em decorrência de um trauma glomerular ou
capilar, eles também são capazes de migrar por
diapedese aos tecidos, para locais de infecção ou
inflamação. O aumento do número de leucócito na
urina é chamado de PIÚRIA e indica a presença de
infecção ou inflamação no sistema geniturinário.
As infecções bacterianas, que compreendem
pielonefrite, cistite, prostatite e uretrite são causas
frequentes de piúria.
Contudo, a piúria também está presente em
patologias não bacterianas, como:
glomerulonefrite, lúpus eritromatoso e tumores.
CILINDROS
Os cilindros são os únicos elementos
exclusivamente renais encontrados no sedimento
urinário.
Formam-se no interior da luz do túbulo
contorcido distal e do túbulo coletor a partir de
mucoproteínas (Tamm - Horsfall) secretadas pelas
células epitéliais tubulares. Estas proteínas se
condensam formando os cilindros hialinos.
O aparecimento de cilindros também é
influenciado pelos materiais presentes no filtrado
no momento de sua formação e pelo período de
tempo em que permanecem no túbulo.
Os pontos verdes
representam a proteína
Tamm - Horsfall
secretada pelas células
tubulares
TCP
TCD
Alça de Henle
FORMAÇÃO DE 
CILINDROS
TC
Os pontos vermelhos
representam os eritrócitos
que atravessam o
glomérulo lesado.TCP
TC
Alça de Henle
FORMAÇÃO DE 
CILINDROS 
ERITROCITÁRIO
TCD
CILINDROS HIALINOS
O tipo mais frequente de cilindro é o hialino, o qual é
composto, quase inteiramente, de proteína de Tamm -
Horsfall.
A presença de até dois cilindros hialinos por campo é
considerada normal, porém é observado aumento do
número, após exercício extenuante, desidratação,
exposição ao calor e estresse emocional.
Os cilindros hialinos são aumentados patologicamente
em glomerulonefrite aguda, pielonefrite, doença renal crônica
e insuficiência cardíaca congestiva.
Os cilindros hialinos mostram-se incolores no
sedimento urinário não corados e têm um índice de
refringência semelhante ao da urina, portanto pode passar
despercebidos.
CILINDROS HEMÁTICOS
Os cilindros celulares podem conter
hemácias, leucócitos ou células epiteliais. A
presença de cilindros celulares geralmente indica
séria doença renal, embora tenham sido
encontrados cilindros hemáticos em indivíduos
sadios após a participação em esportes violentos.
Os cilindros hemáticos estão associados
principalmente à glomerulonefrite; contudo,
qualquer condição que lese os glomérulos, os
túbulos ou capilares renais pode causar a
produção de cilindros hemáticos.
Sua identificação é fácil, pois são refringentes
e a cor varia de amarelo ao marrom.
CILINDROS LEUCITÁRIOS
O aparecimento de cilindros leucocitários na
urina significa infecção ou inflamação no néfron.
Com frequência associados à pielonefrite, é o
principal marcador para distinguir pielonefrite (ITU
superior) de ITU baixo. No entanto, eles também
estão presentes em inflamações agudas não
bacterianas, como nefrite intersticial e podem
acompanhar cilindros hemáticos na
glomerulonefrite.
CILINDROS DE CÉLULAS EPITELIAIS
Cilindros que contém células epiteliais
representam a presença de avançada destruição
tubular, que produz estase urinária, juntamente
com a ruptura do revestimento tubular.
Eles estão associados com intoxicação por
metais pesados, substâncias químicas ou
toxicidade induzida por drogas, infecções virais e
rejeição de aloenxerto. Eles também acompanham
cilindros leucocitários nos casos de pielonefrite.
Sua identificação é difícil, podendo confundir
com cilindros leucocitários. A coloração facilita
nesta diferenciação.
CILINDROS CÉREOS
Os cilindros céreos são representativos da
estase urinaria extrema, que indica insuficiência
renal crônica. Eles são, em geral, vistos em
conjunto com outros tipos de cilindros
relacionados à condição que tenha causado a
falência renal.
A matriz brilhante, altamente refringente, da
qual deriva o nome deste cilindro, acredita-se seja
causada por degeneração da matriz do cilindro
hialino e de quaisquer elementos celulares ou
grânulos contidos na matriz.
CILINDROS GRANULOSOS
O aparecimento de cilindros granulares
grosseiros e finos no sedimento urinário geralmente
são considerados como representativo da
desintegração dos cilindros celulares que
permaneceram nos túbulos como resultado de estase
urinária e podem ter significado patológico ou não.
A origem dos grânulos em condições não
patológicas parece ser os lisossomos excretados
pelas células do trato urinário durante o metabolismo
normal.
Não é incomum observar cilindros hialinos que
contém um ou dois desses grânulos. O aumento do
metabolismo celular que ocorre durante períodos de
exercício extenuante provoca o aumento transitório de
cilindros granulosos que é acompanhado do aumento
de cilindros hialinos.
Normalmente a urina não contém bactérias.
Entretanto, se as amostras não forem coletadas
em condições estéreis, pode ocorrer
contaminação bacteriana que não tem significado
clínico.
Algumas bactérias estão, geralmente,
presentes como resultado de contaminaçãovaginal, uretral, da genitália externa ou do frasco
de coleta. Essas bactérias contaminantes se
multiplicam rapidamente em amostras que
permanecem em temperatura ambiente por longos
períodos, mas não tem nenhum significado clínico.
Elas podem produzir resultado positivo de
nitrito e, também com frequência resultam em pH
superior a 8.
BACTÉRIAS
As leveduras,
geralmente Candida
albicans, podem ser
observadas na urina de
pacientes com diabetes,
imunosupressores e de
mulheres com
candidíase vaginal.
São facilmente
confundidas com
hemácias e devem ser
observadas atentamente
quanto à presença de
formas em brotamento.
LEVEDURAS
Leveduras
O parasita encontrado com mais frequência
na urina é o Trichomonas vaginalis, por
contaminação com secreções vaginais. Este
organismo é flagelado, sendo facilmente
identificado por seu movimento rápido no campo
microscópico.
Outros parasitas menos frequentes
encontrados em urina de mulheres são ovos de
helmintos e cistos de protozoários de origem fecal.
ESPERMATOZÓIDES
São, ocasionalmente, encontrados na urina
de homens e mulheres após relação sexual,
masturbação, ou ejaculação noturna. Eles não tem
relevância clínica.
PARASITAS
Muco é um material
proteico produzido por
glândulas e células
epiteliais do trato
geniturinário inferior e
pelas células transicionais.
O muco está presente
com maior frequência na
amostra de urina de
pessoas do sexo feminino.
Não tem nenhum
significado clínico quando
presente na urina seja de
homens ou de mulheres.
MUCO
Os cristais, muito encontrados na urina,
raramente tem significado clínico. Eles podem
aparecer como estruturas de verdadeiras formas
geométricas ou como material amorfo. A principal
razão para a identificação de cristais na urina é
detectar a presença dos relativamente poucos
tipos anormais que podem representar distúrbios
como: doença hepática, erros inatos do
metabolismo, insuficiência renal ou danos
causados pela cristalização nos túbulos de
compostos iatrogênicos.
Os cristais são formados pela precipitação
dos sais da urina submetidos a alteração no pH, na
temperatura ou na concentração, o que afeta sua
solubilidade.
CRISTAIS
CRISTAIS NORMAIS - URINA ÁCIDA
Os cristais mais observados em urinas ácidas
são os uratos (uratos ácidos e uratos de sódio)
constituídos por uratos amorfos e ácido úrico.
Os cristais de oxalato de cálcio são
observados em urinas ácidas e neutras.
Microscopicamente, a maioria dos cristais de
urato aparece com a cor amarela ou castanho-
avermelhada e são os únicos cristais normais
encontrados em urina ácida que aparecem
coloridos.
CRISTAIS NORMAIS - URINA ALCALINA
Os cristais mais observados em urinas
alcalinas são:
Biurato de amônio
Carbonato de cálcio
Fosfato de cálcio
Fosfatos amorfos
Fosfato triplo magnesiano
CRISTAIS ANORMAIS
Os cristais anormais mais importantes são:
Ampicilina (urina ácida/neutra)
Bilirrubina (urina ácida): Hepatopatias
Cistina (urina ácida)
Colesterol (urina ácida): Síndrome nefrótica
Corantes radiológicos (urina ácida)
Leucina (urina ácida/neutra): Hepatopatias
Sulfonamidas (urina ácida/neutra)
Tiroxina (urina ácida/neutra): Hepatopatias
CRISTAIS DE CISTINA
CRISTAIS DE LEUCINA
CRISTAIS DE TIROXINA
Os cálculos renais tem uma certa relação
com os cristais urinários, porém existem outras
condicionantes envolvidas na formação dos
cálculos renais.
Análises dos cálculos renais excretados é
importante no tratamento do paciente.
Aproximadamente 75% deles contém oxalato
de cálcio, sendo possível evitar formações futuras
através de mudanças na dieta.
CÁLCULO RENAL OU LITÍASE
BIBLIOGRAFIA 
CONSULTADA
- STRASINGER, S. King - Uroanálise - Fluidos biológicos. 5. 
ed. São Paulo: Panamericana; 2009.
- GUYTON & HALL - Tratado de Fisiologia Médica. 13. ed. 
São Paulo: Elsevier; 2017.
- ROBBINS, K. Contran - Patologia estrutural e funcional. 9. 
ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2016.
- HOFFMAN-LAROCHE - Curso de Uroanálise. Rio de 
Janeiro: Roche; 2000.
- CANÇADO, R. - Métodos Laboratoriais Aplicados à Clínica 
- Técnica e Interpretação. 8. ed. Rio de Janeiro: Guanabara 
Koogan; 2001.
- PEREIRA & JOÃO - Atlas de Morfologia Espermática. São Paulo: 
Atheneu; 2001.
- PIVA, S. - Espermograma, Maringá: Atheneu, 2010.

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